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2.1 Legislação do Ensino Religioso Resumo 17

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2. LEGISLAÇÃO do ENSINO RELIGIOSO NO BRASIL
Fonte: RUEDELL, Pedro. Trajetória do Ensino Religioso no Brasil e 
no Rio Grande do Sul – Legislação e Prática. 
Porto Alegre: Ed. Meridional Ltda, 2005 
1. PERÍODO DO BRASIL COLÔNIA – 1500 - 1822
Padroado
O Padroado é um tratado entre a Igreja Católica e os Reinos de Portugal e de Espanha. A Igreja delegava aos monarcas destes reinos ibéricos a administração e organização da Igreja Católica em seus domínios. O rei mandava construir igrejas, nomeava os padres e os bispos, sendo estes depois aprovados pelo Papa.
A estrutura dos Reinos de Portugal e de Espanha tinham uma dimensão político-administrativa e religiosa. Com a criação do Padroado, muitas das atividades características da Igreja Católica eram, na verdade, funções do poder político. Esse acordo garantia o Ensino Religioso oficial da Igreja Católica nas Escolas do Brasil.
Quanto às orientações da Coroa de Portugal, o Alvará Régio de 30/09/1770 afirmava que: “nas escolas de ler e escrever... se ensine aos meninos por impressos ou manuscritos de diferente natureza, especialmente o Catecismo pequeno do Bispo de Montpellier, Carlos Joaquim Colbert, mandado traduzir pelo Arcebispo de Évora, para instrução dos diocesanos, para que, por ele vão também aprendendo os Princípios da Religião, em que os Mestres os devem instruir com especial cuidado e preferência a outro qualquer estudo” (Silva, 123, p. 497) 
2. PERÍODO DO IMPÉRIO – 1822 - 1889
Carta Constitucional de 25/03/1824
Preâmbulo: “Em nome da Santíssima Trindade”. 
Art. 5. A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a Religião do Império. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior do Templo.
Art. 6º, inciso V, inclui os “estrangeiros naturalizados, qualquer que seja a Religião”.
Art. 179, inciso V. “Ninguém pode ser perseguido por motivo de Religião, uma vez que respeite a do Estado e não ofenda a moral pública”.
Lei de 15 de outubro de 1827
Manda criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império (origem do dia do professor, comemorado em 15 de outubro).
Art. 6º - Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de aritmética [...] e os princípios de moral cristã e da doutrina da religião católica e apostólica romana, proporcionados à compreensão dos meninos [...].
Ato adicional de 12 de agosto de 1834 – Lei Nº 14/1834
Art. 11 - Também compete às Assembleias Provinciais: § 5º Promover, cumulativamente com a Assembleia e Governos Gerais...[...] a catequese, e civilização dos indígenas [...].
Decreto Nº 630, de 17/09/1851 – Reforma do ensino primário e secundário do Município da Corte
Art. 1º - Disposições a observar: 6ª – As escolas públicas de instrução primária será divididas em primeira e segunda classe. Nas de segunda classe, o ensino deve limitar-se à leitura, caligrafia doutrina cristã, princípios elementares de cálculo e sistemas mais usuais de pesos e medidas. Nas de primeira classe, o ensino deve, além disto, abranger a gramática da língua nacional, [...] leitura explicada dos evangelhos e notícia da história sagrada [...].
Decreto Nº 1331A, de 17/02/1854 – Regulamento para a reforma do ensino primário e secundário do Município da Corte
Art. 47 – O ensino primário nas escolas públicas compreende:
A instrução moral e religiosa,
A leitura e escrita [...]
Pode compreender também:
O desenvolvimento da aritmética em suas aplicações práticas, 
A leitura explicativa dos Evangelhos e a notícia da história sagrada [...]
Título III. Capítulo único. Da Instrução Pública secundária:
Art. 79 – Haverá no Colégio, as seguintes cadeiras: 
2 de latim, 1 de grego, 1 de inglês, 1 de francês, 1 de alemão, 1 de filosofia racional e moral [...].
O Decreto Nº 2006, de 24/10/1854, aprova o Regulamento para os colégios públicos de instrução secundária do município da Corte.
Art. 4º - Em ambos os Colégios (internato e Externato do Imperial Colégio Pedro II), os estudos recairão sobre as seguintes matérias: Doutrina Cristã, gramática portuguesa, [...] filosofia racional, ética, [...]
Art. 5º - As matérias do ensino serão distribuídas pelos diversos anos do modo seguinte: 1º Ano: Doutrina Cristã, história sagrada, leitura e recitação de português [...].
Art. 12º - O ensino da Doutrina Cristã, além do 1º ano, e o da história sagrada, compete ao capelão; o qual, além disso, no Internato explicará o Evangelho nos domingos e dias santos da guarda, na hora e pelo tempo que for determinado pelo Reitor, sendo suas funções reguladas, em geral, pelo mesmo Reitor.
O Decreto 6.130 de 01/03/1876, altera os Regulamento do Colégio Pedro II, no RJ, onde continua a incluir 
Art. 1º. – religião e história Sagrada, Português, no 1º ano.
Art. 5º.- Exigência na matrícula de conhecimentos de elementos de Doutrina Cristã...
Art. 8º - Plano de estudos: 1 aula de religião e história sagrada, com o capelão
Art. 9º- Os reitores devem organizar os programas de Religião... para o 1º ano: Religião, Catecismo da Doutrina Cristã, História Sagrada. Resumo desta desde a criação do mundo até a fundação da Igreja. 
Era o exemplo para todas as escolas do país.
Decreto Nº 6884, de 20/04/1878, altera os Regulamentos do Colégio Pedro II.
Art. 1º - Os cursos de estudo continuam com as seguintes cadeiras [...] Instrução Religiosa.
Art. 4º - As aulas de instrução religiosa serão lecionadas da seguinte forma: 1º. 2º e 3º anos, conjuntamente, duas vezes por semana.
Art. 6º - Os alunos acatólicos não precisam cursar a cadeira de instrução religiosa, nem prestar exames, para receber o grau de Bacharel em letras.
2. INSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
Decreto nº 119A, do Governo Provisório, de 07/01/1890, “proíbe a intervenção da autoridade federal e dos estados federados em matéria religiosa, consagra a plena liberdade de cultos, extingue o Padroado e estabelece outras providências.
Decreto Nº 510, de 2/06/1890 – Projeto de Constituição
Com base em um anteprojeto feito por cinco notáveis, o conselho de Ministros, sob a direção de Rui Barbosa, elabora este projeto, que o Mal. Deodoro assina e publica como Constituição Provisória.
Constituição Republicana de 24/02/1891 
Art. 72 
§ 3º. Todos os indivíduos de confissões religiosas podem exercer pública e livremente o seu culto, associando-se para esse fim e adquirindo bens, observadas as disposições do direito comum
§ 4º. A República só reconhece o casamento civil, cuja celebração será gratuita.
§ 5º. Os cemitérios terão carácter secular e serão administrados pela autoridade municipal, ficando livres a todos os cultos religiosos, à prática dos respectivos ritos em relação aos seus crentes, desde que não ofendam a moral pública e às leis.
§ 6º Será leigo o ensino ministrado nos estabelecimentos públicos e nenhum culto ou Igreja gozará de subvenção oficial.
§ 7º Nenhum culto ou Igreja gozará de subvenção oficial, nem terá relações de dependência ou aliança com o Governo da União ou o dos Estados.
Refletindo o espírito liberal-federativo predominante na Constituinte Nacional de 1891, a Carta Magna do país, então elaborada, trata de forma sucinta a questão do ensino. Eis alguns pontos:
Existência de um ensino público, com atribuições específicas para a União e as Unidades Federadas, conjuntamente com liberdade à iniciativa particular de abrir e manter instituições de ensino.
A instrução primária é da responsabilidade dos Estados e Municípios; o ensino secundário ficou ao encargo dos Estados, mas poderia também ser assumido pela União e pela iniciativa particular. O Ensino Superior ficou sob o controle da União, mas também aberto aos Estados e à iniciativa particular.
Não há definição quanto à questão da obrigatoriedade/gratuidade do ensino primário, julgada a alçada dos Estados.
A declaração da laicidade do ensino público está claramente definidano Art. 72, § 6º “Será leigo o ensino ministrado nos estabelecimentos públicos” (Cury, in Fávero, 1996, p. 70)
Revisão Constitucional de 1926
	Das 76 emendas à Constituição propostas pela situação, só ficaram 6; mas foram introduzidas 17 novas. Entre estas, uma se referia à reintrodução do ensino religioso nas escolas públicas. Esta emenda não passou por uma diferença de 11 votos. 
Constituição Federal de 1934 
Preâmbulo: “Nós, os representantes do Povo Brasileiro, pondo a nossa confiança em Deus, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte [...].
Art. 153. “O ensino Religioso será de Matrícula facultativa e ministrada de acordo com os princípios da confissão religiosa do aluno, manifestada pelos pais e responsáveis, e constituirá matéria dos horários nas escolas públicas primárias, secundárias, profissionalizantes e normais”.
Constituição Federal de 1937: 
Art. 133. O ensino religioso poderá ser contemplado como matéria do curso ordinário das escolas primárias, normais e secundárias. Não poderá, porém, constituir objeto de obrigação dos mestres ou professores, nem de frequência compulsória por parte dos alunos. 
Art. 141. § 7º - É inviolável a liberdade de consciência e de crença e assegurado o livre exercício dos cultos religiosos, salvo o dos que contrariem a ordem pública ou os bons costumes. As associações religiosas adquirirão personalidade jurídica na forma da lei civil. 
Dois grupos: 	1. Direito ao Ensino Religioso nas Escolas
		2. Escolas Laicas – sem Ensino Religioso
Decreto-lei Nº 4.244, 9/04/1942, Lei Orgânica do Ensino Secundário.
No elenco das disciplinas (arts. 10-15) do 1º ciclo (ginásio) e 2º ciclo (clássico ou científico) não figura o ensino religioso. Mas é-lhe dedicado o Capítulo VI, constituído pelo texto a seguir: 
Art. 21 – O ensino de religião constitui parte integrante da educação da adolescência, sendo lícito aos estabelecimentos de ensino secundário incluí-lo nas disciplinas do primeiro e segundo ciclo.
Parágrafo único. Os programas de ensino de religião e seu regime didático serão fixados pela autoridade eclesiástica.
	Este e outros decretos com o mesmo teor, fala da educação primária, do 1º e 2º ciclos, do ensino normal e agrícola. 
LDBEN Nº 4024, de 22022/12/1961, 
Título XIII – Disposições gerais e transitórias
Art. 97 – O ensino religioso constitui disciplina dos horários das escolas oficiais, é de matrícula facultativa, e será ministrada sem ônus para os poderes públicos, de acordo com a confissão religiosa do aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou pelo representante legal ou responsável.
§ 1º A formação de classe para o ensino religioso independente de número mínimo de alunos.
§ 2º O registro dos professores de ensino religioso será realizado perante a autoridade religiosa respectiva.
Constituição do Brasil – 24/01/1967
Título IV – Da Família, da Educação e da Cultura
Art. 168 – A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola; assegurada a igualdade de oportunidade, deve inspirar-se no princípio da unidade nacional e nos ideais de liberdade e de solidariedade humana [...].
§ 3º A legislação do ensino adotará os seguintes princípios e normas: [...]
IV – O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e médio.
LDBEN Nº 5692 de 1/08/71 
Capítulo I – Do Ensino de 1º e 2º Graus
Art. 1º O ensino de 1º e 2º graus tem por objetivo geral proporcional ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, qualificação para o trabalho e preparação para o exercício consciente da cidadania.
Art. 7º Será obrigatória a inclusão de Educação Moral e Cívica, Educação Física, Educação Artística e Programas de Saúde nos currículos plenos dos estabelecimentos de lº e 2º graus, observado quanto à primeira o disposto no Decreto Lei Nº 369 de 12/09/69.
Parágrafo único. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais dos estabelecimentos oficiais de 1º e 2º graus. 
4. CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 05/10/1988
Preâmbulo: Nós, representantes do provo brasileiro, promulgamos, sob a proteção de Deus...
“Art. 19. É vedada à União, aos Estados e aos municípios.
1 – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público”.
Art. 201. § 1º: O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
Art. 205. A Educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e iniciativa com a colaboração da Sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
LDBEN Nº 9394/96 de 23/12/96
Art. 2º. “A Educação, dever do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação par ao trabalho”.
Art. 3º. O Ensino Religioso será ministrado com base nos seguintes princípios:
[...]
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura e pensamentos, a arte e o saber;
III pluralismo de ideias e concepções;
IV respeito à liberdade e apreço à tolerância.
LEI Nº 9.475, de 22/07/1997 
Dá nova redação ao art. 33 da lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o - O art. 33 da Lei No 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: 
"Art. 33 - O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. 
§1o - Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. 
§2o - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso." 
Art. 2o. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 3o. Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, 22 de julho de 1997, 176o da Independência e 109o da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO /Paulo Renato Souza
Enfoques do ensino religioso a partir da nova lei.
O Ensino Religioso é parte integrante da formação básica do cidadão;
No Ensino Religioso é assegurado o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil;
No Ensino Religioso são vedadas quaisquer formas de proselitismo;
O Ensino Religioso é disciplina dos sistemas de ensino;
O Ensino Religioso com professores habilitados e admitidos para ministrar essa disciplina;
O Ensino Religioso tem na entidade civil a sua representante para acompanhar o seu desenvolvimento.
A entidade civil do Ensino Religioso é constituída pelas diferentes denominações religiosas.
RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº. 02/98 de 07/04/98
ART. 3º. Inciso IV - Em todas as escolas deverá ser garantida a igualdade de acesso para alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica nadiversidade nacional. A base comum nacional e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que vise a estabelecer a relação entre a educação fundamental e
a vida cidadã através da articulação entre vários dos seus aspectos como: (seguem os aspectos);
 as áreas de conhecimento:
1. Língua Portuguesa
2. Língua Materna, para populações indígenas e migrantes
3. Matemática
4. Ciências
5. Geografia
6. História
7. Língua Estrangeira
8. Educação Artística
9. Educação Física
10. Educação Religiosa, na forma do art. 33 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996
PARECER CNE Nº 097/99 de 06/04/99
Cabe aos Estados e Municípios a organização do Ensino Religioso em seus sistemas de ensino;
b) Assegurar pluralidade de orientações pelos estabelecimento de Ensino em cursos, a partir dos PCN;
c) Compete aos Estados e Municípios organizar e definir os conteúdos do Ens. Rel. nos seus sistemas de ensino e as normas para a habilitação e admissão dos professores.
As normas para a habilitação e admissão dos professores: determinações legais para o exercício do magistério, a saber:
diploma de habilitação para o magistério em nível médio, como condição mínima para a docência nas séries iniciais do ensino fundamental;
preparação pedagógica nos termos da Res.02/97 CNE, para os portadores de diploma de ensino superior que pretendam ministrar ensino religioso em qualquer das séries do ensino fundamental;
diploma de licenciatura em qualquer área do conhecimento. 
Resolução Nº 006/00-CEE/MT
	Dispõe sobre a oferta do Ensino Religioso nas Escolas Públicas de Educação Básica, integrantes do Sistema Estadual de Ensino.
Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso, Sala das Sessões, em Cuiabá, 18 de janeiro de 2000.
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 01 /2014-CME/LRV de 01/07/2014
Estabelece critérios para a oferta de Ensino Religioso nas escolas de ensino fundamental do Sistema Municipal de Ensino de Lucas do Rio Verde-MT e dá outras providências.
Conselho Municipal de Educação – 01/07/2014
ENFOQUES DO ENSINO RELIGIOSO 
A PARTIR DA NOVA LEI.
O Ensino Religioso é parte integrante da formação básica do cidadão;
O Ensino Religioso visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania;
No Ensino Religioso é assegurado o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil;
No Ensino Religioso são vedadas quaisquer formas de proselitismo;
O Ensino Religioso será ministrado com base nos seguintes princípios: II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura e pensamentos, a arte e o saber; III. pluralismo de ideias e concepções; IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância.
O Ensino Religioso constitui Área do Conhecimento do Ensino Básico
O ER, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental
O Ensino Religioso deve ter professores habilitados e admitidos para ministrar essa disciplina;
Cabe aos Estados e Municípios a organização do Ensino Religioso em seus sistemas de ensino
O Ensino Religioso tem na entidade civil a sua representante para organizar seu programa e acompanhar o seu desenvolvimento.
Ensino Religioso e a Legislação da Educação no Brasil: desafios e perspectivas
Edivaldo José Bortoleto e Rosa Gitana Krob Meneghetti, in POZZER, CECCHETTI, OLIVEIRA E KEIN, Diversidade Religiosa e Ensino Religioso no Brasil, Nova Harmonia, São Leopoldo: 2012 
O cenário que abriga a discussão sobre o Ensino Religioso
O século XX, para Morin, há duas barbáries: as guerras – mortes e massacres e a racionalização – frieza e cálculo. Nesse universo surge o tema da formação da pessoa integral, função da família, da escola. A formação do sujeito pessoal – dimensões da pessoa humana; social – responsabilidade social e integração; e religiosa – o ensino religioso. A escola tem este papel delegado pela família. 
A importância do Ensino Religioso na formação dos alunos e na organização do currículo:
Ensino Religioso – diálogo com a História, Antropologia e Sociologia da Religião; metodologia das ciências sociais e naturais, ciências da História, Antropologia e Sociologia; natureza não confessional, da ética universal.
Catequese – objeto da fé, da dimensão religiosa pessoal; método da experiência de vida e vivência pessoal, empírica subjetivas; saber mítico-ético subjetivo, simbólico e transcendente; questões da natureza da fé, modelo moral individual. 
Legislação específica do Ensino Religioso
3.1 Constituição Federal 1988.
Constituição: Art. 205: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Art. 210: “O Ensino Religioso, de matrícula, facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental”.
LDB 9394/96 – Art. 2º “A educação, dever do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Art. 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I [...]; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura e pensamentos, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e concepções; IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância.
Lei Nacional 9475, Art. 33 da LDB. No Lei sobre o Ensino Religioso.
Resolução CNE/CEB nº 2/98 – Insere a área do Conhecimento Educação Religiosa, na forma do art. 33 da Lei 9394/96. O Ensino Religioso faz parte da base comum nacional do Ensino Religioso, com epistemologia própria, tendo como objeto de estudo o fenômeno religioso.
Resolução CNE/CEB Nº 4 de 13/07/2010 – Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica. No Capítulo II, Formação Básica Comum e Diversificada, em seu Art. 14,, § 1º da base nacional comum, inciso f) o Ensino Religioso. 
Desafios e Perspectivas:
4.1 Quando ao Objeto de Estudo: o fenômeno religioso em seu sentido histórico, antropológico, sociológico e das ciências da religião; como tema transversal das Ciências Humanas e suas Tecnologias, Conhecimento de História, Conhecimento de sociologia, Antropologia e Política e Conhecimento de Filosofia.
Quanto ao Método de Investigação e aos Conteúdos Específicos – Metodologias das ciências sociais, da fenomenologia, da semiótica da religião, da sociologia e da ciência religião... 
Quanto à Dificuldade do Diálogo – real em todas as culturas do mundo e do Brasil. A FONAPER foi criada para aproximar as religiões e facilitar o diálogo quanto ao Ensino Religioso. Teve como fruto a redação da Lei 9475/97 do art. 33 da LDB. O FONAPER dá continuidade à reflexão e aplicação desta lei no país, estados e municípios.
4.4 Quanto a Importância e ao Papel do FONAPER – Organizar e desenvolver a reflexão e aplicação da lei, da estruturação didático-pedagógica dos eixos organizadores do conteúdo do Ensino Religioso.
	
�
SUBSÍDIOS DE VÍDEOS
1. Ensino religioso em escolas públicas (09_08_10) Tramitação na Justiça 	
	http://www.youtube.com/watch?v=twe282lnu-I
2. Fé na Educação Sistema de ensino São Paulo aborda religião pelo lado histórico(Globo News)
	https://www.youtube.com/watch?v=zaNXL9plyZ0
3. Fé na Educação (Globo News) - O ensino religioso na rede pública do Rio de Janeiro [03_05]
	https://www.youtube.com/watch?v=4A_XfsDLZsw
ATIVIDADE.
1. Destacar cinco aspectos sobre o Ensino Religioso do período do Brasil Colônia de 1500 até o início do Império.
2. Destacar cinco aspectos sobre o Ensino Religioso do período do Império – 1822 – 1891. 
3. Destacar cinco aspectos sobre a Legislação do ER no período da república – 1891 – 1988.
4. Analisar se a Resolução Normativa nº 1/14 do CME do Municípiode Lucas do Rio Verde atende às exigências da Legislação Nacional (Lei nº 9475/97) e Estadual (Res. 006/2000 – CEE/MT) sobre o Ensino Religioso.
Legislação do Ensino Religioso – Síntese Histórica – p. �PAGE \* MERGEFORMAT�2�

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