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I CONTRATOS

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DOS CONTRATOS
PARTE GERAL
NOÇÕES GERAIS - CONTRATOS
 
Contrato é FONTE de obrigação.
FONTE é o que dá origem às obrigações. 
De acordo com as regras do Direito, são fontes de obrigação:
I contratos
II declarações unilaterais de vontade FONTES MEDIATAS
III atos ilícitos 
IV LEI FONTE IMEDIATA
O Código Civil regulamentou : 
20 espécies de contratos nominados (arts. 481 a 853, CC)
5 declarações unilatarais de vontade (arts. 854 a 886 e arts 904 a 909, CC)
Atos ilícitos e responsabilidade civil (arts. 186 a 188 e arts. 927 a 954, CC)
“o mundo moderno é o universo dos contratos”
Celebramos contratos desde o momento em que nos levantamos até irmos dormir.
CONTRATO é o acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir direitos.
Os contrato podem ser celebrados com pessoas jurídicas, entre particulares ou com o Estado. Este intervém constantemente na relação contratual privada para assegurar a supremacia da ordem pública (dirigismo contratual). 
Versa sobre matéria de cunho patrimonial.
Função econômica (circulação de riquezas)
Função social (meio de civilização, educação do povo)
 Princípio pacta sunt servanda.
ELEMENTOS CONTRATUAIS OU REQUISITOS DE VALIDADE
De ordem geral: comuns a todos atos jurídicos (art.104, CC).
De ordem especial: específico dos contratos: consentimento recíproco ou acordo de vontades.
I REQUISITOS SUBJETIVOS 
II REQUISITOS OBJETIVOS
III FORMA PRESCRITA E NÃO DEFESA EM LEI
IV ACORDO DE VONTADES
PRINCÍPIOS INFORMADORES
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DE VONTADE
 Os contratantes possuem liberdade para contratar, fazendo do contrato norma jurídica entre as partes. Essa liberdade pode ser vista sob sois aspectos: pela liberdade de contratar ou não e pela liberdade de escolha do modelo de contrato.
 Podem valer-se dos contratos típicos ou dar origem aos contratos atípicos, tutelados pela ordem jurídica. Mas a vontade contratual pode sofrer limitação perante uma norma de ordem pública.
* PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA
A liberdade de contratar não é absoluta, está subordinada à supremacia da ordem pública, ao interesse coletivo (art.421, CC), que limita o individualismo.
A autonomia de vontade é limitada pela intervenção estatal, verdadeiro DIRIGISMO CONTRATUAL que invoca a supremacia dos interesses coletivos sobre os interesses individuais. O contrato não é mais visto pelo prisma individualista de utilidade para os contratantes, mas no sentido social de utilidade para a comunidade.
* PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO
Decorre da concepção de que o contrato resulta de um consenso. A maioria dos contratos possui forma consensual, independente de forma específica.
* PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS
PACTA SUNT SERVANDA
 O contrato estipulado deverá ser fielmente cumprido, sob pena de execução patrimonial contra o inadimplente. Essa obrigatoriedade é a base do direito contratual. O ordenamento deve conferir à parte instrumentos judiciários para obrigar o contratante a cumprir o contrato ou indenizar perdas e danos. 
 O contrato é intangível, a menos que as partes queiram rescindí-lo bilateralmente ou haja escusa de caso fortuito (art.393,CC).
 Mas o princípio da obrigatoriedade não é absoluto.
* PRINCÍPIO DA REVISÃO CONTRATUAL
A Teoria da Imprevisão deixou de ser uma norma consuetudinária e o reconhecimento da regra rebus sic stantibus impôs restrições ao princípio da obrigatoriedade, dando ao juiz poder de revisão dos atos negociais, sempre que houver desequilíbrio entre os contratantes.
A lei tem admitido, em casos GRAVES, a possibilidade da revisão dos contratos, quando acontecimentos extraordinários e imprevisíveis tornarem a relação contratual onerosa para uma das partes. 
(arts. 478 a 480, CC)
* PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
O contrato só produz efeitos entre aqueles que pactuaram.
Não aproveita nem prejudica terceiros, alheios à relação. Ninguém pode tornar-se credor ou devedor contra a sua vontade.
Exceções: estipulação em favor de terceiros , convenções coletivas de trabalho ou promessa de fato de terceiro.
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO: Ocorre quando uma pessoa convenciona com outra que esta concederá uma vantagem ou benefício em favor de terceiro, que não é parte no contrato. É consensual e de forma livre, além de gratuita ao beneficiário. Ex: seguro de vida, separações consensuais, convênio médico a funcionários de empresas.
Partes: ESTIPULANTE X PROMITENTE X BENEFICIÁRIO(arts.436-8,CC).
PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO: Trata-se de obrigação de fazer que, não sendo executada por terceiro, resolve-se em perdas e danos (arts.439-440,CC)
* PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
Os contratantes devem comportar-se de forma correta não só durante as tratativas como durante o cumprimento do contrato. Art.422, CC.
DA FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
O contrato é um negócio jurídico bilateral ou plurilateral.
Requer consentimento recíproco – acordo de vontades.
VONTADE CONTRATUAL CONSENSO
PARTES : POLICITANTE OBLATO
FASES DA FORMAÇÃO DO VÍNCULO CONTRATUAL
* Negociações preliminares (fase da puntuação)
 
Conversações, entendimentos, estudos e reflexões sobre oferta. 
 Não cria direitos nem gera obrigações, carece de força vinculante. 
Ex: esboço do contrato, minuta.
* Proposta, policitação ou oblação:
Momento inicial da formação do contrato. Ato pelo qual o policitante solicita a manifestação da vontade de outrem. Ex: anúncios em jornais, catálogos ou mostruários (art.427,CC)
Art, 428,CC – não obrigatoriedade da proposta:
I pessoa presente 
II pessoa ausente
* Aceitação:
É a concordância com os termos da proposta. Deve ser pura e simples. Pode ser expressa ou tácita (art.432,CC)
EM QUAL MOMENTO SE FORMA O CONTRATO?
Entre presentes – com a manifestação da aceitação
Entre ausentes – divergência doutrinária
 * Teoria da informação ou cognição: momento da chegada da resposta ao policitante, para que ele tome conhecimento.
* Teoria da declaração ou agnição: subdivide-se em três:
1. da declaração propriamente dita: conhecimento restrito
2. da expedição: não basta a redação e sim a expedição 
 3. da recepção: além de escrita e expedida a aceitação, que tenha sido recebida pelo policitante.

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