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Psicologia Jurídica Resumo

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Psicologia Jurídica
Adoção: Vista como forma de manutenção da família ou para perpetuar o culto ancestral.
No passado a adoção era tida como forma de completar a família daqueles que eram inférteis, e não tinha foco no bem-estar da criança. 
Adoção clássica: busca melhor interesse do adotante. (Não tinha como foco o bem-estar da criança e sim de quem estava disposta a adotar, pois a adoção tinha como características, suprir as necessidades daqueles que não podiam ter filhos).
Adoção moderna: busca garantir o direito de toda criança de crescer e ser educada em uma família. (Hoje a adoção tem como base o bem-estar da criança e adolescente que está sendo adotado, se preocupa se essa família tem condições de receber essa criança e principalmente se estão prontos emocionalmente, também focando na adaptação da criança). 
O Brasil tem como parte de sua história, o abandono, crianças indesejadas eram abandonas, em locais públicos. Essas crianças eram rotuladas como “enjeitadas” ou “expostas”. A roda dos expostos (locais onde eram abandonados os bebes) existiu até a década de 90. 
A antiga legislação (código civil de 1916 e código de menores de 1927) não facilitava a adoção. Somente com a Promulgação a adoção se tornou um processo simples e IRREVOGAVEL.
Por determinação do ECA(Brasil 1990) o Poder Judiciário, cuidará de todas as providencias da adoção, atuando juntamente com uma equipe interprofissional para diferentes etapas do processo. 
Toda pessoa que pretende adotar, passa por um processo avaliativo, onde este mostra quais os motivos que o levou a decisão. Esse processo tem como finalidades avaliar a verdadeira intensão na atitude e revelar o seu funcionamento psíquico, entre o desejo manifesto e o desejo inconsciente. 
Essa avaliação não deve ser feita em uma única entrevista, e sim em diferentes encontros em diferentes dias, com o casal separado, juntos e se esse casal já tiver filhos, os filhos também devem ser ouvidos. POIS QUANDO SE ADOTA UMA CRIANÇA, É A FAMÍLIA QUE A ADOTA. 
O estágio de convivência, é uma etapa extremamente importante desse processo, pois é nele que se verifica como a criança está se adaptando a família, como a família está se adaptando a criança, verificar como foi o processo de inserção dessa criança como filho e parte integrante dessa família.
Como a adoção é irrevogável, todos esses processos se fazem necessário, pois não se pode correr o risco de novamente essa criança se encontrar em um ambiente violento e vulnerável. 
Adolescentes em conflito com a lei: Todo o adolescente que comete um ato infracional deverá, segundo determinação judicial, cumprir medidas socioeducativas. 
“ECA – Art. 112 – sete medidas ao todo que podem ser cumpridas em meio aberto ou fechado e para efeitos desta lei – adolescente é aquele que tem idade compreendida entre 12 anos completos e 18 anos incompletos”.
As medidas socioeducativas têm como finalidade o caráter pedagógico, e para que essa finalidade seja atingida, essas medidas devem ser disponibilizadas em programas que façam com que o adolescente reflita sobre seu ato, e principalmente que consiga superar essa vulnerabilidade de maneira adequada. 
O PSICOLOGO, tem como papel acompanhar o adolescente durante esse trabalho, fazendo com que ele elabore todas as emoções envolvidas no ATO INFRACIONAL, EM SEU CONTEXTO E FINALIZAÇÃO DO PROCESSO. 
Medidas socioeducativas: 
1° Advertência: (repressão verbal feita pelo juiz)
2° Obrigação de reparar danos ( o juiz pode determinar que o adolescente, repare o dano, devolva o que foi roubado ou até mesmo indenize alguém)
3° Prestação de serviços a comunidades: ( também determinada pelo juiz, é onde o adolescente presta serviços gratuitos a sociedade, de acordo com sua aptidão e que não interfira em seus estudos). 
4°Liberdade assistida: ( o adolescente fica sob a supervisão de um orientador, que seja capaz de orienta-lo no que for necessário).
5°Semiliberdade: ( nesse caso o adolescente já esta privado da liberdade, e a ele é concedido o direito de realizar atividades externas, onde o intuito é a progressão ao meio externo e a profissionalização desse adolescente, essa medida não depende da autorização judicial). 
6°Internação: (possui prazo MÁXIMO de 3 anos, e deve ser feita em entidade exclusivas para adolescentes, quando excedido o tempo de 3 anos, a “pena” deve ser convertida em outras medidas). 
O trabalho só se torna eficaz quando a família é inserida nesse trabalho, pois o adolescente está em processo de formação, e muitas vezes aqueles que estão em conflito com a lei, vem de família desestruturadas. 
Atuação dos psicólogos no sistema penal: a inserção do psicólogo no sistema prisional, se deu de maneira lenta e gradual, além de ter sua atuação inicial pobre em materiais.
No sistema penitenciário existem sujeitos que não possui uma internalização de regras de convivência e nem mesmo “autorregras”.
A criminalização é tida como algo não natural e é vista como um processo social e histórico. 
A proposta inicial da prisão, é a ressocialização daquele que não “obedece” regras mínimas do convívio social, porem estudos mostram que essas prisões não estão cumprindo com o seu papel de “reforma” interna, e sim criminalizando cada vez o indivíduo. 
“A partir deste panorama surge o trabalho do psicólogo no sistema prisional que pode ter várias vertentes – ajudar o apenado em relação ao sofrimento produzido pelo cárcere (distância da família, ambiente insalubre e a privação da própria liberdade), assim como a possibilidade de ressocialização, buscando melhores estratégias de enfrentamento para um possível retorno à comunidade”
“Em 1984, foi publicada a Lei 7.210/84 – Lei de Execução Penal – e estabeleceu em seu artigo 1o o objetivo de “efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado” (Brasil, 1984).
Aqui o psicólogo fazia parte de uma equipe (Comissão Técnica de Classificação) que avaliava o apenado, podendo ou não lhe dar a oportunidade da progressão da pena, por meio da previsibilidade de sua presumida adaptabilidade social” (o Psicólogo passou a ter o papel de perito para subsidiar o Juiz em suas decisões, porem em 2003 a lei de Execução Penal foi alterada e tirou o psicólogo da posição de perito, atuando agora na atenção à saúde do detento). 
Mediação e conciliação: o conflito surge quando duas ou mais pessoas, possuem propósito, métodos, ou condutas divergentes, e juntamente com essas divergências, não é estabelecido uma boa comunicação, acarretando em ameaças e temores em relação ao futuro. 
É preciso de se tenha condições para essa comunicação. É comum que em situação de litigio, seja necessário um interlocutor para esse diálogo. Sendo muitas vezes solicitado um Mediador, Conciliador ou Negociador. 
Conciliação: Tem o objetivo de colocar fim ao conflito, sem se preocupar com a razão ou questões pessoais causadoras desse conflito. É feita de maneira cooperativa.
Mediação: A mediação busca o resgate da comunicação, tendo como consequência a solução do conflito, visto que o conflito é resultado de uma falta de comunicação. É papel do mediador ajudar os envolvidos a aceitarem o diferente e verem o outro de igual para igual. Busca a cooperação dos envolvidos, porém não privilegia nenhuma das partes. A mediação reconhece os sentimentos como parte do problema e também da solução. Então ao dialogar, entende-se melhor os sentimentos, ocasionando na maioria das vezes a resolução do problema em questão, sem a necessidade de uma interferência judicial.

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