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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA DEPARTAMENTO DE FÍSICA GERAL FIS122 – FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II-E / LABORATÓRIO TURMA P14 DATA: 03/04/2006 EQUIPE: xxxx xxxx xxxx xxxx PÊNDULO DE TORÇÃO � 1. INTRODUÇÃO O pêndulo de torção é um sistema físico que realiza oscilações harmônicas quando deslocado, angularmente, da sua posição de equilíbrio. Neste experimento, pretendemos mostrar a influência do momento de inércia (I) e da resistência (K) do material que provoca a restauração do movimento e conservação da energia com conseqüente oscilação das barras de variados tamanhos (L) e massa (m). Para isto foram medidos os períodos de oscilação para cada barra. As barras são penduradas em uma das extremidades de um fio preso a uma plataforma na outra extremidade. As massas não são consideradas puntiformes. Os corpos pendurados são então girados em torno de seus eixos verticais. Estes giros causam deformações nos fios, que tendem a retornar ao seu estado original sob a influência do torque restaurador exercido pelo fio. A freqüência de oscilações de um pêndulo de torção depende então do fio e do corpo suspenso, não dependendo da gravidade. Este experimento tem como objetivo determinar os valores para o momento de inércia (I) e a resistência material do fio (K), utilizando os dados medidos experimentalmente. Os dados medidos foram o período (T), o comprimento das barras (L), massa (m), comprimento do fio (C) e a distância entre as massas e o centro de massa da barra (d). 2. TRATAMENTO DE DADOS Gráfico T2 X mL2 A partir dos dados obtidos no laboratório (apresentados na folha de dados em anexo), foi possível a construção do gráfico T2 em função de mL2 em papel milimetrado. Um ajuste da melhor reta foi obtida utilizando o método de mínimos quadrados: Sendo: y' = kxn logy’ = nlogx + log K y = ax + b Usaremos os dados das tabelas abaixo para auxiliar no ajuste da melhor reta, tendo em vista que x = log mL2 e y = log T2: x y xy x2 3,5253 -1,1405 -4,0206 12,4277 4,6478 0,0282 0,1311 21,6020 5,0358 0,6872 3,4606 25,3593 4,4722 -0,0658 -0,2943 20,0006 4,9754 0,2954 1,4697 24,7546 5,3518 0,6954 3,7216 28,6418 Σx Σy Σxy Σx2 28,0083 0,4999 4,4681 132,7860 Obtemos então: EQ Substituindo temos: x y 3,5253 -1,1113 4,6478 0,0622 5,0358 0,4678 4,4722 -0,1214 4,9754 0,4047 5,3518 0,7982 Determinando o valor de k temos: Gráfico T2 x d2 Logo em seguida, traçou-se em papel milimetrado (anexado) o quadrado do período de oscilações (T) em função do quadrado da distância (d) obtidos no procedimento em que foi utilizada uma haste com duas massas iguais penduradas a uma distância d do centro da haste. Utilizando o método de mínimos quadrados para fazer o ajuste da melhor reta, obtemos as tabelas abaixo: d (cm) 2,0 5,0 9,0 14,0 20,0 T (s) 2,672 2,937 3,598 4,677 6,197 d2 (cm) 4,0 25,0 81,0 196,0 400,0 T2 (s) 7,140 8,626 12,946 21,874 38,403 Considerando x = d2 e y = T2, temos que: y = ax + b Σxi Σyi Σxiyi Σx2 706 88,989 20.941,34 20.5618 Substituindo os valores: Logo, Ajustando melhor os pontos, temos a seguinte tabela: x 4,0 25,0 81,0 196,0 400,0 y 6,9492 8,6097 13,0377 22,1309 38,2615 Relacionando o coeficiente angular da reta com a massa M pendurada: Como o valor obtido é semelhante (Δ = 3,25%) ao valor medido da massa (397,6 g), têm-se que esta relação é válida. Usando d = 5,0 cm, temos: Gráfico X C O próximo passo realizado foi traçar em papel log-log, em função do comprimento C do fio. Realizando o ajuste da melhor reta através do método dos mínimos quadrados, temos a seguinte tabela: (Considerando x = C e y = ) x y (10-5) xy (10-5) x2 5,0 0,5015 2,5075 25,0 9,0 0,8312 7,4808 81,0 13,0 1,0111 13,1443 169,0 17,0 1,4126 24,0142 289,0 21,0 1,6069 33,7449 441,0 25,0 1,8951 47,3775 625,0 Σx Σy (10-5) Σxy (10-5) Σx2 90,0 7,2584 128,2692 1.630,0 Calculando a e b: y = ax + b Logo, Obtêm-se então os pontos ajustados: x y (10-5) 5,0 0,5171 9,0 0,7942 13,0 1,0712 17,0 1,3483 21,0 1,6253 25,0 1,9024 Encontrando a dependência entre k e C: A expressão obtida para o período em função de C e de d é a seguinte: 3. QUESTÕES 1 – Seria possível realizar este experimento em um trem com movimento retilíneo uniforme? R - Depende do referencial do observador. Se o observador que mediria o tempo estivesse dentro do trem, o seu referencial seria inercial e o período que ele medisse seria próximo do período real. Já para um observador fora do trem, como seu referencial é não inercial, ele não conseguiria medir o período, pois a medida que o trem se moveria, o pêndulo também se moveria. 2 – Se o experimento fosse feito na lua, o período do pêndulo seria diferente do medido aqui na Terra? Como você compara esse resultado com o do pêndulo simples realizado na Terra e na lua? R - Não, o período do pêndulo de torção na lua seria igual ao da Terra, pois o período de um pêndulo de torção não depende da gravidade. T = 2π.√I/K, onde I depende da massa, da distância entre o eixo de rotação e o centro de massa e do raio. Já K depende apenas do material do fio e do seu comprimento. No caso de um pêndulo simples, com T = 2π.√L/g, como a gravidade na lua é menor que a da Terra, o período na lua seria maior. 3 – E se este experimento fosse feito em uma nave espacial, em um local com gravidade nula, que resultado você esperaria para o período? R - O período seria o mesmo que na Terra e na lua, visto que o período do pêndulo de torção não depende da gravidade. 4 – Explique porque a dependência do período de oscilação com relação ao comprimento do fio lembra uma associação de molas em paralelo. R - 5 – Dado um certo pêndulo de torção, explique como deveremos acoplar a ele outro fio de iguais propriedades (material, comprimento, seção reta), de maneira que a dependência do período na nova disposição seja similar àquele observado na associação de molas em paralelo. 6 – Você já ouviu falar na experiência de Cavendish? Ela foi concebida para medir a constante G da lei da gravitação universal. Em quais aspectos ela está relacionada com um pêndulo de torção? R - Ele aplicou uma balança para medição de forças gravitacionais muito pequenas entre pequenos objetos e com base nessas mesmas experiências, ele chegou ao valor exato da massa da Terra. Essa experiência demonstrou pela primeira vez a força direta entre duas grandes bolas fixas de chumbo e duas bolas menores de chumbo nas extremidades de um braço preso por uma fibra finíssima chamada fibra de torção. Medindo-se o grau de torção da fibra, pode-se medir a intensidade da força, examinar se é inversamente proporcional ao quadrado da distância e determinar sua força. Assim pode-se determinar precisamente o coeficiente de G. Cavendish alegou que estava pesando a terra, mas na verdade estava medindo o coeficiente G da lei da gravidade. 7 – Cite alguns aparelhos que utilizam o princípio do pêndulo de torção para o seu funcionamento. R - Galvanômetro e volante de relógio. 4. CONCLUSÃO Através deste relatório, pudemos achar as devidas relações entre T² e mL², T² e d², T² / I.4π² e C, e encontrar a melhor reta que as representa através do método dos mínimos quadrados. Encontramos também as relações entre coeficiente angular e M, a dependência entre k e C e aexpressão obtida para o período de oscilação em função de C e d. Foi observado que, na oscilação do pêndulo de torção, a força restauradora não depende da ação gravitacional. Ela é originada através da resistência do material utilizado, no caso, o fio. _1207292879.unknown _1207304307.unknown _1207309223.unknown _1207309698.unknown _1207310719.unknown _1207310730.unknown _1207309622.unknown _1207309011.unknown _1207309084.unknown _1207308380.unknown _1207303931.unknown _1207304016.unknown _1207303551.unknown _1207291626.unknown _1207291696.unknown _1207291781.unknown _1207290840.unknown _1207291126.unknown
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