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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA DEPARTAMENTO DE FÍSICA GERAL FIS122 – FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II-E / LABORATÓRIO TURMA P14 DATA: 24/04/2006 EQUIPE: xxxx xxxx xxxx xxxx PÊNDULO FÍSICO E PÊNDULOS SIMPLES ACOPLADOS � INTRODUÇÃO As oscilações desempenham um papel fundamental na física, seja na mecânica, na acústica ou na eletricidade. Um sistema massa-mola é a realização mais simples de um oscilador harmônico: um corpo (massa), acoplado a outro corpo (mola) é mantido em sua posição de equilíbrio. Se deslocado de sua posição de equilíbrio, o sistema oscila, sofrendo a ação de uma força restauradora que tende a trazer a massa para o ponto de equilíbrio. Esta força nada mais é do que a tendência da mola em retomar seu estado original. Pêndulo Físico A posição de equilíbrio do pêndulo físico é aquela em que o centro de gravidade do corpo está no plano vertical que passa pelo eixo de sustentação. No caso onde a gravidade é constante, o centro de gravidade coincide com o centro de massa do corpo (caso deste experimento). Quando o pêndulo é deslocado da sua posição de equilíbrio, o torque restaurador será proporcional ao produto da força (mg) pela distância s do ponto onde ela é aplicada até o centro de massa do corpo. Pêndulos Acoplados O acoplamento de dois ou mais sistemas físicos faz com que eles se influenciem mutuamente. Isto pode ser observado experimentalmente quando acoplamos dois pêndulos simples e colocamos o sistema para oscilar. Esta influência é refletida na alteração das trajetórias de cada um dos corpos e também através da troca de energia entre eles. No caso dos pêndulos físicos vamos acoplá-los usando uma massa m presa num barbante, que será atado às extremidades dos fios de dois pêndulos. O experimento realizado através desta prática visa examinar sistemas em que os pêndulos podem possuir a mesma massa ou não, o mesmo comprimento do fio ou um comprimento diferente e a altura na qual o barbante que liga os dois pêndulos pode ser igual ou não. Cada arranjo diferente gerará sistemas físicos com características próprias. Objetivos do experimento Os objetivos deste experimento são: Executar medidas de freqüência de um pêndulo físico de modo a relacioná-la com a geometria e distribuição de massa que o caracteriza; observar movimentos complexos que aparecem quando consideramos um sistema de pêndulos acoplados. A primeira parte será realizada pelos alunos e a segunda pelo professor. � TRATAMENTO DE DADOS Gráfico T x s Coeficiente angular: Coeficiente linear: Como o gráfico desta relação em papel log-log é uma função linear, têm-se que esta relação é exponencial. Logo, a relação entre T e s quando s→0 é: Gráfico T²s/4π² X s² Método dos mínimos quadrados Para realizar o ajuste da melhor reta, utilizamos a tabela abaixo para auxiliar no cálculo dos coeficientes angular e linear. Considerando y = T²s/4π² e x = s². xi yi xiyi x2 364,81 0,478 174,387 133086,336 292,41 0,375 109,545 85503,608 228,01 0,315 71,902 51988,560 171,61 0,268 45,921 29449,992 123,21 0,252 31,002 15180,704 82,81 0,210 17,409 6857,496 50,41 0,180 9,066 2541,168 26,01 0,153 3,992 676,520 9,61 0,136 1,307 92,352 4,41 0,140 0,616 19,448 1,21 0,130 0,158 1,464 Σxi Σyi Σxiyi Σx2 1.354,51 2,637 465,304 325397,649 Substituindo os valores da tabela nas equações, temos: Ajustando os valores de s² e T²s/4π²: s² T²s/4π² 364,81 0,4539 292,41 0,3898 228,01 0,3327 171,61 0,2827 123,21 0,2398 82,81 0,2040 50,41 0,1753 26,01 0,1536 9,61 0,1391 4,41 0,1345 1,21 0,1316 Encontrando uma relação entre I e s temos: (I) (II) Substituindo (II) em (I): Satisfazendo o teorema dos eixos paralelos: Encontrando uma relação entre k e s: (III) Substituindo (II) em (III): (IV) Substituindo (IV) em (I) � RESPOSTAS DA FOLHA DE QUESTÕES 1 – O enunciado diz “O momento de inércia de um corpo em torno de um eixo qualquer pode ser expresso pela soma do momento de inércia em torno de um eixo, paralelo ao original, passando pelo centro de massa, e de um termo que é o produto da massa total do corpo pelo quadrado da distância entre os dois eixos”. O pêndulo físico tem movimento harmônico, mas não tão simples. O corpo é suspenso por um ponto interno a ele, e efetua pequenas rotações em torno de um eixo que passa pelo ponto. A grandeza física responsável pelas rotações é o torque. O formato geométrico do corpo e a posição do eixo de rotação em relação ao centro de massa influenciam o momento de inércia. Assim, o momento de inércia reflete a liberdade que o pêndulo físico tem para oscilar. Daí a importância do teorema dos eixos paralelos no pêndulo físico, um método que permite calcular o momento de inércia em função da forma geométrica do corpo e da posição do eixo de rotação. 2 – Sabendo que o cálculo do raio pode ser dado pela fórmula: K=(I/m)1/2 K=((Icm+ms2)/m) 1/2 K=(m(L2/12+s2)/m) 1/2 K=(L2/12+s2) 1/2 Utilizando K em função de s, temos a seguinte tabela: s [cm] k [cm] log k [cm[ 19,10 22,32 1,28103 17,10 20,63 1,23300 15,10 19,01 1,17898 13,10 17,46 1,11727 11,10 16,02 1,04532 9,10 14,70 0,95904 7,10 13,56 0,85126 5,10 12,62 0,70757 3,10 11,96 0,49136 2,10 11,74 0,32222 1,10 11,60 0,04139 Σ=103,10 Σ=171,61 Σ=9,22844 Ver gráficos em anexo. Ao analisarmos os gráficos foi possível verificar sua linearização ao aplicar os dados no papel mono-log, portanto usando os métodos dos mínimos quadrados e o da melhor reta, obteremos a relação seguinte: Y=ax+b ( logK=log10ax +logKo ( logK= ax+ logKo, onde: Y=logK, b=logKo, x=s Aplicando o método dos mínimos quadrados obtemos o seguinte: coeficiente angular a: coeficiente linear b 0,016416026 1,02805462 Somatório de s 103,1 Somatório dos 2 de s 1354,51 Somatório de log k 13,00109306 Somatório de s*log k 128,2281021 Substituindo os valores de a e b na equação y=ax+b, temos: y=0,16416026x+1,02805402 Como b=logKo, teremos : logKo= 1,02805402 Ko=101,02805402 = 10,66730273 Utilizando valores da tabela e substituindo na expressão, obteremos: K=100,16416026x7.1 . Ko ( K= 13,95109839 Comparando com o valor experimental temos: Discrep= (|13,56 – K|)*100/K = 2,837787911% Como a discrepância foi inferior a 10%, concluímos que a equação encontrada é válida. K(s)= 100,16416026s . Ko 3 – A restrição de θ para valores menores que 25º se deve ao fato de que sen(θ) ≈ θ neste intervalo. Podemos, assim, aproximar a equação: Τ = -m.g.s.sen(θ) para T = -m.g.s.θ e assim resolver mais facilmente a equação diferencial do movimento. 4 – Sim, pois a depender da geometria do pêndulo, o momento de inércia em relação ao centro de massa seria diferente. Isso implicaria em valores de K (raio de giração) e ho (comprimento do pêndulo simples equivalente) diferentes, uma vez que, ambos dependem do momento de inércia do pêndulo físico usado no experimento. Essas ocorrências são expressas pelas fórmulas: Assim, em termos quantitativos, ou seja, no que se refere aos danos numéricos, eles são diferentes. Portanto, ainda que mudemos a geometria do pêndulo físico, o comportamento do mesmo não se altera, ou seja, a tendência dos valores obtidos foi a mesma. 5 – a) Ao ser solto o pêndulo, A inicia seu movimento oscilatório linear com uma determinada energia mecânica. Com o passar do tempo, o pênduloB começa a se movimentar, roubando a energia do pêndulo A. Após determinado tempo, o pêndulo A pára de oscilar enquanto que o pêndulo B assume um comportamento semelhante ao de A no início do experimento. Daí, então, o pêndulo B começa a transferir a energia recebida do pêndulo A, fazendo com que esse adquira um movimento muito parecido com o inicial (perdas de energia por atrito). b) De forma semelhante ao caso anterior, o pêndulo A inicia um movimento circular e em seguida o pêndulo B começa a “roubar” energia e assumir o mesmo movimento enquanto A pára. Revertendo-se o processo, o pêndulo B transfere sua energia para o pêndulo A e assim sucessivamente. c) Quando o sistema começa a se movimentar, o pêndulo A e o pêndulo B têm movimento em apenas uma direção, perpendicular entre si. Em certo tempo, cada pêndulo adquire movimento, formando assim uma trajetória curva. Após determinado período de tempo, observamos que o pêndulo A passou a se movimentar na direção do movimento inicial de B, e B com o de A. Semelhante ao processo dos sistemas anteriores, o ciclo se repete. � CONCLUSÃO Foi traçado, em papel milimetrado, um gráfico de T (período de oscilações), em função da distância s (distância entre o ponto até o centro de massa do corpo). Observou-se, como esperado, que este gráfico possui um valor mínimo e que cresce quando s varia de tendendo a zero até L/2. (Ver gráfico em anexo). Foi traçado outro gráfico T X s, em papel log-log, com os dados para os quatro menores valores de s. Valores estes, bem próximos de s tendendo a zero. Esperava-se encontrar uma dependência em uma lei de potência com o expoente negativo. Isto foi verificado. . A dependência funcional entre T e s neste limite é inversamente proporcional, já que a dependência é uma potência com expoente negativo. Os possíveis erros que poderiam ser encontrados neste experimento se devem a: dissipação de energia, através do atrito entre a régua que oscilava na haste e erro humano, ao medir o tempo das oscilações. Foi traçado também, em papel milimetrado, o valor de T 2s / 4 2 em função de s2 . Esperava-se encontrar uma dependência linear entre estas duas grandezas. Foi feito o ajuste da melhor reta através do método dos mínimos quadrados. (Ver gráficos em anexo). A partir dos valores obtidos para o coeficiente angular e termo constante, observou-se que a dependência entre o momento de inércia e a distância s é diretamente proporcional. Por último, referente aos pêndulos acoplados, observou-se experimentalmente que quando colocamos apenas o pêndulo1 para oscilar na direção X, por exemplo, a energia do sistema é transferida para o outro pêndulo2 que passa a oscilar também no eixo X. Neste caso, o pêndulo1 fica parado no final. Já quando colocamos do pêndulo1 para oscilar na direção X e o pêndulo2 para oscilar na direção Y, observamos no final que a tendência do sistema é o pêndulo1 oscilar na direção Y e o pêndulo2 oscilar na direção X. _1208703626.unknown _1209182966.unknown _1209183478.unknown _1209183946.unknown _1209184072.unknown _1209183985.unknown _1209183755.unknown _1209183268.unknown _1209111683.unknown _1209112135.unknown _1209112342.unknown _1209182950.unknown _1209112264.unknown _1209111712.unknown _1209110947.unknown _1208780023.unknown _1207291126.unknown _1208703443.unknown _1207290840.unknown
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