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Constitucional Cristina Luna

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Gabarito
	Direito Constitucional
	Cristina Luna - cristinaluna@terra.com.br
	
	Ivo Tambasco Guimaraes Jr
	12/11/2008
	ivo@polymedia.com.br
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�
0 �- Introdução
Programa de curso
Doutrina
Teoria da Supremacia da Contituição
Teoria do Poder Constituinte
Teoria das Normas Constitucionais
Teorias da:
Recepção
Desconstitucionalização
Represtinação
Classificação das Constituições
Constituição da República Federativa do Brasil (promulgada em 05/10/1988)
Princípios Fundamentais (art 1º ao 4º CF)
Ordem Interna
Ordem Internacional
Princípio da Tripartição dos Poderes
Direitos e Garantias Fundamentais, individuais e coletivos (art 5º CF)
Poder Legislativo Federal (art. 44 ao 75 CF)
Controle de Constitucionalidade (art. 49 V; 52 X; 97; 102 e 105; 125 §2º; lei 9868/99; lei 9882/99)
Via de Exceção
ADIN
ADECON
ADPF
ADINPO
ADINI
Poder Executivo Federal (art. 76 ao 91 CF)	
Federação Brasileira (art. 18 ao 36 CF)
Complemento
Poder Judiciário
�
Normas Jurídicas (normatividade e coercitividade):
Princípios: alcance amplo. Exemplo: art 5º caput – Princípio da Liberdade
Regras: alcance restrito. Exemplo: art 5º VI – Liberdade de Consciência e Crença, art 5º XIII – Liberdade Profissional; art 5º XV – Liberdade de Locomoção, etc.
Não há hierarquia entre normas princípios e normas gerais. Há interdependência. 
Escritas: baseadas na lei
Não escritas: 
Baseadas em usos e costumes sociais
Baseadas em jurisprudência
Jurisprudência – decisões semelhantes (reiteradas) pelos tribunais sobre casos semelhantes
Todos os tribunais têm capacidade de criar jurisprudência. São decisões repetitivas. Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer se não em virtude da lei. No Brasil jurisprudência não obriga.
Não há jurisprudência de juiz singular. Só há jurisprudência quando decidido reiteradamente pelos tribunais.
Só a partir de acórdãos é que pode surgir uma jurisprudência.
Súmula – quando o tribunal transcreve a sua jurisprudência. Qualquer tribunal pode criar súmula, mas não é lei. 
Súmula Vinculante (art. 103-A CF) – obriga aos demais órgãos do poder judiciário, exceto o STF e inclusive ao CNJ, e administração pública, direta e indireta, de todas as unidades federativas, a seguirem a súmula. Para isso é necessária a autorização de 2/3 dos ministros do Supremo (8 ministros). 
Podem provocar uma súmula vinculante:
O próprio Supremo;
Presidente da República;
Mesa da Câmara; 
Mesa do Senado;
Procurador Geral da República;
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
Partido Político com representação nacional;
Confederação Sindical ou Entidade de Classe;
Entre outros;
Decisão judicial que desrespeite a súmula vinculante é cassada.
Decisão administrativa que desrespeite a súmula vinculante é considerada nula.
Comarcas – subdivisões dentro do estado. Normalmente 1 município mas pode acumular mais de um município 
O Conselho Nacional de Justiça não tem atividade jurisdicional. A atividade do CNJ é planejamento, administração e fiscalização.
 Juízes de 1º grau – as decisões são chamadas de sentenças;
 Juízes de 2º grau – as decisões são chamadas de acórdãos;
É competência comum de todos os entes proteger a Constituição (art. 23 I CF), mas o STF é o maior guardião (art. 102 I CF)
Lei se estrutura em artigos, que se dividem em:
Caput – enunciado
Incisos
Alíneas
Parágrafo
�
1. Doutrina
1.a Teoria da Supremacia da Constituição
Concepção sociológica – Fernando Lassalle (Konrad Hesse)
Constituição é efetiva e real;
Traduz os fatores reais (políticos, históricos e sociais) do poder;
São as constituições históricas;
Constituição não escrita. Pode ser escrita, mas caso não traduza os valores reais do poder ela não passará de uma mera folha de papel;
Ser (é). Trabalha com o presente;
Concepção política – Carl Schmidt
Concepção decisionista - decisão política fundamental daquele povo: estrutura do Estado soberano e direitos e garantias fundamentais, ao menos os individuais;
Constituição ≠ leis constitucionais;
Constituição de conteúdo material – apenas assuntos essenciais à existência de um Estado soberano;
Decisão global fundamental;
Concepção jurídica ou formal – Hans Kelsen 
Constituição é um sistema jurídico positivo. Opõe-se à concepção sociológica;
Sistema = normas não podem ser interpretadas sozinhas;
Positiva = deve ser escrita;
Sistema lógico jurídico, sem contradições;
Constituição escrita e com alguma rigidez;
Dever-ser – como devem agir o poder público e a sociedade. Trabalha com o futuro;
Função transformadora da sociedade;
Obra “Teoria Pura do Direito”;
Classificação de Karl Loewenstein�
Constituição normativa – são as que efetivamente conseguem, por estarem em plena consonância com a realidade social, regular a vida política do Estado;
Constituição nominativa – apesar de terem sido elaboradas com o intuito de regular a vida política do Estado, não conseguem cumprir esse papel;
Constituição semântica – desde sua elaboração, serve apenas para estabilizar e eternizar a intervenção dos dominadores;
�
Siégès
�
1.b Teoria do Poder Constituinte�
Abade Siérès
Terceiro poder: povo;
Exercente do poder: povo;
Poder constituinte: povo;
	i – Poder Constituinte Originário (Poder de 1º Grau)
Criação de Constituição soberana, através de conjunto de normas constitucionais originárias;
Momento:
Pelo desejo do povo:
A partir de uma revolução;
Através de uma transição;
Impositores – através de um golpe de Estado;
Exercício:
Povo – Constituição promulgada. Representantes do povo reunidos na Assembléia Nacional Constituintes;
Impositores – Constituição outorgada;
Características: 
Inicial – dá origem a uma nova ordem jurídica, desconhecendo a anterior;
Incondicionado – não há regra externa;
Ilimitado (juridicamente) ou irrestrito – pode dispor sobre qualquer assunto, de qualquer forma e no momento que bem entender;
Não subordinado (ou autônomo, ou ainda soberano) – não existe vontade jurídica superior;
Observações:
Poder de natureza política, pois não se apóia em nenhuma norma jurídica anterior;�
PCO – ilimitado juridicamente, mas possui limites nas ordens econômica, social e cultural;
PCO:
STF e doutrina majoritária – juridicamente ilimitado;
Doutrina minoritária – juridicamente limitado (jus naturalista). Maior expoente é Otto Barhof;
Jus naturalismo: direito natural ou direito suprapositivo ou direito supranacional – limites no direito natural, escrito ou não.
É pacífico o entendimento doutrinário quanto ao PCO ser juridicamente ilimitado? Não!
Princípio do não retrocesso – negar o que a constituição assegura (ex. direito de greve do servidor público ainda não regulamentado);
�
	ii – Poder Constituinte Derivado Reformador (ou Poder de 2º Grau ou Poder Constituído Derivado Reformador ou Poder Instituído Derivado Reformador)
Constituído ou instituído, pois é criado pelo Poder Constituinte Originário;
Não há hierarquia entre normas constitucionais, mas há entre Poder Constituinte Originário e Poder Constituinte Derivado;
Possibilita a alteração de uma constituição soberana, através de um conjunto de normas constitucionais derivadas;
Momento: 
Poder diferido – exercido ao longo do tempo;
Exercício:
Representantes – Congresso Nacional;
Impositores;
Características:
Derivado – criado por vontade do Poder Constituinte Originário;
Condicionado – sujeito a regras externas ao grupo estabelecidas pelo PCO;
Subordinado – ao PCO;
Limitado – em todos os aspectos pelas limitações determinadas pelo PCO:
Limitações� materiais – alguns assuntos não podem ser abolidos. Assuntos que não podem nem ser discutidos. Cláusulas pétreas (cláusulas imutáveis): 
Expressas - art. 60 §4º CF 
Forma federativa (ex. art. 18 caput CF, art. 1º caput CF) – descentralização da atividade legislativa, administrativa e financeira. Entidades autônomas;Voto – EC pode ampliar, mas não restringir. 
Voto do parlamentar (exemplo art. 55 §2º CF) não é cláusula pétrea. O voto do povo que é cláusula pétrea;
É possível uma emenda abolir o dever de votar? Sim, pode transformar todos os votos facultativos. Cuidado: o direito de votar não pode ser objeto de emenda;
Suponha que uma norma constitucional originária criou um voto indireto, afinal ela tudo pode. Uma emenda constitucional poderá transformar este voto indireto em voto direto, mas a recíproca não é verdadeira.
Direto – não é permitido voto censitário;
Secreto;
Universal;
Periódico – característica da forma de governo republicano. Não pode haver cargo eletivo vitalício (exemplo Presidentes da República virarem senadores vitalícios);
Separação dos poderes – só quem pode permitir funções atípicas é o PCO;
Direitos e garantias individuais (art. 5º CF e outros);
Implícitas – STF e doutrina. Exemplo artigos 1º, 2º, 3º, 60 CF;
Limitações Circunstanciais – situações que limitam o seu poder (art. 60 §1º CF). Pode haver discussão, mas não votação;
Intervenção Federal (art. 34 ao 36 CF); 
União pode intervir nos Estados, Distrito Federal e municípios de território federal, mas não pode intervir em municípios que integram Estados;
Estados podem intervir em municípios. Pelo princípio da simetria (ou reprodução) obrigatória, não pode haver emenda à constituição estadual no período de intervenção estadual. Porém pode haver emenda a esta constituição durante intervenção federal, exceto se a intervenção for sobre o legislativo;
Ato privativo do Presidente da República como chefe de governo;
Intervenção pode ser sobre parte da atividade administrativa ou legislativa;
Intervenção federal sobre hospitais do Estado e município do Rio de Janeiro. STF considerou inconstitucional, pois:
Intervenção federal sobre município não é permitido;
Não era intervenção, mas requisição sobre bem público. E requisição só é permitida sobre bens privados (art. 5º XXV CF);
Estado de Defesa (art. 136 CF)
Apenas federal por decreto do Presidente da República, como chefe de Estado. Não requer autorização do legislativo;
Direitos individuais podem sofrer restrição (art. 136 §1º I CF);
Estado de Sítio (art. 137 ao 139 CF):
Necessita de autorização prévia do legislativo. 
Pode haver intervenção em municípios;
Direitos individuais podem sofrer restrição (art. 139 incisos CF);
�
Limitações Procedimentais:
Caracterizam a rigidez da constituição brasileira;
Revisão Constitucional (art. 3º ADCT CF) – diversos pontos analisados no mesmo momento. Maioria absoluta do Congresso Nacional;
Reforma Constitucional - diferido, pois vem sendo exercido aos poucos:
Projeto de Emenda Constitucional (art. 60 incisos, §§ 2º, 3º e 5º CF) por iniciativa:
1/3 deputados federais;
1/3 senadores;
Presidente da República;
½ das Assembléias Legislativas dos Estados, representadas pela maioria simples (ou relativa);
Não cabe iniciativa popular;
Discussão e votação duas vezes em cada casa - Câmara dos Deputados e Senado - e com aprovação de 3/5 em cada votação (art. 60 § 2º CF);
Promulgação por membros das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado (art. 60 § 3º CF). Não pode ser pela mesa do Congresso;
Tema rejeitado não pode ser objeto de discussão na mesma sessão;
Limitações temporais – controvérsia doutrinária. Já houve na Constituição Imperial de 1824: durante quatro anos não foi permitida alteração.
Art. 60 CF: 
A constituição poderá ser emendada mediante proposta do... (art. 60 Incisos CF) – limitação procedimental;
não pode emenda durante intervenção federal, estado de sítio ou estado de defesa (art. 60 §1º CF) - limitação circunstancial;
emenda discutida e votada em cada casa em 2 turnos com 3/5 dos votos (art. 60 § 2º CF) - limitação procedimental;
promulgada pelas mesas da Câmara e do Senado (art. 60 § 3º CF) - limitação procedimental;
não será objeto de deliberação a proposta de emenda que tenda a abolir (art. 60 § 4º CF) - limitação material implícita;
§ 4º incisos – limitação material expressa;
Emenda rejeitada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 60 § 5º CF) - limitação procedimental;
§§ 1º, 2º, 3º e 5º sujeitos também a limitação material implícita;
�
iii - Poderes instituídos (ou constituídos) – União, Estados, municípios e Distrito Federal exercem o poder constituído:
Poder legislativo – União, Estados, municípios e Distrito Federal;
Poder executivo – União, Estados, municípios e Distrito Federal;
Poder judiciário;
Poder Constituinte Derivado Reformador;
Poder Constituinte Derivado Decorrente;
iv - Todo Poder Constituinte Derivado será exercido pelo Congresso Nacional? Falso, há também o Poder Constituinte Derivado Decorrente que é exercido pelas assembléias legislativas;
O Poder Constituinte Derivado é de natureza jurídica, pois é criado e submetido a uma ordem jurídica anterior;�
Simetria pode ser:
Obrigatória. Exemplo art. 69 CF
Facultativa. Exemplo art. 57 §4º CF
Proibida. Exemplo art. 86 §§ 3º e 4º CF
�
1.c Teoria das Normas Constitucionais
i –Aplicação
Direitos e garantias fundamentais (art. 5º §1º CF) têm aplicação imediata. Significa que elas são imediatamente exigíveis:
Direitos Individuais;
Direitos Coletivos;
Direitos Sociais;
Nacionalidade;
Direitos Políticos;
Partidos Políticos.
ii – Efeitos
Toda norma constitucional produz um mínimo de efeitos, ou seja, todas têm eficácia. Chamada eficácia negativa:
Tem poder de revogar normas anteriores que lhes seja contrária;
Impõe ao poder público o dever de agir;
Obriga a todos a respeitar o conteúdo da norma.
iii – Executabilidade (aplicabilidade) 
Norma Constitucional de Eficácia Plena – não necessita da atuação do poder público. Pode ser regulamentada, mas não é necessário. Exemplo: art. 1º incisos CF;
Norma Constitucional de Eficácia Contida ( = contível = restringível = redutível ) – não necessita de atuação do poder público. Pode ser regulamentada, inclusive de forma restritiva, desde que a restrição não seja excessiva e inviabilize a aplicação da norma. Exemplo: art. 5º XIII CF; 
Norma Constitucional de Eficácia Limitada – necessita de atuação do poder público para produzir todos seus efeitos. Exemplo art. 3º CF é uma norma programática.
Produz um mínimo de efeitos:�
Revogação de normas anteriores que estejam em desacordo;
Impõe a observância por todos;
Impõe o deve de agir por parte do poder público;
Eficácia limitada diferida (programática) – impõe metas. Exemplos segurança pública direito de todos e dever do Estado (art. 144 CF), saúde direito de todos e dever do Estado (art. 196 CF), etc.
Segundo o professor José Afonso, se dividem em:�
Definidoras de princípio institutivo:
Impositivas;
Facultativas;
Definidoras de princípio programático;
Plena eficácia ≠ eficácia plena;
�
Como reclamar a plena eficácia das normas:
Mandato de Injunção (art. 5º LXXI CF) – válida apenas para normas constitucionais relativas a direitos e liberdades, nacionalidade, soberania e cidadania;
Mínimo existencial (art. 1º III CF) – baseada no princípio do não retrocesso. Exemplo matricular criança em escola particular quando todas as escolas estiverem cheias (art. 205);
Princípio do não retrocesso – se a Constituição Federal assegura o direito ou liberdade, ainda que previsto em norma constitucional de eficácia limitada, não cabe ao poder público negar por falta de regulamentação;
Reserva do possível – baseada no princípio do possível. Exemplo construir escolas e contratar professores;
Ação de Inconstitucionalidade por Omissão (ADINPO) (art. 103 §2º CF) – qualquer norma constitucional de eficácia limitada;
Observação: 
“na forma da lei” – regra geral, eficácia limitada. Mas cuidado, pois existem exceções. Exemplo art. 5º XII CF (inviolabilidade do sigilo) é de eficácia contida;
“nos termos da lei” – regra geral, eficácia contida. Também possuiexceções como o art. 37 VII CF (direito de greve do servidor);
Norma Constitucional de Eficácia Plena e Norma Constitucional de Eficácia Contida:
Autoexecutáveis;
Aplicabilidade:
Direta;
Imediata;
Norma Constitucional de Eficácia Limitada:
Sem autoexecutoriedade;
Aplicabilidade:
Indireta;
Mediata;
Aplicação Imediata X Aplicabilidade:
Aplicação Imediata ( = exigibilidade) – destinatário exige. Referente às normas constitucionais de direitos e garantias fundamentais. 
Exemplo: seguro contra acidentes do trabalho a cargo do empregador (art. 7º XXVII CF) é de eficácia limitada, e executoriedade imediata. Cabe mandado de injunção;
Aplicabilidade – atuação dos poderes públicos, que têm a obrigação de agir ou não. Qualquer assunto. 
Exemplo: a criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios (art. 18 § 4º CF), aplicação não é imediata e não cabe mandado de injunção. Executoriedade mediata;
Ver Elementos das Constituições;
�
1.d Teorias
i. Teoria da Recepção – única que adotamos pelo silêncio da Constituição. Adoção implícita;
Baseada no princípio da continuidade do direito;
As Normas Infraconstitucionais serão absorvidas pelo novo ordenamento jurídico infraconstitucional se materialmente compatíveis com a nova Constituição ( = constituição sobrevinda ou superveniente). Normas incompatíveis materialmente serão revogadas pelo critério hierárquico. Exemplo CTN, originalmente lei ordinária, recepcionado pela CF/88 como lei complementar;
Avaliação da incompatibilidade material de norma infraconstitucional:
Controle incidental (= por via de exceção);
Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) – art. 102 §1º CF e art. 1º §único lei 9882;
Uma norma pré-constitucional: se for considerado incompatível => pelo critério hierárquico, a atual Constituição revoga a norma infraconstitucional => perda da vigência;
Uma norma ou emenda pós-constitucional - avalia a inconstitucionalidade (pelo controle incidental, ADIN ou ADPF):
Material;
Formal;
Se for declarada inconstitucional, regra geral, declarada a suspensão da eficácia;
Observação: de acordo com o STF, não há inconstitucionalidade superveniente. Uma norma não pode ficar inconstitucional com uma nova constituição, pois ela já foi revogada;
Derrogação – revogação parcial;
Ab-rogação – revogação total; 
�
ii. Teoria da Desconstitucionalização – silêncio da Constituição. Não adoção implícita;
Havendo compatibilidade material, as Normas Constitucionais anteriores serão absorvidas pelo novo ordenamento jurídico como normas infraconstitucionais. Não havendo compatibilidade esta norma será revogada pelo critério cronológico;
iii. Teoria da Repristinação – silêncio da Constituição. Não adoção implícita;
As normas infraconstitucionais revogadas serão absorvidas pelo novo ordenamento jurídico infraconstitucional se materialmente compatíveis com a nova Constituição. Se materialmente incompatíveis permanecerão fora do ordenamento;
Em regra não há repristinação (art. 2º §3º decreto lei de 1940 – lei de introdução ao código civil); 
Observação: 
Revogação – só uma lei revoga outra lei. O texto desaparece do ordenamento jurídico. Critérios de revogação:
Hierárquico – norma superior revoga norma inferior naquilo que lhe for contrário. NC ( NI;
Cronológico – norma posterior revoga norma anterior naquilo que lhe for contrário. NC ( NC, NI ( NI;
Especialidade – norma geral será revogada pela norma especial. Norma especial ( Norma geral;
Declaração de Inconstitucionalidade suspende a eficácia;
Suspensão de eficácia – suspende a capacidade de produzir efeitos. Podem voltar a ter ou não eficácia. Exemplos:
Art. 49 V CF – não voltam a ter eficácia;
Art. 24 §4º CF – pode voltar a ter eficácia;
1.e) Classificação das Constituições�
i - Quanto à forma
Constituições Não Escritas (ou Costumeiras ou Consuetudinárias)
Normas legais infraconstitucionais – cuidado! Conta com documentos escritos:
Leis escritas;
Usos e costumes sociais;
Jurisprudência;
Alguns destes passam a valer como norma constitucional quando tratam de assuntos essenciais:
Princípios fundamentais – regime político, forma de governo, princípios internos, finalidades do Estado etc.;
Direitos e garantias individuais;
Elementos constitutivos (integrativos) de um Estado:
Povo (nacionais) – só uma Constituição pode definir os nacionais;
Território – competências de cada entidade;
Governo Soberano – poder político;
Finalidades;
Constituição Legal é uma subespécie da Constituição Não Escrita, baseada apenas em documentos escritos;
Constituições Escritas (ou Positivadas ou Instrumental�)
Órgão constituinte – com representantes do povo ou não;
Único documento escrito;
Elaborado de forma solene;
Determinado momento;
Pode tratar de assuntos essenciais e não essenciais;
ii – Quanto à Origem – diz respeito ao Poder Constituinte Originário
Constituição Promulgada (ou Democrática ou Popular) – PCO composto por representantes do povo reunidos em uma Assembléia Nacional Constituinte. No Brasil, foram as constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988;
Constituição Outorgada – PCO sem representação popular. No Brasil, foram as constituições de 1824, 1937, 1967/69;
Observação: Constituição Cesarista – o PCO não tem representação popular, mas a Constituição passa por um plebiscito. 
Segundo parte da doutrina, é uma subespécie de Constituição outorgada. Segundo outra parte, seria uma subespécie de promulgada;
Ainda segundo parte da doutrina, seria referendada e não aprovada por plebiscito;
Mais ligada às Constituições impostas;
iii – Quanto à Elaboração
Constituição Histórica – construída ao longo da história daquela sociedade, em constante formação. 
Todas as Constituições Não Escritas são Constituições Históricas; 
É uma Constituição dinâmica e informal;
Constituição Dogmática – encontra-se pronta e acabada. Surge em determinado momento;
Todas as Constituições Escritas;
Tende à inércia, necessitando de um processo legislativo para alterá-la;
iv – Quanto à Extensão
Constituição Sintética – o detalhamento está nas normas infraconstitucionais;
Toda Constituição Não Escrita é uma Constituição Sintética. Algumas Constituições Escritas também são Constituições Sintéticas. Exemplo: Constituição Americana;
Constituição Analítica – auto explica-se;
Algumas Constituições Escritas;
Forma de reduzir o poder discricionário do governante, limitando o seu poder;
�
v – Quanto ao Conteúdo
Constituição de Conteúdo Material – trata apenas de assuntos fundamentais, normas constitucionais de conteúdo material. 
Todas as Constituições Não Escritas. Algumas Constituições Escritas;
Constituição de Conteúdo Formal – composta de assuntos essenciais (normas constitucionais de conteúdo material) e não essenciais (normas constitucionais de conteúdo formal)
vi – Quanto à Estabilidade – diz respeito ao Poder Constituinte Derivado Reformador
Imutável;
Sujeitas à modificação:
Mutação Constitucional – alteração informal;
Constituições Não Escritas;
Apenas as Constituições Históricas;
Reforma Constitucional – alteração formal através de procedimento legislativo. 
Constituições Escritas e Não Escritas (documentos escritos);
Constituição Rígida – procedimentos legislativos complexos.
Algumas constituições escritas;
Há possibilidade de controle de constitucionalidade;
Parte da doutrina ainda classifica as Constituições Super-rígidas – além das limitações procedimentais, há os procedimentos materiais (“cláusulas pétreas”);
Constituição Flexível – requerem procedimento legislativo simples.
Algumas Constituições Escritas, todas as Constituições Não Escritas;
Constituição Semi-rígida – algumas normas requerem procedimento legislativo complexo e outras apenas procedimento simples, como os das leis.
Algumas Constituições Escritas;
Só há rigidez constitucionalse houver pelo menos limitação procedimental;
Só há possibilidade de controle da constitucionalidade se houver rigidez constitucional;
vii – Quanto à Supremacia
Constituição de Supremacia Material (ou Constituição Material) – conteúdo diferente das demais normas.
Constituição Flexível;
Pode ser Escrita ou Não Escrita;
Não há possibilidade de controle constitucional;
Constituição de Supremacia Formal (ou Constituição de Supremacia Jurídica);
A Constituição Americana é uma constituição de conteúdo material e de supremacia formal;
A Constituição Federal Brasileira é uma constituição de conteúdo e supremacia formal;
Quando a Constituição for de supremacia material, ela será sempre de conteúdo material;
Questão de Prova: A Constituição Federal é dogmática porque é escrita, elaborada por órgão constituinte, sistematiza dogmas ou idéias políticas de seu momento histórico. Verdadeiro;
Questão de Prova 2: Tanto as Constituições rígidas como as flexíveis apresentam superioridade formal e material às demais normas do ordenamento jurídico. Falso. Se é flexível, a supremacia é material. Se é rígida, a supremacia é formal;
viii – Quanto à Efetividade (Karl Loewenstein)
Normativa – impõe limites e reconhece direito. Democrática;
Nominal (ou nominativa) – não é observada (“mera folha de papel”);
Semântica – busca legitimar a dominação;
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�
�
ix – Quanto à Finalidade �
Constituição Garantia:
Proteção das liberdades públicas (direitos individuais);
Estrutura do Estado;
Constituições escritas e não escritas
Constituição Dirigente (ou Programática):
Proteção dos direitos fundamentais (individuais e outros);
Estrutura do Estado e programa de governo. Os programas de governos são normas constitucionais de eficácia limitada diferida;
Todas são Constituições escritas;
Linha do Tempo:
Constituições não Escritas;
Constituições Garantias – princípio da Liberdade;
EUA (sec. XVIII) - 1ª Constituição escrita;
França (sec. XVIII) – direitos de 1ª geração (ou 1ª dimensão);
Direitos Individuais (natureza civil e política);
Estado Liberal – dever de se abster (obrigação negativa do Estado);
Constituições Dirigentes:
Princípio da Igualdade:
México (1917) e Alemanha (1919) – direitos de 2ª geração (ou 2ª dimensão);
Direitos Sociais (natureza econômica e trabalhista);
Estado do Bem Estado Social – dever de fazer (obrigação positiva do Estado);
Novas Constituições - princípio da Solidariedade (Fraternidade):
Direitos de 3ª geração (ou 3ª dimensão):
Direito à paz, meio ambiente equilibrado, comunicação, patrimônio comum da humanidade, desenvolvimento;
Direitos de 4ª geração (ou 4ª dimensão);
Democracia, pluralismo, informação;
Observação:
Normas Constitucionais de Eficácia Limitada diferida possuem um mínimo de eficácia:
Revogação;
Impõe o dever do Estado de agir;
Obriga a todos;
Sujeitas a mandato de injunção (art. 5º LXXI) – mínimo existencial X princípio da reserva do possível;
2. Constituição da República Federativa do Brasil
Promulgada em 05/10/1988
República Federativa do Brasil:
Pessoa Jurídica de Direito Público Internacional;
Representada pelo Chefe de Estado;
Atos de Soberania;
Federação (União, Estados, Município e Distrito Federal) :
Pessoa Jurídica de Direito Público Interno;
Representados pelos Chefes de Governo;
Atos de Autonomia;
Formas de Estado – relação de poder no território de um Estado;
Estado Unitário – centralização política (poder legislativo) e administrativa (poder executivo). 
Um único poder legislativo e executivo;
O poder executivo pode ser centralizado ou descentralizado (entidades autárquicas);
Usualmente países de menor extensão territorial;
No Brasil: CF 1824;
Estado Federal (Federação ou ainda Estado Federativo) – descentralização (política com vários poderes legislativos e executivos)�;
No mínimo um poder central e diversos poderes estaduais (regionais);
Entidades autônomas;
Usualmente países de maior extensão territorial;
No Brasil: todas as constituições de 1891 a 1988, sendo que nesta última é cláusula pétrea (art. 60 § 4º CF);
Elemento essencial é a descentralização política, administrativa e financeira;�
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Forma de Governo – relação de poder entre governantes e governados;
Monarquia Constitucional - Chefe de Estado: Monarca;
Hereditariedade;
Vitaliciedade;
República (“Res” = coisa, “pública” = do povo) - Chefe de Estado: Presidente da República;
Igualdade jurídica das pessoas;�
Eletividade;
Periodicidade;
Possui responsabilidade política;
Deve prestar contas;
No Brasil: CF 1891 à 1988 (art. 2º ADCT) – cláusula pétrea implícita. Cláusula pétrea se:
Intervenção federal (art. 34 VII a CF) – se o Estado membro não respeitar os princípios republicanos;
Intervenção estadual (art. 35 IV CF) – se o município não respeitar;
Sistema de Governo – relação de poder entre governantes (poder legislativo e poder executivo);
Não é cláusula pétrea, entretanto, enquanto não for alterada pelo Poder Constituinte Derivado Reformador, os Estados e Municípios não podem adotar princípios parlamentaristas;
Parlamentarismo – Chefe de Governo: Primeiro Ministro, auxiliado pelos seus ministros (gabinete);
Definição do Chefe de Governo:
Eleição Popular;
Nomeado pelo Chefe de Estado;
Escolhido pela maioria do parlamento;
Afastamento:
Crime comum;
Crime de responsabilidade política;
Voto de censura;
Moção de desconfiança;
Chefe de Estado pode dissolver o parlamento e convocar novas eleições;
O primeiro Ministro necessita do apoio da maioria absoluta do parlamento. Usualmente há bipartidarismo. Há países parlamentaristas com pluripartidarismo, mas eles devem estar ligados a 2 coligações;
No Brasil: CF 1824 e 1946. Esta última, em regra presidencialista, teve como exceção o parlamentarismo (entre 1961 e 1963). CF 1988, no art. 2º da ADCT previu plebiscito;
Modelo prático => modelo teórico;
Validade dos atos dependem de ratificação do Gabinete;
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Presidencialismo �– Chefe de Governo é o Presidente da República, auxiliado pelos ministros de Estado (art. 76 e art. 84 I CF);
Saiu do modelo teórico para o prático;
Eleição:
Direta (art. 77 e art. 81 caput CF). Cláusula pétrea: art. 60 §4º II CF. 
Indireta (art. 81 §1º CF) na falta do presidente e vice, faltando 2 anos para terminar o mandato;
Presidente pode ser afastado por:
Crime de responsabilidade política, pelo Senado Federal;
Crime comum, pelo Supremo Tribunal Federal, desde que em razão da atividade como presidente (art. 86 §4º CF);
Validade dos atos não depende de ratificação dos ministros (apesar do artigo 87 § único I);
No Brasil: todas as Constituições Federais de 1891 a 1988. Ver parlamentarismo;
Entretanto, o art. 2º ADCT previu plebiscito para escolha entre presidencialismo e parlamentarismo;
Não é cláusula pétrea, entretanto uma lei Estadual ou Distrital não pode dispor contra princípios presidencialistas (caso de intervenção federal – art. 34 VII a CF), nem tão pouco o município (caso de intervenção estadual – art. 35 IV);
Regime Político de Governo: relação de poder entre governados;
Titular do poder é sempre o povo;
Exercente do poder:
Povo – estado democrático;
Impositores – estado autocrático;
Cláusula pétrea implícita - proibição de se abolir a democracia participativa;
Democracia (“demo” = povo, “kratos” = poder)
Direta – vontade popular ligada diretamente à vontade política;
População = Nacionais + Estrangeiros;
Povo = Nacionais;
Quanto mais próximos forem o povo e a população, mais fortalecida é a soberania;
Cidadãos = nacionais com direitos políticos;
Quanto mais próximos forem os cidadãos e o povo, mais forte é a democracia;
Indireta – democracia representativa;
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Semi-direta – democracia participativa:
Regra – indiretamenteatravés de representantes eleitos;
Exceção – diretamente através de (art. 14 incisos):
Plebiscito – consulta popular prévia ao ato legislativo ou administrativo (exemplo: art. 59 VI CF) (futuro);
Convocação – poder legislativo através de decreto legislativo; (exemplo: art. 49 XV CF);
Ocorrência: 
Obrigatória (exemplo: art. 2º ADCT, art. 18 §§ 3º e 4º CF);
Facultativa;
Comparecimento às urnas - de acordo com o art. 14 §1º CF:
Obrigatória para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos e alfabetizados;
Facultativa para os maiores de 16 anos e menores de 18 anos e analfabetos;
Referendo – consulta popular posterior ao ato legislativo ou administrativo (presente);
Convocação – pela justiça federal com autorização do poder legislativo por decreto legislativo (exemplo art. 49 XV CF);
Ocorrência – facultativa;
Comparecimentos às urnas - de acordo com o art. 14 §1º CF:
Obrigatória para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos e alfabetizados;
Facultativa para os maiores de 16 anos e menores de 18 anos e analfabetos;
A diferença entre o plebiscito e o referendo é uma mera questão temporal? Não, a ocorrência também é diferente;
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Iniciativa Popular – interesse público;
Não confundir com iniciativa privada, que é do interesse particular;
Processo legislativo - exemplos: proposta de lei ordinária ou complementar, a partir de 1% dos eleitores do país, de pelo menos 5 Estados, cada um com pelo 0,3% de seu eleitorado (art. 61 §2º CF); projeto de lei municipal, com pelo menos 5% do eleitorado do município (art. 29 XIII CF); projeto de lei Estadual ou Distrital (art. 27 4º CF), neste caso a Constituição do Estado que informa;
Processo judicial - exemplos: proposição de ação popular (art. 5º LXXIII CF); ação penal privada (art. 5º LIX CF); impugnação de mandato eletivo (art. 14 §§ 10º e 11º);
Processo Administrativo – exemplo: denunciar ao Tribunal de Contas irregularidade nas contas de determinado ente (art. 74 §2º CF);
Toda manifestação popular, no Brasil, seja na forma direta ou indireta é através do voto? Falso, tem a iniciativa popular que não ocorre por voto;
Autocracia (“auto” = um, uns; “kratos” = poder)
2.a Princípios Fundamentais da República Federativa do Brasil – artigos 1º ao 4º 
Normas de conteúdo material;
Cláusulas pétreas. Não pode haver restrições por emenda, muito menos por interpretação por analogia�:
Expressa – art. 2º;
Implícitas – art. 1º, art. 3º, art. 4 º;
Eficácia:
Plena – art. 1º, art. 2º, art. 4º incisos;
Limitada diferida (normas programáticas) – art 3º e art. 4º § único;
Princípios Constitucionais Positivos são os Princípios Jurídicos;�
Artigo 1º caput
Cláusula pétrea implícita derivada de cláusula pétrea explícita (art. 60 §4º I CF);
República Federativa do Brasil é união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal;
Indissolúvel – não admite qualquer movimento de independência, secessão ou soberania;
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Estado Democrático de Direito�;
Estado – soberano;
Democrático – vontade do povo. Base do Estado;
Direito – todos se submetem à lei. Princípio da legalidade;
As leis no Estado Democrático de Direito têm papel transformador, ao criar condições para a efetivação de normas programáticas. Já no Estado de Direito clássico, limitam-se a arbitrar soluções para os litígios eventualmente existentes entre o Estado e o indivíduo e entre indivíduos, regulando as relações sociais;� 
Direito de 3º dimensão;
Fundamentos:
Ordem Interna:
Princípios (internos) – art. 1º incisos;
I – Soberania (nacional) – decorre da soberania popular;
II – Cidadania (“lato sensu”);
Lato Sensu - Qualquer pessoa física ou jurídica, estrangeira ou nacional. Participação de todos em movimentos políticos, culturais, ambientais, sociais, etc.;
Strictu Sensu – cidadãos com diretos políticos (art. 14 §1º CF);
III – Dignidade da Pessoa Humana� – aplicação não se esgota na esfera individual. Alcança direitos individuais, sociais e nacionalidade; 
IV – Valores Sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Livre iniciativa – iniciativa privada. Excepcionalmente intervenção do governo na economia (art. 173 caput);
Justiça social;
Bem estar social;
V – Pluralismo político – inclui pluripartidarismo (ou pluralismo partidário), direito de greve e direito de reunião;
Objetivos – art. 3º incisos;
São finalidades. Normas constitucionais de eficácia limitada diferida;
I – Solidarismo Social;
II – Desenvolvimento Nacional;
III – Reduzir as desigualdades sociais e regionais;
	Erradicar pobreza e marginalização;
IV – Promover o bem de todos;
União poderá articular políticas de desenvolvimento com finalidade de assegurar o desenvolvimento nacional e reduzir as desigualdades regionais (art. 43) – Baseado nos incisos II e III;
Ordem Internacional:
Princípios (internacionais) – art. 4º incisos;
Estes princípios não obrigam, eles orientam. Não são absolutos;
Aplicam-se ao Brasil e não aos outros países. Não tem como cobrar da comunidade internacional;
Relação RFBR–Comunidade Internacional;
I – Independência nacional;
II - Prevalência dos direitos humanos;
Brasil apoiará a criação de Tribunal Penal Internacional (art. 7º ADCT);
O Brasil se submete à jurisdição do Tribunal Penal Internacional (art. 5º §4º CF);
Tratados internacionais sobre direitos humanos entram com força de emenda (art. 5º §3º CF) ou norma supranacional (STF);
III – Autodeterminação dos povos;
IV – Princípio da não intervenção;
Participação do Brasil em força de paz não agride ao princípio da não intervenção;
V – Princípio da isonomia ou princípio da coordenação;
VI – Defesa da Paz;
VII – Solução pacífica dos conflitos;
VIII – Repúdio ao racismo e terrorismo;
IX – Cooperação dos povos;
X – Concessão de asilo político – pode, mas não é obrigação;
Objetivos internacionais – art. 4 § único;
Relação RFBR – Países Latino-Americanos;
Integração política, econômica, social e cultural (PESC);
Formação de comunidade latino-americana das nações;
Princípio da tripartição dos poderes – art. 2º;
Cláusula pétrea expressa (art. 60 §4º III CF);
Montesquieu – teoria da tripartição dos poderes (tripartite);
Divisão em poderes independentes:
Poder Legislativo;
Poder Executivo;
Poder Judiciário;
Teoria dos freios e contrapesos;
No Brasil: CF de 1891 a 1988;
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Benjamin Constant – teoria da quadripartição dos poderes (quadripartite);
Divisão em 4 poderes, com predomínio do poder moderador sobre os outros;
Poder Legislativo;
Poder Executivo;
Poder Judiciário;
Poder Moderador – monarca;
No Brasil: CI 1824;
Todos os poderes exercem controle sobre os demais e exercem controle interno sobre eles mesmos;
Executivo:
Sanção presidencial;
Ministério Público (autônomo, mas pertencente ao Executivo) fiscaliza a atuação do judiciário;
Legislativo – controle financeiro do Executivo e Judiciário;
Judiciário – controle da legalidade das ações dos demais;
	
	Funções Típicas
	Funções Atípicas
	Poder Legislativo
	Legislar, elaborando normas gerais
	Administração – exemplo art. 27 §3º CF;
Julgamento – exemplo art. 52 inc I e II CF;
	Poder Executivo
	Administração, executando normas gerais
	Julgamento – processos administrativos (exemplo art. 5º XXXIV a CF);
Legislativo – exemplos Medidas Provisórias (art. 62 CF), Lei Delegada (art. 68 CF), etc.;
	Poder Judiciário
	Montesquieu: julgar aplicando aos casos concretos aquelas normas gerais;
Carl Lowenstein: exercer o controle externo da constitucionalidade e legalidade dos demais poderes;
	Legislativo – exemplo criação de Regimento interno (art. 96 I a CF); proposição de Lei Complementar (art. 93 caput CF);
Administração – prover suas secretarias (art. 96 I c CF);
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Observação:
Normas de efeito concreto – cai sobre fato e tempo determinados. Função atípica do Poder Legislativo;
Não há rígida nem exclusiva repartiçãodos poderes. Exemplo:
Veto do executivo em projeto de lei;
Fiscalização do judiciário através do MP;
Legislativo controlando as contas dos demais;
Controles só podem surgir através de Norma Constitucional Originária;
EC 45/2004 criou o Conselho Nacional de Justiça, órgão do Poder Judiciário, com composição de membros do Ministério Público da União e dos Estados, nomeado pelo Procurador Geral da República, representando o executivo; representante dos advogados, nomeado pela OAB, representando a sociedade; membros dos cidadãos, sendo 1 nomeado pela Câmara dos Deputados e 1 pelo Senado Federal. Apesar de ter sido criado através de norma constitucional derivada, não foi considerado inconstitucional pelo STF, pois é um órgão interno do próprio poder Judiciário com função administrativa, fiscalização e planejamento. Duvidosa a posição, incluindo pela visão da doutrina;
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2.b Direitos e Garantias Individuais e Coletivos (art. 5º CF)�
Os direitos individuais são cláusulas pétreas (art. 60 §4º IV CF), mas não os direitos coletivos;
Os direitos individuais e coletivos não estão todos neste artigo;
Direitos: vantagens;
Garantias: (normas) meios de proteção aos direitos e liberdades individuais;
Deveres: se encontram implícitos no texto constitucional. Obrigação do particular e, especialmente, dos Poderes Públicos (Estado) de respeitar os direitos fundamentais individuais;
Mesmo na relação Poder Público-particular, que contém cláusulas exorbitantes, o Poder Público deve respeitar os direitos fundamentais individuais. São os efeitos verticais dos direitos fundamentais individuais;
Os efeitos horizontais obrigam aos particulares respeitarem os direitos fundamentais individuais;
Os direitos são:
Inegociáveis:
Irrenunciáveis;
Inalienáveis;
Indisponíveis;
Imprescritíveis;
Invioláveis;
Relativos (não são absolutos);
São limitados (encontram limites em outros artigos);
Não existem direitos absolutos e ilimitados;
Princípio da Unidade da Constituição – os direitos devem ser observados no conjunto da constituição. As normas não podem ser analisadas isoladamente;
Exemplo 1: Direito à vida (art. 5º caput CF) não é negociável, porém deve ser analisado com outras normas, como, por exemplo, a pena de morte em tempo de guerra (art. 5º XLVII a CF);
Exemplo 2: Livre manifestação de pensamento (art. 5º IV CF) e direito de resposta (art. 5º V CF);
Observação: os efeitos verticais e horizontais dos direitos fundamentais (obrigação de respeito por todos) não se confundem com as limitações recíprocas dos direitos fundamentais, pois esses direitos não são ilimitados nem absolutos;
Limitações recíprocas dos direitos fundamentais individuais baseadas no princípio da harmonização (ou concordância prática) – havendo aparente “conflito” (colisão) de valores deve ser utilizada a teoria das ponderações de valores envolvidos. A solução envolve o menor sacrifício dos valores ou direitos envolvidos;
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Artigo 5º caput – princípio da igualdade jurídica (isonomia);
Norma de eficácia plena;
Igualdade:
Formal – dando um tratamento igual aos iguais, não observando as desigualdades da realidade. Exemplos: homens e mulheres são iguais (art. 5º I CF); proibição de diferença de salários em razão do sexo, raça, estado civil, etc. (art. 7º XXX CF);
Material – dar tratamento desigual aos desiguais na proporção (medida) desta desigualdade, sem excessos. Exemplos: proteção do mercado de trabalho das mulheres, mediante incentivos específicos (art. 7º XX CF); percentual de cargos públicos para deficientes (art. 37 VIII CF);
Discriminação reversa - é quando o estado adota a política de ação afirmativa. Política de inclusão social;
É possível que uma lei que dê tratamento desigual aos desiguais seja declarada inconstitucional? Sim, se for de forma excessiva, violando o princípio da proporcionalidade;
Igualdade na lei refere-se ao legislativo. Ao elaborar a lei não pode discriminar ≠ Igualdade perante a lei refere-se ao aplicador da lei. A autoridade administrativa ou judiciária deve aplicar lei de forma igual para todos;
A desigualdade deve ser combatida ≠ As diferenças devem ser preservadas;
Destinatários:
Regra geral: pessoas físicas
Brasileiros 
natos (art. 12 I CF);
naturalizados (art. 12 II CF);
Estrangeiros residentes no Brasil;
Segundo o STF e a doutrina majoritária - estrangeiros residentes no Brasil
Exceção: pessoas jurídicas;
Princípios:
Direito à vida – integridade física e moral. Incisos: III, X, XI, XII
Direito à liberdade. Incisos: II, XIII, IV, VI, VII, VIII, IX, XV à XXI
Direito à igualdade. Incisos: I, V
Direito à propriedade. Incisos: XXII ao XXXII
Direito à segurança – proteção em relação ao Poder Público. Incisos: XXXIII ao LXVIII
Igualdade formal
Inovação da CF 88;
Eficácia plena;
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Princípio da legalidade – só a lei obriga;
Direitos individuais (art. 5º II CF) – a lei é uma exceção, pois a regra é a liberdade;
Direito administrativo (art. 37 caput CF) – a regra, absoluta, é a lei;
Direito tributário (art. 150 I CF) – a regra, absoluta, é a lei;
Princípio da legalidade – submissão de todos à lei. Lei no sentido amplo (latu senso);
Lei formal:
Emenda Constitucional;
Lei Complementar;
Lei Ordinária;
Lei Delegada;
Decreto lei;
Resolução Legislativa;
Lei material:
Medida Provisória;
Atos Normativos (Regimento Interno, Decreto Autônomo, Atos Normativos do Tribunal de Contas);
Princípio da reserva legal� (ou Princípio da reserva de parlamento) – submissão de todos à lei. Lei no sentido restrito (strictu senso);
Lei formal:
Emenda Constitucional;
Lei Complementar;
Lei Ordinária;
Lei Delegada;
Decreto lei;
Resolução Legislativa;
O princípio da legalidade é mais amplo que o da reserva legal, porém o princípio da reserva legal é mais denso (assuntos mais específicos);
	
	Princípio da Legalidade
	Princípio da Reserva Legal
	No direito do Trabalho
	É assegurado ao trabalhador salário mínimo, definido em lei (art. 7º IV CF). Essa lei pode ser Emenda, Medida Provisória e Lei Delegada;
	O trabalhador tem direito a indenização por despedida sem justa causa, nos termos da lei complementar (art. 7º I CF);
	No direito tributário
	Os Estados, Municípios, Distrito Federal sem lei que a defina (art. 150 I CF). Pode ser por Medida Provisória;
	Normas gerais de direito tributário terão forma de lei complementar (art. 146 III CF);
	No direito penal
	
	Definição de crime e fixação de pena (art. 5º XXXIX CF). Não pode ser por Medida Provisória (art. 62 § 1º I b CF);
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Tortura ou tratamento degradante
Eficácia plena;
Liberdade de Manifestação do Pensamento
�Eficácia plena;
Exceção: anonimato;
Direito de Resposta;
Eficácia plena;
Deve ser proporcional à ofensa;
Para ser esclarecer o mal entendido;
Pode ser pedida indenização – segundo o STF, dano moral e material são cumuláveis na mesma ação:
Dano moral;
Dano material – perda financeira concreta facilmente avaliada;
Dano à imagem;
Pessoa jurídica também pode reclamar dano moral e/ou material;
Os incisos IV e V – limitações recíprocas. Teoria da ponderação de valores baseada no princípio da harmonização (concordância prática).
É inviolável a liberdade de consciência e crença...
Consciência – imperativo (ter ou não ter) de consciência (art. 143 §1º CF):
Convicção política;
Convicção filosófica;
Eficácia Plena;
... liberdade de culto religioso...
Eficácia plena;
Limitação recíproca: não pode haver sacrifício de animais (art. 225, §1º VII CF);
... proteção dos locais de culto e suas liturgias, na forma da lei;
Na forma da lei: eficácia limita;
Assistência religiosa nos locais de internação coletiva
Eficácia limitada, exceção à regra “nos termos da lei”, pois vem explicar;
Locais de internação coletiva:
Civil: presídios, hospitais, asilos, etc.;
Militar: bases militares;
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Escusa de consciência
Eficáciacontida;
Regra: ninguém será privado de direitos;
Exceção: 
Não cumprir a obrigação a todos imposta, ou;
Prestação alternativa;
Por força do imperativo de consciência (inciso VI), a pessoa pode dar escusa de consciência;
Liberdade de Expressão de atividade
Eficácia plena, exceto pela atividade de comunicação que é de eficácia contida;
Atividade:
Artística;
Intelectual;
Científica;
Comunicação (mídia) – eficácia contida, pois pode ser restringida por decreto presidencial (art. 138 CF) em Estado de Sítio (art. 139 III CF);
Não estão sujeitas à censura (acrescente-se o artigo 220 § 2º CF);
Porém compete à lei federal garantir proteção à família (art. 220 § 3º CF);
Porém não é permitida comunicação que promova o racismo (art. 5º XLII CF);
Não dependem de licença;
Invioláveis a intimidade, privacidade, honra e imagem
Eficácia plena;
Intimidade – interno à pessoa:
Saúde;
Sexualidade;
Filosofia;
Ideologia, etc.
Privacidade – da pessoa, porém externo e fechado ao público;
Casa;
Alcança também a pessoa jurídica;
Violadas dão direito a indenização por dano moral e/ou material, cumuláveis na mesma ação;
Incisos IX e X são limitações recíprocas. Teoria da ponderação de valores baseada no princípio da harmonização (concordância prática);
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Asilo inviolável (regra geral);
Eficácia contida, pois o Poder Público pode criar outras possibilidades de violação durante o Estado de Sítio (art. 139 V CF);
Casa (art. 150, CP) – local de moradia, habitação coletiva, local de exercício de atividade fechado ao público. Exemplos: consultório de dentista, escritório de gerente de supermercado, quarto de hotel ocupado, etc.;
Exceção: 
Flagrante delito (art. 301 e 302, CPP) – está cometendo o crime ou logo após o cometimento, quando encontrado com as ferramentas ou produto do roubo após perseguição ininterrupta; 
Desastre;
Prestação de socorro;
Mandado judicial;
Em caso de flagrante delito, prestação de socorro ou desastre independe de autorização do morador e pode ser violado a qualquer hora do dia (24 horas);
No caso de mandado judicial, pode ser cumprido a qualquer hora, caso o morador autorize, ou à força durante o dia (do nascer ao por do Sol);
Inviolabilidade de correspondência e comunicações (regra geral);
Eficácia Contida;
Correspondência: e-mail não corporativo, telegrama (objeto em si), cartas;
Comunicação – momento em que a comunicação está sendo feita:
Telegráfica;
Dados;
Telefônica;
Exceções:
Correspondência:
Do preso - por lei, violação como medida excepcional (não pode haver prática):
Preservar a disciplina prisional;
Segurança pública;
Ordem judicial;
Decreto presidencial, em Estado de Defesa (art. 136 §1º I b CF) ou Estado de Sítio (art. 139 III CF);
Comunicação Telegráfica;
Decreto presidencial, em Estado de Defesa (art. 136 §1º I c CF) ou Estado de Sítio (art. 139 III CF);
Comunicação de Dados;
Decreto presidencial, em Estado de Sítio (art. 139 III CF);
Comunicação Telefônica;
Lei (1996) que autorize o juiz em determinadas investigações criminais ou instruções processuais penais;
Decreto presidencial, em Estado de Defesa (art. 136 §1º I c CF) ou Estado de Sítio (art. 139 III CF);
Violação de comunicação – estamos falando de transmissão e possível apenas pelo juiz;
Quebra de sigilo – acesso ao extrato:
Telefônico – por juiz ou CPI;
Fiscal – por juiz ou CPI;
Bancário – por juiz ou CPI, além da autoridade fazendária (LC 105/01) e ministério público, durante investigação, com envolvimento de recursos públicos (segundo STF, porém é controverso);
Defesa da ilegalidade na violação ou na quebra de sigilo:
Com risco de prisão – Habeas Corpus (art. 5º LXVIII CF);
Sem risco de prisão – Mandado de Segurança (art. 5º LXIX CF);
Direito à liberdade profissional
Eficácia contida;
Para exercer uma profissão, esta não precisa estar regulamentada;
Liberdade de informação (em geral)
Eficácia contida, Decreto presidencial, em Estado de Sítio (art. 139 III CF);
Exceção: sigilo da fonte (sigilo profissional);
Garantias:
Geral – mandado de segurança (art. 5º LXIX CF);
Coletivo – mandado de segurança (art. 5º LXIX CF);
Particular:
Informação da própria pessoa – habeas data (art. 5º LXXII CF);
Informação particular, mas não da própria pessoa – mandado de segurança;
Liberdade de Locomoção/não locomoção (ir/vir)�
Eficácia contida;
Embute direito à propriedade (“... com seus bens”);
Exceções:
Lei poderá restringir a liberdade (“...nos termos da lei...”);
Decreto presidencial poderá restringir em Estado de Sítio (art. 139 I CF);
Garantia: Habeas Corpus;
Liberdade de Reunião
Controverso na doutrina: Direito Coletivo ou Direito Individual de expressão coletiva, protegido por cláusula pétrea (art. 60 §4º IV CF);
Eficácia contida;
Regra: liberdade de reunião em local aberto ao público;
Exceções:
Na normalidade: não pacífica, armada e sem aviso prévio;
Decreto Presidencial (tanto em local aberto quanto fechado):
Estado de Defesa: poderá haver restrições (art. 136 §1º I a CF);
Estado de Sítio: suspensão (art. 139 IV CF);
Garantia: Mandado de Segurança (art. 5º LXIX e LXX);
XVII ao XXI – Liberdade de Associação ( ≠ associações profissionais ou sindicais (art. 8º CF – Direitos Sociais)
Liberdade de Associação
Controverso na doutrina: Direito Coletivo ou Direito Individual de expressão coletiva, protegido por cláusula pétrea (art. 60 §4º IV CF);
Eficácia contida (controverso);
Exceções: na normalidade: fins ilícitos e caráter paramilitar;
Não interferência do Estado (poderes Executivo, Legislativo, Judiciário)
Eficácia plena (associações) e eficácia limitada (cooperativas);
Criação de associações e cooperativas (por lei) – a lei apoiará e estimulará a criação de cooperativas e outras formas de associação (art. 174 §2º CF);
Porém o Legislativo interfere na criação das leis e o Judiciário no funcionamento das associações (ver inciso a seguir);
Liberdade de Associação
Eficácia contida (controverso);
Voluntariamente: dissolvidas ou suspensas por vontade dos associados;
Compulsoriamente:
Suspendidas – por decisão judicial;
Dissolvidas – por decisão judicial transitada em julgado;
Liberdade de Não Associação
Eficácia plena;
Representação
Eficácia plena;
Processo judicial ou administrativo;
Autorização:
Expressa, e;
Específica (não basta a genérica do estatuto);
Titular do direito = titular da ação = associado ou associados;
Legitimação ordinária – nome próprio na defesa de seu próprio direito;
Não confundir com Substituição Processual. Exemplos: mandado de segurança coletivo (art. 5º LXX CF), ação popular (art. 5º LXIII CF), etc.
Precisa haver autorização legal;
Processo judicial ou administrativo;
Independe de qualquer autorização do associado;
Titular do direito é o associado;
Titular da ação é a associação;
Legitimação extraordinária – nome próprio na defesa de direito de terceiros;
Garantido o direito a propriedade privada
A propriedade não é monopólio do Estado;
Eficácia contida;
Restrições:
Desapropriação – só a União legisla (art. 22 II CF);
Desapropriação:
Comum – por interesse social, necessidade pública, utilidade pública. Pagamento justo, prévio e em dinheiro (art. 5º XXIV CF – eficácia limitada);
Urbana ou Rural – pode ser feita pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios;
Sanção– deve ter devido processo legal (art. 5º LIV CF):
Urbana:
Pode ser feita pelo Município
Por interesse social (art. 182 § 4º III CF);
Pagamento justo, prévio, em título da dívida pública com vencimento em até 10 anos;
Rural (art. 184 caput CF):
Pode ser feito pela União;
Por interesse social, sem plena utilidade (definição no art. 186 CF);
Pagamento justo, prévio, título da dívida agrária de até 20 anos (art. 184 §§ 2º e 3º CF);
Por interesse social (art.186 CF);
Não pode ser produtiva (art. 185 II CF) nem pequena ou média propriedade, único patrimônio (art. 185 CF);
Expropriação (art. 243 caput CF):
Rural;
Feito pela União;
Interesse social: plantação de plantas psicotrópicas;
Sem indenização;
Confisco (art. 243 § único CF):
Bens móveis;
Interesse social: tráfico de drogas;
Sem indenização;
Requisição – só a União legisla (art. 22 III CF);
Bens móveis;
Urbano ou rural;
Pode ser feito pela União, Estados, Distrito Federal ou Município (art. 5º XXV CF – eficácia limitada);
Não há indenização em razão do uso;
Há indenização em razão de danos, posteriormente;
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Proteções:�
Proteção imaterial (intelectual) – (direito do autor art. 5º XXVIII CF – eficácia limitada) e (art. 5º XXVIII CF – eficácia limitada):
Exclusivo e vitalício;
Publicação, reprodução e utilização;
Sucessores:
Exclusivo e temporário (dependendo de lei);
Proteção industrial (art. 5º XXIX CF – eficácia limitada) – direito do autor:
Exclusivo e temporário;
Exploração;
Proteção à sucessão (art. 5º XXX CF – eficácia limitada):
Regra: lei brasileira (Princípio da Territorialidade da Lei);
Exceção: Estrangeiros situados no país (art. 5º XXXI CF – eficácia limitada);
Cônjuge e/ou filhos brasileiros – lei mais benéfica:
Lei brasileira (Princípio da Territorialidade da Lei);
Lei estrangeira (Princípio da Extraterritorialidade da Lei);
Outros sucessores brasileiros: lei brasileira (Princípio da Territorialidade da Lei);
Proteção ao Consumidor (art. 5º XXXII CF – eficácia limitada);
Responsabilidade objetiva ao fornecedor por danos ocasionados por seus produtos;
Inversão de ônus da prova em determinadas ações contra o fornecedor;
Artigo 5º incisos XV, XXI ao XXXII, LIV e outros – direito de propriedade
Direito de uso (fruir);
Direito de dispor;
Direito de usufruir (explorar);
Função social da propriedade privada
Eficácia Limitada;
Liberdade de informação (junto aos órgãos públicos)
Eficácia contida, Decreto presidencial, em Estado de Sítio (art. 139 III CF);
Exceção: imprescindíveis à segurança do Estado ou à segurança da sociedade;
Garantias:
Geral – mandado de segurança (art. 5º LXIX CF);
Coletivo – mandado de segurança (art. 5º LXIX CF);
Particular:
Informação da própria pessoa – habeas data (art. 5º LXXII CF);
Informação particular, mas não da própria pessoa – mandado de segurança;
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Garantias
Processo administrativo;
Não pagamento de taxas
Eficácia plena;
Direito de petição – poderes públicos (Executivo, Legislativo e Judiciário). Em caso de ilegalidade, abuso de poder ou defesa de direitos;
Exemplo: no Judiciário, reclamação (art. 102 I L CF);
Obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direitos e esclarecimentos de situação de interesse pessoal;
Observação: poderão ser cobrados emolumentos (despesas com papel, tinta e outros materiais). Porém deve ser irrisório. Cabe mandato de segurança ou mesmo petição;
(STF) direito de petição não é uma ação judicial nem recurso em ação judicial;
Em caso de cobrança: mandato de segurança;
(STF) a lei será inconstitucional se exigir arrolamento de bens ou depósito prévio com o requisito para ação judicial na defesa dos direitos;
Princípio do Livre Acesso ao Poder Judiciário 
Ou Princípio da Inafastabilidade (Inarredabilidade) da Tutela Jurisdicional;
Eficácia plena;
Lesão ou ameaça ao direito;
(STF) a lei será inconstitucional se exigir o esgotamento na esfera administrativa para ingresso de ação judicial na defesa de direitos. Exceções:
Disciplina esportiva (art. 217 §§ 1º e 2º CF): 
Justiça desportiva (tribunal administrativo) até 60 dias;
Judiciário (justiça comum);
Habeas Data (art. 5º LXXVII CF) – lei 9507/07:
Administrativamente: 15 dias para retificar e 10 dias para obter;
Judicialmente;
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Direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada
Eficácia plena;
Lei pode modificar desde que não seja para prejudicar;
Definição no artigo 6º §§ 1º, 2º e 3º, LICC;
“lei”:
Segundo a doutrina: Emenda Constitucional e Normas Infraconstitucionais;
Segundo o STF (controverso, mesmo entre os ministros): Norma Infraconstitucional;
NCO (ilimitada juridicamente) – art. 17 ADCT CF: vencimentos, remuneração, proventos de aposentadoria e adicionais não respeitam direito adquirido;
Apesar do princípio da irredutibilidade (art. 37º XV CF), foram consideradas constitucionais as NCD (limitada juridicamente):
art. 29 EC 19 – pensões, subsídios e quaisquer outras espécies remuneratórias;
art. 4º §único EC 41 – contribuição previdenciária dos servidores. Baseado no solidarismo social dos inativos e pensionistas (art. 3º I CF);
Porém têm a eficácia suspensa os incisos I (ADIN 3105-8) e II (ADIN 3128-7);
(STF) não há direito adquirido contra alterações em institutos jurídicos, regimes jurídicos ou estatutos jurídicos;
Normas Infraconstitucionais – devem respeitar o direito adquirido:
Ordem Pública – cogentes (observação obrigatória). Exemplo: lei penal;
Ordem Privada – dispositiva;
Princípio do Juiz ou Tribunal Natural
Eficácia plena;
Contrapõe-se ao Juiz ou Tribunal de exceção;
Incide sobre o artigo 5º LIII CF– Juiz Funcionalmente Competente;
Juízo ou tribunal previamente constituído, antes do ilícito, senão haverá o juízo ou tribunal “ex post facto”. Exemplo: Tribunal de Nuremberg;
Prerrogativa de foro em razão do mandato ou do cargo público. Exemplo: Presidente da República (art. 102 I b CF). Em contraparte a prerrogativa de foro em razão da pessoa;
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É reconhecida a instituição do júri�
Eficácia limitada;
Não ofende o Princípio do Juiz Natural o fato de cidadãos julgarem um acusado, sendo definidos esses julgadores no momento do julgamento;
Promotor de justiça é fiscal da lei (“custos legis”), não tendo compromisso com a acusação;
Regra: os atos processuais são públicos;
Excepcionalmente podem ser sigilosos quando forem em razão de intimidade da parte ou quando o interesse público exigir. Exemplo: a votação em sigilo dos jurados (letra b deste mesmo inciso); impugnação de mandato (art. 14 §§ 10º e 11º CF);
Intimidade da parte (sigiloso) X Interesse público (público) – teoria da Ponderação de Valores, baseada no Princípio da Concordância Prática. O artigo 93 IX CF privilegia o interesse público;
Letra c – o que foi decidido no tribunal de júri é soberano. É possível recorrer em caso de alguma nulidade ao Tribunal de Justiça, mas é necessário devolver a um tribunal de júri;
Letra d – crimes dolosos contra a vida – intenção de resultar em morte ou assumiu o risco – vão à júri. Excepcionalmente não irá, quando houve prerrogativa de foro em razão do mandato ou cargo;
Uma emenda não pode ampliar o rol (por exemplo, para crimes culposos);
Mas a lei pode excluir ou incluir esses crimes dolosos:
Homicídio doloso ou sua tentativa;
Infanticídio consumado ou sua tentativa;
Aborto provocado sem consentimento legal ou sua tentativa;
Instigação, auxílio ou induzimento ao suicídio;
Observação: o crime doloso cometido por militar contra civil vai a júri (art. 125 §5º CF);
Princípio da Anterioridade da Lei Penal e Princípio da Anterioridade da Pena
Eficácia plena;
Só a lei:
Definirá crime – lei federal, pois compete a União legislar sobre direito penal (art. 22 I CF);
Fixará pena;
Segue o Princípio da Reserva legal:
Medida Provisória não pode legislar sobre direito penal (art. 62 §1º I b CF);
Lei Delegada não pode legislar sobre direitos individuais (art. 68 §1º II CF);
Irretroatividade da lei
Eficácia limitada;
Regra: Princípio da Irretroatividade da Lei Penal;
Exceção: Princípio da Retroatividade da Lei Penal (em benefício do réu);
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Crimes Federais – são os crimes previstos na Constituição Federal:
Racismo (art. 5º XLII CF) – inafiançável, imprescritível e com pena de reclusão;
 (art. 5º XLIII CF) – inafiançávele insuscetível de graça ou perdão:
Tortura;
Terrorismo;
Tráfico de Drogas;
Hediondo, definidos em lei (lei 8072/90);
Atos de grupos armados contra a ordem constitucional ou contra o Estado democrático (art. 5º XLIV CF) – inafiançável e imprescritível;
Regra, liberdade provisória com ou sem fiança (art. 5º LXVI CF);
Todos de eficácia limitada;
Todos são inafiançáveis, mas aceitam liberdade provisória em outros casos. Exemplo: o STF, súmula 697, não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo�;
Graça:
Indulto – comutação de pena;
Crimes comuns;
Individualmente – perdão - ou coletivamente - indulto;
Pelo Poder Executivo, no caso pelo Presidente da República (art. 84 XII CF) podendo delegá-lo (art. 84 §único CF);
Anistia;
Crimes comuns ou políticos (usualmente coletivos). 
Pelo Poder Legislativo, no caso pelo Congresso Nacional (art. 48 VIII CF);
Princípio da Personificação da Pena
A pena não passará da pessoa do condenado;
Sanção (punição) – pode ser de natureza:
Penal – não alcança os sucessores;
Civil – reparação de danos, alcançando os sucessores até o limite do patrimônio transferido;
Administrativa – perdimento de bens, alcançando os sucessores até o limite do patrimônio transferido;
Não confundir perdimento de bens com perda de bens (art. 5º XLVII b CF). Neste caso, não alcança os sucessores, pois é uma medida penal;
As presidiárias ficarem com os filhos durante a amamentação (art. 5º L CF) é um direito dos filhos, não alcançado pela pena das mães;
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Princípio da Individualização da Pena
Eficácia Limitada;
A pena é aplicada com a característica objetiva do condenado (saúde, idade, condição mental, etc.);
Lista não exaustiva;
Prisão:
Reclusão – necessidade ser em segurança máxima
Detenção – mais branda. Não precisa ser em local de segurança máxima. 
Perda de bens. Exemplo: tráfico de drogas;
Não confundir perdimento de bens com perda de bens. Neste caso, não alcança os sucessores, pois é uma medida penal;
Multa. Segundo o STF pode ser:
Exclusivamente multa, não podendo ser convertida em prisão, pois ofenderia o princípio da igualdade. No caso do não pagamento, é incluso na dívida ativa da Fazenda Pública;
Multa ou prisão;
Multa e prisão;
Pena ou prestação social alternativa – observado o artigo 5º XLVII c CF (proibido trabalhos forçados);
Suspensão ou interdição de direitos. Exemplo: suspensão dos direitos políticos durante o cumprimento de pena (art. 15 III CF), suspensão da carteira de motorista após dirigir alcoolizados;
Penalidades Proibidas
Pena de morte – admitida em tempo de guerra (art. 84 XIX CF). Depende do Congresso Nacional para regulamentar;
Pena perpétua;
Trabalhos forçados;
Banimento – expulsão de nacionais em razão de pena;
Penas cruéis;
Dignidade do Preso�
Direito da Criança (ver inciso XLV)
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Extradição
Extradição
Observação:
Extradição – deve ser por crime;
Ativa – alguém pede;
Passiva – alguém envia;
Expulsão – sempre crime e deve ser um estrangeiro;
Deportação – não houve crime. Estrangeiro clandestino;
Banimento – nacional expulso de seu país. Proibido no Brasil (art. 5º XLVII d CF);
O Brasil pode pedir a extradição de qualquer pessoa a qualquer país;
Extradição passiva:
Brasileiro (art. 5º LI CF):
Nato: não permitido;
Naturalizado:
Regra: não permitido
Exceção: poderá ser decidida pelo STF (art. 102 I g CF);
Crime comum antes da naturalização;
Comprovado (trânsito em julgado) envolvimento com tráfico de drogas antes ou após a naturalização;
Emenda Constitucional pode reduzir as exceções, mas não ampliá-las;
Estrangeiro (art. 5º LII CF):
Regra: sim, decisão pelo STF (art. 102 I g CF);
Exceção:
Crime político;
A concessão de asilo político não impede a extradição;
Asilo político (art. 4º X CF) não é direito subjetivo do estrangeiro;
Crime de Opinião;
Emenda Constitucional pode ampliar as exceções, mas não aboli-las;
É proibido distinguir brasileiros natos e naturalizados administrativamente (art. 19 III CF) e legalmente (art. 12 §2º CF), exceto pela própria Constituição Federal (exemplos: artigo 5º LI CF; art. 12 §3º CF – cargos privativos de brasileiros natos; art. 89 VII CF – membros do Conselho da República);
Livre acesso ao poder judiciário (ver inciso XXXVII)
Eficácia Plena;
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Princípio do devido processo legal
Eficácia Plena;
Garantia Constitucional;
Inovação da CF 88;
Formal – lei processual; e,
Material ou substantivo – caso concreto;
Decorrem do Princípio do Devido Processo Legal (princípios Constitucionais implícitos):
Princípio da Razoabilidade – adequação;
Princípio da Proporcionalidade – sem excessos;
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa
Eficácia Limitada;
Ampla defesa – provas obtidas através de métodos lícitos;
Acusados em geral:
Processo judicial (exemplo: art. 5º XXXVIII a CF);
Administrativo (exemplo: art. 55 §§2º e 3º CF);
Durante a fase de inquérito não há do que se falar em direito a contraditório e a ampla defesa;
Não ofende o princípio do Contraditório e da Ampla Defesa se o juiz considerar a prova desnecessária;
Inadmissão de provas ilícitas
Eficácia Plena;
STF:
Teoria dos frutos da árvore envenenada – provas decorrentes de atos ilícitos serão também consideradas ilícitas (ilicitude por derivação);
Escuta policial sem autorização do juiz, consequentemente ilegal (art. 5º XII CF), sobre drogas guardadas em galpão: não pode haver o flagrante apenas com essa escuta, porém ela pode dar origem a uma investigação policial. Havendo outras provas, pode ser solicitada ordem judicial para fazer a apreensão;
Exclusão da prova obtida por meio ilícito;
Habeas Corpus – se dessa prova decorrer possibilidade de prisão;
Mandato de Segurança – se dessa prova não decorrer possibilidade de prisão;
Uma prova ilícita não pode ser utilizada para promover a culpa do acusado;
Porém, a jurisprudência do direito penal, permite que uma prova ilícita seja usada para promover a inocência do acusado;
Se a decisão judicial se apóia exclusivamente em prova ilícita, a decisão é nula. Se a decisão for baseada em outras provas e não apenas na prova ilícita, a decisão judicial é válida;
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Presunção de Inocência
Presunção relativa (“juris tantum”), pois admite prova em contrário;
Milita a favor do acusado uma determinada presunção juris tantum? Sim, de inocência;
Direito de não identificação criminal
Eficácia Contida;
Não pode negar fé a documento público (art. 19 II CF);
Ação privada em crimes de ação pública
Eficácia Limitada;
Iniciativa Popular (art. 14 III CF);
Garantia Constitucional;
Ação penal é de natureza jurídica pública:
Iniciativa privada: particular através de queixa crime;
Iniciativa pública: Ministério Público através de denúncia (art. 129 I CF);
Iniciativa privada subsidiária da pública: qualquer cidadão de qualquer lugar do Brasil através de queixa-crime;
Exemplo: infração penal comum do Presidente da República (art. 86 § 1º I CF);
Ação penal pelo Procurador Geral da República ou queixa-crime por cidadão;
Atos processuais são públicos�
Eficácia Contida;
Exceção:
Interesse social;
Proteção da intimidade da parte;
Entretanto, a Constituição privilegia o interesse público a informação (art. 93 IX CF);
Prisão
Eficácia Plena;
Regra: liberdade de locomoção (art. 5º XV CF);
Prisão (lista Constitucional exaustiva):
Flagrante delito – natureza penal;
Mandado judicial, com as seguintes características – natureza penal:
Por escrito;
Fundamentado;
Por juiz competente;
Crime propriamente militar – natureza penal;
Transgressão militar – natureza penal;
Observação: o que classifica a natureza penal ou administrativa não é quem prende, mas qual o ilícito;
Só o juiz pode determinar uma prisão? Falso, uma prisão em flagrante delito pode ser feita por qualquer cidadão;Segundo o STF, não há mais prisão administrativa a partir da CF 88;
Comunicação de Prisão
Eficácia Plena;
Deve ser feita:
Ao juiz
Ilegal: relaxamento (art. 5º LXV CF)
Legal (art. 5º LXVI CF): 
Regra geral: relaxamento;
Exceção: manutenção, quando lei não admitir liberdade provisória;
Família do preso ou pessoa indicada;
A CF proíbe expressamente a incomunicabilidade do preso? Verdade, durante o Estado de Defesa (art. 136 §3º IV CF). A CF proíbe expressamente a incomunicabilidade do preso em qualquer hipótese? Falso, apenas durante o Estado de Defesa;
Comunicação dos direitos ao preso
Eficácia Plena;
Direito ao silêncio – decorre do Princípio da não Autoincriminação;
Preso - o silêncio não pode ser usado em prejuízo à sua defesa;
Investigado – inclusive em CPI;
Indiciado;
Acusado;
Assistência da família;
Assistência do advogado (art. 5º LXXIV CF);
De identificação (art. 5º LXIV CF):
De quem o prendeu;
Quem interrogou;
Não há prisão civil
Eficácia Plena;
Exceção:
Inadimplemento de pensão alimentícia voluntária e inescusável;
Depositário infiel;
Segundo o STF, tratado internacional de direitos humanos tem status supralegal. Pacto de São José da Costa Rica proíbe prisão civil em casos de depositário infiel. Lei foi, portanto, revogada;
Observação: Tratados Internacionais:
Celebrado pelo Presidente da República (art. 84 IV CF);
Ratificado pelo Congresso Nacional, através de decreto legislativo (art. 49 I CF);
Se for sobre direitos humanos, pode ser aprovado da mesma forma que Emenda Constitucional e terá o mesmo status (art. 5º §3º CF);
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Justiça integral e gratuita
Eficácia Limitada;
Comprovada insuficiência de recursos;
Pode ser Pessoa Jurídica ou Pessoa Física;
Indenização judicial
Eficácia plena;
Responsabilidade objetiva (não precisa provar que agiu com dolo ou culpa) do Estado;
Não é absoluta;
Obrigado a indenizar em caso de:
Erro judiciário;
Preso além do tempo;
O Estado tem direito de regresso (art. 37 § 6º CF);
Gratuidade aos pobres
Eficácia limitada;
Registro civil de nascimentos;
A lei hoje é para todos, mas pode ser revogada;
Registro de óbitos;
Registro de casamento é gratuito para todos, porém está no artigo 226 §1º CF, dentro dos Direitos Sociais;
Gratuidade para todos
Eficácia plena, para Habeas Data e Habeas Corpus, e eficácia limitada, para atos de cidadania;
Habeas Corpus (art. 5º LXVIII CF);
Habeas Data (art. 5o LXXII CF);
Atos de cidadania;
Princípio da Celeridade Processual
Eficácia limitada;
Decorre do Princípio do Livre Acesso ao Poder Judiciário (art. 5º XXXV CF);
Processo:
Judicial – punição ao juiz (art. 93 III e CF);
Administrativo;
Meios de proteção (garantias):
Direito de Petição (art. 5º XXXIV a CF);
Mandado de Segurança (art. 5º LXIX CF);
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Normas de Direitos e Garantias têm aplicação imediata
Eficácia plena;
Dentro e fora do artigo 5º;
São elas:
Individuais;
Coletivos;
Sociais;
Nacionalidade;
Políticos;
Partidos políticos;
Direitos e garantias fazem parte do sistema
Eficácia plena;
Tratados internacionais sobre direito humanos serão normas constitucionais conforme forma de aprovação
Eficácia plena;
Tribunal Penal Internacional;
Eficácia plena;
Ver artigo 1º I CF;
Garantias
São normas meio, pois são meios de proteção;
Há outras, como princípio do devido processo legal (art. 5º LIV CF);
Histórico:
Constituição de 1824 (Outorgada) – nenhuma garantia;
Constituição de 1891 (Promulgada) – surge o Habeas Corpus;
Constituição de 1934 (Promulgada) – surge o Mandado de Segurança;
Constituição de 1937 (Outorgada) – sem novidades;
Constituição de 1946 (Promulgada) – surge a Ação Popular;
Constituição de 1967/1969 (Outorgada) – sem novidades;
Constituição de 1988 (Promulgada) – surgem:
Mandado de Injunção;
Mandado de Injunção Coletivo;
Mandado de Segurança Coletivo;
Habeas Data;
Processo administrativo – Direito de Petição (art. 5º XXXIV a CF);
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Processo judicial:
Habeas Corpus (art. 5º LXVIII CF) – busca a defesa da liberdade de locomoção, com seus bens. Embute o Direito de Propriedade;
Preventivo: ameaça – chamado Salvo Conduto;
Repressivo: lesão – chamado liberatório;
Não cabe Habeas Corpus em prisão militar disciplinar (art. 142 §2º CF).
Na literalidade da lei;
Segundo o STF:
Não cabe quanto ao mérito (motivos);
Cabe no exame da legalidade (competência, direitos, etc.);
Natureza penal, de procedimento especial;�
Gratuito quanto às despesas processuais (art. 5º LXXVII CF);
Regra: capacidade postulatória é do advogado;
Exceção: ação de Habeas Corpus dispensa advogado;
Habeas Corpus não exige qualquer formalidade;
Legitimação ativa (autor) – pessoa�:
Jurídica – a favor de pessoa física. Legitimação extraordinária. Substituição processual;
Se a pessoa jurídica quiser se instalar em uma determinada região e o Estado não permitir, cabe mandado de injunção e não habeas corpus;
Física – inclusive o absolutamente incapaz (sem ser representado) ou o relativamente incapaz (sem ser assistido):
A favor de outra pessoa física. Legitimação extraordinária. Substituição processual;
A favor de si mesma. Legitimação ordinária;
Legitimação passiva (réu) – segundo o STJ:
Autoridade pública – por ilegalidade ou abuso de poder;
Particular – por ilegalidade;
Segundo o STF, cabe apenas contra autoridade pública;
A prisão será imediatamente relaxada de ofício (art. 5º LXV, LXVI CF);
Cabe ainda nos casos (quando puder causar prisão):
Exclusão de prova ilícita;
Impedir quebra de sigilo;
Mas não cabe se a quebra de sigilo for solicitada durante um processo administrativo, pois, nesse caso, não há possibilidade de imposição de prisão. Caberia, entretanto, mandado de segurança;�
Convocação ilegal de testemunha;
Pode ser julgado por qualquer juízo ou tribunal competente. Exemplos:
Cabe ao STF julgar habeas corpus (art. 102 I d CF);
Cabe ao STJ julgar habeas corpus (art. 105 I c CF);
�
Habeas Data (art. 5º LXXII CF);
Só há na modalidade repressiva;
Busca a proteção ao direito de:
Obtenção de informações;
Retificação de informações;
Natureza civil e rito sumário;�
Regra geral: informações sobre a pessoa do impetrante. Exemplos: saúde, idoneidade, etc.;
Exceção (STF): informações sobre o morto ou ausente (declarado judicialmente morto), por parentes ou cônjuges;
Banco de dados:
Público (art. 5º XXXIII CF);
Não cabe habeas data em caso de interesse coletivo ou geral;
Privado de caráter público (art. 5º XIV CF) – de uso não exclusivo e desde que repasse informações a terceiros;
Legitimação ativa (autor) – caráter personalíssimo, só a própria pessoa pode ingressar com uma ação:
Pessoa Física – sobre si mesma;
Pessoa Jurídica – sobre si mesma;
Legitimação passiva (réu) - Responsável pelo banco de dados:
Autoridade pública;
Particular;
Gratuito quanto as custas (art. 5º LXXVII CF);
Necessita de advogado;
Antes de entrar com a ação deve dar entrada com processo administrativo (lei 9507/97), nos casos de:
Negativo:
Total;
Parcial;
Silêncio:
Mais de 10 dias sem obter a informação;
Mais de 15 dias sem retificação da informação;
Pode entrar com processo judicial para habeas data;
Observação: artigo 5º LXXII b CF:
Judicialmente:
Habeas data;
Ação ordinária;
Administrativamente;
Julgamento por juiz ou tribunal competente. Exemplos:
Julgamento pelo STF (art. 102 I d CF);
Julgamento pelo STJ (art. 105 I b CF);
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Mandado de Segurança (art. 5o LXIX CF);
Proteção de direito líquido e certo;
Líquido – não condição. Condição inevitável;
Certo:
Lei no sentido amplo;
Decisão judicial;
Natureza civil, de rito sumário especial;�
Juiz pode recusar prova que entenda dispensável, sem ofender o direito de ampla defesa e ao contraditório;
O direito líquido e certo

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