Buscar

parasitas e protozoários

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Trypanosoma cruzi
Compartilhar
Email
O Trypanosoma cruzi é um protozoário unicelular flagelado causador da Doença de Chagas.
O T. cruzi é caracterizado pela presença de um único flagelo, uma mitocôndria grande e pelo cinetoplasto, um compartimento na mitocôndria que contém DNA.
A distribuição geográfica do T. cruzi estende-se do Sul dos Estados Unidos ao Sul da Argentina. Nesta região, existem diversos casos da Doença de Chagas.
A Doença de Chagas é transmitida através das fezes de um inseto, o barbeiro, que contém as formas infectantes do T. cruzi.
Saiba mais sobre a Doença de Chagas.
Morfologia
Durante o seu ciclo de vida, o T. cruzi pode apresentar três formas morfológicas: amastigota, epimastigota e tripomastigota.
Amastigota: apresenta forma arredondada. O núcleo e o cinetoplasto não são observados com microscópios ópticos. Não possui flagelos. Presente na fase intracelular, durante a fase crônica da doença.
Epimastigota: apresenta tamanho variável com formato alongado e núcleo semi-central. Representa a forma encontrada no tubo digestivo do barbeiro, o vetor da doença de chagas.
Tripomastigota: apresenta formato alongado e fusiforme em forma de “c” ou “s”. É a forma presente na fase extracelular, que circula no sangue, na fase aguda da doença. É a forma infectante para os vertebrados.
Trypanossoma cruzi em sua forma tripomastigota no sangue
Ciclo de Vida
O ciclo de vida do T. cruzi inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do hospedeiro vertebrado, elimina suas fezes e urina, onde podem estar presentes as formas tripomastigotas.
Os parasitas tripomastigotas penetram na pele e infectam as células do hospedeiro, onde transformam-se para a forma amastigota.
Quando as células estão repletas de parasitos, eles novamente mudam para a forma tripomastigotas. Por estarem com grande quantidade de parasitos, as células se rompem e os protozoários atingem a corrente sanguínea, atingindo outros órgãos.
Nessa fase, se o hospedeiro vertebrado for picado pelo barbeiro, os protozoários serão transmitidos ao inseto. No intestino do barbeiro, mudam sua forma para epimastigotas, onde multiplicam-se e tornam-se novamente tripomastigotas, as formas infectantes aos vertebrados.
Doença de Chagas
A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda – DCA) que pode ser sintomática ou não, podendo evoluir para as formas crônicas caso não seja tratada precocemente com medicamento específico.
Superada a fase aguda, aproximadamente 60% dos infectados evoluirão para uma forma indeterminada, sem nenhuma manifestação clínica da doença de Chagas e com exames complementares sem alterações. Os demais, desenvolverão formas clínicas crônicas, divididas em três tipos de acordo com as complicações apresentadas: cardíaca, digestiva ou mista (com complicações cardíacas e digestivas).
Transmissão
Os vetores são triatomíneos (família Reduviidae), insetos hematófagos popularmente conhecidos como barbeiros ou bicudos. Qualquer mamífero pode albergar o parasito, enquanto aves e répteis são refratários à infecção. Os principais reservatórios no ciclo silvestre são gambás, tatus, cães, gatos, ratos, etc.
Em função de ações de controle de vetores a partir da década de 1970, o Brasil recebeu em 2006 a Certificação Internacional pela Interrupção da Transmissão de doença de Chagas pelo Triatoma infestans, espécie exótica e responsável pela maior parte da transmissão vetorial no passado. Porém, estima-se que existam aproximadamente 12 milhões de portadores da doença crônica nas Américas, e que haja no Brasil, atualmente, pelo menos um milhão de pessoas infectadas por T. cruzi.
Tratamento
O tratamento deve ser indicado por um médico, após a confirmação da doença. O remédio, chamado benznidazol, é fornecido pelo Ministério da Saúde, gratuitamente, mediante solicitação das Secretarias Estaduais de Saúde e deve ser utilizado em pessoas que tenham a doença aguda assim que ela for identificada.
Para os portadores da doença crônica a indicação desse medicamento é para aqueles pacientes que não apresentam sintomas e com exames sem alterações (forma indeterminada) ou em formas clínicas iniciais, devendo ser avaliados caso a caso.
Em casos de intolerância ou que não respondam ao tratamento com benznidazol, especialmente casos agudos e de reativação da doença de Chagas em imunossuprimidos, o Ministério da Saúde disponibiliza o nifurtimox como alternativa de tratamento.
Entamoeba coli e Entamoeba histolytica
21:02  TIAGO CAIRRÃO  8 COMMENTS
Entamoeba coli e Entamoeba histolytica são parasitas unicelares que vivem no intestino grosso de humanos e animais. A E. histolytica existe sob duas formas durante o seu ciclo de vida: forma vegetativa (trofozoíto) e a forma quística (quistozoíto).
A transmissão directa ocorre através do contacto com fezes infectadas. É mais provável que a amibose se propague entre os que vivem em condições de higiene precárias do que entre aqueles que não vivem desse modo; também se torna mais provável o seu contágio por contacto sexual desprotegido. A transmissão indirecta dos quistos é mais frequente nas zonas com más condições sanitárias, como os campos de trabalho, e em geral nos países em desenvolvimento com climas bastante quentes e húmidos. As frutas e verduras podem contaminar-se quando crescem em terra fertilizada com adubo humano ou quando são lavadas com água contaminada.
Ciclo de Vida
O ciclo de vida de Entamoeba coli e Entamoeba histolytica divide-se em ciclo biológico e ciclo patogénico.
O ciclo biológico é do tipo monoxeno e inicia-se pela ingestão de quistos maduros. Estes passam pelo estômago e como são resistentes à acção dos sucos gástricos, passam pelo intestino delgado chegando ao início do intestino grosso onde ocorre o desenquistamento, com saída do metaquisto. Em seguida o metaquisto sofre sucessivas divisões mitóticas, dando origem aos trofozoítos. Estes migram para o intestino grosso e colonizam a mucosa intestinal e ai vivem como comensais. Através de sucessivas divisões transformam-se em quistos que são eliminados nas fezes.
O ciclo patogénico ocorre quando os trofozoítos invadem a submucosa intestinal, formando úlceras onde se multiplicam activamente, de tal forma que podem romper a parede e, através da circulação portal, atingir outros órgãos como o fígado, e posteriormente o rim, cérebro, pulmão e/ou pele. O trofozoíto encontrado nestas úlceras está na forma invasiva ou patogénica, estes são extremamente activos e hematófagos.
A Amibose é a infecção do homem com ou sem manifestação clínica, aparecendo sobretudo em zonas tropicais, de clima quente e húmido e com poucas condições de higiene. É estritamente humana e está ligada ao perigo fecal, provocando principalmente distúrbios intestinais e hepáticos.
Sabe-se que a evolução da patologia ocorre por invasão dos tecidos pelos trofozoítos. E. histolytica tem um efeito letal sobre a célula e para isso necessita de uma forte adesão ao epitélio. Esta adesão é mediada por lectinas e culmina em fagocitose, os movimentos amebóides e a produção de enzimas proteolíticas favorecem a progressão e destruição dos tecidos. Ao atingir a mucosa, os trofozoítos, multiplicam-se e prosseguem o processo de penetração nos tecidos sob a forma de úlceras. As amibas podem acabar por entrar na circulação enviando metásteses para outros órgãos.
Manifestações Clinicas 
Sinais mais comuns: Diarreia, obstipação intermitentes, flatulência, dores abdominais, fezes com muco e sangue e febre.
Por vezes, os trofozoítos originam uma perfuração intestinal. A libertação do conteúdo intestinal para dentro da cavidade abdominal causa uma grande dor na zona agora infectada (peritonite), o que requer atenção cirúrgica imediata.
A invasão por parte dos trofozoítos do apêndice e do intestino que o rodeia pode provocar uma forma leve de apendicite. Durante a cirurgia da apendicite podem espalhar-se por todo o abdómen. Como consequência, a operaçãopoderá ser atrasada de entre 48 a 72 horas com o objectivo de eliminar os trofozoítos mediante um tratamento com fármacos.
No fígado pode formar-se um abcesso cheio de trofozoítos. Os sintomas consistem em dor ou mal-estar na zona que se encontra acima do fígado, febre intermitente, suores, calafrios, náuseas, vómitos, fraqueza, perda de peso e, ocasionalmente, uma ligeira icterícia.
Em certos casos, os trofozoítos disseminam-se através da corrente sanguínea, causando infecção nos pulmões, no cérebro e noutros órgãos.
A pele também é, por vezes, infectada, especialmente em torno das nádegas e nos órgãos genitais.
Diagnóstico e Terapêutica
O exame de fezes detecta o parasita com alguma facilidade. A forma mais invasiva depende do que chamamos de exames de imagem (tomografia computadorizada, ecografia ou ressonância magnética). Algumas vezes para confirmação diagnóstica, além do exame de imagem, usam-se agulhas finas para puncionar os abscessos. Nas formas mais invasivas, quando o diagnóstico não for possível por identificação do quisto utiliza-se exames de sangue para a detecção da presença de anticorpos contra o parasita.
O fármaco mais utilizado é um antimicrobiano com nome de metronidazol, mas existem outros com uso recomendado para circunstâncias específicas. O tempo de tratamento pode variar conforme o comprometimento da pessoa. Às vezes, quando há a formação de abscessos hepáticos, pode ser necessário aspirá-los com agulha para diagnóstico ou tratamento, muito raramente estes casos irão a cirurgia.
O diagnóstico laboratorial de amibose intestinal faz-se com a recolha de, pelo menos, 3 amostras de fezes para detecção de quistos ou trofozoítos. É também feito teste serológico que dará positivo em caso de infecção a longo prazo. Pode-se também, caso necessário, recorrer-se a uma biopsia para análise do tecido intestinal.
A pesquisa de antigénios e anticorpos faz-se pelo método de ELISA e PCR.
Entamoeba histolytica
 
Introdução
 
Esse protozoário, habitante do intestino grosso humano, pertence ao sub-filo Sarcodina, tendo forma amebóide e locomovendo-se através de pseudópodos. Caracteriza-se por apresentar uma fase de vida comensal, por isso 90% dos casos de amebíase são assintomáticos, entretanto o parasito pode ser tornar patogênico, provocando quadros disentéricos de gravidade variável. A amebíase assintomática costuma ocorrer mais no centro-sul do país, enquanto a sintomática ocorre com mais freqüência na região amazônica.
 
Biologia do parasito
           Seu ciclo evolutivo é monoxeno, ou seja, a Entamoeba histolytica completa seu ciclo em apenas um hospedeiro, e o modo de infecção é fecal-oral, ou seja, o homem se infecta ao ingerir cistos presentes na água ou nos alimentos contaminados. O desencistamento ocorre na porção final do intestino delgado, liberando os trofozoítos que passam a viver como comensais e a reproduzir-se por divisão binária. Através de mecanismos ainda desconhecidos, mas possivelmente relacionados com a ruptura do equilíbrio intestinal (baixa de imunidade local, alteração da flora intestinal, lesões de mucosa, etc.), os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede intestinal, alimentando-se de células da mucosa e de hemácias. Em casos de infecção crônica podem invadir outros órgãos através da circulação sangüínea, especialmente ao fígado.
Os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal reduzem o seu metabolismo, armazenam reservas energéticas e secretam uma parede cística ao seu redor, formando os cistos, que são eliminados através das fezes. Dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando quatro novos indivíduos que desencistam quando chegam ao intestino de um novo hospedeiro. Os cistos podem permanecer viáveis fora do hospedeiro por cerca de 20 dias, caso as condições de temperatura e umidade não sejam adequadas, logo eles são as formas de resistência do parasito no ambiente. Os trofozoítos, entretanto, são lábeis no ambiente.
 
Patogenia e prevenção
 
O ciclo não-patogênico, na luz do intestino grosso, e o ciclo patogênico,  que se realiza na parede intestinal, no fígado e em outros órgãos, podem ocorrer simultaneamente. Com a mucosa intestinal inflamada, o paciente manifesta febre, dor abdominal prolongada, diarréia com posterior disenteria (fezes com muco, pus e sangue), distensão abdominal e flatulência. Em casos mais graves, pode ocorrer anemia, necroses extensas da mucosa, colite ulcerativa, apendicite, perfuração intestinal e peritonite. Os trofozoítos podem chegar a outros órgãos através da circulação, especialmente ao fígado, onde provocam a formação de abcessos e o desenvolvimento de um quadro freqüentemente fatal.
O diagnóstico laboratorial é feito pela visualização de trofozoítos com hemácias fagocitadas, presentes com maior freqüência em fezes diarréicas. O cisto de Entamoeba histolytica é bastante semelhante aos cistos de espécies comensais de Entamoeba sp., e a identificação, feita através da morfologia e do número de núcleos, torna o diagnóstico complexo. Atualmente, a detecção de anticorpos ou antígenos é uma importante ferramenta para o diagnóstico da amebíase e pode ser associado ao diagnóstico de imagem e histopatológico.
A prevenção da amebíase se faz pela higiene pessoal e alimentar, pela melhoria de condições sanitárias, com destino adequado das fezes, pelo tratamento dos doentes e pelo consumo de água fervida ou filtrada, lembrando que a cloração da água não inativa os cistos.  
Leishmaniose: sintomas, tratamento, o que é, cura e mais
Por
 Breno H. M. (Minuto Saudável)
 23/03/2018 
15
Compartilha no Facebook
 
Tweet no Twitter
  
O que é a leishmaniose?
Leishmaniose é uma doença causada por um protozoário e é uma antropozoonose. Isso quer dizer que esta doença é própria de animais, mas pode ser transmitida de maneira acidental para seres humanos.
No caso da leishmaniose, o protozoário parasita é transmitido entre animais (cães, roedores) através da picada de certos tipos de mosquito. Quando o mosquito infectado pica um ser humano, a doença é transmitida para o homem.
PUBLICIDADE: CONTINUE LENDO O CONTEÚDO :)
A doença pode se manifestar de 3 maneiras diferentes e ser causada por até 30 tipos de protozoários do gênero leishmania.
Em ambientes urbanos o animal mais afetado pela doença é o cachorro, que também serve de principal hospedeiro do parasita.
No Brasil a maior parte dos casos acontece no norte e nordeste, mas todo o país corre risco. Em março de 2018, diversos casos foram noticiados no interior de São Paulo, aos poucos surgindo mais próximos da capital.
A doença é considerada extremamente negligenciada. De acordo com a DNDi (Drugs for neglected diseases) — ou Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas, em português — afirma que isso acontece pois a leishmaniose tem prevalência em regiões pobres e não há interesse da indústria farmacêutica em investir em novos medicamentos.
Protozoários
Compartilhar
Email
Os protozoários são seres eucariontes, unicelulares e heterótrofos.
A maioria deles é aquático de vida livre, mas alguns são parasitas e vivem dentro do corpo de outros seres vivos, inclusive dos humanos.
O termo protozoário deriva das palavras em latim proto "primitivo" e zoon "animal", ou seja, animal primitivo. Isso porque já foram considerados animais por serem heterótrofos
Características Gerais
Os protozoários pertencem ao Reino Protista, juntamente com as algas.
Por serem eucariontes, apresentam núcleo individualizado e sua única célula exerce todas as funções que normalmente há nos multicelulares: respiração, excreção e reprodução.
Uma característica típica de suas células é a presença de vacúolos contráteis ou pulsáteis, com função de realizar regulação osmótica.
Devido à diferença de concentração entre o citoplasma e o ambiente externo, há entrada constante de água por osmose. Assim, o vacúolo controla a quantidade de água, recolhendo e eliminando o excesso.
Alimentação
Para a alimentação, os protozoários capturamo alimento por fagocitose, dando origem aos fagossomos, que se fundem aos lisossomos, formando os vacúolos digestivos.
Após a digestão, dentro dos vacúolos, os restos são eliminados por clasmocitose.
Reprodução
A reprodução pode ser de forma assexuada e sexuada. A reprodução assexuada é a mais comum. Ela ocorre por:
Divisão binária: a célula-mãe se divide e origina duas células-filhas;
Divisão múltipla: a célula faz muitas mitoses, forma muitos núcleos que se dividem em células pequenas.
Enquanto isso, os paramécios realizam reprodução sexuada, através de um processo chamado conjugação.Esse processo ocorre quando dois indivíduos se unem e trocam material genético, dando origem a novos protozoários.
Cada indivíduo realiza mitose e produz micronúcleos, que contêm o material genético.
Um macho e uma fêmea ficam lado-a-lado e fazem entre si uma ponte citoplasmática, através da qual trocam micronúcleos.
Após a troca, eles se separam e dentro de cada um, os micronúcleos se multiplicam. Em seguida, acontece a fusão dos micronúcleos originais com os recebidos do parceiro.
Conjugação entre paramécios
Conheça mais sobre o Reino Protista formado pelos protozoários e algas.
Classificação
A principal classificação é baseada no modo de locomoção, dando origem aos variados tipos de protozoários.
Eles são divididos em: sarcodíneos, ciliados, flagelados e esporozoários.
Sarcodíneos ou Rizópodos
São os protozoários que usam prolongamentos do citoplasma, chamados pseudópodes(falsos pés), para locomoção. Eles fazem parte do filo Rhizopoda.
Amebas
Os representantes mais comuns dos sarcodíneos são as amebas, sendo em sua maioria de vida livre e habitando água doce.
Entretanto, existem espécies comensais que vivem dentro do corpo humano sem causar prejuízos.
São exemplos a Entamoeba coli que habita o intestino grosso e a Entamoeba gengivalisque vive na boca. E também existem as parasitas, como a Entamoeba histolytica que vive no intestino grosso do ser humano e provoca a amebíase.
Estrutura da ameba
Os pseudópodes das amebas também são usados para a alimentação. Elas se aproximam do alimento, usam os pseudópodes para englobá-lo, depois ele é internalizado e fica envolto por um pedaço da membrana celular, formando uma bolsa chamada fagossomo.
No citoplasma, o fagossomo se une ao lisossomo, que contém enzimas digestivas e são formados os vacúolos digestivos, no interior dos quais ocorre a digestão. Em seguida, os restos da digestão são eliminados por clasmocitose.
Representação da fagocitose realizada pela ameba​
Foraminíferos
Os foraminíferos são protozoários do filo Foraminifera, que também locomovem-se por pseudópodes.
Eles possuem uma carapaça externa de carbonato de cálcio, com perfurações pelas quais se projetam finos e delicados pseudópodes.
Heliozoários e Radiolários
Os heliozoários e radiolários são protozoários do filo Actinopoda. Eles possuem pseudópodes afilados que se projetam como raios em volta da célula.
Todos os radiolários são marinhos. Enquanto os heliozoários são marinhos ou de água doce. Em comum, apresentam um "esqueleto" interno de sílica que torna sua forma bem definida.
Foraminíferos, heliozoários e radiolários
Ciliados
Os protozoários ciliados pertencem ao filo Ciliophora e se locomovem por meio de filamentos curtos e numerosos, os cílios.
A maioria desses organismos tem vida livre. Um caso interessante é a Vorticella, um ciliado séssil em formato de sino invertido com uma haste para se fixar a um substrato.
Vorticella​ de água doce. Aumento de 400x
Outro exemplo de ciliado é o Paramecium. Os paramécios são dióicos, ou seja, possuem sexos separados e se reproduzem de forma sexuada através da conjugação.
Cada paramécio se divide duas vezes originando um total de 8 novos indivíduos.
Flagelados ou Mastigóforos
Os protozoários flagelados pertencem ao filo Zoomastigophora. Eles se movimentam através de flagelos em forma de chicote.
Alguns flagelados são sésseis e usam o flagelo para capturar moléculas de alimento.
Eles podem viver sozinhos ou associados formando colônias. Algumas espécies são parasitas, como:
Trichomonas vaginalis que se aloja na mucosa vaginal provocando doenças na genitália feminina;
Trypanosoma cruzi que causa a doença de Chagas;
Trypanosoma brucei que causa a doença do sono.
Esporozoários
Os protozoários esporozoários pertencem ao filo Apicomplexa, eles não possuem estrutura locomotora.
São exclusivamente espécies parasitas de seres humanos e de animais vertebrados e invertebrados.
A reprodução ocorre através da alternância de gerações sexuada e assexuada e produção de esporos. Isso faz com que muitos esporozoários tenham ciclos de vida mais complexos.
Um dos exemplos mais conhecidos desse grupo são os plasmódios causadores da malária. Eles passam por algumas fases dentro do corpo, sendo uma delas chamados de merozoítos, quando se multiplicam dentro dos glóbulos vermelhos, que se rompem liberando parasitos infectando novas células.
Giardia lamblia
 
Introdução
 
       É o protozoário flagelado causador da giardíase. Essa doença possui distribuição mundial, porém é mais comum em climas temperados e em crianças nos primeiros anos de vida.
 
Biologia do parasito
        A Giardia é um parasito que se apresenta em duas formas: cisto e trofozoíto. Ambas formas podem ser eliminadas nas fezes, sendo que nas fezes diarréicas são encontrados trofozoítos, e nas formadas são encontrados cistos. O cisto constitui a forma infectante. Os cistos ou trofozoítos são ingeridos pelo homem através da água ou de alimentos contaminados, e a ação das enzimas digestivas provoca o desencistamento, dando origem aos trofozoítos, que podem ficar livres na luz intestinal ou se fixarem na parede duodenal pelo disco suctorial. Se o protozoário aderir à mucosa intestinal, a absorção de nutrientes fica comprometida, principalmente de gorduras e de vitaminas lipossolúveis.
            O parasito se multiplica por divisão binária no intestino delgado, sendo que a gravidade da doença é proporcional ao número de parasitos. Os trofozoítos vivem no duodeno e nas primeiras porções do jejuno, e a atividade dos flagelos lhes confere rápido e irregular deslocamento. Quando vai ocorrer o encistamento, o trofozoíto reduz o seu metabolismo e o seu tamanho, fica globoso, perde o disco suctorial e os flagelos e secreta uma parede cística ao seu redor. Dentro do cisto o núcleo se duplica, por isso quando o homem ingere um cisto, infecta-se com dois trofozoítos.
 
Patogenia e prevenção
 
O intervalo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas de giardíase costuma ser de duas semanas, mas pode durar vários meses. As manifestações clínicas variam, mas aqueles que são observados mais freqüentemente são: evacuações líquidas ou pastosas, número aumentado de evacuações, mal estar, cólicas abdominais e perda de peso. Além das formas agudas, a giardíase pode evoluir para formas subagudas ou crônicas. O diagnóstico é feito por visualização de cistos ou trofozoítos nas fezes, sendo que para a detecção da parasitíase devem ser feitas três coletas de fezes com intervalo de dois a três dias, pois na fase aguda a eliminação de cistos é menor e o resultado pode ser falso negativo. 
           A prevenção se faz pela higiene pessoal e dos alimentos, pelo saneamento básico e pela fervura ou filtração da água, pois ela é o principal veículo da Giardia (sua cloração não inativa os cistos).
GIARDIA LAMBLIA – SINTOMAS, TRANSMISSÃO E TRATAMENTO
Autor: Dr. Pedro Pinheiro » 16 de Março de 2018
1.1k
FacebookTwitterGooglePinterest
A Giardia lamblia, também chamada de Giardia intestinalis ou Giardia duodenale, é um protozoário que parasita os intestinos dos seres humanos, causando diarreia e dor abdominal.
A doença causada pela Giardia lamblia recebe o nome de giardíase ou giardiose, e sua transmissão se dá pelo contato com fezes de pessoas contaminadas.
Neste artigo vamos fazer uma breve revisão sobre a giardíase, abordando suas causas, transmissão, sintomas e tratamento.CICLO DE VIDA DA GIARDIA LAMBLIA
A Giardia possui duas formas morfológicas: cistos e trofozoítas.
Os cistos são as formas do parasita liberadas pelas fezes dos pacientes infectados, podendo sobreviver por muito tempo no ambiente se houver umidade.
A transmissão da Giárdia é fecal-oral, ou seja, ocorre pela ingestão dos cistos de Giardia que saem nas fezes de humanos ou outros mamíferos. Quanto piores forem as condições de saneamento de um local, maior o risco de epidemias de giardíase. Falarei especificamente dos meios de transmissão mais abaixo.
Após a ingestão do cisto, a Giardia, no intestino delgado, se transforma na forma trofozoíta, tornando-se organismos flagelados que medem apenas 15 micrômetros (0,015 milímetros). Para um melhor entendimento, podemos dizer que os cistos funcionam como ovos e os trofozoítas são os filhotes que saem do mesmo. Os trofozoítas são a forma capaz de se reproduzir, multiplicando-se dentro do intestino delgado do paciente contaminado, aderindo a sua parede e alimentando-se da comida que passa.
Quando o parasita chega ao intestino grosso, ele volta a forma de cisto, pois este é o único meio de sobreviver no meio ambiente após a sua eliminação nas fezes.
FORMAS DE TRANSMISSÃO DA GIÁRDIA
Como já dito, a giardíase é transmitida pela via fecal-oral. Qualquer situação em que os cistos de Giárdia liberados nas fezes alcancem a boca de outras pessoas, causará a contaminação. Alguns exemplos:
Beber ou banhar-se em águas contaminadas (leia: DOENÇAS TRANSMITIDAS PELA ÁGUA).
Contaminação de alimentos por mãos mal lavadas. O processo de cozimento mata os cistos da Giárdia, portanto, este modo de transmissão é mais comum com alimentos crus ou contaminados somente após estarem prontos.
Creches e instituições de idosos onde há pouca preocupação com higiene.
Sexo anal.
Contato com fezes de cães e gatos contaminados.
Manuseio de solo contaminado sem a devida limpeza posterior das mãos.
SINTOMAS DA GIARDÍASE
A maioria das pessoas contaminadas pela Giardia lamblia não apresentarão sintomas. Naqueles que terão sintomas, os mais comuns são:
Diarreia, normalmente bem líquida, mas por vezes gordurosa, chamada de esteatorreia (leia: DIARREIA – Causas, sinais de gravidade e tratamento).
Cólicas abdominais.
Mal-estar.
Flatulência (leia: GASES INTESTINAIS).
Náuseas e vômitos.
Emagrecimento.
Febre é um sintoma menos comum e ocorre em menos de 15% dos casos.
Os sintomas descritos acima costumam surgir em aproximadamente 1 a 2 semanas após a contaminação com os cistos de Giárdia, durando em média por 2 a 4 semanas.
Após uma fase aguda, cerca de 2/3 dos pacientes que tiveram sintomas apresentam melhora espontânea. 1/3, porém, desenvolvem a infecção crônica pela Giárdia, mantendo-se infectados e sintomáticos por longos períodos. Na giardíase crônica, os sintomas mais comuns são:
Fezes pastosas.
Esteatorreia (fezes gordurosas e com forte odor).
Perda de peso importante.
Cansaço.
Depressão.
Um dos principais problemas da infecção pela Giárdia é a síndrome de má absorção, caracterizada clinicamente pela perda de peso e esteatorreia. O paciente com giardíase apresenta dificuldade em digerir gorduras, carboidratos e vitaminas. Até 40%dos pacientes desenvolvem intolerância à lactose.
DIAGNÓSTICO DA GIARDÍASE
A infecção pela Giárdia é normalmente diagnosticada através do exame parasitológico de fezes. Como o parasita é eliminado de modo intermitente, a coleta de pelo menos três amostras de fezes aumenta a chance de encontrarmos cistos.
TRATAMENTO DA GIARDÍASE
O tratamento da infecção pela Giardia tem dois objetivos: eliminar os sintomas nos pacientes sintomáticos e interromper a eliminação dos cistos pelas fezes, quebrando a cadeia de transmissão.
Os esquemas terapêuticos mais indicados são os seguintes (doses para adultos):
Tinidazol (Pletil) 2000 mg em dose única.
Secnidazol (Secnidal) 2000 mg em única.
Metronidazol (Flagyl) 500 mg – 2 vezes por dia por 5 dias.
Nitazoxanida (Annita) 500 mg – 2 vezes por dia por 3 dias.
Albendazol (Zolben, Zentel) 400 mg – 1 vez por dia por 5 dias.
Mebendazol (Pantelmin) 300 mg – 3 vezes por dia por 5 dias.
TRATAMENTO NAS GRÁVIDAS
Como a Giardia lamblia em si não faz mal para o bebê, nas grávidas com giardíase leve, que são capazes de se manter hidratadas e bem nutridas, é razoável adiar o tratamento até pelo menos o segundo trimestre para minimizar o risco de efeitos adversos dos fármacos para o feto.
Porém, se o obstetra entender que o tratamento é necessário durante o primeiro trimestre, o medicamento mais seguro é a paromomicina (10 mg/kg por via oral, 3 vezes por dia, por 5 a 10 dias), por apresentar absorção sistêmica limitada.
Durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez, agentes antimicrobianos aceitáveis incluem paromomicina, tinidazol, nitazoxanida ou metronidazol.

Outros materiais