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AULA Comunicação Comumitária

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COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA – AULA 1 
PODER, GRUPOS DE PRESSÃO E MEIOS DE COMUNICAÇÃO 
O HOMEM E SEU DESENVOLVIMENTO NAS RELAÇÕES DE PODER 
O homem é um ser social. Desde os primórdios reúne-se em grupos, as chamadas “tribos”, no 
interior das quais uma dinâmica de relacionamento se estabelece. Líderes surgem 
naturalmente nesse processo. Nesse momento, a comunicação tanto oral quanto visual é 
utilizada como principal ferramenta de relacionamento entre os líderes e os participantes 
dessa comunidade. 
A busca por soluções para os problemas consequentes da adaptação ao meio ambiente exige 
do ser humano a construção e a transformação de sua escala de valores. A aceitação e 
principalmente o compartilhamento desses valores demandou novas práticas comunicativas 
entre os indivíduos. Nesse sentido, podemos afirmar que a comunicação se desenvolveu 
paralelamente ao crescimento dos grupos humanos, em função de sua expansão territorial e 
do domínio sobre o território. 
ATUALMENTE 
As populações são organizadas em grupos menores de indivíduos que, no conjunto, formam 
uma sociedade. As regras para a convivência em sociedade são definidas conforme a escala de 
valores construída ao longo do tempo e baseadas nos interesses declarados dos grupos sociais 
organizados e do poder. 
 A liderança é representada pelos governantes, mas também pelos líderes sociais, líderes 
econômicos, ou ainda pelos líderes religiosos. Cada grupo se utiliza das práticas comunicativas 
e da mídia para se manifestar e para obter credibilidade e aceitação dos indivíduos 
constituintes. 
CATEGORIAS DOS GRUPOS SOCIAIS 
POLÍTICOS: partidos, coligações e movimentos dentro dos partidos. 
ECONÔMICOS: grandes empresas, bancos, multinacionais, etc. 
SOCIAIS: defesa de direitos, classes ou grupos excluídos socialmente. 
ESPIRITUAIS: tem sua base nos princípios religiosos. 
 
CONCEITOS IMPORTANTES 
• POLÍTICA: Aristóteles viu na política “a ciência por excelência” da sua época e do próprio 
sistema filosófico. A política cobria um campo muito vasto, para além da ciência política que 
conhecemos. Tratava-se de um estudo global de todas as relações morais e sociais do homem. 
“O homem é um animal político.” As relações econômicas e sociais são condicionadas pela 
política. 
• DEMOCRACIA (do grego demo+kratos): é um regime de governo em que o poder de tomar 
importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio 
de representantes eleitos — forma mais usual. 
• GRUPO: “reunião de coisas que forma um todo; pequena associação ou reunião de pessoas 
ligadas para um fim comum”. 
• PODER: “ter a faculdade de; ter possibilidade, autorização, ter força para; ter força física ou 
moral, ter influência; rigor, potência; faculdade de ação em relação à personalidade e 
capacidade jurídica: legislativa, executiva e judiciária”. 
• PRESSÃO: “ato ou efeito de comprimir ou apertar; influência constrangedora ou coercitiva; 
ação insistente sobre a vontade alheia por parte ou com a intervenção de quem tem 
autoridade ou força; procurar induzir alguém a comportar-se num certo modo.” 
• PARTIDO: “grupo de pessoas estavelmente organizado, com a finalidade de alcançar o poder 
e conservá-lo em benefício de seus dirigentes, como também dar aos seus membros os 
benefícios materiais e espirituais que isto comporta, realizando uma junta na qual o grupo em 
questão deseja incluí-lo”. 
Os partidos são quase exclusivamente políticos, enquanto que os grupos tendem a preocupar-
se com problemas específicos e não se dirigem ao povo (ou eleitores) em termos amplos. Um 
partido pode se tornar um grupo de pressão (quando não está no governo). 
• GRUPOS DE PRESSÃO: “organizações, entes, institutos que, diante dos próprios interesses 
inseridos e uma estratégia mais ou menos vasta, intervêm – exercitando a influência que 
possuem ou pressionando – nas atividades dos partidos, dos políticos, no governo, no 
parlamento, e em outras assembléias ou centros de poder político, com o fim de obter uma 
particular política ou específica ação e iniciativa em próprio favor, ou conseguir influenciar um 
decisão importante”. 
Exemplos de grupos de pressão: Organizações Não Governamentais - ONGs, Organizações da 
Sociedade Civil, partidos políticos, sindicatos, categorias profissionais (CREA, CREMERJ, OAB), 
lobistas, grupos religiosos, entre outros exemplos. 
OS GRUPOS DE PRESSÃO 
- preocupam-se com uma questão de cada vez. 
exemplo: obter a aprovação ou a não-aprovação de uma lei; induzir o governo a alguma ação, 
como construir uma rodovia etc. 
- não governam, mas se interessam pelo governo. 
- tentam influir sobre as decisões dos políticos e dos administradores, sem assumir, porém, as 
responsabilidades da gestão do poder. 
- em certas circunstâncias, os grupos de pressão se tornam partidos. 
- pode acontecer que um partido de menor importância se submeta a serviço de um grupo de 
interesse: a este partido tocará a função de ser somente um aliado e de se mover nos rastros 
de um grande partido que procura alcançar o poder. 
AS FORMAS DE PRESSÃO, AS FORMAS DE AÇÃO E SEUS MEIOS 
AÇÃO DIRETA: quando a fase de pedido ou ameaça é feita diretamente pelo grupo interessado 
contra o poder oficial (opressor e oprimido). Exemplo: sindicatos (greves), lobbies (ameaça 
diplomática ou violenta), terrorismo, sequestros. 
AÇÃO INDIRETA: a intenção não é necessariamente clara, é subentendida. Utiliza 
principalmente os meios de comunicação, como a propaganda e os noticiários. Além da 
manipulação direta, conseguem o controle da opinião pública. A imprensa sofre pressão sobre 
si mesma e exerce pressão sobre seus destinatários (pressão em cadeia). Exemplo: pesquisas 
de opinião dirigidas. 
SABOTAGEM: manejar coisas ou pessoas muito importantes para a vítima. 
BOICOTE: dificultar a vida de alguém ou de alguma empresa com a omissão ou a interrupção 
das relações sociais ou econômicas, de modo que pareça natural. 
OPINIÃO PÚBLICA: é a reação de um público que pode julgar e opinar diante de um fato da 
atualidade, existindo já uma opinião matriz. 
A pressão pode ser feita através da informação e formação (manipulação e persuasão) com 
uma intensidade que provoca a reação do público, formando uma opinião pública que faz 
pressão sobre uma determinada questão. 
A IMPORTÂNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DA OPINIÃO 
PÚBLICA 
“A prerrogativa de participação da sociedade nos assuntos políticos, iniciada após as 
revoluções liberais do século XVIII, fez com que a opinião pública se tornasse uma instância de 
vital importância para o funcionamento das democracias modernas.” 
Coube à opinião pública, desde então, o papel de intermediar a relação entre Estado e a 
sociedade atuar como fonte de legitimação política. Em muitos casos, a história recente 
demonstrou que a grande luta de vários governos traduziu-se na busca da aceitação de suas 
iniciativas pela opinião pública. 
Enquanto regime político sustentado pelo consentimento, a democracia requer que as 
decisões púbicas sejam constantemente justificadas pelo governo, a fim de que recebam a 
aprovação da sociedade para que possam ser implantadas na prática. 
“A comunicação pública, seja entendida como aquela praticada pelo governo para prestar 
esclarecimentos à sociedade, seja entendida como aquela prática no âmbito da esfera pública, 
assume papel de destaque como elemento fundamental na formação e consolidação da 
opinião pública sobre assuntos públicos, uma vez que se insere como uma das principais 
fontes de informação no jogo político, que vai se estabelecer na esfera pública” (NOVELLI apud 
DUARTE, 2007, p.176, 2007, 72). 
• Os grupos de pressão e osmeios de comunicação são considerados determinantes na 
batalha pela visibilidade de causas e de movimentos sociais reivindicatórios. 
• Os poderes políticos e os poderes econômicos têm nos instrumentos de informação um dos 
meios mais significativos para a influência e a sugestão das massas. 
• O meio de comunicação é escolhido de acordo com os interesses do grupo, o tipo e o 
objetivo da ação que este executa e de quem participa do movimento. 
• Os meios de comunicação estão ancorados quase que exclusivamente nas mãos das classes 
dominantes e, por essa razão, o fluxo de comunicação que dele provém é inspirado na sua 
ideologia e finalidade. 
EXEMPLOS DA ESCOLHA DO MEIO DE COMUNICAÇÃO EM FUNÇÃO DOS OBJETIVOS POLÍTICOS 
• O povo do Egito se organizou por meio das redes sociais e forçou a saída do presidente Hosni 
Mubarak do poder após 30 anos de ditadura no país. 
• A juventude brasileira, conhecida como “os caras pintadas”, se organizou em passeatas e 
manifestou-se a favor do impeachment do presidente Collor, em 1992. 
O Marxismo utilizou a propaganda verbal para conquistar a grande massa. 
. O ditador italiano Benito Mussolini utilizou a imprensa no período fascista como canal de 
difusão de suas sentenças. 
• O líder asiático Mao Tsé-Tung utilizou o sistema educativo de massa para formar e controlar 
o povo chinês. 
A COMUNICAÇÃO NOS REGIMES TOTALITÁRIOS 
Totalitarismo é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos 
do governante máximo. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da 
democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais. Não há a liberdade de expressão e 
a pressão do governo sobre os cidadãos pode chegar ao extremo. 
Historicamente, a prática do poder totalitário é perpassada pela utilização de meios violentos 
para a manutenção do poder absoluto e incontestado. Prisão, tortura e até o assassinato de 
dirigentes políticos da oposição, além de sindicalistas, artistas, intelectuais e qualquer 
integrante da sociedade civil que se oponha ou tenha ideias antagônicas ao regime vigente é 
utilizado como ferramenta de coerção. Os regimes totalitários podem ser de caráter militar ou 
civil, leigo ou religioso, de esquerda ou de direita. 
“Sem liberdade de expressão não há liberdade de imprensa. E sem liberdade, não há 
democracia. Democracia é pluralismo, diversidade, diálogo, admissão de conflitos, respeito aos 
dissidentes e às divergências. Portanto, sem pluralismo a liberdade de imprensa é apenas um 
slogan. [...] Ser plural é uma questão-chave em face da existência de inúmeros interesses, 
pretensa, ou efetivamente, de caráter público. Como espelho da sociedade, cabe à imprensa 
reproduzir uma imagem repleta de pontos de vista e abordagens diferentes para os mesmo 
temas, e não uma visão única e reducionista do assunto” (FARIA apud DUARTE, 2007, p.176). 
A PRESSÃO SOBRE O COMUNICADOR 
• Os grupos de pressão e que estão no poder têm ação sobre os profissionais de comunicação, 
em especial o jornalista. 
• As organizações jornalísticas estão hoje estruturadas em conglomerados multimídia, atuam 
em um mercado competitivo e sob permanente impacto da introdução de novas tecnologias 
de informação. De natureza privada, movimentam-se dentro de um setor altamente 
concentrado e são especializadas em produzir “informação jornalisticamente trabalhada”, 
capaz de combinar procedimentos técnicos específicos com preceitos éticos. São revestidas de 
dualidade: produzem tanto o bem social (a informação), como uma mercadoria (notícia). 
(FARIA apud DUARTE, 2007, p.176). 
• Pelo lado da imprensa e da prática do jornalismo alternativo, há ainda o perigo do 
profissional de comunicação sofrer ataques em função de denúncias contra o governo ou pela 
divulgação de fatos que possam colocar em risco a imagem de políticos diante dos eleitores. 
A QUESTÃO INTERNACIONAL 
• Organizações internacionais de partidos políticos. 
• Organizações maçônicas. 
• Sindicatos internacionais. 
• Associações e sociedades mundiais. 
• Organizações religiosas, de libertação nacional, patrióticas, humanitárias, 
 ideológicas etc. 
• Organizações que dispõem de filiais próprias em outros países para a defesa 
 dos seus interesses.

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