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A TCC com crianças baseia

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A TCC com crianças baseia-se em uma abordagem empírica, de “aqui agora”. Visto que as crianças são orientadas à ação, elas aprendem com facilidade fazendo. A ação na terapia é estimulante, pois a motivação das crianças aumentará quando elas estiverem se divertindo7. Quanto mais as crianças estão envolvidas e comprometidas com o processo, menos a terapia parece um trabalho. O reforço é uma parte fundamental desse trabalho. As crianças são reforçadas a arrumar seus brinquedos na sala de terapia, completar a tarefa de casa, revelar seus pensamentos e sentimentos, e assim por diante. As recompensas comunicam expectativas e correspondem a funções de motivação, atenção e retenção6, ou seja, envolvem as crianças, dirigem-nas ao que é importante e ensinam a elas o que devem lembrar7.   
As crianças raramente iniciam ou terminam o tratamento. Podem gostar da terapia e fazer progressos significativos, contudo, por várias razões, seus pais ou responsáveis é que encerram o tratamento. Em outros casos, as crianças podem até temer ou evitar o processo terapêutico, mas circunstâncias externas (como por exemplo, determinação judicial, exigência da escola etc.) podem forçá-las a fazer. Em nenhum caso, a criança controla o processo7. O foco da TCC com crianças e adolescentes está no tratamento no interior de seu ambiente natural, seja este a família, escola ou grupo de iguais14. Portanto, sem considerar essas questões, o terapeuta fica “voando as cegas”. O envolvimento da família e escola é crucial para o início, manutenção e a generalização bem-sucedida de ganhos terapêuticos7.
As crianças e seus pais precisam de algum nível de consenso em relação aos problemas a serem tratados na terapia. Geralmente, os pais ou professores são os que identificam primeiro os problemas da criança. Mas é preciso conseguir a participação da criança a fim de estabelecer um acordo sobre o problema a ser trabalhado. Prosseguir com o tratamento antes que os objetivos sejam cooperativamente definidos levará a bloqueios no processo terapêutico7. Para iniciar o tratamento, é necessário um bom diagnóstico, o qual inclui uma ampla avaliação com informações de fontes diversas, como a família, a escola e caso haja outros profissionais que atendam a criança ou adolescente (por exemplo, pediatra, fonoaudiólogo). Além de diversificar as fontes, também é importante verificar os métodos, os quais abrangem entrevista com os pais, observação do paciente na sessão, em casa e na escola, desenhos, textos, redações, aplicação de inventários e escalas e monitoramento das atividades diárias22. Considerando-se que o meio onde a criança esá inserida é tão importante na concepção comportamental de distúrbio psicológico, pode-se antecipar que a intervenção será tanto mais efetiva quanto maior for a alteração nos elementos negativos que atuam sobre estes (familiares, institucionais etc). Consequentemente, a família e/ou escola apoiando o trabalho do psicólogo, além da intervenção ser mais eficaz, poderá também ser mais efetiva, isto é, alcançar mudanças mais duradouras13.
Em relação aos cuidados éticos o Psicologo nao deve "Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado".
não há uma proibição, mas o Código reconhece que essas relações podem interferir no serviço prestado. O trabalho no profissional de Psicologia é pautado na escuta e no sigilo profissional, tanto que o Art. 9º discorre que é 
"É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional".
Ou seja quanto mais neutro, melhor o trabalho do psicólogo. Quando há outros tipos de vínculos que não sejam os terapêuticos isso põe em risco a confiabilidade do processo, uma vez que mesmo embasado por técnicas cientificas o psicólogo é um ser humano, dotado de sentimentos, vontades, desejos e atender alguém com vínculos de amizade ou parentesco pode afetar seu julgamento, desvirtuando assim o sentido da terapia.

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