AD1 desenvolvimento gerencial

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Aluno(a): Raquel Fernandes Bravo
Pólo: Itaperuna
Matrícula: 20061506077
Questão 1.
Quais as principais características da lógica da organização e administração do Trabalho no contexto capitalista de produção?
R: Não sendo suficiente a percepção dos elementos básicos da relação de produção capitalista (Capital e Trabalho) é necessário também a compreensão de alguns aspectos fundamentais da lógica da organização e administração do Trabalho. Podemos estabelecer momentos característicos do processo de Trabalho no contexto capitalista de produção:
- Força Social de Organização do trabalho (conceito de gerência) – ações que visam administrar o processo produtivo. 
- Relação social de subordinação – cria uma estrutura de subordinação do trabalho às necessidades básicas de sobrevivência.
- Criação do Posto de Trabalho (processo de dominação social) – predeterminação específica de ciclos de produção, ou seja, organização do trabalho. 
- Valor do Uso do Trabalho (o trabalho se torna “escravo do capital”) - a troca do trabalho pelo salário. Quanto menos específico ou necessário for o trabalho, menor será seu valor de uso e, portanto, menor seu valor de troca (salário).
- Divisão social e fragmentação do trabalho – os trabalhadores executam tarefas parcializadas, dando início a uma desqualificação do trabalho e aumento da produtividade, ocorrendo à separação entre concepção e execução do trabalho.
- Organização do processo produtivo – Quando há um aumento de salário, reduzindo o excedente a ser apropriado, é necessário o avanço tecnológico da produção, de modo a obter um aumento de produtividade e excedente.
- Operacionalização de uma estrutura gerencial - Objetivo maior é criar condições para que o trabalho se concretize. O Capital compra a Jornada de Trabalho, ou seja, o empregador que define o que será feito com o tempo de trabalho disponível a cada empregado. 
	Sendo este último item o instrumento central que permite ao capital organizar e administrar o trabalho, dando ao capital um sentido de gerar sua própria reprodução e fazendo com que o trabalho realiza-se de modo a reproduzir a relação de subordinação. 
 - Gerência como instrumento Ideológico de Dominação – fenônemo típico do modo de produção capitalista.
- Transformação da Força do trabalho Abstrata em Força do trabalho Real – é dividida em Trabalho Indireto ( fornece infra-estrutura à atividade operacional) e Trabalho Direto (processo produtivo), onde o Capital exige do Trabalho a identificação de seus interesses ou estabelecimento de laços de fidelidade ideológica.
Questão 2.
Quais as características centrais da proposta teórica tradicional no campo da administração e que alternativas se apresentam para a construção de uma teoria “não -engajada”?
R: As características centrais da proposta teórica tradicional vêm da apresentação das diversas abordagens de dominação ideológica, que pretendem mostrar como tem sido a evolução ao nível dos conceitos centrais e como essa evolução têm ao desenvolvimento das próprias organizações, devido à sua crescente complexidade e às mudanças radicais da sua envolvente externa, quer a nível social quer a nível econômico, tecnológico ou cultural. Sendo:
- TGA é montada com base na história das idéias seqüenciada dos estudos realizados pelos cientistas sociais voltados para os diversos problemas nas organizações.
- TGA tem uma preocupação em propor normas de como bem administrar.
- TGA é uma teoria unilateral, uma abordagem comprometida com a organização do Trabalho no modo de produção capitalista, de forma a atender aos interesses do capital.
 Consequentemente, a necessidade de apresentar diferentes alternativas de construção, pela complexidade, descrença, dilemas e contradições do processo. Aconteceu que até mesmo as próprias “Escolas” em virtudes de críticas de suas antecessoras, e através da tentativa de aperfeiçoá-las, a “Escola” mais recente, sempre representaria a última verdade obtida a respeito do assunto. 
O instrumento de dominação ideológica exercida pela TGA implica em um questionamento, com argumentos utilizados no processo de legitimação desta teoria, que identificam algumas considerações que possibilitam a compreensão de como se processa o escamoteamento da questão ideológica na TGA. Estas argumentações Ontológico-Normativa permitem uma alienação do processo em razão de que estes valores são desenvolvidos em contextos históricos concretos, e percebeu-se que as tais “teorias” deixaram de lado a consideração dos meios disponíveis em cada sociedade e da mutação dos valores, e também não consideraram as particularidades de cada sociedade em seus momentos históricos distintos. 
Portanto o seu não engajamento se dá porque sua pretensa evolução de sua generalização de proposta teórica de “boa administração”, serve de mascaramento à utilização da “Teoria” como instrumento ideológico de dominação social, ao se deparar como apresentação de uma verdade absoluta sobre a organização e administração do Trabalho, garantindo a prevalência dos valores e interesses do Capital no processo organizativo e gerencial da produção. 
	
Questão 3.
Quais as características comuns das diversas propostas”contemporâneas” de intervenção gerencial (participação na gestão, re-engenharia, etc) e até que ponto e porque podem ou não serem consideradas como novidades?
R: Dentre as diversas propostas “contemporâneas” o que elas procuram efetivamente trazer são resultados para o processo de “acumulação capitalista”, e para sua melhor aplicação e o alcance de resultados mais duradouros, é necessário que se dispa de seu caráter ideológico, tão bem dissimulado, mas tão eficiente enquanto instrumento de dominação social. E o motivo pelo quais tais propostas não são consideradas como novidades, é que elas são tratadas como novas roupagens para “velhas” idéias de Taylor a respeito do controle do trabalho, ou seja, deixando assim de ser algo novo, para ser submetido a partir de idéias que surgiram desde o início do século.