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MISSÃO PAPA CHARLIE IREITO CONSTITUCIONAL Organização Legal 1. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS. https://missaopapacharlie.org/ 1 Normas Constitucionais Normas Supralegais Normas Infraconstitucionais Normas Infralegais CF e EC Tratados com status de EC CF e EC Tratados com status de EC Tratados SupralegaisTratados Supralegais Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei delgada, Medida Provisória, Decreto legislativo. Resolução, Tratados, Decreto Autônomo Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei delgada, Medida Provisória, Decreto legislativo. Resolução, Tratados, Decreto Autônomo Decreto, Portaria, Instrução... Decreto, Portaria, Instrução... LegislativoLegislativo CF, EC, Tratados com status de EC CF, EC, Tratados com status de EC LegislativoLegislativo Lei Complementar Lei Ordinária Lei Complementar Lei Ordinária ExecutivoExecutivo Lei Delgada Medida Provisória Lei Delgada Medida Provisória LegislativoLegislativo Decreto LegislativoDecreto Legislativo Resolução Resolução Judiciário, Legislativo e ExecutivoJudiciário, Legislativo e Executivo MISSÃO PAPA CHARLIE O Estado Democrático de Direito é aquele comprometido com os direitos fundamentais da pessoa, tendo por referência legal as garantias constitucionais e por princípio a participação da população, Os principais direitos constitucionais podem ser positivados ou não positivados. Os POSITIVADOS, são aqueles PREVISTOS EXPRESSAMENTE na constituição; os NÃO POSITIVADOS não estão escritos no texto, mas dele PODEM SER DEPREENDIDOS. 1.1 Teoria Geral dos Direitos Fundamentais A República Federativa do Brasil tem, EXPRESSOS e IMPLÍCITOS em sua constituição, FUNDAMENTOS (ou direitos fundamentais), OBJETIVOS FUNDAMENTAIS e PRINCÍPIOS que são DISTINTOS e não devem ser confundidos . ATENÇÃO! Os fundamentos da CF/88, tem ampla eficácia jurídica, em razão de seu conteúdo abstrato. Lembrando que: O poder emana do povo; O povo exerce a soberania; A República Federativa do Brasil (RFB), como representante maior do povo, é SOBERANA; Os entes da RFB (Estados e DF e Municípios) são AUTÔNOMOS , NÃO soberanos. 1.1.1 Conceito Os direitos fundamentais são os direitos considerados básicos em determinado Estado e momento histórico. NÃO SE CONFUNDEM COM OS DIREITOS HUMANOS. Embora o conteúdo seja semelhante, as fontes normativas são diferentes. Os direitos fundamentais estão previstos na Constituição de cada pais, ao passo que os direitos humanos são garantidos em tratados internacionais. O que torna um direito fundamental é a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA . No Brasil, nossa Constituição de 1988 NÃO FAZ MENÇÃO EXPRESSA do princípio de proteção ao núcleo essencial dos direitos fundamentais. Entretanto, o dever de proteção ao núcleo essencial está implícito na Carta Magna . ENTENDIMENTO CESPIANO: Prevê-se expressamente que a administração pública deve obedecer aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, economicidade e probidade. Na CF existem princípios expressos e implícitos, mas PARA A ADM. PÚBLICA TODOS ELES SÃO EXPRESSOS. 1.1.2 Fundamentos (Art. 1°) Os fundamentos é algo que já reconhecemos e já temos. A República Federativa do Brasil tem como FUNDAMENTOS: https://missaopapacharlie.org/ 2 MISSÃO PAPA CHARLIE Soberania: do Estado Cidadania: (eleição) Dignidade da Pessoa Humana: fornecimento do mínimo existencial Valores Sociais do trabalho e da livre iniciativa: Trabalhador e empregador Pluralismo político: pluralidade de pensamentos 1.1.3 Objetivos Fundamentais (Art. 3º) São as metas, o propósito que o Estado quer atingir. Mnemônico: Conga. e Repro. ou Con. Ga E. Re. Pro Constituem OBJETIVOS fundamentais da República Federativa do Brasil: Con struir uma sociedade livre, justa e solidária; Ga rantir o desenvolvimento nacional; E rradicar a pobreza e a marginalização e Re duzir as desigualdades sociais e regionais; Pro mover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. ATENÇÃO: Não confunda! É ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR as desigualdades. Não se pretende erradicar as desigualdades. 1.1.4 Princípios Fundamentais (Art. 4º) São os parâmetros de atuação do Brasil na sua política externa. Mnemônico: AINDE NÃO CONPREI RECOS ou A.In.De Não Con.Pre.I Re.Co.S A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações INTERNACIONAIS pelos seguintes PRINCÍPIOS: 1. A utodeterminação dos povos; não se interfere nas determinações feitas pelos estados 2. In dependência nacional; Soberania 3. De fesa da paz; 4. Não -intervenção ; idem 3. 5. Con cessão de asilo político. 6. Pre valência dos direitos humanos; https://missaopapacharlie.org/ 3 SOCIDIVAPLUSOCIDIVAPLUSoberaniaSoberania CidadaniaCidadania Dignidade da Pessoa Humana Dignidade da Pessoa Humana Valores Sociais do trabalho e da livre iniciativa Valores Sociais do trabalho e da livre iniciativa Pluralismo Político Pluralismo Político MISSÃO PAPA CHARLIE 7. I gualdade entre os estados; idem 3. 8. Re púdio ao terrorismo e ao racismo; 9. Co operação entre os povos para o progresso da humanidade; 10. S olução pacífica dos conflitos; 1.1.4.1 Princípios Expressos na Constituição 1. Soberania do texto constitucional 2. Autotutela 3. Supremacia do Interesse Público 4. Indisponibilidade dos bens e interesses públicos 5. Legalidade 6. Impessoalidade 7. Moralidade 8. Publicidade 9. Eficiência Princípios EXPRESSOS para a ADM. PÚBLICA. 1. L. I. M. P. E (da CF) 2. Razoabilidade, Proporcionalidade, Motivação, Segurança Jurídica, Contraditório e Ampla Defesa (lei dos Processos Adm. Lei 9784/99) 3. Probidad e (está na lei que define os atos de improbidade adm.) 4. Economicidade (pode se deduzir do art. 70) 1.1.5 Garantias Garantias também são direitos, são instrumentos que visam assegurar os demais direitos, assim como, os meios processuais adequados a essa finalidade. Ex: Habeas corpus, Habeas data, Mandado de segurança, Ação popular Prestação de assistência religiosa nos locais, civis e militares, de internação coletiva; Direito de propriedade; Direito de petição; 1.1.5.1 Cláusulas Pétreas Previstas Pela Constituição. Segundo o art. 60, § 4º, da CF/88, não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - A FORMA federativa de Estado; II - O VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL e PERIÓDICO; III - A SEPARAÇÃO dos PODERES; IV - Os DIREITOS e GARANTIAS INDIVIDUAIS. 1.1.6 Justificativas Existem dois princípios básicos que FUNDAMENTAM e JUSTIFICAM a existência de direitos fundamentais: O Estado de Direito: na medida que limita o poder do Estado e, consequentemente garante os direitos fundamentais dos particulares. O estado de direito implica no https://missaopapacharlie.org/ 4 Garantias processuais (Remédios Constitucionais). MISSÃO PAPA CHARLIE cumprimento da lei por seus governantes. Apesar de representarem o Estado, e este ser soberano em relação ao particular, os governantes não são soberanos e se sujeitam à lei. A Dignidade humana: porque reconhece a existência de direitos básicos e inalienáveis. 1.1.7 Características Universalidade Historicidade Irrenunciabilidade Relatividade ou Limitabilidade (Nenhum direito fundamental é absoluto). Inalienabilidade (Não se transferem de uma para outra pessoa,) Aplicação Imediata Imprescritibilidade Interdependência (um direito precisa do outro). OBS: Nenhum direito fundamental pode ser usado como justificativa para prática de atos ilícitos. Os direitos fundamentais podem entrar em conflito e, nessa situação, qualquer um deles pode ganhar ou perder. Basta lembrar que até o direito à vida poder ser relativizado, como em casos de guerra declarada (art. 5º, XLVII, a). 1.1.8 Eficácia 1.1.8.1 Vertical e Horizontal Os direitos fundamentais se aplicam não só nas relações entre o Estado e os cidadãos ( EFICÁCIA VERTICAL ), mas também nas relações entre particulares, entre os cidadãos ( EFICÁCIA HORIZONTAL ). No Brasil adota-se a TEORIA DA EFICÁCIA DIRETA E IMEDIATA . De acordo com essa teoria, os direitos fundamentais se aplicam diretamente a todas as relações privadas (particulares). Todos os cidadãos devem, mesmo nas relações uns com os outros, respeitar os direitos fundamentais. OBS: Enquanto os direitos civis e políticos se baseiam em abstenções por parte do Estado, os direitos sociais pressupõem prestações positivas do Estado. 1.1.8.2 Eficácia Plena São as normas que têm aplicação imediata, 1.1.8.3 Eficácia Contida ou Prospectiva Essas normas também têm eficácia plena, porém, estão passíveis de serem restringidas pela atuação do legislador infraconstitucional. Exemplo: O direito fundamental à liberdade de crença é norma de eficácia contida, pois é permitido exercê-la, mas algo pode vir a regular o modo como ela é exercida. 1.1.8.4 Eficácia Limitada Também chamadas de medidas de aplicabilidade mediata/reduzida/diferida. São aquelas que não têm total aplicação imediata, dizemos “total”, pois, necessita de uma norma infraconstitucional regulando a sua aplicabilidade, ou possibilitando a sua aplicação. 1.1.9 Titularidade https://missaopapacharlie.org/ 5 MISSÃO PAPA CHARLIE PESSOAS FÍSICAS, brasileiros ou não , e JURÍDICAS são titulares de direitos fundamentais. Entretanto, pessoas jurídicas não tem direito a habeas corpus . Cabe salientar que, há direitos fundamentais cuja titularidade é reservada aos estrangeiros. 1.1.9.1 Pessoas Físicas Podem ser titulares de direitos fundamentais: Brasileiros (natos ou naturalizados); Estrangeiros (residentes ou em trânsito - jurisprudência do STF ); Qualquer pessoa que seja alcançada pela lei brasileira, mesmo que seja estrangeiro residente no exterior ( STF decidiu que estrangeiro fora do país pode impetrar habeas corpus contra decisão que o condena por lavagem de dinheiro). 1.1.9.2 Pessoas Jurídicas Podem ser titulares dos direitos fundamentais que sejam compatíveis com sua específica natureza. O habeas corpus não é um remédio constitucional que protege a PJ, mas ela pode pleitear danos morais, por exemplo. 1.1.10 Gerações (dimensões) Como os direitos fundamentais são uma construção histórica e gradativa, podem ser classificados em gerações. 1.1.10.1 Direitos de 1º Geração São os DIREITOS NEGATIVOS para o Estado . É como se a Constituição dissesse para o Estado: - "NÃO SE INTROMETA”. Visam garantir o indivíduo contra abusos do poder do Estado (direitos individuais, liberdades públicas e formais ) e por isso impõem ao Estado uma obrigação de não fazer, de se abster. Foco: individuo; Princípio da Liberdade. Liberdades negativas (pressupõe uma NÃO ação do poder). Ex: Propriedade. 1.1.10.2 Direitos de 2º Geração https://missaopapacharlie.org/ 6 1º Geração LIBERDADE: pública, civil e militar. Direitos Individuais e Negativos. 2º Geração IGUALDADE: Direitos Sociais, Econômicos e Culturais 3º Geração FRATERNIDADE: Direitos Transindividuais, Difusos e Coletivos. Direito ao Meio Ambiente. MISSÃO PAPA CHARLIE São os direitos positivos para o Estado (CF diz: "ESTADO SE INTROMETA E PROMOVA TAIS DIREITOS"). Visam garantir condições mínimas para os necessitados , os excluídos . Por isso são chamados de DIREITOS SOCIAIS. Impõem ao Estado uma OBRIGAÇÃO DE FAZER , de prestar, de dar; São os DIREITOS PRESTACIONAIS POSITIVOS . Foco: sociedade Princípio da Igualdade Direitos sociais (visando a justiça social) CF art. 6º Saúde, educação, trabalho, habitação Exige do estado ações positivas Ex: Direitos Sociais, trabalho, saúde, educação, segurança pública, assistência social, etc... 1.1.10.3 Direitos de 3º Geração São os DIREITOS GERAIS (difusos ou transindividuais), são direitos que transcendem o indivíduo isoladamente considerado. Direitos que são de todos (difusos) ou de grupos sociais (coletivos), mas NÃO podem ser exercidos individualmente (direito ao meio ambiente, do consumidor). Foco: fraternidade Princípio da solidariedade Direitos difusos (não individual) Direito de todos Ex: cultura, meio ambiente, paz, comunicação. 1.1.11 Rol Exemplificativo Os direitos e garantas fundamentais NÃO são apenas os expressos na CF . Podem haver outros implícitos ou derivados de tratados internacionais. Por isso, dizemos que os direitos fundamentais não estão previstos de forma taxativa, mas meramente exemplificativa. 1.1.12 Tratados Internacionais (partir de 2004) Tratados internacionais que NÃO versam sobre direitos humanos tem força de Lei Ordinária ( INFRACONSTITUCIONAIS ). Tratados internacionais sobre direitos humanos, aprovados por 3/5 dos votos de cada casa do congresso, em dois turnos em cada, passam a ter força de EMENDA CONSTITUCIONAL. Os tratados internacionais de direitos humanos aprovados antes de 2004 tem forma intermediária ( SUPRALEGAL ). https://missaopapacharlie.org/ 7 MISSÃO PAPA CHARLIE No que tange aos tratados internacionais, cabe salientar os acordos sobre o uso de algemas: Proteção e a promoção da dignidade da pessoa humana e sobre a proibição de submissão ao tratamento desumano e degradante; Tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres infratoras (regras de Bangkok); e Pacto de San José da costa rica, que determina o tratamento humanitário dos presos e, em especial, das mulheres em condição de vulnerabilidade. É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua excepcionalidade por escrito. ATENÇÃO!! Para o uso de algemas, lembrar do mnemônico PRF (Perigo, Resistência ou Fuga). É proibido o uso de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário nacional, DURANTE O TRABALHO DE PARTO, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada. 1.2 Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 5º - CF) 1.2.1 Direito à Vida 1.2.1.1 Pesquisa científica com células tronco embrionárias: Regra: Permitido 1.2.1.2 Aborto: Regra: Crime Exceções: Risco de vida para a mãe e Estupro (aborto sentimental, ético ou humanitário) (não requer autorização judicial) https://missaopapacharlie.org/ 8 Tratados Internacionais Tratados Internacionais Direitos Humanos Direitos Humanos Antes de 2004Antes de 2004 Força Supralegal Força Supralegal Depois de 2004Depois de 2004 Aprovada normal Aprovada normal Aprovada por 3/5 do Congresso em 2turnos Aprovada por 3/5 do Congresso em 2 turnos Força de Emenda Consitucional Força de Emenda Consitucional Outros DireitosOutros Direitos Força de Lei Ordinária Força de Lei Ordinária MISSÃO PAPA CHARLIE Feto com deficiência congênita ou moléstia comprovadamente incompatível com a vida (requer autorização judicial). 1.2.1.3 Eutanásia Regra: Crime Exceção: Ortotanásia (o médico deixa de fazer algum tratamento que prolonga a vida da pessoa). 1.2.1.4 Pena de morte Regra: Proibida Exceção: Houver guerra externa declarada, colocando em risco a nacionalidade (pelo presidente da república com prévia autorização do congresso). 1.2.1.5 Tortura Regra: Crime (inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, sem exceção. 1.2.2 Direito à Igualdade É a hegemonia. Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades. Igualdade Formal (Perante a lei): É o mandamento para o aplicador da lei, afim de que a aplique sem distinções entre pessoas. Igualdade Material (Na lei): Ordem destinada ao legislador para que procure dar à lei um conteúdo (matéria) que reduza as desigualdades entre pessoas (ex: cotas). 1.2.2.1 Igualdade Entre os Sexos Regra: Igualdade de deveres e obrigações Exceções: Serviço Militar Licença maternidade (maior que a licença paternidade) Proteção ao Mercado de trabalho Aposentadoria (menor tempo de contribuição para a mulher) OBS: Uniões homo afetivas são tratadas como união estável (STF). 1.2.2.2 Igualdade Regra: igualdade de direitos e deveres Exceções: Concurso Público (exemplo) a) Exceções previstas em lei (ou no edital, desde que não contradiga a lei formal) b) Compatíveis com as atribuições do cargo c) Psicotécnico (critérios científicos e objetivos) que permita o direito ao recurso administrativo. d) Cotas Ações Afirmativas a) Política pública temporária, de concessão de benefícios a um grupo historicamente discriminado com a intenção de reduzir desigualdades. https://missaopapacharlie.org/ 9 MISSÃO PAPA CHARLIE 1.2.3 Direito à Propriedade 1.2.3.1 Função social da propriedade A CF determina que a propriedade deve atender o seu fim social. Em caso de não cumprimento, o proprietário sujeita-se até mesmo à expropriação, com base no interesse social. Em regra, não é individualista. 1.2.3.2 Expropriação É a tomada da propriedade pelo Estado. Desapropriação: É a tomada da propriedade através de Declaração de Utilidade Pública – DUP (mineração, hidrelétrica, rodovia, UC e etc.) com indenização prévia, justa e em dinheiro. No entanto, em caso de desapropriação para reforma agrária, a indenização não é em dinheiro, é em Títulos da Dívida Agrária e posterior à ação de desapropriação. O mesmo vale para imóveis urbanos que não atendem o fim social. Nesse caso, a indenização é em Títulos da Dívida Pública. Confisco: Implica na expropriação de terras privadas devido à prática de atividades ilícitas em seus limites (ex: confisco de glebas usadas no plantio de drogas ilícitas). A tomada é sem indenização, pois é uma punição. A expropriação engloba toda a terra, e não apenas a área cultivada, por exemplo. Requisição: é a utilização forçada de bem ou serviço particular pela Administração em caso iminente de perigo público, com indenização ulterior (posterior) e condicionada (só se houver dano). 1.2.4 Segurança Jurídica A lei não prejudicará direito adquirido, ato jurídico perfeito, nem coisa julgada. Ato jurídico Perfeito: É o ato que está completo, feito, terminado, que já esgotou o trâmite de formação e está pronto para produzir seus efeitos. Coisa Julgada: A coisa julgada (material) é a característica doas decisões judiciais transitadas em julgado, que não podem mais ser modificadas (são materialmente imutáveis, mesmo que a lei mude). Exceções: Ação rescisória, revisão criminal, ou em caso de lei posterior mais benéfica ao réu. Direito Adquirido: É aquele que já se incorporou ao patrimônio jurídico de alguém, mesmo que ainda não tenha sido utilizado. OBS: Não vale para servidor público se o benefício for contra norma editada pelo Estado, mesmo que a norma seja posterior ao benefício. 1.2.4.1 Princípio da Anterioridade XXXIX - Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. XL - A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; A lei só pode incidir sobre os fatos ocorridos depois de sua vigência. Ela não pode retroagir, a não ser que tal fato se dê em benefício do réu. Estas são cláusulas pétreas. 1.2.5 Direito à Liberdade 1.2.5.1 Princípio da Legalidade A liberdade constitucional é a garantia de fazer tudo que a lei não proíbe, e de só ser obrigado a fazer o que a lei expressamente obriga. Legalidade ≠ Reserva Legal https://missaopapacharlie.org/ 10 MISSÃO PAPA CHARLIE Submissão e respeito à lei. Alguns temas só podem ser regulamentados por meio de lei em sentido estrito. 1.2.5.1.1 Reserva Legal Simples: exige lei, mas não diz nada sobre o conteúdo que a lei deve ter. Qualificada: Além da lei, já prevê o conteúdo dela. 1.2.5.2 Liberdade de Consciência e de Crença O Estado é laico. Escusa de Consciência: “permite” o descumprimento de lei por motivo de crença ou de consciência, desde que se cumpra prestação alternativa, fixada em lei. Mas implica na perda de direitos (ex: serviço militar obrigatório, trocado por serviço social – perda de direitos políticos) 1.2.5.3 Liberdade de Manifestação do Pensamento A CF garante a liberdade de expressão, das atividades artísticas, científicas e literárias, independentemente de censura ou licença, sendo proibido o anonimato. Porém, os excessos são puníveis. ATENÇÃO! O discurso de ódio NÃO está protegido pela liberdade de manifestação de pensamento. Por isso, o pluralismo político exclui discursos de ódio. 1.2.5.4 Liberdade de Reunião Liberdade de se unir a outras pessoas para manifestar opinião sobre alguma coisa (comemorar, manifestar). É uma aglomeração temporária, que pode acontecer em local privado ou público, e não requer autorização, apenas aviso prévio. Perceba-se que, se a união entre as pessoas não for eventual, episódica (embora combinada), teremos o exercício da liberdade de associação, e não de reunião. A reunião é algo passageiro, momentâneo, ao passo que a associação é algo duradouro. 1.2.5.5 Liberdade de Associação É a reunião de pessoas de forma duradoura (associação, sindicato). A liberdade é para fins lícitos, sendo vedada a de caráter paramilitar. 1.2.5.6 Inviolabilidade do Domicílio A casa é asilo inviolável do indivíduo. Casa é qualquer lugar onde alguém exerce sua privacidade (local e trabalho, moradia). Exceções: Em caso de flagrante delito (dia ou noite); Em caso de desastre (dia ou noite); Para prestar socorro (dia ou noite); Por mandato Judicial (só durante o dia, de 6 às 18). Não pode ser por vontade da polícia. 1.2.5.7 Direito à Intimidade e Privacidade São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. INTIMIDADE X PRIVACIDADE https://missaopapacharlie.org/ 11 MISSÃO PAPA CHARLIE Esfera subjetiva da pessoa; Caráter objetivo. Locais, rede social, Pensamentos, sentimentos, desejos. Correspondência. 1.2.5.7.1 Sigilo das Comunicações É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e dascomunicações telefônicas Exceções: Violação das comunicações telefônicas por ordem judicial, na forma da lei, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; Violação/interceptação de correspondência de preso em casa de detenção; Exigências para estabelecimento das exceções: Ordem judicial (trata-se de reserva de jurisdição) Nas hipóteses estabelecidas em lei, a chamada reserva legal qualificada (exige-se lei em sentido formal e, que trate especificamente sobre o assunto, com as restrições impostas pela CF). Para fins de investigação criminal (inquérito policial) ou instrução de processo penal. Não há possibilidade de quebra de sigilo para fins de processo disciplinar contra servidor público, ou ação civil de investigação de paternidade ou improbidade administrativa. OBS: Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) PODEM quebrar sigilo telefônico (lista de ligações), mas NÃO PODEM quebrar sigilo das comunicações telefônicas (escuta). INTERCEPTAÇÃO telefônica - Ocorre quando um terceiro capta o diálogo telefônico travado entre duas pessoas, sem que nenhum dos interlocutores saiba. Ex: polícia, com autorização judicial, grampeia os telefones dos membros de uma quadrilha e grava os diálogos mantidos entre eles. Para que a interceptação seja válida é indispensável a autorização judicial (entendimento pacífico). ESCUTA telefônica: Ocorre quando um terceiro capta o diálogo telefônico travado entre duas pessoas, sendo que um dos interlocutores sabe que está sendo realizada a escuta. Ex: polícia grava a conversa telefônica que o pai mantém com o sequestrador de seu filho. Para que seja realizada é indispensável a autorização judicial (posição majoritária). GRAVAÇÃO telefônica: Ocorre quando o diálogo telefônico travado entre duas pessoas é gravado por um dos próprios interlocutores, sem o consentimento ou a ciência do outro. Também é chamada de gravação clandestina (obs: a palavra “clandestina” está empregada não na acepção de “ilícito”, mas sim no sentido de “feito às ocultas”). Ex: mulher grava a conversa telefônica no qual o ex-marido ameaça matá-la. A gravação telefônica é válida mesmo que tenha sido realizada SEM autorização judicial. A única exceção em que haveria ilicitude se dá no caso em que a conversa era amparada por sigilo (ex: advogados e clientes, padres e fiéis). A gravação ambiental (gravação de voz ambiente), em regra, é lícita. Só é ilegal quando violar a privacidade de um dos interlocutores. 1.2.5.7.2 Sigilo Bancário Guiado pelo princípio geral da tutela. A regra é a manutenção do sigilo, mas pode ser quebrado. https://missaopapacharlie.org/ 12 MISSÃO PAPA CHARLIE Exceções: CPI; Judiciário; Receita Federal. 1.2.5.7.3 Indenização por dano Moral, Material e à Imagem A violação da intimidade, mesmo que não importe desonra, pode justificar indenização por danos morais, materiais ou imagem. 1.2.6 Garantias Processuais Gerais São as garantias que protegem o cidadão brasileiro em qualquer processo (judicial ou administrativo). 1.2.6.1 Diferença entre Direitos e Garantias Direitos conferem vantagens que, se forem desrespeitadas (legalmente ou não) serão restaurados por meio da garantia. Ex: Direito de ir e vir – Prisão – Habeas Corpus (garantia). OBS: A garantia não implica em obrigatoriedade de execução. 1.2.6.2 Inafastabilidade de Jurisdição XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; É conhecido como o princípio da inafastabilidade da proteção judiciária. Determina que a lei não pode excluir da apreciação do poder Judiciário, lesão ou ameaça de lesão a qualquer direito. Logo, o judiciário, no Brasil, pode (se provocado) analisar quaisquer questões de legalidade (seja processo judicial ou administrativo). 1.2.6.2.1 Jurisdição Condicionada, É a hipótese de exigência de prévio recurso à via administrativa. Em regra, não se exige prévio recurso à via administrativa, antes de se ingressar com uma ação no judiciário. No entanto, há exceções em que é exigido ao jurisdicionado provar, antes de apelar ao judiciário, que tenha recorrido à administração e não obteve sucesso. Exemplos: a) Disputas desportivas: 1º recorre à Justiça desportiva, espera a decisão (contrária aos interesses) ou 60 dias sem resposta. Só então, entra com a Ação Judicial. b) Habeas data: 1º recorre à administração – negativa de fornecer ou corrigir a informação do impetrante. Só então, entra com a Ação Judicial. c) Súmula Vinculante (Descumprimento): 1º Via administração – Sem Efeito Reclamação ajuizada no STF. 1.2.6.3 Devido Processo Legal O princípio segundo o qual ninguém pode ser privado da sua liberdade ou de seus bens, a não ser pelo devido processo legal. É uma garantia que assegura a liberdade e a propriedade. https://missaopapacharlie.org/ 13 MISSÃO PAPA CHARLIE LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 1.2.6.4 Ampla Defesa e Contraditório LV - Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Ampla Defesa: Direito do interessado de se defender das acusações da maneira mais ampla e livre possível. Se traduz nos direitos de presença, audiência e petição. Contraditório: Direito do interessado de se manifestar no processo contradizendo as argumentações que lhe sejam contrárias. OBS: Este princípio NÃO se aplica ao inquérito penal, uma vez que é uma fase investigativa, não é a ação penal em si. 1.2.6.4.1 Ilicitude por Derivação A ilicitude de uma prova se comunica às demais dela decorrentes. A existência de uma prova ilícita NÃO ANULA O PROCESSO, apenas anula as provas que sejam frutos dela. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 1.2.6.4.1.1 Relativização da Regra Aceita-se EXCEPCIONALMENTE, o uso de prova ilícita para fins de DEFESA e, cumulativamente, quando for uma prova necessária e indispensável (não necessariamente a única), pois é melhor que condenar um inocente. Só admite invocar o princípio da proporcionalidade para excluir a ilicitude da prova em benefício da DEFESA, JAMAIS para embasar uma ACUSAÇÃO. 1.2.6.5 Razoável Duração do Processo Direito fundamental que visa tornar mais ágil a prestação jurisdicional. 1.2.7 Garantias Penais e Processuais Penais 1.2.7.1 Reserva Legal e Anterioridade em Matéria Penal Reserva Legal: Crimes e penas só são aplicadas mediante lei em sentido formal. Anterioridade: a lei precisa ser anterior ao crime. XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; 1.2.7.2 Direitos do Preso 1.2.7.2.1 Presunção de Inocência In dubio pró réu. Cabe ao Estado provar que o réu é culpado. https://missaopapacharlie.org/ 14 MISSÃO PAPA CHARLIE LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 1.2.7.2.2 Direito à Não Autoincriminação Ninguém será obrigado a produzir provas contra si mesmo. 1.2.7.2.3 Direito ao Silêncio O réu tem o direito de permanecer calado e isso não pode ser interpretado como decorrência do direito de não produzir provas contra si. 1.2.7.2.4 Identificação dos Responsáveis Pela Prisão e Interrogatório O preso tem direito à identificação do responsável pela prisão e pelo responsável que realizar o seu interrogatório policial. 1.2.7.2.5 Assistência O preso tem direito a ter assistência da família e de advogado (particular ou defensorpúblico); A Súmula Vinculante nº 14 prevê que "é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa". 1.2.7.3 Crimes Citados na Constituição Racismo e ação de grupos armados contra o Estado e a ordem democrática: São inafiançáveis e imprescritíveis. Crime Hediondos e Equiparados (tráfico, terrorismo e tortura): São inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia. 1.2.7.4 Juiz Natural Significa que qualquer pessoa seja processada e julgada apenas pela autoridade competente e já instituída antes do fato. 1.2.7.4.1 Tribunal Penal Internacional Julga os crimes contra a humanidade. 1.2.7.4.2 Júri O júri é o juízo competente para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. 1.2.8 Remédios Constitucionais Remédio constitucional ou remédio jurídico, são meios postos à disposição dos indivíduos e cidadãos para provocar a intervenção das autoridades competentes, visando sanar ilegalidades ou abuso de poder em prejuízo de direitos e interesses individuais. Este termo não é definido na legislação, apenas na doutrina. 1.2.8.1 Habeas Corpus Medida que visa proteger o DIREITO DE LIBERDADE do indivíduo. A ordem de Habeas Corpus é concedida quando alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção , por ilegalidade ou abuso de poder . https://missaopapacharlie.org/ 15 MISSÃO PAPA CHARLIE Quando há apenas ameaça ao direito de ir e vir , diz-se que o Habeas Corpus é PREVENTIVO . No Supremo Tribunal Federal, essa ação é representada pela sigla HC. LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; Objeto: Liberdade de locomoção Espécies: Preventivo ou repressivo (liberatório) Legitimidade: Ativa Universal (qualquer pessoa, mesmo sem advogado) Passiva Contra ato de autoridade pública ou particular. Custas: Não Natureza: Ação Penal 1.2.8.2 Habeas Data O habeas data é recurso previsto no texto constitucional cuja finalidade é assegurar ao indivíduo o conhecimento de informações, relativas à sua pessoa, que estejam armazenadas em bancos de dados de entidades governamentais, ou banco de dados privados de interesse público. LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; Objeto: Liberdade de informação sobre a própria pessoa do impetrante. Espécies: Para OBTER ou CORRIGIR informação. Legitimidade: Ativa Só o próprio titular da informação. Passiva Banco de dados público ou acessível ao público Custas: Não Natureza: Ação Civil (tem que provar a negativa da administração em fornecer/corrigir a informação) ATENÇÃO!!! Não cabe Habeas data para obtenção e acesso a altos de processos administrativos. 1.2.8.3 Mandado de Segurança LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; https://missaopapacharlie.org/ 16 MISSÃO PAPA CHARLIE b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Objeto: Direito líquido e certo, não amparado por Habeas corpus ou Habeas data. Direito Líquido e Certo: É aquele comprovável de plano, apenas com provas documentais, sem a necessidade de dilação probatória (produção de provas testemunhais ou periciais). Cabimento: Não cabe contra ato de gestão empresarial de empresa pública, sociedade de economia mista ou concessionário de serviço público; contra ato administrativo que caiba recurso com efeito suspensivo; contra decisão judicial transitada em julgado. Legitimidade: Ativa Prejudicado Passiva Autoridade pública ou pessoa no exercício de função pública. Custas: Sim Natureza: Ação Civil (prazo de decadência de 120 dias). A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de que o prazo decadencial , no Mandado de Segurança, deve ser contado da data da impetração, mesmo quando tenha ocorrido perante juízo incompetente. A atuação das associações na defesa de seus associados em mandado de segurança coletivo independe de autorização. É o que prevê a Súmula 629 do STF, segundo a qual “a impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes”. Trata-se do instituto da substituição processual. Súmula 525 do STJ: A Câmara de Vereadores NÃO POSSUI personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender seus direitos institucionais. Logo, apesar de não terem personalidade jurídica própria, as mesas dos Poderes Legislativos estaduais têm legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança. 1.2.8.4 Mandado de Injunção LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; Objeto: Sanar a ausência de norma regulamentadora que impeça o exercício de direito garantido na CF. Espécies: Mandamentais - aditivos Legitimidade: Ativa Prejudicado Passiva Autoridade omissa em editar a norma regulamentadora Custas: Sim Natureza: Ação Civil De acordo com o atual entendimento do STF, a decisão proferida em mandado de injunção pode levar à concretização da norma constitucional despida de plena https://missaopapacharlie.org/ 17 MISSÃO PAPA CHARLIE eficácia, no tocante ao exercício dos direitos e das liberdades constitucionais e das prerrogativas relacionadas à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 1.2.8.5 Ação Popular LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Objeto: Anular ato lesivo ao patrimônio público, patrimônio histórico e cultural, meio ambiente ou moralidade administrativa. Legitimidade Ativa: Qualquer cidadão (brasileiro em pleno gozo dos direitos políticos) Custas: Em regra não. Mas em caso de má fé do autor, ele pode ter que pagar as custas processuais. Natureza: Ação Civil. 1.2.8.6 Direito de Petição e Certidão Objeto: Reclamar perante a administração ou obter documento para defesa de direitos. Custas: Não Natureza: Pedidos Administrativos. 1.3 Direitos Sociais São direitos de segunda geração (direitos prestacionais,positivos). São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, 1.3.1 Princípios da Efetivação (implementação) de Direitos Sociais Proibição do Regresso: Vantagens sociais conquistadas não podem ser perdidas, as garantias não podem regredir. Reserva do Possível: O estado de reserva o direito de realizar os direitos sociais na medida do possível, nas medidas das disponibilidades ($). Ou seja, limita os direitos sociais à possibilidade material de o poder público concretizá-los e constitui, EM REGRA, uma limitação válida à implementação total desses direitos. Mínimo Existencial: É a base dos direitos constitucionais. Respeitar os direitos sociais de modo a garantir, pelo menos o mínimo vital. ATENÇÃO!!! A garantia do MÍNIMO EXISTENCIAL, restringe a invocação da RESERVA DO POSSÍVEL como impedimento à concretização do acesso aos direitos sociais. 1.3.2 Direitos Sociais dos Trabalhadores Vale para os trabalhadores urbanos e rurais. https://missaopapacharlie.org/ 18 MISSÃO PAPA CHARLIE 1.3.2.1 Individuais Licença Maternidade; Licença Paternidade; FGTS; Seguro desemprego; Remuneração; Descansos; Adicional noturno; Jornada de trabalho; Proteção da relação de emprego... 1.3.2.2 Coletivos Sindicalização Greve Art. 8º, CF/88 – É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, NA MESMA BASE TERRITORIAL, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município . 1.4 Direitos de Nacionalidade Nacionalidade é o vínculo jurídico-político entre uma pessoa física e um Estado (país soberano). 1.4.1 Critérios da Nacionalidade https://missaopapacharlie.org/ 19 MISSÃO PAPA CHARLIE 1.4.1.1 Natos 1.4.1.1.1 Critério do Jus Solis Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; São os brasileiros natos, aqueles nascidos no Brasil, mesmo que sejam filhos de pais estrangeiros. Exceção: Se AMBOS OS PAIS forem estrangeiros E estiverem a serviço do país de origem. 1.4.1.1.2 Critério do Jus Sanguinis b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro OU mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; De acordo com esse critério, serão brasileiros natos os nacidos no estrangeiro, desde que sejam filhos de pai brasileiro OU mãe brasileira que estejam fora a serviço do Brasil. 1.4.1.1.3 Critério do Jus Sanguinis Combinado com o Registro ou a Residência https://missaopapacharlie.org/ 20 Brasileiros Natos Brasileiros Natos Jus SolisJus Solis Nascidos no Brasil, desde que os pais não estejam a serviço de seu país. Nascidos no Brasil, desde que os pais não estejam a serviço de seu país. Jus SangunisJus Sangunis Nascidos fora, filhos de Pai ou mãe brasileiro à serviço do Brasil no exterior. Nascidos fora, filhos de Pai ou mãe brasileiro à serviço do Brasil no exterior. Critério do Jus Sanguinis Combinado com o Registro ou a Residência Critério do Jus Sanguinis Combinado com o Registro ou a Residência Nascidos fora, filhos de Pai ou mãe brasileiros, registrados. OU venham a residir no Brasil e optem, pela nacionalidade brasileira depois dos 18 anos; Nascidos fora, filhos de Pai ou mãe brasileiros, registrados. OU venham a residir no Brasil e optem, pela nacionalidade brasileira depois dos 18 anos; Brasileiros Naturalizados Brasileiros Naturalizados Naturalização na forma da Lei Naturalização na forma da Lei Adiquire a nacionalidade por meio de processo judicail discricionário. Adiquire a nacionalidade por meio de processo judicail discricionário. Naturalização Constitucional Ordinária Naturalização Constitucional Ordinária Originários de países lusófonos que moram no Brasil há mais de um ano. Originários de países lusófonos que moram no Brasil há mais de um ano. Naturalização Constitucional Extraordinária Quinzenária (vinculada) Naturalização Constitucional Extraordinária Quinzenária (vinculada) Estrangeiros que moram no Brasil há mais de 15 anos e não tenham condenação criminal. Estrangeiros que moram no Brasil há mais de 15 anos e não tenham condenação criminal. MISSÃO PAPA CHARLIE c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro OU de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente (embaixada ou consulado) OU venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; Duas situações: São os filhos de pai ou mãe brasileiros, nascido fora do Brasil e registrados na embaixada ou consulado do Brasil no país. São os filhos de pai ou mãe brasileiros, nascido fora do Brasil, que venham morar no Brasil e, depois da maioridade, optem pela nacionalidade brasileira. 1.4.1.2 Naturalizados Art. 12. São brasileiros: II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 1.4.1.2.1 Naturalizados na Forma da Lei É a aquisição de nacionalidade por estrangeiros que a requeiram, e o Brasil, DISCRICIONARIAMENTE conceda, em um dos casos previstos no Estatuto do Estrangeiro, que estabelece regras rígidas para naturalização. 1.4.1.2.2 Naturalização Constitucional Ordinária Para os originários de países lusófonos (de língua portuguesa), com mais de um ano de residência ininterrupta no Brasil e idoneidade moral comprovada. https://missaopapacharlie.org/ 21 Portugueses Portugueses Naturalizados brasileiros Naturalizados brasileiros + 1 ano de residência + 1 ano de residência Idoneidade moralIdoneidade moral Equiparados a naturalizados Equiparados a naturalizados Reciprocidade em favor dos brasileiros Reciprocidade em favor dos brasileiros + 3 anos de residência + 3 anos de residência MISSÃO PAPA CHARLIE §1º Aos portugueses com residência permanente no país, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. 1.4.1.2.3 Naturalização Constitucional Extraordinária Quinzenária (vinculada) Estrangeiros que moram no Brasil há mais de 15 anos e não tenham condenação criminal. É o único caso de naturalização que configura anto vinculado (naturalização extraordinária), o resto é discricionária (naturalização ordinária). ATENÇÃO! Naturalização Nacionalidad e Tempo de Residência Exigência Moral Lusófonos Menor Maior Gringos Maior Menor 1.4.1.2.4 Perda de Nacionalidade § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interessenacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; Pelo cancelamento, na forma da lei (sentença condenatória transitada em julgada), da naturalização, por sentença judicial, se o naturalizado desenvolver atividade nociva ao interesse social. Aquisição de outra nacionalidade, a não ser que a norma estrangeira imponha a naturalização ou se trate apenas de reconhecimento de nacionalidade originária. Exceções: Quando o outro país reconhece a nacionalidade originária. Quando a pessoa se naturaliza por obrigação, para poder exercer seus direitos (atletas morando fora). 1.4.2 Distinções Constitucionais entre Brasileiros a) Expulsão: Expulsão de estrangeiro que cometeu crime no Brasil. b) Deportação: Mandar embora estrangeiro que entrou ilegalmente. c) Extradição: Entregar alguém a outro país para ser julgado ou cumprir pena, por crime cometido lá (não se aplica aos natos). Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado ANTES https://missaopapacharlie.org/ 22 MISSÃO PAPA CHARLIE da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. (TCE-PA – 2016) Ativa: O Brasil pede Passivo: O Brasil envia d) Banimento: É expulsar brasileiro do Brasil. É proibido atualmente. 1.4.3 Cargos Privativos de Brasileiro NATO São privativos de brasileiro nato os cargos (Art. 12, §3º). Mnemônico – MP3.com Ministro de Estado da Defesa Presidente e Vice-Presidente da República; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Carreiras Diplomáticas (membros); Oficial das Forças Armadas. Ministro do Supremo Tribunal Federal; 1.4.3.1 Propriedade de Empresa Jornalística Propriedade de jornais, revistas e imprensas de rádio e TV é privativa de brasileiro NATO ou NATURALIZADO há mais de 10 anos. 1.4.3.2 Função Privativa de NATO no Conselho da República Do conselho da República podem participar tanto natos como naturalizados. Contudo, a função de cidadão deve ser exercida por 6 cidadãos brasileiros NATOS. 1.5 Direitos Políticos São direitos que permitem que os cidadãos participem da vida política do Estado mediante alguns instrumentos de soberania popular. O sufrágio é o direito de participar da vida política nacional, de influir nas decisões políticas. O sufrágio é universal e é clausula pétrea da Constituição. 1.5.1.1 Aquisição dos direitos Políticos A aquisição ocorre por meio de alistamento eleitoral. 1.5.1.2 Escrutínio https://missaopapacharlie.org/ 23 Capacidade EleitoralSufrágio Cidadania Ativa Direito de Votar Passiva Direito de Ser Votado MISSÃO PAPA CHARLIE É a eleição (procedimento). O modo de exercícios do sufrágio, a forma como colhemos votos. Eleição = Votação + Apuração 1.5.1.3 Voto O voto é o instrumento para o exercício do sufrágio e tem as seguintes características: Direto: No Brasil o voto é direto. Elegemos diretamente todos os representantes, e não algumas pessoas que vão eleger os representantes (E.U.A o voto é indireto) ATENÇÃO!!! Na esfera federal, só existe um caso de voto INDIRETO. É na hipótese de vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República nos dois últimos anos de mandato. Secreto: O voto é sigiloso e a cabine eleitoral é indivisível; Periódico: O voto deve ser exercido em intervalos definidos de tempo. Partidário ou Igualitário: Voto com valor igual a todos Obrigatório: É um direito e um dever (não é clausula pétrea). ATENÇÃO!!! De acordo com o art. 15, III, da CF/88, é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos . Portanto, o preso provisório e o menor infrator TÊM DIREITO DE ALISTAR-SE OU TRANSFERIR O TÍTULO DE ELEITOR para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem. 1.5.1.4 Alistamento Eleitoral: A. FACULTATIVO Brasileiros Maiores de 70 anos Menores de 18 e Maiores de 16 Analfabetos B. OBRIGATÓRIO Brasileiros Maiores de 18 anos e Menores de 70 anos C. PROIBIDO Estrangeiros Conscritos (recrutados para o serviço militar obrigatório) 1.5.2 Condições de Elegibilidade Para o exercício da capacidade eleitoral passiva são exigidos alguns requisitos: Nacionalidade brasileira Alistamento eleitoral Domicílio eleitoral Gozo dos direitos políticos Filiação partidária (não se admite candidatura avulsa) Não ser analfabeto Idade Mínima (exigida, segundo o TSE, na data da posse) 18 anos Vereador 21 anos Prefeito e Vice, Deputado (todos), Juiz de paz e Ministro de Estado 30 anos Governador e Vice https://missaopapacharlie.org/ 24 MISSÃO PAPA CHARLIE 35 anos Presidente, Vice-Presidente e Senador O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão concorrer normalmente a outros cargos, preservando seus mandatos, desde que nos seis meses anteriores ao pleito não tenham sucedido ou substituído o titular. Em outras palavras, se não tiverem sucedido ou substituído os titulares, os Vices não precisarão se desincompatibilizar para concorrerem a outro cargo. 1.5.3 Inelegibilidade Inelegibilidade ≠ Condições de elegibilidade Não pode ser eleita Tem requisitos a atender antes de poder ser eleita 1.5.3.1 Inelegibilidade Absoluta Impedem a pessoa de concorrer a qualquer cargo. Inalistáveis: Não votam, então não podem ser eleitos (< de 16 > 70 e estrangeiros) Analfabetos: Podem votar, mas não podem ser votados (tem capacidade eleitoral ativa, mas não tem capacidade eleitoral passiva) 1.5.3.2 Inelegibilidade Relativa Impedem candidatura a determinados cargos por tempo determinado Ex: Impeachment. 8 anos inelegível. 1.5.3.3 Inelegibilidade do Militar Bombeiro, policial militar e forças armadas (Art. 14, §8 - CF). Conscrito é o recrutado para servir o Exército, não o integrando na condição de profissional, mas sim na condição de cidadão em cumprimento com o ônus constitucional de prestação de serviço militar pelo tempo devido. Ou seja, conscrito será a pessoa incorporada às Forças Armadas, enquanto durar essa situação. Conscrito: É inelegível Não conscrito: Com menos de 10 anos inelegível, salvo se se afastar definitivamente; Com mais de 10 anos é agregado para concorrer. Se for eleito passa para a inatividade (reserva) 1.5.3.4 Inelegibilidade dos Chefes de Estado Presidente, Governador e Prefeito são inelegíveis para um terceiro mandato consecutivo. Só é permitido uma reeleição. Caso o candidato queira candidatar-se a outro cargo, deverá licenciar-se do cargo que ocupa até seis meses antes de disputar outro cargo eletivo. Para o STF, no caso dos prefeitos é vedado o mandato itinerante, que seria o prefeito eleito consecutivamente (duas vezes) conquistar um 3º mandato, não em seu município, mas em município limítrofe, ou da mesma região metropolitana. 1.5.3.5 Inelegibilidade Reflexa ou Em Virtude de Parentesco É uma norma constitucional que visa prestigiar a isonomia e o princípio republicano, evitando que uma mesma família se perpetue no poder executivo, e que os chefes do executivo desequilibrem as eleições em prol da candidatura de parentes. https://missaopapacharlie.org/25 MISSÃO PAPA CHARLIE Deste modo são inelegíveis na circunscrição do titular o cônjuge, companheiro e os parentes consanguíneos ou afins, até 2º grau, inclusive por adoção, do Presidente da República, Governador e Prefeito. SALVO se aqueles já tinham um mandato ANTES destes, e são candidatos à reeleição. Pedro Luciana Reeleição Luciana I---------------Senadora--------------I I-----------Senadora--------------I Pedro I----------Presidente------------I A regra não vale para Deputados, Senadores e Vereadores. O Rol é exemplificativo, podendo ser ampliado por lei complementar. ATENÇÃO! Sumula vinculante nº18: O divórcio no curso do mandato NÃO acaba com a inelegibilidade reflexa. Pai e filho Parentes de 1º grau em linha reta Irmãos Parentes consanguíneos de 2º grau Tio e Sobrinho Parentes consanguíneos de 3º grau 1.5.3.5.1 Parentesco por afinidade É aquele que liga o cônjuge aos parentes do outro (sogra, nora, genro, cunhado) 1.5.4 Perda e Suspensão dos Direitos Políticos *3 Os direitos políticos NÃO PODEM SER CASSADOS . Mas podem ser PERDIDOS ou SUSPENSOS nos casos abaixo. Perda: é a privação PERMANENTE dos direitos políticos (cancelamento da naturalização). Suspensão: É a privação TEMPORÁRIA dos direitos políticos. 1.5.4.1 Hipóteses de Perda a) Pela perda da nacionalidade brasileira b) Pela recusa em cumprir obrigação legal a todos imposta (alistamento militar, não votar e não justificar) e prestação alternativa fixada em lei (recusa de consciência – Art. 5º, VIII – CF). 1.5.4.2 Hipóteses de Suspensão A suspensão pode ser por prazo determinado ou indeterminado. a) Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem os seus efeitos (até 5 anos depois da pena) b) Condenação civil definitiva por improbidade administrativa (Art. 37, §4 – CF e Lei 8.429/92). https://missaopapacharlie.org/ 26 Afins de 2° Grau Afins de 1° Grau Luiz Maria João Rita MISSÃO PAPA CHARLIE c) Perda da capacidade civil absoluta (demência, coma, doença que incapacita a pessoa a pensar por si mesma) 1.5.5 Jurisdição a) Presidente da República qualquer cargo eletivo é jurisdição do Presidente b) Governador Seus parentes são inelegíveis para: Governador e Vice no estado em que ele governa Deputados Federal e Estadual, e Senador pelo estado Prefeito e Vice e Vereador no município SEDE do governo do estado. c) Prefeito Seus parentes são inelegíveis no mesmo município para: Prefeito e Vice Vereador 1.5.6 Ação de Impugnação de Mandato Eletivo a) Finalidade: Impugnar o mandato daquele que foi eleito com fraude, corrupção ou abuso de poder econômico. b) Autores: Partidos MP Eleitoral c) Prazo: Até 15 dias a contar da diplomação (declaração que o candidato foi eleito) Outubro--------------------------Dezembro-----------Janeiro/Fev/Mar (Eleição) (Diplomação) (Posse) 15 dias d) Segredo de Justiça e) Provas iniciais (provas de fraude, corrupção ou abuso de poder) 1.6 Partidos Políticos Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: Fusão: união de dois partidos distintos para formar um terceiro partido, novo e diferente dos anteriores. (A+B=C). Incorporação: um partido inclui outro em seu CNPJ (A+B=B). 1.6.1 Natureza Política O partido político é pessoa jurídica de Direito Privado. https://missaopapacharlie.org/ 27 MISSÃO PAPA CHARLIE § 2º Os partidos políticos, APÓS ADQUIRIREM PERSONALIDADE JURÍDICA, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. ATENÇÃO!! A personalidade jurídica do partido é adquirida com o registro (condição básica de funcionamento) de seu estatuto no Ofício de Registro de Pessoas Jurídicas ( NÃO É NO TSE ). Só DEPOIS DE ADQUIRIREM A PERSONALIDADE JURÍDICA é que eles vão registrar o estatuto no TSE. 1.6.2 Deveres *2 Devem ter caráter nacional e prestar contas à justiça eleitoral 1.1.1 Direitos Tem autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. Criar e alterar seu regimento sem a necessidade de vinculação das candidaturas. Horário gratuito no rádio e na TV § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. § 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. OBS: A verba do fundo partidário é rateada entre todos os partidos (quanto maior o partido, maior a verba) e o TCU é quem define (faz o cálculo) quanto cada partido receberá. 1.6.3 Proibições Os partidos não podem: Receber verbas de entidades ou governos estrangeiros Ter caráter paramilitar. Violar os direitos humanos e a soberania nacional II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; IV - Funcionamento parlamentar de acordo com a lei. ... § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 2. PODER EXECUTIVO; ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. https://missaopapacharlie.org/ 28 MISSÃO PAPA CHARLIE 2.1 Características Essenciais do Presidencialismo Uma única pessoa, que é o Presidente da República, exercendo as chefias de Estado e Governo. Inexistência de necessidade de confiança recíproca entre Legislativo e Executivo. A eleição para presidente e vice é pelo sistema majoritário absoluto (total de votos, exceto nulos e brancos). Para o segundo turno, caso um dos candidatos fiquei impossibilitado de concorrer, convoca-se o próximo mais votado. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o presidente ou o vice- presidente eleitos, salvo motivo de força maior, não tiverem assumido o cargo, este será declarado vago, sendo a declaração de vacância ato político feito pelo Congresso Nacional. 2.1.1 Vacância Sucessão X Substituição Sucessão: O vice assume a presidência no caso de Vacância (morte, renuncia, cassação). O vice completa o mandato. Substituição: O vice assume caso haja impedimento do Presidente , a substituição segue a seguinte ordem; 1º- Vice-presidente da República; 2º- Presidente da Câmara dos Deputados; 3º- Presidente do Senado Federal; 4º- Presidente do Supremo Tribunal Federal. 2.1.1.1 Dupla Vacância (Presidente e Vice) Implica em convocar novas eleições (mandato tampão). É importante deixar claro que somente o Vice-PR sucederá o PR definitivamente em caso de vacância. Assim, se ocorrer a vacância somente do cargo de PR, o Vice-PR suceder-lhe-á DEFINITIVAMENTE, seja qual for o período faltante para o término do cargo. Todavia, se houver vacância dos cargos de PR e de Vice-PR, o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do Senado Federal e o Presidente do STF somente assumirão a Presidência TEMPORARIAMENTE, até que ocorra nova eleição na seguinte forma: Se a vacância do presidente e do vice ocorrer nos dois primeiros anos, a eleição deve ocorrem em 90 dias, por meio de eleição direta (todos votam) para AMBOSOS CARGOS. Porém, se a vacância ocorrer nos dois últimos anos de mandato, a eleição será indireta (realizada pelo congresso Nacional Senado + câmara) no prazo de 30 dias. Em ambos os casos, os eleitos vão completar o que falta do mandato dos antecessores. OBS: O vice não é substituível durante o mandato. Se ele morrer o presidente fica sem vice. Se o vice assumir a presidência, ele fica sem vice até o fim do mandato. https://missaopapacharlie.org/ 29 MISSÃO PAPA CHARLIE 2.2 Atribuições do Presidente da República *4 A acumulação das funções de CHEFE DE ESTADO e de CHEFE DE GOVERNO pelo presidente da República é uma das características do sistema presidencialista de governo adotado pela República Federativa do Brasil. Por isso, compete privativamente ao presidente expedir decretos e regulamentos para fiel execução da lei. As competências constitucionais do Presidente são privativas, mas algumas são parcialmente delegáveis ao procurador geral da República, ao Advogado Geral da União e aos Ministros de Estado. Acumulações do Presidente da República: Chefe de Governo: atribuições INTERNAS, ou seja, nacionais. Chefe de Estado: relações EXTERNAS do País; Chefe da Administração Pública Federal. As competências privativas do presidente da República são elencadas em ROL EXEMPLIFICATIVO. Embora não tenha autorizado a edição de decreto autônomo de forma ampla e genérica, o constituinte previu, em casos taxados na CF, a possibilidade de serem editados decretos como atos normativos primários, independentemente de lei. O Decreto autônomo, que é emitido pelo presidente, tem força de lei. A competência conferida ao presidente da República para expedir decretos e regulamentos para a fiel execução da lei vincula-se ao princípio da legalidade que rege a atuação da administração pública. 2.2.1 Compete Privativamente ao Presidente da República: 1. NOMEAR e EXONERAR os Ministros de Estado; 2. Exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; 3. Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; 4. SANCIONAR , PROMULGAR e fazer PUBLICAR as leis, bem como EXPEDIR DECRETOS E REGULAMENTOS para sua fiel execução; 5. Vetar projetos de lei, total ou parcialmente; a) Dispor, mediante DECRETO, sobre: organização e funcionamento da administração federal, quando NÃO implicar aumento de despesa nem CRIAÇÃO ou EXTINÇÃO de ÓRGÃOS públicos; D elegável aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União b) EXTINÇÃO de FUNÇÕES ou CARGOS PÚBLICOS , QUANDO VAGOS ; D elegável aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União 6. Manter RELAÇÕES com Estados estrangeiros e ACREDITAR seus representantes diplomáticos; 7. CELEBRAR TRATADOS , CONVENÇÕES e ATOS INTERNACIONAIS, sujeitos a REFERENDO do CONGRESSO NACIONAL; https://missaopapacharlie.org/ 30 MISSÃO PAPA CHARLIE 8. DECRETAR o estado de DEFESA e o estado de SÍTIO; 9. DECRETAR e EXECUTAR a INTERVENÇÃO FEDERAL; 10. Remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; 11. Conceder INDULTO e COMUTAR PENAS, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; D elegável aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União NÃO CONCEDE ANISTIA, QUEM FAZ ISSO É O CONGRESSO. 12. EXERCER O COMANDO SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS , NOMEAR os Comandantes da MARINHA, do EXÉRCITO e da AERONÁUTICA, PROMOVER seus oficiais-generais e NOMEÁ-LOS para os cargos que lhes são privativos; 13. Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL e dos TRIBUNAIS SUPERIORES, OS GOVERNADORES DE TERRITÓRIOS, o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, o presidente e os DIRETORES DO BANCO CENTRAL E OUTROS SERVIDORES, quando determinado em lei; 14. NOMEAR , observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; 15. NOMEAR os MAGISTRADOS, nos casos previstos nesta Constituição, e o ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO; 16. NOMEAR membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; 17. CONVOCAR e PRESIDIR o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; 18. DECLARAR GUERRA , no caso de agressão estrangeira, AUTORIZADO PELO CONGRESSO NACIONAL OU REFERENDADO POR ELE, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; O ato de declarar guerra a outro país deve ser AUTORIZADO pelo Congresso Nacional, por meio de DECRETO LEGISLATIVO. 19. CELEBRAR A PAZ , autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; 20. Conferir condecorações e distinções honoríficas; 21. Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 22. Enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; 23. Prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; 24. PROVER e EXTINGUIR os cargos públicos federais, na forma da lei; D elegável aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado- Geral da União 25. Editar medidas provisórias com força de lei , nos termos do art. 62; 26. Exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. https://missaopapacharlie.org/ 31 MISSÃO PAPA CHARLIE 2.3 Responsabilidades do Presidente da República Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: I - nas infrações penais COMUNS, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; II - nos crimes de RESPONSABILIDADE, após a instauração do processo pelo Senado Federal. § 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. O presidente NÃO pode ser responsabilizado por crimes comuns durante seu mandato, apenascrimes de responsabilidade, ou outros LIGADOS AO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO. Os crimes de responsabilidade são rol exemplificativo. A competência privativa do presidente da República para nomear os ministros do STF e dos tribunais superiores, o procurador-geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central do Brasil é classificada como função básica de chefia do Governo. 2.3.1 Foro Privilegiado https://missaopapacharlie.org/ 32 MISSÃO PAPA CHARLIE STF Nos crimes comuns Senado Nos crimes de responsabilidade Justiça Comum AÇÃO POPULAR ou AÇÕES CÍVEIS EM GERAL (O instituto jurídico do foro de prerrogativa de função NÃO SE APLICA no âmbito cível, mas apenas criminal), competência para julgar é do JUÍZO DE 1º GRAU. Ou seja, se o PR praticar ato atentatório ao PMMP (Patrimônio histórico cultural, Meio ambiente, Moralidade adm. e patrimônio público), será julgado, via ação popular, pelo juizado de 1º grau comum. Nos CRIMES COMUNS presidente só responderá a PROCESSO CRIMINAL perante o STF após autorização concedida pela Câmara de Deputados. Tal processo inicia-se por meio da emissão de juízo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados, que demanda a aprovação por dois terços dos votos de seus membros. O juízo de admissibilidade proferido pela Câmara dos Deputados não vinculará o juízo prévio, que deverá ser feito pela referida corte, com o teor da denúncia ou da queixa-crime. Nos CRIMES DE RESPONSABILIDADE, o presidente só responderá a PROCESSO POLÍTICO-ADMINISTRATIVO perante o Senado Federal. Imunidades 2.3.1.1 Imunidade Formal, Imunidade Prisional ou Imunidade Presidencial No que tange aos crimes comuns, o presidente não pode sofrer prisões cautelares, como flagrante, preventivo ou temporária. Só pode ser preso por decisão condenatória transitada em julgado. Se o crime comum não tiver a ver com as atribuições do presidente, ele só poderá ser processado após deixar o cargo. Neste caso a prescrição do crime fica suspensa até o fim do mandato. 2.3.1.2 Imunidade Processual Formal O presidente tem imunidade formal (processual), não tem imunidade material (penal, civil, disciplinar ou político por suas ações), como deputados e senadores. Não há foro para questões civis. Apenas para infrações penais comuns e crimes de responsabilidade. 2.3.1.3 Foro por Prerrogativa de Função Na vigência do mandato, o presidente só pode ser responsabilizado por infração penal comum ou crimes vinculados ao exercício da função e desde que haja autorização de 2/3 da câmara dos deputados. 2.4 Rito de Impeachment No caso de acusação de crime de responsabilidade, quem julga é o Senado ( não é o STF ) . O processo só segue para o Senado depois de passar pelo congresso. Câmara dos Deputados Juízo de Admissibilidade Senado Federal Juízo de Julgamento A acusação poderá ser formalizada por qualquer cidadão no pleno gozo dos direitos políticos. O STF reconhece ao Presidente da CD a competência para proceder ao exame liminar da idoneidade da denúncia popular. A CD admitirá a acusação por 2/3 de seus membros e enviará o processo ao SF. https://missaopapacharlie.org/ 33 MISSÃO PAPA CHARLIE Se o processo for instaurado pela maioria absoluta do SF (2/3), o PR ficará suspenso de suas funções por até 180 dias. Se, decorrido o prazo, o julgamento não tiver sido concluído, cessará o afastamento. O julgamento será realizado no SF e presidido pelo Presidente do STF. A sentença condenatória será mediante resolução do SF, proferida por 2/3 dos votos, levando o PR à perda do cargo e condenado a ficar inelegível por 8 anos e inabilitado ao exercício de qualquer função pública por 5 anos. No caso do julgamento da Dilma, ela foi considerada culpada, mas não sofreu a pena. No caso do Collor, ele não foi condenado, pois abriu mão do mandato antes da decisão final, mas sofreu a penal. Independentemente da decisão, o Judiciário não pode rever o mérito da decisão legislativa a respeito do Crime. O Libelo é a peça de ataque elaborada para a faze de defesa/instrução e julgamento. Tanto na Câmara, quanto no Senado, todos têm que votar pois a decisão tem que ser por maioria qualificada (2/3). A ausência de decisão judicial após o prazo de 180 dias NÃO implica no arquivamento do inquérito. 3. DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS: SEGURANÇA PÚBLICA; ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA. https://missaopapacharlie.org/ 34 Câmara dos Deputados Câmara dos Deputados Recebe a DenúnciaRecebe a Denúncia Acolimento da Denúncia (presidente do senado) Acolimento da Denúncia (presidente do senado) Cria-se uma Comissão Especial Cria-se uma Comissão Especial Relatório FinalRelatório Final Defesa PréviaDefesa Prévia Chapa unicaChapa unica Indicação dos Líderes do partido Indicação dos Líderes do partido Votação AbertaVotação Aberta Juízo de Admissibilidade (2/3) Juízo de Admissibilidade (2/3) Senado FederalSenado Federal Nova análise da Denuncia (votação por maioria simples 51%) Nova análise da Denuncia (votação por maioria simples 51%) Aceita a DenunciaAceita a Denuncia Presidente é Suspenso por até 180 dias Presidente é Suspenso por até 180 dias Início do ProcessoInício do Processo Defesa/Instrução e Julgamento Defesa/Instrução e Julgamento Votação (2/3). Todos tem que votar Votação (2/3). Todos tem que votar CondenaçãoCondenação IMPEACHMENTIMPEACHMENT MISSÃO PAPA CHARLIE 3.1 Segurança Pública; O objetivo fundamental da segurança pública, exercida por meio das polícias federal, rodoviária federal, civis, militares e dos corpos de bombeiros militares, é a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - Polícia Federal; II - Polícia Rodoviária Federal; III - Polícia Ferroviária Federal; IV - Polícias Civis; V - Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares. ATENÇÃO!! Esse é um ROL TAXATIVO , Portanto, a Força Nacional e a Guarda Municipal NÃO SÃO ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA, pois não estão incluídos no art. 144. 3.2 Organização da Segurança Pública. O art. 144 da constituição determina a organização dos órgãos de segurança pública e suas respectivas competências. Todos devem ser remunerados por subsídio (parcela única). Polícia Ostensiva ou Administrativa: PREVENTIVA. A polícia administrativa manifesta-se no conjunto de órgãos e serviços públicos incumbidos de fiscalizar, controlar e impor limites às liberdades individuais (não aos indivíduos) que se revelem contrárias, inconvenientes ou nocivas ao interesse público ou social, no tocante à segurança, à higiene, à saúde pública, à moralidade, ao sossego, aos transportes, às diversões públicas, às posturas urbanas e até mesmo à estética urbana. A polícia administrativa é preponderantemente preventiva e excepcionalmente repressiva. Sua maneira normal de atuar é a prevenção, cujo objetivo maior é evitar a perturbação da ordem pública nas respectivas áreas em que atua a administração geral. Atua antes do delito para reprimir, prevenir e dar segurança. Polícia Judiciária: REPRESIVA, pois se destina principalmente a reprimir as infrações penais (crimes e contravenções) e apresentar os infratores à Justiça, para a necessária punição, ressalvando-se as militares. Atua após
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