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1. Resumo Direito Constitucional

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MISSÃO PAPA CHARLIE
IREITO CONSTITUCIONAL
Organização Legal
 
1. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS.
https://missaopapacharlie.org/ 1
Normas 
Constitucionais
Normas Supralegais
Normas 
Infraconstitucionais
Normas Infralegais
CF e EC 
Tratados com status de EC
CF e EC 
Tratados com status de EC
Tratados SupralegaisTratados Supralegais
Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei 
delgada, Medida Provisória, Decreto 
legislativo. Resolução, Tratados, 
Decreto Autônomo
Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei 
delgada, Medida Provisória, Decreto 
legislativo. Resolução, Tratados, 
Decreto Autônomo
Decreto, Portaria, 
Instrução...
Decreto, Portaria, 
Instrução...
LegislativoLegislativo CF, EC, Tratados com status de EC
CF, EC, Tratados com status de EC
LegislativoLegislativo
Lei Complementar
Lei Ordinária
Lei Complementar
Lei Ordinária
ExecutivoExecutivo
Lei Delgada
Medida Provisória
Lei Delgada
Medida Provisória
LegislativoLegislativo Decreto LegislativoDecreto Legislativo
 Resolução Resolução
Judiciário, Legislativo e ExecutivoJudiciário, Legislativo e Executivo
MISSÃO PAPA CHARLIE
O Estado Democrático de Direito é aquele comprometido com os direitos 
fundamentais da pessoa, tendo por referência legal as garantias constitucionais e
por princípio a participação da população,
Os principais direitos constitucionais podem ser positivados ou não positivados.
Os POSITIVADOS, são aqueles PREVISTOS EXPRESSAMENTE na constituição; os
NÃO POSITIVADOS não estão escritos no texto, mas dele PODEM SER
DEPREENDIDOS.
1.1 Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
A República Federativa do Brasil tem, EXPRESSOS e IMPLÍCITOS em sua 
constituição, FUNDAMENTOS (ou direitos fundamentais), OBJETIVOS 
FUNDAMENTAIS e PRINCÍPIOS que são DISTINTOS e não devem ser confundidos . 
ATENÇÃO! Os fundamentos da CF/88, tem ampla eficácia jurídica, em razão de seu
conteúdo abstrato.
Lembrando que: 
 O poder emana do povo; 
 O povo exerce a soberania; 
 A República Federativa do Brasil (RFB), como representante maior do povo, é 
SOBERANA; 
 Os entes da RFB (Estados e DF e Municípios) são AUTÔNOMOS , NÃO 
soberanos.
1.1.1 Conceito
Os direitos fundamentais são os direitos considerados básicos em determinado
Estado e momento histórico. NÃO SE CONFUNDEM COM OS DIREITOS HUMANOS.
Embora o conteúdo seja semelhante, as fontes normativas são diferentes. Os
direitos fundamentais estão previstos na Constituição de cada pais, ao passo que
os direitos humanos são garantidos em tratados internacionais.
O que torna um direito fundamental é a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA . No
Brasil, nossa Constituição de 1988 NÃO FAZ MENÇÃO EXPRESSA do princípio de
proteção ao núcleo essencial dos direitos fundamentais. Entretanto, o dever de
proteção ao núcleo essencial está implícito na Carta Magna . 
ENTENDIMENTO CESPIANO: Prevê-se expressamente que a administração pública
deve obedecer aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, eficiência, economicidade e probidade. Na CF existem princípios
expressos e implícitos, mas PARA A ADM. PÚBLICA TODOS ELES SÃO
EXPRESSOS.
1.1.2 Fundamentos (Art. 1°)
Os fundamentos é algo que já reconhecemos e já temos. A República Federativa do
Brasil tem como FUNDAMENTOS:
https://missaopapacharlie.org/ 2
MISSÃO PAPA CHARLIE
 Soberania: do Estado
 Cidadania: (eleição) 
 Dignidade da Pessoa Humana: fornecimento do mínimo existencial 
 Valores Sociais do trabalho e da livre iniciativa: Trabalhador e empregador
 Pluralismo político: pluralidade de pensamentos
1.1.3 Objetivos Fundamentais (Art. 3º)
São as metas, o propósito que o Estado quer atingir.
Mnemônico: Conga. e Repro. ou Con. Ga E. Re. Pro
Constituem OBJETIVOS fundamentais da República Federativa do Brasil:
 Con struir uma sociedade livre, justa e solidária; 
 Ga rantir o desenvolvimento nacional; 
 E rradicar a pobreza e a marginalização e Re duzir as desigualdades sociais e 
regionais;
 Pro mover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação.
ATENÇÃO: Não confunda! É ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR
as desigualdades. Não se pretende erradicar as desigualdades.
1.1.4 Princípios Fundamentais (Art. 4º)
São os parâmetros de atuação do Brasil na sua política externa. 
Mnemônico: AINDE NÃO CONPREI RECOS ou A.In.De Não Con.Pre.I Re.Co.S
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações INTERNACIONAIS pelos
seguintes PRINCÍPIOS:
1. A utodeterminação dos povos; não se interfere nas determinações feitas pelos
estados
2. In dependência nacional; Soberania
3. De fesa da paz; 
4. Não -intervenção ; idem 3.
5. Con cessão de asilo político. 
6. Pre valência dos direitos humanos; 
https://missaopapacharlie.org/ 3
SOCIDIVAPLUSOCIDIVAPLUSoberaniaSoberania
CidadaniaCidadania
Dignidade da 
Pessoa 
Humana
Dignidade da 
Pessoa 
Humana Valores 
Sociais do 
trabalho e da 
livre iniciativa
Valores 
Sociais do 
trabalho e da 
livre iniciativa
Pluralismo 
Político
Pluralismo 
Político
MISSÃO PAPA CHARLIE
7. I gualdade entre os estados; idem 3.
8. Re púdio ao terrorismo e ao racismo; 
9. Co operação entre os povos para o progresso da humanidade; 
10. S olução pacífica dos conflitos; 
1.1.4.1 Princípios Expressos na Constituição
1. Soberania do texto constitucional 
2. Autotutela 
3. Supremacia do Interesse Público 
4. Indisponibilidade dos bens e interesses públicos
5. Legalidade 
6. Impessoalidade 
7. Moralidade 
8. Publicidade 
9. Eficiência
Princípios EXPRESSOS para a ADM. PÚBLICA. 
1. L. I. M. P. E (da CF)
2. Razoabilidade, Proporcionalidade, Motivação, Segurança Jurídica, 
Contraditório e Ampla Defesa (lei dos Processos Adm. Lei 9784/99)
3. Probidad e (está na lei que define os atos de improbidade adm.)
4. Economicidade (pode se deduzir do art. 70)
1.1.5 Garantias
Garantias também são direitos, são instrumentos que visam assegurar os demais direitos,
assim como, os meios processuais adequados a essa finalidade.
Ex: 
 Habeas corpus, 
 Habeas data, 
 Mandado de segurança, 
 Ação popular
 Prestação de assistência religiosa nos locais, civis e militares, de internação coletiva;
 Direito de propriedade;
 Direito de petição;
1.1.5.1 Cláusulas Pétreas Previstas Pela Constituição.
Segundo o art. 60, § 4º, da CF/88, não será objeto de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:
I - A FORMA federativa de Estado;
II - O VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL e PERIÓDICO;
III - A SEPARAÇÃO dos PODERES;
IV - Os DIREITOS e GARANTIAS INDIVIDUAIS. 
1.1.6 Justificativas
Existem dois princípios básicos que FUNDAMENTAM e JUSTIFICAM a existência de 
direitos fundamentais: 
 O Estado de Direito: na medida que limita o poder do Estado e, consequentemente
garante os direitos fundamentais dos particulares. O estado de direito implica no
https://missaopapacharlie.org/ 4
Garantias processuais
(Remédios Constitucionais).
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cumprimento da lei por seus governantes. Apesar de representarem o Estado, e
este ser soberano em relação ao particular, os governantes não são soberanos
e se sujeitam à lei.
 A Dignidade humana: porque reconhece a existência de direitos básicos e
inalienáveis. 
1.1.7 Características
 Universalidade
 Historicidade
 Irrenunciabilidade
 Relatividade ou Limitabilidade (Nenhum direito fundamental é absoluto). Inalienabilidade (Não se transferem de uma para outra pessoa,)
 Aplicação Imediata
 Imprescritibilidade
 Interdependência (um direito precisa do outro).
OBS: Nenhum direito fundamental pode ser usado como justificativa para prática de
atos ilícitos. Os direitos fundamentais podem entrar em conflito e, nessa situação,
qualquer um deles pode ganhar ou perder. Basta lembrar que até o direito à vida poder
ser relativizado, como em casos de guerra declarada (art. 5º, XLVII, a).
1.1.8 Eficácia 
1.1.8.1 Vertical e Horizontal
Os direitos fundamentais se aplicam não só nas relações entre o Estado e os 
cidadãos ( EFICÁCIA VERTICAL ), mas também nas relações entre particulares, entre 
os cidadãos ( EFICÁCIA HORIZONTAL ). 
No Brasil adota-se a TEORIA DA EFICÁCIA DIRETA E IMEDIATA . De acordo com 
essa teoria, os direitos fundamentais se aplicam diretamente a todas as relações
privadas (particulares). Todos os cidadãos devem, mesmo nas relações uns com os
outros, respeitar os direitos fundamentais.
OBS: Enquanto os direitos civis e políticos se baseiam em abstenções por parte do
Estado, os direitos sociais pressupõem prestações positivas do Estado.
1.1.8.2 Eficácia Plena
São as normas que têm aplicação imediata,
1.1.8.3 Eficácia Contida ou Prospectiva
Essas normas também têm eficácia plena, porém, estão passíveis de serem
restringidas pela atuação do legislador infraconstitucional.
Exemplo: O direito fundamental à liberdade de crença é norma de eficácia contida,
pois é permitido exercê-la, mas algo pode vir a regular o modo como ela é exercida.
1.1.8.4 Eficácia Limitada
Também chamadas de medidas de aplicabilidade mediata/reduzida/diferida. São
aquelas que não têm total aplicação imediata, dizemos “total”, pois, necessita de
uma norma infraconstitucional regulando a sua aplicabilidade, ou possibilitando a
sua aplicação.
1.1.9 Titularidade
https://missaopapacharlie.org/ 5
MISSÃO PAPA CHARLIE
PESSOAS FÍSICAS, brasileiros ou não , e JURÍDICAS são titulares de direitos
fundamentais. Entretanto, pessoas jurídicas não tem direito a habeas corpus . 
Cabe salientar que, há direitos fundamentais cuja titularidade é reservada aos
estrangeiros.
1.1.9.1 Pessoas Físicas
Podem ser titulares de direitos fundamentais:
 Brasileiros (natos ou naturalizados); 
 Estrangeiros (residentes ou em trânsito - jurisprudência do STF ); 
 Qualquer pessoa que seja alcançada pela lei brasileira, mesmo que seja 
estrangeiro residente no exterior ( STF decidiu que estrangeiro fora do país pode 
impetrar habeas corpus contra decisão que o condena por lavagem de 
dinheiro).
1.1.9.2 Pessoas Jurídicas
Podem ser titulares dos direitos fundamentais que sejam compatíveis com sua
específica natureza. O habeas corpus não é um remédio constitucional que protege a
PJ, mas ela pode pleitear danos morais, por exemplo. 
1.1.10 Gerações (dimensões)
Como os direitos fundamentais são uma construção histórica e gradativa, podem ser
classificados em gerações.
1.1.10.1 Direitos de 1º Geração
São os DIREITOS NEGATIVOS para o Estado . É como se a Constituição dissesse para
o Estado: - "NÃO SE INTROMETA”. 
Visam garantir o indivíduo contra abusos do poder do Estado (direitos individuais,
liberdades públicas e formais ) e por isso impõem ao Estado uma obrigação de não 
fazer, de se abster.
 Foco: individuo; 
 Princípio da Liberdade. 
 Liberdades negativas (pressupõe uma NÃO ação do poder).
Ex: Propriedade.
1.1.10.2 Direitos de 2º Geração 
https://missaopapacharlie.org/ 6
1º Geração
LIBERDADE: pública, civil e militar.
Direitos Individuais e Negativos. 
2º Geração
IGUALDADE: Direitos 
Sociais, Econômicos e 
Culturais
3º Geração
FRATERNIDADE: Direitos 
Transindividuais, Difusos e 
Coletivos. Direito ao Meio 
Ambiente.
MISSÃO PAPA CHARLIE
São os direitos positivos para o Estado (CF diz: "ESTADO SE INTROMETA E 
PROMOVA TAIS DIREITOS"). Visam garantir condições mínimas para os
necessitados , os excluídos . Por isso são chamados de DIREITOS SOCIAIS. 
Impõem ao Estado uma OBRIGAÇÃO DE FAZER , de prestar, de dar; São os 
DIREITOS PRESTACIONAIS POSITIVOS . 
 Foco: sociedade 
 Princípio da Igualdade 
 Direitos sociais (visando a justiça social)
 CF art. 6º
 Saúde, educação, trabalho, habitação 
 Exige do estado ações positivas 
Ex: Direitos Sociais, trabalho, saúde, educação, segurança pública, assistência
social, etc...
1.1.10.3 Direitos de 3º Geração 
São os DIREITOS GERAIS (difusos ou transindividuais), são direitos que
transcendem o indivíduo isoladamente considerado. Direitos que são de todos
(difusos) ou de grupos sociais (coletivos), mas NÃO podem ser exercidos 
individualmente (direito ao meio ambiente, do consumidor).
 Foco: fraternidade
 Princípio da solidariedade 
 Direitos difusos (não individual) 
 Direito de todos 
Ex: cultura, meio ambiente, paz, comunicação.
1.1.11 Rol Exemplificativo
Os direitos e garantas fundamentais NÃO são apenas os expressos na CF . Podem
haver outros implícitos ou derivados de tratados internacionais. Por isso, dizemos
que os direitos fundamentais não estão previstos de forma taxativa, mas meramente
exemplificativa.
1.1.12 Tratados Internacionais (partir de 2004)
Tratados internacionais que NÃO versam sobre direitos humanos tem força de Lei 
Ordinária ( INFRACONSTITUCIONAIS ). 
Tratados internacionais sobre direitos humanos, aprovados por 3/5 dos votos de
cada casa do congresso, em dois turnos em cada, passam a ter força de EMENDA 
CONSTITUCIONAL. Os tratados internacionais de direitos humanos aprovados
antes de 2004 tem forma intermediária ( SUPRALEGAL ). 
https://missaopapacharlie.org/ 7
MISSÃO PAPA CHARLIE
No que tange aos tratados internacionais, cabe salientar os acordos sobre o uso de
algemas: 
 Proteção e a promoção da dignidade da pessoa humana e sobre a proibição de
submissão ao tratamento desumano e degradante;
 Tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres
infratoras (regras de Bangkok); e
 Pacto de San José da costa rica, que determina o tratamento humanitário dos presos
e, em especial, das mulheres em condição de vulnerabilidade.
É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo
preso ou por terceiros, justificada a sua excepcionalidade por escrito. 
ATENÇÃO!! Para o uso de algemas, lembrar do mnemônico PRF (Perigo, 
Resistência ou Fuga).
É proibido o uso de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema
penitenciário nacional, DURANTE O TRABALHO DE PARTO, no trajeto da
parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar e após o parto, durante
o período em que se encontrar hospitalizada.
1.2 Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 5º - CF)
1.2.1 Direito à Vida
1.2.1.1 Pesquisa científica com células tronco embrionárias:
 Regra: Permitido
1.2.1.2 Aborto:
 Regra: Crime
 Exceções: 
 Risco de vida para a mãe e Estupro (aborto sentimental, ético ou humanitário)
(não requer autorização judicial)
https://missaopapacharlie.org/ 8
Tratados 
Internacionais
Tratados 
Internacionais
Direitos 
Humanos
Direitos 
Humanos
Antes de 2004Antes de 2004 Força Supralegal
Força 
Supralegal
Depois de 2004Depois de 2004
Aprovada 
normal
Aprovada 
normal
Aprovada por 3/5 do 
Congresso em 2turnos
Aprovada por 3/5 do 
Congresso em 2 
turnos
Força de 
Emenda 
Consitucional
Força de 
Emenda 
Consitucional
Outros DireitosOutros Direitos Força de Lei Ordinária
Força de Lei 
Ordinária
MISSÃO PAPA CHARLIE
 Feto com deficiência congênita ou moléstia comprovadamente incompatível
com a vida (requer autorização judicial).
1.2.1.3 Eutanásia 
 Regra: Crime
 Exceção: Ortotanásia (o médico deixa de fazer algum tratamento que prolonga a
vida da pessoa).
1.2.1.4 Pena de morte
 Regra: Proibida
 Exceção: Houver guerra externa declarada, colocando em risco a
nacionalidade (pelo presidente da república com prévia autorização do 
congresso). 
1.2.1.5 Tortura
 Regra: Crime (inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, sem exceção.
1.2.2 Direito à Igualdade
É a hegemonia. Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de
suas desigualdades. 
 Igualdade Formal (Perante a lei): É o mandamento para o aplicador da lei, afim
de que a aplique sem distinções entre pessoas.
 Igualdade Material (Na lei): Ordem destinada ao legislador para que procure dar à
lei um conteúdo (matéria) que reduza as desigualdades entre pessoas (ex: cotas).
1.2.2.1 Igualdade Entre os Sexos
 Regra: Igualdade de deveres e obrigações
 Exceções: 
 Serviço Militar
 Licença maternidade (maior que a licença paternidade)
 Proteção ao Mercado de trabalho
 Aposentadoria (menor tempo de contribuição para a mulher)
OBS: Uniões homo afetivas são tratadas como união estável (STF).
1.2.2.2 Igualdade 
 Regra: igualdade de direitos e deveres
 Exceções: 
 Concurso Público (exemplo)
a) Exceções previstas em lei (ou no edital, desde que não contradiga a lei
formal)
b) Compatíveis com as atribuições do cargo
c) Psicotécnico (critérios científicos e objetivos) que permita o direito ao
recurso administrativo.
d) Cotas
 Ações Afirmativas
a) Política pública temporária, de concessão de benefícios a um grupo
historicamente discriminado com a intenção de reduzir desigualdades.
https://missaopapacharlie.org/ 9
MISSÃO PAPA CHARLIE
1.2.3 Direito à Propriedade
1.2.3.1 Função social da propriedade
A CF determina que a propriedade deve atender o seu fim social. Em caso de não
cumprimento, o proprietário sujeita-se até mesmo à expropriação, com base no interesse
social. Em regra, não é individualista.
1.2.3.2 Expropriação
É a tomada da propriedade pelo Estado.
 Desapropriação: É a tomada da propriedade através de Declaração de Utilidade
Pública – DUP (mineração, hidrelétrica, rodovia, UC e etc.) com indenização
prévia, justa e em dinheiro. No entanto, em caso de desapropriação para reforma
agrária, a indenização não é em dinheiro, é em Títulos da Dívida Agrária e posterior
à ação de desapropriação. O mesmo vale para imóveis urbanos que não atendem o
fim social. Nesse caso, a indenização é em Títulos da Dívida Pública.
 Confisco: Implica na expropriação de terras privadas devido à prática de
atividades ilícitas em seus limites (ex: confisco de glebas usadas no plantio de
drogas ilícitas). A tomada é sem indenização, pois é uma punição. A expropriação
engloba toda a terra, e não apenas a área cultivada, por exemplo.
 Requisição: é a utilização forçada de bem ou serviço particular pela
Administração em caso iminente de perigo público, com indenização ulterior
(posterior) e condicionada (só se houver dano).
1.2.4 Segurança Jurídica
A lei não prejudicará direito adquirido, ato jurídico perfeito, nem coisa julgada.
 Ato jurídico Perfeito: É o ato que está completo, feito, terminado, que já esgotou o
trâmite de formação e está pronto para produzir seus efeitos.
 Coisa Julgada: A coisa julgada (material) é a característica doas decisões judiciais
transitadas em julgado, que não podem mais ser modificadas (são materialmente
imutáveis, mesmo que a lei mude). Exceções: Ação rescisória, revisão criminal, ou
em caso de lei posterior mais benéfica ao réu.
 Direito Adquirido: É aquele que já se incorporou ao patrimônio jurídico de alguém,
mesmo que ainda não tenha sido utilizado. OBS: Não vale para servidor público se o
benefício for contra norma editada pelo Estado, mesmo que a norma seja posterior
ao benefício.
1.2.4.1 Princípio da Anterioridade 
XXXIX - Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal. 
XL - A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
A lei só pode incidir sobre os fatos ocorridos depois de sua vigência. Ela não pode
retroagir, a não ser que tal fato se dê em benefício do réu. Estas são cláusulas pétreas.
1.2.5 Direito à Liberdade
1.2.5.1 Princípio da Legalidade
A liberdade constitucional é a garantia de fazer tudo que a lei não proíbe, e de só ser
obrigado a fazer o que a lei expressamente obriga.
Legalidade ≠ Reserva Legal
https://missaopapacharlie.org/ 10
MISSÃO PAPA CHARLIE
Submissão e respeito à lei. Alguns temas só podem ser regulamentados por
meio de lei em sentido estrito.
1.2.5.1.1 Reserva Legal 
 Simples: exige lei, mas não diz nada sobre o conteúdo que a lei deve ter.
 Qualificada: Além da lei, já prevê o conteúdo dela.
1.2.5.2 Liberdade de Consciência e de Crença
O Estado é laico.
 Escusa de Consciência: “permite” o descumprimento de lei por motivo de crença
ou de consciência, desde que se cumpra prestação alternativa, fixada em lei. Mas
implica na perda de direitos (ex: serviço militar obrigatório, trocado por serviço
social – perda de direitos políticos)
1.2.5.3 Liberdade de Manifestação do Pensamento
A CF garante a liberdade de expressão, das atividades artísticas, científicas e literárias,
independentemente de censura ou licença, sendo proibido o anonimato. Porém, os
excessos são puníveis. 
ATENÇÃO! O discurso de ódio NÃO está protegido pela liberdade de manifestação de 
pensamento. Por isso, o pluralismo político exclui discursos de ódio.
1.2.5.4 Liberdade de Reunião
Liberdade de se unir a outras pessoas para manifestar opinião sobre alguma coisa
(comemorar, manifestar). É uma aglomeração temporária, que pode acontecer em local
privado ou público, e não requer autorização, apenas aviso prévio.
Perceba-se que, se a união entre as pessoas não for eventual, episódica (embora
combinada), teremos o exercício da liberdade de associação, e não de reunião. A reunião
é algo passageiro, momentâneo, ao passo que a associação é algo duradouro.
1.2.5.5 Liberdade de Associação
É a reunião de pessoas de forma duradoura (associação, sindicato). A liberdade é para
fins lícitos, sendo vedada a de caráter paramilitar.
1.2.5.6 Inviolabilidade do Domicílio
A casa é asilo inviolável do indivíduo. Casa é qualquer lugar onde alguém exerce sua
privacidade (local e trabalho, moradia).
Exceções:
 Em caso de flagrante delito (dia ou noite);
 Em caso de desastre (dia ou noite);
 Para prestar socorro (dia ou noite);
 Por mandato Judicial (só durante o dia, de 6 às 18). Não pode ser por vontade da
polícia.
1.2.5.7 Direito à Intimidade e Privacidade
São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação. 
INTIMIDADE X PRIVACIDADE
https://missaopapacharlie.org/ 11
MISSÃO PAPA CHARLIE
Esfera subjetiva da pessoa; Caráter objetivo. Locais, rede social,
Pensamentos, sentimentos, desejos. Correspondência.
1.2.5.7.1 Sigilo das Comunicações
É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e dascomunicações telefônicas
Exceções:
 Violação das comunicações telefônicas por ordem judicial, na forma da lei, para fins
de investigação criminal ou instrução processual penal;
 Violação/interceptação de correspondência de preso em casa de detenção;
Exigências para estabelecimento das exceções:
 Ordem judicial (trata-se de reserva de jurisdição)
 Nas hipóteses estabelecidas em lei, a chamada reserva legal qualificada (exige-se
lei em sentido formal e, que trate especificamente sobre o assunto, com as
restrições impostas pela CF).
 Para fins de investigação criminal (inquérito policial) ou instrução de processo
penal. Não há possibilidade de quebra de sigilo para fins de processo
disciplinar contra servidor público, ou ação civil de investigação de
paternidade ou improbidade administrativa.
OBS: Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) PODEM quebrar sigilo telefônico
(lista de ligações), mas NÃO PODEM quebrar sigilo das comunicações telefônicas
(escuta).
INTERCEPTAÇÃO telefônica - Ocorre quando um terceiro capta o diálogo telefônico
travado entre duas pessoas, sem que nenhum dos interlocutores saiba. Ex: polícia, 
com autorização judicial, grampeia os telefones dos membros de uma quadrilha e
grava os diálogos mantidos entre eles. Para que a interceptação seja válida é
indispensável a autorização judicial (entendimento pacífico).
ESCUTA telefônica: Ocorre quando um terceiro capta o diálogo telefônico travado
entre duas pessoas, sendo que um dos interlocutores sabe que está sendo
realizada a escuta. Ex: polícia grava a conversa telefônica que o pai mantém com o
sequestrador de seu filho. Para que seja realizada é indispensável a autorização
judicial (posição majoritária).
GRAVAÇÃO telefônica: Ocorre quando o diálogo telefônico travado entre duas
pessoas é gravado por um dos próprios interlocutores, sem o consentimento ou a
ciência do outro. Também é chamada de gravação clandestina (obs: a palavra
“clandestina” está empregada não na acepção de “ilícito”, mas sim no sentido de
“feito às ocultas”). Ex: mulher grava a conversa telefônica no qual o ex-marido
ameaça matá-la. A gravação telefônica é válida mesmo que tenha sido realizada
SEM autorização judicial. A única exceção em que haveria ilicitude se dá no caso
em que a conversa era amparada por sigilo (ex: advogados e clientes, padres e
fiéis).
A gravação ambiental (gravação de voz ambiente), em regra, é lícita. Só é ilegal quando
violar a privacidade de um dos interlocutores. 
1.2.5.7.2 Sigilo Bancário
Guiado pelo princípio geral da tutela. A regra é a manutenção do sigilo, mas pode ser
quebrado.
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Exceções:
 CPI;
 Judiciário;
 Receita Federal.
1.2.5.7.3 Indenização por dano Moral, Material e à Imagem
A violação da intimidade, mesmo que não importe desonra, pode justificar indenização
por danos morais, materiais ou imagem.
1.2.6 Garantias Processuais Gerais
São as garantias que protegem o cidadão brasileiro em qualquer processo (judicial ou
administrativo).
1.2.6.1 Diferença entre Direitos e Garantias
Direitos conferem vantagens que, se forem desrespeitadas (legalmente ou não)
serão restaurados por meio da garantia. 
Ex: Direito de ir e vir – Prisão – Habeas Corpus (garantia).
OBS: A garantia não implica em obrigatoriedade de execução.
1.2.6.2 Inafastabilidade de Jurisdição
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito;
É conhecido como o princípio da inafastabilidade da proteção judiciária. Determina que a
lei não pode excluir da apreciação do poder Judiciário, lesão ou ameaça de lesão a
qualquer direito. Logo, o judiciário, no Brasil, pode (se provocado) analisar quaisquer
questões de legalidade (seja processo judicial ou administrativo).
1.2.6.2.1 Jurisdição Condicionada,
É a hipótese de exigência de prévio recurso à via administrativa. Em regra, não se exige
prévio recurso à via administrativa, antes de se ingressar com uma ação no judiciário. 
No entanto, há exceções em que é exigido ao jurisdicionado provar, antes de apelar ao
judiciário, que tenha recorrido à administração e não obteve sucesso.
Exemplos:
a) Disputas desportivas: 1º recorre à Justiça desportiva, espera a decisão (contrária
aos interesses) ou 60 dias sem resposta. Só então, entra com a Ação Judicial.
b) Habeas data: 1º recorre à administração – negativa de fornecer ou corrigir a
informação do impetrante. Só então, entra com a Ação Judicial. 
c) Súmula Vinculante (Descumprimento): 1º Via administração – Sem Efeito 
Reclamação ajuizada no STF.
1.2.6.3 Devido Processo Legal
O princípio segundo o qual ninguém pode ser privado da sua liberdade ou de seus bens,
a não ser pelo devido processo legal. É uma garantia que assegura a liberdade e a
propriedade.
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LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;
1.2.6.4 Ampla Defesa e Contraditório
LV - Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral
são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
 Ampla Defesa: Direito do interessado de se defender das acusações da maneira
mais ampla e livre possível. Se traduz nos direitos de presença, audiência e
petição.
 Contraditório: Direito do interessado de se manifestar no processo contradizendo
as argumentações que lhe sejam contrárias.
OBS: Este princípio NÃO se aplica ao inquérito penal, uma vez que é uma fase
investigativa, não é a ação penal em si.
1.2.6.4.1 Ilicitude por Derivação
A ilicitude de uma prova se comunica às demais dela decorrentes. A existência de uma
prova ilícita NÃO ANULA O PROCESSO, apenas anula as provas que sejam frutos dela.
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
1.2.6.4.1.1 Relativização da Regra 
Aceita-se EXCEPCIONALMENTE, o uso de prova ilícita para fins de DEFESA e,
cumulativamente, quando for uma prova necessária e indispensável (não
necessariamente a única), pois é melhor que condenar um inocente.
Só admite invocar o princípio da proporcionalidade para excluir a ilicitude da prova em
benefício da DEFESA, JAMAIS para embasar uma ACUSAÇÃO.
1.2.6.5 Razoável Duração do Processo
Direito fundamental que visa tornar mais ágil a prestação jurisdicional.
1.2.7 Garantias Penais e Processuais Penais
1.2.7.1 Reserva Legal e Anterioridade em Matéria Penal
 Reserva Legal: Crimes e penas só são aplicadas mediante lei em sentido formal.
 Anterioridade: a lei precisa ser anterior ao crime.
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal;
1.2.7.2 Direitos do Preso
1.2.7.2.1 Presunção de Inocência
In dubio pró réu. Cabe ao Estado provar que o réu é culpado.
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LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
1.2.7.2.2 Direito à Não Autoincriminação
Ninguém será obrigado a produzir provas contra si mesmo.
1.2.7.2.3 Direito ao Silêncio
O réu tem o direito de permanecer calado e isso não pode ser interpretado como
decorrência do direito de não produzir provas contra si.
1.2.7.2.4 Identificação dos Responsáveis Pela Prisão e Interrogatório
O preso tem direito à identificação do responsável pela prisão e pelo responsável que
realizar o seu interrogatório policial.
1.2.7.2.5 Assistência
O preso tem direito a ter assistência da família e de advogado (particular ou defensorpúblico);
A Súmula Vinculante nº 14 prevê que "é direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa".
1.2.7.3 Crimes Citados na Constituição
 Racismo e ação de grupos armados contra o Estado e a ordem democrática:
São inafiançáveis e imprescritíveis.
 Crime Hediondos e Equiparados (tráfico, terrorismo e tortura): São
inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia.
1.2.7.4 Juiz Natural
Significa que qualquer pessoa seja processada e julgada apenas pela autoridade
competente e já instituída antes do fato.
1.2.7.4.1 Tribunal Penal Internacional
Julga os crimes contra a humanidade.
1.2.7.4.2 Júri
O júri é o juízo competente para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
1.2.8 Remédios Constitucionais
Remédio constitucional ou remédio jurídico, são meios postos à disposição dos indivíduos
e cidadãos para provocar a intervenção das autoridades competentes, visando sanar
ilegalidades ou abuso de poder em prejuízo de direitos e interesses individuais.
Este termo não é definido na legislação, apenas na doutrina.
1.2.8.1 Habeas Corpus
Medida que visa proteger o DIREITO DE LIBERDADE do indivíduo. A ordem de 
Habeas Corpus é concedida quando alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção , por ilegalidade ou abuso de 
poder . 
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Quando há apenas ameaça ao direito de ir e vir , diz-se que o Habeas Corpus é 
PREVENTIVO . No Supremo Tribunal Federal, essa ação é representada pela sigla 
HC.
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder;
 Objeto: Liberdade de locomoção
 Espécies: Preventivo ou repressivo (liberatório)
 Legitimidade: Ativa  Universal (qualquer pessoa, mesmo sem advogado)
 Passiva  Contra ato de autoridade pública ou particular.
 Custas: Não
 Natureza: Ação Penal
1.2.8.2 Habeas Data
O habeas data é recurso previsto no texto constitucional cuja finalidade é assegurar
ao indivíduo o conhecimento de informações, relativas à sua pessoa, que estejam
armazenadas em bancos de dados de entidades governamentais, ou banco de
dados privados de interesse público.
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo;
 Objeto: Liberdade de informação sobre a própria pessoa do impetrante.
 Espécies: Para OBTER ou CORRIGIR informação.
 Legitimidade: Ativa  Só o próprio titular da informação.
 Passiva  Banco de dados público ou acessível ao público
 Custas: Não
 Natureza: Ação Civil (tem que provar a negativa da administração em
fornecer/corrigir a informação)
ATENÇÃO!!! Não cabe Habeas data para obtenção e acesso a altos de processos 
administrativos.
1.2.8.3 Mandado de Segurança
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
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b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e
em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados;
 Objeto: Direito líquido e certo, não amparado por Habeas corpus ou Habeas data.
 Direito Líquido e Certo: É aquele comprovável de plano, apenas com
provas documentais, sem a necessidade de dilação probatória (produção de
provas testemunhais ou periciais).
 Cabimento: Não cabe contra ato de gestão empresarial de empresa pública,
sociedade de economia mista ou concessionário de serviço público; contra
ato administrativo que caiba recurso com efeito suspensivo; contra decisão judicial
transitada em julgado.
 Legitimidade: Ativa  Prejudicado
Passiva  Autoridade pública ou pessoa no exercício de função
pública.
 Custas: Sim
 Natureza: Ação Civil (prazo de decadência de 120 dias). A jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de que o prazo decadencial , 
no Mandado de Segurança, deve ser contado da data da impetração, mesmo 
quando tenha ocorrido perante juízo incompetente. 
A atuação das associações na defesa de seus associados em mandado de
segurança coletivo independe de autorização. É o que prevê a Súmula 629 do STF,
segundo a qual “a impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe
em favor dos associados independe da autorização destes”. Trata-se do instituto da
substituição processual.
Súmula 525 do STJ: A Câmara de Vereadores NÃO POSSUI personalidade jurídica,
apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender
seus direitos institucionais. Logo, apesar de não terem personalidade jurídica 
própria, as mesas dos Poderes Legislativos estaduais têm legitimidade ativa para
impetrar mandado de segurança.
1.2.8.4 Mandado de Injunção
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
 Objeto: Sanar a ausência de norma regulamentadora que impeça o exercício
de direito garantido na CF.
 Espécies: Mandamentais - aditivos
 Legitimidade: Ativa  Prejudicado
 Passiva  Autoridade omissa em editar a norma regulamentadora
 Custas: Sim
 Natureza: Ação Civil 
De acordo com o atual entendimento do STF, a decisão proferida em mandado de
injunção pode levar à concretização da norma constitucional despida de plena
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eficácia, no tocante ao exercício dos direitos e das liberdades constitucionais e das
prerrogativas relacionadas à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
1.2.8.5 Ação Popular
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
 Objeto: Anular ato lesivo ao patrimônio público, patrimônio histórico e cultural,
meio ambiente ou moralidade administrativa.
 Legitimidade Ativa: Qualquer cidadão (brasileiro em pleno gozo dos direitos
políticos)
 Custas: Em regra não. Mas em caso de má fé do autor, ele pode ter que pagar as
custas processuais.
 Natureza: Ação Civil.
1.2.8.6 Direito de Petição e Certidão
 Objeto: Reclamar perante a administração ou obter documento para defesa de
direitos.
 Custas: Não
 Natureza: Pedidos Administrativos.
1.3 Direitos Sociais
São direitos de segunda geração (direitos prestacionais,positivos). São direitos sociais
a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, 
1.3.1 Princípios da Efetivação (implementação) de Direitos Sociais
 Proibição do Regresso: Vantagens sociais conquistadas não podem ser
perdidas, as garantias não podem regredir.
 Reserva do Possível: O estado de reserva o direito de realizar os direitos
sociais na medida do possível, nas medidas das disponibilidades ($). Ou seja,
limita os direitos sociais à possibilidade material de o poder público 
concretizá-los e constitui, EM REGRA, uma limitação válida à implementação
total desses direitos.
 Mínimo Existencial: É a base dos direitos constitucionais. Respeitar os direitos
sociais de modo a garantir, pelo menos o mínimo vital.
ATENÇÃO!!! A garantia do MÍNIMO EXISTENCIAL, restringe a invocação da
RESERVA DO POSSÍVEL como impedimento à concretização do acesso aos direitos
sociais.
1.3.2 Direitos Sociais dos Trabalhadores
Vale para os trabalhadores urbanos e rurais.
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1.3.2.1 Individuais
 Licença Maternidade;
 Licença Paternidade;
 FGTS;
 Seguro desemprego;
 Remuneração;
 Descansos;
 Adicional noturno;
 Jornada de trabalho;
 Proteção da relação de emprego...
1.3.2.2 Coletivos
 Sindicalização
 Greve
Art. 8º, CF/88 – É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, NA MESMA BASE
TERRITORIAL, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, não podendo ser inferior à área de um Município . 
1.4 Direitos de Nacionalidade
Nacionalidade é o vínculo jurídico-político entre uma pessoa física e um Estado (país
soberano). 
1.4.1 Critérios da Nacionalidade
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1.4.1.1 Natos
1.4.1.1.1 Critério do Jus Solis
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço de seu país;
São os brasileiros natos, aqueles nascidos no Brasil, mesmo que sejam filhos de pais
estrangeiros. 
Exceção: Se AMBOS OS PAIS forem estrangeiros E estiverem a serviço do país de 
origem.
1.4.1.1.2 Critério do Jus Sanguinis
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro OU mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
De acordo com esse critério, serão brasileiros natos os nacidos no estrangeiro, desde que
sejam filhos de pai brasileiro OU mãe brasileira que estejam fora a serviço do Brasil.
1.4.1.1.3 Critério do Jus Sanguinis Combinado com o Registro ou a Residência
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Brasileiros 
Natos
Brasileiros 
Natos
Jus SolisJus Solis
Nascidos no Brasil, desde que os 
pais não estejam a serviço de seu 
país.
Nascidos no Brasil, desde que os 
pais não estejam a serviço de seu 
país.
Jus SangunisJus Sangunis
Nascidos fora, filhos de Pai ou 
mãe brasileiro à serviço do Brasil 
no exterior.
Nascidos fora, filhos de Pai ou 
mãe brasileiro à serviço do Brasil 
no exterior.
Critério do Jus Sanguinis 
Combinado com o 
Registro ou a Residência
Critério do Jus Sanguinis 
Combinado com o 
Registro ou a Residência
Nascidos fora, filhos de Pai ou mãe brasileiros, 
registrados. OU venham a residir no Brasil e 
optem, pela nacionalidade brasileira depois dos 
18 anos;  
Nascidos fora, filhos de Pai ou mãe brasileiros, 
registrados. OU venham a residir no Brasil e 
optem, pela nacionalidade brasileira depois dos 
18 anos;  
Brasileiros 
Naturalizados
Brasileiros 
Naturalizados
Naturalização na forma 
da Lei
Naturalização na forma 
da Lei
Adiquire a nacionalidade por meio 
de processo judicail discricionário.
Adiquire a nacionalidade por meio 
de processo judicail discricionário.
Naturalização 
Constitucional Ordinária
Naturalização 
Constitucional Ordinária
Originários de países lusófonos 
que moram no Brasil há mais de 
um ano.
Originários de países lusófonos 
que moram no Brasil há mais de 
um ano.
Naturalização 
Constitucional 
Extraordinária 
Quinzenária (vinculada)
Naturalização 
Constitucional 
Extraordinária 
Quinzenária (vinculada)
Estrangeiros que moram no Brasil 
há mais de 15 anos e não tenham 
condenação criminal. 
Estrangeiros que moram no Brasil 
há mais de 15 anos e não tenham 
condenação criminal. 
MISSÃO PAPA CHARLIE
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro OU de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente (embaixada ou consulado)
OU venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
Duas situações:
 São os filhos de pai ou mãe brasileiros, nascido fora do Brasil e registrados na
embaixada ou consulado do Brasil no país.
 São os filhos de pai ou mãe brasileiros, nascido fora do Brasil, que venham morar
no Brasil e, depois da maioridade, optem pela nacionalidade brasileira. 
1.4.1.2 Naturalizados
Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;
 b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa
do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira. 
1.4.1.2.1 Naturalizados na Forma da Lei
É a aquisição de nacionalidade por estrangeiros que a requeiram, e o Brasil,
DISCRICIONARIAMENTE conceda, em um dos casos previstos no Estatuto do
Estrangeiro, que estabelece regras rígidas para naturalização.
1.4.1.2.2 Naturalização Constitucional Ordinária
Para os originários de países lusófonos (de língua portuguesa), com mais de um ano de
residência ininterrupta no Brasil e idoneidade moral comprovada.
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Portugueses Portugueses 
Naturalizados 
brasileiros
Naturalizados 
brasileiros
+ 1 ano de 
residência
+ 1 ano de 
residência
Idoneidade moralIdoneidade moral
Equiparados a 
naturalizados
Equiparados a 
naturalizados
Reciprocidade em 
favor dos 
brasileiros
Reciprocidade em 
favor dos 
brasileiros
+ 3 anos de 
residência
+ 3 anos de 
residência
MISSÃO PAPA CHARLIE
§1º Aos portugueses com residência permanente no país, se houver reciprocidade
em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os
casos previstos nesta Constituição. 
1.4.1.2.3 Naturalização Constitucional Extraordinária Quinzenária (vinculada)
Estrangeiros que moram no Brasil há mais de 15 anos e não tenham condenação
criminal. É o único caso de naturalização que configura anto vinculado
(naturalização extraordinária), o resto é discricionária (naturalização ordinária).
ATENÇÃO! Naturalização
Nacionalidad
e
Tempo de Residência Exigência
Moral
Lusófonos Menor Maior
Gringos Maior Menor
1.4.1.2.4 Perda de Nacionalidade
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
 que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interessenacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis; 
 Pelo cancelamento, na forma da lei (sentença condenatória transitada em
julgada), da naturalização, por sentença judicial, se o naturalizado desenvolver
atividade nociva ao interesse social.
 Aquisição de outra nacionalidade, a não ser que a norma estrangeira imponha a
naturalização ou se trate apenas de reconhecimento de nacionalidade originária.
Exceções: 
 Quando o outro país reconhece a nacionalidade originária.
 Quando a pessoa se naturaliza por obrigação, para poder exercer seus direitos
(atletas morando fora).
1.4.2 Distinções Constitucionais entre Brasileiros 
a) Expulsão: Expulsão de estrangeiro que cometeu crime no Brasil.
b) Deportação: Mandar embora estrangeiro que entrou ilegalmente.
c) Extradição: Entregar alguém a outro país para ser julgado ou cumprir pena,
por crime cometido lá (não se aplica aos natos). Nenhum brasileiro será
extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado ANTES
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da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. (TCE-PA – 2016)
 Ativa: O Brasil pede
 Passivo: O Brasil envia
d) Banimento: É expulsar brasileiro do Brasil. É proibido atualmente. 
1.4.3 Cargos Privativos de Brasileiro NATO
São privativos de brasileiro nato os cargos (Art. 12, §3º). Mnemônico – MP3.com
 Ministro de Estado da Defesa
 Presidente e Vice-Presidente da República;
 Presidente da Câmara dos Deputados;
 Presidente do Senado Federal;
 Carreiras Diplomáticas (membros);
 Oficial das Forças Armadas. 
 Ministro do Supremo Tribunal Federal;
1.4.3.1 Propriedade de Empresa Jornalística
Propriedade de jornais, revistas e imprensas de rádio e TV é privativa de brasileiro NATO
ou NATURALIZADO há mais de 10 anos. 
1.4.3.2 Função Privativa de NATO no Conselho da República
Do conselho da República podem participar tanto natos como naturalizados. Contudo, a
função de cidadão deve ser exercida por 6 cidadãos brasileiros NATOS.
1.5 Direitos Políticos
São direitos que permitem que os cidadãos participem da vida política do Estado
mediante alguns instrumentos de soberania popular.
O sufrágio é o direito de participar da vida política nacional, de influir nas decisões
políticas. O sufrágio é universal e é clausula pétrea da Constituição.
1.5.1.1 Aquisição dos direitos Políticos
A aquisição ocorre por meio de alistamento eleitoral.
1.5.1.2 Escrutínio
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Capacidade 
EleitoralSufrágio
Cidadania
Ativa Direito de Votar
Passiva Direito de Ser Votado
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É a eleição (procedimento). O modo de exercícios do sufrágio, a forma como colhemos
votos. 
Eleição = Votação + Apuração
1.5.1.3 Voto
O voto é o instrumento para o exercício do sufrágio e tem as seguintes características:
 Direto: No Brasil o voto é direto. Elegemos diretamente todos os representantes, e
não algumas pessoas que vão eleger os representantes (E.U.A o voto é indireto) 
ATENÇÃO!!! Na esfera federal, só existe um caso de voto INDIRETO. É na hipótese
de vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República nos dois
últimos anos de mandato.
 Secreto: O voto é sigiloso e a cabine eleitoral é indivisível;
 Periódico: O voto deve ser exercido em intervalos definidos de tempo.
 Partidário ou Igualitário: Voto com valor igual a todos
 Obrigatório: É um direito e um dever (não é clausula pétrea).
ATENÇÃO!!! De acordo com o art. 15, III, da CF/88, é vedada a cassação de direitos
políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de condenação criminal
transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos . Portanto, o preso provisório 
e o menor infrator TÊM DIREITO DE ALISTAR-SE OU TRANSFERIR O TÍTULO DE 
ELEITOR para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se
encontrem. 
1.5.1.4 Alistamento Eleitoral:
A. FACULTATIVO  Brasileiros
 Maiores de 70 anos
 Menores de 18 e Maiores de 16
 Analfabetos
B. OBRIGATÓRIO  Brasileiros 
 Maiores de 18 anos e Menores de 70 anos
C. PROIBIDO 
 Estrangeiros
 Conscritos (recrutados para o serviço militar obrigatório)
1.5.2 Condições de Elegibilidade
Para o exercício da capacidade eleitoral passiva são exigidos alguns requisitos:
 Nacionalidade brasileira
 Alistamento eleitoral
 Domicílio eleitoral
 Gozo dos direitos políticos
 Filiação partidária (não se admite candidatura avulsa)
 Não ser analfabeto
 Idade Mínima (exigida, segundo o TSE, na data da posse)
 18 anos  Vereador
 21 anos  Prefeito e Vice, Deputado (todos), Juiz de paz e Ministro de
Estado
 30 anos  Governador e Vice
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 35 anos  Presidente, Vice-Presidente e Senador
O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão concorrer
normalmente a outros cargos, preservando seus mandatos, desde que nos seis
meses anteriores ao pleito não tenham sucedido ou substituído o titular. Em outras
palavras, se não tiverem sucedido ou substituído os titulares, os Vices não
precisarão se desincompatibilizar para concorrerem a outro cargo.
1.5.3 Inelegibilidade
Inelegibilidade ≠ Condições de elegibilidade
 Não pode ser eleita Tem requisitos a atender antes de poder ser eleita
1.5.3.1 Inelegibilidade Absoluta
Impedem a pessoa de concorrer a qualquer cargo.
 Inalistáveis: Não votam, então não podem ser eleitos (< de 16 > 70 e
estrangeiros)
 Analfabetos: Podem votar, mas não podem ser votados (tem capacidade eleitoral
ativa, mas não tem capacidade eleitoral passiva)
1.5.3.2 Inelegibilidade Relativa
Impedem candidatura a determinados cargos por tempo determinado
Ex: Impeachment. 8 anos inelegível.
1.5.3.3 Inelegibilidade do Militar
Bombeiro, policial militar e forças armadas (Art. 14, §8 - CF). Conscrito é o recrutado 
para servir o Exército, não o integrando na condição de profissional, mas sim na 
condição de cidadão em cumprimento com o ônus constitucional de prestação de
serviço militar pelo tempo devido. Ou seja, conscrito será a pessoa incorporada às
Forças Armadas, enquanto durar essa situação. 
 Conscrito: É inelegível
 Não conscrito: 
 Com menos de 10 anos inelegível, salvo se se afastar definitivamente;
 Com mais de 10 anos é agregado para concorrer. Se for eleito passa para a
inatividade (reserva)
1.5.3.4 Inelegibilidade dos Chefes de Estado
Presidente, Governador e Prefeito são inelegíveis para um terceiro mandato consecutivo.
Só é permitido uma reeleição. Caso o candidato queira candidatar-se a outro cargo,
deverá licenciar-se do cargo que ocupa até seis meses antes de disputar outro cargo
eletivo.
Para o STF, no caso dos prefeitos é vedado o mandato itinerante, que seria o prefeito
eleito consecutivamente (duas vezes) conquistar um 3º mandato, não em seu município,
mas em município limítrofe, ou da mesma região metropolitana. 
1.5.3.5 Inelegibilidade Reflexa ou Em Virtude de Parentesco
É uma norma constitucional que visa prestigiar a isonomia e o princípio republicano,
evitando que uma mesma família se perpetue no poder executivo, e que os chefes do
executivo desequilibrem as eleições em prol da candidatura de parentes. 
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Deste modo são inelegíveis na circunscrição do titular o cônjuge, companheiro e os
parentes consanguíneos ou afins, até 2º grau, inclusive por adoção, do Presidente da
República, Governador e Prefeito. SALVO se aqueles já tinham um mandato ANTES
destes, e são candidatos à reeleição.
Pedro Luciana Reeleição
Luciana I---------------Senadora--------------I I-----------Senadora--------------I
Pedro I----------Presidente------------I
A regra não vale para Deputados, Senadores e Vereadores. O Rol é exemplificativo,
podendo ser ampliado por lei complementar.
ATENÇÃO! Sumula vinculante nº18: O divórcio no curso do mandato NÃO acaba com a
inelegibilidade reflexa.
 Pai e filho  Parentes de 1º grau em linha reta
 Irmãos  Parentes consanguíneos de 2º grau
 Tio e Sobrinho  Parentes consanguíneos de 3º grau 
1.5.3.5.1 Parentesco por afinidade
É aquele que liga o cônjuge aos parentes do outro (sogra, nora, genro, cunhado)
1.5.4 Perda e Suspensão dos Direitos Políticos
*3
 Os direitos políticos NÃO PODEM SER CASSADOS . Mas podem ser PERDIDOS ou
SUSPENSOS nos casos abaixo.
 Perda: é a privação PERMANENTE dos direitos políticos (cancelamento da
naturalização).
 Suspensão: É a privação TEMPORÁRIA dos direitos políticos.
1.5.4.1 Hipóteses de Perda
a) Pela perda da nacionalidade brasileira
b) Pela recusa em cumprir obrigação legal a todos imposta (alistamento militar, não
votar e não justificar) e prestação alternativa fixada em lei (recusa de consciência –
Art. 5º, VIII – CF).
1.5.4.2 Hipóteses de Suspensão
A suspensão pode ser por prazo determinado ou indeterminado.
a) Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem os seus efeitos (até
5 anos depois da pena)
b) Condenação civil definitiva por improbidade administrativa (Art. 37, §4 – CF e Lei
8.429/92).
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Afins de 2° Grau
Afins de 1° Grau
Luiz
Maria João
Rita
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c) Perda da capacidade civil absoluta (demência, coma, doença que incapacita a
pessoa a pensar por si mesma)
1.5.5 Jurisdição
a) Presidente da República  qualquer cargo eletivo é jurisdição do Presidente
b) Governador  Seus parentes são inelegíveis para:
 Governador e Vice no estado em que ele governa
 Deputados Federal e Estadual, e Senador pelo estado
 Prefeito e Vice e Vereador no município SEDE do governo do estado.
c) Prefeito  Seus parentes são inelegíveis no mesmo município para:
 Prefeito e Vice
 Vereador
1.5.6 Ação de Impugnação de Mandato Eletivo
a) Finalidade: Impugnar o mandato daquele que foi eleito com fraude, corrupção ou
abuso de poder econômico.
b) Autores:
 Partidos
 MP Eleitoral 
c) Prazo: Até 15 dias a contar da diplomação (declaração que o candidato foi eleito)
Outubro--------------------------Dezembro-----------Janeiro/Fev/Mar
(Eleição) (Diplomação) (Posse)
15 dias
d) Segredo de Justiça
e) Provas iniciais (provas de fraude, corrupção ou abuso de poder)
1.6 Partidos Políticos
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: 
 Fusão: união de dois partidos distintos para formar um terceiro partido, novo e
diferente dos anteriores. (A+B=C).
 Incorporação: um partido inclui outro em seu CNPJ (A+B=B).
1.6.1 Natureza Política
O partido político é pessoa jurídica de Direito Privado. 
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§ 2º Os partidos políticos, APÓS ADQUIRIREM PERSONALIDADE JURÍDICA, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
ATENÇÃO!! A personalidade jurídica do partido é adquirida com o registro (condição
básica de funcionamento) de seu estatuto no Ofício de Registro de Pessoas Jurídicas
( NÃO É NO TSE ). Só DEPOIS DE ADQUIRIREM A PERSONALIDADE JURÍDICA é que
eles vão registrar o estatuto no TSE.
1.6.2 Deveres
*2
 Devem ter caráter nacional e prestar contas à justiça eleitoral 
1.1.1 Direitos 
 Tem autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento.
 Criar e alterar seu regimento sem a necessidade de vinculação das candidaturas.
 Horário gratuito no rádio e na TV
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de
suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos
estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. 
§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito
ao rádio e à televisão, na forma da lei.
OBS: A verba do fundo partidário é rateada entre todos os partidos (quanto maior o
partido, maior a verba) e o TCU é quem define (faz o cálculo) quanto cada partido
receberá.
1.6.3 Proibições
Os partidos não podem:
 Receber verbas de entidades ou governos estrangeiros
 Ter caráter paramilitar.
 Violar os direitos humanos e a soberania nacional 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
IV - Funcionamento parlamentar de acordo com a lei. ...
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
2. PODER EXECUTIVO; ATRIBUIÇÕES E
RESPONSABILIDADES DO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA.
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2.1 Características Essenciais do Presidencialismo
 Uma única pessoa, que é o Presidente da República, exercendo as chefias de
Estado e Governo.
 Inexistência de necessidade de confiança recíproca entre Legislativo e 
Executivo.
A eleição para presidente e vice é pelo sistema majoritário absoluto (total de votos, exceto
nulos e brancos). Para o segundo turno, caso um dos candidatos fiquei impossibilitado de
concorrer, convoca-se o próximo mais votado.
Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o presidente ou o vice-
presidente eleitos, salvo motivo de força maior, não tiverem assumido o cargo, este
será declarado vago, sendo a declaração de vacância ato político feito pelo
Congresso Nacional.
2.1.1 Vacância
Sucessão X Substituição
Sucessão: O vice assume a presidência no caso de Vacância (morte, renuncia,
cassação). O vice completa o mandato.
Substituição: O vice assume caso haja impedimento do Presidente , a substituição
segue a seguinte ordem;
 1º- Vice-presidente da República;
 2º- Presidente da Câmara dos Deputados;
 3º- Presidente do Senado Federal;
 4º- Presidente do Supremo Tribunal Federal.
2.1.1.1 Dupla Vacância (Presidente e Vice)
Implica em convocar novas eleições (mandato tampão). É importante deixar claro que
somente o Vice-PR sucederá o PR definitivamente em caso de vacância. Assim, se
ocorrer a vacância somente do cargo de PR, o Vice-PR suceder-lhe-á
DEFINITIVAMENTE, seja qual for o período faltante para o término do cargo. 
Todavia, se houver vacância dos cargos de PR e de Vice-PR, o Presidente da
Câmara dos Deputados, o Presidente do Senado Federal e o Presidente do STF
somente assumirão a Presidência TEMPORARIAMENTE, até que ocorra nova eleição na
seguinte forma:
Se a vacância do presidente e do vice ocorrer nos dois primeiros anos, a eleição
deve ocorrem em 90 dias, por meio de eleição direta (todos votam) para AMBOSOS
CARGOS. 
Porém, se a vacância ocorrer nos dois últimos anos de mandato, a eleição será
indireta (realizada pelo congresso Nacional  Senado + câmara) no prazo de 30 
dias.
Em ambos os casos, os eleitos vão completar o que falta do mandato dos
antecessores.
OBS: O vice não é substituível durante o mandato. Se ele morrer o presidente fica
sem vice. Se o vice assumir a presidência, ele fica sem vice até o fim do mandato.
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2.2 Atribuições do Presidente da República
*4
 A acumulação das funções de CHEFE DE ESTADO e de CHEFE DE GOVERNO
pelo presidente da República é uma das características do sistema presidencialista
de governo adotado pela República Federativa do Brasil. Por isso, compete
privativamente ao presidente expedir decretos e regulamentos para fiel execução
da lei.
As competências constitucionais do Presidente são privativas, mas algumas são 
parcialmente delegáveis ao procurador geral da República, ao Advogado Geral da
União e aos Ministros de Estado.
Acumulações do Presidente da República:
 Chefe de Governo: atribuições INTERNAS, ou seja, nacionais.
 Chefe de Estado: relações EXTERNAS do País;
 Chefe da Administração Pública Federal.
As competências privativas do presidente da República são elencadas em ROL
EXEMPLIFICATIVO.
Embora não tenha autorizado a edição de decreto autônomo de forma ampla e
genérica, o constituinte previu, em casos taxados na CF, a possibilidade de serem
editados decretos como atos normativos primários, independentemente de lei. O 
Decreto autônomo, que é emitido pelo presidente, tem força de lei.
A competência conferida ao presidente da República para expedir decretos e
regulamentos para a fiel execução da lei vincula-se ao princípio da legalidade que
rege a atuação da administração pública.
2.2.1 Compete Privativamente ao Presidente da República:
1. NOMEAR e EXONERAR os Ministros de Estado;
2. Exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da
administração federal;
3. Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
4. SANCIONAR , PROMULGAR e fazer PUBLICAR as leis, bem como EXPEDIR
DECRETOS E REGULAMENTOS para sua fiel execução;
5. Vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
a) Dispor, mediante DECRETO, sobre: organização e funcionamento da
administração federal, quando NÃO implicar aumento de despesa nem
CRIAÇÃO ou EXTINÇÃO de ÓRGÃOS públicos; D elegável aos Ministros de 
Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União
b) EXTINÇÃO de FUNÇÕES ou CARGOS PÚBLICOS , QUANDO VAGOS ; 
D elegável aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao 
Advogado-Geral da União
6. Manter RELAÇÕES com Estados estrangeiros e ACREDITAR seus
representantes diplomáticos;
7. CELEBRAR TRATADOS , CONVENÇÕES e ATOS INTERNACIONAIS, sujeitos a
REFERENDO do CONGRESSO NACIONAL;
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8. DECRETAR o estado de DEFESA e o estado de SÍTIO;
9. DECRETAR e EXECUTAR a INTERVENÇÃO FEDERAL;
10. Remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da
abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias;
11. Conceder INDULTO e COMUTAR PENAS, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei; D elegável aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da 
República ou ao Advogado-Geral da União
NÃO CONCEDE ANISTIA, QUEM FAZ ISSO É O CONGRESSO. 
12. EXERCER O COMANDO SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS , NOMEAR os
Comandantes da MARINHA, do EXÉRCITO e da AERONÁUTICA, PROMOVER
seus oficiais-generais e NOMEÁ-LOS para os cargos que lhes são privativos;
13. Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os MINISTROS DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL e dos TRIBUNAIS SUPERIORES, OS GOVERNADORES DE
TERRITÓRIOS, o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, o presidente e os
DIRETORES DO BANCO CENTRAL E OUTROS SERVIDORES, quando
determinado em lei;
14. NOMEAR , observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da
União;
15. NOMEAR os MAGISTRADOS, nos casos previstos nesta Constituição, e o
ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO;
16. NOMEAR membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
17. CONVOCAR e PRESIDIR o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional;
18. DECLARAR GUERRA , no caso de agressão estrangeira, AUTORIZADO PELO
CONGRESSO NACIONAL OU REFERENDADO POR ELE, quando ocorrida no
intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou
parcialmente, a mobilização nacional;
O ato de declarar guerra a outro país deve ser AUTORIZADO pelo Congresso
Nacional, por meio de DECRETO LEGISLATIVO.
19. CELEBRAR A PAZ , autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
20. Conferir condecorações e distinções honoríficas; 
21. Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras 
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
22. Enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
23. Prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a 
abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
24. PROVER e EXTINGUIR os cargos públicos federais, na forma da lei; D elegável 
aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União
25. Editar medidas provisórias com força de lei , nos termos do art. 62;
26. Exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
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2.3 Responsabilidades do Presidente da República
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República
que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério
Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as
normas de processo e julgamento.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos
crimes de responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais COMUNS, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo
Supremo Tribunal Federal;
II - nos crimes de RESPONSABILIDADE, após a instauração do processo pelo
Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o
Presidente da República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
O presidente NÃO pode ser responsabilizado por crimes comuns durante seu
mandato, apenascrimes de responsabilidade, ou outros LIGADOS AO EXERCÍCIO
DA FUNÇÃO. Os crimes de responsabilidade são rol exemplificativo.
A competência privativa do presidente da República para nomear os ministros do
STF e dos tribunais superiores, o procurador-geral da República, o presidente e os
diretores do Banco Central do Brasil é classificada como função básica de chefia
do Governo.
2.3.1 Foro Privilegiado
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 STF  Nos crimes comuns
 Senado  Nos crimes de responsabilidade
 Justiça Comum  AÇÃO POPULAR ou AÇÕES CÍVEIS EM GERAL (O instituto
jurídico do foro de prerrogativa de função NÃO SE APLICA no âmbito cível,
mas apenas criminal), competência para julgar é do JUÍZO DE 1º GRAU. Ou
seja, se o PR praticar ato atentatório ao PMMP (Patrimônio histórico cultural, Meio
ambiente, Moralidade adm. e patrimônio público), será julgado, via ação popular,
pelo juizado de 1º grau comum.
Nos CRIMES COMUNS presidente só responderá a PROCESSO CRIMINAL perante o
STF após autorização concedida pela Câmara de Deputados. Tal processo inicia-se
por meio da emissão de juízo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados, que
demanda a aprovação por dois terços dos votos de seus membros. O juízo de
admissibilidade proferido pela Câmara dos Deputados não vinculará o juízo prévio,
que deverá ser feito pela referida corte, com o teor da denúncia ou da queixa-crime.
Nos CRIMES DE RESPONSABILIDADE, o presidente só responderá a PROCESSO
POLÍTICO-ADMINISTRATIVO perante o Senado Federal. Imunidades
2.3.1.1 Imunidade Formal, Imunidade Prisional ou Imunidade Presidencial
No que tange aos crimes comuns, o presidente não pode sofrer prisões cautelares,
como flagrante, preventivo ou temporária. Só pode ser preso por decisão
condenatória transitada em julgado.
Se o crime comum não tiver a ver com as atribuições do presidente, ele só poderá
ser processado após deixar o cargo. Neste caso a prescrição do crime fica 
suspensa até o fim do mandato.
2.3.1.2 Imunidade Processual Formal
O presidente tem imunidade formal (processual), não tem imunidade material
(penal, civil, disciplinar ou político por suas ações), como deputados e senadores. 
Não há foro para questões civis. Apenas para infrações penais comuns e crimes de
responsabilidade.
2.3.1.3 Foro por Prerrogativa de Função
Na vigência do mandato, o presidente só pode ser responsabilizado por infração
penal comum ou crimes vinculados ao exercício da função e desde que haja
autorização de 2/3 da câmara dos deputados.
2.4 Rito de Impeachment 
No caso de acusação de crime de responsabilidade, quem julga é o Senado ( não é o 
STF ) . O processo só segue para o Senado depois de passar pelo congresso.
Câmara dos Deputados  Juízo de Admissibilidade 
Senado Federal  Juízo de Julgamento 
A acusação poderá ser formalizada por qualquer cidadão no pleno gozo dos
direitos políticos. O STF reconhece ao Presidente da CD a competência para proceder
ao exame liminar da idoneidade da denúncia popular. A CD admitirá a acusação por 2/3
de seus membros e enviará o processo ao SF.
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Se o processo for instaurado pela maioria absoluta do SF (2/3), o PR ficará suspenso de
suas funções por até 180 dias. Se, decorrido o prazo, o julgamento não tiver sido
concluído, cessará o afastamento. O julgamento será realizado no SF e presidido pelo
Presidente do STF. A sentença condenatória será mediante resolução do SF, proferida por
2/3 dos votos, levando o PR à perda do cargo e condenado a ficar inelegível por 8 anos e
inabilitado ao exercício de qualquer função pública por 5 anos. 
No caso do julgamento da Dilma, ela foi considerada culpada, mas não sofreu a pena. No
caso do Collor, ele não foi condenado, pois abriu mão do mandato antes da decisão final,
mas sofreu a penal.
Independentemente da decisão, o Judiciário não pode rever o mérito da decisão
legislativa a respeito do Crime.
O Libelo é a peça de ataque elaborada para a faze de defesa/instrução e julgamento.
Tanto na Câmara, quanto no Senado, todos têm que votar pois a decisão tem que
ser por maioria qualificada (2/3). 
A ausência de decisão judicial após o prazo de 180 dias NÃO implica no
arquivamento do inquérito.
3. DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES
DEMOCRÁTICAS: SEGURANÇA PÚBLICA;
ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA.
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Câmara dos 
Deputados
Câmara dos 
Deputados
Recebe a DenúnciaRecebe a Denúncia
Acolimento da 
Denúncia 
(presidente do 
senado)
Acolimento da 
Denúncia 
(presidente do 
senado)
Cria-se uma 
Comissão Especial
Cria-se uma 
Comissão Especial
Relatório FinalRelatório Final Defesa PréviaDefesa Prévia
Chapa unicaChapa unica
Indicação dos 
Líderes do partido
Indicação dos 
Líderes do partido
Votação AbertaVotação Aberta
Juízo de 
Admissibilidade 
(2/3)
Juízo de 
Admissibilidade 
(2/3)
Senado FederalSenado Federal
Nova análise da 
Denuncia (votação 
por maioria simples 
51%)
Nova análise da 
Denuncia (votação 
por maioria simples 
51%)
Aceita a DenunciaAceita a Denuncia
Presidente é 
Suspenso por até 
180 dias
Presidente é 
Suspenso por até 
180 dias
Início do ProcessoInício do Processo Defesa/Instrução e Julgamento
Defesa/Instrução e 
Julgamento
Votação (2/3). 
Todos tem que 
votar
Votação (2/3). 
Todos tem que 
votar
CondenaçãoCondenação
IMPEACHMENTIMPEACHMENT
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3.1 Segurança Pública; 
O objetivo fundamental da segurança pública, exercida por meio das polícias federal,
rodoviária federal, civis, militares e dos corpos de bombeiros militares, é a preservação
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - Polícia Federal;
II - Polícia Rodoviária Federal;
III - Polícia Ferroviária Federal;
IV - Polícias Civis;
V - Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.
ATENÇÃO!! Esse é um ROL TAXATIVO , Portanto, a Força Nacional e a Guarda
Municipal NÃO SÃO ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA, pois não estão incluídos
no art. 144.
3.2 Organização da Segurança Pública.
O art. 144 da constituição determina a organização dos órgãos de segurança pública e
suas respectivas competências. Todos devem ser remunerados por subsídio (parcela
única).
 Polícia Ostensiva ou Administrativa: PREVENTIVA. A polícia administrativa
manifesta-se no conjunto de órgãos e serviços públicos incumbidos de
fiscalizar, controlar e impor limites às liberdades individuais (não aos
indivíduos) que se revelem contrárias, inconvenientes ou nocivas ao interesse
público ou social, no tocante à segurança, à higiene, à saúde pública, à
moralidade, ao sossego, aos transportes, às diversões públicas, às posturas
urbanas e até mesmo à estética urbana. A polícia administrativa é
preponderantemente preventiva e excepcionalmente repressiva. Sua maneira
normal de atuar é a prevenção, cujo objetivo maior é evitar a perturbação da ordem
pública nas respectivas áreas em que atua a administração geral. Atua antes do
delito para reprimir, prevenir e dar segurança.
 Polícia Judiciária: REPRESIVA, pois se destina principalmente a reprimir as
infrações penais (crimes e contravenções) e apresentar os infratores à Justiça,
para a necessária punição, ressalvando-se as militares. Atua após

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