Buscar

CADERNO DE CONTRATOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 101 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 101 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 101 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Caderno de Civil III- Contratos
Professor Antônio do Reis 
Aula 27/10/2015
CONTRATOS
1)Delimitação conceitual de Contrato
2)O papel da Vontade
2.1 Teoria Subjetiva
2.2 Teoria Objetiva Normativa(Kelsen)
2.3 Teoria Objetiva Preceptiva
Qual seria o conceito de contrato? É uma categoria do direito civil que existe desde sempre. O contrato é um fenômeno jurídico que existe desde sempre, é difícil entender o que chegou primeiro: se foi o contrato (conceito jurídico)ou o manifesto dele(operação econômica).O contrato nada mais é do que aquele instrumento jurídico pelo qual se procede a circulação de riqueza ,a transferência de bens.Ou seja,um negócio jurídico bilateral de cunho patrimonial por excelência.é importante frisar que o contrato se caracteriza pela transferência de riqueza(bens) de cunho patrimonial bilateral, Essa é sua principal característica.
Sobre aauto regulamentação entre a circulação de riquezas, o que são? Elas são regras que as partes criam em acordo de vontades sobre aquela situação de transferências de bens. 
Então o que é Contrato?
CONTRATO É AUTO REGULAMENTAÇÃO DE INTERESSES PATRIMONIAIS , ACORDO DE VONTADES ,EM QUE AS PARTES AUTO REGULAMENTAM A SITUAÇÃO DE RIQUEZA QUE VÃO REALIZAR ENTRE SI.
Não confundircontrato com a sua minuta de contrato (o que vai escrito), lembrar que contrato é o acordo de vontades,como vai ser aquela relação econômica de cunho patrimonial,quais os efeitos dela, o que deverá ser pago, ser dado em troca.
Como podemos definir o que surgiu primeiro no mundo real? A regulamentação do interesse ou a troca pura e simples?Não saberemos.Impossível saber.
Essa provocação acontece para ressaltar que há dois modos de ver o contrato:
#COMO PURA E SIMPLES OPERAÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE RIQUEZAS (CONTRATO OPERAÇÃO ECONÔMICA)
# COM UM SENTIDO MAIS JURÍDICO,DE AUTO REGULAMENTAÇÃO DE INTERESSES (CONTRATO CONCEITO JURÍDICO)
O Contrato é um acordo de vontades em que as partes auto regulamentam seu interesse visando a circulação de riquezas,visando portanto trocas ,de cunho patrimonial.Se não envolver patrimônio não será Contrato.
Por exemplo...hácontrato de Leilão de Virgindade?Não. Foi um negócio jurídicoexistencial,pois contrato tem natureza patrimonial,esse o objeto do contrato.Uma doação de rim,de sangue é um negócio jurídico existencial, não é contrato pois o mesmo gera uma OBRIGAÇÃO,TEM CONTEÚDO PATRIMONIAL.
Tudo aprendido em Direito Civil II(OBRIGAÇÕES) são os efeitos jurídicos do CONTRATO. Uma das fontes da Obrigação é o Contrato, ele é a causa da Obrigação. Um ajuste,um acordo de vontades entre duas ou mais pessoas em torno de um objeto patrimonial onde atua a auto regulamentação de interesses(IMPORTANTE DIFERENÇA).Isso que diferencia o contrato de outro ato jurídico ou fato jurídico. É onde as partes podem criar as regras,disciplinar a relação para elas mesmas. Fora dessa regulamentação estão na Lei.
Exemplo:
Reconhecimento de paternidade é um ato jurídico(está na lei).Não é possível alterar o que decorre da mesma pois está disposto em lei.Não posso assumir um filho e determinar que só será meu filho SE ele cumprir uma determinada obrigação.Ao registrar todos os seus efeitos estão na lei.
Já no Contrato há a auto regulamentação dos seus efeitos,poder modular os mesmos,é necessário ter conteúdo patrimonial.Temos poder de criar normas jurídicas.
Se for uma manifestação UNILATERAL DE VONTADE não é CONTRATO.Ex: Testamento.(Negócio jurídico onde apenas um faz as regras da doação)Importante frisar que CONTRATO é o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas,onde há a auto regulamentação e possui caráter patrimonial.A Vontade foi o fator principal na formação do CONTRATO dos últimos dois séculos.Ela é elemento basilar do mesmo.
Essa visão de Contrato teve raízes nos Iluministas,quando a IGUALDADE desejada era no ponto de vista PATRIMONIAL,uma vez que apenas os Nobre e o Clero podiam adquiri riquezas,propriedades.A bandeira deles era muito mais patrimonial que existencial.Eles queriam que TODOS pudessem conseguir acesso a terra,a propriedade.E o instrumento para conquistar PROPRIEDADE é o CONTRATO,ele é o instrumento apto para adquirir propriedade. Aqui a relevância da VONTADE para o mundo jurídico,como expressão da autonomia.(J. Loke e Rousseau)
A pergunta agora é o um acordo de vontade?O que devo considerar como vontade para fins contratuais? Uma vontade declarada,querida ou manifestada?Qual a relevância?Qual o papel da Vontade na confecção do Contrato? 
Nas Teorias Subjetivas da Vontade encontraremos as respostas. É uma vontade real do sujeito,para tanto é necessário exteriorizar essa vontade,senão não tem relevância. Ela só tem relevância para o contrato,tem que ser exteriorizada,a outra parte tem que tomar conhecimento da mesma.
Para os teóricos subjetivistas a vontade é o elemento essencial mais poderoso do contrato,por isso é ela que determina todo o conteúdo contratual. Havendo qualquer dúvida da interpretação da vontade exteriorizada deve se buscar a real intenção do agente.O seu querer subjetivo,vontade interna.
Esses os dois principais pontos para os teóricos lá do início da Teoria dos Contratos.Para nós,Modernos,o que importa é a Liberdade, a Declaração de Vontade Livre.
Nesse ato livre podemos escolher o que vamos fazer no contrato,quais os efeitos,o que vou comprar,como será o pagamento...isso que determinará o contrato.
Na Teoria Subjetiva há duas vertentes,que são evolução dela,pois houve problemas com essa Teoria .O ajuste foi a consciência que não é possível buscar a vontade subjetiva interna do agente contratual.É impossível saber o real querer do agente,na dúvida deve ser realizadas em torno da vontade declarada e não da vontade querida .
A vontade continua ser a declaração de vontade,mas na dúvida essa deve ser dirimida na vontade declarada,é ela que importa. Não se pode ser posto em risco a segurança jurídica negocial, pela busca da vontade interna que é impossível apurar e ficaríamos a mercê do agente.Então o que vale é a vontade declarada. Essa que terá relevância,será ela essencial ,que incidirá caso haja dúvidas na sua interpretação.
Essa é a base para toda a estruturação da teoria do Fato Jurídico e a teoria do Negócio Jurídico. Todos os atos jurídicos tem que ser manifestação de vontade.Tem que ser uma iniciativa livre.
Exemplo:
Promessa de Recompensa: todos os efeitos estão pressupostos em lei,não podemos mexer nele;
Testamento(Posso modular,posso mexer nos efeitos jurídicos do ato,ato negocial)Estou mexendo nos fatos(morte)Negócio jurídico unilateral;
Num contrato: duas ou mais pessoas estão criando para elas mesmas regras, de cunho patrimonial.
Teoria Objetiva Normativa(Kelseniana)
Para Kelsen Negócio Jurídico nada mais é que um ato de escolha das partes sobre o modelo jurídico fundado no Ordenamento,que as partes não tem liberdade para criar direito autônomo.Estão auto regulamentando o que o ORDENAMENTO JURÍDICO determina.É ele quem determina nossa vida privada.
Por exemplo,não posso vender nada para meu filho sem autorização dos outros filhos.Tenho que me submeter a regras do Estado,mesmo nas relações privadas.
Essa Teoria Objetiva Normativa pois abandona a importância fundamental da vontade que existe na subjetiva,onde ela dita as regras.Ela existe mas, não é a essência, pois quem cria as regras são as normas jurídicas do ordenamento,que estão fundamentadas na lei.Se algo não for permitido por lei esse contrato será extirpado no ordenamento(nulidade,inexistência...)
Ela foi evoluindo até chegar a próxima teoria.
Teoria Objetiva Preceptiva(Benttista)
Kelsen exagerou ao dizer que todo contrato é só escolha de uma categoria e que não tem autonomia alguma das partes mas sim do ordenamento jurídico.Na verdade todo contrato tem um pouquinho,um mínimo ATO DE AUTONOMIA,de criação de direito por autonomia.Essa compreensão da teoria preceptiva,ter um mínimo de conteúdo de autonomia nessa relação. Ela não é reação a teoria de Kelsen,mas uma reação a teoria subjetiva.Ela é um pouco fascista(emborao prof. não goste de se referir a ela assim,mas ela teve influencia do mesmo)Bentti diz que o negócio jurídico não é produto da vontade(que ela regula os negócios jurídicos),ele precisa de uma iniciativa voluntária pois ninguém é obrigado a contratar.Todos são livres para isso.Mas, quando o fazemos é aí que acontece essa modificação pois os ajustes de vontade são regulados, baseados pelas normas,pela disciplinas jurídicas que vai vigorar na nossa relação privada será complexa.De um lado aspectos de autonomia e de outro não será mas sim das normas estatais.(DIRIGISMO CONTRATUAL)
Esse é um fenômeno de influência cada vez maior do Estado nas relações privadas,parece que caminha ao lado da construção social dos estados.(ou estados corporativos:Fascistas)
Autonomia e normas estatais é conteúdo dos contratos,será determinado tanto pelas leis do ordenamento quanto pela autonomia das partes ,sendo essa limitada(aqui o conteúdo fascista) por elementos socioeconômicos externos.
O contrato é um produto da iniciativa das partes,mas o que elas fazem não é puramente auto regulamentar interesses em sua completude,criam regras para si(autonomia)com os limites da lei mas sobretudo sofrendo limites dos elementos socioeconômicos exteriores ao contratos(elementos metajurídicos)
Ou seja,o que o déspota determinar,nem as partes,nem o juiz determinará(por isso fascista).Essa teoria é a mais aceita pelos jus naturalistas atualmente de alta patente.Mas não a benttiana,mas a teoria preceptiva adaptada, que nos diz o seguinte: o contrato é lifo pelo juiz e interpreta de acordo com a lei(cláusulas que existam) e de acordo com os valores do ordenamento(que estão na Constituição),então se descobre o real conteúdo de um contrato pela vontade declarada,pela lei e sobretudo interpretada á luz da constituição,á luz dos direitos fundamentais.Troca-se elementos METAJURÍCOS relevantes e coloca os VALORES DO ORDENAMENTO,integram o conteúdo do contrato,o valor JURÍDICO socialmente relevante.Esse é o limite interno da autonomia,esse valor é a expressão de FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO.(tem que ser socialmente relevante como por exemplo o meio ambiente.)
Ainda que não haja uma lei específica que proíba um contrato que possa gerar a poluição de um rio,um juiz quando for interpretar um contrato num caso concreto irá dizer que aquela parte não poderá poluir um rio pois mesmo que a lei ou o contrato não diga,mas o ordenamento jurídico impõe que esse tipo de efeito não ocorra,um dano ambiental pois fere o interesse comum.
A Teoria majoritária no Brasil é a SUBJETIVA. Já essa Teoria Objetiva Preceptiva Moderna é a mais utilizada por outros países.
Aqui o contrato é avaliado pela vontade dasmpartes,o ordenamento jurídico e também os valores socialmente relevantes á luz da Constituição.
03/11/2015
3)Elementos do Contrato
3.1 Essencial
3.2 Natural
3.3 Acidental
4)Plano de existência,validade e eficácia
5)Princípios Contratuais Clássicos (Tradicionais)
Elementos do Contrato
São as característicasque sem os quais o contrato sequer existe,são elementos estruturantes do contrato.São eles os elementos essenciais,naturais e acidentais.
ESSENCIAIS
São aqueles que sem os quaiso contrato sequer existe.Sem a presenca de um deles o contrato não existe.
1)As partes
Sem os contratantes o contrato não existe,tem que haver pois sem contratantes o mesmo inexiste,é preciso no mínimo duas partes(bilateral)
2)Objeto
Não existe contrato sem o objeto,não se contrata sobre o nada.Sem objeto não há prestação a ser cumprida.
3)Forma
Tem que haver uma forma.Ainda que seja informal(sendo forma oral ou escrita)
4)Vontade
Principal de todos,pois sem a vontade culmina na inexistência do próprio contrato.
Além desses quatro itens essenciais há também outro que foi discussão na doutrina européia chamado CAUSA.Ou seja a doutrina entendeu que eram cinco os elementos do contrato:PARTES,OBJETO,FORMA,VONTADE E CAUSA.Issopq todo contrato deveria ter uma CAUSA.Ela foi considerada a síntese dos elementos essenciais ao contrato. Ele seria o somatório dos elementos mas na realidade ele é a síntese dos EFEITOS DO NEGÓCIO.
E foi a partir daí que a Doutrina retirou a causa dos elementos do negócio,mas sim o EFEITO do negócio,não faz parte da estrutura,Faz parte da sua função.Ela é a mínima unidade de efeitos do negócio (Salvatore Pugliatti),é o conteúdo mínimo do contrato.Pode ser compreendida na perspectiva abstrata(o artigo de lei da compra e venda: quando veda a compra por um dos herdeiros sem o consentimento dos demais herdeiros e do cônjuge) a expressão dessa norma do efeito abstrato do negócio.O ascendente tem o dever de pedir autorização do descendente para poder realizar a venda para um dos descendentes.Isso é a causa,norma ,dever.é a mínima de efeito do negócio jurídico.A causa concreta é aquela que representa a função prático-jurídica, revelada apenas no exercício do caso concreto.Na composição dos interesses das partes em concreto,e vai além do que consta no artigo de lei,entra nesse aspecto autonomia privada ,a auto regulamentação de interesses, valores outros externos as partes,o conteúdo constitucional tem cidência sobre a negociação.Por exemplo valor que diz respeito ao meio ambiente,ao consumidor,a livre concorrência... A causa concreta é que revela portanto a função prática-jurídica do negócio,é quem revela a disciplina jurídica de todo o contrato,em último caso.
(Olha como casa bem a doutrina da causa concreta com a doutrina do contrato objetiva preceptiva) - Observação do professor
Aqui o importante é saber a diferença entre causa concreta e causa abstrata e que a concreta é a mais relevante pq ela representa a síntese concreta dos efeitos do contrato pois é ele quem determina a disciplina jurídica do contrato,é quem determina o regulamento de interesses concreto daquelas partes.É sobre essa disciplina jurídica que o juiz irá aplicar o direito.
Não confundirOBJETO COM CAUSA. Objeto é uma prestação em si,Causa é a sínteses de todos os efeitos jurídicos,vai além do objeto contratual.Pq é importante saber que existem elementos essenciais ? Porque ele estará ligado a algo que Pontes de Miranda chama de PLANO DE EXISTÊNCIA DO NEGÓCIO.Toda vez que a gente analisa um elemento essencial do contrato,estamos analisando o plano da existência do negócio.Basta um não existir e o contrato INEXISTE.
Ex:Um incapaz é alvo de fraude,num empréstimo bancário,uma vez que o mesmo não tem capacidade(curador) e nem um nem outro foi quem assinou o contrato.Aqui o juiz determina que o negócio é inexistente.Contrato NULO,não houve declaração de vontade,e qualquer desconto será reavido pelo curador,devido a fraude.
NATURAIS
Os elementos considerados naturais vão determinar em um negócio jurídicoque para cada tipo terá os seus elementos naturais,eles estarão ligados a determinadas características do contrato,gerarão elementos que são naturais a esse negócio.
Ex:Todo contrato bilateral dá as partes a possibilidade para exceção de contrato não cumprido.Isso é uma defesa que temos nos contratos bilaterais onde não pode ser exigido da outra parte,enquanto a sua parte não for cumprida a parte dela.Um comprador não pode exigir a entrega da coisa enquanto não pagar e vice e versa. Isso mantém o sinalagma contratual.
Isso caracteriza o elemento natural,cada negócio/contrato vai depender do tipo de negócio.Num negócio bilateral as suas particularidades,os unilaterais e assim em diante. Só existe evicção em contratos onerosos,esse é o tipo de elemento natural nesses contratos,são efeitos jurídicos que estão ligados a características de determinados contratos.
ACIDENTAIS
São elementos que podem ocorrer ou não,não serão marcantes para a característica do contrato.Pode ou não acontecer no contrato,as partes que acordam isso.Não estão presentes em todos os contratos.E eles são: CONDIÇÃO,TERMO E ENGARGO(MODO)
Se um desses estiver presente será o elemento acidentais no contrato. 
Ex:Posso transferir o meu carro para meu filho,se for condicional possoexigir que ele passe na FND,do contrário não receberá o mesmo.
Qualificar o contrato,descobrir qual tipo dele,se faz através da causa.Por isso a importância dos elementos,Todos eles são importantes,inclusive os elementos acidentais.Já foi épocas que ele não era relevante,todos os elementos podem determinar qual o tipo de contrato.
PLANOS DA EXISTÊNCIA X VALIDADE
Quando analisamos esses planos do negócio,ao avaliarmos os elementos do contratos, estamos avaliando a existência dos mesmos.Além do plano da existência também há o plano da validade.Ele pode ser avaliado sobre esses dois planos.Em relação a legitimidade do contrato.O primeiro filtro é o da existência,mas apenas esse não basta,é necessário a validade do mesmo.Ao analisar essa característica,estou usando o filtro da VALIDADE.Se o mesmo não possuir validade,embora existente, tem retirada toda a sua idoneidade.A invalidade pode ser responsável tanto pela nulidade quanto pela anulação do negócio.
A diferença quando analiso pelo plano da existênciae o plano da validade é se estou analisando a existência ou não de um elemento essencial ou a característica ou não de um elemento essencial.
EX:Analiso a existência de uma das partes(pessoas)
Se eu já sei da existência da pessoa,então o que eu vou analisar é a validade dela dentro do contrato.Isso é característica do plano de validade.Então é a validade do negócio que esta sendo avaliado.Um adolescente de 15 anos assina um contrato.Devido sua incapacidade,esse negócio jurídico se torna inválido,visto que apesar da existência,por ser INCAPAZ não pode fazer contratos devido a falta de capacidade.Todo negócio precisa de pessoa capaz e legítima e objeto lícito,possível,determinado ou determinável .
Se estiver analisando uma das características do objeto,também estou no plano da validade,uma vez que o objeto é existente.
Se estiveranalisando a forma também é no plano da validade,visto que todo negócio jurídico deve cumprir a forma prescrita em lei ou não defesa em lei(proibida).
Vontade declarada com vício também esta no plano da validade,podendo ser anulado o negócio jurídico.
Há uma correlação entre os elementos essenciais e o plano da existência,mas não com os elementos naturais no plano da validade.A doutrina diz que os elementos naturais são menos importantes.
PLANO DA EFICÁCIA
Aqui os elementos acidentais são relevantes,pois com eles analisamos o plano da eficácia.Avaliamos a condição, se esta implementado ou não, se o encargo esta sendo cumprido ou não,se o termo chegou ou não.
PRINCÍPIOS TRADICIONAIS DO CONTRATO
PRINCIPIO DA AUTONOMIA
São aqueles revelados lá no momento do Iluminismo,no momento áureo do direito privado, a doutrina civilista do começo do século XIX,os princípios fundantes do contrato ,todo contrato obedece ao princípio máximo da autonomia privada,esse é o mais destacado,é determinante na idéia do contrato.Ele é o instrumento apto para servir de meio das liberdades,somos livres no sentido patrimonial e exercemos a nossa liberdade e igualdade através do contrato,pois podemos adquirir riquezas.Se você esta dentro de uma relação contratual,está dentro de uma relação justa pq um contrato é um instrumento natural de exercício da liberdade e da igualdade. Isso devido a época em que apenas nobres ou o Clero podia adquirirpatrimônio esse tipo de privilégios se limitava a essas classes sociais,e o Iluminismo veio por fim e colocar todos no mesmo patamar,trazendo a idéia de igualdade formal para se adquirir riquezas,acessar patrimônio através do contrato,e isso era feito pela autonomia privada.
Há três idéias que podemos estruturar a autonomia privada:
1)Liberdade de contratar em geral
A liberdade que nos dá em realizar todo e qualquer tipo de contrato,dá uma aptidão genérica para contratar.
2)Liberdade para contratar
Onde temos a opção de escolher o que vamos contratar,qual o regime desse contrato,liberdade de escolha para o tipo contratual,a outra parte que vamos contratar.Somos livres para essa escolha.
3)Liberdade de modular os efeitos do contrato
A autonomia privada garante que temos como influir no conteúdo do contrato,toda e qualquer parte pode definir os rumos do contrato em composição com a outra parte.Incide diretamente na auto regulamentação,criamos aqui direitos para as próprias partes contratuais.Criamos lei,normas para nós mesmos.
(Veremos mais pra frente que é o critério menos utilizados por várias razões,na crise do contrato)
PRINCÍPIOS DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS DO CONTRATO
Vai dizer que os efeitos do contrato só pode incidir sobre as próprias partes contratuais,não atingindo assim terceiros que não fazem partes do contrato.Chamado na Itália de INTANGIBILIDADE DAS ESFERAS JURÍDICAS.
Temos cada um uma esfera a nossa volta,um escudo,que nos mantém protegidos de efeitos de terceiros.Nos tornamos vulneráveis ao fazer a realização de um contrato.Do contrário não somos atingidos.Formular um contrato significa optar por isso,a autonomia está aí,é por vontade,não pode ser forçado.
PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO
O que importa para o contrato é o ajuste de vontades, por isso para isso basta um consenso para isso.A idéia é romper com o antigo modelo onde para formular um contrato havia uma grande formalidade, celebrados com solenidades, as partes se submetiam a um ritual de contratação(desde o direito romano,canônico).Se dava mais importância a forma do que ao conteúdo. Parece simples hoje mas foi uma grande conquista do mundo moderno.
Todo contrato em regra hoje é celebrado em liberdade de forma.Por exemplo,por isso compramos rápido no bar da esquina,em troca de dinheiro.
PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS
É ele quem dá segurança jurídica aos contratos,PACTA SUNT SERVANDA.
Ele vincula as partes contratuais a realização de sua prestação,realizar contrato é diminuir sua liberdade,nos vinculamos a alguém e nos obrigamos a cumprir uma prestação.Por isso o contrato faz lei entre as partes.Só posso me desvincular com o cumprimento da obrigação.
Superada todas essas fases,onde realizar contratos é a nossa realidade, começam a surgir diversas situações que vão de encontro com a consagração dos princípios tradicionais,na crise dos contratos.Os fundamentos foram posto a prova por conta da realidade.
A crise do liberalismo foi quem primeiro revelou a crise nos contratos.O Liberalismo diz que o Estado tem que ser mínimo(governo); tem que interferir minimamente na esfera privada,que a economia flua por si só,com controle da livre concorrência(sem monopólios).A idéia é bonita mas não funcionou.Nunca foi implementada por ser utópica.As pessoas gostam de poder,e sempre regulamentam a situação.E os princípios são liberais então entraram em crise com o Estado Interventor.
A outra situação surgiu do desenvolvimento econômico social,onde atualmente ocorre com a produção em larga escala,mercado de consumo em massa. Acesso a todos a produtos e serviços.Antigamente não se tinha sapatos como hoje,era preciso esperar 60 dias para confeccionar um par. 
Então aquele modelo de contrato passou a se tornar cada vez menos comum,com uma real autonomia privada. Por exemplo se vamos ao Mc Donald temos condições de negociar o preço?Não.Nem um desconto a menos que seja oferecido pelo próprio estabelecimento,o que vc tem liberdade é pedir que não ponha um picles,é limitada a liberdade.
Isso pq não contratamos diretamente com o contratante.Diferente do que se baseava a teoria do contrato anteriormente.Outros exemplos são contratos com rede de luz,podemos escolher?Só temos a Light.
A autonomia não existe,pois alguns contratos são feitos em grande escala,como Cedae ,etc...
Isso abalou os pilares das teorias do Contrato e gerou a Crise do Contrato.
Foi questionado os pilares da Teoria Clássica,pois a Relatividade dos Efeitos do Contrato se perderam ao efetivar um seguro atualmente,uma vez que sou eu quem faço o mesmo mas deixo para terceiros,uma vez que só é possível receber quando eu morrer,então será um terceiro que será o beneficiário,ele quem sofreráos efeitos,oconsensualismo?Não funciona em relação a propriedade,pois há o sistema de registro em cartórios,para isso temos essa formalidade para dar segurança jurídica.
Assim entramos na próxima aula na CRISE DOS CONTRANTOS.
(para quem tiver curiosidade ler "A morte do Contrato" de Grant Gilmore)
Aula 10/11/15
6)CRISE DO CONTRATO
Suas bases foram postas a prova por conta da realidade.Todas as formas de que se realizavam contratos passaram por modificações,quando seus princípios foram questionados como por exemplo um terceiro é atingido mesmo sem ter participado do mesmo,no caso do seguro de vida .Houve a crise apenas no sentido dogmático ,pois ele está em pleno vapor e não em crise de fato.Ele continua um instrumento apto a circulação de riquezas. A maneira como se compreende de forma dogmático clássica é que entrou em crise. É nessa perspectiva de crise que surgiu ao lado de outros fatores que refletem em outros princípios como a solidariedade,que era inexistente.Não era função do contrato promover solidariedade social.Esse avanço na doutrina foi ao lado da evolução do Estado com a idéia de estado de bem estar social ,onde ele influenciava na regulação das relações privadas,no sentido patrimonial/econômico e tinha uma função que era reduzir desigualdades. Isso refletiu em novos princípios contratuais da NOVA TEORIA CONTRATUAL.
Ela não busca substituir o paradigma anterior mas complementar,ajustar a dogmática tradicional dos contratos. Ele passa por uma reformulação,que já trabalhamos em aula anterior(Teoria Preceptiva do Contrato) ou seja a relação contratual não é fundada apenas no interesse das partes contratuais, mas nele e também no próprio ordenamento considerado globalmente.
Essa mudança na perspectiva que traz novos princípios que vão impor as partes deveres que não ocorriam antes,não deveres contratuais que as partes queiram mas deveres que o ordenamento jurídico impõe. E o primeiro deles é o princípio da Boa Fé Objetiva.
7)PRINCÍPIO DA BOA FÉ OBJETIVA
Fundada no Princípio da Solidariedade,foi inaugurada nos direitos dos contratos e nas obrigações,como um produto da nova teoria contratual.Era um princípio inexistente no sécXIX.Não era constitutivo do contrato antigamente,hoje tem incidência em vetores axiológicos trazidos pela boa fé objetiva.Ela tem uma série de funções dentro da relação contratual:
A)Interpretativa
Ao ler o contrato se leve em consideração as melhores soluções e tenha como guia a boa fé objetiva.
B)Parâmetro de Controle do exercício de direitos
A boa fé como parâmetrode controle para o exercício abusivo dos direitos. O credor no seu direito de exigir do devedor algo não pode fazê-lo de forma abusiva(art.187 CC).Seu direito tem que ser exercido no limite da boa fé objetiva.Do contrário esse direito passa a ser abusivo e pode ser comparado a um ato ilícito.
*Bons Costumes
Não é levado á sério devido que ninguém sabe que tipo de costume é bom ou mau.Pouco utilizado para aferir o abuso dos direitos.
C)Constitutiva de Deveres Laterais
Aquela que cria deveres para o credor e para o devedor na celebração do contratos.Não são apenas as obrigações principais,mas também as secundárias e acessórias.Além dessas as obrigações tem mais uma como fonte a boa fé objetiva,são chamadas laterais,correm ao lado dos deveres contratuais.de origem legal.São fundadas na boa fé objetiva(art.422)
Não existe rol taxativo de deveres laterais,apenas exemplificativos:as partes devem agir em lealdade,em cooperação mútua,a idéia que o credor tem que ter deveres laterais não apenas o devedor.
D) Modulação Tácita do Contrato mediante Conduta 
São as situações que pela boa fé objetivas o conteúdo contratual acaba se modificando através do cursocontratual em razão das condutas das partes,estas tacitamente pela sua conduta e em conformidade da boa fé objetiva acabam alterando o conteúdo sem realizar um adendo,qualquer tipo de aditamento,hipóteses clara de Venire, Surrectio,Supressio,TuQuoque.
OBS:
Venire:Dentro da relação obrigacional não pode ser contraditório
Supressio: Perda de um direito por inércia de uma das partes
Surrectio: ganho de um direito por inércia de uma das partes
Tu quoque:Não poder alegar um direito se o próprio não cumpriu os requisitos para possuir o mesmo.
Por exemplo,se a operadora de saúde oferece ao titular do plano um serviço que até então não era disposto em contrato,tipo HOME CARE, e depois de um certo lapso temporal oferecendo o serviço,o que causa uma expectativa no consumidor, de repente ela interrompe o mesmo sob alegação que não consta o serviço no contrato isso é uma contradição na sua própria conduta(venire contra factum proprium),aqui se tem como fundamento a boa fé objetiva onde as partes não podem agir contrariamente as suas próprias condutas quando nessa relação contratual cria-se uma legítima expectativa de um determinado serviço/produto. ainda que não existisse no conteúdo contratual. O que acontece? Ainda que não seja previsto no contrato, por conta de ter oferecido esse HOME CARE por um período de tempo e criado essa expectativa , passa a ser obrigado a oferecer o mesmo.Isso modulou o conteúdo contratual mediante as condutas.
(Aqui ele dá outros exemplos,desurrectio, supressio e tu quoque)
8)FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO
O contrato não serve apenas para satisfazer os interesses pessoais mas também os sociais.Isso é inovador,pois ele era produto de uma individualidade,uma auto regulamentação dos interesses individuais,o interesse das partes somente. E isso é modificado com a função social dos contratos, pois além de existir para regulamentar interesses individuais em tese,circular riquezas,para além desses interesses há o interesse social que irão interferir nesse contrato.Todo contrato não teria uma mera função meramente individual mas também social.
Essa noção é bastante controvertida e poderia ser apresentada mais de 12 correntes mas serão quatro as expostas (pelo Antônio,apenas quatro são principais)
Esse princípio é o mais caótico por não ter concordância,voz uníssona,a aplicabilidade é difícil.Deveria haver um consenso,isso fortaleceria o princípio e daria uma aplicação maior como ocorre com a boa fé objetiva.O juízes recorrem a ela quando é preciso decidir algo(boa fé),consegue resolver a maior parte das questões e acaba tirando um pouco a função social do contrato.Ainda assim a doutrina tenta construir uma idéia pois é o primeiro artigo no CC na parte de Contratos (art. 421)
O contrato tem que ter uma função que seja não só individual mas também social, por isso uma razão fundadora e obediência as funções sociais e essa mesma função social serve de limite para as partes contratuais.Limite esse para a autonomia privada,sem ele seria absoluta ,poderia se criar o que quiser.Os limites serão as leis.
#HUMBERTO TEODORO JÚNIOR (processualista mineiro)
A função social do contrato é imanente. Todo e qualquer contrato tem essa função imanente,ele tem importância social do contrario seria proibido.Para ele os limites estão no próprio CC.
(Ele esvazia a função social do contrato,se não existisse não faria diferença nenhuma - opinião do Antônio)
#TERESA NEGREIROS (teoria do Contrato)
A percepção social do contrato é um limite externo da autonomia. Para ela a função social é reconhecida ,ele é mais importante e reforça ainda mais a autonomia, o vínculo contratual entre as partes.É por conta dessa relevância a eficácia será 'erga hominis'.Há um interesse social em reconhecer esse contrato.Respeitar esse contrato.Todos que não fazem parte devem respeitar essa relação contratual.Oponibilidade perante terceiros(direitos reais)
Nas relações obrigacionais há uma coisa chamada relatividade dos efeitos dos contratos,só as próprias partes contratuais sofrem os seus efeitos,terceiros não são atingidos. Nenhum outro terceiro pode interferir.
Esse efeito entra em confronto com os direitos concorrencial,terceiros não podem turbar o contrato,deve ser respeitados toda e qualquer relações contratuais.
Um exemplo foi o contratode Zeca Pagodinho com a Schincariol de exclusividade,e em um determinado momento a Bhrama aliciou o mesmo,assim violando a função social do contrato.Ela não poderia aliciar para turbar essa relação, e teria que reparar a outra cervejaria.
#GUTAVO TEPEDINO
Para ele a eficácia não deve ser externa,mas sim interna.Esse põe como um limite interno da autonomia privada.Isso faz com que uma relação contratual as partes tenham que perseguir ao lado dos seus interesses individuais,que sempre existirão,os interesses sociais relevantes extracontratuais,que decorram do contrato ou estejam a ele vinculados,relacionados.
São eles os encontrados na Constituição(de cunho social):
Meio Ambiente,Livre Concorrência, Defesa do Consumidor,Proteção do Trabalhador em geral,entre outros.A celebração do contrato não pode ter efeito negativo, não realizar condutas que violem interesses sociais,como por exemplo a realização de compra de material de uma determinada empresa que polua o meio ambiente.Embora já haja lei sobre isso,mesmo que no contrato feito por mim e a empresa não fale nesse dano ambiental,a função social do contrato não permitiria tal conduta.Não é qualquer interesse,mas aquele que tutela o interesse de todos,isso se encaixa na proteção do meio Ambiente,que é socialmente relevante.(Tem valor jurídico)
OBS:Essa a teoria mais aceita pelo professor,mais coerente
#ORLANDO GOMES E FLÁVIO TARTUCCI
A teoria Mista junta as teorias de Teresa Negreiros e Gustavo Tepedino.A função social do contrato gera tanto um limite tanto interno quanto externo.A eficácia é externa e interna.
(Professor não gosta dessa também).OBS:O que o Tribunal entende da F.S.C?Nada,pois isso é conhecido apenas no meio acadêmico.Os juízes tomam decisões,geralmente contra legis,e justificam usando a F.S.C.
9)PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO DAS PRESTAÇÕES
Vai agir diretamente na autonomia mas gera interferência no PACTA SUNTA SERVANDA,todas as relações jurídicas contratuais,sobretudo as bilaterais,devem ter entre as prestações um equilíbrio.Como identificar esse equilíbrio?Há elementos subjetivos que atuam nesse contrato.
Por exemplo um Fusca 68 vale 120.000 mil reais?Depende,se for para um colecionador e chegaram a esse valor específico, não causa o desiquilíbrio devido o acordo entre as partes.Por isso é difícil avaliar o quanto é ou não equilibrada a prestação, se é ou não desiquilibrada.Não há um artigo específico,há alguns pontuais que identificam:
*A lesão (art.157);
 Pode ser anulado o contrato por esse exemplo.
*Resolução por onerosidade excessiva(Art.478)
Um fato superveniente na origem,gera um desequilíbrio na prestação,ou na execução há um fato superveniente por fatores externos ou imprevisíveis e causam vantagem excessiva ao credor.
Se identifica esse equilíbrio quando as partes concordam com a mesma usando não apenas os aspectos objetivos mas também os subjetivos ,por exemplo a vontade declarada,não apenas caprichos.Não é simples identificar.
10) PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DO CONTRATO
Nos indica que todo e qualquer contrato deve ser conservado até a última medida,para muitos decorre da F.S.C.,e para outros do pricípioautônomo.deve ser buscado a excução plena do contrato,qualquer problema o aplicador do direito deve evitar a extinção do mesmo,última rácio.Ele deve ser aproveitado ao máximo o contrato,mesmo sendo inválido deve se extrair o que puder do mesmo.
Um contrato onde apenas uma cláusula é nula não pode ser anulado inteiro.Para se chegar num adinimplementoabsoluto,onde não há mais interesse do credor onde ele resolve o contrato,tem que ter certeza que não pode mais ser executado,se for possível deve ser satisfeita a vontade do credor.
Isso é um reflexo do principio geral da conservação dos contratos.O juiz só pode extinguir o contrato quando não houver mais jeito.A PACTA SUNTA SERVANDA diz que só podemos nos desvincular do contrato quando a obrigação for cumprida,se você não cumprir a outra parte pode se desvincular por você não ter cumprido.A conservação vai além disso,para buscar ao máximo realizar a satisfação do credor.
11)PRINCÍPIO DA JUSTIÇA CONTRATUAL
Busca pela equidade na relação contratual.
OSB:professor diz q não sabe o que é.Não tem qualquer fundamento principiológico.Mas a doutrina diz que existe e que o juiz pode decidir por equidade.Ele foi feito para servir de arbítrio.Mas não existe nenhum fundamento.(Para o prof não existe!!!!)
Aula 17/11/2015
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
Essa parte será importante para saber qual a disciplina jurídica desse ou daquele contrato,cada um atrairá uma série de situações jurídica subjetivas,institutos que estarão presentes em determinados contratos sejam eles bilaterais,gratuitos,entre outros. Embora pareça algo meramente estrutural,vai ter muita utilidade para identificar os vários tipos de contrato.Cada contrato terá características próprias,peculiares que ele possui,pois cada um tem critérios distintos .Isso pode ser dito pois um mesmo contrato de compra e venda de água,no Luiz(cantina) por exemplo,esse contrato é bilateral,oneroso,comutativo,consensual,não solene,envolve apenas o contrato principal,instantâneo,típico,impessoal,de adesão e não é relacional.Em um exemplo deu para encaixar cada uma das classificações desse tipo de contrato.Faremos a partir daqui como identificar os tipos de contratos,quais os critérios,como identificamos os mesmos.A importância será atrair uma série de situações regulamentares que só estarão presentes em determinados tipos de contratos. A responsabilidade por dolo ou culpa grave, que é um critério que o CC normalmente não utiliza ,só estarão presentes nos contratos gratuitos,não nos contratos onerosos. 
1) CONTRATOS BILATERAIS E UNILATERAIS
A classificação mais importante é essa,a diferença entre contratos unilaterais e bilaterais.Essa distinção se opera em termos de EFEITOS do contrato e não na sua formação. A unilateralidade ou bilateralidade do contrato é identificada a partir da análise dos efeitos do contrato e não nas circunstancias da sua formação. Essa a diferenciação entre ,o critério para identificar de um lado os negócios jurídicos unilaterais/bilaterais e do outro contratos unilaterais/bilaterais.Quando analiso o momento da formação se há uma pessoa só que declara vontade ou duas ou mais pessoas,vou entender que tipo de negócio é aquele.Se há declaração formativa,no sentido de formar o ato jurídico só uma das partes manifesta a vontade,declara essa vontade e ela opera efeitos jurídicos na esfera jurídica alheia,aqui temos negócio jurídico unilateral.Exemplo clássico do TESTAMENTO. Posso fazer um testamento dispondo do meu patrimônio,dispondo dos meus bens para alguém depois da minha morte.Essa pessoa não precisa assinar nada.Nenhum beneficiário pode fazer isso,não precisa assinar. Se o fizer,será excluído da sucessão.(art. 1801 CC).Ele não pode participar do ato testamentário,pois se for o caso poderia ser excluído por indignidade,caso seja herdeiro necessário .Por isso TESTAMENTO é NEGÓCIO JURÍDICO UNILATERAL pois apenas uma das partes declara vontade formativa daquele negócio,mas os efeitos podem ser modulados pela autonomia privada,por isso é negócio jurídico e não ato jurídico stricto senso, é o testador quem vai determinar como será a sucessão não a Lei,mas por ser modulado apenas por uma pessoas é NEGOCIO JURÍDICO UNILATERAL.Se por outro lado for uma CONVENÇÃO,ou um ato onde onde as outras partes também podem modular,criar auto regulamentação para elas mesmos, isso vai ser negócio jurídico.Ma ,se participar mais de uma pessoa declarando vontade,aí será NEGÓCIO JURÍDICO BILATERAL OU PLURILATERAL,cujo exemplo principal é o CONTRATO.Saber quem declara vontade negocial ,se uma parte ou mais que uma parte será importante na Teoria do Fato Jurídico,para se saber que tipo de negócio é aquele,se unilateral ou bilateral.Vamos analisar esse contrato,que já sabemos que é um negócio jurídico bilateral,passamos a analisar também se esse contrato bilateral na sua formação,se também será bilateral nos seusefeitos pois não necessariamente ele o será, ele poderá ser unilateral também. Por isso é importante saber os critérios que diferencia um contrato unilateral de um bilateral é o critério dos efeitos do negócio e não o momento formativo.Quando olhamos o momento formativo,quantas partes estão participando da declaração de vontades é negócio jurídico bilateral/unilateral,mas o que são os efeitos do contratos? Esse é um outro fenômeno que estudamos anteriormente:AS OBRIGAÇÕES.
Se geram obrigaçõespara ambas as partes é um contrato bilateral,se gera apenas a uma das partes ele é um contrato unilateral. Uma parte será ao mesmo tempo credora e devedora.(Compra e venda por exemplo,olhar os efeitos).Sabendo dessa distinção ,deixar de olha o momento formativo,saber que tipo de regime jurídico será atraido conforme o contrato.Importante saber que no contrato bilateral ,ela é identificada pelo VÍNCULO SINALAGMÁTICO entre as partes.Aquele contrato que gera obrigações para ambas as partes ,gera obrigações em termos sinalagma contratual. A Doutrina Dogmática costuma dizer que o fato de um contrato ser bilateral não significa que ele é sinalagmático.Dogmaticamente isso até é correto ,só que na prática não conseguimos identificar essa situação.
Qual o conceito se SINALAGMA?
Ele pressupõe a idéia que as obrigações são recíprocas e co-respectivas,vínculos de reciprocidades entre as obrigações,significa dizer que uma obrigação é a CAUSA da outra.
As partes do contrato são sinalagmáticasquando uma obrigação é a causa da outra,no sentido que uma só existe em razão e em função da outra.Não existiria obrigação de pagar o preço se não fosse ao mesmo tempo,como causa de pagar o preço,de entregar a coisa co-respectiva. Por isso num contrato de compra e venda,a obrigação de uma parte de entregar a coisa e de outra entregar o preço é uma obrigação não só bilateral ,são também co-respectivas.O vínculo sinalagmáticidade é mais forte do que da mera bilateralidade. Não basta que ambas as partes tenham obrigações qualquer,elas tem ser recíprocas,sendo recíprocas não será apenas bilateral será também sinalagmático.
O que isso importa em termos de efeitos? Normalmente contratos bilaterais são sinalagmáticos masalguns quando não são contratos bilaterais perfeitos podem ser o que chamamos de contratos bilaterais imperfeitos, nasceriam em tese como contratos unilaterais mas algumas circunstâncias os tornou bilaterais. (Professor já volta ao assunto mais a frente)
Para entender esse contrato precisamos entender o contrato unilateral. O contrato unilateral é o inverso do bilateral,é aquele onde apenas uma das partes possui obrigações,isso faz com que a outra parte tenha apenas direitos correspondentes ao cumprimento daquela obrigação. Um exemplo clássico é o CONTRATO DE DOAÇÃO ,impõe que o doador é o único devedor,o donatário não tem obrigações,ele só tem direito de receber a coisa doada.Em tese ele não tem nenhuma obrigação nesse tipo de contrato.
A Doação é contrato?Sim,o doador precisa manifestar VONTADE na doação,por isso é um contrato.Do contrário seria um negócio jurídico unilateral,pois o donatário precisa concordar em receber a coisa. E concordando a partir do contrato formado ele não tem nenhuma obrigação,só tem direitos de receber a coisa.
Contrato de Comodato, empréstimo de coisa infungível, o VadeMecum do professor(apenas esse tem valor pra ele) em algum momento quem o pegar emprestado terá que devolver aquele mesmo livro,não pode ser substituído,e a obrigação é apenas para quem o pegou e não do professor que o emprestou. O comodatário temo dever de devolver para o comodante a coisa infungível.Não há nenhuma obrigação para este último.
Contrato de Mútuo,segue a mesma lógica mas aqui é de coisa fungível(dinheiro por exemplo).Só existe obrigação para o mutuário,ele é o único sujeito que tem o dever de pagar o mutuante.
Contrato de Depósito, outra situação onde eu o depositante, ao deixar uma coisa em depósito,formando o contrato, tenho apenas direitos, o direito de receber a coisa depositada em algum momento.O depositário é o único que tem obrigação de restituir a coisa entre outras como conservar a coisa,realizar benfeitoria se for o caso...
Nesses tipo de contratos acima citado temos os exemplos de contratos unilaterais,visto que a obrigação é apenas de uma das partes.Contudo, haverá situações que em tese o contrato seja unilateral as partes possa incluir algumas cláusulas ,consideradas elementos acessórios,mas se estiverem presentes altere um pouco a natureza do contrato que vão tornar esses contratos até então unilaterais em contratos bilaterais imperfeitos. Pois eles receberão alguma bilateralidade,por exemplo quando realizo uma DOAÇÃO MODAL também chamada de DOAÇÃO ONEROSA ou DOAÇÃO COM ENCARGO,estou criando uma obrigação que o donatário tem que cumprir e se não o fizer pode deixar de receber a mesma,pois eu,doador, terei criado uma obrigação relacionada a coisa.
EX:Uma escola privada que vou doar ,estou perto de morrer e quero deixar para meu filho,isso se chama doação de ascendente para descendente.Ao realizar essa doação para meu filho posso criar um modo,um encargos sobre essa doação de forma que impeçam do meu filho realizar determinadas coisas nessa escola,criando uma obrigação de não fazer,onde ele não pode fazer qualquer construção,empreendimento financeiro,econômico diverso da finalidade da escola.Não pode transformar a escola num shopping,tem que ser apenas para fins educacionais.Caso o faça,se descumprir o que foi determinado,faz com que a doação seja revogada,se estou criando obrigações,ainda que não sejam co-respectivas ,sinalagmáticas,eu estou dando característica de bilateralidades,chamados então de contrato bilateral imperfeito.
O mútuofeneratício oucobrança de juros também se encaixa nesse modelo de contrato bilateral imperfeito.Cria uma certa idéia de vínculo causal, o empréstimo tem juros remuneratórios além do valor que foi emprestado. Não apenas incide sobre a coisa que deve ser devolvida no mesmo valor,mas,com acréscimo de juros.Essa a forma mais comum.
Posso transformar o depósito também em oneroso,quando deixo meu carro num estacionamento por duas horas e pago por esse tempo.O contrato de depósito não dá o direito ao depositário usufruir da coisa,ele tem que zelar,manter a mesma no estado que se encontra e no fim do tempo (pois ele é temporário)estimado devolver a coisa ao depositante.Isso veremos mais adiante na qualificação dos contratos.É uma das partes mais difíceis,interpretação e qualificação dos contratos(obs do professor)
Mutuo feneratícios ou oneroso, contratos unilaterais onde ambas as partes tem deveres gerados pela boa fé.Esse um dos grandes questionamentos da nova teoria contratual,essa estruturação classificacionista ao dizer que todo e qualquer contrato será bilateral pois mesmo os credores tem deveres diante da boa fé objetiva,mesmo sendo laterais.A diferença seria quando haverá sinalagma ou não.Isso vai ter relevância prática porque se o contrato for bilateral é só nele que incide a regulamentação da exceção do contrato não cumprido.
EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO - ART.476 CC
"Nos contratos bilaterais se uma das partes recusar a realização da prestação,não pode exigir da outra o cumprimento"
Em suma se em algum momento eu,contratante, sou cobrado pela outra parte contratual,eu posso me defender de várias formas,tentando anular o próprio título da cobrança,dizendo que a dívida não existe e que foi paga mas uma dessas essa forma é chamada DEFESA EM FACE DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO(art. 476 no CC).O próprio Código diz que essa é uma das modalidades de defesa de cobrança,eu posso arguir que só não foi realizada aquela prestação cobrada porque o autor da ação não cumpriu,não realizou a prestação a meu favor,Isso porque a obrigação é sinalagmática,são recíprocas, uma obrigação é causa da outra.
CONDIÇÃO RESOLUTIVA TÁCITA DOS CONTRATOS
Aprenderemos melhor em extinção dos Contratos isso,mas todo contrato ele pode vir acompanhado de uma 'cláusula resolutiva'expressa ou não.Quando podemos saber se um contrato pode ser extinto ou não na hipótese em que as partes esqueceram de prever as circunstâncias da extinção? Sempre que houverCONDIÇÃO RESOLUTIVA TÁCITA.Isso há em todo e qualquer contrato bilateral,pois se uma das partescumpre a sua obrigação mas a outra tem o descumprimento definitivo do mesmo é nesse casso que irá se encaixar,dá o direito ao credor de extinguir o contrato por inadimplemento.Tácito porque não precisa estar expresso.(por exemplo inadimplemento absoluto).A criação dessa forma de resolução de contrato foi para não deixar em suspenso a situação do credor,ele não pode ficar eternamente subjugado a vontade do devedor.Quando o devedor não quer cumprir a sua obrigação dá ao credor o direito de utilizar esse recurso
2)CONTRATOS GRATUITOS E ONEROSOS
A diferença entre eles é que no contrato é oneroso ambas as partes visam e obtém uma vantagem econômica,visto que ele tem conteúdo patrimonial,e acabam também tendo um sacrifício patrimonial.Na compra e venda, eu tenho que pagar um preço para adquirir patrimônio,o vendedor receber o valor mas sacrifica entregando a coisa,no aluguel o proprietário tem a vantagem de receber o dinheiro do mesmo mas perde a posse temporária do seu imóvel.Aí esta a onerosidade criada através do sacrifício patrimonial mas com vistas de vantagens econômicas. Cuidado para não confundir contrato oneroso e gratuito com unilateral/bilateral.Em Unilateral/bilateral estamos falando em OBRIGAÇÕES para ambas as partes,no oneroso ambas as partes tem sacrifício patrimonial que visam vantagens patrimonial.Normalmente contrato bilateral será oneroso e vice e versa,mas pode acontecer essa confusão quando encontrar o contrato de doação(unilateral)mas se ela for modal,aquela que cria um sacrifício patrimonial para o donatário , vai ter que realizar um encargo para vantagem de receber a coisa,isso é doação onerosa mas em tese continua um contrato gratuito,então será a hipótese de contrato gratuito e oneroso ao mesmo tempo. No mútuo feneratício também é discutida essa hipótese aqui muitos dizem que a obrigação continua sendo somente de um só parte ,o mutuário que tem a obrigação,que é devolver a coisa emprestada fungível acrescido de juros remuneratórios . Aqui o problema é o contrato unilateral oneroso: quando se trabalha com o juros,o mutuante esta tendo uma vantagem que antes ele não tinha.Entra aqui a vantagem patrimonial do mutuante,tornando assim esses contrato oneroso.Sempre que a doação for sem vantagem para o doador o contrato é gratuito,se o mutuante empresta sem vantagem patrimonial,nos contratos gratuitos apenas UMA das partes obtém vantagem.Mas se ambas as partes obtém vantagens ele se torna ONEROSO.Então no mútuo feneratício o contrato continua unilateral,só o mutuário tem obrigações,mas o mutuante tem uma vantagem ao receber os juros remuneratórios,aqui o contrato se torna oneroso e unilateral ao mesmo tempo.Não confundir as duas classificações,são critérios distintos.
Para saber se são onerosos ou gratuitos basta olhar se ambas as partes obtém vantagens patrimoniaisou se apenas uma das partes obtém.Nos casos de ambas,contratos onerosos,se apenas uma das partes,contratos gratuitos.Qual a importância da classificação para nós?
Se o contrato for GRATUITO a repressão é maior,atrai mais a disciplina da fraude contra credores.Aprendemos que a FCC(FRAUDE CONTRA CREDORES)ela é orientada a observar alienações gratuitas que se operam no patrimônio do devedor enquanto ele já é devedor e ainda não realizou pagamento do preço, se desfaz do bem para fugir desse pagamento.(Conluio fraudulento)Se o contrato for oneroso fica mais difícil ser FCC.Ele afasta a disciplina da fraude.
Art. 114,nos contratos gratuitos APENAS a interpretação dos seus dispositivos ela é sempre restritiva, em contratos benéficos(gratuitos).
Art.392Nos contratos gratuitos a parte contratual que não obtém a vantagem ela só responde perante o outro por DOLO. caso ela cause dano ao outro por CULPA ela não responde.
EX:Doação, eu doador se causar um dano ao donatário se esse dano por dolo,com intenção de prejudicar,eu respondo por isso mas se for por simples CULPA,negligencia,imperícia,descumprimento de um dever de diligencia,ainda que o donatário sofra o dano,ele não vai poder ser reparado porque o doador não responderá se não comprovar que ele agiu com a intenção de prejudicá-lo.
No contrato oneroso não acontece isso.Como toda e qualquer situação de responsabilidade civil,o agente causador do dano responde sempre que houver dolo ou culpa(responsabilidade subjetiva comum)
Contrato Gratuito Atípicoé contrato de transporte desinteressado(carona),se ofereço uma carona a alguém e no caminho por minha culpa acontece um acidente,eu não respondo pelo dano que eu causar,se por exemplo o meu caronista perder o braço.Essa a idéia do art.392
Se a carona ficar condicionada a pagar a gasolina,deixa de ser gratuito para ser oneroso.
OBS:há uma súmula(prof. não recorda qual) que diz especificamente nos casos de contrato de transporte interessado o dono do veículo responde por dolo e CULPA GRAVE,ampliaram o conceito para evitar situações absurdas como no caso de embriagues,para abarcar esse tipo de situação,por exemplo.Culpa leve,média,continua sem abarcar.
3)CONTRATOS CUMULATIVOS E ALEATÓRIOS
Nos contratos comutativos a relação vantagem/sacrifício são equivalente, de modo que o sacrifício patrimonial que eu tenho corresponde precisamente a vantagem patrimonial que eu vou obter.O critério é que eu ,contratante,tenha essa consciência,tenha ciência da minha vantagem patrimonial ,certeza sobre a prestação que irá ser cumprida a meu favor.Se eu comprar um livro ,eu tenho certeza que vou receber o livro,se alugo uma casa eu vou receber a casa que escolhi,ela existe de modo consciente na parte contratante .Isso é o mais importante no contrato comutativo.
Diferente do contrato aleatório, onde a parte não tiver consciência precisa da equivalência das prestações ,não há a ciência precisa de que o sacrifício patrimonial se converterá em benefício a seu favor,se a prestação ocorrerá na sua esfera jurídica.Um exemplo é a aposta na Mega Sena,quando você aposta é um contrato de aposta qualificado(legal),você firma com a Loteria você tem certeza do seu sacrifício patrimonial,mas não há a certeza que irá obter essa vantagem pois ela é aleatória,o contratante assume o RISCO de obter ou não uma vantagem de acordo contratual.A famosa ALEA contratual(significa risco).Todo contrato tem a Alea comum,mas no contrato aleatório risco é INCOMUM,de modo que ele não sabe se vai ou não receber,e caso ele não receba não pode exigir pois sabia desse risco.É o caso da mega sena,se você não receber não se trata de inadimplemento,não vai exigir de volta seu investimento posto que se sabia desse risco de não ganhar a mesma.
Nos contratos aleatórios os riscos se dá sobre duas coisas:
- Se dá sobre a própria existência da prestação respectiva,'emptiospei' (risco pela coisa)
-Se dá pela quantidade 'emptio rei sperate' (risco pela quantidade da coisa)
Nesse caso,o risco será ou sobre a existência da coisa ou sobre a sua quantidade ,ele é orientado pela coisa futura,normalmente contratos agrários.Por exemplo,um contrato sobre coisa futura,safra de 2019 de soja.Ele pode ser comutativo,onde o produtor se compromete entregar uma determinada quantidade declarada de soja,ainda que dê problema pois é um contrato comutativo,posso por cláusulas de exclusão de responsabilidadepor caso fortuito ou força maior ,o produtor assumindo esse risco,eu receberei de qualquer forma(art.393,parágrafo único) , ou posso fazer o contrato onde quem assumirá o risco será o contratante ,onde eu posso ou não receber a coisa(emptiospei) 
Art.458 CC - diz respeito a existência da coisa 
'Se o contrato for aleatório,por dizer respeito a coisa ou fatos futuros ,cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma,terá o outro direito de receber integralmente o que lhe for prometido(preço*),desde que de sua partenão tenha havido dolo ou culpa,ainda que nada do avençado venha existir"
*Valor combinado entre as partes,só não pagarei se o produtor não cumprir sua parte por dolo ou culpa.Se perder a safra por não ter usado os meios para que uma praga não consumisse a mesma,por exemplo.
Art.459 CC - sobre a quantidade
Se for aleatório,por serem objetos de coisa futura ,tomando o adquirente a si o risco de virem existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço,desde que de sua parte não tiver concorrido culpa,ainda que a coisa venha existir em quantidade inferior à esperada'
§Único: Mas ,se a coisa, nada vier a existir ,alienação não haverá ,e o alienante restituirá o preço recebido.
Aqui o mesmo raciocínio,mas eu irei assumir o risco de existir ou não.O produtor terá que me dar toda a produção de 2019 em soja,onde há um mínimo ,mesmo que seja apenas uma tonelada para além disso é um risco,no excesso(para além disso,Alea quanto a quantidade).
Nos casos concretos ás vezes as classificações pensamos que ou o contrato é comutativo ou aleatório,e na verdade ele pode ser as duas coisas, conforme o capítulo do contrato,em determinados ele será comutativo e em outros será aleatório.
No contrato aleatório quando se assume o risco,as pessoas assumem os mesmos porque podem ter vantagens.Se o sujeito disse que pode entregar 6 toneladas,e só produz 2 toneladas,ele tem que arcar com esse prejuízo,mas se produzir 9 toneladas,ele vai ter o lucro acima do esperado.Por isso o risco.Mas se não acontecer a entrega pela existência,ele não pagará pois o risco foi apenas sobre a QUANTIDADE da coisa,e não sobre a sua EXISTENCIA.
 Art. 460
Se for aleatório o contrato,por ser se referir a coisa existentes,mas expostas a risco,assumido pelo adquirente ,terá igualmente direito o alienante a todo preço,posto que a coisa já não existente em parte,ou de todo,no dia do contrato.
Não estou fazendo sobre coisa futura,mas sim coisa existente.Se tenho uma lancha ancorada e quero vender,mas ela pode se perder,o mar pode levar,ou eu tenho soja no meu galpão,ela esta exposta a praga,ela esta armazenada.Se eu realizo sobre essa coisa,a parte assumir o risco,caso a soja se perder,posso receber o valor integralmente, embora a quantidade a ser entrega seja inferior ao combinado ou tenha perecido.
Mas caso eu saiba que, por exemplo,a soja armazenada já estava com praga e não avisei sobre isso,ou a lancha que vendi já se encontrava perdida pelo mar,aí já incorre no artigo seguinte.
Art. 461
A alienação aleatória a que se refere o artigo anterior,poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado,se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco,a que no contrato se considerava exposta a coisa.
Aula 24/11/15
4)CONTRATOS CONSENSUAIS E REAIS
Na doutrina dogmática existe um Princípio contratual chamado Consensualismo,segundo o qual um contrato considera-seformado com o mero consentimento,basta o acordo de vontades das partes,deixando de se prender ao ritual,se desprender da forma,das solenidades excessivas.
É a partir desse princípio que faremos a diferença entre contratos consensuais e reais. No contrato consensual basta o mero consentimento para a sua formação.Mas cuidado,pois não está se fazendo referência ao Princípio do Consensualismo. Este foi uma reação a forma,trazer aos contratos a característica de informalidade e bastar a mera declaração mútua de vontades para o contrato ser considerado celebrado.A importância do Consensualismo foi afastar a formalidade.
Quando falo de CONTRATO CONSENSUAL estou colocando o consensos em outra perspectiva, ao olhar para relação concreta contratual quero descobrir se o contrato existe de fato a partir do mero consentimento entre as partes ou se existe a partir de um ato material praticado por uma das partes.Se para existir ele precisa apenas de mero consentimento,ele é um CONTRATO CONSENSUAL.Mas se para sua formação ele necessitar algo além do consenso ,um ato material praticado por uma das partes ele é um CONTRATO REAL.
Um Contrato REAL é o ato material de entrega de alguma coisa á alguém,é essa a diferença entre esses contratos.No contrato consensual não é preciso entregar nada,é preciso apenas o consenso de vontades para sua existência, pois a entrega da coisa fará parte do conteúdo de uma obrigação contratual e não de um requisito para a sua formação,que é o caso dos contratos reais.
Quando olhar a natureza da entrega ,é que saberei qual o tipo de contrato:o fato de entregar um livro a alguém é um requisito para efetuar um contrato ou é o efeito do mesmo?Se for efeito,será consensual,se for requisito,será real(dependeu de um ato material de entrega da coisa).
EX:Contrato de Depósito
Ninguém realiza um contrato de depósito sem depositar a coisa,esse é um exemplo de contrato real.Um contrato de estacionamento é atípico,mas pode ser considerado um depósito.Usando esse exemplo,não podemos apenas passar em um estacionamento e dizer que amanhã irei colocar meu carro ali.Se não o fizer,o dono do estacionamento pode me cobrar?Não!Pelo simples fato que o contrato sequer existiu,precisaria ter estacionado para existir ali um contrato,aqui não basta o acordo de vontades,é necessário a entrega(no caso o carro)para que o contrato existisse.
Todo contrato de depósito será real,assim como de mútuo e de comodato.Os contratos de empréstimo só passam a valer com a entrega efetiva da coisa emprestada(dinheiro).Caso eu faça um empréstimo mas se por uma falha o banco não efetue a entrega do valor acordado,e eu desista depois do mesmo,não haverá porque eu ser cobrado futuramente,pois o empréstimo não ocorreu,visto que não foi entregue a quantia acordada.
OBS:O contrato de depósito é considerado pela dogmática como gratuito e unilateral,passa a ser bilateral e oneroso.Isso visto pela análise funcional,pautado no mundo prático das coisas.Mas não se orientem por mim(professor) pois sou contracultura no DirCivil,em todos os Manuais a regra é que os contratos de depósito,mútuo e comodatos são gratuitos e unilaterais(embora na prática não seja isso!!)
#Importante: Identificar a real formação do contrato.Saber quando o contrato foi formado: se quando entrega a coisa ele é REAL,se apenas no acordo de vontades e a entrega é efeito ,ele é CONSENSUAL
5)CONTRATOS SOLENES E NÃO SOLENES
Esse é curiosamente a classificação que esta mais associada ao Princípio do Consensualismo,ele diz que todo e qualquer contrato deveria ser informal
Os contratos solenes são aqueles que precisam de um ritual,ele não existe sem a solenidade,um bom exemplo é a ALIENAÇÃO DE COISA IMÓVEL Necessita de uma formalidade para ser realizado.Por ser acima de 30 sal min tem que ser realizado por escritura pública, não basta entregar a chave do imóvel mas tem que ser feito o registro em cartório(modo de aquisição),e o maior dos contratos solenes é o CASAMENTO. Ele é feito de formalidades impressionante,desde a habilitação até a celebração.
Um contrato não solene pode ser comparado com a compra de um sanduícheno mc Donald, basta chegar e pedir que o contrato ocorre,ele é não solene,uma vez que a lei não impõe uma forma específico.
A importância de saber se o contrato é solene ou não solene,será sobre a nulidade do negócio,pois é orientado na teoria das nulidades,que o negócio jurídico poderá ser considerado nulo se ele não obedecer a forma prescrita em lei,se o contrato for formal.Se o contrato não for formal,ele será de contrato livre forma(não solene).
6)CONTRATOS PRINCIPAL,ACESSÓRIO E CONEXO
O contrato principal é o motivo da existência do contrato acessório.O acessório só existe em função do principal.Se o principal não existisse não faria sentido o contrato acessório,há uma dependência funcional.
Um exemplo é o contrato acessório de garantia, esse tipo de contrato só existe porque existe uma dívida principal.Então um contrato de fiança(garantia)é acessório ao principal(mútuo).Quando um contrato existe com dependência sobre outro é porque ele é acessório,não principal.
A diferença entreos contratos acessórios e conexos reside sobretudo que os contratos conexos não há dependência propriamente dita de um contrato por outro,não há dependência existencial.
Nos contratos acessórios se o principal se extinguir,estes automaticamente também serão extintos,eles deixarão de existir.O preceito que o acessório segue o principal, a conexão,também chamados de conexos ou co-ligados,são situações que não refletem o vínculo de dependência existencial,mas,um vínculo de ligação mútua entre os contratos.Uma ligação funcional de modo que todos os contratos são considerados conexos,otimizam a utilidade daquela relação jurídica.A ausência de um não importa a inexistência de outro.Não há vínculo de dependência existencial entre eles. Os contratos conexos esta muito mais ligados a utilidade,a conveniência a conexão contratual do que o vinculo de dependência existencial.
Um exemplo:uma incorporação imobiliária, envolve uma rede de contratos.Não há contratos principais e acessórios,mas uma rede de contratos que estão interconectados e tem uma certa vinculação funcional. Eu,incorporador,primeiramente faço um contrato de promessa de compra e venda com o dono do terreno,para construção de um condomínio;ao mesmo passo faço outro contrato com uma empresa de arquitetura/engenharia para fazer o projeto arquitetônico e de engenharia,todos são levados para Prefeitura(Poder Público) para ser aprovado o plano memorial descritivo e o plano da atividade de incorporação.Uma vez aprovado realizo um contrato com uma empresa de publicidade para fazer a oferta das unidades autônomas ao consumo na planta(aquisição do imóvel na planta) e também uma empresa de corretagem,que vai aproximar as pessoas ,os consumidores, da incorporadora.Mas eu não preciso necessariamente ser um construtor,então eu contrato uma construtora específica. Infelizmente não possuo dinheiro para bancar toda essa atividadeentão vou ao banco e faço um financiamento específico para a construção e não vou conseguir vinte milhões sem dar uma garantia ao banco,posso dar em garantia como hipoteca as futuras unidades autônomas.Em algum momento consumidor vai adquiri os apartamentos na planta,por promessa de compra e venda,agora relação consumidor/incorporador com a aproximação da corretora.Olha quantos contratos conexos.O consumidor então comprar o apartamento na planta que será entregue em 30 meses,na entrega do imóvel o adquirente realiza a quitação do pagamento(preço) integral e vai requerer a outorga da escritura definitiva da unidade autônoma na sua titularidade no registro,e quando chega lá ele descobre que tem um gravame de hipoteca do incorporador em favor do banco.E o que ele tem a ver com isso?Nada!A incorporadora faz todos esses contratos conexos para no final vender a famosa 'casa própria' para os consumidores,essa a utilidade de tudo isso,isso que deve mover o escopo dessa atividade complexa de incorporação,e todo e qualquer problema relacionado a isso deve ser resolvido pela ótica do consumidor,que é vulnerável nessa relação como tudo foi realizado para ele na perspectiva funcional. No caso da hipoteca quando for avaliada em juízo,ela é até válida mas não em face do consumidor,ela é inoponível contra o consumidor(SÚMULA 308 STJ).Quando o STJ faz isso ele esta levando em consideração a CONEXÃOentre os contratos.
Ele esta dizendo que cada contrato que esta ligado nessa rede contratual,embora tenha autonomia funcional/causal vai interferir de alguma maneira nos contratos que estão nele coligados,aquele princípio que aprendemos da relatividade dos efeitos do contrato,que quando contrato os efeitos do mesmo só vale para as partes, não atingem mais ninguém,é mentira pq se forem conexos as pessoas estão sofrendo efeitos daqueles contratos que estão sendo coligados,mais uma exceção a esse princípio.Importante saber que se isso esta acontecendo há influência contratual nos contratos conexos,uns nos outros, e quando o julgador estiver diante da lide (sempre um caso difícil) ele vai ter que usar o ordenamento para decidir para onde vai pender a balança,nesse caso será sempre para o consumidor.
Outro exemplo são os contratos bancários:faço uma abertura de conta corrente e depois uma de conta poupança,uma não é dependente da outra,são coligadas, depois faço um débito automático,um contrato de mútuo com banco.Todos serão contratos conexos,e não principal e acessório.Aqui os contratos se influenciam.
(Aqui o professor indica que esse tipo de contrato éque cai em banca de concurso para juízes uma vez que pouca gente lê sobre esses contratos,e chama atenção para essas relações de consumo nos contratos conexos)
Enunciado 421 da Jornada de DirCivil:'Os contratos coligados devem ser interpretado segundo critério hermenêutico do código civil,em especial o 112(declaração de vontade) e 113(boa fé) 
7) CONTRATOS INSTANTÂNEOS E DE DURAÇÃO
Nos contratos Instantâneos ele de execução imediata ou deferida.Ele não é o que se resolve logo,a execução é de uma só vez,pode ser no momento da contratação(ex:qdo compramos uma água e nos entregam imediatamente) ou de execução diferida no tempo.Por exemplo,compro meu automóvel agora mas só receberei daqui há trinta dias,e quando ela chegar será executada de uma só vez também.Tem um lapso temporal para a sua execução.
No contrato de duração é aquele que envolve uma prestação continuada,portanto envolve uma execução continuada de maneira ininterrupta,há normalmente uma obrigação de fazer,um contrato de empreitada é um exemplo.Ou pode ser também de trato sucessivo,onde as prestações vão se renovando no tempo.Se realiza a obrigação durante um lapso temporal,o contrato de trabalho é um contrato de duração,de trato sucessivo.Quase todos os contratos de obrigação de fazer são de duração.
Quanto mais duração ele tiver,maior a relevância.Nos contratos instantâneos não se aplicam efeitos importantes como da teoria da imprevisão,da resolução por onerosidade excessiva.A aplicabilidade desses dois princípios só será aplicado se o contrato for de duração.Sendo um contrato instantâneo não dá tempo para as circunstâncias se alterarem e causar um desequilíbrio. A importância é no contrato de duração,apenas nos contratos de execução deferida no tempo que poderá ser aplicado o de resolução por onerosidade excessiva. Um exemplo,se realizo um contrato de empreitada,uma ponte será construída na minha fazendo,e quero uma ponte para passar sobre um rio em minha propriedade.Mas não é uma ponte qualquer,ela será no estilo provençal,pago 15 milhões ao empreiteiro para tal contrato.No entanto no bojo da execução,há uma crise de aço causado por atentados terroristas,e falta aço no mercado,e o empreiteiro que ainda não havia adquirido todo aço necessário para a conclusão da obra não tem como executar a mesma,pois ele se tornou excessivamente oneroso adquirir o aço da obra.Foi devido um ato imprevisível,inevitável e um fator superveniente que a impossibilidade de dar seguimento ao contrato que pode ser pedido a revisão do negócio para reequilibrar as prestações ou pode pedir a resolução do contrato,extinguir o mesmo(direito potestativo).Por isso a necessidade de saber qual o regime do contrato,se instantâneo ou de duração.
8)CONTRATOS TÍPICOS E ATÍPICOS
Os Típicos estão previstos em lei,no ordenamento jurídico.Há uma tipicidade contratual.Mas,um dos efeitos mais interessantes da Teoria Contratual é fruto da autonomia privada,é a possibilidade das pessoas formularem os CONTRATOS ATÍPICOS,a possibilidade de formularem contratos que a lei nem sequer previu.
Assim surgiram os contratos que aos poucos vão se tipificando,que depois o Estado regula como por exemplo os contratos de FRANQUIA, DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, FACCTORING,DE ARRENDAMENTO MERCANTIL(LEASSING).Eles chegaram ao Brasil e depois se estabeleceu a tipicidade,pois não existiam aqui.
Faz parte da autonomia privada criar negócios ainda não previstos em lei,no sentido mais puro da autonomia,e garantido pela CFRB/88 no art 170(Livre iniciativa) e no art 425 do CC.
'É lícito as partesestipular contratos atípicos,observadas as normas gerais fixadas neste Código'
Obedecer aos requisitos,as normas de caráter imperativo mas tendo liberdade de formular seus contratos. Ainda que seja permitido realizar contratos atípicos deve-se observa rque alguns tipos de contratos são expressamenteproibidos por lei,por exemplo o pacto sucessório.Ele é nulo de antemão de herança de pessoa viva(art.426)
'Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva'
Primeiro não é moralmente viável, e depois por uma questão jurídica.O objeto é inexistente e indeterminado,visto que a herança é todo o complexo patrimonial do morto(a pessoa ainda não morreu!)e como patrimônio ele é dinâmico.Como saber o quantitativo na hora de receber essa herança?Ela pode existir mas também pode ter sido extinto,como acontece em alguns casos.É indeterminada e indeterminável.Então o negócio jurídico é NULO
9)CONTRATOS PESSOAIS E IMPESSOAIS
Nos Pessoais a pessoa do contratante ela é determinante na realização do contrato,ele será um contrato PERSONALÍSSIMO.
Exemplo:Um contrato onde apenas o Wesley Safadão é de interesse,não pode substituir por outra,a obrigação de fazer é personalíssima,só ele pode realizar.
Já no impessoal,qualquer parte pode realizar o contrato.Se faço a compra de passagens aéreas para o Havaí,pouco importa se será a TAM ou a GOL que irá me levar pois a pessoa da companhia aérea não importa mas sim que ela cumpra a obrigação que é realizar o transporte até o meu destino.
10)CONTRATO PARITÁRIO E CONTRATO DE ADESÃO
No Paritário as partes estão em igualdade de condições,em paridade de armas.Em paridade de autonomia,igual liberdade contratual.Ambas estão em liberdade para modular os efeitos do contrato. O Código Civil é feito sobretudo para situações que regulamos contratos paritários,eletb está preocupado com algumas situações que na prática são extremamente comuns em que as partes contratuais não estão em igual liberdade,as autonomias estão diferenciadas.
Nas relações contratuaispor Adesão uma das partes é considerada com mais autonomia e a outra com menos autonomia,não é nas obrigações mas apenas na autonomia. Uma parte é mais livre e outra menos livre.No contrato de adesão o sujeito aderente ele não tem liberdade para modular os contratos,ou tem essa liberdade muito reduzida.Os contratos por adesão são muito poucos regulamentados.O Código Civil traz dois artigos que falam sobre esses contratos,no CDC art 54,já que ele incide nas relações de consumo,e no CC são os seguintes artigos: 423 e 424.No 423 ele diz que nos contratos de adesão a interpretações devem ser favoráveis ao aderente.Já no art 424 onde apenas o caso concreto pode revelar, que é nula toda cláusula que importa renúncia prévia a algum direito que o aderente teria por natureza naquele contrato.
'Nos contratos de adesão são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio'
Quais os direitos que resultam na natureza do negócio?Só o caso concreto pode revelar.Isso protege o aderente em face do proponente.Como identificar se um contrato é de adesão ou não? A doutrina oferece alguns elementos do contrato de adesão,a doutrina portuguesa e alemã trata sob o estudo das cláusulas contratuais gerais,chamadastb de condições gerais da contratação,toda relação de adesão o proponente já tem previamente estabelecido as suas condições gerais de contratação,todo e qualquer contratante terá que se submeter a essas cláusulas gerais.
Nessa perspectiva o contrato de adesão seria todo aquele em que na celebração já houver:
-Cláusulas contratuais previamente determinadas
A doutrina chama de pré-formulação das cláusulas contratuais,O proponente estipulou sozinho esse contrato,o aderente não participou da formulação desse contrato
-Unilateralmente
A criação foi unilateral na formação das cláusulas,só o proponente realizou ao seu bel prazer as cláusulas contratuais daquele contrato.
- Generalidade
Tem que ser pré estabelecida unilateralmente e orientada a uma generalidade de pessoas.Todo e qualquer contratante esta sujeito a elas.
#Se houver uma cláusula que modifique esse contrato ele passa a ser um contrato paritário,visto que ele teve comprovadamente poder para modular os efeitos do mesmo.Ainda assim a proteção para o aderente se mantém,essa idéia é para tentar dar um equilíbrio para as relações,uma forma de compensar as deficiências de autonomia.Todo sujeito que é aderente esta numa posição de debilidade contratual,dando a ele um feixe de direito maior ao aderente.A doutrina tentou extirpar esse tipo de contrato mas ela foi 'atropelada' pela realidade,pois não estaríamos hoje nesse nível de civilização como um todo porque a velocidade de contratações como hj só que foi possível pelos contratos de adesão.
11)CONTRATOS RELACIONAIS
Esse contratos estão atrelados aos contratos de duração,eles tendem a perpetuidade e isso é desejável. Esse conceito é novo.Esta atrelados de duração e vai além no escopo.Embora uma das características do direito obrigacional é o fato dele ser temporário,revogável, por natureza.Apenas os direitos reais é que são perpétuos,mas nesse contrato específico a realidade atropelou esse conceito e elas são desejáveis.
Um exemplos são os contratos com fornecimento de água e esgoto(CEDAE) com nosso imóvel.E não existe liberdade de contratar posto que ela é automática,um contrato necessário.Isso existe e não podemos negar,há uma utilidade prática para isso,e é bom que continue esse contrato,que passe de geração a geração,mas ainda assim isso é uma obrigação.Isso gera um problema pois se perpetua no tempo e pode gerar uma série de situações desfavoráveis aos aderentes(pois esses são contratos de adesão).Por exemplo:submissão do aderente ao regime unilateral de preços,por ser monopólio,não há concorrência livre,ou não poder mudar pois há dificuldade por conta da idade no caso dos planos de saúde.Se você tem 68 anos de idade pode extinguir seu plano mas dificilmente irá conseguir fazer um novo por conta da sua idade, será rejeitado por outros.
Os contratos cativos de longa duração ele exigem duas coisas de ordem prática: se ele for relacional a incidência de boa fé objetiva é maior,os deveres de cooperação,de confiança,todos os deveres lateral de conduta acontecem ainda mais de uma maneira efusiva e também deve estará presente o princípio da conservação do negócio,deverá ser feito de tudo para se evitar a extinção contra os interesses do consumidor, no caso das relações civis,do aderente.
Então se eventualmente um contrato de plano de saúde diz 'Não quero mais manter contrato com determinado sujeito,quero denunciar o contrato.' Isso não será possível em casos de planos de saúde pois é um contrato relacional. Um contrato cativo de longa duração que envolve a idéia de além da idéia de ser um contrato duradouro,deseja no seu escopo que ele dure o mais tempo possível ,ainda há incidência de princípios constitucionais com a proteção a saúde(direito social constitucional) e também direito a própria dignidade da pessoa humana que envolve a saúde.Os princípios constitucionais incidindo nas relações privadas para conservação do contrato a favor do aderente.
Aula 01/12/2015
INTERPRETAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
1)Qualificação Contratual /Negocial
A qualificação negocial ou qualificação do negócio jurídico é um dos assuntos mais difíceis da teoria contratual. Pode ser de um negócio,de um contrato,de um ato.Quando se qualifica um fato jurídico como um todo e se descobre se aquele fato é um ato jurídico stricto sensu, se é um negócio jurídico, se é um contrato,e mais que isso...que contrato é aquele.Ou o tipo do contrato ou se ele é atípico. Se descobre a disciplina jurídica do contrato,qualificação contratual é a investigação não apenas sobre o tipo contratual como sobretudo a identificação da disciplina jurídica daquela relação concreta.
É um assunto que de todos é aquele que tem mais repercussão prática.Todo operador do Direito(Advogados,Procuradores,membros

Outros materiais