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A Importância do Letramento na Alfabetização

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A IMPORTANCIA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO
RESUMO
Por se tratar de um tema de grandes ensinamentos, voltados para o contexto de como ensinar, com que ensinar e a formação de quem ensina é que se deu a escolha do tema. O procedimento utilizado foi uma pesquisa bibliográfica, na qual os principais materiais utilizados foram os livros, que me ajudaram na concepção de ensinar, para a aplicação de materiais diversificados e a formação de um professor que ensina e transmite os conhecimentos, um professor que está sempre à procura do aprendizado. As ideias e reflexões presentes neste trabalho podem auxiliar de alguma forma os educadores em luta por um ensino de qualidade acessível a todos em sua digna tarefa de letrar, alfabetizar e formar cidadãos e sujeitos de seu desenvolvimento individual e coletivo.
ABSTRACT
Because it is a topic of great teaching, focused on the context of how to teach, what to teach and the formation of those who teach is that the choice of theme was given. The procedure used was a bibliographical research, in which the main materials used were the books, which helped me in the conception of teaching, for the application of diversified materials and the formation of a teacher who teaches and transmits knowledge, a teacher who is always Learning. The ideas and reflections present in this work can somehow help educators struggling for a quality education accessible to all in their worthy task of literacy, literacy and training citizens and subjects of their individual and collective development.
1. INTRODUÇÃO
O trabalho apresentado pretende mostrar a importância do letramento e da alfabetização como recursos avançados para o domínio do uso do código da leitura e da escrita.
Considerar as hipóteses construídas do ensino-aprendizagem no seu processo de letramento e alfabetização, respeitar ideias e concepções no sistema da leitura e escrita das crianças, identificar a evolução das teorias que sustentam os métodos de alfabetização e letramento, utilizar as concepções construtivistas relacionada a aprendizagem da leitura e da escrita.	
Apresentar alternativas que possam contribuir para o desenvolvimento das escolas melhorando a qualidade do ensino. Construir uma nova consciência e classificar os benefícios que a alfabetização e o letramento trazem para o interior da sala de aula e contribuindo para o aprendizado das crianças.
As crianças desde muito cedo convivem com a linguagem oral em diferentes situações, os alunos que as cercam falam perto delas e com elas. A linguagem ocupa assim um papel central nas relações sociais vivenciadas por crianças e adultos. Por meio da oralidade as crianças participam de diferentes situações de interação social e aprendem sobre elas próprias, sobre a natureza e sobre a sociedade. As crianças e os adolescentes observam palavras escritas em diferentes suportes, como, placas, rótulos de embalagens: escutam histórias lidas por outras pessoas, etc. Nessas experiências culturais com práticas de leitura e escrita, muitas vezes mediadas pela oralidade, meninos e meninas vão se constituindo como sujeitos letrados.
Certamente, cabe à escola elaborar estratégias que absorvam a participação das crianças em situações consideradas complexas pela falta de conhecimento e os levem gradualmente a dominar as ferramentas que possibilitam uma leitura eficiente.
A leitura e a escrita com finalidades sociais motivarão os alunos na busca de conhecimentos para dominar cada vez mais essas habilidades, que permitem maior acesso e participação no mundo social?
2. LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO
As diferentes funções e as diferentes formas pelas quais as pessoas têm acesso à língua escrita e oral, pode-se perceber que os conceitos de alfabetização e letramento, estão realmente ligados, hoje sabe-se que para haver total aproveitamento do ensino linguístico, um não pode seguir sem o outro.
	Uma criança pode ser alfabetizada já no primeiro semestre de alfabetização, porém tem que associar esse aprendizado com o letramento em sua prática educacional e social. A criança, mesmo não alfabetizada, já pode ser inserida em um processo de letramento, pois, ela faz a leitura incidental de rótulos, imagens, gestos, emoções. O contato com o mundo letrado é muito antes das letras e vai além delas.
	O letramento passa a ser o processo de inserir e participar na cultura escrita, iniciando um processo onde a criança começa a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade, compreendendo e valorizando o uso da escrita em diferentes funções e diferentes gêneros.
	A alfabetização por sua vez passa a ser o processo específico e indispensável na apropriação do sistema da escrita, tornando-se a conquista dos princípios alfabéticos e ortográficos, possibilitando ao aluno a autonomia de ler e escrever.
Sendo assim a ação pedagógica mais adequada e produtiva é aquela que contempla o letramento e a alfabetização de maneira articulada e simultânea.
Soares diferencia alfabetização e letramento. Ele amplia o conceito de alfabetização e valoriza o conjunto de práticas sociais de linguagem resgatando sua importância para o sujeito. Para Soares:
	Alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-los para ler e escrever, ou seja: o domínio da tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e a ciência da escrita. Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se letramento que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos (2000. p. 91). É no processo de alfabetizar letrando que o professor capacita ao homem para o domínio dos símbolos da comunicação, habilidade imprescindível no mundo contemporâneo.
Segundo Soares (2004) “... até os anos 80, o objetivo maior era a alfabetização (...), isto é, enfatizava-se fundamentalmente a aprendizagem do sistema convencional da escrita”.
Soares (2004) continua dizendo que a partir dos anos 80 o “Construtivismo trouxe uma significativa mudança de pressuposto e objetivos na área da alfabetização, porque alterou fundamentalmente a concepção do processo de aprendizagem e apagou a distinção entre aprendizagens do sistema de escrita e práticas efetivas de leitura e escrita. Soares está se referindo ao conceito de letramento. Ela alerta que tanto a alfabetização quanto o letramento estão sendo utilizados separadamente, desvinculados um do outro. Sendo que o objetivo maior é relacioná-los como processos distintos, indissociáveis. 
Alfabetizar de forma específica desvia-se do ato automático de decodificar uma língua através da sua escrita; nesse aspecto entra o letramento como peça fundamental de atribuir significados a esse processo. Aliado a alfabetização e ao letramento entra o respeito, as pluralidades culturais e linguísticas, que muitas vezes não são respeitadas no processo de escolarização.
As atividades de alfabetização são aquelas de descoberta do sistema alfabético de escrita relacionando a automatização das relações grafemas fonemas, ou seja relacionada a aquisição de base alfabética. E as atividades de letramento são aquelas onde existe uma interação com o material escrito, lendo e escrevendo diferentes interlocutores, isto é, uma preocupação com os usos sociais da leitura e da escrita.
Ser alfabetizada de forma letrada torna-se um sujeito de direitos iguais aos outros cidadãos que se utilizam das letras. É uma forma de o sujeito se tornar autônomo em meio a uma sociedade individualista, que vive em um ambiente de correria diária para a sobrevivência financeira.
Logo, Alfabetização e letramento apresentam objetivos de conhecimentos distintos, sendo assim, os processos cognitivos de cada um se tornam diferentes. Alfabetização e letramento são processos indissociáveis, já mencionado anteriormente. A alfabetização deve ocorrer em meio a utilização de variados suportes e gêneros de escrita, assim como para diversos interlocutores, ou seja, o aluno deve apropriar-se em constante contato com elee as práticas reais do dia a dia.
 Segundo Solé (1998): em ambos os casos é necessária a presença de um adulto, de um meio social, que ajude a criança em um processo de 
aprendizagem que acorre na interação educativa [,,] (SOLÈ, 1998, pag. 50).
A aprendizagem da leitura e escrita é feita nas séries iniciais e não é fácil nem para quem ensina, nem para quem está aprendendo, pois aborda vários questionamentos, por não ser uma questão simples exige muito esforço e desafio. 
Mas é uma etapa que precisa ser tratada cuidadosamente e apresentada com métodos que são úteis e significativos para a criança. Fazendo assim a leitura se tornar prazerosa e construtiva. O mais importante além da criança aprender a ler é compreender o que se lê. 
2.1 A história e a ciência para alfabetização e letramento
Historicamente, o conceito de alfabetização se identificou ao ensino aprendizado da tecnologia da escrita, quer dizer, do sistema de alfabetização de escrita. O que em linhas gerais, significa, na leitura, a capacidade de decodificar os sinais gráficos, transformando-os em sons, e na escrita, a capacidade de decodificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos. 
Hoje na cultura ética do mundo global, a ciência vem cada dia tentando inovar os seus conhecimentos para a melhoria das nações, e na prática pedagógica não podia ser diferente, a ciência vem inovando com metodologias e ideologias de conteúdos, aumentando assim a área de trabalho no processo de aprendizagem. No tema escolhido, alfabetização e letramento, a ciência tenta envolver conceitos e valores na linguagem escrita e oral cada vez mais.
Antes usava somente o conceito de alfabetização que é antes de tudo o processo de ensinar a ler, descobriram-se que mesmo os adultos nunca dominavam todos os tipos de textos, e que estavam sempre se alfabetizando, pois sempre havia coisas a se aprender em suas vidas.
Com o decorrer dos anos descobriu-se também que ser alfabetizado é mais que fazer junções de letras como: B com A = BA, é relacionar as letras com os sons e o que elas significam na nossa realidade social.
Para que não aconteça somente o tipo de alfabetização do passado, hoje passamos a usar dois conceitos: o de alfabetizar e de letrar. Uma criança para se alfabetizar ou letrar, ela precisa ter noções claras sobre a diferença entre falar e escrever, distinguir sons da escrita, precisa conhecer a história da escrita, a função das letras juntas e separadas, associar a fala e a escrita em todos os sentidos. A ciência pedagógica descobriu que um conceito depende do outro. As crianças necessitam além de ler e escrever, associar as letras aos sons, a sequência a ordem de um texto, e isso só terá sucesso se usar os dois conceitos juntos
2.2 Letramento e Alfabetização na hora certa.
A construção do processo de alfabetização e letramento varia muito de criança para criança. Às vezes é difícil compreender a evolução da escrita em relação a criança, mas é fundamental que o professor aprenda a interpretar essas evoluções. 
Não se pode descartar a importância das práticas socioculturais da leitura e a apropriação da língua escrita, tem que considerar que também é um fato incontestável, que só a partir da descoberta do princípio alfabético e das convenções ortográficas se forma um leitor e escritor autônomo.
De acordo com Morais e Albuquerque (2004): As crianças que vivem em ambientes ricos em experiências de leitura e escrita, não só se motivam para ler e escrever, mas começam, desde cedo, a refletir sobre as características dos diferentes textos que circulam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e finalidades.
Disso deriva uma decisão pedagógica fundamental: para reduzir as diferenças sociais a escola precisa assegurar a todos os estudantes diariamente a vivência de práticas reais de leitura e produção de textos diversificados.
É fundamental que durante a organização das atividades o professor procure organizar de forma simples e objetiva, onde aproxime os alunos da leitura, da prática social, e da escrita do cotidiano. O professor deve respeitar os esforços que as crianças estão tendo para compreender o sistema alfabético da escrita e oralidade, sendo que cada criança possui seu tempo de acordo com sua capacidade.
Não se trata de escolher entre alfabetizar ou letrar, trata-se de alfabetizar letrando. Também não se trata de pensar nos dois processos como sequenciais, isto é, vindo um depois o outro, como se o letramento fosse uma espécie de preparação para a alfabetização, ou, então como se a alfabetização fosse condição indispensável para o início do processo de letramento.
2.3 Aprendizagens da leitura e da escrita.
A forma mais simples de proporcionar uma aprendizagem de qualidade é incentivar os alunos é pôr a mão na massa, transformando as experiências em algo produtivo. A escola tem uma meta a alcançar, que pode obter uma boa proposta pedagógica, que é com certeza a base para o sucesso da escola. Então promove novos espaços de ensino e aprendizado da leitura, da escrita e também a resolução de problemas incluindo as atividades extracurriculares.
Os princípios pedagógicos devem corresponder ao contexto e a prática na sala de aula. A escola deve optar por projetos pedagógicos e eixos temáticos que de preferência usam temas tratados ou relacionados com a mídia favorecendo a fácil procura e o fácil desempenho do aluno, já que é encontrado o conteúdo com mais facilidade. Vale ressaltar que o professor tem que ter domínio com o conteúdo de sua matéria, valorizando os conhecimentos de seus alunos.
 A valorização do conhecimento que os alunos trazem de casa leva o professor a refletir sobre a sua prática pedagógica. Pois cada aluno tem sua realidade. E levando em consideração essa realidade é preciso o professor é além dessa visão que o leva a confrontar os dois termos em questão: ter em mente a distinção e as relações entre fenômeno da alfabetização e do letramento e daí traçar objetivos que considere tanto o processo de desenvolvimento do aprender a ler e a escrever, quanto a utilização da escrita e da leitura nas práticas sociais.
A leitura não está ligada somente no ler, a leitura é, mais do que antes, a chave paea a elevação social. A própria transformação da sociedade exigiu uma definição das práticas sociais, que hoje incluem o uso constante da leitura e da escrita como condição para ser um cidadão no sentido pleno da palavra letramento.
Uma atividade de leitura pode ser motivo de interesse, de existência de um mundo motivador para o aluno se o conteúdo ou o objetivo estiver correspondendo com a tarefa a ser realizada com continuidade ao ato de aprender. 
Como diz FERREIRO, 2001, pag.42. “[...] uma atividade de leitura será motivadora para alguém se o conteúdo estiver ligado aos interesses da pessoa que tem que ler [...].”
O interesse pela leitura pode ser criado pelo aluno através do professor, possibilitando o aluno a exploração da leitura. O texto apresentado ao aluno deve ser de fácil interpretação, para não desmotivá-lo, pois textos de compreensão difícil, faz com que o leitor perca a interesse ainda mais quando o leitor é iniciante.
A leitura traz informação e opinião, também aproxima o aluno das culturas, e faz com que o leitor sinta prazer em ler. Tanto a leitura quanto a escrita requer instrução de um adulto, para evolução do processo de aprendizagem. Pois uma criança depende da orientação de um adulto para ser alfabetizada.
3. CONCEITOS DE LETRAMENTO E DE ALFABETIZAÇÃO
A ampliação do conceito de alfabetização em direção ao conceito mais abrangente de letramento é visível nos censos demográficos. De acordo com Soares (2004), em 1940 era alfabetizado quem soubesse escrever o próprio nome. A partir do censo de 1950 era alfabetizado aquele capaz de ler e escrever um bilhete simples. A partir da década de 1990, conforme Ribeiro (2001), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passou a tomar base o número se séries escolares concluídas com aprovação.
De acordo com Batista (2006), pg. 16),a alfabetização em sentido exato “ [...] designa, na leitura, a capacidade de decodificar os sinais gráficos, transformando-os em sons, e na escrita, a capacidade de codificar os sons da língua, transformando-os em sinais gráficos”. 
Todavia esse conceito de alfabetização foi sendo progressivamente ampliado em função das necessidades sociais e políticas e hoje já não se considera alfabetizado quem apenas codifica ou decodifica os sinais gráficos. Essa ampliação no conceito de alfabetização resultou em um novo conceito, o de letramento, que pode definir como: 
[...] O processo de inserção e participação na cultura escrita, trata-se de um processo que tem início quando a criança começa a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade (placas, rótulos, embalagens comerciais, revistas, etc.) e se prolonga por toda a vida, como a crescente possibilidade de participação nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, como a leitura e redação de contratos de livros científicos, de obras literárias por exemplo. (Val, 2006, pg. 19).
Sendo assim, tanto o letramento quanto a alfabetização, são essenciais para a educação, pois são princípios para uma educação de maior qualidade. A alfabetização e o letramento são fundamentos da educação e devem ser considerados essenciais para que as crianças atinjam um nível satisfatório de compreensão do mundo. É isso que a alfabetização e o letramento fazem além de demonstrar os signos e símbolos, faz com que as crianças compreendam o mundo em que vivem.
Segundo soares (1998) a palavra letramento, começa a ser utilizada no momento seguinte que o conceito de alfabetização se tornou insuficiente e pode ser definida como o estado do indivíduo que foi alfabetizado e exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive.
Só nos demos conta da necessidade de letramento quando o acesso à escolarização se ampliou e tivemos mais pessoas sabendo ler e escrever, passando a aspirar a um pouco mais do que simplesmente aprender a ler e a escrever (Soares, 1998, pg. 58). Tfouni (1995), ao analisar o conceito de letramento, considera os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade e as mudanças sociais e discursivas que acorrem em uma sociedade quando ela se torna letrada.
O clima na sala de aula é muito importante para as crianças no processo de alfabetização, pois possibilita a aprendizagem da leitura e da escrita, o professor deve trabalhar a leitura de forma lúdica e criativa, onde a criança através da brincadeira viva sua realidade. A criança por meio de textos livres aprende a escrever e expressar suas fantasias e emoções, suas ideias, pensamentos e seus conhecimentos sobre o mundo em que vive, onde seu interesse não está voltado para a escrita correta da palavra, mas para sua função no texto. O processo do aprendizado da leitura e escrita acontece através do uso da linguagem e da compreensão de seus usos, sendo um processo contínuo de descoberta e investigação.
O professor é um construtor de conhecimento e precisa dar aos alunos condições de estarem sempre descobrindo um novo saber, sendo necessário trabalhar na alfabetização sempre elementos verbais plenos, tendo significado para a criança e com atividades significativas de leitura e escrita. A aprendizagem da criança acontece através da interação com o mundo, onde ela se desenvolve aprendendo e aprende se desenvolvendo.
De acordo com VYGOTSKY: “ O aprendizado e o desenvolvimento estão interrelacionados desde o primeiro dia de Vida da criança”. ( Vygotsky, 1989. pg. 36).
Sendo assim a aprendizagem e o desenvolvimento se tornam de suma importância para a criança, possibilitando que a mesma possa compreender o que não sabe, mas em determinada situação possa vir a saber.
4. A LÍNGUA ESCRITA
Baseada como sistema de representação, no processo ativo do qual através de seus primeiros contatos com a escrita, a criança construiria e reconstruiria hipótese sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita. .(GONTIJO, 2002)
Esse termo passou a ser o processo não apenas de ensinar e aprender as habilidades de codificação e decodificação, mas também como domino dos conhecimentos, permitindo o uso dessas habilidades das práticas sociais de leitura e escrita. Com essas habilidades, as crianças têm a finalidade de incorporar o uso da leitura e da escrita em situações sociais, gerando assim a palavra letramento.
O letramento passa a ser o processo de inserir e participar na cultura escrita, iniciando um processo onde a criança começa a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade, compreendendo e valorizando o uso da escrita em diferentes funções e diferentes gêneros.
Alfabetização por sua vez passa a ser o processo especifico e indispensável na apropriação do sistema da escrita, tornando se a conquista dos princípios alfabéticos e ortográficos, possibilitando ao aluno a autonomia de ler e escrever.
Para que o sistema de escrita ocorra é necessário que os professores alfabetizadores compreendam os processos alfabéticos, possibilitando ao aluno o domínio nos campos da leitura, da produção de textos escritos e a compreensão na produção de textos orais nas diferentes situações que ocorrem no cotidiano da criança. .(GONTIJO, 2002)
A importância do alfabeto na fase inicial da alfabetização está na necessidade de o aluno identificar e saber os nomes das letras, conhecendo os sons das mesmas. É muito importante que todas as letras do alfabeto sejam visíveis na sala de aula, para que os alunos possam consultar sempre que for necessário, com isso o domínio do nome das letras pode auxiliar na leitura e na compreensão da grafia das palavras. Durante o processo de alfabetização é fundamental para os alunos o conhecimento da escrita e a relação sonora das palavras que elas tentam escrever e ler, sendo considerada uma relação entre o método utilizado e o estado de naturalidade ou de prontidão da criança.(GONTIJO, 2002)
As crianças ao iniciar seu processo de alfabetização, estão abertas ao processo real de aprendizagem, para isso é preciso saber que tipo de pratica a criança é introduzida na língua da escrita, qual o processo deste objeto no contexto escolar, quais as práticas que levam as crianças ao conhecimento, uma vez que as mesmas se sentem desorientadas no início da aprendizagem, mas ao mesmo tempo estão abertas ao conhecimento, sendo capazes de construir e superar as dificuldades.
De acordo com Gontijo:
Desse modo, as crianças, na fase inicial de alfabetização realizam atividades que lhes permitem aprender a ler no sentido de aprender a decifrar o que está escrito. (Gontijo, 2002 pag. 53.) 
Uma das dificuldades que as crianças enfrentam está relacionada na construção do sistema, uma vez que para a criança uma letra pode representar uma palavra.
Através da interação as crianças realizam suas produções escritas e vão construindo o seu saber e fazer. O conteúdo da aprendizagem da criança precisa estar articulado na sua realidade, onde é fundamental que os espaços construídos permitam a elas escreverem o que pensam, sendo capazes de entender o que os outros escrevem, compreendendo a linguagem escrita. 
Quando a criança constrói conhecimentos sobre a língua escrita, e vai construindo seu saber ortográfico. É importante que a criança se sinta encorajada para utilizar a escrita como um meio de expressão e conhecimento, mesmo que não domine o código convencional, é escrevendo que ela vai construindo seus conhecimentos sobre a escrita. Ao adquirir confiança e respeito à criança tem a oportunidade de exercer com segurança o seu potencial criativo e expressivo.
As crianças têm a capacidade de pensar mais na forma como falam, do que na maneira ortográfica de se escrever, enquanto os adultos já pensam em como falar sem a interferência da ortografia. A escola tem que ser clara e objetiva nesse tratamento de relações entre letra e som, para que a criança possa desenvolver o processo de alfabetização.
Não se pode destacar a importânciadas práticas sócio culturais da leitura e a apropriação da língua escrita enquanto forma de comunicação, temos que considerar que também é um fato incontestável, que só a partir da descoberta do princípio alfabético e das convenções ortográficas formamos um leitor e escritor autônomo. Portanto, tem-se defendido uma proposta pedagógica que dê suporte ao pleno desenvolvimento desses dois aspectos envolvidos na aprendizagem da leitura e da escrita desde o início da escolaridade, distribuindo o tempo pedagógico de forma equilibrada e individualizada entre atividades que estimulem esses dois componentes: a língua através de seus usos sociais e o sistema de escrita através de atividade que estimulem a consciência fonológica e evidencie de forma mais direta para as crianças as relações existentes entre as unidades sonoras da palavra e sua forma gráfica. 
Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever: já o indivíduo letrado, é indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e escrita, responde adequadamente as demandas sociais de leitura e escrita (Soares, 1998, p. 22).
É importante pensar que se queremos “alfabetizar letrando”, deve-se a partir de algumas premissas, melhorarem o desenvolvimento na concepção dos alunos. Uma concepção de aquisição da linguagem escrita como parte do processo de letramento, isto é, de um aprendizado que se dá nas práticas sociais reais de leitura e escrita, vivenciadas pelas crianças e que, portanto, não se restringe do domínio do código. Uma visão de ensino da linguagem escrita como uma ação intencional do professor, que deve ser pensada, nas propostas pedagógicas, no contexto de aprendizagem de outras linguagens. O direito da criança a um maior tempo de escolarização, tendo em vista a ampliação de suas possibilidades de aprender no âmbito de uma cultura letrada, com acesso, desde muito cedo, a produções culturais de qualidade, criadas pelo homem na sua trajetória histórica
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Conclui-se que o letramento e a alfabetização se somam, ou melhor, a alfabetização é um componente do letramento. Portanto os mesmos devem caminhar juntos, pois é pouco é pouco para o exercício da plena cidadania apenas saber ler e escrever ou decodificar as letras, pois na sociedade letrada, ser alfabetizado é insuficiente para a vivência plenamente da cultura escrita e responder as demandas de hoje. É preciso saber usar a leitura e a escrita em práticas sociais que as requeiram com autonomia e criatividade. A educação infantil é apenas o início dessa formação, é, como o que vem antes, serve de base para o que vem depois, é preciso que o professor se dê conta de todas as possibilidades e implicações deste momento da formação de seus alunos.
 	Sendo assim fica claro que é preciso obter o conhecimento acerca da alfabetização compreendendo o sistema de ensino/aprendizagem na leitura e escrita do aluno ao chegar na educação que tem o poder de transformar o mesmo em um amplo conhecimento dentro da sua realidade.
	É importante relatar que o aluno ao chegar na escola precisa encontrar professores preparados para ensiná-los, o aluno não vem sabendo tudo, a técnica da aprendizagem e do ensino estão nas mãos do orientador. Essa técnica parte do pressuposto de uma formação de qualidade dos educadores para um melhor aproveitamento dos meios diversificados para trabalhar a alfabetização e o letramento na sala de aula, utilizando métodos que desperte o interesse da criança.
	Cabe ao professor de hoje repensar e se interessar em buscar formas e alternativas para aumentar o entusiasmo dos alunos e o nível de aprendizagem.
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