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Prof. Mateus Ferreira Disciplina de Economia Curso de Administração 2.1 Introdução Início da teoria econômica de forma sistematizada a partir da publicação de “A riqueza das nações” de Adam Smith (1776). 2.2 Precursores da teoria econômica 2.2.1 Antiguidade: Grécia Antiga: Administração privada e sobre finanças públicas Aristóteles, Platão e Xenofonte (oikosnomos). Roma: Não deixou nenhum escrito notável na área de economia. Até o século XV: não houveram outros trabalhos relevantes e a maioria discutia aspectos de justiça e moral (lei da usura). 2 2.2.2 Mercantilismo: No séc. XVI nasce primeira escola econômica voltada para a acumulação de riquezas de uma nação. Continha alguns princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar riquezas. Estimulou guerras, exacerbou o nacionalismo e manteve a presença do Estado em assuntos econômicos. 3 2.2.3 Fisiocracia: No séc. XVIII nasce a escola de pensamento francesa que coloca que a terra é a única fonte de riqueza. Contexto: mundo constantemente ameaçado pela falta de alimentos, com excesso de regulamentação e intervenção governamental. Só a terra tinha capacidade de multiplicar a riqueza. Há uma ordem natural que faz o universo ser regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providência Divina para a felicidade dos homens (François Quesnay). Fisiocracia surgiu como reação ao mercantilismo: a regulamentação governamental era desnecessária, pois a lei da natureza era suprema, e tudo o que fosse contra ela seria derrotado. 4 2.2.4 Os clássicos Ciência positiva e defendia o liberalismo econômico. Adam Smith: O mercado é como que guiado por uma “mão invisível”. A defesa do mercado como regulador das decisões econômicas de uma nação traria muitos benefícios para a coletividade, independente da ação do Estado (princípio do liberalismo). Suas ideias baseavam-se no laissez-faire (“deixa fazer”): o Estado deve "deixar o mercado fazer", sem interferir no funcionamento deste. Papel do Estado deveria estar limitada a garantir a lei e a ordem, a defesa nacional e a oferta de alguns bens públicos que não seriam de interesse do setor privado, como a saúde, a educação, o saneamento básico, etc. 5 David Ricardo: todos os custos se reduzem a custos de trabalho (Teoria valor-trabalho); mostra como acumulação de capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda; desenvolve estudos sobre comércio internacional e teoria das vantagens comparativas, dando origem às correntes neoclássica e marxista. John Stuart Mill: sintetizador do pensamento neoclássico, consolidando o exposto anteriormente e avançando ao incorporar elementos institucionais e ao definir melhor restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado. Jean-Baptiste Say: subordina o problema das trocas de mercadorias a sua produção e populariza a lei de Say (a oferta cria sua própria procura): o aumento da produção transformar-se-ia em renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra de outras mercadorias e serviços. 6 Thomas Malthus: sistematiza uma teoria geral sobre a população, assinalando que o crescimento da população dependia da oferta de alimentos, dando apoio à teoria dos salários de subsistência e levantando o problema do excesso populacional. 2.3 A teoria neoclássica (1870) Foco na microeconomia; problemas macros estavam resolvidos pela economia de mercado; foco no raciocínio matemático isoladamente. Alfred Marshall: publica “Princípios da economia” e levanta questões do comportamento do consumidor (maximizar utilidade), teoria marginalista (deduz o equilíbrio do mercado) e teoria quantitativa da moeda (efeito nos preços, emprego e produção). 7 8 RESUMO 2.2 Precursores da teoria econômica 2.2.1 Antiguidade: 2.2.2 Mercantilismo: 2.2.3 Fisiocracia: 2.2.4 Os clássicos (Adam Smith, Ricardo, Stuart Mill, Say, Malthus) 2.3 A teoria neoclássica (Marshall) Grécia, Roma, Sec XV, justiça/moral. Riqueza = metais, estado forte, guerras. Riqueza = terra (falta alimento), lei natureza x intervenção estatal. Microeconomia, problemas macros estão resolvidos. Comp. consumidor (max. utilidade), teoria qtt. da moeda 2.4 A teoria keynesiana: “Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda” (1936), o teórico vive na época da Grande Depressão e constrói uma teoria que acredita na crise como problema temporário, mostrando combinações políticas econômicas e soluções para a recessão. • nível de produção nacional; • demanda agregada ou efetiva; • fim do laissez-faire; • da origem a 3 grupos: o Monetaristas: privilegiam o controle da moeda e baixa intervenção do Estado na economia. o Fiscalistas: uso de políticas fiscais e acentuado grau de intervenção; o Pós-keynesianos: seguem Keynes e consideram que ele não negligenciou o papel da política monetária. Defendem um papel ativo do Estado na economia. 9 }Inverte lei de Say 2.5 Período recente: A partir de 1970, a teoria econômica passa por diversas transformações, principalmente, após duas crises do petróleo. Características que marcaram o período: • existe uma consciência maior das limitações e possibilidades de aplicações da teoria; • avanço do conteúdo empírico da economia; e • consolidação das contribuições anteriores. Informática revoluciona o processamento de informações. A Teoria Econômica caminha em muitas direções (exemplo: Finanças empresariais, mercados futuros e de derivativos). 10 2.6 Abordagens alternativas Marxistas e institucionalistas: criticam a abordagem pragmática da economia e propõe enfoque analítico. • marxista: surge com a obra “O Capital” de Marx (1867). O capital surge com a burguesia, que se apropria dos meios de produção; enquanto o proletário é obrigado a vender sua força de trabalho para sobreviver. Ênfase nos aspectos políticos (luta de classes). Influenciado pela Teoria do Valor-Trabalho de Ricardo. Conceito do mais-valia: diferença do valor das mercadorias em dado período e o valor da força de trabalho (lucro, juros e aluguéis representam o mais-valia). 11 2.6 Abordagens alternativas • institucionalistas: Veblen e Galbraith, dirigem críticas ao alto grau de abstração da teoria econômica e ao fato de ela não incorporar em sua análise as instituições sociais. Questionam o comportamento humano racional (baseado em cálculos de ganhos e perdas marginais). As instituições dominantes tem maior poder sobre o comportamento humano que o desenvolvimento tecnológico. ___________________________________________________________ 1969 – 1º Prêmio Nobel da Economia: teoria econômica como corpo científico, seus primeiros ganhadores foram Ragnar Frisch e Jan Tinbergen. 12
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