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Farmacologia Clínica - Tabela de Fármacos - A1 FCMSJF

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Lucas Silva 5º Período — FCMS/JF 
Penicilinas Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Penicilina G e 
Penicilina V
Ligam-se a transpeptidase 
bacteriana, de maneira que 
inibe a síntese da parede 
bacteriana. Ligam-se também 
as proteínas ligadoras de 
penicilinas (que desempenham 
várias funções).
Infecções pneumococicas; 
meningite pneumocócica; 
infecções estreptocócicas 
(amigdalite); por 
estafilococos; sifilis 
(mesmo em grávidas 
hipersensíveis); difteria; 
Febre reumática recorrente 
(profilaxia com penicilina G)
1) Hipersensibilidad
e (mais comum);
2) Granulocitopenia;
3) Hepatite;
4) Desconforto 
gastrointestinal;
5) Dor e inflamação 
no local da 
injeção (além de 
vertigem, tinido e 
cefaleia);
Aminopenicilinas 
(ex: amoxicilina e 
ampicilina)
-
Infecções do trato aéreo 
superior (S. pyogenes; S. 
pneumoniae) - sinusite, 
bronquite crônica; 
infecções urinárias (E. coli); 
Meningite; infecções por 
Salmonela
-
Cefalosporinas Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Primeira Geração 
(cefalotina IV; 
cefalexina oral; 
cefazolina IM ou 
IV)
Ligam-se a transpeptidase 
bacteriana, de maneira que 
inibe a síntese da parede 
bacteriana. Também podem 
ligar-se as proteínas ligadoras 
de penicilinas (que 
desempenham várias funções).
Infecções por 
Staphylococcus (pele); e 
Streptococcus; profilaxia de 
cirurgias ortopédicas;
1) Hipersensibilidad
e (mais comum);
2) Nefrotoxicidade 
(cefaloridina);
3) Cefalosporina + 
aminoglicosídeos 
ou polimixinas 
(potencializa o 
efeito, 
principalmente 
nefrotóxico);
4) Efeito Dissulfiram 
(com alcool)
Segunda 
Geração 
(Cefaclor)
-
Infecções por Haemophilus 
influenzae; E. coli; 
Klebsiella; Infecções 
respiratórias infantis no 
inverno; Otite média; 
infecções de naso- e 
orofaringe; sinusite
-
Terceira Geração 
(Ceftriaxona; 
cetazidina)
-
Infecções por Neisseria 
gonorrhoeae; Meningite 
meningococica e 
pneumococcica; Infecções 
por Streptococcus sp.; e 
Staphylococcus aureus; 
Pseudomonas 
(pseudomonas)
-
Quarta Geração 
(cefepima; 
cefpiroma)
-
Semelhante aos de terceira 
geração, mas mais 
resistentes a beta-
lactamases. Devem ser 
reservados ao uso em 
infecções hospitalares;
Septicemia
-
Sulfonamidas Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Cotrimoxazol 
(sulfametoxazol 
+ trimetoprima)
Inibem a via de síntese do 
tetrahidrofolato, que é 
importante para produção de 
várias moléculas, incluindo 
nucleotídeos (interferindo na 
replicação bacteriana);
- O sulfametoxazol inibe a 
enzima que faz a reação do 
PABA com a pteridina;
- Trimetoprima inibe a redução 
do dihidrofolato em 
tetrahidrofolato;
- **São dois passos de uma 
mesma via —> potencializa o 
efeito
Infecções do trato 
urinário (primeira 
escolha); prostatite; 
bronquite crônica; sinusite 
e otite média; shigelose; 
profilaxia em pacientes 
neutropênicos; Infecções 
por Pneumocystis em 
portadores de HIV; infecção 
intestinal
1) Megaloblastose;
2) Leucopeenia;
3) Trombocitopenia;
4) Dermatite 
esfoliativa;
5) Nauseas, 
vômitos;
6) Icterícia 
transitória
Quinolonas Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Quinolonas e 
Fluoroquinolona
s (ácido nalidixico; 
ciprofloxacino; 
norfloxacino; 
levofloxacino)
- Ligam-se a DNA girase e 
DNA topoisomerase 
bacterianas (que atuam na 
replicação do DNA 
bacteriano, diminuindo a 
tensão na dupla fita a frente 
de onde ocorre a 
polimerização do DNA e 
estabilizando as fitas);
- Com a inibição, quando 
ocorre a replicação do DNA, 
aumenta a tensão na dupla 
fita, a polimerização é 
impedida e são gerados 
erros.
Infecções do trato urinário 
(ácido nalidíxico já tem boa 
atividade); prostatite; 
infecções respiratórias 
(novas fluoroquinolonas); 
Infecções sexualmente 
transmissíveis (por 
Chlamydia e N. 
gonorrhoeae); Infecções 
gastrointestinais; infecções 
ósseas
1) Contraindicadas 
para grávidas;
2) Desconfortos 
gastrointestinais;
3) Nauseas;
4) Vômitos;
5) Colite por 
Clostridium 
difficile 
(ciprofloxacino);
6) Cefaleia;
7) Tontura;
Rifamicinas Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Rifampicina, 
rifampina, 
Inibe a RNA polimerase 
bacteriana, com isso, fica inibida 
a produção de RNA e também 
de proteína
Tuberculose; hanseníase; 
meningite (meningocócica 
e por H. influenzae); 
*Venda proibida em 
farmácia;
*Usada na profilaxia de 
meningite para a família, 
quando a criança tem 
meningite
1) Exantema;
2) Febre;
3) Nauseas;
4) Vômito;
5) Hepatite;
**Interferem no efeito 
de 
anticoncepcionais;
Tetraciclinas Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Tetraciclina; 
Doxiciclina; etc
- Liga-se a subunidade 30S do 
ribossomo bacteriano;
- I n i b e o a c e s s o d o R N A 
transportador ao sítio A, para 
onde ele deveria levar o novo 
aminoácido para montar a cadeia 
proteica sendo sintetizada;
- Dessa forma, a cadeia proteica 
não é formada, já que o tRNA 
não tem acesso para carregar os 
novos aminoácidos;
- M e t a b o l i s m o b a c t e r i a n o e 
proliferação ficam inibidos;
Gram-positivas e gram-
negativas; infecções do 
trato respiratório, tecido 
mole e pele.
**Não tem atividade contra 
E. coli e outras 
Enterobacteriaceae
1) Fotosensibilizaçã
o da pele;
2) Amarela os 
dentes;
3) Irritação do TGI;
4) Hepatotoxicidade
;
5) Pancreatite
Cloranfenicol Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Cloranfenicol - Inibição da síntese proteica, 
liga-se a subunidade 50S do 
ribossomo bacteriano, 
perturbando o sítio de entrada 
do tRNA e impedindo que seja 
formada a ligação peptídica 
entre o novo aminoácido e o 
resto da cadeia.
Febre tifoide (pacientes 
que não podem usar 
tetraciclinas); Doenças 
causadas por Rickesia
1) Hipersensibilidad
e;
2) Alterações na 
hematopoiese 
(anemia 
aplásica);
3) Síndrome do 
bebê cinzento;
4) Alterações 
gastrointestinais;
Macrolídeos Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Eritromicina; 
azitromicina; 
claritromicina
- Inibição da síntese proteica 
bacteriana;
- Liga-se a subunidade 50S do 
ribossomo bacteriano, 
impedindo a translocação do 
RNA transportador e a 
entrada de um novo tRNA, de 
forma que não chega um 
novo aminoácido para formar 
uma nova ligação peptídica;
500mg uma vez ao dia; 3 a 
5 dias;
Faringite; pneumonias por 
Clamídea ou micoplasma; 
bronquite crônica 
exacerbada; infecções de 
tecidos moles 
(principalmente por S. 
aureus) - uretrite; difteria; 
toxoplasmose (em HIV+)
1) Distúrbios do 
TGI;
2) Reações 
alérgicas;
3) Hepatotoxicidade 
(azitromicina 
menor que 
eritromicina);
4) *Não utilizar em 
menor de 16 
anos
Aminoglicosídeo
s
Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Gentamicina; 
tobramicina; 
espectromicina;
Inibição da síntese proteica. 
Liga-se a subunidade 30S do 
ribossomo bacteriano causando 
3 efeitos: 1) Bloqueio da 
iniciação da síntese proteica; 2) 
Bloqueio da tradução e 
terminação prematura; 3) 
Incorporação de aminoácidos 
errados 
Aeróbios gram-negativos;
meningites (resistentes a 
ceftriaxona); septicemia 
(pode ser associada a 
cefalosporina de quarta 
geração e 
aminoglicosídeo); infecções 
do trato urinário (grave por 
E. coli, Protheus sp. e 
Serratia); 
1) Ototoxicidade 
(neomicina - 
coclear; 
gentamicina - 
vestibular; 
tobramicina - 
ambos);
2) Nefrotoxicidade;
3) Bloqueio 
neuromuscular 
(mais grave em 
Miastenia gravis);
4) Reação neuróticaótica e periférica
Antifúngicos
Azóis Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Cetoconazol; 
itraconazol; 
fluconasol
Inibem uma enzima do citocromo 
fúngico, a 14-alfa-esterol 
demetilase, que está envolvida na 
síntese do ergosterol. Isso leva a 
dois efeitos na célula fúngica. O 
ergosterol é importante na 
composição da membrana celular, 
além disso, leva ao acúmulo dos 
metabólitos no qual a enzima age, 
os 14-alfa-metilesterois. O acúmulo 
desses metabólitos desestabiliza a 
membrana celular, impedindo o 
funcionamento de algumas 
enzimas de membrana e impedindo 
a replicação fúngica.
Aspergilosis; onicomicoses; 
esporotricose; tineas;

*Tratamentos duram de 1 
mês a 2 anos.
*Cetoconazol: mais 
hepatotóxico, por isso mais 
utilizado em micoses 
tópicas; Síndrome de 
Cushing;
*Itraconazol: Mais caro;
*Fluconazol: Pouco menos 
eficaz que o itraconazol; 
Candidíase e meningite 
fúngica
1) Hepatotoxicidade 
(cetoconazol 
mais comum);
2) Efeito inotrópico 
negativo 
(contraindicados 
para 
cardiopatas);
3) Desconforto 
gastrointestinal
4) nauseas 
(fluconasol);
5) dor de cabeça 
(fluconasol)
Anfotericina Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Anfotericina B Liga-se a porção esterol do 
ergosterol de membrana 
fúngico, formando um poro que 
permite a saída e entrada de 
íons pequenas moléculas, 
levando a destruição da célula 
fúngica; 
Esofagite por cândida; 
blastomicose; meningite 
fúngica (criptococos ou 
esporotricose); 
1) Febre e calafrios 
(administraçção 
IV);
2) Taquipneia;
3) Azotemia;
4) Nefrotoxicidade 
(associar AINEs 
e corticoide);
5) Anemia 
normocítica;
Outros 
Antifúngicos
Mecanismo de Ação Usos terapêuticos Efeitos Colaterais/
Contraindicação
Griseofulvina - Inibe a função dos 
microtúbulos (ligam-se a 
proteínas ligadas a 
microtúbulos), de maneira que 
não permite a organização do 
fuso mitótico —> impede a 
mitose fúngica;
Dermatomicoses; 
onicomicoses; 
tricomicoses; 
1) Cefaleia; 
2) Neurítes 
periféricas;
3) Efeitos no TGI;
Nistatina Liga-se ao ergosterol de 
membrana fúngico, formando 
um poro que permite a saída e 
entrada de íons pequenas 
moléculas, levando a destruição 
da célula fúngica; 
Cadidíase do recém 
nascido; candidiase oral e 
vaginal
1) Hepatotoxicidade
;
2) Toxicidade 
sistêmica;
3) TGI

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