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RESUMO DISCIPLINA DIDÁTICA

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DIDÁTICA:
Refere-se aos conteúdos do ensino e aos processos próprios para a construção do conhecimento [...] é definida como a ciência e a arte do ensino. Caracteriza-se como mediação entre as bases teórico-científicas da educação escolar e a prática docente.
É comum a associação da didática com o como ensinar, ou seja, com métodos e técnicas, mas, ressalta sobre a importância da reflexão sobre os seus fundamentos, sobre as razões de seu emprego, pois, caso contrário, corre-se o risco de nos convertermos em escravos dos instrumentos.
A didática visa: incentivar a reflexão (perceba o que estamos fazendo); fazer questionamentos; instigar o pensamento crítico; dialogar sobre o objeto de estudos; problematizar conceitos; construir conhecimentos. compartilhar, socializar conhecimentos; mediar os diversos saberes; articular o conhecimento científico e o popular, ou seja, do senso comum;
estabelecer relações entre teoria e prática; produzir conhecimentos; lidar com situações inusitadas, com o aluno real, levando em conta que uma turma nunca é igual a outra; ser professor autônomo, produtor de conhecimentos e não reprodutor; desestabilizar, desacomodar o universo cognitivo, provocar, desconstruir conceitos, desafiar.
Competências, saberes, características esperadas no professor no mundo atual: ter humildade intelectual; aprender a dialogar com outras ciências e ampliar a visão de mundo, de educação, de sujeito; 
Didática exclusivamente instrumental: uma prática pedagógica desvinculada do contexto sociocultural dos alunos.
Tendência humanista: motivação; tendência libertária: escola em busca de soluções para problemas sociais.
Didática Fundamental: multidimensionalidade do processo de ensino-aprendizagem e colocasse a articulação entre as dimensões técnica, humana e política, no centro configurador de sua temática, ultrapassar uma visão meramente instrumental da Didática.
EDUCAÇÃO NA IDADE CONTEMPORÂNEA: 
Comenius é reconhecido como o pai da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII. Ele escreveu a Didáctica Magna, definida como “tratado da arte universal de ensinar tudo a todos”. Inspirado nas proposições de Bacon, Comenius propunha um ensino do fácil para o mais difícil, das coisas às ideias, do particular para o geral, sem pressa. Didática tradicional. Aula universal que atinge a todos.
Herbart: Para ele, a educação moral deveria desenvolver na alma da criança o desenvolvimento de uma inteligência e uma vontade adequadas.
Dewey (1859 – 1952) Critica o modelo tradicional da escola, baseado na transmissão / assimilação de conhecimentos, alega que o ensino deve adequar-se aos diferentes níveis de aprendizado, às necessidades e interesses dos alunos. O professor deverá organizar conteúdos e atividades em torno de centros de interesse e criar situações-problema estimuladoras para provocar os sentidos e a inteligência dos alunos. Experiência, experimentos e aulas práticas, aprender fazendo que, para Dewey, é o que impulsiona e dirige o conhecimento.
ROUSSEAU (1712-1778) – “O homem é bom no seu estado natural”. O papel do educador: afastar a criança dos vícios da sociedade, permitindo-lhe desabrochar espontaneamente suas potencialidades inatas; não impor e sim desenvolver a curiosidade, a sabedoria.
PESTALOZZI (1746-1827) – Defendia a doutrina naturalista: que o homem nasce bom e que o seu caráter era formado pelo ambiente que o rodeia. Aplicou as ideias de Rousseau. “Para sua época, esta ideia era um tanto inovadora porque, na segunda metade do século XVIII, a concepção corrente era de que as transformações revolucionárias seriam o remédio que curaria todos os males sociais. Por isso, ao advogar a ideia de que a educação era um meio de regenerar a sociedade, ele estava introduzindo um elemento novo no ideário pedagógico de seu tempo” (HAIDT, 2000, p. 18). 
FROEBEL (1782-1852) - Criador do Jardim de Infância em 1837 dizia que “as crianças são como as plantas, cujo desenvolvimento futuro é uma consequência do tratamento que recebem nos primeiros anos de vida. Por isso, elas devem crescer a luz da natureza, lançando raízes sobre a sua terra, alimentando-se do seu próprio ambiente”. 
MONTESSORI: importância a educação sensorial e recusava as técnicas didáticas fixas. Se opunha a pedagogia tradicional, católica. O método montessoriano é centrado na autoeducação por meio de brinquedos educativos.
DECROLY (1871-1932) – A escola ideal onde a criança vai observar fenômenos naturais e conhecer o meio social que se vive.
KILPATRICK (1871 – 1965) – Organismo intervém em toda a atividade: o pensar, o sentir, impulsos. (individual)
CLAPARÈDE (1873-1940) – É a favor de uma educação funcional, de uma escola sob medida: pedagogia adaptada ao caráter individual do aluno.
FREINET (1896-1966) – É a favor da não ruptura entre escola e meio social (vida e escola). O educador precisa tornar a escola uma continuidade da vida; favorecendo uma livre expressão. (Comunicação interna, aula-passeio, etc)
PIAGET: Escola: oferecer ensinamentos sobre a educação moral, social, cívica. É considerado interacionista e conhecido pelos seus estudos sobre os estágios cognitivos/estágios de desenvolvimento intelectual da criança. Do modelo concreto ao abstrato.
IDADE CONTEMPORÂNEA:
1930 – MEC / Ministério da Saúde
1932 – Manifesto dos Pioneiros – Movimento da Escola Nova
1934 – Didática / cursos de formação de professores
1946 – Prática de ensino integra o currículo nos cursos de formação docente
1962 – CFE 
1964 – Descaminhos da Didática 
1970 – Regime Militar 
1974 – Estudiosos criticam a didática tradicional dominante
1980 – I Conferência Brasileira de Educação
1980 – Modelo Construtivista
1996 – LDB 9394 – Parâmetros Curriculares Nacionais
1998/99 – Temas Transversais
Século atual - Tics 
Modelo Tradicional: 
PROFESSOR: É o transmissor dos conteúdos aos alunos.
ALUNO: Um ser passivo que deve assimilar os conteúdos transmitidos pelo professor. Aluno educado que deverá dominar o conteúdo cultural universal transmitido pela escola.
RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR: Predomina a autoridade do professor que exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Aprendizagem receptiva e mecânica, sem considerar particularidades, o contexto.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Obedecer a sequência lógica dos conteúdos, baseados em documentos legais. Ênfase nos objetivos específicos. 
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Selecionados a partir da cultura universal acumulada. Organizados em disciplina, quantidade de conhecimentos repassados como verdade absoluta. Conteúdos fragmentados e isolados do contexto.
MÉTODO: Exposição verbal da matéria, centrado no professor, leituras, cópias, ditados, exercícios de fixação; uso excessivo do quadro que é previamente determinado, pronto e não construído conforme o andamento da aula e a participação dos alunos. 
AVALIAÇÃO: Valorização dos aspectos cognitivos com ênfase na memorização da matéria, ênfase na quantidade de informações assimiladas, ênfase no produto final, na classificação. 
Modelo Escolanovista:
PAPEL DA ESCOLA: Preparação intelectual e desenvolvimento mental dos alunos, atendendo-os em suas necessidades individuais, ajustando- os à sociedade. Escola proclamada para “todos”. Adaptação social. 
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Funções se confundem (autoridade disfarçada); afrouxamento das normas disciplinares.
PROFESSOR: É o facilitador da aprendizagem, o auxiliador no desenvolvimento “livre” da criança.
ALUNO: Um ser “ativo”, centro do processo ensino-aprendizagem. 
RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR: Relação “democrática”, autoritarismo diluído na fisionomia de camaradagem.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Aprendizagem baseada na motivação e no esforço pessoal e no estímulo do meio.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Desenvolver a capacidade mental do aluno e a atividade prática.
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Trabalhados a partir da experiência concreta do aluno. Conteúdo isolado.
MÉTODO: Solução de problemas,desafios cognitivos, pesquisa, experimentos, experiência, jogos, trabalhos em grupo. Estudo do meio natural e social. Registro empírico.
AVALIAÇÃO: Valorização dos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor.
Modelo Tecnicista:
PAPEL DA ESCOLA: Modelar o comportamento humano através de técnicas específicas; Manter a ordem social; preparar para o mercado de trabalho. 
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Modelo empresarial aplicado à escola; divisão entre planejamento e execução. Currículo organizado baseado em modelos americanos.
Diferença entre modelo tecnicista e tradicional: uso da tecnologia, porém professor aprisionado a esse recurso.
PROFESSOR: É o técnico, tutor que aplica um conjunto de meios que garantem a eficiência do ensino, controlando o resultado.
ALUNO: Um elemento para quem o material é preparado, devendo ser eficiente, produtivo, técnico. 
RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR: Relação objetiva onde o professor transmite informações e o aluno vai fixá-las, seguir o comando externo.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Aprendizagem baseada na eficiência, no desempenho, na administração, controle do tempo; aprendizagem individualizada. O ensino é um processo de condicionamento.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Específicos, operacionalizados a partir de classificações (verbos precisos).
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Informações, princípios, leis estabelecidos, ordenados e estruturados numa sequência lógica e psicológica por especialistas (Conteudista/mentor, tutor da disciplina).
MÉTODO: Instrução programada, módulos. Ênfase nos recursos áudio-visuais, TICs, apostilas. Fundamentado na teoria comportamental – recompensa e punição (estímulo-resposta) – S – R. Transmissão de informações precisas, objetivas, rápidas. Tele-educação, EAD.
AVALIAÇÃO: Visa resultados, produtividade, alcance dos objetivos específicos, mudança de comportamento – eliminação de resposta/comportamento inadequado.
Modelo Libertador:
PAPEL DA ESCOLA: Conscientização acerca da realidade, transformação da sociedade.
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Democrática, participativa, de qualidade, Igualitária, plural.
PROFESSOR: Autoridade competente e democrática. 
ALUNO: Sujeito protagonista da história.
RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR: Igualitária, não paternalista.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Educação como transformação Social.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Definidos a partir da realidade concreta, do contexto histórico-social no qual se encontram os sujeitos, visão crítica de mundo; libertação da opressão.
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Temas geradores extraídos da problematização da prática de vida dos alunos.
MÉTODO: Da conscientização, da polemização, da problematização, grupo de discussão, da confrontação, dialógica, dialética. Teoria e prática. Temas geradores.
AVALIAÇÃO: Visa à superação do estágio do senso comum (“desorganização” do conteúdo) para a consciência crítica.
Inicia pelo fato histórico para depois ir para a teoria.
Modelo Libertário:
PAPEL DA ESCOLA: Exercer uma transformação da personalidade dos alunos num sentido libertário e autogestionário.
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Democrática, participativa, de qualidade, Igualitária, plural.
PROFESSOR: Autoridade democrática. 
ALUNO: Livres, autodisciplinados.
RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR: Baseada no respeito mútuo, visando objetivos comuns.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Aprendizagem informal, via grupo (ex: Diretórios Acadêmicos, sindicatos, etc)
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Autogestão, construção de uma nova ordem social.
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: A matéria está disponível, mas não é exigida, depende do interesse de cada um.
MÉTODO: Vivência grupal, tomada de decisões, votações.
AVALIAÇÃO: Participação. Assistemática.
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Democrática, participativa, de qualidade, Igualitária, plural.
PROFESSOR: Autoridade democrática. 
ALUNO: Livres, autodisciplinados.
RELAÇÃO ALUNO-PROF: Relação democrática.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Aprender é desenvolver a capacidade de processar informações, organizando os dados disponíveis das vivências. O ensino consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental para a participação ativa e organizada na sociedade.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Construção de uma nova ordem social a partir do conhecimento científico.
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Culturais e universais, que se constituíram em domínios do conhecimento incorporados pela humanidade, mas, permanentemente reavaliados face às realidades sociais.
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Culturais e universais, que se constituíram em domínios do conhecimento incorporados pela humanidade, mas, permanentemente reavaliados face às realidades sociais.
MÉTODO: Privilegia a aquisição de um saber, vinculado à compreensão da realidade. Articulação teoria e prática. Escola e sociedade. Conteúdo e forma.
AVALIAÇÃO: Reflexivas, contextualizadas.
Começa pela teoria, sem deixar de abordar a realidade sociohistórica.
PLANEJAMENTO DE ENSINO, PERSPECTIVAS TRADICIONAIS E CRÍTICAS:
TRADICIONAL : Documento burocrático, formal. Maior controle das ações por receio, insegurança quanto ao alcance dos objetivos educacionais; objetivos definidos e estreitos. Conteúdos isolados, estáticos, sistematizados, tratados de forma mais rígida; desarticulação teoria / prática, escola / sociedade. Predomínio da transmissão e assimilação dos conteúdos; ênfase na memorização; relação verticalizada entre aluno e professor; processo ensino – aprendizagem: via de mão única. Avaliação - Visa o resultado, a quantidade de informações assimiladas e memorizadas – ênfase nos testes e provas. 
PROGRESSISTA/CRÍTICA: Extrapola a simples tarefa de elaborar documento; envolve reflexão sobre o sentido da prática. Desmistificar (planejar e arquivar) – o engodo do faz de conta (preenchimento de documentos). Ações mais flexíveis: ampliação dos objetivos educacionais. Conteúdos mais dinâmicos, menos sistematizados no quadro; articulação teoria/ pratica, escola / sociedade. Predomínio da pesquisa, do pensamento crítico e independência; ênfase na reflexão; relação horizontal entre aluno e professor; processo ensino aprendizagem: via de mão dupla. Avaliação - Visa o processo, a construção do conhecimento, a formação do aluno – ênfase na avaliação formativa e autoavaliação.
DIFICULDADES ENCONTRADAS DURANTE O PROCESSO DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: Carência de objetivos claros e bem definidos; Exigência de planejamentos sofisticados; Centralização das decisões e ações; crença de que quem planeja é uma pessoa hierarquicamente acima; Manutenção das estruturas tradicionais; Falta de hábito de crítica e autocrítica; medo, resistência; Falta de habilidade para focalizar necessidades presentes e futuras; Carência de recursos humanos e materiais; Ausência do diálogo.
REQUISITOS DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: Criatividade, Vontade e ousadia, Tempo para que vozes sejam ouvidas, Recursos, Flexibilidade, Bom senso para definir prioridades, Disponibilidade para enfrentar os problemas da comunidade escolar, Gestão democrática.
RISCOS DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: 
Manipulação – tendo em vista decisões que são tomadas em nome de interesses individuais, daí, a relevância da formação ética.
Alienação - sobretudo, daqueles que resistem à participação, ao novo por medo e insegurança.
Na visão de Moreira e Santos (1995), os conteúdos têm de ser vistos como algo a ser questionado, analisado e negociado e não divorciado do significado humano. “Os conteúdos devem ser selecionados e organizados de modo a fortalecer o poder e a autonomia de grupos que estejam submetidos a qualquer forma de exploração, opressão e discriminação” (MOREIRA; SANTOS, 1995, p. 63).
Os conteúdos não devem ter características de terminalidade e devem servir como ponto de partida para novos conhecimentos. Entretanto, quando o professor respalda a prática no modelo tradicional de ensino, no modelo tecnicista, o conteúdo estudado tem caráter de terminalização, isto é, como se o assunto subsequentenão tivesse nenhuma relação com o assunto anterior. Além disso, é trabalhado de forma fragmentada e isolada de um contexto. É muito comum nos depararmos com situações em que os alunos perguntam após receberem o resultado de uma prova: “professor, hoje vai ter matéria nova?”
O QUE SÃO PROCEDIMENTOS DE ENSINO? São meios para alcançar objetivos gerais e específicos do ensino, ou seja, ao “como” do processo de ensino, englobando as ações a serem realizadas pelo professor e pelos alunos para atingir objetivos e conteúdos. É o caminho para se alcançar objetivos (LIBANEO, 2013). Segundo o autor, estamos sempre perseguindo objetivos e estes não se realizam por si mesmos, sendo necessária a atuação docente, ou seja, a organização de ações para atingi-los.
Espera-se que o professor em formação se aproprie criticamente, resgatando sua condição de professor pesquisador, sujeito autônomo de sua prática, de modo que não adote um método pelo método, uma técnica pela técnica sem saber o que está fazendo e porque está adotando tal prática. 
É preciso argumentar sobre o que se está fazendo e porque se está fazendo; é preciso adotar uma prática fundamentada.
ALGUMAS POSSIBILIDADES DE PROCEDIMENTOS DE ENSINO: 
Método da Contradição (Alonso Rays): o professor deve proporcionar ao educando um modo significativo de assimilação crítica da ciência representada na escola pela matéria de ensino e o confronto desta com as necessidades sócio-culturais dos diferentes grupos sociais que frequentam a mesma escola. O ensino como fenômeno da realidade concreta é um processo que se desenvolve dialeticamente. Para tanto, torna-se premente a interrelação entre a informação acabada (a cultura elaborada) e a produção do conhecimento.
Apesar da contradição entre teoria e prática, entre conhecimento científico, escolarizado e conhecimento popular, não significa dizer que a professora não deveria ensinar os termos, o vocabulário sofisticado, pois, como contribuir, então, para a libertação da condição de opressão? Como contribuir para transformar realidades sociais? 
Método da aula prática/aula-passeio; Método do aprender fazendo (J. Dewey): método ativo que valoriza a experiência concreta do aluno que observa, manipula materiais, objetos, experimenta, pesquisa. Considerado como método da descoberta, pois, o aluno fica em contato direto com o meio natural, tendo como objetivo o desenvolvimento espontâneo e intelectual. A ideia é fazer com que o aluno aprenda atuando e não mais, apenas ouvindo seu professor dissertar sobre conteúdos de ensino. O trabalho do aluno deve estar orientado para um fim prático bem definido como construir um brinquedo, o que levou o educador progressista como Libâneo (2013) denominá-lo de pragmatista, progressivista, escolanovista ou, ainda, escola ativa.
Método da interdisciplinaridade: Não significa desrespeitar à ‘verdade’ de cada disciplina; é uma relação dialógica em que a posição é de construção do conhecimento. Diálogo com as ciências.
Outros métodos: 
Dedutivo – é aquele que vai do geral para o particular; 
Indutivo – aquele que vai do particular para o geral; e analógico – é aquele que faz a integração dos outros dois. 
Mapas conceituais: relação entre conceitos.
CONCEITO DE AVALIAÇÃO:
Para Haydt (2006) o termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como fazer prova, exame, atribuir nota, repetir ou passar de ano. Esta associação, tão frequente em nossas escolas, é resultante de uma concepção pedagógica arcaica, mas tradicionalmente dominante. 
Nesse caso julga-se que a função da escola é transmitir ao aluno o que é certo para que ele abandone suas ideias previas e passe a adotar as concepções oficiais.
Ao assumirmos que o ato de avaliar se faz presente em todos os momentos da vida humana, estamos admitindo que ele também está presente em todos os momentos vividos em sala de aula. O dia a dia da sala de aula é um rico momento do cotidiano de cada uma das pessoas que ali se encontram. Na atualidade, a sala de aula é um dos raros espaços onde as pessoas se encontram fisicamente presentes para realizarem atividades em comum e se ajudarem mutuamente a aprender. 
É preciso ter consciência de que avaliar essa aprendizagem é uma ação que começa bem antes, no início da interação didática, e prossegue como energia circulante durante todo o processo de aprendizagem

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