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Resenha Crítica do documentário "O pesadelo de Darwin"

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Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS
Engenharia Ambiental
Acadêmica: Raíssa Engroff Guimarães 
Componente Curricular: Fundamentos da ecologia 
Resenha crítica do documentário: O pesadelo de Darwin
O documentário relata o que se passa no maior lago do mundo, considerado como o berço da humanidade, na Tanzânia. Lago Victória, como é chamado, é conhecido pelo histórico de que antes dos anos 60 existiam várias espécies de peixes habitando-o. No entanto, depois de certo tempo, foi introduzida no lago uma espécie conhecida cientificamente que acabou com todas as outras populações de peixes ali presentes.
Essa nova experiência cientifica acabou ficando conhecida como a maior catástrofe ecológica do local. Porém, um dos interesses com esse experimento provavelmente foi para fins lucrativos, que consequentemente ajudaram a cidade a crescer. Assim, fábricas se beneficiaram com a quantidade extraordinária de pescados e sucessivamente, as mais de 10 mil pessoas que acabaram ganhando emprego. Devido suas poucas condições financeiras o emprego era o que interessava, o que aconteceu com o lago não tinha grande significância para elas. 
O pescado depois de todo processo industrial passou a ser muito caro e os filés eram mandados para a Europa, pois é de lá a população que pode pagar o seu preço. A exportação do produto era feita por aviões que vinham da África, os quais acreditava-se que exclusivamente levava o pescado para os outros países. Entretanto, posteriormente, foi descoberto que ali existia venda e compras de armas que eram exportadas pelos aviões para a África. Apenas uma cidade produzia ao final do dia cerca de 500 toneladas de peixe que eram vendidos para várias empresas e necessitava de vários aviões. Muitos terminaram se acidentando por excesso de carga antes mesmo de sair do país.
De outro modo, as consequências foram igualmente proporcionais ou até maiores que as vantagens. Visto que, os outros milhões de africanos que não tiveram os mesmos privilégios com a venda dessa espécie exótica, comiam o que os aviões não podiam transportar. Ou seja, foi escolhido vender o peixe e não alimentar a própria população que ali reside. Dessa forma, eles trabalhavam catando os restos dos peixes que sobravam e já estavam com vermes, estragados e que ficavam jogados no chão. A lógica dessas pessoas era “limpa-se, frita-se e vende-se”. 
Muitos pescadores morrem por falta de dinheiro ou por doenças, transmitidas na sua maioria sexualmente. Uma vez que suas mulheres vão se prostituir com outros pescadores, os mesmos também acabam morrendo já que poucos usam preservativos. A maior parte das crianças perderam os pais por doenças e foram viver na rua, sua rotina é dormir no chão, mendigar ou até mesmo se prostituir, fumar e lutar por comida. Ainda assim pensam no futuro e grande parte não quer seguir o caminho dos pais. As meninas vivem com medo de serem abusadas e assediadas por meninos mais velhos, o que as leva a andar com meninos mais novos para ficarem seguras. 
Em todo caso, as pessoas desesperadamente aceitam qualquer emprego. O documentário mostra um guarda do Instituto Nacional da Pesca que fica com o emprego do homem que foi assassinado no local. Arriscando sua vida para ganhar apenas 1 dólar por noite e tendo que achar alternativas para se proteger como levar consigo flechas com veneno para o trabalho.
Além disso, os efeitos sociais e ambientais citados ocorrem não só no lago Victória mas em diversos locais no mundo separadamente. O que se percebe é que a miséria ainda persiste, mas o modo como essa realidade é encarada é o que se deve mudar. A existência do tráfico de armas também só tende a gerar problemas e influenciar a guerra. “O pesadelo de Darwin” mostra essa realidade de uma forma bem verdadeira, dando ênfase na vida das pessoas que acabaram sendo prejudicadas e se submeteram a fazer escolhas horríveis para poder sobreviver.

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