Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profº MS. Charles Formentin MUSCULAÇÃO 2 Sumário 1 – Introdução ............................................................................................................. 3 2- Musculação: Suas Finalidades e Características .................................................... 4 Musculação e Saúde ................................................................................................... 5 Musculação e estética ................................................................................................. 6 Musculação e Esporte ................................................................................................. 8 Musculação e Reabilitação.......................................................................................... 9 Musculação e Postura ............................................................................................... 10 Musculação e Treinamento de força ......................................................................... 10 Por que Treinar Força? Benefícios! ........................................................................... 11 3 - Adaptações Decorrentes do Treinamento de Força ............................................. 13 4- Planejamento do Programa – Relação dos componentes de treino ..................... 21 5- Formas de Manifestação do Treinamento de Força .............................................. 25 6- Treinamento de Forças e respiração .................................................................... 31 7- Meios e Métodos (Sistemas) de Treinamento de Força ........................................ 31 Métodos de Treinamento de Força ........................................................................... 32 Métodos .................................................................................................................... 32 Sistemas e Ordem dos Exercícios ............................................................................ 35 Técnicas de Treinamento Aplicáveis a Outros Sistemas .......................................... 37 Sistemas e Técnicas Especializadas ........................................................................ 38 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 39 3 1 – Introdução A musculação é uma prática cada vez mais procurada para a melhora da condição física geral das pessoas. Ela visa principalmente o trabalho muscular, mas apresenta benefícios que vão além dessa perspectiva. A prática da musculação não está relacionada apenas ao aumento da massa muscular, como muitas vezes associam, mas, ela pode ser trabalhada para diferentes finalidades: saúde, estética, postura, entre outras. A musculação é apenas um meio, entre tantos outros, para trabalharmos o condicionamento muscular. Este polígrafo universitário tem como objetivo organizar a primeira parte do conteúdo da disciplina de musculação e salientar diferentes visões encontradas na literatura dessa área, retratando diversos autores, para que isso possa contribuir na elaboração das rotinas de treinamento de musculação para todos os públicos. 4 2- Musculação: Suas Finalidades e Características Musculação apresenta algumas definições, mas, de uma maneira geral, temos que: é um meio de treinamento da condição muscular para diferentes finalidades (Weineck, 1999; Bompa, 2002; Fleck e Kraemer, 2006; Monteiro, 2000 entre outros autores). Podemos chamar também de exercícios resistidos, ou treinamento resistido, ou ainda treinamento contra resistência. Segundo Fleck e Kraemer (2006), esta resistência pode ser Móvel ou Fixa: Móvel: exercícios dinâmicos, utilizando a contração dinâmica concêntrica e excêntrica, podendo ainda ser combinando diversas formas de contração. Fixa: exercícios isométricos, onde, estes podem ser executados por pressão ou sustentação (tração). Os exercícios desenvolvidos para treinar a condição muscular podem ser executados em equipamentos específicos para musculação; com pesos livres e/ou utilizando o peso do próprio corpo. A musculação pode ser utilizada para diversos fins (objetivos), e também para diferentes populações: Objetivos: Saúde, estética, postura, “performance”, etc. População: Homens; mulheres, crianças e adolescentes; idosos; cardiopatas; hipertensos; gestantes; etc. O que devemos ter cuidado é com a prescrição dos exercícios, respeitando sempre a individualidade biológica do praticante, realizando sempre uma boa 5 avaliação antropométrica e neuromuscular, adequando às cargas e volumes de treino em relação a cada pessoa e a cada objetivo. Musculação e Saúde Podemos usar a musculação para a melhora ou manutenção da nossa saúde. Segundo Fleck & Figueira Jr., (2003) os exercícios contra-resistência melhoram: O metabolismo do indivíduo; A qualidade do sono; Funcionamento intestinal; Auto-estima, humor, imagem corporal; Circulação sanguínea, Melhora o trabalho do miocárdio; Condição muscular, metabolismo muscular, etc. Entre outros benefícios. Quando existe um equilíbrio entre esses e outros fatores, podemos dizer que estamos ajudando a melhorar e manter uma boa saúde do aluno e conseqüentemente sua qualidade de vida também melhora. Para elaborarmos um plano de musculação voltado par a saúde, devemos levar em consideração: Dados da avaliação do nosso aluno; Grau de condicionamento do aluno; Identificar os objetivos do aluno; Duração da sessão sugerida: de 40 a 60 minutos; Cargas: de 10 a 20 RMs; Exercícios: Diversos (para grandes grupos musculares); + Aeróbico + Flexibilidade (alongamentos diversos) Freqüência: 3 a 5 x/semana; Séries: 2 (no máximo 3, por exercício); 6 Ajuste das cargas: o ajuste das cargas e exercícios se dá conforme a adaptação do aluno (mais ou menos em 3 a 4 semanas nas fases iniciais); Reavaliar o aluno. Observação: essa é apenas uma sugestão, devemos sempre adequar à prescrição às condições de nosso aluno. Musculação e estética Assim como a saúde, a estética é um dos objetivos de quem busca a musculação como meio de treinamento. Os aspectos estéticos são diferentes de indivíduo para indivíduo, ou seja, para algumas mulheres o aumento de massa muscular não é esteticamente bonito, algumas mulheres preferem uma aparência mais longilínea as mais musculosas. Muitas vezes as questões estéticas e de saúde se completam, pois quando melhoramos nossa saúde, conseqüentemente podemos melhorar também nossa estética e vice-versa. Segundo Fleck e Figueira Jr. (2003), normalmente quando se trata de reduzir gordura corporal em excesso podemos relacionar isso ao aspecto de saúde; e quando desejamos aumentar a massa corporal magra relacionamos ao aspecto estético. Com relação à estética podemos salientar os seguintes objetivos: Redução de gordura corporal em menor grau (pouca gordura a perder, ou seja, quando o percentual de gordura está adequado, mas apresenta gorduras localizadas em determinadas regiões do corpo); Aumento de massa muscular; Definição muscular; 7 Entre outros. Podemos classificar os níveis de gordura Ideal para jovens adultos segundo Fleck & Figueira (2003) em: Homens: 14 a 16% ou até 20% Mulheres: 24 a 26% ou de 16 a 25% Gordura essencial: Homens: 5 a 6% Mulheres: 8 a 10%Observação: A perda da gordura essencial pode acarretar na perda de massa magra e de saúde. Em relação à prescrição do treino de força podemos exemplificar da seguinte forma: Para perder gordura em menor grau: Intensidades de média a alta; volume de médio a baixo; pode-se já trabalhar com mais de 2 exercícios por grupo muscular; usar mais intervalos (ativos ou passivos), métodos descontínuos preferencialmente; e incluir um trabalho aeróbico no início ou final da sessão, podendo esse ser de menor duração (20 minutos por exemplo) Para perder gordura em maior grau: Intensidades de média a baixa; volume de médio a alto; 10 a 12 exercícios (não mais de um para o mesmo grupo inicialmente); usar pouco ou nenhum intervalo (intervalos ativos ou usar o método de circuito), métodos contínuos preferencialmente; e incluir um trabalho aeróbico no início ou 8 final da sessão, mas de maior duração (por exemplo, acima de 30 minutos). Para elaborarmos um plano de musculação com finalidade de estética, devemos considerar alguns fatores: Dados da avaliação do aluno; Grau de condicionamento do aluno; Identificar os objetivos específicos do aluno; Duração das sessões sugerida: varia de acordo com o objetivo e as etapas do treino, mas pode variar entre 40 a 80 minutos; Intensidade: cargas para 10 até 12 ou 15 RMs; Séries: podem variar de 3 a 6, mas depende da fase de treino; Exercícios: variados e mais complexos; normalmente mais de 1 para cada grupo muscular (entre 2 e 3), explorando diferentes ângulos e porções do grupo; Podemos combinar outros exercícios como, por exemplo, aeróbico e alongamentos, mas não devemos esquecer da prioridade nos mesos e macrociclos. Freqüência: 3 a 5 x/semana, porém já podemos dividir os treinos em sessões distintas; Repouso e intervalos maiores (mais adequado) quanto maior a carga maior o intervalo em fases específicas de treino. Reavaliação do aluno. Observação: essas são apenas sugestões, devemos sempre adequar à prescrição às condições de nosso aluno. Musculação e Esporte A musculação desportiva é um dos elementos da preparação física de um desportista. Ela deve ser sempre direcionada ao esporte específico (Especificidade 9 do treinamento), e também deve estar relacionada ao treino técnico, assim como às características do atleta (esporte individual) e também da função (esportes coletivos). A preparação física é incluída ao longo de todo o planejamento do atleta ou da equipe levando sempre em consideração os períodos de treinamento. Normalmente temos: Preparação física de base: períodos preparatórios. Preparação física específica: períodos pré-competitivos. Preparação física competitiva: período competitivo. É de fundamental importância que o preparador físico tenha o domínio a respeito do esporte e suas ações motoras, para que a preparação física seja bem desenvolvida. Musculação e Reabilitação Podemos utilizar a musculação como forma de fazer a retomada do indivíduo às suas atividades físicas corriqueiras após uma lesão. Normalmente o trabalho de musculação é indicado após o tratamento fisioterápico, quando existe a possibilidade de um reforço muscular, articular e ligamentar mais direcionado. É importante que o professor de educação física possa trabalhar em parceria com os médicos que tratam esse aluno ou atleta (fisiatras,ortopedistas, etc. e também fisioterapeutas) para que a recuperação seja integral. Normalmente o trabalho de musculação com essa finalidade é composto por exercícios basicamente isométricos (mas também dinâmicos) e sem uma sobrecarga 10 muito grande. Nessa perspectiva trabalhamos o fortalecimento dos elementos ativos (músculos) sem maiores estresses aos elementos passivos (cartilagens e ligamentos). A evolução de cargas e volumes é bem gradativa e cuidadosa. Trabalha-se também muito com mobilização articular; alongamentos, exercícios excêntricos sem sobrecarga; isometria por sustentação em diferentes ângulos; elásticos, etc. O número de séries e repetições deve ser conforme o tipo de lesão e principalmente se há presença de dor ou não. Nunca devemos executar os exercícios com dor. Musculação e Postura A musculação pode ser aplicada no tratamento e manutenção da postura corporal. A postura corporal está ligada a diversos fatores, são eles: Musculares: Manutenção do tônus e equilíbrio entre as forças de agonistas e antagonistas ajuda na boa postura. Neurais: Consciência corporal, também ligada aos hábitos. Genéticos: Pré-disposição herdada. Exemplo: hipercifose familiar. Psíquicos: A postura corporal é o reflexo da nossa postura frente à vida e aos obstáculos enfrentados nela. Musculação e Treinamento de força 11 Musculação é um meio de treinamento da condição muscular ou força muscular, são “termos irmãos”. Em 1990 o ACSM incluiu o treinamento de força como parte integrante da prescrição de exercícios objetivando a saúde. Algumas curiosidades sobre o treinamento de força: Nas décadas de 70 e 80 o treino de força começa a ser incluído nos programas de condicionamento para ambos o sexo; A mulher ganha força no mesmo ritmo ou até maior que o homem (Cureton & cols, 1988; Wilmore & cols, 1974 e 1978) mas hipertrofia menos por que as fibras musculares são menores; O aumento de força se dá inicialmente por adaptações neurais e após por adaptações musculares; Pessoas sem experiência aumentam rapidamente a força pelas adaptações neurais; Atualmente entende-se que o treinamento de força tem um papel importante na manutenção da taxa metabólica basal; Após os 30 anos podemos perder 1% da força e da massa magra e após os 35 anos podemos perder de 2,3 a 3,2 kg de massa e força por década; Após os 35 anos o metabolismo basal pode diminuir em torno de 120 kcal por década. Por que Treinar Força? Benefícios! O treinamento de força (musculação) tem sido muito procurado devido aos seus inúmeros benefícios, independentemente da população. Podemos citar alguns de seus principais benefícios: 12 Uma das grandes vantagens de aumentar os níveis de força reside em um menor esforço nas atividades diárias; Temos mais resistência e mais facilidade na realização de tarefas do cotidiano; O atleta tem mais precisão biomecânica e cansa menos; A probabilidade de lesão no esporte é menor; O idoso torna-se mais independente; O coração é menos sobrecarregado (o duplo produto é menor); Manutenção e aumento no metabolismo; Redução da perda de massa muscular; Redução da gordura corporal; Diminuição das dores musculares em geral; Redução da ansiedade e depressão (musculação libera endorfinas); Controle de diabetes – Reduz a obesidade, a qual é fator de risco para diabetes, diminui as taxas de açúcar no sangue, aumenta a absorção celular de insulina. Estudos mostram que mulheres que caminham e fazem musculação 3x/semana diminui em 40% a chance de desenvolver qualquer tipo de diabetes. Redução dos sintomas da artrite – Fortalecendo as articulações diminui o inchaço e a dor; Diminuição de risco de quedas e fraturas; Aumento na densidade dos ossos, melhora na velocidade de resposta, melhor agilidade e equilíbrio, caminhar mais seguro; Controle da pressão sanguínea. Combate à osteoporose em mulheres. Diminuiçãode câncer de próstata em homens – Estudos mostram que homens que fizeram musculação e aeróbico 3h por semana diminuíram em 25% a incidência deste tipo de câncer; A estabilidade postural reduz o risco de quedas, lesões e fraturas associadas, especialmente em idosos; 13 Em qualquer faixa etária, o impacto das melhoras em força e flexibilidade é muito mais decisivo do ponto de vista funcional que os ganhos aeróbios. Incluem-se aqui aspectos laborais. 3 - Adaptações Decorrentes do Treinamento de Força Adaptações Hormonais (Komi, 2006) Quando se treina força, uma série de mecanismos fisiológicos deve ocorrer para suportar as demandas agudas e crônicas. O sistema endócrino é extremamente importante na adaptação ao treinamento de força. Os mecanismos hormonais envolvidos nessas adaptações estão relacionados ao tipo de programa de treino, em relação às intensidades, volumes, intervalos, etc. A adaptação hormonal é extremamente complexa, ela envolve um somatório de ações e reações. Alguns hormônios aumentam os efeitos de outros hormônios, e trabalham em conjunto para produzir determinados efeitos, por exemplo, o hormônio do crescimento (GH) influencia a liberação do fator de crescimento insulina-símile (IGF I – somatomedinas) nas células. Ás vezes os hormônios agem de maneira oposta, tentando manter a homeostase da célula, e muitas vezes a dose adequada de treino pode contribuir muito para isso, ou seja, ás vezes um hormônio que poderia ajudar no processo anabólico, pode trazer resultados catabólicos. Os hormônios anabólicos (testosterona, GH, fatores de crescimento insulina- símile e sob certas condições a própria insulina) aumentam a síntese protéica, e os hormônios catabólicos aumentam a degradação protéica. O equilíbrio entre esses 2 processos pode resultar em aumento ou perda de massa magra, e isso está diretamente relacionado ao programa de treinamento que 14 é prescrito, ou seja, quanto mais organizado e progressivo for o treino melhor será a interação dos mecanismos neuroendócrinos. Hormônios Esteróides: São secretados pelo córtex adrenal e também pelas gônodas. São lipossolúveis. Exemplo: testosterona. Hormônios Polipeptídicos: São produzidos a partir dos aminoácidos: exemplo GH e insulina. Não são lipossolúveis, portanto necessitam de um segundo mensageiro para só assim entrar no sarcolema da célula. Hormônio alcança a célula (sarcolema) receptor-hormônio Adenilato ciclase (enzima) catalisando o monofosfato de adenosina cíclica (AMPc) que ativa a proteína cinase (proteína essa envolvida na transferência de energia). A proteína cinase pode fosforilar e ativar enzimas que estimulam a síntese protéica. PROTEÍNAS: CURIOSIDADES! (Powers e Howley, 2000) As proteínas contribuem com menos de 2% do substrato utilizado no exercício com menos de 1 hora de duração. No exercício prolongado (3 a 5 horas) a contribuição total pode atingir de 5 a 15% nos minutos finais do trabalho prolongado. Existem mais de 20 aminoácidos, sendo que 9 são essências e não sintetizados pelo corpo. A isoleucina, alanina, leucina, valina, etc, podem ser convertidas em intermediários metabólicos (usados como energia) na célula muscular e participam como combustível. Por exemplo, a alanina também pode ser convertida em glicose no fígado. A titina é uma proteína que há pouco tempo se descobriu como uma importante elemento na contração muscular, ela se localiza na banda Z (ou disco Z) do sarcômero. 15 Hormônios Anabólicos Primários Família do hormônio do crescimento – hipófise= GH O GH aumenta durante o exercício para mobilizar os ácidos graxos do tecido adiposo e também auxiliar na manutenção da glicemia (Powers e Howley, 2000). Fatores de crescimento insulina-símile (IGF-I) somatomedinas. Os músculos também produzem o IGF. Insulina: Função primária: regulação da glicose sanguínea (armazena glicose, aminoácido e gorduras). As concentrações fisiológicas de insulina parecem aumentar a síntese protéica, desde que seja mantida a disponibilidade intracelular de aminoácidos. Testosterona: hormônio esteróide anabólico, sintetizado nas gônodas e a partir do colesterol. A testosterona pode inibir o efeito do cortisol na degradação protéica. TESTOSTERONA: CURIOSIDADES! (Powers e Howley, 2000) A testosterona é sintetizada a partir do colesterol que é um esteróide (uma das 4 classificações de grupos da gordura). Gorduras: 4 classificações: Grupo 1: Ácidos graxos; Grupo 2: Triglicerídeios; 16 Grupo 3: Fosfolipídeos; Grupo 4: Esteróides. Os grupos 3 e 4 não são utilizados como fonte de energia. Hormônios Catabólicos Citocinas: são substancias glicoproteicas solúveis, produzidas e secretadas por várias células. Cortisol: responde a uma variedade de estressores. O exercício é um deles. O cortisol e a progesterona, tentam degradar as proteínas celulares. O cortisol em níveis de jejum, ajuda a manter a glicemia através da gliconeogênese e a liberação periférica de substratos, ambos processos catabólicos. Nos tecidos periféricos, o cortisol estimula a lipólise nas células adipócitas, além de incrementar a degradação e diminuir a síntese protéica. Na verdade o cortisol atua em mecanismos de proteção, mas em relação ao anabolismo muscular ele pode prejudicar, quando há algum desequilíbrio. Exemplo (Smith, 2000): Exercício (estressor) micro-trauma adaptativo inflamação local aguda, crônica e sistêmica Aumenta o cortisol Por isso a DOSE DO TREINO (CARGA) é de extrema importância Tabela 3.1: Relação de hormônios e seu comportamento durante o exercício (Segundo Powers e Howley, 2000). 17 Hormônios Efeitos no Exercício GH aumenta TSH aumenta Endorfinas aumentam ADH aumenta T3 e T4 aumentam Paratormonio aumenta Cortisol aumenta no exercício intenso e diminui no exercício leve Aldosterona aumenta Adrenalina 80% aumenta Noradrenalina 20% aumenta Insulina diminui Glucagon aumenta Testosterona pequeno aumento Estrógeno pequeno aumento Adaptações Teciduais Conjuntivas (Komi, 2006) Basicamente as adaptações conjuntivas dos tecidos (ossos, ligamentos, etc) estão relacionadas à estimulação da absorção de componentes construtores desses mesmos tecidos, ou seja, o treino de força melhora na absorção de nutrientes importantes para a construção deles. Esses mecanismos de adaptação ainda estão sendo amplamente estudados, devido à complexidade com que ocorrem, mas o que é evidente é que o treino de força melhora muito o tecido conjuntivo. Ossos A remodelação do osso após sobrecarga mecânica está sendo ainda muito estudada. A princípio a tensão exercida (sobrecarga) pelos tendões nas extremidades do osso, gera um fenômeno elétrico (polarização) que poderia acionar 18 outros mecanismos responsáveis pela absorção de alguns elementos importantes na construção óssea, por exemplo, o cálcio, o colágeno e também os proteoglicanos, e com isso tornar o osso mais forte e resistente. Tendões e ligamentos O principal constituinte é o colágeno (molécula de tropocolágeno). As adaptações nos ligamentos são mais estudadas já os efeitos do treino nos tendões são menos claras devido ao acesso. Os estudos já demonstraram que a falta de exercício ou a imobilizaçãoleva a uma diminuição da concentração de água nos ligamentos e nos tendões, e que o movimento ajuda e muito na nutrição desses tecidos. O treinamento de força parece promover uma melhor absorção dos nutrientes importantes para a manutenção da saúde desses tecidos, mas ainda é necessário mais informação para se ter clareza, de que forma esses mecanismos ocorrem. Meniscos São estruturas fibrocartilaginosas. O exercício pode melhorar a síntese de colágeno devido à compressão causada pela sobrecarga. Todo esse mecanismo ainda necessita de mais esclarecimentos. Uma especulação é que a sobrecarga poderia facilitar a abertura dos receptores de substancias importantes na formação desses tecidos. Em síntese: podemos dizer que a prescrição adequada das cargas de treino tem o papel fundamental nos tipos de adaptações causadas, ou seja, o exercício pode ser muito produtivo, quando suas cargas são bem dosadas. Mas, ao mesmo tempo, o exercício pode gerar danos, e muitas vezes irreparáveis, tendo em vista de que existe uma linha muito tênue entre o que pode ser bom ou ruim aos tecidos conjuntivos. 19 Adaptações Morfológicas - Hipertrofia e Hiperplasia (Komi, 2006; Fleck e Kraemer, 2006). A hipertrofia se dá basicamente pelo aumento da síntese proteica e também pela diminuição da degradação protéica (balanço protéico). A síntese protéica parece alcançar um pico aproximadamente 24 horas após a sessão de treinamento, mas pode elevar-se por 36 a 48 horas (MacDougall et al., 1995; Phillips et al, 1997). A síntese protéica muscular após o exercício de força depende da disponibilidade de aminoácidos, do momento da ingesta protéica e das concentrações de insulina em adição a outros fatores como, por exemplo, da regulação hormonal (Fleck e Kraemer, 2006 pg 99). A hipertrofia se dá pelo balanço protéico e também por divisão longitudinal de miofibrilas. O aumento da área de secção transversa das fibras é também atribuído a elevação do número de filamentos de actina e miosina e uma adição de sarcômeros dentro das fibras musculares existentes (Goldspink, 1992 citado por Fleck e Kraemer, 2006 pg 96). As células-satélites parecem ter papel importante nesse processo. As células satélites são progenitoras musculares, e especula-se que elas também sejam responsáveis pela hipertrofia, assim como pela hiperplasia. Recentemente (Kadi e Thornell, 2000) um estudo evidenciou aumento de números de mionúcleos e o número de células-satélites em indivíduos que aderem regularmente a programas de exercícios em comparação com não treinados. Usuários de esteróides anabolizantes normalmente têm fibras musculares maiores e também com maior número de mionúcleos por fibras (Kadi, et al, 2000). Treinos extenuantes podem proporcionar uma melhor resposta hipertrófica, devido ao aumento da concentração de lactato, que cria um ambiente propício para um treino de hipertrofia. 20 Isso tudo são mecanismos que alteram os genes, por isso devem ser ainda mais estudados e esclarecidos, principalmente os mecanismos que podem levar a hiperplasia em humanos adultos. Podemos perceber que, após o exercício de força, quando as concentrações de insulina são elevadas (ou pela ingestão de glicose, ou via infusão de insulina) a degradação protéica acelerada pelo exercício é reduzida (Fleck e Kraemer, 2006 pg 99) Suplementação pós exercício, de carboidratos e proteína pode gerar aumento da insulina (Willians, 2002). Uma ingesta de aminoácidos antes da sessão de treino pode otimizar a oferta e o transporte durante o treino, devido ao aumento do fluxo sanguíneo (Tipton et al., 2001). Adaptações Neurais (Komi, 2006; Fleck e Kraemer, 2006). As adaptações neurais estão relacionadas ao aumento de unidades motoras recrutadas, e também aumento na velocidade de impulso elétrico. O aumento da coordenação inter-muscular (sinergismo) também é um fator a ser destacado. Adaptações Cardiovasculares (Komi, 2006; Fleck e Kraemer, 2006). Alguns estudos têm apresentado resultados satisfatórios do treinamento de força no sistema cardiovascular, são eles: 21 FC = diminui ou s/ mudança; PA Sistólica = diminui ou s/ mudança; PA Diastólica = diminui ou s/ mudança; Duplo Produto = diminui ou s/ mudança; Volume sistólico = aumenta ou s/ mudança Débito cardíaco = aumenta ou s/ mudança Colesterol Total = diminui ou s/ mudança; HDL = aumenta ou s/ mudança LDL = diminui ou s/ mudança; Revisando... Duplo Produto = reflete o trabalho de esforço do miocardio, correlaciona-se com o consumo de O2 pelo miocárdio (DP=FC x PAS). Volume sistólico = Quantidade de sangue bombeada pelo coração em cada sístole. Débito cardíaco = quantidade de sangue, em litros bombeada pelo ventrículo esquerdo por minuto (DC = VS x FC). 4- Planejamento do Programa – Relação dos componentes de treino Fleck e Kraemer (2006) descrevem uma série de fatores como os componentes de treino, são eles: Intensidade, volume, ordem dos exercícios, intervalos (descanso entre as séries), repouso (descanso entre os estímulos/sessões) e velocidade de execução. Todo programa de treinamento de força deve ser direcionado aos objetivos e as condições do nosso aluno. Sendo assim, após uma avaliação física minuciosa, 22 devemos organizar os componentes do treino de acordo com os objetivos e também de acordo com seu perfil. Fleck e Kraemer (2006) chamam esses componentes de “variáveis agudas de treinamento”, e são elas: a) Escolha dos exercícios: podemos destacar os primários: treinam os motores primários em um movimento particular e são tipicamente exercícios para grandes grupos, exemplo, supino, pressão de pernas, puxada dorsal, etc; os complementares que treinam predominantemente um grupo muscular, exemplo, rosca bíceps, tríceps, etc. Os estruturais ou também multiarticulares, são aqueles que apresentam levantamento (ação) de todo o corpo e requerem ação coordenada de vários grupos, por exemplo, arranques, levantamento terra, agachamento. Os multiarticulares usam várias articulações, exemplo, supino, puxada, pressão de pernas, desenvolvimento de ombro, etc. Os segmentares podem ser chamados também de isolados ou monoarticulares, são aqueles que procuram isolar um grupo muscular, por exemplo, rosca bíceps, rosca tríceps, flexão e extensão de joelhos, etc. Muitos dos exercícios complementares podem ser segmentares e muitos dos exercícios primários são também estruturais. b) Ordem dos exercícios: ou seja, a ordem de colocação dos exercícios na rotina de musculação. Uchida et al., (2005) destacam as principais ordens de aplicações dos exercícios: - Alternada por segmentos: indicada para iniciantes, alterna os segmentos corporais, por exemplo, um exercício de extensão de joelhos, após a rosca bíceps; após o abdominal supra, etc. - Localizada por articulação (agonista/antaogonista e completo): agonista /antagonista, por exemplo, rosca bíceps e rosca tríceps; adução e abdução de quadril, etc. E a ordem completa seria fazer mais de 3 exercícios que envolvam a mesma articulação, por exemplo, adução de quadril, flexão de quadril, adução de quadril e extensão do quadril. - Associada por articulações adjacentes (pré-exaustão): Promove a pré-exaustão na musculatura trabalhada em um primeiro exercício. Ou seja, a musculatura em questão atua no primeiro exercício e no segundo exercício tem auxilio de outras articulações e outros músculos. 23 - Direcionada por grupo muscular: Usamos maisde 3 exercícios para o mesmo grupo muscular. Essa estrutura é mais recomendada para intermediários e avançados, devido ao fato de levar o grupo muscular à fadiga. - Mista. Essa estrutura é mais usada quando o aluno tem objetivos distintos para as diferentes partes do corpo. É uma combinação das estruturas já mencionadas, é aconselhada par avançados. Uchida et al., (2005) indicam ainda que é bastante aconselhável escolher a ordem alternada por segmentos nos treinos iniciais, tendo em vista de que o equilíbrio entre agonistas e antagonistas previne lesões futuras, geradas por desequilíbrio muscular. c) Intensidade: A sobrecarga usada no exercício, que pode ser mesurada através de testes máximos e sub-máximos ou também selecionada a partir das repetições máximas conseguida com uma determinada carga (RMs). d) Número de séries: o número de séries deve ser escolhido conforme o objetivo; o período de treino; o número de exercícios por grupos musculares; entre outros fatores. e) Duração dos períodos de recuperação (freqüência): A freqüência semanal é determinante para alcançar o objetivo do treino. O treinamento com cargas altas requer um tempo maior de recuperação, o uso de cargas extremamente pesadas pode requerer 72 horas de recuperação e cargas médias e leves 48 e 24 horas respectivamente (Zatsiorski, 1995). Alguns exemplos de divisão de treino, seguindo a relação: Sessões x repouso (Uchida et al. 2005): Quadro 4.1: Treinos com descanso de 48 a 72 horas SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM Programa A Programa B Programa A Programa B Programa A Programa B ----- Programa A: membros superiores Programa B: membros inferiores e coluna 24 Quadro 4.2: Treinos com descanso de 72 a 96 horas SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM Programa A Programa B -------- Programa A Programa B -------- ------- Programa A: membros superiores Programa B: membros inferiores e coluna Ou Quadro 4.3: Treinos com descanso de 72 a 96 horas SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM Programa A Programa B Programa C Programa A Programa B Programa C ------- Programa A: membros superiores Programa B: membros inferiores e coluna Programa C: Ombros e membros inferiores Quadro 4.4: Treinos com descanso de 168 horas SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM Programa A Programa B Programa C Programa D Programa E Programa F ------- Programa A: peitoral e adutores do quadril Programa B: anteriores do braço e quadríceps Programa C: deltóides (parte clavicular e acromial) e tríceps sural. Programa D: dorsais, trapézio, deltóide (parte espinhal) e glúteo médio; Programa E: Tríceps braquial e posteriores de coxa; Programa F: antebraço, anteriores da perna e abdome. Observação: Quanto maiores são as exigências de treino, a princípio, maior deve ser o repouso. Uchida et al., (2005) também destacam as seguintes variáveis de treino: Escolha dos exercícios e do equipamento; volume; controle de carga e respiração. 25 5- Formas de Manifestação do Treinamento de Força A força tem diferentes formas de manifestação, que estão ligadas aos objetivos que temos ao treinar essa variável. Não existe nenhum tipo de receita padrão para a elaboração do treino, mas podemos ter algumas referencias básicas para podermos estruturar nosso planejamento. Destaca-se que pode haver uma pequena diferença em relação às intensidades, volumes, intervalos, etc., de acordo com diferentes autores. Sendo assim, o quadro abaixo que descreve as relações das variáveis agudas de treino para cada objetivo, destacando as diferenças sugeridas por vários autores. Tabela 5.1: Relação das variáveis agudas de treino para cada objetivo. Objetivo Intensidade Séries Repetições Intervalo Repouso (hs) Exercícios Por grupo muscular Referência RML 60-70% do 1-RM 2 a 3 12 a 20 20 a 30 segundos 24 1 a 2 Baechle e Groves, 2000. 50-70% do 1-RM 2 a 3 > de 20 20 a 30 segundos ou nenhum 24 1 a 2 Howley e Franks, 2008. Cargas para 12 a 20 RMs 2 a 3 12 a 20 60 a 90 segundos 24 1 a 2 Fleck e Kraemer, 2006. Cargas para 15 a 20 RMs 1 a 3 15 a 20 90 segundos 24 1 a 2 Fleck e Júnior, 2003. Até 65% do 1-RM 2 a 3 15 a 50 30 segundos a 2 minutos 24 a 48 2 ou 3 Uchida et. al, 2005. Resistência de força 60-75% do 1-RM 3 a 5 6 a 12 3 a 5 min 48 2 a 3 Badillo e Ayestarán, 2001 Cargas para 12 a 15 RMs 2 a 3 12 a 15 1 min a 1:30 24 ou 48 2 a 3 Fleck e Júnior, 2003. 27 Objetivo Intensidade Séries Repetições Intervalo Repouso (hs) Exercícios Por grupo muscular Referência Resistência de força 70-80% do 1-RM 2 8 a 12 (15) NS 24 a 48 NS Howley e Franks, 2008. e Heyward, 2004. Força Máxima Cargas para: 1 a 5 (pesada) 6 a 10 (moderada) > 10 (leve) 4 a 10 (exercícios primários) 1 a 3 (exercícios assistentes) Até 10 RMs > de 2 minutos 48 NS Fleck e Kraemer, 2006. >85% do 1-RM >4 < de 6 > de 3 minutos 48 a 72 > de 4 Uchida et. al, 2005. 80-100% do 1-RM 3 a 5 ou mais 1 a 8 2 a 5 minutos 48 a 72 NS Baechle e Groves, 2000. 85 a 100% do 1-RM >3 1 a 6 NS NS NS Heyward, 2004. Hipertrofia 70-80% do 1-RM 3 a 5 6 a 12 2 a 5 minutos 48 a 72 NS Badillo e Ayestarán, 2001 Cargas para 8 a 12 RMs 2 a 3 8 a 12 1 minuto NS NS Howley e Franks, 2008. 28 Objetivo Intensidade Séries Repetições Intervalo Repouso (hs) Exercícios Por grupo muscular Referência Hipertrofia 67-85% do 1-RM > 3 por grupo 6 a 12 < 1:30 minutos 48 a 72 > de 3 Uchida et. al, 2005. 70-80% do 1-RM 3 a 6 ou mais 8 a 12 30 a 90 segundos 48 NS Baechle e Groves, 2000. Potência 30 a 90% do 1-RM (depende da modalidade esportiva e do tipo de potencia: acíclica e cíclica) > de 4 < 10 > 3 minutos 48 a 96 NS Uchida et. al, 2005. 30 e 70% do 1-RM NS 5 a 8 NS 48 a 96 NS Badillo e Ayestarán, 2001. Cargas para: 1 a 5 RMs (pesadas) 6 a 10 RMs (moderada) > 10 (leve) 4 a 10 para primários e 1 a 3 para exercícios assistentes. < 10 > de 2 minutos NS NS Fleck e Kraemer, 2006. NS: Não sugere. Associadas a essas sugestões de intensidades e volumes, temos também a organização dos exercícios, ou seja, os métodos; que nos ajudaram a chegar aos resultados desejados. É importante destacarmos também o nível de condicionamento que se encontra nosso aluno. Segue abaixo no quadro 5.2 algumas características básicas para identificarmos o nível de treinabilidade de nosso aluno. Nunca devemos esquecer que a avaliação física é fundamental para essa identificação, e paralela à avaliação, uma anamnese (questionário) pode ser feita para sabermos alguns detalhes sobre o aluno. Quadro 5.2: Componentes do treinamento de acordo com o grau de condicionamento. ETAPAS DO TREINO INTENSIDADE E VOLUME EXERCÍCIOS REPOUSO E INTERVALO MÉTODOS INICIANTE*1 Intensidade baixa e volume alto. Volume maior promove adaptações sistêmicas. Simples, velocidade controlada e amplitude total Repouso e intervalo pequenos devido à intensidade baixa. Preferencialmente contínuos sem variação de intensidade.INTERMEDIÁRIO *2 Aumento gradual da intensidade e redução do volume. Exercícios mais complexos. Aumento gradual do intervalo e repouso, a medida que a intensidade aumenta. Métodos contínuos e descontínuos com maior variação de intensidade. AVANÇADO *3 Prioridade na intensidade, normalmente reduzir o volume de treino. Muitas variações de exerc.,intens.e, volume, treinos mais e menos densos,métodos diferentes. Intervalo e repouso maiores. Métodos com média e grandes variações de intensidade (descontínuos, preferencialmente) 30 1 2 3 Existe a possibilidade de em todas as etapas podermos variar os métodos, mas devemos adequá-los às intensidades treinadas. Em relação à determinação dos níveis dos alunos, podemos dizer que está relacionado ao tempo de prática e a freqüência, por isso não existe uma tempo fixo de duração em cada etapa, em média, indivíduos que treinam há menos de 6 meses são considerados iniciantes; entre 6 meses e um ano seriam intermediários e acima de um ano avançados, mas existem outros fatores que interferem nessa classificação. A tabela 5.3 relaciona as diferentes repetições e seus respectivos percentuais de 1-RM. Ela poderá ajudar na identificação dos percentuais de prescrição dos exercícios. Tabela 5.3: Número de repetições correspondentes à porcentagem de 1-RM. REPETIÇÕES % 1- RM 1 100 2 95 3 93 4 90 5 87 6 85 7 83 8 80 9 77 10 75 11 70 12 67 15 65 Fonte: Baechle, Earle e Wathen (2000) citado por Heyward (2004) pg 119. 31 6- Treinamento de Forças e respiração Não é recomendado prender a respiração com a glote fechada (Manobra de Valsalva) durante a execução do treinamento de força (Fleck e Kraemer, 1999), a pressão intratorácica aumenta muito. A manobra de Valsalva promove redução do retorno venoso e consequentemente do débito cardíaco, aumenta a FC (para manter o débito cardíaco), e a pressão arterial (UCHIDA et al., 2005). Tipos de Respiração: Continuada: respira livremente; Ativa ou passiva-ativa: inspira na fase positiva; Passiva ou passiva-eletiva: expira-se na fase positiva do movimento. Bloqueada: inspira-bloqueia-faz o movimento positivo (concêntrico) e negativo (excêntrico) e expira; Mista: bloqueada e ativa. Altas cargas. 7- Meios e Métodos (Sistemas) de Treinamento de Força Meios de Treinamento de força Os meios estão ligados às formas de contração muscular e também ao tipo de equipamento onde serão executados os exercícios. • Treinamento isométrico (contração sem movimento articular); • Treinamento dinâmico com resistência invariável (TDRI) (depende do tipo de polia ou roldana) - POLIA REDONDA 32 • Treinamento dinâmico com resistência variável (TDRV) (depende do tipo de polia ou roldana) - POLIA NÃO REDONDA. • Treinamento isocinético (contração com mesma velocidade de movimento); • Treinamento excêntrico (fase negativa do movimento); • Treinamento pliométrico (execução associada aos saltos); Métodos de Treinamento de Força Existem infinidades de métodos de treinamento de força, citaremos alguns, que por ventura, podem ter terminologias diferentes e manter a mesma metodologia. Devemos estar atentos à escolha do método, ou seja, se nosso indivíduo está preparado para o método selecionado. Não é comum existir o melhor sistema ou método, cada aluno responde de um modo diferente aos estímulos, se a sua opção de sistema não estiver apresentado resultados, devemos mudar a escolha. Os métodos; sistemas e técnicas de treinamento descritos a seguir foram sugeridos por Fleck & Kraemer (1999 e 2006). Métodos Série Simples ou Série Única: uma série por exercício, cargas pesadas e poucas repetições (8 a 12). Não aumenta muito a força, não é indicada para atletas, é bom para quem tem pouco tempo, ou para fase inicial de um período. É indicado para quem quer manter o condicionamento muscular. Circuitos Expressos: Usados para quem tem pouco tempo, são variações do sistema de série única, e é desenvolvido da seguinte forma: uma série, de 6 a 12 repetições 33 de cada exercício, com 30 segundos a 1 minuto de intervalo. Podem ser usados exercícios multi ou monoarticulares, um exercício para cada grande grupo. Tem as mesma indicações do série única. Séries Múltiplas: Podemos usar múltiplas séries com a mesma resistência (carga); com resistência variável (pesado para leve; leve para pesado); com variação ou mesmo número de repetições por série, e com todas, algumas ou nenhuma série, que alcance a fadiga voluntária, ou seja, é um sistema bem variado e abrangente. É esperado com esse sistema aumento na força e melhora na composição corporal, mas, usa-lo por períodos muito longos pode trazer um platô nos ganhos de força. Bulk: Refere-se especificamente a um sistema que utiliza 3 séries entre 5 e 6 repetições, a carga é relativa a 5 e 6RMs. É mais utilizado para ganhos de força. Circuito: Consiste em executar mais de uma série sucessivamente, com intervalo mínimo (15 a 30 segundos) entre os exercícios; de 10 a 15 repetições de cada exercício, com 40 a 60% de 1-RM. Podemos selecionar exercícios para qualquer grupo muscular, é muito eficiente par quem tem pouco tempo. Esse tipo de sistema ajuda na melhoria do condicionamento cardiovascular. Ação Periférica do Coração (Sistema de circuito): Variação do circuito. Uma sessão de treino é dividida em várias seqüências. Uma seqüência é um grupo de 4 a 6 exercícios diferentes, cada um para uma parte diferente do corpo. O número de séries varia conforme o objetivo e as repetições ficam entre 8 e 12. Executamos todos os exercícios da primeira seqüência três vezes, como em um circuito e as demais também. È um sistema muito bom para melhorar o condicionamento cardiovascular e também para resistência muscular localizada. Ex.: Tabela 7.1: Seqüência de exercícios Seqüência Parte do corpo 1 2 3 4 Peitorais Supino Supino incl. Supino decl. Voador 34 Costas Puxada Remada sent. Remada incl. Remada barra T Ombros Desenvolvi. Remada em pé Elevação lateral Elevação front. Perna Agachamento Ext. joelho Agachamento por trás Agachamento unilateral Abdome Abdominal Abdom. C/ pernas elevadas Abdominal cadeira Abdominal em V Triplo ou Trisséries: Semelhante ao anterior. Três exercícios para a mesma parte do corpo, trabalhando grupos musculares diferentes, com pouco ou nenhum descanso, três séries de cada exercício. Resistência muscular localizada. Ex. rosca bíceps, rosca tríceps e meio desenvolvimento de ombros por trás. Progressão Dupla: Nas primeiras séries a carga é mantida e as repetições aumentam (mais ou menos 3 a 4 séries), depois a carga aumenta e o número de repetições diminui até igual ao inicial. Não é um sistema muito garantido e demanda muito tempo. Tabela 7.2: Exemplo do sistema de progressão dupla. Séries Repetições Carga (libras) 1 4 120 2 6 120 3 8 120 4 10 120 5 12 120 6 10 140 7 8 160 8 6 175 9 4 185 35 Multicarga: Se esse método for usado com pesos livre, necessitará de auxiliares, com equipamentos não é necessário. O método consiste em executar 4 ou 5 repetições com a carga de 4 ou 5 RM, diminui-se a carga e o aluno executa outra 4 ou 5 repetições, isso deve ser repetido por várias séries. O número de sériesdepende da carga usada e também dos objetivos do treino. Melhora a vascularização e quando usado em um curto período de tempo pode ajudar na hipertrofia. Breakdown training: É similar ao multicarga, pois diminuímos a carga para fazer mais repetições. O aluno executa a primeira série até a fadiga muscular e após isso diminuímos a carga e o aluno executa mais 2 a 4 repetições. Este sistema pode aumentar a força em indivíduos não-treinados (iniciantes). Superbomba: Utiliza de 15 a 18 séries, de um a três exercícios por grupo, com 15 s de intervalo entre as séries e cinco ou seis repetições. Cada grupo é treinado 2 a 3 x/semana. Auxilia na hipertrofia de pequenos grupos. Nos dias de hoje esse tipo de treinamento não é muito utilizado, devido ao stresse a que o músculo é submetido. Piramidais: Usado muito para potência. Completo: séries de 10 a 12 reps, com carga leve; a carga é aumentada até que se execute apenas 1 repetição; depois disso, repetimos na ordem inversa. Crescente (ou sistema leve-pesado): Progressão de cargas leves para pesadas. A aplicação das cargas e repetições varia de acordo com o objetivo e o grau de condicionamento do indivíduo. Sugestão de 3 séries, 50%, 66% e 100% de 10 RM. Decrescente (ou sistema pesado-leve): Aquecimento prévio. Começa com cargas altas e vamos reduzindo. Sugestão de 3 séries, 100%, 66% e 50% de 10 RM. Sistemas e Ordem dos Exercícios A seguir serão descritos alguns sistemas que estão baseados na ordem dos exercícios. 36 Séries Compostas: É bastante utilizado para a hipertrofia muscular. Este método alterna grupos musculares na sessão de treino, por exemplo, o aluno realiza uma série para um determinado grupo muscular, e, após pouco ou nenhum intervalo, ele executa uma outra série de um grupo muscular em diferente parte do corpo, fazendo isso até terminar as séries desejadas. Por exemplo, fazer uma série de extensão de joelhos e uma de rosca bíceps direta. É um bom método para quem tem pouco tempo. Flushing: Hipertrofia, definição e vascularização. Dois ou mais exercícios para o mesmo grupo ou para dois grupos musculares próximos. O número de séries e repetições não é bem definido. Promove maior vascularização local. Prioridade: Pode ser aplicado a todos os sistemas. Consiste em executar em primeiro momento os exercícios do grupamento muscular principal, com o máximo de intensidade. Supersérie: A supersérie envolve dois diferentes sistemas: várias séries de 2 exercícios para os músculos agonistas e antagonistas de um segmento corporal (ou seja, rosca bíceps e rosca tríceps); outro sistema, usa-se uma série de vários exercícios (2 ou 3) em rápida sucessão para o mesmo grupo muscular ou segmento corporal. Ambos podem ser com séries de 8 a 10 repetições (hipertrofia e resistência muscular localizada). Parcelado: Consiste em, treinar as várias partes do corpo em dias alternados. Exemplo: braços, pernas e abdome às segundas, quartas e sextas; e peito, ombros e costas às terças e quinta e sábados; com variações necessárias. Permite que a intensidade seja maior e possibilita a recuperação do grupo muscular. É basicamente usado para hipertrofia. Blitz ou Parcelado-isolado: é uma variação do parcelado. Apenas uma parte do corpo é treinada em cada sessão, assim mais exercícios para a mesma parte do corpo podem ser executados. Esse sistema é utilizado por fisiculturistas na preparação para competição. Exemplo: treinar braços na segunda; peito na terça; pernas na quarta; e assim sucessivamente. 37 Isolado: Dedica toda uma sessão a um único exercício, por exemplo, na segunda treinamos apenas supino (e suas variações). Repetições entre 8 e 10, com 1 minuto de intervalo entre séries. Não é recomendado por mais de 6 semanas, por um período prolongado pode causar lesão por excesso de uso (overuse) ou síndrome de excesso de treino (overtraining). Técnicas de Treinamento Aplicáveis a Outros Sistemas Algumas técnicas podem ser usadas paralelas com diferentes sistemas e métodos para potencializar os benefícios do treino, por exemplo, usar a técnica de repetições parciais no método de séries múltiplas e no sistema se série composta. A seguir, destacaremos essas técnicas. Roubada: Faz um movimento auxiliar para que possa ser colocada mais carga. Ocorrem aumentos de força, mas, os índices de lesão são maiores. É muito popular com os fisiculturistas. Podemos usar a roubada, por exemplo, na última série de um sistema de séries múltiplas. Exaustão: Significa executar tantas repetições quanto possíveis, com a técnica adequada, até que ocorra uma falha concêntrica momentânea (séries até a fadiga volitiva). Mais unidades motoras serão recrutadas. Queima ou Queimação: É a extensão da exaustão. Após terminar a última repetição do sistema de exaustão, o indivíduo faz mais 5 ou 6 repetições incompletas. Repetição Forçada: é uma extensão do sistema de exaustão e da “roubada”. Consistem em, após executar o último movimento na exaustão, o professor auxilia a execução de mais 3 ou 4 repetições. Melhora a resistência muscular localizada. Pode gerar dor muscular tardia. Não utilizar com iniciantes. 38 Repetições Parciais: As repetições parciais são executadas em amplitudes reduzidas, é indicado 1 a 5 repetições por série, com carga maior que 100%. Melhora a força máxima. Superlento: Consiste em desenvolver as repetições de forma bem lenta, variando de 10 a 60 s por repetição. É mais usado em articulações isoladas e em equipamentos que permitam a manutenção da velocidade. Uma ou duas séries de uma a seis repetições (resistência e diminui % gordura). Sistemas e Técnicas Especializadas A seguir descreveremos técnicas e sistemas mais especializados. Isométrico Funcional: Consiste em executar uma contração máxima isométrica por 5 a 7 segundo em um ângulo articular limite (normalmente em desvantagem mecânica) de um movimento específico, ou colocamos um pino (caso de equipamentos) no ângulo que queremos trabalhar. Negativo: Trabalhar a fase excêntrica do movimento com um % de carga mais elevada (de 105 a 120%). Supersobrecarga: É um tipo de trabalho negativo. Trabalha-se com com 125% do peso de 1-RM. (90,7kg = 113,4kg - 90,7 x 1,25 = 113,4). De 7 a 10 repetições excêntricas com o peso extra, as repetições podem ser parciais. Pausa ou Pausa-Intervalo: Cargas quase máximas, para repetições múltiplas, com intervalo entre 10 a 15 segundos entre cada repetição. O total de repetições fica entre 4-5, e uma série de cada exercício, com 2 ou 3 exercícios por grupo muscular. Observação do capítulo 8: Os métodos, sistemas e técnicas são formas de organização de nossa prescrição de exercícios. Não existe a melhor, existe sim, aquela mais adequada ao nosso aluno e seus objetivos e características. 39 Qual a diferença básica entre métodos, sistemas e técnicas? A diferença básica é que: Os métodos levam em consideração todas as variáveis agudas do treino (intensidade, volume, freqüência, intervalo, etc) na elaboração da nossa rotina de exercícios; Os sistemas levam em consideração a ordem de aplicação dos exercícios; As técnicas levam em consideração a forma de execução do exercício e As técnicas especializadas levam em consideração a percepção de sobrecarga. Cabe salientar que sempre utilizamos em uma mesma rotina de treino, métodos, sistemas e técnicas diferentes, pois todos eles se complementam. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Guidelinesfor graded exercise testing and exercise prescription. Philadelphia: Lea & Febiger, 1980. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE POSITION STAND. Progression models in resistance training for healthy adults. Medicine and Science in Sports and Exercise 34: 364-380, 2002. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Chapter 11. Exercise testing and prescription for children, the elderly, and pregnant women. ACSM’s Guidelines for exercise testing and prescription, 6 th ed. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins, 2000. ALTER, M.J. Ciência da Flexibilidade. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 1996. BADILLO, G. ; AYESTARÁN, G. Fundamentos do Treinamento de Força. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. 40 BAECHLE, TR; GROVES, BR. Treinamento de força. Passos para o sucesso. Segunda edição. Porto Alegre: ARTMED, 2000. BAR-OR, O. Trainability of the Prepubescent Child. The Physician and Sports Medicine. v. 17, p. 65-82, 1989. BERGER, R.A. Comparative effects of three weight training programs. Research Quarterly 34:396-398, 1963. BLANKSBY, B.; GREGOR, J. Anthropometric, strength and physiological changes in male and female swimmers with progressive resistance training. Australian Journal of Sports Science. v.1, p. 3-6, 1981. BLIMKIE, C. J. R.; RAMSAY, J.; SALE, D.; MacDOUGALL, D.; SMITH, K.; GARNER, S. Effects of 10 weeks of resistance training on strength development in prepubertal boys. In: OSEID, S; CARLSEN, K-H (Eds.). Children and Exercise. Champaign: Human Kinetics, Cap. 13, p. 183-197, 1989a. BLIMKIE, C.J. Age- and sex- associated variation in strength during childhood anthropometric, morphologic, neurologic, biomechanical, endocrinologic, genetic, and physical activity correlates. In: GISOLFI, C. V.; LAMB, D. R. (Eds.). Perspective in Exercise and Sports and Medicine: Youth Exercise and Sports Medicine. Indianapolis. Benchmark, v. 2, p. 99-163, 1989. BLIMKIE, C. J.; MARTIN, J.; RAMSAY, J.; SALE,D.; MacDOUGALL, D. The effects of detraining and maintenance weigth training on strength development in prepubertal boys. Canadian Journal of Sports Science. v.14, p. 102, 1989b. BLIMKIE, C. J. Resistance training during pre- and early- puberty: efficacy, trainability, mechanisms, and persistance. Canadian Journal of Sports Sciences. v.17, p. 264-279, 1992. BLIMKIE, C. J. Resistance training during preadolescence. Issues and Controversies. Sports Medicine. v.15, p. 389-407, 1993. 41 BLIMKIE, C. J.; MARION, A. Resistance training during preadolescence: issues, controversies and recommendations. Coaches Report. v.1, n. 4, p. 10-14, 1995. BOUCHARD, C. Exercise, Fitness and Health, a Consensus of Current Knowledge. Champaign. Human Kinetics, 1990 BOMPA, T. O. Periodização. Teoria e Metodologia do Treinamento. São Paulo: Phorte, 2002. BOMPA, T.O. Treinamento Total para Jovens Campeões. São Paulo: Manole, 2002. BORST, S. E., De HOYOS, D. V., GARZARELLA, L. , VINCENT, K., POLLOCK, B. H., LOWENTHAL, D. T., POLLOCK, M.L. Effects of resistance training on insuli-like growth factor-I and IGF binding proteins. Medicine and Science in Sports and Exercise 33: 648-653, 2001. BRAITH, R. W.; GRAVES, J. E.; LEGGETT, S. H.; POLLOCK, M. L. Effect of training on the relationship between maximal and submaximal strength. Medicine and Science in Sports and Exercise. v.25, p. 132-138, 1993. BRUM, PC. , SILVA, GJ., MOREIRA ED., IDA F, NEGRÃO, CE., KRIEGER, E M. Exercise training increase baroreceptor gain-sensitivity in normal and hypertensive rats. Hypertension 2000; 36:1018-22. BRZYCKI, M. Strength Testing - Predicting a One-Rep Max from Reps-to-Fatigue. The Journal of Physical Education, Recreation & Dance, Vol. 64, 1993. COLLIANDER, E. B.; TESCH, P. A. Effects of detraining following short term resistance training on eccentric and concentric muscle strength. Acta Physiology Scandinavian. v. 144, p. 23-29, 1992. 42 CURETON, K. J., COLLINS, M. A., HILL, D. W. McELHANNON, F.M. Muscle hypertrophy in men and women. Medicine and Science in Sports and Exercise. 20: 338-344, 1988. DAVIES, C. T. M.; YOUNG, K. Effects of training at 30 and 100% maximal isometric force on the contractile properties of the triceps surae of man. Journal of Physiology . v.36, p. 22-23, 1983. DELAVIER, F. Guia dos movimentos de musculação. Abordagem anatômica. São Paulo: Manole, 2000. DELAVIER, F. Guia dos movimentos de musculação para mulheres. Abordagem anatômica. São Paulo: Manole, 2003. DUDLEY, G. A.; TESCH, P. A.; MILLER, B. J.; BUCHARMAN, P. Importance of eccentric actions in performance adaptations to resistance training. Aviation, Space and Environmental Medicine, 62:543-550, 1991. FAIGENBAUM, A.; WESTCOTT, W. Força e Potência para Jovens Atletas. São Paulo: Manole, 2001. FAIGENBAUM, A. D.; WESTCOTT, W. L.; MICHELI, L. J.; OUTERBRIDGE, R.; LONG, C. J.; LAROSA-LOUD, R.; ZAICHZOWSKY, L. D. The effect of strength training and detraining on children. Journal of Strength and Conditioning Research. . v. 10, n. 2, p. 109-114, 1996. FAIGENBAUM, A. D; WESTCOTT, W. L.; MICHELI, L. J.; LONG, C. J.; LAROSA- LOUD, R. The effect of different Resistance training protocols on muscular strength and endurance development in children. Pediatrics. v .104, n. 1, 1999. FERREIRA, Vanja. Atividade física na 3ª idade: o segredo da longevidade. Rio de Janeiro: Sprint, 2003. 43 FLECK,S.J.; FIGUEIRA JÚNIOR, A.J. Riscos e benefícios do treinamento de força em crianças: Novas tendências. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. v.2, n.1, p. 69-75, 1997. FLECK, S.; KRAEMER, W.J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 2 ed. Porto Alegre:Artmed, 1999. FLECK, S.; KRAEMER, W.J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 3 ed. Porto Alegre:Artmed, 2006. FLECK, S. J. e JÚNIOR, F. Treinamento de força para fitness e saúde. São Paulo: Editora Phorte, 2003. FONTOURA, A S.; FORMENTIN, C. M.; ABECH, E. A. Guia prático de avaliação física. Uma abordagem didática, abrangente e atualizada. São Paulo: Phorte, 2008. FONTOURA, A.; PINTO, R.; MEYER, F; SANT'ANNA, M.; LOSS, J.; RODRIGUES, L.; SCHNEIDER, P. A perda de força muscular de meninos no período de destreino. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.6, p. 209, n.5, 2000, Resumo. FONTOURA, A; MEYER, F; SCHNEIDER, P. O efeito do destreinamento de força muscular em meninos pré-púberes. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Volume 10, n 4, julho/agosto, p. 281-288, 2004. FORJAZ, CLM; REZK, CC; MELO CM; SANTOS DA; TEIXEIRA L; NERY SS; TINUCCI T. Exercício resistido para o paciente hipertenso: indicação ou contra indicação. Revista Brasileira de Hipertensão 10:2, 119-124, 2003. FOURNIER, M.; RICCI, J.; TAYLOR, A. W.; FERGUSON, R. J.; MONTPETIT, R. R.; CHAITMAN, B. R. Skeletal muscle adaptation in adolescent boys: sprint and endurance training and detraining. Medicine and Science in Sports and Exercise. v. 14, n. 6, p. 453-456, 1982. 44 FUCHS FD, MOREIRA LB, MORAES RS, BREDEMEIER M, CARDOZO SC. Prevalence of sistemic arterial hypertension and associated risk factors in the Porto Alegre metropolitan area. Populational-based study. Arq Bras Cardiol; 63:473-9, 1994. FUCHS SC, PETER JG, ACCORDI MC. Estabelecendo a prevalência de hipertensão arterail sistêmica. Influência dos critérios de amostragem. Arq Bras Cardiol; 76:455-58, 2001.FUKUNAGA, T. The effects of resistance training on muscle area and strength in prepubertal age. Annais of Physiological Anthropology. v. 11, p. 357-364, 1992. GOMES, A C. Treinamento Desportivo. Estruturação e Periodização. Porto Alegre: Artmed, 2002. GRAVES, J. E.; POLLOCK, M. L.; LEGGETT, S. H.; BRAITH, R. W.; CARPENTER, D. M.; BISHOP, L. E. Effects of reduced training frequency on muscular strength. International Journal of Sports Medicine. v.9, p. 316-319, 1988. HAGBERG JM, PARK JJ, BROWN MD. The role of exercise training in the treatment of hypertension: an update. Sports Med. 30:193-206, 2000. HALBERT JA, SILAGY CA, FINUCANE P, WITHERS RT, HAMDORF PA, ANDREWS GR. The effectiveness of exercise training in lowering blood pressure: a meta analysis of randomized controlled trials of 4 weeks or longer. J Hum Hypertens; 11:641-9, 1997. HATHER, B. M.; MASON, C. E.; DUDLEY, G. A. Histochemical demostration of skeletal muscle fiber types and capillaries on the same transverse section. Clinical Physiology (Oxford), 11:127-234, 1991. HASS, C. J.; GARZARELLA, L.; de HOYOS, D.; POLLOCK, M.L. Single versus multiple sets in long-term recreational weightlifters. Medicine and Science in Sports and Exercise, 32:235-242, 2000. 45 HAKKINEN, K.; KOMI, P. V. Electromyographic changes during strength training and detraining. Medicine and Science in Sports and Exercise. v.15, n. 6, p. 455-460, 1983. HAKKINEN, K. Factors affecting trainability of muscular strength during short term and prolonged training. National Strength and Conditioning Association Journal. v. 7, p. 32-37, 1985. HEYWARD, V. Avaliação Física e prescrição de exercício. Técnicas avançadas. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. HORTOBÁGYI, T.; HOUMARD, J.; STEVENSON, J. R.; FRASER, D.D.; JOHNS, R.; ISRAEL, R. G. The effects of detraining on power athletes. Medicine and Science in Sports and Exercise. v.25, n.8, p. 929-935, 1993. HOWLEY, E. T.; FRANKS, B. D. Manual do Condicionamento Físico. 5 edição. Porto Alegre: Artmed, 2008. JACOBSON, B. H. A comparison of two progressive weight training techniques on knee extensor strength. Athletic Training, 21: 315-318, 1986. JONES, N. L.; CAMPBELL, E. J. M.; EDWARDS, R. H. T. & ROBERTSON, D. G. Clinical exercise testing. Philadelphia: W.B. Sauders, 1975. KADI, F.; THORNELL, L. E. Concomitant increases in myonuclear and satellite cell content in female trapezius muscle following strength training. Histochemistry and Cell Biology, 113:99-103, 2000. KADI, F.; BONNERUD, P.; ERIKSSON, A.; THORNELL, L. E. The expression of androgen receptors in human neck and limb muscles: Effects of training and self- administration of androgenic-anabolic steroids. Histochemistry and Celll Biology, 113: 25-29, 2000. 46 KARVONEN, J. J.; KENTALA, E. & MUSTALA, O. The effects of training on heart rate, a “longitudinal” study. Ann. Med. Exp. Biol. Fenn, 35:307, 1957. KISS, M. A P. D. Esporte e exercício: avaliação e prescrição. São Paulo: Roca, 2003. KLAUSEN, K.; ANDERSEN, L. B.; PELLE, I. Adaptative changes in work capacity, skeletal muscle capillarization and enzime levels during training and detraining. Acta Physiology Scandinavian. v.113, p. 9-16, 1981. KNUTTGEN, H. G.; KRAEMER, W. J. Terminology and measurement in exercise performance. Journal of Applied Sport Science Research. v. 1, p. 1-10, 1987. KOMI, P. Strength and Power in Sport. Blackwell Scientific Publication. 1. ed., England, 1991. KOMI, P. V. Força e potencia no esporte. Segunda edição. Porto Alegre: Artmed, 2006. KOUTEDAKIS, Y. Seasonal variation in fitness parameters in competitive athletes. Sports Medicine. v. 19, n. 6, p. 373-392, 1995. KRAEMER, W.J. A series of studies: The physiological basis for training in American football: Fact over philosophy. Journal of Strength and Conditioning Research, 11: 131-142, 1997. KRAEMER, J. B.; STONE, M. H.; O´BRYANT, H. S.; CONLEY, M. S.; JOHNSON, R. L.; NIEMAN, D. C.; HONEYCUTT, D. R.; HOKE, T. P. Effects of single vs. multiples sets of weight training: Impact of volume, intensity, and variation. Journal of Strength Conditioning Research, 11:143-147, 1997. KRAEMER, W. J.; RATAMESS, N.; FRY, A. C.; TRIPLETT-McBRIDE, T.; KOZIRIS, L. P.; BAUER, J. A.; LYNCH, J. M. FLECK, S. J. Influence of resistance training 47 volume and periodization on physiological and performance adaptations in collegiate women tennis players. The American Journal of Sports Medicine, 28: 626-633, 2000. LA ROSA, A F. Treinamento Desportivo. Carga, estrutura e planejamento. São Paulo: Phorte, 2001. LESSA I. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica e da insuficiência cardíaca no Brasil. Revista Brasileira Hipertensão 8(4) 383-392, 2001. LIMA A, DARTEL F. Caminhada – Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. MALINA, R. M. Quantification of fat, muscle and bone in man. Clinical Orthopaedics. v.65, p. 9-38, 1969. MALINA, R. M.; ROCHE, A. F. Manual of physical status and performance in childhood: Physical Performance. New York. Plenum. v.2, 1983. MALINA, R. M.; BOUCHARD, C. Growth, Maturation and Physical Activity. Human Kinetics. Champaign, 1991. MARINS, J.C.B. E GIANNICHI, R.S. Avaliação & Prescrição de Atividade Física. Guia Prático. 2ª edição. Rio de Janeiro: Shape, 1998. MARX, J. O.; RATAMESS, N. A.; NINDI, B. C.; GOTSHALK, L.A.;VOLEK, J. S.; DOHI, K; BUSH, J. A.; GOMEZ, A. L.; MAZZETI, S. A.; FLECK, S. J. HAKKINEN, K.; NEWTON, R.U. KRAEMER, W. J. Low-volume circuit versus high-volume periodized resistance training in women. Medicine and Science in Sports and Exercise, 33:635- 643, 2001. MATVEEV, L.P. Treino Desportivo. Metodologia e Planejamento. São Paulo: Phorte, 1997. 48 MANUAL DO COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA DO ESPORTE (ACSM - AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE). Testes de Esforço e Prescrição de Exercício. Quinta edição. Revinter, Rio de Janeiro, 2000. McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.I. Exercise Physiology. Energy, Nutrition and Human Performance. 4 ed. Baltimore: Williams & Wilkins Ed., 1996. McDOUGALL, J. D.; GIBALA, M.J.; TARNOPOLSKY, M. A.; McDONALD, J. R.; INTERISANO, S. A.; YARASHESKI, K. E. The time course for elevated muscle protein synthesis following heavy resistance exercise. Canadian Journal of Applied Physiology, 20: 480-486, 1995. MESSIER, S. P.; DILL, M. E. Alterations in strength and maximal oxygen uptake consequent to Nautilus circuit weight training. Research Quaterly in Exercise and Sport, 56: 345-351, 1985. MERSCH, F.; STOBOY, H. Strength training and muscle hypertrofy in children. In: OSEID, S.; CARLSEN, K-H. (Eds.). Children and Exercise. Champaign: Human Kinetics. Cap.13, p. 165-182, 1989. MEYER, F.; PINTO, R.; FONTOURA, A. S.; NAMEN, G.; MELLO, E. D.; CAIAFFO, F.I.; MARTINEZ, A.R. Strength training in prepubescent boys with a marginal degree of undernourishment. Medicine and Science in Sports and Exercise. v. 30, n.5, p. 148, 1998. MOREIRA, Carlos Alberto. Atividade Física na Maturidade: avaliação e prescrição de exercícios. Rio de Janeiro: Shape, 2001. MORROW, J. R. Jr.; JACKSON, A W.; DISCH, J. G.; MOOD, D. P. Medida e Avaliação do desempenho humano. 2 ed., Porto Alegre: ARTMED, 2003. MONTEIRO, A G. Treinamento Personalizado: Uma abordagem didático- metodológica. São Paulo: Phorte, 2000. 49NARICI, M. V.; ROI, G. S.; LANDONI, L.; MINETTI, A. E.; CERRETELLI, P. Changes in force, cross-sectional area and neural activation during strength training and detraining of the human quadriceps. European Journal of Applied Physiology. v.59, p. 310-319, 1989. OSTROWSKI, S. L. WILSON, G. J.; WEATHERBY, R.; MURPHY, R. W.; LYTTLE, A. D. The effect of weight training volume on hormonal output and muscular size and function. Journal of Strength of Conditioning Research, 11: 148-154, 1997. OZMUN, J. C.; MIKESKY, A. E.; SURBURG, P. Neuromuscular adaptations following prepubescent strength training. Medicine and Science in Sports and Exercise. v. 26, p. 510-514, 1994. PFEIFFER, R. D.; FRANCIS, R. S. Effects of strength training on muscle development in prepubescent, pubescent and postpubescent males. The Physician and Sports Medicine. v.14, p. 134-143, 1986 PHILLIPS, S. M.; TIPTON, K. D.; AARSLAND, A.; WOLF, S.E.; WOLFE, R. R. Mixed muscle protein synthesis and breakdown after resistance exercise in humans. American Journal of Physiology, 273: E99-E107, 1997. POLLOCK, M. L.; GAESSER, G. A; BUTCHER, J. D.; DESPRÊS, J. P.; DISHMAN, R.K.; FRANKLIN, B. A; GARBER, C. E. The Recommended Quantity and Quality of Exercise for Developing and Maintaining Cardiorespiratory and Muscular Fitness and Flexibility in Healthy Adults. Medicine and Science and Sposts & Exercise. v. 30, n. 6, p. 975-991, 1998. POLLOCK, M.L.; WILMORE,J.H. Exercício na Saúde e na Doença. Avaliação e Prescrição para Prevenção e Reabilitação. 2 ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993. POWERS, S.K. e HOWLEY, E.T. Fisiologia do Exercício. Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. São Paulo: Manole, 2000. 50 PINTO, R.; LIMA, C.S. Cinesiologia e Musculação. Porto Alegre: Artmed, 2006. PITANGA, F. J. G. Testes, medidas e avaliação em educação física e esportes. 3 ed. São Paulo: Phorte, 2004. RAMSAY, J. A; BLIMKIE, C. J. R.; SMITH, K.; GARNER, S.; MacDOUGALL, J.D.; SALE,D.G. Strength training effects in prepubescent boys. Medicine and Science in Sports and Exercise. v. 22, n. 5, p. 605-614, 1990. RAUCHBACH, Rosemary. Atividade física para a terceira idade - Envelhecimento ativo: uma proposta para vida. 2.ed. Londrina: Midiograf, 2001. RIANS, C. B.; WELTMAN, A.; CAHILL, B. R.; JANNEY, C. A.; TIPPET, S. R.; KATCH, F.I. Strength training for prepubescent males: Is it safe? The American Journal of Sports Medicine. v.15, n.5, p. 483-489, 1987. RIKLI, Roberta e JONES, Jessie. Test Manual. [S.l]: Senior Fitness. Human Kinestics, 2001. RONDON MUPB; BRUM PC. Exercício físico como tratamento não-farmacológico da hipertensão arterial. Revista Brasileira de Hipertensão 10(2) 134-139, 2003. SAILORS, M.; BERG, K. Comparison of response to weigth training in pubescent boys and men. Journal of Sport Medicine. v.27, p.30-36, 1987. SALE, D. G.; MacDOUGALL, J. D.; JACOBS, I.; GARNER, S. Interaction between concurrent strength and endurance training. Journal of Applied Physiology. v.68, p. 260-270, 1990. SANBORN, K.; BOROS, R.; HRUBY, J.; SCHILLING, B.; O´BRYANT, H.; JOHNSON, R.; HOKE, T.; STONE, M.; STONE, M. H. Performance effects of weight training with multiples sets not to failure versus a single set to failure in women. Journal of Strength and Conditioning Research, 14: 328-331, 2000. 51 SCHLUMBERGER, A.; STEC, J; SCHIMIDTBLEICHER, D. Single- vs multiple set strength training in women. Journal of strength and Conditioning Research, 15:284- 289, 2001. SFORZO, G.A; TOUEY, P. R. Manipulating exercise order affects muscular performance during a resistance exercise training session. Journal of Strength and Conditioning Research, 10:20-24, 1996. SHARKEY, B.J. Condicionamento Físico e Saúde. Porto Alegre: ArtMed, 1998. SHEFFIELD, L. T.; HOLT, J. H. & REEVES, T. J. Exercise graded by heart rate in electrocardiographic testing for angina pectoris. Circulation. 32:622-629, 1965. SILVA VK, BRUM PC, NEGRÃO CE, KRIEGER EM. Acute and chronic effects of exercise on baroreflexes in spontaneously hypertension rats. Hypertension; 30:714- 9, 1997. SILVESTER, L. J. STIGGINS, C.; McGOWN, C.; BRYCE, G. The effect of variable resistance and free-weight training programs on strength and vertical jump. National Strength and Conditioning Association Journal, 5: 30-33, 1984. SLAUGHTER, M. H.; LOHMAN, T. G.; BOILEAU, R. A.; HORSWILL, C. A; STILLMAN, R. J.; VANLOAN, M. D.; BEMBEN. D. A. A. Skinfold equations for estimation of body fatness in children and youth. Human Biology. v.60, p.709-723, 1988. SMITH, L. L.; Cytokine hypothesis of overtraining: A physiological adaptations to excessive stress? Medicine and Science in Sports and Exercise, 32: 317-331, 2000. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA – SBC; Sociedade Brasileira de Hipertensão – SBH. IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol. 82, suplemento IV, 2004. disponível em: disponível em: www.sbh.org.br/diretrizes acesso em 20/09/2004. 52 STOWERS, T.; McMILLIAN, J.; SCALA, D.; DAVIS, V.; WILSON, D; STONE, M. The short-term effects of the three different strength-power training methods. National Strength and Conditioning Association Journal, 5:24-27, 1983. TANNER, J. M. Growth and at Adolescence. Oxford:Blackwell Scientific Publication, 1962. TANAKA, H.; MONAHAN, K. D. & SEALS, D. R. Age-predicted maximal heart rate revisited. Journal of the American College of Cardiology. 37: 153-156, 2001. TERRA, N. L.; DORNELLES, B. (Organizadores). Envelhecimento bem-sucedido. Programa Geron, PUCRS. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. TESCH, P. A.; DUDLEY, G. A. Muscle meets magnet. Published by P.A. Tesch, Stockholm, Sweden. Distributed by BookMaster, Inc, Mansfield, OH, 1994. THORSTENSSON, A. Observation on strength training and detraining. Acta Physiology Scandinavian. v.100, p.491-493, 1977. TIPTON, K. D.; RASMUSSEN, B. B.; MILLER, S. L.; WOLF, S. E.; OWENS- STOVALL, S. K.; PETRINI, B. E.; WOLFE, R. R. Timing of amino acid-carbohydrate ingestion alters anabolic response of muscle to resistance exercise. American Journal of Physiology, 28 1: E197-206, 2001. TOMBERLINE, J. P.; BASFORD, J. R.; SCHWEN, E. E.; ORTE, P. A; SCOTT, S. C.; LAUGHMAN, R. K.; ILSTRUD, D. M. Comparative study of isokinetic eccentric and concentric quadriceps training. Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy. v.14, p.31-36, 1991. UCHIDA, M. C.; CHARRO, M. A; BACURAU, R. F. P.; NAVARRO, F.; PONTES JUNIOR, F. L. Manual de musculação. Uma abordagem teórico-prática do treinamento de força. São Paulo: Phorte; 2005. 53 VRIJENS, J. Muscle strength development in the pre- and post-pubescent age. Medicine Sport. v. 11, p. 152-158, 1978. WAYNE, W; THOMAS, B. Treinamento de Força para Terceira Idade. São Paulo: Manole, 2001. WEINECK, J. Treinamento Ideal. 9 ed. São Paulo: Manole, 1999. WELTMAN, A.; JANNEY, C.; RIANS, C. B. The effects of hydraulic-resistance strenght training in pre-pubertal males. Medicine Science in Sports and Exercise. v.18, p. 629-638, 1986. WELTMAN, A. Weight training in prepubertal children: Physiologic benefit and potential damage. Advances in Pediatric Sports Sciences. v. 3, p. 101-129, 1989. WHELTON SP, CHIN A, XIN X, HE J. Effects of aerobic exercise on blood pressure: A meta-analysis of randomized, controlled
Compartilhar