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Aula 5 Recursos e suportes adaptados para a escolarizacao do aluno com deficiencia visual

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Aula 5: Recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno com deficiência visual
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Descrever a deficiência visual: conceito, tipos, causas. �
2. Reconhecer as diferentes características do aluno cego e com baixa visão. �
3. Identificar os recursos e serviços que podem facilitar o processo de ensino-aprendizado do aluno com baixa visão ou cegueira. �
4. Destacar os principais recursos, estratégias e atitudes que contribuam para facilitar a locomoção/mobilidade da pessoa com baixa visão ou cegueira e a realização das atividades da vida diária.
Nesta aula, vamos caracterizar a deficiência visual procurando conhecer o aluno e suas necessidades educacionais especiais. 
O aluno com baixa visão ou cegueira se beneficia da proposta inclusiva de educação, desde que as mediações e os meios necessários para sua escolarização, socialização, locomoção e acessibilidade sejam oferecidos pela escola. 
O aluno necessita de um conjunto de fatores que explorem sua forma particular de percepção, contribuindo para seu aprendizado, comunicação e socialização:
Ambiente estimulador + Mediadores + Materiais + Propostas
Nosso objetivo será refletir sobre como a escola e o educador podem criar, adaptar e oferecer as estratégias e atividades pedagógicas adequadas que atendam às necessidades do aluno com baixa visão ou cegueira incluído na escola regular.
A inclusão do aluno com cegueira ou baixa visão no contexto da escola regular requer uma nova estruturação da escola, que deve estar preparada para oferecer as adaptações, mediações e recursos necessários ao processo de ensino-aprendizado adequado às necessidades deste aluno.
Será preciso repensar toda a organização escolar e aspectos relacionados à: 
Escolarização
Socialização 
Locomoção
Acessibilidade
Para que assim a escola possa garantir a participação do aluno com deficiência visual nas diversas atividades desenvolvidas no cotidiano escolar, como também, viabilizar seu acesso ao currículo comum.
O aluno necessita de um ambiente estimulador, de mediadores, de materiais e propostas que explorem sua forma particular de percepção e contribuam para seu aprendizado, comunicação e socialização. 
Entendemos que o aluno cego e com baixa visão têm as mesmas potencialidades que os demais alunos para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizado, já que a deficiência visual não limita sua capacidade de aprender.
A cegueira é compreendida como:
“uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente” (Sá, 2007, p.15). 
E pode ser:
A pessoa com baixa visão (ambliopia, visão subnormal ou visão residual) apresenta características variadas dependendo do tipo e da intensidade de comprometimentos das funções visuais, que podem englobar desde a capacidade de percepção da luz até a redução da acuidade e do campo visual, que interferem nas ações e no desempenho geral da pessoa (Sá, 2007).
Veja como enxergam as pessoas com baixa visão.
O convívio entre alunos videntes, alunos cegos ou com baixa visão na escola inclusiva, interagindo no espaço escolar e compartilhando da experiência coletiva de construção de conhecimento, exigirá uma revisão das práticas pedagógicas convencionais que, muitas vezes, enfatizam os estímulos visuais e as imagens como meios e mediações do processo de ensinar e aprender.
Os alunos com cegueira ou baixa visão, de acordo com suas características pessoais, poderão necessitar de diferentes adaptações de acesso ao currículo e da mediação de profissionais qualificados para que possam desenvolver plenamente seu potencial no contexto escolar e na vida cotidiana. 
Frequentemente, esses alunos são inseridos em ambientes construídos e orientados por padrões e experiências que privilegiam a visualidade como referencial e, muitas vezes, essa situação os coloca em desvantagem em relação aos demais alunos videntes. Por isso, é sempre necessário reavaliar e repensar a organização do contexto escolar de forma que possa atender às necessidades de todos os alunos, independentemente de suas características ou necessidade especiais. 
O planejamento de ações integradas, que envolvam toda comunidade escolar, pode garantir a construção de um espaço mais acessível na escola. As adaptações arquitetônicas e de mobiliário são necessárias, pois contribuem para uma maior autonomia e mobilidade do aluno com deficiência visual.
Os alunos com cegueira ou baixa visão necessitam de estímulos, recursos e mediações que explorem e favoreçam outras potencialidades de decodificação das informações através dos demais sentidos e da percepção tátil, auditiva, sinestésica e olfativa.
Para tal, é preciso que o educador esteja capacitado a atuar adequada e atentamente, observando e avaliando as reais limitações do aluno decorrentes da cegueira ou da baixa visão, e procurando criar as adaptações de acesso ao currículo, adequadas às características individuais de cada aluno.
O atendimento educacional especializado deve ser oferecido de forma a complementar e dar suporte ao processo de escolarização regular. 
O aluno com cegueira deve ter acesso ao aprendizado do Sistema Braille de leitura e escrita.
E também aos diferentes recursos adaptados e facilitadores do processo de ensino-aprendizado, tais como:
O Sistema Braille é um código universal de leitura e escrita que é usado pela pessoa cega inventado por Louis Braille, na França, em 1825. 
Se baseia na organização de seis pontos em relevo, distribuídos em duas colunas de três pontos, que configuram um retângulo de seis milímetros de altura por dois 
Esse conjunto de pontos forma a “cela braille” e suas diferentes combinações resultam em 63 símbolos denominados “Símbolos Universais do Sistema Braille”, que representam as letras do alfabeto, números e outros símbolos gráficos. 
A escrita braille pode ser realizada através do uso de uma reglete e punção, através de uma máquina de escrever braille ou de meios informáticos, que agilizam seu processo de produção e impressão.
Os alunos com baixa visão também podem se beneficiar de matérias adaptadas, tais como letras ampliadas, contraste de cores, lupas, lápis preto HB2 etc, que devem ser utilizados de acordo com as características e necessidades individuais.  
É essencial que o educador e a equipe pedagógica da escola tenham conhecimento sobre o tipo de deficiência visual que o aluno apresenta e quais são as implicações decorrentes e os sentidos remanescentes para que possam atuar favoravelmente no processo de construção de conhecimento e nas diferentes interações deste aluno com o outro e com o meio ambiente. 
REFLEXÃO
Identificando e atuando como mediador do processo de ensino-aprendizado, o educador poderá intervir, quando necessário, para auxiliar o educando a desenvolver suas potencialidades, superando ou rompendo as barreiras que possam dificultar ou impedir esse processo.
Síntese da aula
Entendemos que os alunos cegos e com baixa visão têm as mesmas potencialidades que os demais alunos para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizado já que a deficiência visual não limita suas capacidades de aprender. De acordo com suas características pessoais, poderão necessitar de diferentes adaptações de acesso ao currículo e da mediação de profissionais qualificados para que possam desenvolver plenamente seu potencial no contexto escolar e na vida cotidiana.
O processo de escolarização do aluno com deficiência visual no ensino inclusivo deve envolver o planejamento de ações integradas entre toda comunidade escolar para que os diferentes aspectos relacionados à alfabetização, aprendizagem, comunicação e relacionamento sejam trabalhados de forma a atender às suas necessidades específicas.
O atendimento educacional especializado deve ser oferecidode forma a complementar o processo de escolarização regular e o aluno que necessite deve ter acesso ao aprendizado do Sistema Braille de leitura e escrita e a diferentes recursos adaptados e facilitadores do processo de ensino-aprendizado, tais como: sorobã, maquetes, livro acessível, recursos tecnológicos.
A escola inclusiva deve criar as adaptações arquitetônicas e de mobiliário que tornem o espaço acessível ao aluno com cegueira ou baixa visão e contribuam para sua adequada mobilidade e autonomia. 
Saiba mais
Leia o texto Músicos cegos ou cegos músicos: representações de compensação sensorial na história da arte.
Leia o texto Na dança contemporânea, cegueira não é escuridão.
Pesquisar o site do Instituto Benjamin Constant e conhecer o trabalho desenvolvido pela primeira instituição educacional, criada no Brasil, para a escolarização do aluno com cegueira ou baixa visão.
Veja o documentário “Janela da Alma” do diretor João Jardim e Walter Carvalho. Brasil, 2002. Após ver o filme, destacar 2 depoimentos que mais marcaram sua experiência como espectador e relacionar com aspectos discutidos na aula sobre: conceito ampliado de visualidade, autonomia e mobilidade da pessoa cega ou com baixa visão.
Na próxima aula, vamos caracterizar a deficiência intelectual procurando conhecer o aluno e suas necessidades educacionais especiais. A partir deste estudo, pretendemos identificar as adaptações curriculares e de acesso ao currículo, passíveis de serem adotadas para atender alunos com deficiência intelectual. Estudaremos, também, as características mais específicas do aluno com Síndrome de Down procurando conhecer as adaptações e suportes que o educador e a escola devem oferecer para sua escolarização. 
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