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MUTAÇOES SOMATICAS E CANCER COM ENFASE NA PROTEINA P53
MUTACOES
Mutação é qualquer modificação ou alteração brusca de genes ou de cromossomas, podendo provocar uma variação hereditária ou uma mudança no fenótipo. A mutação pode produzir uma característica favorável num dado ambiente e desfavorável noutro.
Elas são classificadas em:
Génicas – alteram a sequência de nucleotídeos do DNA, por substituição, adição ou remoção de bases.
Cromossómicas – traduzem-se numa alteração da estrutura (mutação cromossómica estrutural) ou do número (mutação cromossómica numérica) de cromossomas.
Sendo que as mutações também podem ocorrer em células somáticas ou germinativas:
Mutação somática – ocorre durante a replicação do DNA que precede uma divisão mitótica. Todas as células descendentes são afetadas, mas podem localizar-se apenas numa pequena parte do corpo. As mutações somáticas estão na origem de certos cancros. Não são transmitidas à descendência.
Mutação nas células germinativas – ocorre durante a replicação do DNA que precede a meiose. A mutação afeta os gâmetas e todas as células que deles descendem após a fecundação – é transmitida à descendência.
ATENÇÃO:
Mutações podem ocorrer em qualquer célula e em qualquer estágio do ciclo celular. Portanto, podem ocorrer em células somáticas e germinativas. 
As mutações são importantes do ponto de vista evolutivo. São as mutações que dão origem à variabilidade de indivíduos de uma população sobre a qual atua a seleção natural.
As mutações podem ocorrer espontaneamente ou podem ser induzidas por exposição a um agente mutagênico.
MUTAÇOES SOMATICAS
O QUE E CANCER
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.
Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.
Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.
Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).
	
O que causa o câncer?
As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais.
De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos.
O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte o porquê de o câncer ser mais frequente nesses indivíduos. Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células.
O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando.
Fatores de risco de natureza ambiental
Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins) o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida).
As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os 'hábitos' e o 'estilo de vida' adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer.
Tabagismo
Hábitos Alimentares
Alcoolismo
Hábitos Sexuais
Medicamentos
Fatores Ocupacionais
Radiação solar
Hereditariedade
São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel na oncogênese. Um exemplo são os indivíduos portadores de retinoblastoma que, em 10% dos casos, apresentam história familiar deste tumor.
Alguns tipos de câncer de mama, estômago e intestino parecem ter um forte componente familiar, embora não se possa afastar a hipótese de exposição dos membros da família a uma causa comum. Determinados grupos étnicos parecem estar protegidos de certos tipos de câncer: a leucemia linfocítica é rara em orientais, e o sarcoma de Ewing é muito raro em negros.
Dicas para a redução dos fatores de risco
Como surge o câncer?
As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular, que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da célula); e o núcleo, que contêm os cromossomas, que, por sua vez, são compostos de genes. Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes, numa "memória química" - o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomas passam as informações para o funcionamento da célula.
Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA dos genes. É o que chamamos mutação genética. As células cujo material genético foi alterado passam a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os protooncogenes transformam-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais. Essas células diferentes são denominadas cancerosas.
Tratamento do câncer
O tratamento do câncer pode ser feito através de cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade.
Radioterapia - perguntas e respostas 
Tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Estas radiações não são vistas, e durante a aplicação o paciente não sente nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos no tratamento dos tumores.
Quimioterapia - perguntas e respostas
Tratamento que utiliza medicamentos para combater o câncer. Eles são aplicados, em sua maioria, na veia, podendo também ser dados por via oral, intramuscular, subcutânea, tópica e intratecal. Os medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, queelas se espalhem pelo corpo. 
Transplante de medula óssea - perguntas e respostas
Tratamento para algumas doenças malignas que afetam as células do sangue. Ele consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula.
http://www.inca.gov.br 
O QUE É PROTEINA P53 E QUAL A SUA RELAÇÃO COM O CANCER
Há cerca de duas décadas, p53, uma proteína relacionada ao bloqueio do ciclo celular em caso de dano ao DNA, tornou-se um foco de pesquisas e a sua bioquímica, suas funções biológicas e sua relevância para o câncer, têm proporcionado uma série de conhecimentos para a oncologia. 
Em 1982 foi feita a primeira descrição dos anticorpos contra a proteína p53 humana. Inicialmente o método de detecção utilizado era imunoprecipitação, mais tarde passou a ser realizado por ELISA (Enzyme-linked immunosorbent assay) (CRAWFORD et al., 1982). 
A análise sorológica é um ensaio global que não depende da amostragem e o mecanismo que leva à formação destes anticorpos é pouco conhecido. Além disso, o acúmulo de p53 mutante também é um componente importante da resposta humoral e os anticorpos podem reconhecer tanto o tipo selvagem, quanto a p53 mutante (SOUSSI, 2000). 
A imunoistoquímica tem sido utilizada na detecção da proteína p53 mutante em diversas neoplasias. O anticorpo anti p53 reconhece antígenos que são expressos pelas células neoplásicas, permitindo conhecer melhor a biologia do câncer e obter informações como imunorreatividade de receptores de membrana e características proliferativas do tumor (DE NARDI, 2007). 
As tecnologias em genética molecular têm favorecido o conhecimento do gene TP53, mostrando a influência das suas alterações no desenvolvimento das neoplasias. A procura por terapias seletivas contra o câncer, proporcionando um direcionamento específico para as células neoplásicas, vem estimulando a ideia de desenvolver meios para reconstituir a função da p53 selvagem. 2 
Com esta revisão de literatura pretendeu-se reunir, de forma global, informações importantes sobre a p53, especialmente sobre sua ação supressora de tumor, relação com outros genes, expressão nos diferentes tipos de neoplasias e papel no tratamento anticâncer.
http://ppgca.evz.ufg.br/up/67/o/P53_E_O_C%C3%82NCER_-_REVIS%C3%83O_DA_LITERATURA_1_.pdf?1352805095
Trata-se de uma proteína citoplasmática, de massa molecular 53 kDa, sintetizada pela própria célula. As mutações somáticas no gene supressor tumoral p53 são encontradas em aproximadamente 50% de todos os tumores humanos. Isso faz dele o gene mais comumente alterado e também é motivo da grande importância da proteína p53 para a Medicina.
A proteína p53 na Medicina
A proteína p53 é importante na Medicina em, pelo menos, dois modos. Primeiro, a presença de mutações da proteína p53 em tumores, especialmente quando se refere à mama ou ao cólon, indica um câncer mais agressivo com menores perspectivas de sobrevivência. Em segundo lugar, a p53 é considerada importante na prevenção de tumores.
Em laboratório, experiências mostram que a inserção de um gene da proteína p53 normal em células tumoriais resulta numa significativa diminuição na tumorigênese. Ou seja, há indícios de que a inserção da proteína p53 normal nos tumores de pacientes com câncer, com enfoque de terapia genética, poderá tornar-se num tratamento efetivo do câncer.
A origem da proteína p53
A proteína p53 é codificada pelo cromossoma 17, e tem esse nome em consequência do seu peso molecular ser de 53 Kda. Sua principal função é a manutenção da integridade do código genético, resultando na manutenção da mesma sequência de nucleotídeos ao longo de toda a molécula de DNA – molécula esta cuja estrutura deve ser constante em todas as células do nosso corpo.
É durante o ciclo de divisão celular que a proteína p53 verifica possíveis ocorrências de uma mutação na sequência do código genético, que é uma consequência de um erro de replicação do DNA. Caso seja identificada a existência de uma mutação, compete à proteína p53, através de um conjunto de reações, ativar as proteínas de reparação de forma a repor o DNA ao seu estado normal.
Em casos onde há danos no DNA, caberá à proteína p53 impedir que a célula em questão entre em mitose e complete a divisão celular. Para este fim, uma de duas ações podem ser tomadas: induzir a morte da célula através da apoptose, ou impedir que esta se multiplique definitivamente, provocando senescência celular.
Entenda as mutações no gene p53
As mutações no gene p53 ocorrem em mais de 50 tipos diferentes de tumores, incluindo os de bexiga, cérebro, mamas, cérvice, cólon, esôfago, laringe, fígado, pulmão, ovário, pâncreas, próstata, pele, estômago e tireoide. As mutações deste gene são encontradas em cerca de 40% dos casos de câncer da mama, em 50% das ocorrências de câncer do pulmão e em 70% dos cânceres colorretais.
Como o gene RB, a proteína p53 codifica uma proteína nuclear fosforilada com propriedades de ligação ao DNA, agindo como um fator de transcrição e interagindo com vários outros genes. Recentemente, houve uma demonstração de como ativar um gene chamado WAF1 (também chamado p21), cujo produto proteico para o ciclo celular na fase G1, antes que ocorra a replicação do DNA.
Caso a proteína p53 esteja em mutação as células poderão replicar o DNA danificado. Além disso, o p53 está diretamente relacionado à morte programada (apoptose) de células anormais ou danificadas.
https://fortissima.com.br/2014/06/16/saiba-tudo-sobre-proteina-p53-e-da-sua-utilizacao-na-medicina-60462/ 
A ideia de que alguma informação acerca de ambientes antigos era armazenada em unidades que denominamos genes foi apresentada pela primeira vez por Gregor Johann Mendel em 1860. As suas ideias não foram aceites pela comunidade científica até que foram redescobertas por três biólogos no início do século XX.
Hugo de Vries, um dos três re-descobridores da natureza específica da informação genética, propôs que as mutações, por si sós, na ausência de seleção natural, podiam originar novas espécies. Esta hipótese foi denominada teoria mutacionista ou teoria da salvação ou mutacionismo.
Nem Vries nem nenhum dos outros dois cientistas que defendiam o mutacionismo supunham que as interações entre os organismos e o meio poderiam ser capazes de alterar a informação genética de uma população. Explicavam que as novas espécies ocorriam somente quando as mutações tinham efeitos drásticos nos indivíduos, de tal maneira que a formação de uma espécie era instantânea. Os mutacionistas consideravam que a seleção natural era estritamente uma força negativa, capaz da manutenção da carga genética da espécie por remoção da carga genética inapta. Hugo de Vries defendia que “a seleção natural pode explicar a sobrevivência do ajustamento mas não explica a chegada do ajustamento”. De Vris desconhecia a seleção estabilizadora e rejeitava a hipótese da seleção direcionada como contributos para a evolução de novas espécies.
Esta teoria foi muito criticada, dizendo-se que, na reprodução sexual, as espécies necessitavam de dois indivíduos para se reproduzir e como tal a mesma mutação deveria ocorrer não só num indivíduo mas em dois – uma no macho e outra na fêmea – e os genes teriam que transportar o “esperançoso monstro” para as gerações seguintes.
https://alteracoes_patrimonio_genetico_acp.blogs.sapo.pt/713.html
O que é mutação? 
O que é Biologia? 
Entender o que é mutação é importante para compreender a existência de variabilidade genética entre os indivíduos e, consequentemente, o surgimento de novas espécies. 
As mutações podem ser definidas como mudanças que ocorrem no material genético (DNA) dos organismos vivos. Essas mudanças constituem uma importante fonte de variabilidade genética, sendo muitas vezes responsáveis pelo surgimento de novas espécies.
As mudanças no material genético são extremamente importantes, pois é o DNA que carrega as informações necessárias para a síntese deproteínas. Algumas modificações nos genes afetam diretamente a proteína a ser sintetizada, resultando no surgimento de uma característica não esperada. Vale destacar que as mutações no DNA podem causar desde mudanças físicas até mudanças comportamentais.
→ O que causa as mutações?
As mutações podem ocorrer por causa de erros na replicação ou ainda por fatores externos. Na replicação incorreta, no momento da síntese da nova molécula de DNA, podem ocorrer erros que fazem com que a cópia não seja idêntica à original. Além de falhas na replicação, podemos citar a ação de agentes externos, que podem causar a quebra do DNA e uma reparação incorreta. Como exemplo de fatores externos, podemos citar a radiação.
Existem diferentes tipos de mutações. Existem aquelas causadas pela substituição de uma base por outra, aquelas em que ocorre inversão de novas bases e também aquelas em que se observa a perda de uma porção de DNA.
→ Mutações ocorrem ao acaso?
As mutações ocorrem de maneira aleatória, ou seja, não surgem como forma de suprir uma necessidade do organismo ou até mesmo para prejudicá-lo de alguma forma. Por ocorrerem ao acaso, as mutações geram diferentes respostas no organismo, afetando de forma positiva, negativa ou não causando nenhuma mudança.
Chamamos de mutações silenciosas aquelas que provocam mudanças no material genético, mas as bases alteradas não influenciam as proteínas que serão produzidas. Isso acontece porque um mesmo aminoácido pode ser codificado por trincas diferentes, uma propriedade do código genético que chamamos de redundância.
→ A mutação é sempre responsável por causar a evolução?
As mutações nem sempre são de interesse evolutivo. Algumas mutações afetam células somáticas, não podendo ser, portanto, transmitidas aos descendentes. As únicas mutações importantes para o processo evolutivo são aquelas que afetam as células reprodutivas, pois estas podem ser transmitidas de geração a geração, causando mudanças significativas ao longo do tempo. Essas mutações são denominadas de germinativas.
→ O que são mutações cromossômicas?
As mutações cromossômicas ocorrem na estrutura dos cromossomos ou no número dessas estruturas em uma célula. Esse tipo de mutação geralmente causa alterações em mais de um tipo de gene. Como exemplo de mutação cromossômica, podemos citar a Síndrome de Down, que causa um aumento no número de cromossomos total de um indivíduo. O indivíduo com síndrome de Down possui 47 cromossomos (e não 46, como a maioria dos indivíduos), uma vez que possui três cromossomos 21.
Por Ma. Vanessa dos Santos
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja: 
SANTOS, Vanessa Sardinha Dos. "O que é mutação?"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-mutacao.htm>. Acesso em 12 de abril de 2018. 
O que é e quando ocorre a mutação 
Biologia
A mutação pode ocorrer em qualquer organismo vivo, e ela pode ser induzida por agentes físicos ou químicos. 
As mutações podem ser gênicas, quando atingem os genes; ou cromossômicas, quando alteram os cromossomos 
Como se deu o início dos estudos sobre mutação         
No início desse século, o biólogo holandês Hugo de Vries propôs o conceito de mutação a partir do estudo da hereditariedade de uma planta. O biólogo observou que vez ou outra surgiam características novas em algumas plantas e que essas características não estavam presentes em seus ancestrais. Diante disso, ele concluiu que essas modificações eram causadas por alguma mudança brusca e casual de um gene, e que a partir de então eram transmitidas a seus descendentes. Dessa forma, a mutação seria a responsável pelo surgimento de diversos alelos dos genes, desencadeando a variação genética nos organismos.
Entendendo como ocorre a mutação
Na molécula de DNA encontramos os genes com as características do organismo. Todas as informações estão codificadas por uma sequência de bases nitrogenadas no próprio gene, e é a partir dessa sequência de bases que se dá a construção de uma proteína específica. Se, por algum motivo, houver alteração na sequência de bases nitrogenadas do DNA, também haverá alteração na sequência de aminoácidos que forma a proteína, e consequentemente nas propriedades da proteína. Na verdade, a alteração que ocorreu na sequência de bases do DNA foi uma mutação, e ela pode ser suficiente para provocar o surgimento de uma característica nova no organismo.
Dessa forma, podemos concluir que a mutação é uma mudança brusca que ocorre ao acaso no material genético e que pode ser transmitida aos descendentes.
As mutações são induzidas pelos agentes mutagênicos, que podem ser de origem química ou física. Defeito no mecanismo de duplicação do DNA, exposição a radiações ionizantes (que causam a formação de íons dentro das células), como os raio X, raios gama e radiação ultravioleta, radioatividade, produtos químicos como benzimidazol, ácido nitroso, hidrazina, gás mostarda e metanol aumentam os níveis de mutação dos genes de qualquer organismo vivo, desde vírus e bactérias até vegetais e animais.
Mas talvez você esteja se perguntando, “mas nos organismos vivos não existem enzimas de reparação que corrigem os erros de duplicação do DNA e reparam os estragos feitos pelos agentes mutagênicos?”.
Sim, essas enzimas existem nos organismos vivos, mas nem sempre a reparação é feita, pois as enzimas também podem falhar. Mas é muito importante lembrar que na espécie humana, onde encontramos 3 bilhões de pares de bases nitrogenadas, ocorre a reparação e troca de aproximadamente 20 pares de bases por ano, o que representa uma taxa de mutação baixíssima. Isso se justifica pelo eficiente mecanismo que as células desenvolveram para corrigir erros que atingem o DNA. Nesse mecanismo as enzimas reconhecem o DNA alterado e se unem a ele, cortando e eliminando a cadeia onde está o defeito. Em seguida, outras enzimas específicas produzem um novo segmento de DNA, tendo como modelo a cadeia complementar, que não contém erros, substituindo a parte defeituosa. É por esse motivo que as mutações genéticas ocorrem com baixa frequência.
As mutações podem ocorrer em qualquer célula do corpo, sejam elas células somáticas (células da pele, do fígado, do coração etc.)ou células germinativas (gametas). Quando a mutação ocorre em alguma célula somática dizemos que houve mutação somática. Esse tipo de mutação não é importante evolutivamente, pois ela não será transmitida aos descendentes. Caso a mutação ocorra em alguma célula germinativa (espermatozoide ou óvulo) dizemos que se deu mutação germinativa. Nesse tipo de mutação, a alteração no DNA será transmitida aos descendentes.
As mutações podem ser de dois tipos: mutações gênicas e mutações cromossomiais.
Na mutação gênica ocorre a alteração de um trecho da molécula de DNA, levando a uma modificação na proteína sintetizada, como ocorre em uma doença conhecida como anemia falciforme.
Na mutação cromossômica ocorre alteração de partes inteiras de cromossomos, alterando a sequência de genes em um cromossomo (alterações cromossômicas estruturais) ou até mesmo uma alteração no número de cromossomos (alterações cromossômicas numéricas).
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja: 
MORAES, Paula Louredo. "O que é e quando ocorre a mutação"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/biologia/mutacao.htm>. Acesso em 12 de abril de 2018.

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