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11. Continuação da aula anterior

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RACIOCÍNIO LÓGICO E RACIOCÍNIO ANALÍTICO P/ TRF 1ª região
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
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e pedindo que você aponte a conclusão mais adequada do argumento.
Vejamos um exemplo:
1. GMAT) Quando um teste no detector de mentiras é considerado
inconclusivo, isto não se deve propriamente a característica da pessoa
examinada. Na realidade, tal resultado significa que o teste não foi capaz
de demonstrar se a pessoa foi verdadeira ou mentirosa. Ainda assim,
empregadores vão, em alguns casos, recusar um candidato a vaga devido
ao resultado inconclusivo do teste.
Qual das seguintes conclusões é mais adequada à informação acima?
a) A maioria das pessoas examinadas com resultado inconclusivo são, de
fato, mentirosas.
b) Testes em detectores de mentira não devem ser usados pelos
empregadores para avaliar candidatos a vagas.
c) Resultados inconclusivos no detector de mentiras são, às vezes,
injustamente usados contra os examinados.
d) Um teste no detector de mentiras indicando que o examinado é
mentiroso pode, às vezes, estar errado.
e) Alguns empregadores têm evitado considerar resultados de detectores
de mentira para a avaliação de candidatos.
RESOLUÇÃO:
Resumidamente, as premissas fornecidas no enunciado são:
1 ± o teste inconclusivo não demonstra que a pessoa é verdadeira nem
que é mentirosa
2 ± empregadores vão recusar alguns candidatos com teste inconclusivo
Vejamos as alternativas apresentadas, buscando a que mais
naturalmente é derivada das premissas acima:
a) A maioria das pessoas examinadas com resultado inconclusivo são, de
fato, mentirosas.
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Não temos elementos para supor que normalmente o teste
inconclusivo ocorre com pessoas mentirosas. A premissa 1 diz apenas que
não é possível afirmar se esta pessoa é verdadeira ou mentirosa.
b) Testes em detectores de mentira não devem ser usados pelos
empregadores para avaliar candidatos a vagas.
Esta conclusão não pode ser obtida diretamente do argumento.
6HULD�SUHFLVR�XPD� WHUFHLUD�SUHPLVVD�FRPR�� ³QR�SURFHVVR�GH� FRQWUDWDomR�
de funcionários, julgar como mentirosa uma pessoa que pode ser
YHUGDGHLUD� p� DOWDPHQWH� UHSURYiYHO´�� 0DV� HVWD� RXWUD� YHUVmR� SRGHULD�
fortalecer a conduta dos empregadores que rejeitam pessoas com teste
LQFRQFOXVLYR��³QD�FRQWUDWDomR�GH�HPSUHJDGRV�p�SUHFLVR�VHU�Hxtremamente
conservador para evitar contratar pessoas cujas mentiras podem gerar
GDQRV�j�LPDJHP�GD�HPSUHVD´�
c) Resultados inconclusivos no detector de mentiras são, às vezes,
injustamente usados contra os examinados.
CORRETO. A premissa 1 mostra que, em alguns casos, pessoas
verdadeiras podem ter resultado inconclusivo. A premissa 2 mostra que
algumas dessas pessoas verdadeiras (com resultado inconclusivo) podem
ser recusadas. Se tal recusa se basear no fato de o resultado ter sido
inconclusivo, esta pessoa estaria sendo injustiçada.
d) Um teste no detector de mentiras indicando que o examinado é
mentiroso pode, às vezes, estar errado.
Não temos informações dentre as premissas para avaliar o grau de
acerto do detector de mentiras, isto é, saber se é possível que uma
SHVVRD�YHUGDGHLUD�REWHQKD�R�UHVXOWDGR�³PHQWLURVR´�QR�WHVWH�
e) Alguns empregadores têm evitado considerar resultados de detectores
de mentira para a avaliação de candidatos.
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Não temos informações para afirmar que os empregadores têm
evitado usar o teste. Sabemos apenas que alguns deles tem utilizado o
teste e, com isso, descartado pessoas com resultado inconclusivo.
Resposta: C
1.2 Comunicação eficiente de argumentos ± informações
implícitas
Ao analisar um argumento devemos nos atentar ao que foi dito e ao
que não foi dito. Neste momento quero chamar a sua atenção para as
informações implícitas que, apesar de não comunicadas ostensivamente,
desempenham importante papel na compreensão de um argumento.
Existem 3 níveis de informações implícitas:
- pressupostos semânticos: são ideias contidas no significado das
palavras. Um bom exemplo são as expressões idiomáticas. Por exemplo:
³(VWH� DSDUWDPHQWR� p� XP�RYR´��2� DXWRU� GHVWD� IUDVH� SUHVVXS}H� TXH� YRFr�
conheça um significado alternativo para a palaYUD� ³RYR´�� SRSXODUPHQWH�
utilizado para designar algo apertado, pequeno.
- ideias subentendidas: algumas ideias não são verbalizadas pelo autor de
um argumento simplesmente porque elas são consideradas
subentendidas, devido a costumes da população. Quando alguém te
SHUJXQWD�³9RFr�WHP�KRUDV"´��YRFr�VDEH�TXH�D�UHVSRVWD�FRUUHWD�p�LQIRUPDU�
DV�KRUDV� �VH�YRFr� WLYHU� UHOyJLR���H�QmR�VLPSOHVPHQWH�GL]HU� ³6LP´��2XWUR�
bom exemplo de ideias subentendidas são aquelas presentes na
entonação, na forma de pronúncia, como é o caso da ironia. Quando uma
PmH�VXUSUHHQGH�XP�ILOKR�ID]HQGR�DOJR�HUUDGR�H�GL]�³0XLWR�ERQLWR��KHLQ�´��
ela certamente não está querendo elogiar a conduta, mas sim usando de
um recurso de ironia para repreender a criança. Isto é, há uma ideia
subentendida nesta frase, que deve ser captada pelo interlocutor para
que a comunicação flua corretamente.
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- hipóteses subjacentes: dentre os 3 níveis de implícito, este é o mais
importante. Isto porque as hipóteses subjacentes são premissas
necessárias para a obtenção da conclusão de certo argumento, mas que,
normalmente, passam despercebidas para o indivíduo desatento. Veja o
seguinte argumento:
À medida que os países emergentes se desenvolverem, mais e mais
pessoas aumentarão o seu poder de consumo, o que levará a uma
escassez de alimentos e recursos naturais.
A estrutura básica deste argumento é:
Premissa: À medida que os países emergentes se desenvolverem, mais e
mais pessoas aumentarão o seu poder de consumo.
Conclusão: isto levará a uma escassez de alimentos e recursos naturais.
5HSDUH� TXH� Ki� XP� ³VDOWR´� HQWUH� SUHPLVVDV� H� FRQFOXVmR�� 3DUD� D�
obtenção daquela conclusão faz-se necessário considerar verdadeiras
outras premissas que não foram ditas (as hipóteses subjacentes). Por
exemplo, é preciso considerar que:
- o aumento do poder de consumo leva necessariamente ao aumento do
consumo propriamente dito (e não à poupança, por exemplo);
- a população não desenvolverá meios para aumentar a produtividade
capazes de suprir o aumento na demanda por alimentos;
- a população não desenvolverá meios renováveis de uso dos recursos
naturais, como a energia solar ou eólica.
Logo, um argumento mais convincente seria aquele onde estas
premissas subjacentes são explicitadas:
À medida que os países emergentes se desenvolverem, mais e mais
pessoas aumentarão o seu poder de consumo. O aumento do poder de
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consumo gera maior necessidade de produção de alimentos e de extração
de recursos naturais para uso em bens e serviços. Estudos preveem que a
humanidade não conseguirá desenvolver, ao menos no médio prazo,
meiospara aumentar a produtividade no campo capazes de suprir o
grande aumento previsto na demanda por alimentos. Além disso, os
técnicos demonstram que o desenvolvimento de meios renováveis para o
uso dos recursos naturais, como a energia eólica ou solar, tem
encontrado diversas dificuldades, e não será capaz de evitar o consumo
de recursos não-renováveis em proporções cada vez maiores. Portanto, o
desenvolvimento dos países emergentes levará a uma escassez de
alimentos e recursos naturais.
Algumas questões de sua prova podem apresentar um argumento e
perguntar qual das alternativas de resposta representa uma hipótese
subjacente daquele argumento. Vejamos um exemplo:
2. GMAT) Nos últimos anos vários marceneiros têm sido aclamados como
artistas. Mas, como mobílias devem ser úteis, marceneiros devem exercer
seu ofício com olhos voltados para a utilidade prática do produto. Por este
motivo, marcenaria não é arte.
Qual das seguintes alternativas é uma premissa que suporta a obtenção
da conclusão acima a partir do motivo mencionado naquela conclusão?
a) Algumas mobílias são feitas para ser colocadas em museus, onde não
serão usadas por ninguém.
b) Alguns marceneiros são mais preocupados do que outros com a
utilidade prática dos produtos que fabricam.
c) Marceneiros deveriam se concentrar mais na utilidade prática dos seus
produtos do que eles têm feito atualmente.
d) Um objeto não é um objeto de arte se o seu criador se preocupa com a
utilidade prática.
e) Artistas não estão preocupados com o valor monetário dos seus
produtos.
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RESOLUÇÃO:
Temos aqui o seguinte argumento:
Premissa: Como mobílias devem ser úteis, marceneiros devem exercer
seu ofício com olhos voltados para a utilidade prática do produto.
Conclusão: Por este motivo, marcenaria não é arte.
É solicitada a premissa subjacente que permitiu que o argumento
saltasse da premissa explicitada para a conclusão obtida. Observe que a
alternativa D fornece a ligação entre a premissa e a conclusão.
Considerando-a, teríamos o seguinte argumento:
Premissa 1: Como mobílias devem ser úteis, marceneiros devem exercer
seu ofício com olhos voltados para a utilidade prática do produto.
Premissa 2: Um objeto não é um objeto de arte se o seu criador se
preocupa com a utilidade prática.
Conclusão: Por este motivo, marcenaria não é arte.
A premissa 2 mostra que o fato de os marceneiros se preocuparem
com a utilidade prática (como afirmado na premissa 1) faz com que seus
objetos não sejam objetos de arte, permitindo afirmar a conclusão
³PDUFHQDULD�QmR�p�DUWH´�
As demais opções de resposta não fornecem elementos para
afirmarmos que a marcenaria não é arte. Vejamos:
a) Algumas mobílias são feitas para ser colocadas em museus, onde não
serão usadas por ninguém.
Aqui temos a sugestão de que algumas mobílias poderiam ser obras
de arte (por ficarem em museus), e não o contrário.
b) Alguns marceneiros são mais preocupados do que outros com a
utilidade prática dos produtos que fabricam.
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O fato de alguns serem mais preocupados com a utilidade não
implica que a marcenaria, como um todo, não é arte.
c) Marceneiros deveriam se concentrar mais na utilidade prática dos seus
produtos do que eles têm feito atualmente.
Mais uma informação que não permite inferir que a marcenaria não
seja arte.
e) Artistas não estão preocupados com o valor monetário dos seus
produtos.
As questões financeiras não foram tratadas por este argumento.
Resposta: D
Trabalhe ainda essa questão:
3. GMAT) No último ano, um número recorde de novos empregos foi
criado. Este ano trará um novo recorde? Bem, um novo emprego é criado
em empresas já existentes ou pelo surgimento de novas empresas.
Dentre as empresas existentes, a taxa de novos empregos criados tem
sido bem menor este ano do que no ano passado. Ao mesmo tempo, há
evidência considerável de que o número de novas empresas abertas este
ano não será maior do que no ano passado, e certamente as empresas
abertas neste ano não vão criar mais empregos por empresa do
que aquelas abertas no ano passado. Claramente, pode ser concluído
que o número de novos empregos criados este ano será menor do
que o recorde do ano passado.
No argumento dado, as duas partes em negrito desempenham quais dos
seguintes papéis?
a) A primeira é uma premissa que, se verdadeira, forneceria suporte para
a conclusão principal do argumento; a segunda é a principal conclusão.
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b) A primeira é uma premissa que, se verdadeira, forneceria suporte para
a principal conclusão do argumento; a segunda é uma conclusão obtida
para dar suporte à principal conclusão.
c) A primeira é uma objeção que o argumento rejeita; a segunda é a
principal conclusão do argumento.
d) A primeira é uma objeção que o argumento rejeita; a segunda
apresenta uma conclusão que pode ser obtida se a objeção fosse
mantida.
e) A primeira é uma afirmação que suporta a posição à qual o argumento
se opõe; a segunda é uma afirmação que suporta a principal conclusão do
argumento.
RESOLUÇÃO:
Temos o seguinte argumento:
Premissa1: Um novo emprego é criado em empresas já existentes ou pelo
surgimento de novas empresas
Premissa 2: Dentre as empresas existentes, a taxa de novos empregos
criados tem sido bem menor este ano do que no ano passado
Premissa 3: Há evidência considerável de que o número de novas
empresas abertas este ano não será maior do que no ano passado
Premissa 4: as empresas abertas neste ano não vão criar mais
empregos por empresa do que aquelas abertas no ano passado.
Conclusão: o número de novos empregos criados este ano será
menor do que o recorde do ano passado.
Portanto, a alternativa A descreve corretamente os papéis das
partes em negrito:
a) A primeira é uma premissa que, se verdadeira, forneceria suporte para
a conclusão principal do argumento; a segunda é a principal conclusão.
Resposta: A
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Podemos ainda considerar como elementos implícitos em uma
argumentação os seguintes:
- significado social: trata-se da utilização de palavras em um sentido
diferente daquele presente no dicionário. Normalmente isso ocorre no uso
de gírias e expressões regionais, mas também em termos do senso
comXP�� 9RFr� GHYH� WHU� RXYLGR� D� H[SUHVVmR� ³&ULVWRIRELD´� UHFHQWHPHQWH��
devido a uma manifestação que ocorreu durante a Parada Gay em São
3DXOR�63��$�ULJRU��³IRELD´�VLJQLILFD�PHGR��WHPRU��$VVLP��³&ULVWRIRELD´�VHULD�
DOJR� FRPR� ³PHGR� GH� &ULVWR´�� RX� ³PHGR� GR� FULVWLDQLVPR´� HWF�� 0DV�
claramente não era este o significado que os membros de entidades
religiosas que criticavam a manifestação queriam expressar. A acusação
GHOHV� WLQKD� PDLRU� UHODomR� FRP� XP� HYHQWXDO� ³GHVUHVSHLWR� D� &ULVWR´�� RX�
desrespeito à imagem de Cristo. De qualquer forma, o fato é que este uso
LPSUHFLVR� GD� H[SUHVVmR� ³&ULVWRIRELD´� QmR� JHURX�SUREOHPDV� GH�
comunicação, pois embora sem o rigor do dicionário, a ideia passada para
a sociedade estava clara.
- intertextualidade: observem essa figura abaixo.
Fonte: internet (viewgram)
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Repare que o autor desta charge pressupôs que o leitor tinha
conhecimento da m~VLFD� ³$WLUHL� R� SDX� QR� JDWR´�� $ILQDO�� VHP� HVWH�
conhecimento, esta charge não faria sentido, não seria engraçada. Assim,
podemos dizer que o autor contou com a memória social, a memória da
coletividade, para se fazer entender.
Enfim, a intertextualidade é exatamente este fenômeno onde um
texto (esta figura) recorre a outro (a letra da música) implícita ou
explicitamente. Neste caso, a referência é implícita, uma vez que não
houve referência direta à música original.
Resolva comigo os próximos exercícios, que versam sobre
informações implícitas em argumentos.
4. CESPE ± TCU ± 2015) Julgue os itens a seguir com base nas
características do raciocínio analítico e na estrutura da argumentação.
( ) Não estão explicitamente declaradas duas premissas do argumento
quH� HPEDVD� D� VHJXLQWH� DILUPDomR�� ³$� HPSUHVD� =� QmR� UHVSHLWD� VHXV�
IXQFLRQiULRV�SRUTXH�QmR�OKHV�SDJD�HP�GLD´
RESOLUÇÃO:
O argumento aqui é:
Premissa: A empresa Z não paga seus funcionários em dia
Conclusão: A empresa Z não respeita seus funcionários
Veja que é preciso aceitarmos uma premissa implícita (de que o não
pagamento de funcionários é um sinal de desrespeito) para pularmos da
premissa fornecida para a conclusão do argumento. Como só é preciso
aceitarmos 1 premissa implícita (não explicitamente declarada), o item
está ERRADO.
Resposta: E
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5. ANPAD ± 2017)
Vilão tradicional de janeiro, tomate cai 20% com a seca.
A manchete admite
A) a premissa oculta de que 20% é uma queda considerável e atípica.
B) o pressuposto de que frutas e legumes sejam monitorados
regularmente.
C) a veracidade da conclusão que o brasileiro tenderá a comprar mais
tomate.
D) a suposição de que a queda em questão ocorreu em algum período de
janeiro
E) o argumento de que a chuva é responsável pelos preços do tomate em
janeiro
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede um comentário admissível pela manchete. Analisando
as alternativas, temos:
A) a premissa oculta de que 20% é uma queda considerável e atípica.
Não temos como saber se essa é uma queda atípica.
B) o pressuposto de que frutas e legumes sejam monitorados
regularmente.
Não podemos inferir que os legumes são monitorados regularmente.
Talvez este acompanhamento do tomate tenha sido efetuado
pontualmente.
C) a veracidade da conclusão que o brasileiro tenderá a comprar mais
tomate.
Não podemos inferir que há uma tendência do brasileiro comprar mais
tomate.
D) a suposição de que a queda em questão ocorreu em algum período de
janeiro.
De fato, a manchete cita o mês de janeiro nos levando a crer que a queda
em questão ocorreu naquele mês.
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E) o argumento de que a chuva é responsável pelos preços do tomate em
janeiro.
Não podemos inferir que a queda se refere ao preço, pois nada foi dito
nesse sentido.
Resposta: D
6. CESPE ± FUNPRESP-EXE ± 2016) Considerando as características do
raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue os itens a
seguir.
( ) A afirmação Por ser novo, esse carro não apresenta falhas nem dá
problema fundamenta-se em um argumento no qual há uma premissa
não declarada.
RESOLUÇÃO:
Veja que temos a seguinte estrutura neste argumento:
Premissa: Esse carro é novo
Conclusão: Esse carro não apresenta falhas nem dá problema
Note que, para sairmos da premissa e chegarmos na conclusão, é
SUHFLVR� DVVXPLU� TXH� ³FDUURV� QRYRV� QmR� DSUHVHQWDP� IDOKDV� H� QHP� GmR�
SUREOHPDV´��(VWD�p�XPD�SUHmissa implícita do argumento. Veja que este
argumento ficaria mais sólido se apresentasse esta premissa:
Premissa 1: Esse carro é novo
Premissa 2: Carros novos não apresentam falhas e nem dão problemas
Conclusão: Esse carro não apresenta falhas nem dá problema
Item CORRETO.
Resposta: C
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7. FCC ± ICMS/SP - 2013) O coordenador de um curso universitário
recebeu recentemente um relatório que apontava que apenas 10% dos
alunos do primeiro ano eram bolsistas. Ao analisar as notas dos alunos do
primeiro ano, ele constatou que, dentre os aprovados na disciplina de
Estatística, 35% eram bolsistas. Ele concluiu, então, que os alunos
bolsistas do curso têm mais chance de sucesso nos estudos do que os
demais.
Para que a conclusão acima seja verdadeira, qual das premissas a seguir
deve ser verificada?
(A) Nenhum dos alunos bolsistas do primeiro ano desse curso foi
reprovado na disciplina de Estatística.
(B) Dentre os alunos aprovados na disciplina de Estatística, o número de
bolsistas é maior do que o de não bolsistas.
(C) Dentre os alunos desse curso com mais chance de sucesso nos
estudos, o número de bolsistas é maior do que o de não bolsistas.
(D) Qualquer aluno bolsista do primeiro ano tem mais chance de sucesso
nos estudos do que os demais.
(E) Os alunos aprovados na disciplina de Estatística têm mais chance de
sucesso nos estudos do que os demais
RESOLUÇÃO:
O argumento do enunciado pode ser resumido assim:
Premissas:
- apenas 10% dos alunos do primeiro ano eram bolsistas.
- dentre os aprovados na disciplina de Estatística, 35% eram bolsistas.
Conclusão:
- os alunos bolsistas do curso têm mais chance de sucesso nos estudos.
Repare que as premissas demonstram que, apesar de os bolsistas
representarem um percentual pequeno dos alunos (10%), eles
representam um percentual elevado dentre os aprovados em Estatística
(35%). Isto certamente permitiria inferir que os bolsistas têm mais
chance de sucesso na disciplina Estatística. Mas não é possível garantir
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que os bolsistas terão mais chance de sucesso nos estudos como um
todo, a menos que consideremos que ser aprovado em Estatística é um
bom indicador de sucesso nos estudos como um todo.
Isto é, o argumento precisa da seguinte premissa subjacente:
(E) Os alunos aprovados na disciplina de Estatística têm mais chance de
sucesso nos estudos do que os demais.
Alguns comentários sobre as demais alternativas:
(A) Nenhum dos alunos bolsistas do primeiro ano desse curso foi
reprovado na disciplina de Estatística.
ERRADO. Isso reforça a ideia de que os bolsistas têm mais chance
de sucesso em Estatística, mas não em relação aos estudos como um
todo.
(B) Dentre os alunos aprovados na disciplina de Estatística, o número de
bolsistas é maior do que o de não bolsistas.
ERRADO. Isto contraria o restante do argumento, que afirma que
35% dos aprovadosem Estatística são bolsistas (logo, 65% não são
bolsistas).
(C) Dentre os alunos desse curso com mais chance de sucesso nos
estudos, o número de bolsistas é maior do que o de não bolsistas.
ERRADO. Se isto fosse verdade, de fato poderíamos chegar à
conclusão dada. Mas não é necessário que esta premissa se confirme.
Como 1 a cada 10 alunos são bolsistas, seria natural que 1 a cada
10 alunos com chance de sucesso também fossem bolsistas. Isto é, seria
esperado que 10% dos alunos com chance de sucesso fossem bolsistas.
Se, proporcionalmente, os alunos bolsistas representarem mais de 10%
dos alunos com chance de sucesso, é possível inferir que, de fato, os
bolsistas têm mais chance de sucesso.
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(D) Qualquer aluno bolsista do primeiro ano tem mais chance de sucesso
nos estudos do que os demais.
ERRADO, pelo mesmo raciocínio do item anterior.
Resposta: E
8. CESPE ± FUNPRESP-EXE ± 2016) Considerando as características do
raciocínio analítico e a estrutura
da argumentação, julgue os itens a seguir.
( ) O pleno entendimento da frase Cicrano estava escrevendo uma carta
envolve a identificação das seguintes informações pressupostas: a de que
Cicrano tinha dado início à tarefa de escrever uma carta e a de que ele
conseguiu concluir a escrita dessa carta
RESOLUÇÃO:
e� SRVVtYHO� FRPSUHHQGHU� D� IUDVH� ³&LFUDQR� HVWDYD� HVFUHYHQGR� XPD�
FDUWD´� PHVPR� VHP� VDEHU� VH� HOH� WLQKD� RX� QmR� GDGR� LQtFLR� j� DWLYLGDGH�
anteriormente ou se ele conseguiu ou não concluir a escrita. Item
ERRADO.
Resposta: E
9. FCC ± ICMS/SP ± 2013) No dia 25 de janeiro, uma 3ª feira, Carlos
revelou a seus colegas de trabalho que faria aniversário ainda naquele
mês. Querendo fazer uma brincadeira, ele deu duas pistas para que eles
tentassem deduzir qual seria o dia exato.
I. A data do meu aniversário é mais próxima do primeiro dia de fevereiro
do que de hoje.
II. Neste ano, meu aniversário não cairá em um final de semana.
Para deduzir a data exata do aniversário de Carlos,
(A) a pista II sozinha é suficiente, mas a pista I sozinha não é.
(B) qualquer uma das pistas é suficiente, mesmo sem considerar a outra.
(C) as pistas I e II, em conjunto, são suficientes, mas nenhuma delas é
suficiente sem a outra
(D) as pistas I e II, em conjunto, não são suficientes.
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(E) a pista I sozinha é suficiente, mas a pista II sozinha não é.
RESOLUÇÃO:
A pista I nos deixa as seguintes alternativas: 29, 30 e 31 de
janeiro. A pista II nos deixa as seguintes alternativas: 26, 27, 28 e 31 de
janeiro. O único dia que atende às duas pistas é 31 de janeiro, sendo este
o aniversário de Carlos. Note que com apenas 1 das pistas não era
possível identificar uma data única, ou seja, nenhuma das pistas é
suficiente sozinha. Mas juntas, as duas pistas são suficientes para elucidar
a questão. Temos isso na alternativa C:
(C) as pistas I e II, em conjunto, são suficientes, mas nenhuma delas é
suficiente sem a outra.
Resposta: C
10. CESPE ± FUNPRESP-JUD ± 2016) Considerando as características
do raciocínio analítico e a estrutura
da argumentação, julgue os itens que se seguem.
( ) O plenR�HQWHQGLPHQWR�GD�IUDVH�³%HQWR�QmR�FRQVHJXLX�FKHJDU�DR�ORFDO�
GH� SURYD� D� WHPSR´� HQYROYH� D� LGHQWLILFDomR� GH� GXDV� LQIRUPDo}HV�
pressupostas: Bento tentou chegar ao local de prova a tempo; essa
tentativa teve como consequência o fato de Bento não ter chegado ao
local de prova
RESOLUÇÃO:
ERRADO. A única informação que precisamos saber é que Bento
tentou chegar ao local de prova a tempo. Afinal, se ele nem tentou chegar
ao local da prova a tempo, naturalmente o esperado seria que ele não
tivesse chegado a tempo mesmo. O entendimento da situação concreta é
diferente do que teríamos sabendo que ele tentou.
A segunda informação pressuposta citada no enunciado (de que a
tentativa teve como consequência o fato de ele não ter chegado) não é
necessária, afinal a frase já disse que Bento não teve sucesso.
Resposta: E
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11. CESPE ± FUNPRESP-JUD ± 2016) Considerando as características
do raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue os itens que
se seguem.
�� �� $� DILUPDomR� ³0iULR� VH� GRRX� j� HPSUHVD�� ORJR�� PHUHFH� XPD�
recRPSHQVD´� IXQGDPHQWD-se em um argumento no qual há duas
premissas não declaradas.
RESOLUÇÃO:
Veja que o argumento completo deveria ser assim:
Premissa1: Mário se doou à empresa
Premissa2: Quem se doa à empresa merece uma recompensa
Conclusão: Logo, Mário merece uma recompensa
Note que a premissa 2 não foi explicitada. Foi ela que ficou faltando.
Não há 2 premissas não declaradas, apenas 1. Item ERRADO.
Resposta: E
12. ANPAD ± 2017) Cometidos com o emprego de violência ou grave
ameaça e registrados em escala cada vez maior, os assaltos abalam
sobremaneira a sensação de segurança da população. Não surpreende,
pois, que a reputação do setor esteja em queda. Segundo pesquisa
recém-divulgada em uma capital estadual, a nota média que os
moradores da capital - vítimas ou não diretas de assalto - dão à
segurança a deixa em 24º lugar numa lista sobre a satisfação com 25
indicadores de qualidade de vida.
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que apresenta uma
inferência que não encontra respaldo no texto.
A) A qualidade de vida no referido estado está cada vez pior
B) Questões como segurança e qualidade de vida são passíveis de
investigação.
C) Existe uma relação entre sensação de segurança e percepção da
qualidade de vida.
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D) Admite-se a possibilidade de mensurar a qualidade de vida por meio
de indicadores.
E) Há relação entre assalto e sensação de segurança mesmo entre
aqueles que nunca foram vítimas.
RESOLUÇÃO:
A) A qualidade de vida no referido estado está cada vez pior.
Não há informações para concluir que está havendo essa piora dia após
dia. A única coisa que sabemos é que, para este estado, o item segurança
aparece na posição 24 dentre 25 indicadores de qualidade de vida.
B) Questões como segurança e qualidade de vida são passíveis de
investigação.
Sim, é possível inferir isto, uma vez que foi realizada pesquisa sobre
indicadores de qualidade de vida, sendo segurança um deles.
C) Existe uma relação entre sensação de segurança e percepção da
qualidade de vida.
Sim, a segurança é um dos indicadores da qualidade de vida.
D) Admite-se a possibilidade de mensurar a qualidade de vida por meio
de indicadores.
Sim, foi feita pesquisa com 25 indicadores de qualidade de vida.
E) Há relação entre assalto e sensação de segurança mesmo entre
aqueles que nunca foram vítimas.
6LP��³D�QRWD�PpGLD�TXH�RV�PRUDGRUHV�GD�FDSLWDO�- vítimas ou não diretas
de assalto - dão à segurança a deixa em 24º lugar numa lista sobre a
VDWLVIDomR�FRP����LQGLFDGRUHV�GH�TXDOLGDGH�GH�YLGD�´
Resposta: A
c
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13. ANPAD ± 2017) Na frieza dos números, há oito famílias disponíveis
para cada criança apta à adoção no
país. A equação, na prática, não fecha. Nos abrigos brasileiros, meninos e
meninas com idade superior à três anos
são maioria e, ao mesmo tempo, os menos desejados pelos aspirantes a
pais. Ano a ano, os pretendentes têm, timidamente, aberto o leque de
preferências etárias, mas a idealização de um filho recém-nascido ainda
faz permanecer o descompasso. A argumentação do texto tem como
premissa que, na realidade brasileira atual,
A) seria possível relacionar o número de famílias disponíveis com o
número de crianças efetivamente adotadas no Brasil
B) a idade é um fator impeditivo para admitir a possibilidade de que haja
um aumento no número de crianças adotadas no país.
C) é possível observar no cenário brasileiro, um número crescente de
famílias dispostas a adotar crianças acima de três anos no país.
D) a idealização do filho recém-nascido é a razão por que há um
descompasso entre o número de famílias disponíveis e o número de
crianças adotadas.
E) crianças para adoção oriundas de abrigos são aquelas menos
desejadas pelos aspirantes a se tornarem pais no Brasil.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede uma premissa, ou seja, um fato no qual o texto possa
se embasar. Analisando as alternativas, temos:
A) seria possível relacionar o número de famílias disponíveis com o
número de crianças efetivamente adotadas o Brasil.
De fato, é em cima disso que o texto discorre, tanto é que ele defende a
ideia de que há famílias suficientes para cada criança apta à adoção no
país. Ele parte disso para depois concluir sobre a existência de um
descompasso entre o número de famílias disponíveis e o número de
crianças adotadas.
a
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B) a idade é um fator impeditivo para admitir a possibilidade de que haja
um aumento no número de crianças adotadas no país.
Essa é a conclusão do texto, mas não uma premissa na qual ele se
sustenta.
C) é possível observar no cenário brasileiro, um número crescente de
famílias dispostas a adotar crianças acima de três anos no país.
Errado, o texto fala justamente o oposto.
D) a idealização do filho recém-nascido é a razão por que há um
descompasso entre o número de famílias disponíveis e o número de
crianças adotadas.
Essa é a conclusão do texto, mas não uma premissa na qual ele se
sustenta.
E) crianças para adoção oriundas de abrigos são aquelas menos
desejadas pelos aspirantes a se tornarem pais no Brasil.
Se essa fosse a premissa, o texto não basearia o descompasso entre o
número de famílias disponíveis e o número de crianças adotadas no fato
de que meninos e meninas com idade superior a três anos são maioria e,
ao mesmo tempo, os menos desejados pelos aspirantes a pais.
Resposta: A
1.3 Comunicação eficiente de argumentos ± analogias
Como você já deve ter percebido, muitos argumentos da lógica
informal não tem a intenção de provar a verdade de suas conclusões, mas
DSHQDV� DSUHVHQWDP� HVVDV� FRQFOXV}HV� FRPR� VHQGR� ³SURYDYHOPHQWH�
YHUGDGHLUDV´�� $� DUJXPHQWDomR� SRU� DQDORJLD� p� XPD� JUDQGH� IHUUDPHQWD�
quando a intenção é esta.
Temos uma argumentação por analogia quando ressaltamos as
características em comum entre duas ou mais coisas para concluir que o
mesmo resultado obtido para algumas delas também deve ser válido para
7
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as restantes. Não há dependência entre essas coisas. Veja abaixo um
exemplo de analogia entre a crise econômica de 1929 e a crise econômica
atual:
A crise de 1929 provocou forte retração na economia, e os seus efeitos
foram sentidos pelos Estados Unidos ao longo de mais de uma década. Da
mesma forma, a atual crise econômica está provocando uma profunda
recessão, em especial nos países europeus, que deve durar vários anos.
Assim como os americanos conseguiram superar a crise de 29, os
europeus também poderão sobreviver à atual situação.
Repare que o autor do argumento acima não está oferecendo
razões lógicas que demonstrem a capacidade de a Europa se reerguer da
crise atual. Ele apenas faz uma analogia com a crise de 29, para inferir
que a sua conclusão (a Europa deve se reerguer) é provavelmente
verdadeira.
Um argumento analógico, por ser parte da lógica informal, não é
classificado em Válido ou Inválido. Podemos apenas compará-lo com
outros e, assim, classificá-OR� FRPR� ³PDLV� YHURVVtPLO´� RX� ³PHQRV�
YHURVVtPLO´��³PDLV�FRQYLQFHQWH´�RX�³PHQRV�FRQYLQFHQWH´�
Alguns fatores que os auxiliam a avaliar analogias são:
1 - número de entidades entre as quais se afirmam as analogias.
Observe estes dois argumentos:
Não compre carro desta marca. Eu tive um carro desta fabricante que deu
vários defeitos.
Não compre carro desta marca. Conheço 5 pessoas que tiveram carros
deste fabricante e todos experimentaram vários defeitos.
b
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Ambos argumentos são analógicos, porém o segundo é mais forte
que o primeiro. No primeiro caso, eu posso ter dado o azar de comprar
um carro com defeitos, o que ocorre mesmo com os melhores fabricantes.
No segundo caso, há uma probabilidade maior de que aquele fabricante
realmente tenha problemas maiores no controle de qualidade de seus
produtos, vendendo produtos com defeito. A diferença de convencimento
entre os dois argumentos reside no número de fatos/entidades
apresentados.
Lembre-se apenas que estamos avaliando os argumentos
qualitativamente apenas. Não cometa o erro de dizer que o segundo
argumento é 5 vezes mais forte que o primeiro.
2 - número de características em comum. Veja a diferença entre
esses dois argumentos:
Devo gostar deste meu tênis novo, pois ele é da mesma loja onde
comprei os tênis que mais gosto.
Devo gostar deste meu tênis novo, pois ele é da mesma marca, tem o
mesmo tamanho e tipo de estofado interno dos tênis que mais gosto.
O segundo argumento é claramente mais forte que o primeiro, pois
se baseia em um número maior de características para estabelecer a
analogia.
3 - existência de desanalogias, ou diferenças. Voltemos a este
argumento:
Não compre carro desta marca. Conheço 5 pessoas que tiveram carros
deste fabricante e todos experimentaram vários defeitos.
4
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Vamos acrescentar a seguinte informação: as 5 pessoas citadas
acima compraram esses carros usados, enquanto você pretende comprar
XP�H[HPSODU�³]HUR�TXLO{PHWUR´��(VWD�GLIHUHQoD�UHGX]�VXEVWDQFLDOPHQWH�D�
força do argumento. E se, além disso, você pretenda comprar um
automóvel de luxo da marca, enquanto as 5 pessoas haviam comprado
automóveis populares (cujo controle de qualidade costuma ser pior)? O
argumento fica ainda mais fraco. E, para piorar, pode ser que você
também conheça outras várias pessoasque possuem carro daquela marca
e nunca tiveram defeito. Portanto, é muito importante avaliar se existem
diferenças consideráveis entre os casos anteriores e o caso atual, sobre o
qual se pretende estabelecer uma conclusão.
4 ± relevância dos critérios de comparação. Voltemos ao exemplo
dos tênis:
Devo gostar deste meu tênis novo, pois ele é da mesma loja onde
comprei os tênis que mais gosto.
Devo gostar deste meu tênis novo, pois ele é da mesma marca, tem o
mesmo tamanho e tipo de estofado interno dos tênis que mais gosto.
Além do segundo argumento comparar um maior número de
características, ele compara características mais relevantes. O fato de
dois tênis serem comprados na mesma loja é bem menos relevante para
a conclusão (gostar ou não do tênis) do que eles terem a mesma marca,
tamanho e estofado.
Por fim, no campo da lógica formal (ou proposicional) podemos
definir que duas proposições (ou dois argumentos) são análogas quando
possuem estrutura lógica similar.
Resolva as questões abaixo sobre argumentação por analogia.
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14. FUNIVERSA ± CFM ± 2012) Considere as duas proposições a
seguir.
P: No conjunto dos números inteiros, é múltiplo de três todo número cuja
soma dos valores absolutos de seus algarismos é igual a um múltiplo de
três.
Q: No conjunto dos números inteiros, é múltiplo de nove todo número
cuja soma dos valores absolutos de seus algarismos é igual a um múltiplo
de nove.
Em relação a essas duas proposições, é correto afirmar que:
a) P e Q são análogas
b) P e Q apresentam conclusões idênticas
c) Q é uma dedução que se faz a partir de P
d) P é uma inferência que se faz a partir de Q
e) Q é uma inferência que se faz a partir de P
RESOLUÇÃO:
Repare que a proposição P (critério de divisibilidade por 3) e a
proposição Q (critério de divisibilidade por 9), são similares do ponto de
vista lógico, entretanto uma não é conclusão nem premissa da outra.
Ambas têm essa estrutura:
No conjunto dos números inteiros, é múltiplo de X todo número cuja
soma dos valores absolutos de seus algarismos é igual a um múltiplo de
X.
Portanto, podemos afirmar apenas que P e Q são análogas.
Resposta: A
15. CESPE ± FUNPRESP-EXE ± 2016) No diálogo a seguir, a resposta
de B é fundamentada em um raciocínio por analogia.
A: O que eu faço para ser rico assim como você?
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B: Como você sabe, eu não nasci rico. Eu alcancei o padrão de vida que
tenho hoje trabalhando muito duro. Logo, você também conseguirá ter
esse padrão de vida trabalhando muito duro.
RESOLUÇÃO:
Como vimos, uma argumentação por analogia é aquela onde
ressaltamos características em comum entre duas ou mais situações
visando inferir conclusões similares. Neste caso temos uma analogia na
fala de B, que apresenta uma situação (ficou rico trabalhando duro) para
concluir outra similar (que A ficará rico trabalhando duro também).
CORRETO.
Resposta: C
1.3 Comunicação eficiente de argumentos ± aspectos que
reforçam ou enfraquecem argumentos
Em nossa argumentação do dia-a-dia, normalmente estão presentes
as seguintes características:
- informalidade: pode ser observada tanto na escolha das palavras
�YRFDEXOiULR�� FRPR� QD� SUHVHQoD� GH� PHUDV� ³LPSUHVV}HV´� RX� ³JRVWRV´� GR�
autor do argumento para defender uma determinada ideia.
([HPSOLILFDQGR�� DR� GL]HU� TXH� ³(VVH� FXUVR� GH� 5DFLRFtQLR� $QDOtWLFR� p� UXLP�
SRUTXH�R�SURIHVVRU�p�GHYDJDU´��HVWRX�VHQGR�EDVWDQWH� LQIRUPDO��3RGHPRV�
REVHUYDU� LVVR�� HQWUH� RXWURV� DVSHFWRV�� QD� HVFROKD� GD� SDODYUD� ³GHYDJDU´�
para caracterizar o professor de maneira bastante informal (quase uma
gíria), bem como no fato de que a premissa utilizada para suportar a
conclusão (de que o curso é ruim) é meramente a opinião do autor, que
FRQVLGHUD�R�SURIHVVRU� ³GHYDJDU´��QmR�VHQGR�EDVHDGD�HP� IDWRV�RX�GDGRV�
mais objetivos/concretos.
- argumentação tautológica: R� DUJXPHQWR� ³(VVH� FXUVR� GH� 5DFLRFtQLR�
$QDOtWLFR�p�UXLP�SRUTXH�QmR�p�OHJDO´�DMXGD�D�SHUFHEHU�R�TXH�VLJQLILFD�XP�
argumento tautológico. Trata-se de uma quase repetição entre a premissa
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�³HVVH� FXUVR� QmR� p� OHJDO´�� H� D� FRQFOXVmR �³HVVH� FXUVR� p� UXLP´��� 0XLWDV�
vezes usamos esse tipo de repetição em nosso dia-a-dia, que
exploraremos mais adiante ao trabalhar as falácias.
- evidências irrelevantes ou pouco relevantes: imagine que eu diga
³(VVH� FXUVR� GH� 5DFLRFtQLR� $QDOtWLFR� p� UXLP� SRUTXH� R� SURIHVVRU� p� IHLR´��
1HVWH� DUJXPHQWR�� D� SUHPLVVD� XWLOL]DGD� �³R� SURIHVVRU� p� IHLR´�� QmR� p�
UHOHYDQWH� SDUD� VXVWHQWDU� D� FRQFOXVmR� GHIHQGLGD� �³HVVH� FXUVR� p� UXLP´���
Trata-se de mais uma característica presente nos argumentos usados no
dia-a-dia. Alguém já dHYH�WHU�GLWR�SDUD�YRFr��³1mR�DVVLVWD�HVVH�ILOPH��SRLV�
)XODQR�DVVLVWLX�H�QmR�JRVWRX´��1RWH�TXH�D�LGHLD�GHIHQGLGD�p�TXH�YRFr�QmR�
assista o filme, e o único elemento utilizado para a defesa dessa ideia é o
fato de que uma pessoa não gostou do filme. A menos que o tal Fulano
seja algum crítico de cinema, ou alguém em cuja opinião você deposite
bastante credibilidade, estamos diante de uma evidência irrelevante!
6HULD�GLIHUHQWH�GL]HU��³1mR�DVVLVWD�HVVH�ILOPH��SRLV�)XODQR�DVVLVWLX�H�QmR�
gostou. Ele me disse que há muitos erros na dublagem, que distorcem
FRPSOHWDPHQWH� R� VHQWLGR� GRV� SULQFLSDLV� GLiORJRV´�� 9HMD� TXH� DJRUD� IRL�
fornecido um dado mais concreto para a sua análise ± ainda que você não
concorde 100% com a importância deste quesito na escolha de um filme.
Em princípio não há grandes problemas nessas falhas de
argumentação, desde que utilizadas na conversa informal do nosso
cotidiano. Entretanto, em um ambiente profissional, científico ou, em
nosso caso, em uma prova de concurso, não é admissível a ocorrência
destas falhas. É preciso estar atento para detectá-las. Ao elaborar nossos
argumentos, devemos tomar cuidado para:
- escolher adequadamente as palavras, evitando duplas
interpretações, diferenças conceituais etc. (formalidade);
- escolher premissas adequadas para suportar as conclusões,
evitando misturar premissas e conclusões (formando argumentos
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sólidos), e evitando a apresentação de premissas irrelevantes ou pouco
relevantes para a defesa da conclusão.
É claro que, mesmo no dia-a-dia, pode não ser adequado cometer
as falhas que mencionei, em especial quando estamos tratando da
tomada de decisões importantes para as nossas vidas, como a escolha de
cursos, trajetórias profissionais, candidatos em uma eleição, apoio a
políticas públicas, e assim por diante.
Nesta mesma linha, o que deve basear a nossa análise de
argumentos é o uso da atividade racional da mente, ou seja, a
racionalidade, e não as nossas emoções. É raciocinando que nós
verificamos a adequação entre premissas e conclusões, julgando se o
argumento é consistente ou não. É por isso que devemos estar sempre
buscando desenvolver o nosso senso crítico. Note queser crítico não
VLJQLILFD� GLVFRUGDU� VHPSUH�� (VWD� SRVWXUD� ³GR� FRQWUD´� QmR� SRGH� VHU�
confundida com a análise crítica que devemos fazer dos argumentos.
Afinal, em muitas situações a melhor alternativa é realmente concordar
com os argumentos que nos são apresentados.
Vamos resolver alguns exercícios para praticar a nossa capacidade
de perceber aspectos que reforçam e que enfraquecem argumentos.
16. ANPAD ± 2017) ³$V� LQVWLWXLo}HV�GR�%UDVLO�QmR�SRVVXHP�GLVFLSOLQDV�
de empregabilidade e construção de carreiras. O mínimo que elas
deveriam fazer é preparar o aluno para o mercado de trabalho. No mundo
corporativo, à medida que se cresce profissionalmente, as competências
comportamentais são cada vez mais importantes do que as técnicas,
SRUWDQWR��p�VLP�SDSHO�GD�IDFXOGDGH�HQVLQDU�HVWHV�WHPDV´��GLVVH�HP�QRWD�R�
diretor-executivo do IDCE, Fabrício Barbirato.
Assinale a alternativa que, se verdadeira, aponta um problema no
argumento apresentado no texto.
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a) se as competências comportamentais são desenvolvidas na pratica
como resultado natural do crescimento profissional, não cabe às
universidades ensiná-las na pós-graduação.
b) se a empregabilidade e construção de carreiras são temas importantes
nas organizações em geral, essas questões já estão sendo amplamente
desenvolvidas no próprio mercado de trabalho.
c) se as competências técnicas são o que de fato conta no início da
carreira e elas são ensinadas nas faculdades, o aluno já conta, sim, com
algum preparo para o mercado de trabalho
d) se o conhecimento sobre competências comportamentais é importante
para o mercado de trabalho, já está aí um filão a ser explorado por
empresas que prestam serviço como o de coaching.
e) se todas as competências podem ser desenvolvidas nas universidades,
resta muito pouco a se crescer profissionalmente, o que basicamente
estaria ligado a anos de experiência no cargo.
RESOLUÇÃO:
a) se as competências comportamentais são desenvolvidas na pratica
como resultado natural do crescimento profissional, não cabe às
universidades ensiná-las na pós-graduação.
Ainda que as competências comportamentais possam ser
desenvolvidas na prática, nada impede que as universidades acelerem
esse aprendizado através de cursos de pós-graduação. Não temos um
problema do argumento aqui.
b) se a empregabilidade e construção de carreiras são temas importantes
nas organizações em geral, essas questões já estão sendo amplamente
desenvolvidas no próprio mercado de trabalho.
O fato das empresas procurarem desenvolver a empregabilidade e
construção de carreiras no próprio mercado de trabalho (por uma
deficiência das instituições de ensino) não significa que o correto seja
deixar esse desenvolvimento apenas para a vida profissional ± talvez seja
melhor desenvolvê-los ainda durante os estudos, para que o egresso
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possa entrar no mercado de trabalho mais apto. Não temos aqui um
problema do argumento.
c) se as competências técnicas são o que de fato conta no início da
carreira e elas são ensinadas nas faculdades, o aluno já conta, sim, com
algum preparo para o mercado de trabalho.
Aqui temos um problema do argumento. Se o que importa no início
da carreira são as competências técnicas, e elas já estão sendo ensinadas
nas faculdades, é errado afirmar que as instituições do Brasil não
possuem disciplinas relacionadas com a empregabilidade. Este é o nosso
gabarito.
d) se o conhecimento sobre competências comportamentais é importante
para o mercado de trabalho, já está aí um filão a ser explorado por
empresas que prestam serviço como o de coaching.
Ainda que esse nicho (desenvolvimento de competências
comportamentais) possa ser aproveitado pelos serviços de coaching, isto
não invalida a tese de que as faculdades deveriam se preocupar com isso.
e) se todas as competências podem ser desenvolvidas nas universidades,
resta muito pouco a se crescer profissionalmente, o que basicamente
estaria ligado a anos de experiência no cargo.
O fato de um aluno aprender muito (dos pontos de vista técnico e
comportamental) durante a faculdade, e depois não precisar aprender
tanto esses aspectos durante a vida profissional, não é algo
necessariamente ruim. Não temos um problema do argumento neste
item.
Resposta: C
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ATENÇÃO: texto para as 2 próximas questões
USP usa raios gama para esterilizar mosquito transmissor da
dengue
Enquanto na ficção a radiação gama conferiu poderes extraordinários ao
Incrível Hulk, na vida real ela ajuda a dificultar a vida do mosquito da
dengue, prejudicando sua capacidade reprodutiva. Cientistas do CENA
(Centro de Energia Nuclear na Agricultura) da USP de Piracicaba
desenvolveram uma técnica que usa radiação para tornar o Aedes aegypti
estéril. Usando uma fonte de Cobalto-60, os pesquisadores fazem uma
espécie de "bombardeio" de raios gama no inseto. A técnica, chamada de
irradiação, já tem uso consagrado em várias outras aplicações, inclusive
na indústria de alimentos. A dose de radiação usada é considerada baixa
e não mata o mosquito, mas é suficiente para torná-lo estéril. "A técnica
é perfeitamente segura. Não há risco para o ambiente, porque a radiação
não deixa nenhum tipo de resíduo perigoso", explica Valter Arthur,
coordenador do estudo. A irradiação é feita só nos mosquitos machos,
quando eles atingem a chamada fase pupa, em que já estão com todos os
órgãos formados, mas ainda não são adultos. (...) Depois do processo, os
mosquitos irradiados são soltos no ambiente, onde competirão com os
machos normais pela cópula com as fêmeas. As relações chegam a
acontecer, mas os ovos decorrentes delas não eclodem, o que ajuda a
controlar a população dos insetos.
(MIRANDA, Giuliana. USP usa raios gama para esterilizar mosquito
transmissor da dengue. Folha de S. Paulo, São Paulo, p.8C, jan.2013)
17. FCC ± ICMS/SP - 2013) De acordo com a continuação da
reportagem, que não foi fornecida no trecho acima, os cientistas do CENA
ainda precisam realizar um teste para verificar a efetividade da técnica
descrita. Dentre os fatos abaixo, qual é o único que poderia comprometer
essa efetividade, caso fosse verificado?
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(A) Os mosquitos que sofreram a irradiação passam a voar mais
rapidamente que os demais.
(B) A radiação afeta o metabolismo dos mosquitos, que passam a ter um
ciclo de vida mais longo.
(C) As fêmeas do mosquito são incapazes de distinguir os mosquitos
irradiados dos demais.
(D) A radiação afeta as fêmeas do mosquito durante a cópula, podendo
torná-las estéreis.
(E) Os exemplares estéreis do mosquito são bem menos competitivos
sexualmente do que os outros
RESOLUÇÃO:
Devemos encontrar a afirmativa que gera dúvidas sobre o sucesso
do plano de controlar a população de Aedes Aegypti aplicando radiação
nos mosquitos machos.
(A) Os mosquitos que sofreram a irradiaçãopassam a voar mais
rapidamente que os demais.
ERRADO. Se eles voarem mais rapidamente, talvez até tenham uma
vantagem na disputa pelas fêmeas com os mosquitos não-estéreis, o que
seria favorável ao resultado do plano.
(B) A radiação afeta o metabolismo dos mosquitos, que passam a ter um
ciclo de vida mais longo.
ERRADO. Se os machos estéreis viverem mais, eles competirão
pelas fêmeas com os mosquitos não-estéreis por mais tempo, o que seria
favorável ao resultado do plano.
(C) As fêmeas do mosquito são incapazes de distinguir os mosquitos
irradiados dos demais.
ERRADO. Isto significa que as fêmeas poderão cruzar com os
mosquitos estéreis (irradiados), em substituição a alguns cruzamentos
com machos não estéreis, o que é favorável ao resultado do plano.
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(D) A radiação afeta as fêmeas do mosquito durante a cópula, podendo
torná-las estéreis.
ERRADO. Se as fêmeas se tornarem estéreis, seria ainda melhor
para o plano, pois elas não conseguiriam se reproduzir mais, nem mesmo
com os machos não irradiados.
(E) Os exemplares estéreis do mosquito são bem menos competitivos
sexualmente do que os outros.
CORRETO. Se os machos esterilizados não conseguirem competir
VH[XDOPHQWH�FRP�RV�PDFKRV�³QRUPDLV´��DV�IrPHDV�FRQWLQXDUmR�FUX]DQGR�
com os machos não estéreis, e com isso gerando descendentes, o que
comprometeria o plano.
Resposta: E
18. FCC ± ICMS/SP - 2013) A partir do texto, pode-se inferir que a
dose de radiação usada deve ser baixa porque
(A) os mosquitos irradiados devem manter sua capacidade de copular
(B) a técnica desenvolvida poderá ser utilizada na indústria de alimentos.
(C) todos os órgãos dos mosquitos expostos a ela já estão formados.
(D) os insetos expostos à fonte de Cobalto-60 estão na fase pupa.
(E) uma dose alta de radiação gama ajudaria a vida do mosquito.
RESOLUÇÃO:
(A) os mosquitos irradiados devem manter sua capacidade de copular.
&255(72�� 2� SUySULR� WH[WR� GL]�� ³A dose de radiação usada é
considerada baixa´��(��GH� IDWR��HVVD�GRVH�SUHFLVD�VHU�EDL[D��SRLV�SDUD�R�
sucesso do plano é primordial que esses mosquitos irradiados continuem
sendo capazes de copular, de modo a competir pelas fêmeas com os
mosquitos não esterilizados.
(B) a técnica desenvolvida poderá ser utilizada na indústria de alimentos.
ERRADO. A técnica JÁ É utilizada na indústria de alimentos.
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(C) todos os órgãos dos mosquitos expostos a ela já estão formados.
ERRADO. O mero fato de os órgãos dos mosquitos já serem
formados não é suficiente para concluirmos que a dose de radiação é
baixa. O importante é que, para este plano dar certo, ele necessita que os
mosquitos continuem vivos e capazes de copular. Note que o plano
poderia ser diferente, consistindo no simples extermínio dos mosquitos
com o uso de radiação, ou mesmo na degeneração dos órgãos
reprodutivos, o que poderia necessitar de doses maiores de radiação.
(D) os insetos expostos à fonte de Cobalto-60 estão na fase pupa.
ERRADO. Como já disse, só podemos concluir que a dose de
radiação é baixa porque o plano consiste em mantê-los vivos e capazes
de copular. Se o plano fosse diferente, talvez fosse requerida maior dose
de radiação, mesmo estando os mosquitos na fase de pupa.
(E) uma dose alta de radiação gama ajudaria a vida do mosquito.
ERRADO. Não temos qualquer elemento no texto que permita fazer
esta inferência.
Resposta: A
19. FCC ± ICMS/SP - 2013) Considere o texto a seguir.
Em 1928, Alexander Fleming desenvolvia pesquisas sobre estafilococos,
quando descobriu a penicilina. A descoberta deu-se em condições
peculiares, graças a uma sequência de acontecimentos imprevistos e
surpreendentes. No mês de agosto daquele ano, Fleming tirou férias e,
por esquecimento, deixou algumas placas com culturas de estafilococos
sobre a mesa, em lugar de guardá-las na geladeira ou inutilizá-las, como
seria natural. Quando retornou ao trabalho, em setembro, observou que
algumas das placas estavam contaminadas com mofo. Colocou-as então,
em uma bandeja para limpeza e esterilização com lisol. Neste exato
momento, entrou no laboratório um colega, que lhe perguntou como iam
suas pesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para explicar
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alguns detalhes sobre as culturas que estava realizando, quando notou
que havia, em uma das placas, um halo transparente em torno do mofo
contaminante. O assunto foi discutido entre ambos e Fleming decidiu
fazer algumas culturas do fungo para estudo posterior. O fungo foi
identificado como pertencente ao gênero Penicilium, de onde deriva o
nome de penicilina dado à substância por ele produzida. Fleming passou a
empregá-la em seu laboratório para selecionar determinadas bactérias,
eliminando das culturas as espécies sensíveis à sua ação.
(REZENDE, J. M. À sombra do plátano. Ed. Unifesp, 2009)
De acordo com o texto, a evidência que levou Fleming a descobrir a
penicilina foi o fato de
(A) as placas contaminadas terem sido limpas e esterilizadas pelo lisol.
(B) existir, em uma das placas contaminadas, um halo transparente em
torno do mofo
(C) Fleming, ao conversar com o colega, ter decidido fazer algumas
culturas do fungo.
(D) a penicilina ter sido utilizada no laboratório para selecionar
determinadas bactérias.
(E) algumas placas com culturas de estafilococos estarem contaminadas
com mofo.
RESOLUÇÃO:
(A) as placas contaminadas terem sido limpas e esterilizadas pelo lisol.
ERRADO. A limpeza das placas não foi a evidência, mas sim foi o
momento durante o qual Fleming percebeu a evidência (existência de um
halo transparente).
(B) existir, em uma das placas contaminadas, um halo transparente em
torno do mofo.
CORRETO. As placas continham inicialmente bactérias
(estafilococos), porém com o desenvolvimento do mofo surgiu uma região
transparente, dando a ideia de que as bactérias ali presentes haviam sido
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exterminadas. Esta foi a evidência, pois provavelmente Fleming supôs
que esse extermínio de bactérias possivelmente tinha relação com alguma
substância produzida pelo fungo (mofo) ali presente. Esta substância
produzida pelo fungo do gênero Penicilium ficou conhecida como
penicilina.
(C) Fleming, ao conversar com o colega, ter decidido fazer algumas
culturas do fungo.
ERRADO. A decisão de fazer algumas culturas do fungo se deu
como consequência da evidência percebida por Fleming.
(D) a penicilina ter sido utilizada no laboratório para selecionar
determinadas bactérias.
ERRADO. O texto em momento algum permite inferir que a
penicilina já era usada para selecionar bactérias.
(E) algumas placas com culturas de estafilococos estarem contaminadas
com mofo.
ERRADO. A existência de mofo apenas permitiu que a evidência
(halos transparentes) fosse observada.
Resposta: B
20. FCC ± ICMS/SP - 2013) Detalhes da retórica das autoridades
podem ser presságiosde estratégias do governo, suas motivações e sua
solidez. O ministro Guido Mantega tem repetido que o governo conseguiu
reduzir sua principal despesa, o pagamento de juros da dívida pública, o
que finalmente permitirá a tão demandada redução da carga de impostos
do país, sem riscos para a solidez fiscal. Seus auxiliares acrescentam que,
com os credores tranquilos e a economia andando devagar, não faz mais
sentido promover tanto aperto nas contas do Tesouro. Tudo parece muito
razoável, mas, começando do começo, os juros da dívida pública não são
a principal despesa do governo federal. Há mais de uma década, o posto,
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com folga, é da Previdência Social, e o quadro de pessoal disputa a
segunda colocação. (...) Em sinal de que a desoneração tributária pode
ser radicalizada, propôs-se reduzir os rigores da Lei de Responsabilidade
Fiscal, pela qual queda de receita deve ser compensada por corte de
despesa. O artigo foi incluído em um projeto sobre outro tema e enviado
a um Congresso em recesso. E ninguém falou.
(Folha de S. Paulo, 21/01/2012. Gustavo Patu. p. A2)
No texto, o articulista Gustavo Patu analisa alguns argumentos do
ministro Guido Mantega e de seus auxiliares. A partir dessa análise, pode-
se inferir que Patu:
(A) discorda dos argumentos, questionando a suposta tranquilidade dos
credores e indicando que, sem alterações na Previdência Social, não será
possível reduzir a carga de impostos do país.
(B) discorda dos argumentos, opondo-se à ideia, cristalizada nos
governos da última década, de que a queda da receita fiscal deva ser
compensada por corte de investimentos em infraestrutura.
(C) considera os argumentos muito razoáveis, uma vez que a redução do
pagamento de juros da dívida pública permitirá diminuir o aperto nas
contas do Tesouro.
(D) considera os argumentos muito razoáveis, uma vez que é favorável à
radicalização da desoneração tributária, desde que ela seja compensada
por corte de despesas.
(E) discorda dos argumentos, questionando a premissa de que o governo
reduziu sua principal despesa e demonstrando preocupação com a
redução dos rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal
RESOLUÇÃO:
(A) discorda dos argumentos, questionando a suposta tranquilidade dos
credores e indicando que, sem alterações na Previdência Social, não será
possível reduzir a carga de impostos do país.
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ERRADO. Patu não questiona a tranquilidade dos credores, nem
indica que só é possível reduzir os impostos se houver alterações na
Previdência.
(B) discorda dos argumentos, opondo-se à ideia, cristalizada nos
governos da última década, de que a queda da receita fiscal deva ser
compensada por corte de investimentos em infraestrutura.
ERRADO. Em momento algum fala-VH� GH� ³LQYHVWLPHQWRV� HP�
LQIUDHVWUXWXUD´��
(C) considera os argumentos muito razoáveis, uma vez que a redução do
pagamento de juros da dívida pública permitirá diminuir o aperto nas
contas do Tesouro.
ERRADO. É patente que Patu discorda dos argumentos.
(D) considera os argumentos muito razoáveis, uma vez que é favorável à
radicalização da desoneração tributária, desde que ela seja compensada
por corte de despesas.
ERRADO, pelo mesmo motivo do item anterior.
(E) discorda dos argumentos, questionando a premissa de que o governo
reduziu sua principal despesa e demonstrando preocupação com a
redução dos rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal.
CORRETO. Patu questiona a afirmação de Mantega, dizendo que os
juros da dívida não são a principal despesa, mas sim a Previdência. Além
disso, ele demonstra preocupação com a redução dos rigores da Lei de
Responsabilidade FiVFDO�� HP�HVSHFLDO� GHYLGR�j� IRUPD� ³GLVFUHWD´� FRP�TXH�
DV�DOWHUDo}HV�QHVWD�/HL�HVWmR�VHQGR�H[HFXWDGDV��³O artigo foi incluído em
um projeto sobre outro tema e enviado a um Congresso em recesso. E
QLQJXpP�IDORX�´
Resposta: E
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21. FCC ± ICMS/SP - 2013) Há 2 anos, a Universidade Delta implantou
um processo em que os alunos da graduação realizam uma avaliação da
qualidade didática de todos os seus professores ao final do semestre
letivo. Os professores mal avaliados pelos alunos em três semestres
consecutivos são demitidos da instituição. Desde então, as notas dos
alunos têm aumentado: a média das notas atuais é 70% maior do que a
média de 2 anos atrás.
A causa mais provável para o aumento de 70% nas notas é
(A) a melhoria da qualidade dos alunos que entraram na Universidade
Delta nos últimos 2 anos, atraídos pelo processo de avaliação dos
docentes.
(B) a demissão dos professores mal avaliados, que são substituídos por
professores mais jovens, com mais energia para motivar os alunos para o
estudo.
(C) o aumento da cola durante as avaliações, fenômeno que tem sido
observado, nos últimos anos, nas principais instituições educacionais
brasileiras.
(D) uma diminuição no nível de dificuldade das avaliações elaboradas
pelos professores, receosos de serem mal avaliados pelos alunos caso
sejam exigentes
(E) a melhoria da qualidade das aulas em geral, o que garante que os
alunos aprendam os conteúdos de maneira mais profunda, elevando a
média das avaliações.
RESOLUÇÃO:
Antes de avaliar as alternativas, repare que um aumento de 70%
significa que, se a nota média dos alunos anteriormente era 6 (em 10
pontos), após o aumento a nota média passou a ser 10 (nota máxima!).
Isto é, estamos diante de um aumento muito expressivo das notas.
(A) a melhoria da qualidade dos alunos que entraram na Universidade
Delta nos últimos 2 anos, atraídos pelo processo de avaliação dos
docentes.
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ERRADO. Pode até ser que alunos melhores tenham sido atraídos
pelo processo mais rigoroso de avaliação dos docentes, mas é improvável
que isto justifique um aumento tão grande nas notas. Seriam necessários
alunos MUITO melhores.
(B) a demissão dos professores mal avaliados, que são substituídos por
professores mais jovens, com mais energia para motivar os alunos para o
estudo.
ERRADO. Note que a medida foi implementada há apenas 4
semestres (2 anos), e são necessários pelo menos 3 semestres completos
para que os professores mal avaliados começassem a ser demitidos. Isto
é, é improvável acreditar que os efeitos da substituição de professores
estivessem sendo sentidos de maneira tão intensa em tão pouco tempo.
(C) o aumento da cola durante as avaliações, fenômeno que tem sido
observado, nos últimos anos, nas principais instituições educacionais
brasileiras.
ERRADO. Se de fato houve aumento da cola, é provável que isso
tenha influenciado um aumento das notas, mas um aumento tão
expressivo como o citado no item A (de 6 para 10 pontos) exigiria um
aumento massivo da cola.
(D) uma diminuição no nível de dificuldade das avaliações elaboradas
pelos professores, receosos de serem mal avaliados pelos alunos caso
sejam exigentes.
CORRETO. É possívelacreditar que uma redução na dificuldade das
provas seja capaz de gerar um aumento expressivo nas notas dos alunos.
Basta cobrar os tópicos mais básicos e/ou mais intuitivos de cada
disciplina. Esta tese é mais crível que as demais.
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(E) a melhoria da qualidade das aulas em geral, o que garante que os
alunos aprendam os conteúdos de maneira mais profunda, elevando a
média das avaliações.
ERRADO. Ainda que os professores, com medo da demissão,
tenham melhorado a qualidade de suas aulas, é improvável que esta
melhoria de qualidade seja responsável por uma variação tão expressiva
nas notas.
Resposta: D
22. FCC ± ICMS/SP - 2013) Um pesquisador da área de medicina
desportiva tem defendido mudanças radicais nas regras do futebol, por
considerá-lo o mais violento dentre todos os esportes. Ele afirma que
esportes como o rugby ou o hóquei sobre o gelo impressionam o público,
pois os choques que ocorrem durante os jogos aparentam ser muito
violentos. Mas, em geral, eles não provocam lesões tão graves. No caso
do futebol, as lesões típicas levam meses para serem curadas e, muitas
vezes, são responsáveis por encerrar prematuramente a carreira dos
atletas. Seu principal argumento é uma estatística que, realmente,
assusta: 35% das lesões graves de atletas profissionais em todo o mundo
ocorrem em partidas de futebol. O pesquisador afirma que em nenhum
outro esporte essa porcentagem é tão alta. O argumento do pesquisador
a respeito do risco de lesões em jogadores de futebol
(A) é incontestável, uma vez que o futebol lidera o ranking de atletas
lesionados em todo o mundo, com 35%, número bem mais elevado do
que aqueles observados em esportes tidos como violentos, como o rugby
ou o hóquei sobre o gelo.
(B) deve ser contestado, uma vez que, caso as regras do futebol fossem
alteradas radicalmente, as partidas perderiam muito em emoção, fazendo
com que o futebol deixasse de ser o esporte mais popular do planeta.
(C) deve ser contestado, uma vez que não foi apresentada a porcentagem
de ocorrência de lesões graves por esporte, havendo a possibilidade de o
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percentual 35% ser o mais alto devido ao fato de o futebol ser o esporte
mais praticado no mundo
(D) é incontestável, já que os jogadores de futebol não utilizam
equipamentos de proteção tão sofisticados quanto os dos atletas de rugby
ou de hóquei sobre o gelo, tornando o futebol muito mais arriscado que
os demais esportes.
(E) é incontestável, uma vez que a imprensa tem noticiado um número
cada vez maior de jogadores de futebol que sofreram infartos durante
uma partida ou treinamento, fruto do aumento do número de jogos
realizados ao longo de um ano.
RESOLUÇÃO:
O pesquisador entende que o futebol é o esporte mais violento
porque 35% das lesões graves em atletas profissionais ocorrem em
praticantes deste esporte. Isto significa que, a cada 100 atletas
lesionados (de qualquer esporte), 35 sofreram a lesão jogando futebol.
Entretanto, para avaliar qual esporte é mais violento, seria mais
adequado comparar a probabilidade de um atleta se machucar praticando
cada esporte. E esta probabilidade é dada pela razão entre o número de
lesionados e o número de praticantes de cada esporte. Temos essa
contestação na alternativa C: como o futebol é o esporte com maior
número de praticantes no mundo, é natural que ele tenha também o
maior número de lesionados. Isto não implica necessariamente que a
chance de se machucar jogando futebol seja maior que em outros
esportes.
Exemplificando em números: imagine que haja um total de 1000
atletas no mundo, sendo 500 jogadores de futebol, 100 de Rugby e 400
de outros esportes. Deste total de atletas, imagine que 100 se
lesionaram, sendo 35 jogadores de futebol (35% de 100), 10 jogadores
de Rugby e 55 de outros esportes.
A probabilidade (chance) de um jogador de futebol ter sofrido lesão
é de 35 em 500, ou seja, 35 / 500 = 7%. Já a probabilidade de um
jogador de Rugby ter sofrido uma lesão é de 10 em 100, ou seja, 10 /
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100 = 10%. Portanto, a probabilidade de uma pessoa se lesionar jogando
Rugby é superior, sendo este esporte mais violento que o futebol.
Resposta: C
23. FCC ± ICMS/SP - 2013) Nos últimos cinco anos, em um
determinado país, verificou-se uma queda significante nas vendas de
cigarros. Essa queda coincidiu com a intensificação das campanhas
públicas de conscientização acerca dos malefícios à saúde provocados
pelo fumo. Portanto, a queda nas vendas de cigarro deve ter sido causada
pelo receio das pessoas em relação aos graves prejuízos que o fumo traz
para a saúde.
Qual dos fatos a seguir, se for verdadeiro, enfraquecerá
consideravelmente o argumento apresentado?
(A) Nos últimos anos, a indústria tabagista tem oferecido mais opções de
cigarros aos consumidores, como os com sabores especiais e teores
reduzidos de nicotina.
(B) O preço dos cigarros subiu consideravelmente nos últimos cinco anos,
devido a uma praga que afetou as plantações de tabaco ao redor do
mundo
(C) A procura por produtos ligados a tratamentos antifumo, como os
chicletes e adesivos de nicotina, cresceu muito neste país nos últimos
cinco anos.
(D) O consumo de outros tipos de fumo, como o charuto e o cachimbo,
caiu 30% nos últimos cinco anos.
(E) De acordo com dados do Ministério da Saúde do país, o número de
fumantes caiu 40% nos últimos cinco anos.
RESOLUÇÃO:
Devemos buscar a afirmação que enfraquece a ideia de que a
redução nas vendas de cigarro foi devida ao aumento das campanhas de
conscientização.
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(A) Nos últimos anos, a indústria tabagista tem oferecido mais opções de
cigarros aos consumidores, como os com sabores especiais e teores
reduzidos de nicotina.
ERRADO. Esse aumento de opções (inclusive opções mais
³VDXGiYHLV´��FRP�PHQRV�QLFRWLQD��QmR�H[SOLFD�D�UHGXomR�GR�FRQVXPR�GH�
cigarros, mas ajudaria a explicar um eventual aumento neste consumo.
(B) O preço dos cigarros subiu consideravelmente nos últimos cinco anos,
devido a uma praga que afetou as plantações de tabaco ao redor do
mundo.
CORRETO. Se houve uma forte alta no preço dos cigarros, talvez
este fator tenha sido mais importante para a redução do consumo de
cigarro que as campanhas de conscientização. Isto certamente
enfraquece o argumento.
(C) A procura por produtos ligados a tratamentos antifumo, como os
chicletes e adesivos de nicotina, cresceu muito neste país nos últimos
cinco anos.
ERRADO. A maior busca por tratamento não garante que esses
tratamentos estejam sendo eficazes, isto é, o consumo de cigarro por
viciados esteja diminuindo.
(D) O consumo de outros tipos de fumo, como o charuto e o cachimbo,
caiu 30% nos últimos cinco anos.
ERRADO. A queda no consumo de outros tipos de fumo não fornece
uma explicação alternativa para a queda no consumo de cigarro.
Continuamos podendo acreditar

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