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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM FACULDADE DE TECNOLOGIA – FT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA Química Geral Experimental RELATÓRIO – PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS Adriane Viana – 21552269 Carolina Oliveira – 21201102 Daiara Colpani – 21600544 Fernanda Fabrício – 21602340 Manaus, 2016 Adriane Viana – 21552269 Carolina Oliveira – 21201102 Daiara Colpani – 21600544 Fernanda Fabrício – 21602340 Química Geral Experimental RELATÓRIO 2 – PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS Manaus, 2016 Trabalho acadêmico apresentado à Universidade Federal do Amazonas como obtenção de nota parcial para a disciplina de química geral experimental ofertada no período presente do curso de Engenharia Química. Professor (a): Juliana de Jesus Pardauil. Sumário 1. Introdução ...................................................................................................................................... 3 2. Objetivos ........................................................................................................................................ 4 3. Materiais e Métodos ...................................................................................................................... 4 4. Resultados e Discussão .................................................................................................................. 8 5. Conclusão ..................................................................................................................................... 11 6. Referências ................................................................................................................................... 12 3 1. Introdução Em diversos momentos na rotina de um laboratório é comum nos depararmos com situações nas quais se é preciso realizar separação de misturas, sejam elas homogêneas ou heterogêneas, para tanto é necessário que um estudo prévio, físico e químico, do sistema seja realizado, a fim de se escolher a técnica de separação adequada a ser empregada. Em escalas industriais deve-se também levar em consideração outros fatores e características do processo, a alternativa mais econômica, as exigências de energia, disponibilidade de materiais e recursos financeiros são algumas delas. (FOUST,1982) As técnicas de separação de misturas utilizadas na aula experimental foram: - Para misturas heterogêneas: Filtração simples e a vácuo: consiste separar uma fase sólida em suspensão de uma fase líquida, para tanto utiliza-se um meio filtrante, no caso um papel filtro, onde fica retida a parte sólida da mistura, formando uma camada conhecida como torta. Pode ocorrer por ação da gravidade ou por redução da pressão do sistema. (SHIRAI, 2016) Centrifugação: é utilizada na separação de partículas extremamente pequenas encontradas em um dado líquido. Neste processo a força centrífuga irá incidir diretamente sobre o centro de gravidade das partículas em suspenção, acelerando o processo de decantação do sistema. (SHIRAI, 2016) - Para misturas homogêneas: Cristalização: atua na obtenção de cristais a partir de uma mistura homogênea, através da manipulação de condições termodinâmicas que resultam na organização das moléculas em estruturas cristalinas. Extração por solvente: também conhecida como extração líquido a líquido, consiste em uma técnica onde uma solução geralmente em fase aquosa é misturada com um segundo solvente, que precisa ser de caráter imiscível com o primeiro, para que haja a transferência de um ou mais solutos para o segundo solvente. A separação na maioria dos casos é efetuada a partir da agitação durante alguns minutos em um funil de separação. Destilação: nesta técnica, a separação é embasada nas diferenças de volatilidade dos compostos que se encontram no sistema, onde uma fase em vapor entra em contato com uma fase líquida, condensando a parte com menor ponto de ebulição, restando assim o material que se deseja. (FOUST,1982) 4 Estas técnicas são amplamente utilizadas na indústria, nos mais diversos tipos de processos. 2.Objetivos Este experimento tem por objetivo dar conhecimento ao aluno sobre processos de separação de misturas homogêneas e heterogêneas, fixando a existência de vários destes métodos e 3. Materiais e Métodos 3.1 Materiais: Argola Metálica; Balança analítica; Bomba de Vácuo; Centrífuga Excelsa Baby I, modelo 206; Chapa aquecedora; Elevador de laboratório; Espátula e colher; Funil de Büchner; Garra de condensador; Manta aquecedora; Papel de filtro; Pipeta pasteur; Pisseta ou Frasco lavador; Rolha; Suporte universal; Termômetro; 3.2 Vidrarias: Adaptador de destilação (T); Adaptador de destilação em curva; Balão de fundo redondo; Bastão de vidro; Béquer de 50 e 100 mL; 5 Condensador; Erlenmeyer; Funil de decantação; Funil simples; Kitassato; Proveta de 25 mL; Tubos de centrífuga 3.3 Reagentes: Água destilada; Cloreto de Bário (BaCl₂); Cromato de Potássio (K₂CrO₄); Hidróxido de sódio (NaOH); Sulfato de Cobre II (CuSO₄); 3.4 Métodos 3.4.1 Filtração simples 1. Para início do procedimento, foram medidos 15 mL da solução de CuSO₄ com concentração de 0,25 M em uma proveta. Em uma outra proveta, foram medidos 15 mL da solução de NaOH, a 0,5 M. Após uma breve observação das soluções, fez-se a mistura das soluções em um béquer de 100 mL. 2. Em seguida, apoiou-se o funil simples em uma argola metálica, já fixada no suporte universal. Mediu-se um papel de filtro com granulometria adequada, de modo que tivesse o tamanho adequado para o funil utilizado. Dobrou-se o papel de filtro adequadamente para realizar o procedimento de filtração simples. Utilizou-se água destilada para aderir o papel às paredes do filtro. 3. Logo após, iniciou-se a filtração com o auxílio do bastão de vidro para despejar a solução obtida no procedimento 1, recolhendo a solução filtrada em um béquer de 100 mL. O procedimento foi cronometrado desde o seu início até a completa filtragem da solução. Após o procedimento, foi analisado o aspecto do filtrado e seu resíduo no papel de filtro. 6 3.4.2 Filtração a vácuo 1. Para início do procedimento, foram medidos 15 mL da solução de CuSO₄ com concentração de 0,25 M em uma proveta. Em uma outra proveta, foram medidos 15 mL da solução de NaOH, a 0,5 M. Após uma breve observação das soluções, fez-se a mistura das soluções em um béquer de 100 mL. 2. Dando prosseguimento, foi montado o sistema necessário para realizar o procedimento de filtração a vácuo. Mediu-se um papel de filtro com granulometria adequada, de modo que tivesse o tamanho adequado para o funil utilizado. Dobrou-se o papel de filtro adequadamente para realizar o procedimento de filtração a vácuo. Utilizou-se água destilada para aderir o papel às paredes e superfície do funil de Buchner, de modo que o papel pudesse tapar todos os orifícios da superfície do funil. 3. Logo após, iniciou-se a filtração, recolhendo a solução filtrada em um kitassato. O procedimento foi cronometrado desde o seu início até a completa filtragem da solução. Após o procedimento, foi analisado o aspecto do filtrado e seu resíduo no papel de filtro. 3.4.3 Centrifugação 1.Para iníciodo procedimento, foram medidos 10 mL da solução de K₂CrO₄ com concentração de 0,1 M em uma proveta. Em uma outra proveta, foram medidos 10 mL da solução de BaCl₂, a 0,1 M. Após uma breve observação das soluções, fez-se a mistura das soluções em um béquer de 100 mL. 2. O procedimento 1 foi realizado duas vezes. A primeira solução obtida foi submetida à filtração simples e a segunda solução obtida foi submetida à centrifugação para efeito comparativo. 3. Para realizar a filtração simples, apoiou-se o funil simples em uma argola metálica, já fixada no suporte universal. Mediu-se um papel de filtro com granulometria adequada, de modo que tivesse o tamanho adequado para o funil utilizado. Dobrou-se o papel de filtro adequadamente para realizar o procedimento de filtração simples. Utilizou-se água destilada para aderir o papel às paredes do filtro. 4. Logo após, iniciou-se a filtração com o auxílio do bastão de vidro para despejar a solução obtida no procedimento 1, recolhendo a solução filtrada em um béquer de 100 mL. 7 3. Dando prosseguimento, foi posicionada a centrifuga para o procedimento. Encheram-se dois tubos de centrífuga com quantidade equivalente da solução obtida no procedimento 1. 4. Com os tubos no interior da centrífuga dispostos em lados opostos para equilibrarem-se, concedeu-se o início da centrifugação. A centrífuga Excelsa Baby I foi colocada na velocidade correspondente ao número (1) e o procedimento foi parado após dois minutos do seu início. Com a solução já centrifugada, foram retirados os tubos da centrífuga. Após o procedimento, foi analisado o aspecto das soluções centrifugadas. 3.4.4 Extração por solvente 1. Para início do procedimento, pegou-se um tubo de ensaio e adicionaram-se a este 4 grãos de iodo sólido e água. A solubilização dos grãos foi feita por intermédio de constante agitação. 2. Em seguida, foi apoiado um funil de decantação em uma argola metálica, já fixada no suporte universal. Um pouco de papel foi utilizado para que o funil se encaixasse corretamente na argola, uma vez que seus tamanhos não eram proporcionais. 3. Foi transferida uma pequena parte da solução de iodo para o funil de decantação. 4. Foram medidos em uma proveta 10 mL de CHCl₃, sendo colocado no béquer para se misturar com a solução de iodo. 5. Despejou-se a solução obtida no procedimento 3 no funil de decantação, agitou-se e o funil foi, novamente, apoiado na argola e deixado em repouso. Foi analisado o aspecto das soluções após o procedimento. 3.4.5 Cristalização 1.Para início do procedimento, foram pesados 10g de CuSO₄, em um béquer pequeno e, em uma proveta, foram medidos 100 mL de água destilada. 2. Em seguida, foi colocado um béquer grande na chapa de aquecimento com os 100 mL de água destilada previamente aferidos, adicionando-se 10g de CuSO4 quando a água atingiu sua temperatura de ebulição. 8 3. Logo após, a solução foi retirada da chapa e resfriada na temperatura ambiente, deixando-a em repouso para a possível formação de cristais. 3.4.6 Destilação simples 1.Para início do procedimento, foram misturados uma quantidade qualquer de CuSO₄ e água destilada em um béquer. 2.Dando prosseguimento, foi montado o sistema necessário para realizar o procedimento de destilação simples. 3.Em seguida, após a solução ser colocada no balão de fundo redondo, concedeu-se o início da destilação. 4. Após o procedimento foi analisado o aspecto do destilado e resíduo. 4. Resultados e Discussão 4.1. Filtração Simples: Ao misturar as soluções de Sulfato de Cobre (II) e Hidróxido de Sódio ocorre a seguinte reação equacionada abaixo: 1 CuSO4(aq) + 2 NaOH(aq) 1 Cu(OH)2(s) + 1 Na2SO4(aq) Abaixo, a tabela 1 dispõe das características dos reagentes da reação acima e do produto que, posteriormente, foi submetido à filtração simples. Amostras Cor Intensidade Aspecto CuSO4(aq) (0,25 M) Azul Intermediário Límpido NaOH(aq) (0,5 M) Incolor - Límpido Cu(OH)2(s)+Na2SO4(aq) Azul Intermediário “leitoso”/ turvo Filtrado Azul Claro Límpido Resíduo Azul Claro Sólido Tabela 1. Características das amostras para filtração simples.(1) 9 O procedimento foi cronometrado e teve a duração de 23 minutos e 59 segundos até a completa filtragem da mistura. Os resultados, portanto, foram de acordo com o esperado quanto ao tempo de duração e eficácia do procedimento, devido à granulometria do papel de filtro. 4.2 Filtração à vácuo: Para este procedimento, foram utilizados os mesmos reagentes e, portanto, foram obtidos os mesmos produtos conforme a reação equacionada no procedimento 4.2. Abaixo, a tabela 2 dispõe das características do filtrado e resíduo que permaneceu no papel filtro após a filtração. Amostra Cor Intensidade Aspecto Filtrado Azul Intermediário Turvo Resíduo Azul Claro Sólido O procedimento foi cronometrado e teve a duração de 1 minuto e 20 segundos até a completa filtragem da mistura. Os resultados, entretanto, não foram de acordo com o esperado. A filtração à vácuo, comparada com a filtração simples, deve ter um tempo de duração menor para um mesmo volume de líquido filtrado, como comprovado no experimento realizado. Porém, sua eficácia deveria ser maior ou tão satisfatória quanto à obtida na filtração simples. Acredita-se que este fato se deve a algum problema no sistema a vácuo, que não foi montado adequadamente. 4.3 Centrifugação Ao misturar as soluções de Dicromato de Potássio e Cloreto de Bário ocorre a seguinte reação equacionada abaixo: 1 K2CrO4(aq) + BaCl2(aq) 1 BaCrO4(s) + 2 KCl(aq) Os produtos da reação acima foram submetidos a filtração simples e centrifugação para efeito comparativo. Tabela 2. Características das amostras para filtração à vácuo. 10 Abaixo, a tabela 3 dispõe das características dos reagentes da reação acima e do produto que, posteriormente, foi submetido à filtração simples. Amostras Cor Intensidade Aspecto K2CrO4(aq) Amarelo Escuro Límpido BaCl2(aq) Incolor - Límpido BaCrO4(s) + KCl(aq) Amarelo Intermediário Turvo Filtrado Amarelo Claro Turvo Resíduo Amarelo Claro Sólido O procedimento foi cronometrado e teve a duração de 11 minutos e 55 segundos até a completa filtragem da mistura. Os resultados, portanto, foram de acordo com o esperado quanto ao tempo de duração e eficácia do procedimento de filtração simples, devido à granulometria do papel de filtro. A mesma mistura foi submetida à centrifugação onde teve a duração de dois minutos. Após o procedimento, foram observadas duas fases nos tubos. Acima, um líquido incolor – que caracteriza o KCl – e abaixo, um precipitado amarelo – que caracteriza o BaCrO4. Os resultados, portanto, foram de acordo com o espero quanto ao tempo de duração e eficácia do procedimento de centrifugação. 4.4 Extração por solvente Neste método de separação, notou-se que o iodo possui coloração castanha ao ser solubilizado em água. O iodo, entretanto, apresenta maior solubilidade no clorofórmio. Por isso, ao misturar-se as soluções, o iodo, aos poucos, se separa da água e se mistura no clorofórmio, produzindo uma coloração rósea característica. Ao final da decantação, obtiveram-se duas fases: água e iodo solubilizado em clorofórmio, estando esta mais abaixo, devido a sua maior densidade. Os resultados obtidos neste experimento foram satisfatórios. Tabela 3. Características das amostras para filtração simples (2). 11 4.5 Cristalização Neste método de separação, primeiramente, observou-se a coloração do sulfato de cobre II penta-hidratado: azulada. Os procedimentos foram realizados corretamente,entretanto, a amostra não cristalizou. Logo, os resultados obtidos neste experimento não foram satisfatórios, porque acredita-se que o sulfato de cobre II penta-hidratado utilizado já tenha sido recuperado muitas outras vezes. 4.6 Destilação Simples Neste procedimento de separação, a solução de sulfato de cobre foi aquecida de uma temperatura inicial de (22ºC) até chegar ao ponto de ebulição da água (100ºC) através de uma manta de aquecimento. Este procedimento resultou na separação total das substâncias que estavam inicialmente misturadas, a água e o sulfato de cobre. A água contida após o processo era de aspecto límpido e de cor transparente, o sulfato de cobre ficou com a coloração branca diferente do inicio do procedimento que era azul que ficou retido no balão volumétrico. Isto se deve devido ao fato de que o sulfato de cobre já não estava mais hidratado no final do procedimento, fazendo com que perdesse a cor característica azulada. A partir da análise da experimentação, percebe-se que a destilação simples é um método eficaz na separação de misturas de sólido-liquido. Portanto os resultados obtidos neste experimento foram satisfatórios. 5. Conclusão A partir dos experimentos feitos para a realização deste relatório, podemos entender os processos de separação de misturas. Ao escolher o método de separação, deve-se considerar o estado físico dos constituintes e as propriedades das substancias que compõem a mistura. Além disso, a falta de informações no rótulo de um produto pode influenciar na preparação de experimentos impedirem resultados precisos. Utilizando todos os processos poderemos separar misturas homogêneas e heterogêneas. 12 6. Referências FOUST, A.S.; CLUMP, C.W.; WENZEL, L.A. Princípios de Operações Unitárias. Rio de Janeiro: LTC, 1982. 670 p. Filtração – SHIRAI, M. Operações Unitárias na Indústria de Alimentos. Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Departamento Acadêmico de Alimentos. 2016. Centrifugação – SHIRAI, M. Centrifugação. Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Departamento Acadêmico de Alimentos. 2016. FELTRE, R. Fundamentos de Química: vol. único. 4ª.ed. São Paulo: Moderna, 2005. 700 p.
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