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AÇAO DANOS MORAIS Cópia

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EXCELENTÍSSO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE POÇO BRANCO– ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.
 
, brasileira, solteira, do lar, RG, domiciliada à, centro, , CEP vêm à presença de V. Excelência propor a presente
 
 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
sob o rito sumário com fulcro no art. 275, do Código de Processo Civil,em face deHOSPITAL ANTONIO PRUDENTE, empresa de direito privado, CNPJ 08.452.435/0001-89, localizada na Rua Presidente Quaresma, 930, Alecrim, Natal/RN, CEP 59 031-150.
 
1 -DA JUSTIÇA GRATUITA
Arequerente, não tem condições financeiras de demandarem juízo semprejuízo de seu sustento e de sua família (custas processuais e eventual ônus dasucumbência).
Encontra a autora amparo na Lei 1.060/50, in verbis:
Art. 2º. Gozarão dos benefícios desta Lei os nacionais ou estrangeirosresidentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil,militar ou do trabalho.
Parágrafo único. - Considera-se necessitado, para os fins legais, todoaquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas doprocesso e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustentopróprio ou da família.
Com o advento da Lei 7.510/86, que modificou o art. 4º da Lei1.060/50, ficou estabelecido que:
Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediantesimples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições depagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprioou de sua família.
§ 1º. Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condiçãonos termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custasjudiciais.
Diante do exposto, pleiteia os benefícios da Justiça Gratuita,preconizados no art. 4º da Lei nº 1.060/50, com redação dada pela Lei de nº.7.510/86 e no art. 5º, XXXV, CF/88, por ser pobre na forma da lei, não dispondo derecursos para arcar com as despesas e custas processuais, sem prejuízo do seusustento e da sua família, sob pena ser obstado o acesso ao Poder Judiciário,ferindo direito fundamental.
2 DOS FATOS
A reclamante, gestante de 38 semanas, procurou no dia 25 de fevereiro de 2015 atendimento no Hospital Antônio Prudente para o procedimento de parto normal. Sendo usuária de Plano de Saúde HAPIVIDA fez todoacompanhamento pelo plano de saúde, ciente de que não teria direito ao procedimento do parto por questão de carência contratual, por isso, buscou atendimento para o procedimento particular, arcando com os honorários médicos e despesas hospitalares. 
Superada essas primeiras informações, passemos então a narrar o cerne da questão:
Nos meses que antecedem o parto a requerente procurou o setor de contas particulares para melhor se informar dos valores atribuídos ao procedimento de parto naquele hospital;
Foi informada que por ter, na data prevista para o parto, mais de 6 meses de plano, teria 50% de desconto referente ao hospital o que correspondia a R$ 800,00 (oitocentos reais), tendo que contratar a equipe médica a parte.
A partir do mês de dezembro de 2014, procurou vários médicos que atendem no próprio hospital e verificou que a média de honorários da equipe médica ficaria em R$ 3.000,00 (três mil reais). 
Preparou-se financeiramente para ter seu filho em um Hospital particular, tendo em vista todo sofrimento que é noticiado na rede pública de saúde, e evitando passar por todo aquele sofrimento. Procurou o hospital ainda no dia 24/02/2015, conforme atendimento 28431081, às 13h25min, para consulta ginecológica. Na ocasião foi atendida pela Médica Maria Ocinete Guedes Pereira que a informou que em breve entraria em trabalho de parto. (doc. Anexo 4)
De fato, ainda no dia 24/02/2015, às 23h30min, voltou ao hospital sentindo fortes contrações. Foi atendida pela Drª Maria Monique Silva Oliveira, atendimento 28438084, que verificou que a parturiente já se encontrava com 2cm de dilatação, mesmo assim, a liberou para retornar para casa.(doc. Anexo 5)
Não mais suportando as dores das contrações, retorna ao hospital às 4h28min da madrugada do dia 25/02/2015. Na ocasião, foi atendida pelo Dr. Sthephano Fernandes de Freitas, atendimento 28438367, que ao examinar constatou que já se encontrava em trabalho de parto com contrações uterinas e perda de tampão mucoso, já com 6cm de dilatação. (Doc anexo 6)
Ocorre que ao requerer a internação da paciente foi informado que teria que encaminhá-la para um hospital público, pois o plano não teria cumprido a carência e que não aceitariam fazer particular por determinação da direção do hospital que tinha suspendido essa modalidade de serviço. 
No mínimo, estranha a informação prestada pelo atendente da portaria, pois o próprio hospital teria fornecido um orçamento de parto particular e que fora mostrado a na recepção, que mesmo assim, se recusou a proceder com a internação particular. (Doc anexo 7).
Decorre, que ao passar do tempo, e nada ser resolvido, entre várias tentativas de ligações feitas pela recepção do hospital para a direção no intuito de solucionar o caso, as dores vão se agravando e entra, de fato, em trabalho de parto no corredor do hospital. Não encontrando outra solução, o médico, mesmo a revelia do hospital a leva para uma sala de partoàs 5h40min e às 5h55min dar à luz a seu filho. Passaram-se 1h22min na sala de espera sofrendo dores, e nada foi feito pelo hospital. Entrou para sala de parto sem se quer ter o mínimo preparo, pois até a roupa permaneceu a mesma. (Foto anexa 8)
Não bastando todo o distrato do hospital, o que já causara dor e constrangimento, após o parto passa mais de 9h (nove horas) esquecida na sala de pós-parto. Durante todo esse tempo ficou longe do filho e não teve a assistência devida, pois mesmo sendo prescrito pelo médico(Doc anexo 9), nenhum medicamento foi ministrado, até mesmo para diminuir as dores. Das 6h da manhã às 16h, ficou a autora sem assistência, não comeu, não tomou soro nem os medicamentos prescritos. Essa alegação é facilmente comprovada pelo prontuário médico, (doc anexo 10) que demonstra que nenhum procedimento fora realizado nesse intervalo de tempo.
Essa omissão do hospital casou na autora transtornos irreparáveis, pois,aquela situação de abandono, sem ter acesso a familiares e ao seu filho, coisa que deveria ter ocorrido, já que o parto fora normal e a criança estava em perfeito estado de saúde, a fez entrar em desespero. Inclusive afetando a amamentação, pois devido as contrariedadesdo pós parto, não produziu leite materno, coisa que fora bastante diferente da sua primeira gestação.
Durante todo esse tempo os familiares acompanham o bebê pelo berçário e ficam a espera da parturiente. Inquietos pela demora, procuram saber o porque e são informados que logo estaria na enfermaria, pois esta já estava pronta. Contava-se aí 11h da manhã.
Já próximo das 15h, a Senhora Solange Miranda, familiar que acompanha a parturiente, já irritada com toda aquela situação procura de forma veemente explicações, quando na ocasião é encaminhada para o setor de contas particulares e é informada de que a paciente ainda não tinha sido encaminhada para a enfermaria por falta de pagamento dos valores do hospital. ( gravação anexa 11).
Ocorre, Excelência, que os honorários médicos já tinham sido pagos( obstetra e pediatra), já que foram contratados a parte, sendo esses pagos ao término do procedimento e, os valores referentes ao hospital, o que é normal, seriam pagos na alta médica. No entanto, não foi isso que ocorreu, sendo a paciente transferida para a enfermaria só após o pagamento no setor de contas particulares. 
Salienta-se, que em nenhum momento foi exigido dos familiares garantias financeiras, nem foram procurados, informados que necessitariam pagar antecipado para que a paciente, ora autora, tivesse direito a usufruir do que é de direito e legal.
Não há forma para mensurar o desmando de um Hospital que tem em sua filosofia de trabalho o bom atendimento e a satisfação do cliente. 
Por todo o exposto, busca a autora as reparações possíveis, poiso desmando do hospital retirou dela todo um sonho e idealização natural de quem espera por um filho.
3DO DIREITO
DAS NORMAS QUE PROTEGE O DIREITO DAAUTORA
Art. 5º, inciso X, Constituição Federal
“SÃO INVIOLÁVEIS A INTIMIDADE, A VIDA PRIVADA, A HONRA E A IMAGEM DAS PESSOAS, ASSEGURADO O DIREITO À INDENIZAÇÃO PELO DANO MATERIAL OU MORAL DECORRENTE DE SUA VIOLAÇÃO”
Art. 927 do Código Civil
“AQUELE QUE, POR ATO ILÍCITO (ARTS. 186 E 187), CAUSAR DANO A OUTREM, FICA OBRIGADO A REPARÁ-LO.
PARÁGRAFO ÚNICO. HAVERÁ OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO, INDEPENDENTEMENTE DE CULPA, NOS CASOS ESPECIFICADOS EM LEI, OU QUANDO A ATIVIDADE NORMALMENTE DESENVOLVIDA PELO AUTOR DO DANO IMPLICAR, POR SUA NATUREZA, RISCO PARA OS DIREITOS DE OUTREM”.
Art. 186 do Código Civil
“AQUELE QUE, POR AÇÃO OU OMISSÃO VOLUNTÁRIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA, VIOLAR DIREITO E CAUSAR DANO A OUTREM, AINDA QUE EXCLUSIVAMENTE MORAL, COMETE ATO ILÍCITO”.
Art. 14 do Código de Defesa do Consumidor
“O FORNECEDOR DE SERVIÇOS RESPONDE, INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE CULPA, PELA REPARAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS AOS CONSUMIDORES POR DEFEITOS RELATIVOS À PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, BEM COMO POR INFORMAÇÕES INSUFICIENTES OU INADEQUADAS SOBRE SUA FRUIÇÃO E RISCOS”.
Assim, não restam dúvidas de que a conduta dohospital configura ato ilícito, ensejando sua responsabilização.
Dano Moral
Para Maria Helena Diniz, o dano moral vem a ser “a lesão de interesses não patrimoniais de pessoa física ou jurídica, provocada pelo fato lesivo".
No caso em tela, a ocorrência de dano moral é evidente, na medida em que a paciente, foi tolhida de seu sonho e expectativa, experimentando uma série de sofrimentos em decorrência daação do hospital. 
Assim, diante da evidente relação de causa e efeito que se formou e ficou demonstrada na narrativa dos fatos e documentos anexados, surge o dever de indenizar, independentemente da apuração de culpa. 
A indenização dos danos morais deve levar em consideração as condições pessoais do ofensor e da intensidade ou gravidade dos efeitos da sua conduta, a fim de que o resultado não seja insignificante, estimulando a prática do ato ilícito. Logo, deve ser o demandado condenado ao pagamento de indenização, cujo valor não pode ser ínfimo, pois além de compensar o autor pelos danos sofridos, deve evitar a reincidência deste em condutas como as que aqui restaram evidenciadas.
Além das normas acima consignadas, diversas outras protegem e acolhem o direito da litigante, já que a irresponsabilidade da ré está evidente, tendo a ré agido de formadesrespeitosa. 
Diversos dispositivos do Código de Defesa do Consumidor agasalham o direito da postulante, impondo que o réu arque com a responsabilidade civil por causa da sua falta de cuidados (culpa in vigilando).
Já o art. 6º, inciso VI, do CDC, dispõe incisivamente, litters : “São direitos básicos do consumidor : (...) VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos”
In casu, o dano foi perpetrado, causando sérios transtornos a postulante, atingindo frontalmente a honra subjetiva, a moral, o sentimento de dignidade e a reputação da parte autora, que, anteriormente ao fato, era inabalável, além de por em risco a sua própria saúde.
NELSON NERY JÚNIOR, eminente processualista paulista, é categórico em afirmar: “SEJA DE QUE TIPO FOR, O DANO AO CONSUMIDOR É INDENIZÁVEL, E DEVE SER REPARADO DE FORMA INTEGRAL” (Código de Processo Civil Comentado, RT, 3ª Edição 1997)
Dano moral é aquele que, conforme aduz MARIA HELENA DINIZ, “vem a lesar interesses não patrimoniais de pessoas física ou jurídica, provocada pelo ato lesivo”, tendo a atitude do plano de saúde ao negar atendimento e cobrar indevidamente a parte autora, mesmo estando ela rigorosamente em dia com as suas prestações, ferido o sentimento de moral, de dignidade e a reputação pessoal que, para a postulante não tem preço. 
Na conceituação do jurista peninsular ROBERTO DE RUGGIERO, para ser o dano indenizável “BASTA A PERTURBAÇÃO FEITA PELO ATO ILÍCITO NAS RELAÇÕES PSÍQUICAS, NA TRANQUILIDADE DOS SENTIMENTOS, NOS AFETOS DE UMA PESSOA, PARA REPRODUZIR UMA DIMINUIÇÃO NO GOZO DO RESPECTIVO DIREITO” (in Instituições de Direito Civil, tradução da 6ª Edição italiana, com notas de Ary dos Santos, ed. Saraiva, 1937)
4. DO ÔNUS DA PROVA NO CASO EXAMINADO
O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90), aplicável à questão exposta para análise de Vossa Excelência, inverte o ônus da prova, tudo em prol do consumidor, que no caso, é a parte autora.
Considerado como a mais moderna legislação brasileira e/ou mundial, o Código de Defesa do Consumidor é plenamente aplicável ao caso sub judice (art. 3º, CDC), sendo o ônusinvertido, cumprindo-se o disposto no art. 4º, I, art. 6º, VI, VII e VIII, art. 22 e parágrafo único, art. 51, I e VI, art. 81, art. 83, dentre outros de nossa legislação do consumidor.
5DO “QUANTUM” INDENIZATÓRIO
No que concerne ao quantum indenizatório, forma-se o entendimento jurisprudencial, mormente em sede de dano moral, no sentido de que a indenização pecuniária não tem apenas cunho de reparação do prejuízo, mas também caráter punitivo ou sancionatório, pedagógico, preventivo e repressor: a indenização não apenas repara o dano, repondo o patrimônio abalado, mas também atua como forma educativa ou pedagógica para o ofensor e a sociedade e intimidativa para evitar perdas e danos futuros.
Tal entendimento, inclusive, é defendido pelo ilustre doutrinador SÍLVIO SALVO VENOSA, senão vejamos:
“Do ponto de vista estrito, o dano imaterial, isto é, não patrimonial, é irreparável, insusceptível de avaliação pecuniária porque é incomensurável. A condenação em dinheiro é mero lenitivo para a dor, sendo mais uma satisfação do que uma reparação (Cavalieri Filho, 2000:75). Existe também cunho punitivo marcante nessa modalidade de indenização, mas que não constitui ainda, entre nós, o aspecto mais importante da indenização, embora seja altamente relevante. Nesse sentido, o Projeto de Lei nº 6.960/2002 acrescenta o art. 944 do presente código que “a reparação do dano moral deve constituir-se em compensação ao lesado e adequado desestímulo ao lesante”. Como afirmamos, se o julgador estiver aferrolhado a um limite indenizatório, a reparação poderá não cumprir essa finalidade reconhecida pelo próprio legislador.” (Sílvio Salvo Venosa, Direito Civil. Responsabilidade Civil, São Paulo, Ed. Atlas, 2004, p. 41).
E o ilustre mestre diz mais:
“Dano moral é o prejuízo que afeta o ânimo psíquico, moral e intelectual da vítima.” (…) “Por tais razões, dada a amplitude do espectro casuístico e o relativo noviciado da matéria nos tribunais, os exemplos da jurisprudência variam da mesquinhez à prodigalidade. Nem sempre o valor fixado na sentença revelará a justa recompensa ou o justo lenitivo para a dor ou para a perda psíquica. Por vezes, danos ínfimos são recompesados exageradamente ou vice-versa. A jurisprudência é rica de exemplos, nos quais ora o valor do dano moral guarda uma relatividade com o interesse em jogo, ora não guarda qualquer relação. Na verdade, a reparação do dano moral deve guiar-se especialmente pela índole dos sofrimentos ou mal-estar de quem os padece, não estando sujeita a padrões predeterminados ou matemáticos.”(Sílvio Salvo Venosa, Direito Civil. Responsabilidade Civil, São Paulo, Ed. Atlas, 2004, p. 39/40).
Daí, o valor da condenação deve ter por finalidade dissuadir o réu infrator de reincidir em sua conduta, consoante tem decidido a jurisprudência pátria:
CIVIL. CONSUMIDOR. DANOS MORAIS. INCLUSÃO INDEVIDA DO NOME NO SERASA. QUANTUM ARBITRADO CORRETAMENTE. SENTENÇA MANTIDA. 1-PARA A FIXAÇÃO DO DANO MORAL DEVE-SE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO OS SEGUINTES FATORES: A RESPONSABILIDADE DO OFENSOR, A SITUAÇÃO PATRIMONIAL DAS PARTES, A INTENSIDADE DA CULPA DO RÉU, A GRAVIDADE E REPERCUSSÃO DA OFENSA; ALÉM DE ATENDER AO CARÁTER PEDAGÓGICO PREVENTIVO E EDUCATIVO DA INDENIZAÇÃO, NÃO GERANDO ASSIM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. 2- NÃO HÁ DE SE FALAR EM HONORÁRIOSADVOCATÍCIOS QUANDO NÃO EXISTE ADVOGADO EM DEFESA DA PARTE EX ADVERSA. 3- SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. UNÂNIME. (TJDF – 2ª Turma Rec. Dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Rel. Des. Alfeu Machado, ACJ n.2004.0110053689, Acórdão n. 197708, Distrito Federal, DJU 30/08/2004).”
Portanto, diante do caráter disciplinar e desestimulador da indenização, das circunstâncias do evento e da gravidade do dano causado ao Requerente, mostra-se justo e a fixação do quantum indenizatório no valor de 50 (cinquenta) salários mínimos.
DOSPEDIDOS
Ante o exposto, vem à presença de V. Excelência requerer:
a)                  A concessão da gratuidade judiciária, pois não dispõem de recursos para custear as despesas do processo sem prejuízo de seu próprio sustento;
b)                  A citação do réu, por meio de carta AR, conforme preleciona o art. 221, inciso I, do Código de Processo Civil, para que, querendo, contestem a presente ação, sob pena de revelia;
c)                  A produção de prova testemunhal (rol em anexo), além de prova documental em anexo.
d)                   Seja, ao final, julgada procedente a presente ação, com a consequente condenação do réu ao pagamento de   Danos Morais em valor de 50 (cinquenta) salários mínimos ou valor que esse Douto juízo entender diante dos critérios de análise.
e)A condenação do requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes, fixados em 20% sobre o valor da condenação, nos termos do § 3º do art. 20, do CPC.
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para efeitos fiscais.
Poço Branco, 27 de abrilde 2015
Paulo Esmael Freires
OAB/RN 12.372
Testemunha: 
Solange de Miranda Dantas
Residente e domiciliados na AV. Nobrega Machado, 480, Poço Branco/RN
ROL DE DOCUMENTOS
Procuração
RG e CPF
Comprovante de residência
Prontuário de atendimento 28431081
Prontuário de atendimento 28438084
Prontuário de atendimento 28438367
Orçamento de Parto
Foto
Prescrição médica
Prontuário médico

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