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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Escola Superior de Ciências Sociais Curso de Administração PLANO DE ENSINO 1. IDENTIFICAÇÃO CURSO: ADMINISTRAÇÃO PERÍODO: 5° ANO: 2018 COMPONENTE: Gestão da Qualidade SIGLA: ESO0711 CARGA HORÁRIA TOTAL: 60 H CRÉDITOS: 4 PROFESSOR (A): Manoel Rodrigues Terceiro Neto PRÉ-REQUISITO: ESO0432 2. EMENTA Conceitos de Qualidade. Histórico e evolução da Qualidade. Maiores expoentes da Qualidade. Ferramentas da Qualidade. Gestão pela Qualidade Total (TQM). Sistemas de Garantia da Qualidade. Sistemas de Gestão Integrados (SGI). Modelos de Gestão da Qualidade aplicados à Gestão Pública. 3. OBJETIVOS A. GERAL: • . Estudar a filosofia da Qualidade Total e sua evolução histórica, com seus maiores expoentes, assim como as ferramentas e os modelos de gestão da qualidade aplicados à Gestão Pública. B. ESPECÍFICOS: • Apresentar aos alunos o histórico e a evolução da Qualidade Total; • Demonstrar e aplicar as ferramentas da Qualidade; • Apresentar e discutir o Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001, bem como os diversos modelos de gestão existentes. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Escola Superior de Ciências Sociais Curso de Administração 4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE I – Histórico e Evolução da Qualidade UNIDADE II – As Ferramentas da Qualidade UNIDADE III – Sistemas de Gestão da Qualidade UNIDADE III – Modelos de Excelência da Gestão MÊS NO DE AULAS 02/2018 1. Conceito, Histórico e Evolução da Qualidade. 4 03/2018 2. Maiores expoentes da Qualidade e suas contribuições. 3. 5S e PDCA. 4. MASP – Método de Análise e resolução de problemas. 16 04/2018 5. Ferramentas da Qualidade. 6. Gestão pela Qualidade Total (TQM). 16 05/2018 7. ISO 9001: Sistemas de Gestão da Qualidade – requisitos. 8. Sistemas de Gestão Integrados (SGI). 16 06/2018 9. Modelos de Excelência de Gestão: o PNQ e seus correspondentes. 10. Modelo de Excelência da Qualidade da Gestão Pública: o PQGF. 8 5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Aulas expositivas e dialogadas. Leitura e análise de textos Estudos de Caso. Aplicações práticas orientadas. Recursos: quadro branco, pincel, computador, data-show. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Escola Superior de Ciências Sociais Curso de Administração 6. AVALIAÇÃO Avaliação/Data Estratégias Critérios e Pontuação Relação com os Objetivos 26/03 Prova escrita sobre o histórico e os maiores expoentes da Qualidade e suas filosofias. 5,0 pontos 1 16/04 Trabalho prático escrito utilizando o MASP por meio das Ferramentas da Qualidade 5,0 pontos 2 21/05 Prova Escrita sobre a norma ISO 9001 e os modelos de Excelência de Gestão. 5,0 pontos 3 11/06 Diagnóstico organizacional escrito utilizando os diversos modelos de gestão. 5,0 pontos 3 18/06 Prova escrita contendo questões objetivas e discursivas, sobre todo o conteúdo da disciplina. 10,0 pontos Todos UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Escola Superior de Ciências Sociais Curso de Administração 7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7.1. REFERÊNCIAS BÁSICAS CARVALHO, Marly Monteiro de; PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da Qualidade: teoria e casos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. MARSHALL JUNIOR, Isnard. Gestão da Qualidade. 9ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008. PEARSON EDUCATION DO BRASIL. Gestão da Qualidade. São Paulo: Pearson Education, 2011. 7.2. REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ARAUJO, L. C. de. Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional. Vol. II. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. BENAKOUCHE, Rabah; SANTAMARÍA, Luiz Sosa. Qualidade cabocla. Brasília: UnB, 1997. CAMPOS, Vicente Falconi. TQC-Controle da qualidade total (no estilo japonês). Belo Horizonte: FCO, 1992. CROSBY, Philip, B. Qualidade, falando sério. São Paulo: McGraw-Hill, 1990. DEMING, William Edward. Qualidade: a revolução da administração. Rio de Janeiro: Marques- Saraiva, 1990. DRUCKER, Peter Ferdinand. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo: Cengage Learning, 1995. GARVIN, David A. Managing quality: The strategic and competitive edge. EUA, New York: Harvard Business School, 1988. ISHIKAWA, Kaoru. Controle de qualidade total à maneira japonesa. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. JURAN, J. M.; GRYNA, Frank M. Controle da qualidade-handbook. 4 ed. vol. III. São Paulo: Makron Books & McGraw-Hill, 1992. Local/Data: Manaus, Local/Data: _____________________________________ Prof. M.Sc. Manoel Rodrigues Terceiro Neto Docente da Disciplina __________________________________________ Profa. Dra. Andrea Lanza Cordeiro de Souza Coordenadora do Curso 20/03/2018 1 Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc Março 2018 Gestão da Qualidade Curso de Administração Definição e Evolução da Qualidade ANTES DE QUALQUER COISA... A Qualidade Total está sendo tratada sob vários títulos: 1. Total Quality Management (TQM). 2. Total Quality Control (TQC). 3. Company Wide Quality Control (CWQC). 4. Total Quality Improvement (TQI). Objetivo Final = Cliente satisfeito Qualidade Por seu uso indiscriminado, o termo Qualidade tem sido confundido com luxo, beleza, virtudes, etiquetas, preço alto ou baixo, falta ou excesso de peso, embalagem bonita, moda, detalhes de acabamento, etc. Qualidade Não que cada um desses itens não faça parte da Qualidade. O erro está em considerar que a Qualidade pode ficar restrita, apenas a um ou alguns deles. Na verdade, a Qualidade é um conjunto de atributos ou elementos que compõem um produto ou serviço. 1- CONFORMIDADE COM AS ESPECIFICAÇÕES Quando os produtos possuem comprovadamente as características que estão descritas nos projetos, catálogos ou lista de especificações. 20/03/2018 2 Essa TV já dura cinco anos como anunciado pelo fabricante. EXEMPLO 2- VALOR POR DINHEIRO � Quando você recebe um benefício compensador (tecnicamente denominado “VALOR”) em troca do dinheiro que gastou para comprar alguma coisa. � Você não reclama do preço pago, porque ele é justo. “Este computador não é barato, mas vale a pena. Compraria novamente.” EXEMPLO 3- ADEQUAÇÃO Quando aquilo que você compra é capaz de fazer, pelo menos, o que dele se espera para uso. Você não reclama de mau funcionamento “Eta tratorzão bom!! Faz tudo que preciso e é muito resistente, como disse o fabricante.” EXEMPLO 4- ATRATIVIDADE DE MERCADO � Quando você livremente usa o seu direito de escolher um determinado produto dentre vários outros concorrentes. � É o que acontece quando você se decide por um produto em uma prateleira de supermercado. � Por alguma razão, você escolhe o mais atrativo do mercado, seja pelo preço, pela aparência, pelo conteúdo, pela marca ou por qualquer outra razão. 20/03/2018 3 De todos os bares dessa praça, este é o que mais gosto, pois além da boa comida, tem um bom vinho e um excelente atendimento. EXEMPLO 5- SATISFAÇÃO DO CLIENTE � Um produto é realizado por uma sucessão de atividades, todas interligadas, conhecidas como processos. � A satisfação do cliente final é obtida quando em cada um dos processos intermediários existir a preocupação de satisfazer a necessidade do cliente do próximo processo. � É mais ou menos como uma cadeia de sucesso. Plantio de uva EngarrafamentoDistribuição adequada Gosto bastante desse vinho. É de excelente Qualidade. Consumo EXEMPLO CONCEITOS •De acordo com Galvin, os sinônimos de qualidade vão desde luxo e mérito até excelência e valor. •A noção de qualidade depende fundamentalmente da percepção de cada um. (Oakland). •Para J. M. Juran a qualidade é a adequação ao uso, querendo dizer que o usuário de um produto ou serviço pode contar com o mesmo pra desempenhar o que a este foi determinado. •Para K. Ishikawa a gestão da qualidade consiste em desenvolver, criar e fabricar mercadorias mais econômicas, úteis e satisfatórias para o comprador. Administrar a qualidade é também administrar o preço de custo, o preço de venda e o lucro. •Philip Crosby estabelece que a qualidade quer dizer conformidade com as exigências Definições importantes: A Norma Técnica NBR ISO 9000:2005 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e vocabulário fornece o conjunto das definições essenciais para a Qualidade, das quais destacamos, no momento, as seguintes: - Qualidade: Grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos. Nota 1- O termo qualidade pode ser usado com adjetivos tais como má, boa ou excelente Nota 2- “Inerente”, ao contrário de “atribuído” significa a existência de alguma coisa, especialmente como uma caracterísitica permanente 20/03/2018 4 - Características: Propriedade diferenciadora Nota 1- Uma característica pode ser inerente ou atribuída; Nota 2- Uma característica pode ser qualitativa ou quantitativa; Nota 3- Existem vários tipos de características: ▪ Físicas: mecânicas, elétricas, químicas, biológicas, área ▪ Comportamentais: cortesia, honestidade, veracidade ▪ Temporais: pontualidade, confiabilidade, disponibilidade ▪ Ergonômicas: fisiológicas, segurança, conforto ambiental ▪ Funcionais: velocidade máxima, consumo, cobertura de telefonia móvel ▪ Legais: atendimento aos aspectos legais, certificações compulsórias, CDC, licenças - Requisito: Necessidade ou expectativa que é expressa, geralmente, de forma implícita ou obrigatória Nota 1- Geralmente ímplícito, significa que é prática costumeira ou usual para a organização, seus clientes e outras partes interessadas, e que a necessidade ou expectativa sob consideração está implícita. Nota 2- Um qualificador pode ser usado para distinguir um tipo específico de requisito, como por exemplo, requisito do produto, requisito do cliente, requisito da gestão da qualidade. Nota 3- Um requisito especificado é um requisito declarado, por exemplo em documento. Nota 4- Requisitos podem ser gerados pelas diferentes partes interessadas Uma premissa comum a todas as definições de qualidade é que ela não gera custos; ao contrário, ela os diminui. Isso porque trabalhar com qualidade: � evita o desperdício de recursos; � reduz o tempo de produção; � gera menos estresse e mais satisfação ao trabalhador, esteja ele na instância em que estiver da empresa. A qualidade total otimiza a energia de trabalho do recurso humano. E trabalhar com e pela qualidade melhora a produtividade das empresas e, com isso, suas chances de lucro. Uma outra premissa das principais definições de qualidade refere-se ao fato de ela começar a acontecer antes que seja iniciada a produção propriamente dita. A qualidade tem de ser planejada. Falar de qualidade total é basicamente falar da prevenção de erros nos processos que envolvem o desenvolvimento, a produção, a venda e o atendimento ao consumidor de produtos e serviços. Com certa frequência, a imprensa anuncia o recall de algum produto. Esse é um excelente exemplo de erro que custa muito a uma empresa. Na Figura a seguir, encontramos três premissas da qualidade: 20/03/2018 5 Não-Qualidade Não atendimento aos requisitos da qualidade especificados ou acordados, necessários aos clientes ou por eles esperados, relativos ao atendimento, ao fornecimento, ao produto ou ao serviço prestado. Melhor Qualidade Custos Menores Maior Produtividade Ampliação de Mercado Manutenção dos Negócios Melhores Lucros Ampliação do Mercado de Trabalho Fim Início FLUXO POSITIVO DA QUALIDADE GESTÃO DA QUALIDADEGESTÃO DA QUALIDADE Breve histórico Hoje, parece muito natural a produção em massa, os grandes complexos e plantas industriais automatizados. Mas é claro que nem sempre foi assim. Até 1900 os artesãos controlavam a produção e a qualidade. Eram os responsáveis por todo o processo, desde o primeiro contato com o cliente até a entrega do produto, passando pela aquisição das matérias-primas, execução e inspeção. Eram indivíduos altamente habilidosos e especializados. Esses artesãos funcionaram como verdadeiros laboratórios para o surgimento dos conceitos de gestão e de qualidade que se disseminaram no século XX. GESTÃO DA QUALIDADEGESTÃO DA QUALIDADE Breve histórico Dois eventos tiveram grande impacto na elaboração das teorias de administração que estavam em gestão. O primeiro foi a publicação do livro A riqueza das nações, de Adam Smith. Isto foi em 1776. Naquela época, Adam Smith propôs as vantagens da divisão do trabalho para se obter ganhos em produtividade. 20/03/2018 6 GESTÃO DA QUALIDADEGESTÃO DA QUALIDADE Breve histórico O exemplo que ele utilizou se tornou clássico: a produção de um alfinete. Se um operário ficasse responsável por fazer o alfinete por completo, o resultado final seria muito menor do que se vários operários trabalhassem em conjunto, cada um responsável por uma etapa da manufatura. Para Smith, a produtividade aumentava em razão da alta especialização do trabalhador: mais habilidade, mais produção. GESTÃO DA QUALIDADEGESTÃO DA QUALIDADE Breve histórico O segundo grande marco foi a Revolução Industrial. Ela inicia-se com a criação da máquina a vapor: agora, a força humana podia ser substituída pela força da máquina. A produção passou a ser mais barata. A máquina a vapor tornou possível a produção em escala. No entanto, o aumento da oferta de bens (produção em massa) exigiu que os empresários da época se dedicassem a outras atividades: planejar, organizar e controlar a produção. A 1ª Era: da Inspeção No final do século XVIII e princípio do século XIX, a Qualidade era alcançada de uma forma muito diferente que hoje em dia. A atividade produtiva era basicamente artesanal e em pequena escala. Os artesãos eram os responsáveis pelo produto e pela qualidade final. Com o desenvolvimento da industrialização, e o aparecimento da produção em massa, foi necessário um sistema baseado em inspeções, onde um ou mais atributos do produto eram examinados, medidos ou testados, a fim de garantir sua qualidade. No início do século XX, Frederick W. Taylor, considerado o pai da “Administração Científica”, deu legitimidade à atividade de medição, e principalmente de inspeção, separando-a como tarefa a ser atribuída a um dos oitos chefes funcionais (encarregados) necessários para um bom gerenciamento da fábrica. O objetivo nesta fase era obter qualidade igual e uniforme em todos os produtos e a ênfase centrou na conformidade. Esta fase prevaleceu por muitos anos, não havia uma análise critica das causas do problema ou dos defeitos. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE A 2ª Era: do Controle Estatístico da Qualidade Na década de 1930, já saindo da Administração cientifica de Taylor e Fayol e entrando na Escola das Relações Humanas de Elton Mayo, alguns desenvolvimentos significativos começaram a acontecer, entre eles o trabalho pioneiro de pesquisadores para resolver problemas referentes a qualidade dos produtos da Bell Telephone, nos Estados Unidos. Este grupo pioneiro da qualidade era composto por: Walter A. Shewhart criador da Carta de Controle que foi aluno do professor Clarence Irwin Lews com sua Teoria Pragmática do Conhecimento, Harold Dodge, HarryRomig, G.D. Edwards e, posteriormente, Joseph Juran que dedicou esforços consideráveis em pesquisas que levaram ao surgimento do Controle Estatístico de Processos. Shewhart foi o mestre de W.E. Deming foi o primeiro a reconhecer a variabilidade como inerente aos processos industriais e a utilizar técnicas estatísticas para obter o controle de processos. Uma ferramenta poderosa desenvolvida por ele na época foi o Gráfico de Controle de Processo e até hoje muito utilizada. Com a Segunda Guerra Mundial, exigiu que outras técnicas também fossem criadas para combater a ineficiência e impraticabilidade da inspeção 100% na produção em escala ou em massa de armamentos e munições. Neste período surge a técnica de amostragem criada por Dodge e H. Romig, nos Estados Unidos, e tiveram muita aceitação. Programas de capacitação de pessoal começaram a ser oferecido em larga escala nos EUA e Europa Ocidental, para controle de processo e técnicas de amostragem. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE A 3ª Era: da Garantia da Qualidade Entre 1950 e 1960, em plena atividade da Escola de Recursos Humanos e com trabalhos de Maslow, McGregor e Herzberg no estudo da motivação humana, vários trabalhos foram publicados no campo da qualidade. Mais uma ferramenta foi criada a prevenção e as técnicas foram além das ferramentas estatísticas, incluindo conceitos, habilidades e técnicas gerenciais. Os quatro principais movimentos que compõe esta era são: •A quantificação dos custos da qualidade; •O controle total da qualidade; •As técnicas de confiabilidade e o •Programa Zero Defeitos de P. Crosby. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE A 4ª Era: da Gestão da Qualidade Total: Gestão Estratégica da Qualidade (Total Quality Management -TQM). Esta Era teve início a partir da invasão no mercado americano dos produtos japoneses de alta qualidade no final da década de 1970. A Era da Gestão da Qualidade Total ou Gestão é a soma e conseqüência das três que a precederam e está em curso até hoje, onde sofreu uma alteração para Gestão Estratégica da Qualidade, onde se posiciona dentro dos enfoques da moderna Gestão Estratégica de Porter, Mintzberg, Prahalad & Hamel entre outros. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE 20/03/2018 7 GESTÃO DA QUALIDADEGESTÃO DA QUALIDADE Enfoque da qualidade Esse modelo se baseia em cinco princípios: • foco intenso no cliente; • preocupação com a melhoria contínua; • melhora da qualidade de tudo o que a organização faz; • medição precisa; • empowerment dos colaboradores.EmpowermentTraduzido por empoderamento. No âmbito empresarial, significa a capacidade dos funcionários de interferirem em seu próprio trabalho, ou seja, apresentarem o poder de decisão sobre o que fazem e como fazem. Entre os consultores internacionais que visitaram o Japão, dois se destacaram: Deming e Juran. Foram eles que introduziram os conceitos do controle da qualidade, que evoluíram até chegar ao modelo hoje internacionalmente famoso de Gestão da Qualidade Total. GESTÃO DA QUALIDADEGESTÃO DA QUALIDADE Principais modelos Em 1980, empresas japonesas como a Toyota, a Honda e a Nissan começaram a instalar suas plantas fabris nos EUA e na Europa. Altamente produtivas e eficientes, chamaram a atenção dos teóricos da administração, que resolveram estudar suas práticas. Foi o “boom” de publicações sobre o assunto. Autores como Tom Peters lançaram artigos e livros que inspiraram a “virada de mesa” das empresas ocidentais. GESTÃO DA QUALIDADEGESTÃO DA QUALIDADE Principais modelos Paralelamente, os governos ocidentais também começaram a tomar providências, criando barreiras protecionistas que impediam a entrada dos produtos japoneses nos mercados locais. Alguns prêmios, como o Prêmio Malcolm Baldrige, Prêmio Europeu da Qualidade e o próprio Prêmio Nacional da Qualidade® no Brasil), também tinham como objetivo inicial fazer frente à invasão asiática. O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP, (atualmente Movimento Brasileiro para a Competitividade . MBC) é um exemplo claro dessa postura. As normas ISO – quem diria! – Também foram desenvolvidas, a princípio, com esse propósito. Segundo Galvin, as décadas de 40 e 50 foram períodos de reconstrução e de consolidação para o controle da qualidade japonesa. Novas técnicas foram importadas dos Estados Unidos, estudadas cuidadosamente e então aplicadas em uma ampla série de cenários. De acordo com Juran, os japoneses articularam algumas estratégias inéditas para criar uma revolução na qualidade. Varias estratégias foram decisivas, entre as quais: •Os gerentes de nível alto lideraram pessoalmente a revolução; •Todos os níveis e funções foram submetidos a treinamento no gerenciamento para a qualidade; •O aperfeiçoamento da qualidade foi compreendido a um ritmo contínuo e revolucionário; •A força de trabalho participou do aperfeiçoamento da qualidade pelo conceito de Círculo de Controle de Qualidade. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE NO JAPÃO CÍRCULO DE CONTROLE DA QUALIDADE (CCQ) É um grupo formado voluntariamente por empregados de um mesmo nível funcional ou pertencentes a uma mesma área de trabalho que visa a identificar problemas ou assuntos relativos às suas atividades. Devem identificar problemas, estudá-los e sugerir soluções. Não tem poder decisório, que continua na estrutura formal, evitando, assim, qualquer quebra na cadeia hierárquica da organização. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE NO JAPÃO Há alguns fatores quanto a evolução da Qualidade no Japão que de forma indireta influenciaram muitos países: • a contribuição dos experts americanos Deming e Juran; • a criação e ação da japanese union of scientist and engineers (juse); • a padronização ampla dos produtos; • a ampla comunicação e educação pública; • a liderança e direção centralizadas; • envolvimento e comprometimento da alta administração empresarial; • o desejo de elevar a qualidade à condição de tópico de importância nacional; EVOLUÇÃO DA QUALIDADE NO JAPÃO 20/03/2018 8 • Juran usa com freqüência o gráfico abaixo pra mostrar a evolução comparativa da qualidade nos países ocidentais e no Japão. 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2001 Qualidade (vendabilidade de produtos) JAPÃO OCIDENTE EVOLUÇÃO DA QUALIDADE NO JAPÃO No Brasil o movimento pela Qualidade é mais antigo do que o Japão, porém faltou o mesmo envolvimento e comprometimento que aconteceu no Japão e em outros países. A partir de 1990, teve no Brasil um crescimento gigantesco em direção a Qualidade, que remonta à década de 1980, onde foram lançadas as bases deste movimento. Até meados da década de 1990 ainda era incipiente um movimento coordenado e global, acontecia ações isoladas de alguns segmentos empresariais em especial das empresas multinacionais que recebiam orientação de suas matrizes no exterior. O Brasil têm instituições ligadas a Qualidade desde 1876, portanto a muito mais tempo do que o Japão e até mesmo os Estados Unidos. O Brasil realiza anualmente um congresso nacional sobre Qualidade e Produtividade desde 1991 coordenado pela União Brasileira de Qualidade-UBQ. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE NO BRASIL Através da Fundação Nacional para o Prêmio da Qualidade, desde 1991 são premiadas empresas que possuem padrão de excelência mundial a exemplo do que acontece no Japão desde a década de 1950 com o Prêmio Deming de Qualidade e com o Prêmio Malcolm Baldrige nos Estados Unidos. O Brasil tem a maioria dos requisitos para ter um sistema nacional de qualidade, tem tradição desde 1876, recebeu treinamento com os maiores gurus mundiais da qualidade (Deming, Juran, Feigenbaum, Crosby e Ishikawa entre outros) criou a ABNT que cuida da normalização geral, criou o INMETRO que é o órgão certificador das normas ISO e representa o Brasil junto aos organismos internacionais. No mundo todo já foram emitidos mais de 220.000 certificados ISO 9001. O Brasil possui mais de 10.000 certificados ISO 9001 emitidos emais de 1000 na ISO 14.001 e tem produzido material e principalmente recursos humanos de padrão mundial na área de qualidade, há muitos auditores brasileiros credenciados por organismos internacionais. Empresas brasileiras premiadas pelo PNQ estão em nível de excelência mundial. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE NO BRASIL Após a década de 1980 até os dias atuais, com o sistema de comunicações cada vez mais eficiente e dentro dos padrões mundiais, intensificou-se o intercâmbio de informações e conhecimento aprendido entre o Ocidente e o Japão, tornando-se mais unificado o processo de evolução da Qualidade a nível mundial. Os diversos prêmios nacionais da Qualidade em diversos países refletem o estado da arte da moderna Gestão da Qualidade Total em vigor na comunidade técnica internacional. A evolução da Qualidade foi generalizada em nível mundial, por todos os tipos de negócios e segmentos, tipos e tamanhos de organização, produtos e serviços. Essa evolução foi conseqüência da mudança ocorrida nas teorias administrativas e no avanço de todos campos do conhecimento humano. Conforme o The Economist, nada mudou mais em 10 séculos de vida humana do que o mundo do trabalho. A maioria das atividades praticadas atualmente não existia há 250 anos. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE NO MUNDO •A necessidade de velocidade e de flexibilidade para atender as exigências do mercado colocou um peso extra na gestão empresarial, exigindo métodos e estratégias inovadoras. •A Qualidade Total não é apenas outra iniciativa, mas um conceito mais amplo, uma maneira de gerenciar iniciativas existentes e planejadas, com mais eficiência, não existindo, assim, uma maneira certa de proceder; cada organização deve determinar qual estratégia e tática deve perseguir e como. QUALIDADE HOJE GESTÃO DA QUALIDADEGESTÃO DA QUALIDADE Breve histórico O diagrama à esquerda ilustra a evolução da Gestão da Qualidade desde a sua forma embrionária até os dias atuais. 20/03/2018 1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS – ESO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO � Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc � Março 2018 Gestão da Qualidade Gurus da Qualidade Deming, William � Nasceu em 14/10/1900 – Sioux Falls, Iowa, EUA � Formação e produção acadêmica: � Graduação em Engenharia Elétrica – Universidade de Wyoming (1921) � Mestrado em Matemática e Física – Universidade de Colorado (1925) � Doutorado em Física Matemática – Universidade de Yale (1928) � Publicou cerca de 170 livros e artigos científicos � Atividades: � 1928 – 1939: Fixed Nitrogen Research Laboratory – Departamento de Agricultura (USDA) � 1928 – 1942 – lecionou na USDA Graduate School � 1939: Bureau of the Census (Matemático-chefe e conselheiro em amostras) � Lecionou estatística na Universidade de Stanford durante a 2ªGM � 1946 - 1993: começa a lecionar na Escola de Negócios da Universidade de Nova Iorque � 1946 - 1993: inicia a carreira de consultor de pesquisas estatísticas (14 Pontos, 07 Doenças Mortais e PDCA) � 1947 – 1950: Comando Supremo das Forças Aliadas do General MacArthur em Tóquio (Conselheiro em técnicas de amostragem) � 1950: inicia suas aulas sobre estatística e métodos gerenciais para as principais companhias japonesas � Consultor de várias companhias importantes: Ford, Xerox, Toyota, etc. � Consultor em vários países: Grécia, ìndia, Alemanha, França, México, Brasil e Argentina Deming, William � Reconhecimento: � Títulos honoríficos de 14 universidades � Medalha da Ordem Segunda do Tesouro Sagrado – Japão � Medalha Nacional de Tecnologia – EUA � Prêmio Edison – EUA � Medalha Shewhart da Sociedade Americana de Qualidade e Controle � Morreu em 20/12/1993 Filosofia � Faça seu melhor � Continuamente, procure melhorar aquele melhor alcançado � Procure as pessoas por quem você é responsável � Reconheça que todos estão envolvidos no processo Conceito de Qualidade Identificação do Problema da Qualidade � Quando Deming lecionou na Universidade de Stanford, ele percebeu que engenheiros e estatísticos da instituição eram muito bem preparados, entretanto, ele não sentia o mesmo em relação aos administradores da universidade. � Ele percebeu, também, que o preparo do pessoal técnico desvanecia ao longo do tempo por falta de apoio dos administradores. 20/03/2018 2 INSIGHT Deming concluiu que a Qualidade só pode ser melhorada se a alta administração for parte da solução e tomar parte apropriada e ativamente no Programa de Qualidade. Identificação do Problema da Qualidade 8 A JUSE ENCONTRA DEMING � 1946 – criação da Union of Japanese Scientists and Engineers (JUSE) – Sindicato dos Cientistas e Engenheiros do Japão, que se tornaria o centro de atividades de controle da Qualidade naquele país � 1950 – JUSE convida Deming para visitar o Japão A Escola Japonesa da Qualidade Total � Deming lecionou estatística e métodos gerenciais para as principais companhias japonesas � Antes de treinar o staff dessas companhias, houve o treinamento de seus altos executivos � Em face de seu impacto, a JUSE instituiu o Prêmio Deming (somente duas companhias ganharam até hoje este prêmio: a Florida Power & Light Company e a ATT Microelectronics Power Systems) � Deming percebeu que os altos executivos japoneses estavam prontos para suas idéias. A Escola Japonesa da Qualidade Total � Deming lecionou estatística e métodos gerenciais para as principais companhias japonesas � Antes de treinar o staff dessas companhias, houve o treinamento de seus altos executivos � Em face de seu impacto, a JUSE instituiu o Prêmio Deming (somente duas companhias ganharam até hoje este prêmio: a Florida Power & Light Company e a ATT Microelectronics Power Systems) � Deming percebeu que os altos executivos japoneses estavam prontos para suas idéias. A Escola Japonesa da Qualidade Total A confiança de Deming era tanta que ele previu que as companhias japonesas dominariam o mundo em cinco anos... Identificação do Problema da Qualidade ... o único erro de Deming foi a escala temporal! 12 A filosofia básica de Deming é que a Qualidade e a Produtividade aumentam à medida que a “variabilidade do processo” (imprevisibilidade do processo) diminui. A Escola Japonesa da Qualidade Total 20/03/2018 3 13 � Deming apresenta aos japoneses as idéias de: � Predominância do cliente � Importância da mentalidade preventiva � Necessidade do envolvimento da alta administração A Escola Japonesa da Qualidade Total 14 � 1- Falta de constância de propósitos: A empresa sem constância de propósitos pensa apenas nos dividendos em curto prazo e não tem planos para operar em longo prazo. Não tem continuidade em programas de melhoria. Tem que adotar medidas concretas e muito empenho para convencer seu empregados para a mudança. � 2- Ênfase nos lucros a curto prazo: Tem a ideia de ganhar dinheiro a curtíssimo prazo, não importando com a qualidade. � 3- Avaliação do desempenho, avaliação do mérito ou revisão anual: A avaliação de desempenho estimula o desempenho somente a curto prazo mas desestimulam o risco, promovendo o medo e desavenças entre membros. As 7 doenças fatais, que devem identificadas e removidas das Organização � 4- Mobilidade da Administração: A mobilidade aniquila o trabalho de equipe, tão vital para a existência contínua. A tarefa dos administradores é inseparável do bem-estar da empresa. � 5- Direção da Empresa simplesmente através dos números visíveis: Uma empresa pode parecer bem-sucedida com base nos números visíveis e fracassar pela negligência de seus administradores ao não levar em consideração os números desconhecidos. � 6- Custos excessivos com assistência médica � 7- Custos excessivos de responsabilidade civis (liability), inchadospor advogados que recebem honorários na base de porcentagens. (Pertinentes nos USA) As 7 doenças fatais, que devem identificadas e removidas das Organização 16 � OS 14 PONTOS DE DEMING – ações chave de gerenciamento para assegurar qualidade, produtividade e sucesso: I. Crie constância de propósito II. Adote nova filosofia III. Cesse a dependência da inspeção IV. Evite ganhar negócio baseando-se em preço V. Melhore constantemente o sistema de produção e serviço VI. Institua o treinamento no trabalho VII. Institua a liderança Os 14 pontos de Deming 17 VIII. Elimine o medo IX. Rompa barreiras interdepartamentais X. Elimine slogans e exortações XI. Elimine cotas ou padrões de trabalho XII. Faça com que as pessoas sintam orgulho pelo trabalho XIII. Instituir programas de educação e auto-treinamento XIV. Agir no sentido de concretizar a transformação Os 14 pontos de Deming Juran, Joseph � Nascido em 24 de dezembro de 1904 na Romênia; � Formado em Engenharia Elétrica - Universidade de Minnesota e em Direito – Loyola University Chicago School of Law; � Iniciou carreira como gestor de qualidade na Western Electrical Company, em 1926; � Publicação de seu primeiro artigo sobre qualidade, em 1935, relacionado à engenharia mecânica; � Após Segunda Guerra Mundial, iniciou a carreira de consultor e desenvolveu projetos de controle de qualidade para executivos. 20/03/2018 4 Juran, Joseph BIOGRAFIA Sua obra mais clássica, Quality Control Handbook, publicada pela primeira vez em 1951 e ainda considerada como referência para todo gestor de qualidade, despertou o interesse dos japoneses que, no período pós-guerra, preocupados com a reconstrução de sua economia, convidaram-no para ensiná-los os princípios de gestão de qualidade. Juntamente com W. Edwards Deming, é considerado o pai da revolução da qualidade do Japão e um dos colaboradores na sua transformação em potência mundial. Seu trabalho foi tão importante no Japão que Juran foi condecorado com a “Ordem do Tesouro Sagrado”, a mais alta honra concedida a um estrangeiro. Juran, Joseph Dentre as obras lançadas, destacam-se: � Managerial Breaktrough (McGraw-Hill, 1964); � Quality Planning and Analysis (McGraw-Hill, 1980) com Frank Gryna; � Juran on Quality Improvement Workbook (Juran Enterprises, 1981); � Quality Control Handbook (McGraw-Hill, 1988); � Juran on Planning for Quality (Free Press, 1988); � Managerial Breakthrough (McGraw-Hill, 1995); � A History of Managing Quality (ASQC Quality Press, 1995). Os 10 passos de Juran Juran criou 10 passos no qual um programa de qualidade total deveria ser baseado: 1. Promover a conscientização da necessidade e oportunidade de melhorias. 2. Estabelecer metas de melhoramentos. 3. Organizar para atingir as metas: criar um conselho de qualidade, identificar problemas, selecionar projetos, formar grupos e equipes, coordenadores. 4. Prover treinamento a todas as pessoas. 5. Executar os projetos para resolver os problemas. Os 10 passos de Juran 6. Relatar e divulgar o progresso. 7. Demonstrar reconhecimento às pessoas. 8. Comunicar os resultados alcançados. 9. Conservar os dados obtidos. 10. Manter o entusiasmo fazendo da melhoria anual parte integrante dos sistemas e processos normais da empresa. Gestão da Qualidade � Planejamento � Fluxo Organizacional � Responsabilidade gerencial para a qualidade � Necessidade de estabelecer metas e objetivos Trilogia da Qualidade � Planejamento da qualidade �Identifique os consumidores. �Determine as suas necessidades. �Crie características de produto que satisfaçam essas necessidades. �Crie os processos capazes de satisfazer essas características. �Transfira a liderança desses processos para o nível operacional. � Controle da qualidade �Avalie o nível de desempenho atual �Compare com os objetivos fixados �Tome medidas para reduzir a diferença entre o desempenho atual e o previsto 20/03/2018 5 Trilogia da Qualidade �Melhoria da qualidade �Reconheça as necessidades de melhoria �Transforme as oportunidades de melhoria numa tarefa de todos �Crie um conselho de qualidade, selecione projetos de melhoria e as equipes de projeto e de facilitadores. �Promova a formação em qualidade. �Avalie a progressão dos projetos. �Premie as equipes vencedoras. �Faça publicidade dos seus resultados. �Reveja os sistemas de recompensa para aumentar o nível de melhorias. �Inclua os objetivos de melhoria nos planos de negócio da empresa. Feigenbaum, Armand. � História: � Nascido em 1922, aos 24 anos já era reconhecido como um perito da Qualidade na GE (General Electric). � Ele introduziu o termo Controle de Qualidade Total nos Estados Unidos. � Controle da Qualidade Total trata a qualidade como uma estratégia que requer percepção para todos na organização. Feigenbaum, Armand. � Afirmava que diferentes áreas devem intervir nas parcelas do processo que resultam no produto, esta colaboração varia desde o projeto do produto ao controle pós-venda, para que assim não ocorram erros que prejudiquem a cadeia produtiva, causando finalmente problemas ao cliente final. Feigenbaum, Armand. � Maior obra: Total Quality Control (1951). � De acordo com a sua abordagem, a qualidade é um instrumento estratégico que deve preocupar todos os trabalhadores. Mais do que uma técnica de eliminação de defeitos nas operações industriais, a qualidade é uma filosofia de gestão e um compromisso com a excelência. É voltada para o exterior da empresa — baseado na orientação para o cliente — e não para o seu interior — redução de defeitos. Feigenbaum, Armand. Método Feigenbaum Feigenbaum distancia-se de Crosby, aproximando-se mais da concepção de Deming. Empregando a noção do custo da qualidade procurou mostrar aos administradores que os investimentos feitos em qualidade geravam retornos maiores do que os realizados em outras áreas. Os 19 passos de Feigenbaum � 1. Definição de Controle de Qualidade Total � 2. Qualidade versus qualidade � 3. Controle � 4. Integração. � 5. A qualidade aumenta o lucro � 6. A qualidade é esperada e não desejada � 7. Recursos humanos produzem impacto na qualidade � 8. O CQT se aplica a todos os produtos e serviços � 9. A qualidade é uma atenção total ao ciclo de vida do produto ou serviço da empresa 20/03/2018 6 � 10. Controlar o processo � 11. Definir um sistema de Controle da Qualidade Total � 12. Benefícios � 13. Custo da qualidade � 14. Organize-se para o Controle da Qualidade. � 15. Facilitadores da qualidade e não policiais da qualidade � 16. Comprometimento contínuo � 17. Utilize ferramentas estatísticas. � 18. A automação não é uma panacéia � 19. Controle de Qualidade na fonte Os 19 passos de Feigenbaum Pecados � Os Quatro Pecados Mortais da Qualidade segundo Feigenbaum: 1 – Interesse inicial pela qualidade levado de maneira oportunista; 2 – Racionalização de desejo; 3 – Negligenciar a concorrência; 4 – Confinamento da qualidade somente na fábrica. � Engenheiro de controle de qualidade teórico da administração das companhias japonesas. � Kaoru Ishikawa (1915-1989), nascido em Tokyo, graduou-se em Química na Universidade de Tokyo em 1939. De 1939 a 1941 trabalhou no exército como técnico naval, então foi trabalhar na “Nissan Liquid Fuel Company” até 1947. � Exerceu também a o ensino na área de engenharia na mesma Universidade em que se formou. Em 1949, Ishikawa entrou para a União Japonesa de Cientistas e Engenheiros (JUSE), um grupo de pesquisa de controle de qualidade. Ishikawa, Kaoru � Ishikawa aprendeu os princípios do controle estatístico da qualidade desenvolvido por americanos. Kaoru traduziu, integrou e expandiu os conceitos de gerenciamento do Dr. William Edwards Deming e do Dr. Joseph Moses Juranpara o sistema japonês. � No final dos anos 50 e no início dos anos 60, Ishikawa desenvolveu cursos do controle da qualidade para executivos e gerentes. Igualmente ajudou o lançamento da Conferência Anual do Controle da Qualidade para gerência, diretores em 1963. Ishikawa, Kaoru � "Praticar um bom controle de qualidade é desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto de qualidade que é mais econômico, mais útil e sempre satisfatório para o consumidor". (Ishikawa) � "O controle de qualidade começa com a educação e termina com a educação. Para promover o Controle de Qualidade com a participação de todos, a educação em controle de qualidade precisa ser dada a todos os empregados, do presidente aos operários na linha de montagem". (Ishikawa) Frases � DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTRATÉGIA ESPECIFICAMENTE JAPONESA DA QUALIDADE - A característica japonesa é a ampla participação na qualidade, não somente de cima para baixo dentro da organização, mas igualmente começa e termina no ciclo de vida de produto. � CÍRCULOS DA QUALIDADE - No formato original, o círculo da qualidade é um grupo de voluntários de um mesmo setor ou área de trabalho, que se reúnem regularmente para estudar e propor a solução de problemas que estejam comprometendo a qualidade e a eficiência dos produtos. Contribuições 20/03/2018 7 Ferramentas da Qualidade 1. Diagrama de causa e efeito; 2. Folha de verificação; 3. Histograma; 4. Diagrama de dispersão; 5. Análise de Pareto; 6. Estratificação; 7. Gráficos de controle. Revolução do Pensamento � Quis mudar a maneira das pessoas pensarem a respeito dos processos de qualidade. � Qualidade era voltada ao atendimento pós-venda (cliente continuaria a receber o serviço mesmo depois de receber o produto). � Isso se estenderia em todos os níveis hierárquicos. � A melhoria de qualidade é um processo contínuo, e pode sempre ser aperfeiçoado. � Enfatiza a qualidade duradora do produto (não apenas durante a produção). � Padrões eram como programas de melhoria contínuos da qualidade: devem constantemente ser avaliados e renovados. � A satisfação dos clientes são a fonte final de tomada de decisão e não os padrões. Gerentes devem encontrar as necessidades do consumidor, e a partir dessas, tomar decisões. � No ponto de vista de Ishikawa, qualidade significa busca continua das necessidades do consumidor. Através de: qualidade do produto, serviço, administração, pessoas, atendimento e preço. Benefícios da Filosofia Ishikawa 1. A qualidade começa e termina com a educação. 2. O primeiro passo na qualidade é conhecer as especificações do cliente. 3. O estado ideal do Controle de Qualidade é quando a inspeção não é mais necessária. 4. Remova a causa fundamental e não os sintomas. 5. Controle de Qualidade é responsabilidade de todos os trabalhadores e de todas as divisões. 6. Não confunda os meios com os objetivos. 7. Coloque a qualidade em primeiro lugar e estabeleça suas perspectivas de longo prazo. 8. O marketing é a entrada e a saída da qualidade. 9. A alta gerência não deve mostrar reações negativas quando os fatos forem apresentados pelos subordinados. 10. Noventa e cinco por cento dos problemas na companhia podem ser resolvidos pelas sete ferramentas do Controle de Qualidade. 11. Dados sem a informação da sua dispersão são dados falsos - por exemplo, estabelecer a média sem fornecer o desvio padrão. Crosby, Philip. � Nasceu em 1926 nos EUA, formou-se em Engenharia. � Teve carreira menos acadêmica que os demais Gurus. � Lançou o programa Zero Defeito em 1957, que aproveitava as noções de custos de qualidade proposto por Juran. � É o mais associado com a idéia de defeito zero e com a abordagem centrada nos custos da (não) Qualidade. � Morreu em 18/08/2001. � “Se eu tivesse de pegar um único ponto de dificuldades para implementação de um programa de qualidade eu diria que o mais difícil para todos ou todas as pessoas tem sido entender que a qualidade é o resultado de uma política operacional (gerenciamento), não uma questão de aplicação de técnicas”. � Infelizmente muitas organizações preferem o caminho mais fácil que é o da técnica, só que é um processo frustrante e continuado. � Maior obra: Quality is free (1979). Crosby, Philip. PUBLICAÇÕES Cutting the Cost of Quality (1967) The Strategy of Situation Management (1969) The art of getting your own sweet way (1972) Quality is Free (1979) Quality Whithout Tears (1984) Running Things(1986) Let’s Talk Quality(1989) The Eternally Successful (1988) Quality for the 21st Century (1992) Reflections on Quality (1995) Absolutes of Leadership (1996) Quality is Still Free (1995) Quality and Me (1999) 20/03/2018 8 Quality is Free (1979) • Considerada sua Obra-Prima; • Vendeu mais de 2.5 milhões de cópias; • Destinado a Gestores; • Qualidade Como fonte de lucros; • Qualidade começa na Alta-Direção; • Aferidor de Maturidade; • 14 Princípios da Qualidade; • Qualidade apoiada em pessoas. Quality is Still Free (1995) • Seqüência de Quality is Free; • Reexamina o que foi proposto na primeira obra. Quality and Me (1999) • Pontua os principais eventos de sua vida; • Experiências profissionais. Os 4 conceitos da Qualidade 1. Qualidade é definida como conformidades as especificações; 2. Qualidade se origina da prevenção; 3. Padrão de desempenho da qualidade é o zero defeito; 4. A qualidade é medida pelo preço da não conformidade, e não por índices; As 5 Ilusões da Qualidade 1. A qualidade significa luxo ou notoriedade; 2. A qualidade é algo intangível e não mensurável; 3. A convicção de que é impossível fazer bem à primeira vez; 4. Os problemas da qualidade partem dos trabalhadores; 5. A qualidade é criada pelos departamentos de qualidade. Metodologia do Zero Defeito 1. Zero Defeito é um padrão de desempenho. Isto significa uma referência básica; um objetivo a perseguir; um alvo a ser atingido. 2. A filosofia do Zero Defeito envolve atitudes (e não idéias ou conceitos vagos). Isto pressupõe ações, comportamentos, resultados. 3. A atitude Zero Defeito tem dupla característica; as pessoas devem aceitar a idéia de que o defeito é inaceitável – não importa onde ou como ele ocorra. Não se admite, assim, que numa situação o defeito seja tolerável e noutra não. Não é verdade que as pessoas, sendo seres humanos, são sempre sujeitas a erros. As pessoas são seres vivos, que evoluem continuamente; devem, por isso, aspirar a perfeição, a absoluta ausência de falhas e imperfeições. 4. O movimento em direção ao Zero defeito começa com a observação dos erros cometidos. A seguir, questiona-se por que eles foram cometidos e passa-se a acompanhar a evolução das causas de erros para garantir que elas não se repetirão. Desta forma, evita-se a repetição dos erros. 5. Em nenhuma hipótese deve-se aceitar que o objetivo proposto é aproximar-se de Zero defeito. O objetivo proposto é: zero defeito. Portanto, o padrão de desempenho a considerar não é cometer erros próximos de zero, mas não cometer erros. 20/03/2018 9 1) Comprometimento da Gerência: deixar claro que a administração é comprometida com a qualidade; 2) Times de Melhoramento da Qualidade: formar grupos de melhoramento da qualidade com representantes de todos os departamentos; 3) Medida da Qualidade: devem ser estabelecidas medidas da qualidade apropriadas a cada atividade para identificar as áreas que necessitam melhoramento; 4) Avaliar o Custo da Qualidade: estimar o custo da qualidade para se identificar áreas onde as melhorias de qualidade serão úteis; 5) Conscientização sobre a Qualidade: despertar a conscientização sobre a qualidade de todos os empregados. Eles devem entender a importância da conformidade com os requisitos do produto e o custo da não- conformidade; Os14 passos de Crosby 6) Ação Corretiva: oportunidades para correção são geradas pelos passos 3 e 4, bem como pelas discussões entre os empregados. Estas idéias devem ser levadas à supervisão e resolvidas lá, se possível; 7) Planejamento do Programa de Zero Defeito: um comitê ad hoc de zero defeito deve ser formado pelos membros do time de melhoramento. Este comitê deve começar planejando o programa de zero defeito de acordo com a empresa e sua cultura; 8) Treinar Supervisores: todos os níveis de gerência devem ser treinados para implementar sua parte do programa de melhoramento da qualidade; 9) Dia de Zero Defeito: instituir um dia para que todos os empregados percebam que houve mudança; 10) Estabelecer Metas de Melhoria: para transformar um comprometimento em ação, as pessoas devem estabelecer metas de melhoramento para si próprias e para seus grupos; Os 14 passos de Crosby 11) Remoção das Causas dos Erros: estimular os empregados a comunicar à gerência os obstáculos que encontram para atingir sua meta de zero defeito; 12) Reconhecer e valorizar aquele que atinge sua meta de qualidade; 13) Círculos de Qualidade: estabelecer conselhos para fazer comunicações a intervalos regulares para dividirem problemas, experiência e idéias; 14) Repetir Tudo: para enfatizar o processo de melhoria contínua, o programa (passos 1 -13) deve ser repetido. Isto renova o comprometimento dos velhos empregados e traz os novos para o processo. Os 14 passos de Crosby Vicente Falconi • Nome Completo: Vicente Falconi de Campos. • Data de nascimento: 30 de setembro de 1940. • Formação acadêmica: Diplomado em Engenharia Metalúrgica e de Minas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Mestrado e Doutorado em Engenharia, Colorado School of Mines, EUA. • Condecorações: Único brasileiro a aparecer entre as “21 vozes do século 21”, eleitas pela American Society for Quality. Ministério das Relações Exteriores – Condecorado com a medalha da Ordem do Rio Branco por sua atuação na Crise de Energia no Brasil em 2001. • Nasceu em Niterói/RJ e foi criado em MG. • Professor emérito da UFMG. • Presidente e Sócio-fundador da FALCONI Consultores de Resultado (antigo INDG - Instituto de Desenvolvimento Gerencial). • Em 1984 começou a pesquisar o assunto Qualidade, tendo optado pela “linha japonesa” no período de 1986/88, aproveitando a oportunidade para ter contato com a JUSE – Union of Japoneses Scientists and Engineers, pois percebeu que o “TQC Japonês” era o melhor para as empresas brasileiras por um motivo principal: SIMPLICIDADE. Vicente Falconi Para Falconi, TQC é um programa gerencial centrado nas pessoas, que busca: ▫ Aprimorar o recrutamento e a seleção; ▫ Educar e treinar as pessoas para que elas se transformassem "as melhores do mundo" naquilo que fazem; ▫ Criar condições para que cada empregado tenha orgulho de sua empresa e o desejo de lutar pelo bem da mesma. ▫ Considera que a implantação de um programa de qualidade é um processo de aprendizado. Deve ser adaptado às necessidades, usos e costumes da empresa. ▫ Também deve começar de cima para baixo, do presidente ao operário. 20/03/2018 10 OBRA • Publicou seis livros na área de Gestão Empresarial que venderam mais de um milhão de exemplares: ▫ O Verdadeiro Poder - Práticas de Gestão que Conduzem a Resultados Revolucionários – 2009 ▫ O Valor do RH na era do conhecimento – 2004 ▫ Gerenciamento pelas Diretrizes (Hoshin Kanri) - 1996 ▫ Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-Dia, 1994 ▫ Controle da Qualidade Total no estilo Japonês – 1992 ▫ Qualidade Total - Padronização de Empresas, 1991 OBRA • Seu maior case de sucesso é o Choque de Gestão implantado no governo Aécio em Minas Gerais que saiu de um déficit de 12% no orçamento em 2003 para, em 2006, ter superávit e R$ 3 bilhões para investir. • FALCONI Consultores de Resultado: A FALCONI é uma consultoria brasileira de gestão fundada pelo Professor Vicente Falconi. Por meio do aperfeiçoamento da gestão, ajudam organizações a construir resultados excepcionais. Atuam em todos os segmentos de mercado, atendendo clientes da iniciativa privada e da esfera pública, do Brasil e do exterior. CONTRIBUIÇÕES • Ao longo de quase três décadas, ele vem oferecendo algo que seus clientes desejam com avidez crescente – gestão. • Trouxe para o Brasil o revolucionário princípio da Qualidade Total, nos anos 1970 • Falconi acredita que: “Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades dos clientes” O sistema da qualidade preconizado por Falconi é composto por: • Gerenciamento pelas Diretrizes - objetiva definir a visão de futuro da empresa; • Gerenciamento da Rotina - gerenciar a produção de produtos e serviços; • Gerenciamento do Crescimento do Ser Humano - consiste em buscar, no dia a dia, melhores condições de trabalho para o funcionário. CONTRIBUIÇÕES Resumo Ano Autor Conceito de Qualidade 1950 Deming Máxima utilidade para o consumidor 1951 Feigenbaum Perfeita satisfação do usuário 1954 Juran Satisfação das aspirações do usuário 1961 Juran Maximização das aspirações do usuário 1964 Juran Adequação ao uso 1967 Ishikawa Satisfação radical do cliente, por meio de mercadorias mais econômicas e úteis. 1979 Crosby Conformidade com os requisitos do cliente (especificações) 2003 Falconi Choque de Gestão FIM 1 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc Profº Adm. Manoel R. Terceiro, MSc Março 2018 Programa 5S / PDCA Gestão da Qualidade 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc Foi o Centro de Educação para a Qualidade no Japão, com a equipe do Dr. Kaoru Ishikawa, que criou, em 1950, um modelo prático para o combate às causas de perdas e desperdícios, ao qual deu o nome de “Regras dos 5S”. O Programa 5S tem como objetivo geral melhorar as condições de trabalho e, através dessa melhoria, promover uma mudança na cultura da empresa. HISTÓRICO/OBJETIVO 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc SIGNIFICADO DOS “S” � SEIRI - Senso de Utilização � SEITON - Senso de Ordem � SEISO - Senso de Limpeza � SEIKETSU - Senso de Padronização � SHITSUKE - Senso de Disciplina 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc OBJETIVOS ESPECÍFICOS � Melhorar o ambiente de trabalho � Melhorar qualidade dos produtos e serviços � Otimizar o aproveitamento dos recursos naturais � Reduzir todas as formas de desperdícios � Reduzir e prevenir acidentes � Melhorar a relação humana � Elevar a auto estima dos funcionários 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc SEIRI - Utilização Manter no local de trabalho somente o que irá ser utilizado. 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc SEITON - Ordem Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. Tudo devidamente identificado. 2 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc SEISO - Limpeza Melhor que limpar é não sujar. 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc SEIKETSU - Padronização Padronizar a forma de agir, otimizando a administração dos itens necessários à produção e aos escritórios. 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc SHITSUKE - Disciplina Auto disciplina e contínuo melhoramento aplicando sistematicamente os primeiros “4 S”. 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc IMPLANTAÇÃO - ETAPAS 1.Decisão e apoio da alta administração da empresa; 2.Mapa de zoneamento da empresa; 3.Formação de times de trabalho, supervisão e coordenação; 4.Treinamento de equipes; 5.Planejamento de recursos; 6.Marcação do dia “D”; 7.Execução do 5 S´s. 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc O CICLO DE PDCA O ciclo de PDCA foi concebido originalmente por Walter Shewhart na década de 30 e foi adotado mais tardepor W. Edwards Deming. O modelo fornece uma estrutura para a melhoria de um processo ou de um sistema. Pode ser usado para guiar o projeto inteiro de melhoria ou desenvolver projetos específicos uma vez que as áreas da melhoria forem identificadas. O ciclo de PDCA é projetado para ser usado como um modelo dinâmico. A conclusão de uma volta do ciclo flui no começo da seguinte. Seguindo no espírito da melhoria de qualidade contínua, o processo pode sempre ser reanalizado e um ciclo novo de mudança pode começar. Este ciclo contínuo da mudança é representado na rampa da melhoria. Usando-se o que se aprende em uma experimentação de PDCA, pode-se começar outra, uma experimentação mais complexa. 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc RAMPA DA MELHORIA Esta é uma representação esquemática do uso do ciclo de PDCA no processo de melhoria. Como cada ciclo de PDCA deve ser conclusivo, um projeto novo e ligeiramente mais complexo pode ser empreendido. Este rolar para cima é característica integrante ao processo de melhoria ininterrupto. Todo gerenciamento do processo consta em estabelecer a manutenção nas melhorias dos padrões montados na organização, que servem como referências para o seu gerenciamento. Introduzir o gerenciamento do processo significa implementar o gerenciamento repetitivo via PDCA. 3 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc AS ETAPAS DO PDCA Este ciclo está composto em quatro fases básicas: Planejar, Executar, Verificar e Atuar corretivamente e deve ser implementado em seis etapas. 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc AS ETAPAS DO PDCA Passo 1. TRAÇAR UM PLANO (PLAN): Este passo é estabelecido com bases nas diretrizes da empresa. Quando traçamos um plano, temos três pontos importantes para considerar: a- Estabelecer os objetivos, sobre os itens de controles b- Estabelecer o caminho para atingí-los. c- Decidir quais os métodos a serem usados para conseguí-los. Após definidas estas metas e os objetivos, deve-se estabelecer uma metodologia adequada para atingir os resultados Passo 2. EXECUTAR O PLANO (DO): Neste passo pode ser abordado em três pontos importantes: a- Treinar no trabalho o método a ser empregado. b- Executar o método. c- Coletar os dados para verificação do processo. Neste passo devem ser executadas as tarefas exatamente como estão previstas nos planos. 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc AS ETAPAS DO PDCA Passo 3. VERIFICAR OS RESULTADOS (CHECK): Neste passo, verificamos o processo e avaliamos os resultados obtidos: a- Verificar se o trabalho está sendo realizado de acordo com o padrão. b- Verificar se os valores medidos variaram, e comparar os resultados com o padrão. c- Verificar se os itens de controle correspondem com os valores dos objetivos. Passo 4. FAZER AÇÕES CORRETIVAS (ACT): Tomar ações baseadas nos resultados apresentados no passo 3: a- Se o trabalho desviar do padrão, tomar ações para corrigir estes. b- Se um resultado estiver fora do padrão, investigar as causas e tomar ações para prevenir e corrigi-lo. c- Melhorar o sistema de trabalho e o método 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DO PDCA – CICLO 1 Na empresa de pesquisas de opinião XYZ, foi diagnosticado que o método existente, de apontamento manual com formulários pré-impressos, estava muito lento para a realidade do mercado que exigia mais rapidez e retornos mais imediato dos formulários. Planejamento (PLAN): O Diretor da empresa juntamente com os participantes do CCQ decidem implantar um formulário eletrônico que seria enviado em formato WORD por e-mail a toda a população escolhida da pesquisa, obtendo uma amostra de 20%. Desenvolvimento, Execução (DO): O Arquivo é desenvolvido e os participantes do processo treinados. Assim que estiver tudo pronto, é só enviar por e-mail à toda a população. Checagem, Verificação (CHECK): Os formulários são devolvidos por e-mail. A meta era uma amostra de 20%, no entanto, menos de 10% dos formulários são devolvidos. Ação Corretiva (ACT): O CCQ orienta que 2 funcionários deverão telefonar para toda a população faltante e solicitar a resposta. Com isso, a devolução ultrapassa os 20% previstos chegando a 28%. 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DO PDCA – CICLO 2 Apesar do sucesso do processo anterior, a empresa XYZ pratica a melhoria contínua, detectando que tal método ficou mais rápido, porém na hora da tabulação voltava-se à velha e tradicional tabulação manual, tendo acelerado apenas a fase de coleta de dados. Planejamento (PLAN): O Diretor da empresa juntamente com os participantes do CCQ decidem implantar um software de coleta de opinião, que seria enviado anexado por e-mail a toda a população escolhida da pesquisa, automatizando, posteriormente, assim, o processo de tabulação. Desenvolvimento, Execução (DO): O software é desenvolvido e os participantes do processo treinados. Assim que estiver tudo pronto, é só enviar por e-mail à toda a população. Checagem, Verificação (CHECK): Os arquivos são devolvidos por e-mail. A meta era uma amostra de 30%, no entanto, menos de 10% dos formulários são devolvidos. Ação Corretiva (ACT): O CCQ orienta que 3 funcionários deverão telefonar para toda a população faltante e solicitar a resposta da pesquisa e as razões do baixo retorno. Com isso, a devolução chega a 41%. 5S e PDCA Profº Adm. Manoel Terceiro, MSc EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DO PDCA – CICLO 3 Agora a tabulação estava automática, porém os telefonemas resultaram na detecção de que o baixo retorno estava se dando em função da pouca habilidade dos respondentes em lidar com arquivos anexados, ou seja, era um procedimento pouco amigável. Planejamento (PLAN): O Diretor da empresa juntamente com os participantes do CCQ decidem disponibilizar o software na Internet e enviar à população apenas os logins de acesso e as senhas, tornando o processo mais amigável e obtendo, portanto, uma amostra de 30%. Desenvolvimento, Execução (DO): O software é desenvolvido e adaptado e os participantes do processo treinados. Assim que estiver tudo pronto, é só enviar por e-mail à toda a população os logins e as senhas. Checagem, Verificação (CHECK): Os resultados são verificados na internet. A amostra atingida foi de 36%. Ação Corretiva (ACT): O CCQ avalia os resultados e verifica que nenhuma ação corretiva faz-se mais necessária. No entanto, orienta que 2 funcionários telefonem à população respondente para avaliar a satisfação com o processo.
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