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�PAGE � DATA :08/03/2018 REVISÃO: 01 PÁGINA: POP PARA RECEBIMENTO DE UROCULTURA E SUMÁRIO DE URINA� �� SGQB��� 1. OBJETIVO Estabelecer padrão no recebimento de amostras de urocultura e sumário de urina. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO Este procedimento é aplicável ao setor de Urinálise, Preparo de amostras e Urocultura. 3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 01-1100-NOR-001 – Norma para Elaboração e Controle de Documentos da Qualidade. 01-1101-NOR-004 – Norma para identificação e tratamento de não conformidades. 01-1101-NOR-013 – Norma para manuseio, embalagem, transporte, armazenamento e descarte de resíduos. 01-1120-NOR-010 – Norma para inspeção, manutenção e calibração de equipamentos e instrumentos. 01-1315-ROT-003 – ROT para digitação de resultados. 4. EQUIPE RESPONSÁVEL Técnicos de nível superior e nível médio capacitados com treinamento específico e/ou designados pela chefia imediata. 5.GLOSSÁRIO EAS - Elementos Anormais e Sedimentos EQU - Exame Químico de Urina ECU – Exame Comum de Urina EPI – Equipamento de Proteção Individual. EPC – Equipamento de Proteção Coletivo. PEAS – Pesquisa dos Elementos Anormais e Sedimentos. SGQB - Sistema de Gestão da Qualidade e Biossegurança. SU- Sumário de urina UQA- urocultura 6. DESCRIÇÃO 6.1 Sinonímia Recebimento de amostras de urinas para realização de exames de urocultura e sumário de urina. 6.2 Materiais utilizados - Etiqueta identificada - Amostra de urina - Luva - Piloto - Folha para identificação 6.3 Procedimento 6.3.1 Cuidados para recebimento Observar coletor ao receber amostra - Ao receber a amostra observar o tipo de coletor utilizado. Amostra com sumário de urina coletor simples, amostra com sumário de urina e urocultura ou somente urocultura, recebimento em coletor estéril (tampa vermelha). Identificação da amostra SU+UQA – Amostra é entregue pelo paciente ao preparo de amostras com duas etiquetas para sumário de urina e duas etiquetas para urocultura, juntamente com a ficha de encaminhamento para urocultura. Uma etiqueta de SU devidamente enumerada é colada na folha para realização da leitura bioquímica do sumário, outra etiqueta de SU com a mesma numeração, é colada na folha para leitura microscópica de Piócitos e Flora Bacteriana, as duas etiquetas de UQA são também enumerada com a mesma numeração de SU e colada uma no pote e outra na tampa do pote. Identificação da amostra UQA- Amostras recebidas somente para urocultura não devem ser enumeradas, uma etiqueta colada na tampa e outra no pote e encaminhado para o setor de microbiologia. Encaminhamento da amostra- A amostra de urina que possuir o exame de urocultura deve ser encaminhada para o setor de microbiologia para semeadura, após semeadura a amostra é devolvida para o setor para preparo. 6.3.2 Recomendações Antes de iniciar o trabalho faz-se necessário à organização dos materiais para a utilização de EPI’s durante todas as etapas e procedimentos realizados no setor. No inicio e no término das atividades deve ser feito à assepsia da bancada e materiais com uso de álcool 70% (se não houver álcool 70%, realizar preparo a partir de álcool 96°na proporção de 73 ml de álcool para 27 ml de água destilada) e efetuar limpeza imediata quando houver derramamento de resíduos com solução de hipoclorito de sódio a 2% em preparação diária. Para a realização do procedimento. O tipo de amostra deve ser: Amostra de escolha - Primeira urina da manhã, jato médio, sem preservativos, devendo ser entregue em laboratório para análise no prazo de 01 hora ou deve ser refrigerada ou armazenada em caixa térmica. Alternativa - Amostra de urina aleatória, colhida após 04 horas da última micção. Depois da realização da coleta, caso a amostra não seja processada no prazo máximo de até 02hs, a mesma deve ser refrigerada a temperatura de 2°C a 8°C., e para ser analisado esperar temperatura ambiente. Ao chegar o material no laboratório, este é recebido na triagem e etiquetado. O material é entregue ao setor de preparo de amostras. 6.3.3 Técnica Deve-se observar, avaliar e registrar a amostra, se necessário ir ao setor de microbiologia ,enviar e aguardar o retorno. 6.3.4 Detalhamento do Procedimento Recebimento da amostra- Realizar o recebimento da amostra conforme detalhado no item 6.3.1, fazer o encaminhamento para o setor de microbiologia caso necessário e aguardar retorno. Após recebimento– Enumerar os tubos falcon de acordo a rotina do dia, homogeinizar a amostra e colocar no tubo para análise físico química de acordo a numeração. Exame Físico Químico – Avaliar características organolépticas (coloração, aspecto e odor), pois há ocasiões que são clinicamente importantes e deve ser registrado em laudo. Observar características de inspeção visual em amostra ainda no recipiente coletor. Cor: Amarelo Pálido: Urina diluída (diabetes, consumo excessivo); Amarelo: Urina Normal Âmbar: Urina concentrada (pigmentos de bilirrubina); Marrom (Bilirrubina, hemoglobina e metahemoglobina); Verde (Bilirrubina oxidada, azul de metileno e medicações); Vermelho Rosa (Porfirinas, mioglobina, hemoglobina, medicações); Laranja (Medicações); Preta (Melanina e ácido hemogentísico). Aspecto: Transparente/Límpido Semi Turvo Turvo/Opaco Leitoso Volume: Determina o volume total de amostra entregue. Avaliação em testes conforme tiras reagentes: TESTES TEMPO PARA REAÇÃO EM TIRA REAGENTE VALORES DE REFERENCIA EXPRESSÃO DE RESULTADOS Ph 60 segundos 5,0 a 8,5 - Densidade 45 segundos 1005 a 1030 Valores próximos a 1000 Confirmar por outro método Proteínas 60 segundos Negativo, traços ou Reação Positiva. (+) a (++++) mg/dl Glicose 30 segundos Negativo , traços ou Reação Positiva. (+) a (++++) mg/dl Cetonas 40 segundos Negativo, traços ou Reação Positiva. (+) a (++++) mg/dl Traços, pequena, moderada e grande quantidade. Sangue 60 segundos Negativo, traços ou Reação Positiva. (+) a (++++) mg/dl ou Hemoglobina Traços, pequena, moderada e grande quantidade. Bilirrubina 30 segundos Negativo ou Reação Positiva. (+) a (++++) mg/dl Traços, pequena, moderada e grande quantidade. Urobilinogê0nio 60 segundos < 1mg/dL. Nitrito 60 segundos Negativo ou Reação Positiva. Leucócitos 120 segundos Negativo ou Reação Positiva. (+) a (++++) mg/dl Traços, pequena, moderada e grande quantidade. Procedimento: Após a realização do exame químico deve-se fazer a centrifugação de 1500 A 2000 RPM por 05 minutos. Decantar o sobrenadante da urina cuidadosamente para não suspender o sedimento, deixando no fundo do tubo aproximadamente 0,20 ml. Encaminhar amostra para o setor de urinálise para leitura da sedimentoscopia. 6.4 Significado Clínico 6.4.1 Exames Físico e Químico Proteína: é provavelmente o achado isolado mais sugestivo de doença renal, especialmente se associado a outros achados do exame de urina (cilindrúria, lipidúria e hematúria). Glicose: pode ocorrer quando a concentração de glicose no sangue alcança valores entre 160 e 180mg/dl ou devido a distúrbios na reabsorção tubular renal da glicose: desordem tubular renal, síndrome de Cushing, ingestão de corticosteróides, infecção grave, hipertireoidismo, feocromocitoma, doenças hepáticas e do sistema nervoso central e gravidez. Cetona: As principais condições associadas são diabetes mellitus e jejum prolongado. Sangue: a hematúria resulta de sangramento em qualquer ponto do trato urinário desde o glomérulo até a uretra, podendo ser devido a doenças renais,infecção, tumor, trauma, cálculo, distúrbios hemorrágicos ou uso de anticoagulantes. A pesquisa de hemácias dismórficas auxilia na distinção das hemácias glomerulares e não glomerulares. A hemoglobinúria resulta de hemólise intravascular, no trato urinário ou na amostra de urina após a colheita. Os limites de detecção das tiras reagentes são: 05 hemácias por campo de 400X (hematúria ou 0,015mg de hemoglobina livre por decilitro de urina (hemoglobinúria). Leucócitos (ou piúria): está associada à presença de processo inflamatório em qualquer ponto do trato urinário, mais comumente infecção urinária (pielonefrite e cistite), sendo, portanto, acompanhada com freqüência de bactéria. A tira reagente detecta tanto leucócitos íntegros, como lisados, sendo, portanto, o método mais sensível. Nitrito: sugere o diagnostico da infecção urinária, especialmente quando associado com leucócitos. Indica a presença de 105 ou mais bactérias/ml de urina, capazes de converter nitrato em nitrito, principalmente Escherichia coli. Bilirrubina: observada quando há aumento da concentração de bilirrubina conjugada no sangue (>1 a 2mg/dL) geralmente secundária a obstrução das vias biliares ou lesão de hepatócitos. Urobilinogênio: observado nas condições em que há produção elevada de bilirrubina como as anemias hemolíticas e desordens associadas à eritropoiese ineficaz, e nas disfunções ou lesões hepáticas (hepatites, cirrose e insuficiência cardíaca congestiva). As principais causas de erro e de resultados falsos no exame de urina estão relacionadas à fase pré-analítica (preparo do paciente, coleta, transporte e armazenamento da amostra): Urinas armazenadas entre 4 e 8ºC pode haver a precipitação de solutos como uratos e fosfatos que interferem no exame microscópico. Leucócitos e hemácias podem sofrer lise e os cilindros podem se dissolver, com redução significativa de seu número após 2 a 4 horas. Quanto maior o tempo de armazenamento, maior a decomposição dos elementos, especialmente quando a urina está alcalina (ph> 7,0) e a densidade é baixa (≤ 1.010). HISTÓRICO DAS REVISÕES N° da Revisão Data Síntese das Alterações e Observações Responsável pela confecção do POP. Responsável pela Revisão 01 REFERÊNCIAS UTILIZADAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) NBR 147885. Trata-se dos requisitos de segurança no laboratório clinico. Disponível em: <ttp://www.dicq.org.br/pdsf/manual_disc_2011.pdf.> Acessado em: 02 Abr 2012. h __________________.NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Disponível em: <http://www.dicq.org.br/pdsf/manual_disc_2011.pdf.> Acessado em: 02 Abr 2012. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Procedimentos. Coleta, acondicionamento e transporte de amostras biológicas. (LACEN-GO). Disponível em: <http://sgc.goias.gov.br/upload/links/arq_382_manualprocedimentos.pdf.> Acessado em: 02 Abr 2012. __________________.Técnica para coleta de sangue. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br.bvs/publicações/0108tecnicas_sangue.pdf.> Acessado em: 03 Abr 2012. _________________.SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE – Manual de coleta de amostras biológicas. Disponível em: <http://lacen.saude.sc.gov.br/arquivos/MCT01.pdf.> Acessado em: 02 Abr 2012. _________________.SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLINICA. Comissão de Coleta de Sangue Venoso. Disponível em: <http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/3200908114145042.pdf.> Acessado em: 02 Abr 2012. MUNDT, L. et al. Exame de urina e de fluidos corporais de Graff. Porto alegre: Artmed, 2012. LIMA, et al. Métodos de Laboratório Aplicados à Clínica. 8ª ed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2001. _________________.LACEN DO ESTADO DE SANTA CATARINA--- MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA COLETA, ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS. Disponível em <http://lacen.saude.sc.gov.br/arquivos/MCT01.pdf > Acessado em: 12/03/2018 ____________.GOVERNO DO ESTADO DO CEARA----- MANUAL DE COLETA, ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS. Disponível em< file:///C:/Users/036681/Downloads/manual_de_coleta_2013.pdf> Acessado em : 12/03/2018 CÓPIA NÃO CONTROLADA
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