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0 Instituto Superior de Saúde do Alto Ave Estudo de Caso Cristina Pereira Daniela Antunes Sandra Monteiro Sílvia Andrade Amares, abril de 2017 1 Instituto Superior de Saúde do Alto Ave Estudo de Caso Ensino Clínico: Enfermagem Médico-Cirúrgica I Licenciatura em Enfermagem 2º Ano - 2º Semestre Orientador: Enfermeiro Almerindo Domingues Cristina Pereira Daniela Antunes Sandra Monteiro Sílvia Andrade Amares, abril de 2017 2 ÍNDICE INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 3 1. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ............................................................. 5 2. APRESENTAÇÃO DO CASO ............................................................................... 6 3. PROCESSO DE ENFERMAGEM ........................................................................ 7 3.1. COLHEITA DE DADOS ...................................................................................... 8 3.2. PLANO DE CUIDAODS ...................................................................................... 9 4. REFLEXÃO CRÍTICA ...................................................................................... 155 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 166 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................... Erro! Marcador não definido.7 APÊNDICES ............................................................................................................... 188 APÊNDICE A - CLASSIFICAÇÃO PATOLOGIAS MÉDICAS ......................... 1919 APÊNDICE B - CLASSIFICAÇÃO TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA ........ 222 ANEXOS ..................................................................................................................... 244 ANEXO A - ESCALA DE COMA DE GLASGOW ............................................... 255 ANEXO B - ESCALA DE QUEDAS DE MORSE ................................................. 277 ANEXO C - ESCALA DE BARTHEL .................................................................. 2929 ANEXO D - ESCALA DE BRADEN ...................................................................... 311 3 INTRODUÇÃO O Acidente Vascular Cerebral (AVC) está entre as principais causas de morte e incapacitação física em todo o mundo (OLIVEIRA & ANDRADE,2001). Esta doença define-se como um comprometimento neurológico focal que subitamente ocorre com sintomas persistindo pelo menos 24 horas, ou levando à morte. Muitos dos doentes que sobrevivem ao AVC ficam com sequelas de ordem física, sensorial, cognitiva e social, que restringem a sua funcionalidade particularmente no que se refere à sua independência nas atividades de vida diária. (COELHO,2009) A enfermagem constitui um papel fulcral no que diz respeito à reabilitação dos utentes neurológicos, reunindo esforços para minimizar o impacto da doença e para aumentar a independência funcional do indivíduo, possibilitando que recupere a sua autonomia e retorne ao seu ambiente social. Enquadrada nesta perspetiva, faz todo o sentido que a aprendizagem de enfermagem tenha uma especial atenção no cuidado ao doente neurológico pelas disfunções motoras e cognitivas que o individuo está sujeito. Neste sentido, se desenrolará o ensino clínico em Enfermagem Médico- Cirúrgica I, durante o período de doze semanas, compreendido entre o dia 10de abril e o 24 de julho de 2017, num total de 420 horas. Decorrido no 2º semestre do 2º ano da licenciatura de Enfermagem, lecionado pelo Instituto Superior de Saúde do Alto Ave (ISAVE), no ano lectivo2016/2017. Como complemento do ensino clínico foi solicitado pela equipa pedagógica a realização de seminários semanais, num total de 30 horas, com o objetivo de realizar um estudo de caso e tratar de questões de preparação para o ensino clínico. A orientação dos seminários e do presente estudo de caso é da responsabilidade do enfermeiro Almerindo Domingues. Enquanto estratégia de investigação, os estudos de caso permitem estudar fenómenos em profundidade no seu contexto real. Os estudos podem ser sobre indivíduos, grupos, organizações ou comunidades. (GRILO & MENDES, s.d.) Com a realização deste estudo de caso pretende-se atingir os seguintes objetivos: Desenvolver competência na utilização da linguagem classificada da CIPE; Aplicar o processo de Enfermagem na prestação de cuidados; Aperfeiçoar a competência de reflexão critica; Servir como elemento de avaliação do Ensino Clínico. 4 Este trabalho encontra-se dividido em quatro capítulos: no primeiro é efetuada uma breve descrição da instituição onde se desenrolará o ensino clínico; no segundo será abordada a história clínica do utente em estudo, nomeadamente acontecimentos de vida significativos, situação social, patologias médicas e terapêutica farmacológica habitual e exames complementares de diagnóstico; no terceiro encontra-se uma breve descrição do processo de enfermagem, a avaliação inicial realizada ao doente, o plano de cuidados realizados segundo as necessidades do indivíduo; por último, encontra-se uma reflexão crítica sobre a realização do presente estudo de caso. A metodologia de estudo utilizada neste estudo de caso será exploratória, analítica, e reflexiva. Na realização do presente estudo de caso prevê-se dificuldades relacionadas com o alcance da bibliografia suficientemente fidedigna para sustentar as nossas reflexões, da gestão do tempo para a realização deste trabalho e do cumprimento do limite de páginas. Na realização do plano de cuidados, nomeadamente nos diagnósticos de enfermagem, atitudes terapêuticas, respetivas intervenções de enfermagem e resultados de enfermagem será utilizada como suporte a CIPE, versão 1.0. 5 1. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO O Hospital de Braga é uma unidade hospitalar do Serviço Nacional de Saúde gerida em regime de parceria público-privada pelo grupo José de Mello desde 2009, que zela por uma prestação de cuidados assente na procura contínua de soluções para dar resposta às necessidades dos seus utentes, Em maio de 2011, a instituição inaugurou as suas novas instalações na zona Este da cidade de Braga, em Sete Fontes, na freguesia de São Victor. Dispõe uma capacidade de internamento até 705 camas, um bloco operatório central com 12 salas, um bloco de ambulatório, um bloco de partos, um bloco de obstetrícia com uma sala, 109 gabinetes de consulta médica, um serviço de psiquiatria e meios complementares de diagnóstico e tratamentos de apoio a todas as especialidades clínicas (HOSPITAL DE BRAGA, s.d.). O Hospital de Braga pretende assumir-se como um hospital de referência para todo o Sistema Nacional de Saúde (SNS), com um desenvolvimento sustentado em três pilares: qualidade da prática clínica diária e da plataforma; satisfação dos utentes, dos colaboradores e de toda a comunidade envolvente; e equilíbrio económico-financeiro (HOSPITAL DE BRAGA, s.d.). A instituição tem por missão genérica: Assegurar a realização das prestações de saúde que constituem a produção prevista para cada ano de duração do Contrato de Gestão de acordo com o perfil assistencial; Assegurar a disponibilidade do Serviço de Urgência 24h por dia; Realizar ações paliativas aos utentes em Internamento e constituindo, formando e mantendo uma equipa intra-hospitalar de suporte em Cuidados Paliativos; Promover a saúde, prevenir e combater a doença e colaborar no ensino e na investigaçãocientífica em ordem a contribuir para o bem-estar físico, mental e social da pessoa humana; Garantir o acesso às prestações de saúde nos termos dos demais estabelecimentos integrados no SNS; Prestar à população residente na região todos os cuidados de saúde de que venha a carecer, no âmbito do seu perfil assistencial, tendo sempre como princípio norteador o primado do utente; Assegurar as condições necessárias para o exercício da atividade de ensino médico pré graduado e de investigação científica como hospital de ensino universitário (HOSPITAL DE BRAGA, s.d.). Os valores que definem a identidade e que são transmitidos pela equipa são: Respeito pela dignidade e bem-estar da pessoa; Desenvolvimento humano; Competência; Inovação e Responsabilidade (HOSPITAL DE BRAGA, s.d.). 6 2. APRESENTAÇÃO DO CASO Armindo Freitas,83 anos, casado, católico, sem necessidades financeiras. Vive com a sua esposa no rés-do-chão de uma vivenda, partilhada com a sua filha mais velha, na Rua da Liberdade, freguesia pertencente ao concelho de Amares. Tem antecedentes pessoais de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus tipo II (Ver Apêndice A do presente documento). Deu entrada no serviço de urgência do Hospital de Braga, no dia 10 de janeiro de 2017 pelas 11 horas, devido a uma queda sofrida enquanto cuidava do seu jardim, com score de 14 na Escala de Coma de Glasgow (ECG), por abertura ocular espontânea, resposta verbal confusa e obedecendo a comandos simples. Apresentava-se disártrico; com um défice motor no hemicorpo esquerdo; um hematoma na região frontal; e uma ferida traumática na face anterior do 1/3 médio da perna esquerda. O doente encontrava-se hemodinamicamente estável, com um perfil hipertensivo (TA-220/160mmHg); apirético; hipoglicémico (glicemia capilar – 70 mg/dl); e com queixas álgicas; Durante a observação médica apresentava sinais de desidratação, pele seca e descamativa e mucosas coradas. Segundo a filha o Sr. Armindo tem hábitos tabágicos (1 maço por dia), hábitos etílicos (1 litro de vinho por dia) e falta de apetite. Os exames complementares de diagnóstico diagnosticaram um Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquémico localizado na artéria cerebral média direita, sendo submetido de imediato a trombólise e a trombectomia mecânica (Ver Apêndice A do presente documento). Têm como medicação do domicílio: Ácido Acetilsalicílico 100mg (PO) 1x/dia; Captopril 25 mg (PO) 2x/dia; Glimepirida 1mg (PO) 1x/dia; e Xanax 1mg (PO) 1x/dia (Ver Apêndice B do presente documento). Após intervenção cirúrgica, ficou internado no Serviço de Neurologia, levava soro em curso; foi puncionado com cateter venoso periférico nº 20 no dorso da mão direita; algaliado com sonda e Folley nº 14 em drenagem livre, na coleta da urina esta encontrava- se colúrica com débito de 100ml; entubado com sonda nasogástrica (devido a apresentar vómitos è entrada) em drenagem livre sem conteúdo no saco coletor. Durante o internamento foi prescrito Paracetamol 1gm (EV) SOS; Insulina Actrapid segundo esquema; Soro Polieletrolitico com glicose; Augmentin 2.2g EV (2x/dia); monitorização de glicemia capilar de 4/4h; e oxigénio por cânula 2l/minuto. 7 3. PROCESSO DE ENFERMAGEM O processo de enfermagem é uma série de etapas e ações planeadas que permite organizar e prestar os cuidados de enfermagem de que o utente necessita. A utilização do processo de enfermagem promove cuidados de enfermagem individualizados, e ajuda a dar resposta às necessidades do utente, de forma atempada e consistente, para melhorar, ou manter, o nível de saúde do doente (POTTER & PERRY, 2003). Este instrumento de trabalho encontra-se organizado em cinco fases (POTTER & PERRY, 2003): Avaliação inicial: colhem-se dados de uma fonte primária (o utente) e de fontes secundárias (família, profissionais de saúde), de modo a formar uma base de dados sobre as necessidades do utente, os problemas de saúde, e as reações a esses problemas. Acresce que os dados revelam experiências afins, práticas de saúde, objetivos, valores, estilos de vida, e expectativas em relação ao sistema de cuidados de saúde. Diagnóstico de enfermagem: identificação das reações, reais ou potenciais, do utente referente aos problemas ou necessidades de saúde. A formulação de diagnósticos de enfermagem leva ao desenvolvimento de um plano individualizado de cuidados, de modo que o utente e a família se possam adaptar a alterações resultantes de problemas/necessidades de saúde. Os diagnósticos de enfermagem proporcionam a base para a seleção de intervenções de enfermagem que permitem atingir resultados pelos quais o enfermeiro é responsável. Planeamento: componente do comportamento de enfermagem em que se fixam os objetivos centrados no utente e se programam intervenções para se atingir os objetivos. Deve-se estabelecer prioridades, fixar objetivos, formular resultados esperados e elaborar um plano de cuidados. Implementação: comportamento de enfermagem, quando as ações necessárias, à consecução dos objetivos e dos resultados esperados dos cuidados de enfermagem, são iniciadas ou terminadas. A implementação inclui intervenções de execução das atividades de vida diária, auxílio nelas, ou orientadas na sua execução, aconselhamento e ensino ao utente e família e o registo e troca de informações relevantes para os cuidados continuados ao utente. Avaliação: avalia a reação do utente às ações de enfermagem e o progresso do utente, no sentido de apreciar os resultados obtidos, a eficácia e a adequação do plano de ação. 8 3.1. COLHEITA DE DADOS Dados biográficos e de saúde Sinais Vitais: Tensão Arterial: 220/160 mmHg; Frequência Cardíaca: 90 p/min; Frequência Respiratória: 16cr/min; Temperatura: 37ºC; Dor: Intensa; Manter um Ambiente Seguro Estado de consciência: ECG de 14 (ver anexo A) Risco de queda: Alto Risco (score de 70, ver Anexo B) Alergias: Desconhecido Dependências: Em todas as atividades de vida diárias Condições habitacionais: Desconhecido Comunicar Alterações na comunicação: Disártrico Alterações da voz: Apresenta Acuidade visual: Desconhecido Acuidade auditiva: Desconhecido Respirar Hábitos tabágicos: Apresenta (1 maço por dia) Alterações na respiração: Apresenta Oxigenoterapia: Cânula 2 litros/minuto Coloração da pele e mucosas: Pele seca e descamativa e mucosas coradas Cateter venoso periférico: CVP nº20 (dorso mão direita) Comer e Beber Grau de dependência: Moderado (score de 10, ver Anexo C) Dieta habitual: Dieta Geral Hábitos alcoólicos: Apresenta antecedentes de etilismo Deglutição alterada: SNG (drenagem livre) Dentição: Desconhecido Peso: 86 quilogramas Alterações na atividade de vida: Desconhecido Eliminar Grau de dependência: Moderado (score de 10, ver Anexo C) Hábitos intestinais/urinários: Elimina em fralda Incontinência: Sim Sonda vesical: Sonda de Folley nº14 (drenagem livre) Alterações na atividade vida: Desconhecido Higiene Pessoal e Vestir-se Grau de dependência: Moderado (score de 10, ver Anexo C) Hábitos de higiene: Desconhecido Higiene Oral: Desconhecido Estado da pele: seca, descamativa e desidratada Feridas: Ferida traumática (1/3 médio perna esquerda) Risco de desenvolver úlceras de pressão: Baixo risco (score de 20, ver anexo D) Controlar a temperatura do corpo Febre: Não apresenta Hipotermia: Não apresenta Hipersedurese: Não apresenta Estratégias utilizadas: Administração de medicação; Mobilizar-se Grau de dependência: Moderado (score de 10, ver anexo C) Alterações na atividade de vida: Hemiparesia esquerda Alteraçõesposturais: Desconhecido Tolerância à atividade física: Não apresenta Dores à mobilização: Desconhecido Trabalhar e distrair-se Profissão: Pedreiro Situação profissional: Reformado Necessidades financeiras: Desconhecido Ocupação dos tempos livres: Cuidar do jardim Exprimir a sexualidade Estado civil: Casado Alterações na sexualidade: Desconhecido Dormir Rotinas habitacionais: Terapêutica farmacológica Alterações na atividade de vida: Apresenta Situações que perturbam o sono: Desconhecido Estratégias utilizadas: Administração de medicação Morrer Religião: Desconhecido Perceção do estado de saúde: Desconhecido Alterações na atividade vida: Não apresenta Apoio espiritual: Apoio familiar 9 3.2. PLANO DE CUIDAODS Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Autocuidado: higiene pessoal, dependente em grau moderado 10/02/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Explicar a técnica ao doente; 10/02/2017 Promover a privacidade do doente; Assistir no autocuidado de higiene; Aplicar creme; Vigiar pele; Resultado de Enfermagem Independente no Autocuidado: higiene pessoal Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Autocuidado: uso do sanitário, dependente em grau moderado 10/02/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Promover a privacidade do doente; 10/02/2017 Otimizar fralda; Vigiar eliminação urinária/intestinal; Assistir no autocuidado: uso do sanitário; Vigiar pele; Incentivar a usar o sanitário; Ensinar estratégia adaptativa para o uso do sanitário; Resultado de Enfermagem Independente no autocuidado uso do sanitário Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Deambular, dependente em grau moderado 10/02/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Explicar a técnica ao doente; 10/02/2017 Assistir no deambular Prevenir quedas Incentivar a deambular; Resultado de Enfermagem Independente para deambular 10 Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Risco de queda 10/01/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Monitorizar risco de queda; Aplicar medidas de segurança para prevenção de quedas; Vigiar atividade do doente; Ensinar sobre prevenção de quedas; Elevar as grades da cama 10/01/2017 Resultado de Enfermagem Evitar queda; Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Autocuidado: vestir-se/despir-se, dependente em grau moderado 10/02/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Assegurar a privacidade do doente; Assistir no autocuidado: vestir-se/despir-se; Promover conforto; Promover autoestima. 10/02/2017 Resultado de Enfermagem Independente no Autocuidado vestir-se e despir-se Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Autocuidado: alimentar-se, dependente em grau moderado 10/02/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Assistir no autocuidado: alimentar-se; Aprontar refeição; Ensinar sobre hábitos alimentares; Vigiar refeição; Incentivar para o autocuidado alimentar-se. 10/02/2017 Resultado de Enfermagem Independente no autocuidado alimentar-se Adequar os hábitos alimentares 11 Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Posicionar-se/Transferir-se, dependente em grau moderado 10/02/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Assistir no transferir-se/posicionar-se: Providenciar conforto; Massajar zonas de pressão; Aliviar zona de pressão; Vigiar a pele; Incentivar a virar-se e transferir-se. 10/02/2017 Resultado de Enfermagem Evitar Úlcera de Pressão Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Risco de úlcera de pressão; 10/02/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Monitorizar risco de úlcera de pressão através da escala de Braden; 10/02/2017 Vigiar pele; Vigiar sinais de úlcera de pressão; Aliviar zonas de pressão com almofadas; Massajar zonas de pressão; Incentivar a pessoa a alternar posicionamentos; Resultado de Enfermagem Evitar úlcera de pressão; Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Ferida traumática, presente, face anterior da perna esquerda 10/02/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Executar tratamento à ferida traumática; Monitorizar ferida traumática; Vigiar penso da ferida traumática; 10/02/2017 Resultado de Enfermagem Cicatrização da ferida 12 Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Gestão do Regime Terapêutico não demonstrado 10/02/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Ensinar regime de exercício; Ensinar hábitos alimentares; Ensinar regime medicamentoso; Ensinar prevenção de complicações; Ensinar sinais de complicações; Ensinar tratamentos; 10/02/2017 Resultado de Enfermagem Gestão de regime terapêutico demonstrado Data Início Diagnóstico de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Papel do prestador de cuidados adequado 10/02/2017 Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Apoiar o prestador de cuidados na tomada de decisão; Elogiar o papel do prestador de cuidados 10/02/2017 Resultado de Enfermagem Papel do prestador de cuidado melhorado Atitude terapêutica: Cateter Urinário Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Inserir cateter urinário; Otimizar cateter urinário; Supervisionar o saco de urina; Trocar cateter urinário; Vigiar eliminação urinária; Vigiar sinal de infeção; Remover cateter urinário 10/02/2017 13 Atitude terapêutica: Cateter Venoso Periférico Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Inserir cateter venoso periférico; Otimizar cateter venoso periférico; Trocar cateter venoso periférico Vigiar pele no local de inserção do cateter venoso periférico; Remover cateter venoso periférico; Executar tratamento no local de inserção do cateter venoso periférico; 10/02/2017 Atitude terapêutica: Sinais Vitais Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Monitorizar tensão arterial; Monitorizar temperatura corporal; Monitorizar frequência cardíaca; Monitorizar frequência respiratória; Monitorizar dor através de escala numérica; 10/02/2017 Atitude terapêutica: Sonda Gastrointestinal Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Inserir sonda gastrointestinal; Vigiar conteúdo gástrico; Otimizar sonda gastrointestinal; Trocar sonda gastrointestinal; Prevenir úlcera de pressão na cavidade nasal 10/02/2017 Atitude terapêutica: Glicemia Capilar Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Monitorizar glicemia capilar; Vigiar sinais de hipoglicemia/hiperglicemia; 10/02/2017 Atitude terapêutica: Oxigenoterapia Data Início Intervenções de Enfermagem Data Termo 10/01/2017 Otimizar cateter binasal; 10/02/2017 14 Administrar oxigenoterapia; Otimizar oxigenoterapia; 15 3. REFLEXÃO CRÍTICA O pensamento crítico é o processo cognitivo, ativo, organizado, utilizado na análise,cuidada, do nosso raciocínio e do nosso raciocínio e do raciocínio dos outros. Implica a utilização da mente para chegar a conclusões, tomar decisões, fazer inferências e refletir (POTTER & PERRY,2003). Na realização deste estudo de caso a maior dificuldade sentida foi a realização do plano de cuidados com o recurso à CIPE 1. Visto que no plano de curricular está definido a utilização da linguagem da CIPE versão 2, versão mais atualizada, a realização do plano de cuidados ficou mais dificultada, sendo necessário consultar regularmente os termos da CIPE 1, sendo que não estávamos adaptados a esta linguagem. De modo a superar este obstáculo utilizamos como estratégia a pesquisa e a consulta do sistema informático utilizado no Hospital. Achamos que este estudo de caso teve importância para este ensino clinico e serviu como forma de aprendizagem sobre o que é um AVC e quais os cuidados no tratamento destes doentes. Como no processo de enfermagem abordamos vários diagnósticos e varias intervenções conseguimos consolidar conhecimentos assim como na realização das atitudes terapêuticas. No futuro seria produtivo ter um estudo de caso relacionado com a área de ensino clinico que fossemos realizar, pois neste estudo de caso a execução de um plano de cuidados para um AVC não se encontrou relacionado com o serviço do nosso ensino clinico. Para concluir, o facto de o estudo de caso ser fictício e não termos toda a informação necessária para a realização das escalas (ex. escala de Braden), dificultou o seu uso e consequentemente a aplicação do processo de Enfermagem. 16 CONCLUSÃO As sequelas do Acidente Cerebral Vascular comprometem as capacidades de um indivíduo na realização das suas atividades básicas e instrumentais da vida diária, de lazer ou trabalho. Estas alterações reduzem a qualidade de vida da pessoa e da sua família, alterando os papéis pessoais, familiares, sociais e profissionais do doente. Perante tais mudanças, os enfermeiros possuem um papel fundamental na adaptação do doente a esta mudança súbita, ajudando a pessoa e a família a aprender a viver com as novas condições e a conhecer estratégias que permitam readaptarem-se. Auxiliam, também, a pessoa a restabelecer a sua independência e autoestima. O processo de enfermagem é um instrumento que facilita a prática de enfermagem, que permite planear e avaliar os cuidados de enfermagem. Promove cuidados de enfermagem individualizados, e ajuda a dar resposta às necessidades do utente, de forma atempada e consistente, para melhorar, ou manter, o nível de saúde do doente. Os objetivos delineados inicialmente adivinhavam-se ambiciosos, até confrontarmo-nos com a vastidão do trabalho que havia para fazer, em tempo contrarrelógio, com o início do ensino clínico à porta, e com as múltiplas dificuldades que se poderiam encontrar. Mas, os eventuais constrangimentos não construíram barreiras insuperáveis por efeito do esforço, da dedicação e do trabalho em equipa. A inexperiência e as indecisões foram sempre atenuadas por uma preciosa orientação que serviu também como impulsionadora e reconfortante de todo este percurso e para o que se avizinha. Ao concluir este estudo gerou-se, sem dúvida, uma oscilação de sentimentos entre todos os elementos do grupo. Por um lado, a prazerosa sensação de missão cumprida, de objetivo atingido, por outro, a consciência de que ainda existe muito por fazer. O presente estudo não é mais do que o início de um longo percurso, que se espera produtivo tendo em vista o exercício da enfermagem junto do indivíduo, da família, dos grupos e da comunidade. 17 REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COELHO, R. M. (2009). Dissertação de Mestrado: Doente com AVC. HOSPITAL DE BRAGA. (s.d.). O Hospital de Braga. Obtido de Hospital de Braga: http://www.hospitaldebraga.pt/Section/O+Hospital/O+Hospital/815 GRILO, E. N., & MENDES, F. R. (s.d.). O Estudo de Caso como estratégia de Investigação em Enfermagem. Escola Superior de Enfermagem, Universidade de Évora . OLIVEIRA, R. M., & ANDRADE, L. A. (2001). Acidente vascular cerebral. Rev Bras Hipertens vol 8. ORDEM DOS ENFERMEIROS. (2006).Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE). Versão 1.0. POTTER, P. A., & PERRY, A. G. (2006). Fundamentos de Enfermagem: Conceitos e Procedimentos. Loures: Lusociência. Referencia anexos MARTINS, M. M. – Uma Crise Acidental na Família - o doente com AVC. Coimbra, Editora Formasau, 2002. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. (2007.). Promovendo qualidade de vida após acidente vascular cerebral: um guia para fisioterapeutas e profissionais da atenção primária à saúde. Lisboa: Artmed Editora. http://controlaradiabetes.pt/controlo-da-diabetes/controlar-as-variacoes-da-glicemia http://www.sphta.org.pt/pt/contactos 18 APÊNDICES 19 - APÊNDICE A – CLASSIFICAÇÃO PATOLOGIAS MÉDICAS 20 Diabetes Mellitus tipo II A diabetes é uma doença crónica caracterizada pela produção insuficiente de insulina ou por uma incapacidade do corpo em utilizá-la (insulinorresistência), resultando numa deficiente capacidade de utilização pelo organismo da principal fonte de energia, a glicose, e consequente aumento dos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia). Assim sendo, são tradicionalmente considerados dois tipos de Diabetes (CONTROLAR A DIABETES, s.d.): - Diabetes tipo I - As células β do pâncreas deixam de produzir insulina (devido a um processo de destruição das mesmas), levando a uma deficiência completa de insulina; - Diabetes tipo II - As células β do pâncreas não produzem insulina suficiente ou o organismo cria "resistência à insulina"; De acordo com a Federação Internacional da Diabetes, para a maior parte das pessoas que têm diabetes, os valores de glicemia normais são os seguintes: -Em jejum (glicemia plasmática em jejum): menos de 110 mg/dl -Após as refeições (glicemia plasmática pós-prandial): menos de 145 mg/dl Não deve ter valores inferiores a 80 mg/dl em nenhuma altura do dia. Quando os valores estão abaixo de 70 mg/dl, falamos de hipoglicemia ou "baixa de açúcar", uma situação que pode ser perigosa e é de evitar. (CONTROLAR A DIABETES, s.d.): Hipertensão Arterial A Pressão Arterial (PA) é a força com que o sangue circula pelo interior das artérias do corpo. A PA tem duas medidas: a pressão sistólica ou “máxima” e a pressão diastólica ou “mínima”. A primeira corresponde ao momento em que o coração contrai, enviado sangue para todo o corpo. A segunda ocorre quando o coração relaxa para se voltar a encher de sangue. A Hipertensão Arterial (HTA) ocorre quando esta pressão se encontra elevada de forma crónica. Considera-se uma pessoa hipertensa, quando, apresenta em pelo menos duas ocasiões diferente, um dos valores de PA (sistólica ou diastólica) ou ambos, iguais ou superiores, a 140/90mmHg, determinados por um profissional treinado e utilizado um aparelho calibrado e validado. (SOCIEDADE PORTUGUESA DE HIPERTENSÃO, s.d.) 21 Acidente Vascular Cerebral (AVC) Síndrome caracterizada por sinais clínicos focais de alteração da função cerebral, sem outra causa aparente do que a de origem vascular, que se estabelecem de forma aguda, permanecendo mais de 24 horas ou levando à morte (OMS, 2003). Segundo a literatura a patologia caracteriza-se por interrupções ou bloqueios na irrigação sanguínea, com comprometimento cerebral, resultandouma síndrome de deficiência neurológica (MARTINS, 2002). As lesões cerebrais são provocadas por um enfarte (devido a isquemia) ou por uma hemorragia, resultando no comprometimento da função cerebral. Assim sendo, são tradicionalmente considerados dois tipos de AVC (MARTINS, 2002). - Isquémico: Fornecimento inadequado de sangue a uma parte do cérebro como resultado de um baixo fluxo sanguíneo, trombose ou embolismo associado a doenças cardiovasculares, circulatórias ou hematológicas; - Hemorrágico: Hemorragia espontânea no interior do cérebro ou no espaço entre cérebro e a membrana aracnoide. A presença de danos neurológicos pode originar défices a nível das funções motoras, sensoriais, comportamentais, percetivas e da linguagem. Os défices motores são caracterizados por paralisias completas (hemiplegia) ou parciais/incompletas (hemiparésia) no hemicorpo oposto ao local da lesão que ocorreu no cérebro. (Cancela, 2008) Trombólise Administração endovenosa de trombolíticos com a finalidade de dissolver os coágulos e desentupir a artéria do cérebro que está obstruída (Magalhães,2011). Trombectomia mecânica Trata-se de uma técnica realizada por médicos neurorradiologistas que consiste na navegação no interior dos vasos sanguíneos com dispositivos que vão diretamente ao local da oclusão e permitem a remoção do coágulo, para evitar um bloqueio permanente na veia ou artéria que iria impedir o fluxo de sangue para um membro ou órgão (Magalhães,2011). 22 - APÊNDICE B – CLASSIFICAÇÃO TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA 23 Fármaco Grupo farmacológico Indicação Efeitos adversos Ácido Acetilsalicílico (ASS®) Anti-plaquetário; Anti-inflamatório não esteroide; Prevenir a: - agregação das plaquetas sanguíneas; - formação de coágulos (trombos) sanguíneos; Alívio sintomático da dor, da febre e dos estados inflamatórios; Náusea e vómitos; Dor abdominal; Azia; Hemorragias gastrointestinais; Úlceras gastrointestinais; Alprazolam (Xanax®) Ansiolítico; Sedativo; Hipnótico (Benzodiazepina) Ansiedade, pânico ou depressão; Durante a abstinência do álcool; Fobias em doentes com agorafobia. Diminuição do apetite; Perda de memória; Alterações na coordenação; Perturbação da atenção; Disartria; Amoxicilina + Ácido Clavulânico (Augmentin®) Antibacteriano (Penicilina) Infeções do trato respiratório; Infeções do trato urinário; Infeções da pele e cutâneas; Infeções do osso e articulações; Náuseas e vómitos; Diarreia; Candidíase; Erupção da pele; Captopril (Captopril Carencil®) Anti hipertensor; (IECA:inibidor da enzima de conversão da angiotensina) Hipertensão arterial; Insuficiência cardíaca da disfunção ventricular pós-enfarte; Doença renal em diabéticos; Hipotensão arterial; Taquicardia; Palpitações; Tosse seca; Diarreia/obstipação; Náuseas/vómitos; Glimepirida (Glimepirida Ciclum®) Antidiabético; Diabetes Mellitus tipo II; Hipoglicemia; Perturbações da visão; Queixas gastrointestinais; Perturbação da função hepática: Insulina Humana (S.O.S.) Insulina de ação rápida; Diabetes Mellitus; Hipoglicemia; Reações anafiláticas; Lipodistrofia; Paracetamol (Ben-u-ron®) Analgésico; Antipirético; Dor aguda a moderada; Estado febril; Toxidade hepática; Hipersensibilidade; Náuseas e vómitos; Soro Polieletrolitico com glicose Eletrólitos + Glicose Desidratação; Repor fluidos; Reposição calórica; Veículo para diluição de medicamentos; Hiperglicemia; Hipervolemia; Edema; Dificuldade respiratória; Obstrução intestinal; 24 ANEXOS 25 - ANEXO A – ESCALA DE COMA DE GLASGOW 26 27 - ANEXO B – ESCALA DE QUEDAS DE MORSE 28 29 - ANEXO C – ESCALA DE BARTHEL 30 31 - ANEXO D – ESCALA DE BRADEN 32
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