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Desenvolvimento Histórico do Direito Penal

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Direito Penal I
Aula 03
Prof. Carlos Mazza
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SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Período da Vingança. 
2.2. Período Humanitário. 
2.3. Período Científico.
3. CONCLUSÃO
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OBJETIVOS DA AULA
a. Conhecer o desenvolvimento histórico do Direito Penal;
b. Identificar a periodização do Direito Penal;
c. Conhecer as escolas penais e o Direito Penal Moderno.
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NA AULA PASSADA
A denominação:
 Direito Penal x Direito Criminal;
A conceituação do Direito Penal; 
As suas características:
 Positivo; público; sancionador e constitutivo; ciência cultural, normativa, valorativa e finalista; objetivo e subjetivo; comum e especial. 
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SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Período da Vingança. 
2.2. Período Humanitário. 
2.3. Período Científico.
3. CONCLUSÃO
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 Inquestionável a importância do estudo da história do Direito Penal.
 Análise do Direito repressivo de outros períodos da civilização. 
 Facilita inclusive a sua interpretação, que necessita ser contextualizada.
Com os primeiros ajuntamentos humanos adotando a forma de sociedades ainda bastante rudimentares – o crime e a pena.
PERÍODO DA VINGANÇA
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 O crime era a agressão, logo um mal infringido e a pena a sua resposta, portanto, um mal para compensar o outro mal praticado.
 A necessária reação de defesa dos interesses dos indivíduos, e, mais tarde, também, da coletividade. 
 Rogério Greco: “a primeira pena a ser aplicada na história da humanidade ocorreu ainda no paraíso” com Adão e Eva.
PERÍODO DA VINGANÇA
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 Através dos tempos - “societas criminis”. 
 Direito Penal - defender a coletividade e promover uma sociedade mais evoluída e pacífica.
 “Se houvesse a certeza de que se respeitaria os bens jurídicos do cidadão, seria desnecessária a existência de um acervo normativo punitivo, garantindo por um aparelho coercitivo capaz de pô-lo em prática”. 
PERÍODO DA VINGANÇA
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 Não haveria o “jus puniendi”, cujo titular exclusivo é o Estado.
 Por isso é que o Direito Penal tem evoluído junto com a humanidade, saindo dos primórdios até penetrar a sociedade moderna. 
 Magalhães Noronha: “ele surge com o homem e o acompanha através dos tempos, isso porque o crime, qual sombra sinistra, nunca dele se afastou”.
PERÍODO DA VINGANÇA
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 PERIODO DA VINGANÇA
Até séc. XVIII
 PERÍODO HUMANITÁRIO
Até sec. XIX
 PERÍODO CIENTÍFICO
Até os dias atuais.
PERÍODO DA VINGANÇA
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PERÍODO DA VINGANÇA
 Dos tempos primitivos até o séc. XVIII.
 Nos tempos primitivos – não havia um sistema orgânico de princípios gerais, já que grupos sociais dessa época eram envoltos em ambientes mágicos e religiosos. 
 Peste, a seca, e erupções vulcânicas eram considerados castigos divinos, pela prática de fatos que exigiam reparação.
PERÍODO DA VINGANÇA
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 A título didático utilizar-se-á a divisão estabelecida por Noronha, que distingue as fases de vingança privada, vingança divina e vingança pública. 
 Elas não se sucedem umas às outras com precisão matemática.
 Uma fase convive com a outra por largo período, até constituir orientação prevalente, para, em seguida, passar a conviver com a próxima.
PERÍODO DA VINGANÇA
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VINGANÇA PRIVADA
 Cometido um crime, ocorria a reação da vítima, dos parentes e até do grupo social (tribo).
 Agiam sem proporção contra a ofensa, atingindo não só o ofensor, como todo o seu grupo.
 Se notabilizou como período do “olho por olho, dente por dente”. 
 A mais frequente forma de punição, adotada pelos povos primitivos.
PERÍODO DA VINGANÇA
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 Constituía uma reação natural e instintiva - uma realidade sociológica - não uma instituição jurídica.
 Duas grandes regulamentações: o talião e a composição.
 Pena de talião (do latim talis: tal, igual), não era pena, mas um instrumento moderador da pena. 
 Aplicar no delinquente ou ofensor o mal que ele causou ao ofendido, na mesma proporção.
PERÍODO DA VINGANÇA
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 Código de Hamurabi: 
Art. 209 – Se alguém bate numa mulher livre e a faz abortar, deverá pagar dez siclos pelo feto.
Art. 210 – Se essa mulher morre, então deverá matar o filho dele.
 Bíblia Sagrada: 
Levítico 24, 17 – Todo aquele que fere mortalmente um homem será morto.
 Lei das XII Tábuas.
Tábua VII, 11 – Se alguém fere a outrem, que sofra a pena de Talião, salvo se houver acordo.
PERÍODO DA VINGANÇA
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 O Talião foi um grande avanço, por limitar a abrangência da ação punitiva.
 Surge a composição - o ofensor comprava sua liberdade. 
 Código de Hamurabi (Babilônia - 1700 a.C.), pelo Pentateuco (Hebreus - 950 a 500 a.C.) e pelo Código de Manu (Índia - séculos II a.C. e II d.C.).
 Direito Germânico, sendo a origem remota das indenizações cíveis e das multas penais.
PERÍODO DA VINGANÇA
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VINGANÇA DIVINA
“A repressão ao crime é satisfação dos deuses”.
 A religião atinge influência decisiva na vida dos povos antigos.
A repressão ao delinquente tinha por fim aplacar a “ira” da divindade ofendida pelo crime, bem como castigar ao infrator,
 os sacerdotes - mandatários dos deuses, encarregavam-se da justiça.
PERÍODO DA VINGANÇA
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 As penas eram cruéis, severas e desumanas. A “vis corporalis” era usada como meio de intimidação.
 A religião confundia-se com o Direito, e, assim, os preceitos de cunho meramente religioso ou moral, tornavam-se leis em vigor.
 o Código de Manu, na Babilônia, no Egito (Cinco Livros), na China (Livro das Cinco Penas), na Pérsia (Avesta) e pelo povo de Israel.
PERÍODO DA VINGANÇA
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VINGANÇA PÚBLICA 
 “Crimes ao Estado, à sociedade”.
 Com uma maior organização social, surgiu o chefe ou a assembleia.
 A pena perdeu sua índole sacra – passa a ser uma sanção imposta em nome de uma autoridade pública, representativa dos interesses comuns.
 A punição não era mais aplicada pelo ofendido ou pelos sacerdotes.
 O soberano (rei, príncipe, regente).
PERÍODO DA VINGANÇA
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 Sua autoridade provinha de Deus e, como desde sempre, cometia inúmeras arbitrariedades.
A pena de morte era uma sanção largamente difundida e banal. 
 Usava-se mutilar o condenado, confiscar seus bens e extrapolar a pena até os familiares do infrator.
 Apesar do terror, verificou-se avanço no fato de a pena ser aplicada pelo Estado.
PERÍODO DA VINGANÇA
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DIREITO PENAL DOS HEBREUS 
Após a etapa da Legislação Mosaica, evoluiu o Direito Penal do Povo hebreu com o Talmude.
 Substituiu-se a pena de talião pela multa, prisão e imposição de gravames físicos.
 Foi praticamente extinta a pena de morte, aplicando-se em seu lugar a prisão perpétua sem trabalhos forçados. 
PERÍODO DA VINGANÇA
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Os crimes: delitos contra a divindade e crimes contra o semelhante. 
 O Talmude foi um formidável suavizador dos rigores da lei mosaica. 
 Estabeleciam-se garantias rudimentares em favor do réu, contra os perigos da denunciação caluniosa e do falso testemunho.
 num sistema repressivo em que as testemunhas assumiam excepcional importância na pesquisa da verdade.
PERÍODO DA VINGANÇA
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DIREITO ROMANO 
 Em Roma, evoluindo-se das fases de vingança, através do talião e da composição, bem como da vingança divina na época da realeza, Direito e Religião separaram-se. 
 Dividiram-se os delitos em crimina publica (segurança da cidade, parricidium), ou crimes majestais, e delicta privata (infrações menos graves, reprimidas por particulares). 
PERÍODO DA VINGANÇA
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 Seguiu-se a eles a criação dos crimina extraordinaria (entre as outras duas categorias). 
 A pena tornou-se, em regra, pública. 
 As sanções foram mitigadas.
 Foi praticamente abolida a pena de morte - substituída pelo exílio e pela deportação (interdictio acquae et igni). 
PERÍODO DA VINGANÇA
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Contribuiu o Direito Romano decisivamente para a evolução do Direito Penal com a criação de princípios penais tais como:
 erro, 
 culpa (leve e lata), 
 dolo (bonus e malus),
 imputabilidade,
coação irresistível, 
 agravantes e atenuantes, 
 legítima defesa etc. 
PERÍODO DA VINGANÇA
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DIREITO GERMÂNICO
 Não era composto de leis escritas, apenas pelo costume. 
 Acentuadamente - vingança privada, sujeito à reação indiscriminada e à composição. 
 Só muito mais tarde - o talião - Direito Romano e do cristianismo. 
 Ausência de distinção entre dolo, culpa e caso fortuito - punição determinada pelo dano causado.
PERÍODO DA VINGANÇA
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No processo, vigoravam:
 as “ordálias” ou “juízos de Deus” (prova de água fervente, de ferro em brasa etc.) e
 os duelos judiciários, com os quais se decidiam os litígios, “pessoalmente ou através de lutadores profissionais”.
PERÍODO DA VINGANÇA
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DIREITO CANÔNICO 
 Entre a época dos Direitos Romano e Germânico e o Direito moderno.
 O Direito Canônico ou Direito Penal da Igreja teve influência decisiva na legislação penal. 
 Assimilando aspectos do Direito Romano e os adaptando às novas condições sociais, a Igreja contribuiu de maneira relevante para a humanização do Direito Penal.
PERÍODO DA VINGANÇA
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 Critica – a sua luta metódica visava obter o predomínio do Papado sobre o poder temporal para proteger os interesses religiosos de dominação. 
 Proclamou-se a igualdade de todos;
 Acentuou-se o aspecto subjetivo do crime e da responsabilidade penal ;
 Tentou-se banir as ordálias e os duelos judiciários; 
PERÍODO DA VINGANÇA
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Promoveu-se a mitigação das penas 
 Passaram a ter como fim não só a expiação - também a regeneração do criminoso - arrependimento e purgação da culpa (penitenciária);
 Paradoxo - excessos da Inquisição. 
 A jurisdição penal eclesiástica, entretanto, era infensa à pena de morte, entregando-se o condenado ao poder civil para a execução. 
PERÍODO DA VINGANÇA
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DIREITO MEDIEVAL 
 Influências recíprocas dos Direitos Romano, Canônico e Germânico. 
 O Direito Penal era pródigo na cominação da pena de morte, pelas formas mais cruéis (fogueira, afogamento, soterramento, enforcamento, crucificação etc.), 
 visava-se especificamente à intimidação do gentio. 
PERÍODO DA VINGANÇA
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 As sanções penais eram desiguais
 Dependiam da condição social e política do réu, sendo comuns o confisco, a mutilação, os açoites, a tortura e as penas infamantes.
 Proscrita a composição, o caráter público passou a ser exclusivo, em defesa do Estado e da religião. 
O arbítrio criou em torno da justiça penal uma atmosfera de incerteza, insegurança e verdadeiro terror. 
PERÍODO DA VINGANÇA
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SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Período da Vingança. 
2.2. Período Humanitário. 
2.3. Período Científico.
3. CONCLUSÃO
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 Encerrado o Período da Vingança, em meados do séc. XVIII, sobrevieram fases de evolução crescente em matéria de Direito Penal.
 Sobrevieram os Períodos Humanitário e Científico a dominar o cenário de evolução do Direito Penal até os dias atuais.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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PERÍODO HUMANITÁRIO
 1750 e 1850.
“o homem deve conhecer a justiça”.
 Surgiu com o Iluminismo.
 Atuação de pensadores que contestavam os ideais absolutistas, pregando a reforma das leis e da administração da Justiça Penal.
 os povos estavam saturados de tanto barbarismo sob pretexto de aplicação da lei. 
PERÍODO HUMANITÁRIO
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 Surge como reação à arbitrariedade da administração da Justiça Penal e contra o caráter atroz das penas.
 Montesquieu, Voltaire, Rousseau, D’Alembert e o Cristianismo foram de suma importância para o Humanismo - alicerce do mesmo. 
 O pensamento predominante ia de encontro a qualquer crueldade e se rebelava contra qualquer arcaísmo do tipo: “Homens, resisti à dor, e sereis salvos” (Basileu Garcia).
PERÍODO HUMANITÁRIO
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O DIREITO PENAL E A “FILOSOFIA DAS LUZES”
Os séculos XVII e XVIII foram marcados pela crescente importância da burguesia, classe social que comandava o desenvolvimento do capitalismo.
 Mas nem tudo era belo e tranquilo: havia um grave conflito de interesses entre os burgueses e a nobreza.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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Surgiu, então, um sistema de ideias que deu origem ao liberalismo burguês - o Iluminismo ou Filosofia das Luzes. 
 Os iluministas defendiam uma ampla reforma do ensino, criticavam duramente a intervenção do Estado na economia e achincalhavam a Igreja e os poderosos.
Nem mesmo Deus escapou às discussões da época. 
PERÍODO HUMANITÁRIO
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 Os escritos dos iluministas prepararam o advento do humanismo e o início da radical transformação liberal e humanista do Direito Penal.
 Locke, filósofo inglês, considerado o pai do Iluminismo, escreveu o “Ensaio sobre o Entendimento Humano. 
 Montesquieu, jurista francês, escreveu “O Espírito das Leis”, defendendo a separação dos três poderes do Estado. 
PERÍODO HUMANITÁRIO
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 Voltaire, pensador francês, tornou-se famoso pelas críticas ao clero católico, à intolerância religiosa e à prepotência dos poderosos.
 Rousseau, filósofo francês, célebre defensor da pequena burguesia e inspirador dos ideais da revolução Francesa, foi autor de “O Contrato Social” e “Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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 Diderot e D’Alembert - a “Enciclopédia”, obra que resumia os principais conhecimentos artísticos, científicos e filosóficas da época.
Os iluministas fundamentaram uma nova ideologia, o pensamento moderno, que repercutiria até mesmo na aplicação da justiça.
Os povos clamavam pelo fim de tanto barbarismo disfarçado.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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BECCARIA
Em 1764, Cesar Bonesana, Marquês de Beccaria, faz publicar a obra “Dei Delitti e Delle Pene” – o “pequeno grande livro” - o símbolo da reação liberal ao desumano panorama penal.
Os princípios básicos firmaram o alicerce do Direito Penal moderno, sendo adotados pela Declaração dos Direitos do Homem, da Revolução Francesa.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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Segundo ele, deveria ser vedado ao magistrado aplicar penas não previstas em lei. 
 A lei seria obra exclusiva do legislador ordinário, que “representa toda a sociedade ligada por um contrato social”.
 Quanto à crueldade das penas afirmava que era de todo inútil, odiosa e contrária à justiça.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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 Sobre as prisões de seu tempo dizia que “eram a horrível mansão do desespero e da fome”, faltando dentro delas a piedade e a humanidade.
 Não foi à toa que alguns autores o chamaram “Apóstolo do Direito”. 
 O jovem marquês de Beccaria revolucionou o Direito Penal e sua obra significou um largo passo na evolução do regime punitivo.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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Romagnosi, um dos iniciadores da Escola Clássica, fundamentou sua obra, “Gênesis do Direito Penal”, concebendo o Direito Penal como um direito natural, imutável e anterior às convenções humanas.
 O Direito Natural tem sobrevivido e mostrado que não se trata de ideia metafísica ou princípio de fundo simplesmente religioso.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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ESCOLA CLÁSSICA
 Conjunto de escritores, pensadores, filósofos e doutrinadores que adotaram as teses ideológicas básicas do Iluminismo, que foram expostas magistralmente por Beccaria. 
 O termo “Clássica” foi uma denominação pejorativa criada pelos positivistas que lhe sucederam.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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 Gian Domenico Romagnosi, na Itália. Jeremias Bentham, na Inglaterra e Anselmo Von Feuerbach na Alemanha.
Romagnosi concebe o Direito Penal como um direito natural, imutável e anterior às convenções humanas, que deve ser exercido mediante a punição dos delitos passados para impedir o perigo dos crimes futuros.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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Jeremias Bentham considerava que a pena se justificava por sua utilidade: impedir que o réu cometa novos crimes, emendá-lo, intimidá-lo, protegendo, assim a coletividade.
Anselmo Von Feuerbach opina que o fim do Estado é a convivência dos homens conforme as leis jurídicas. A pena, segundo ele, coagiria física e psicologicamente para punir e evitar o crime.
PERÍODO HUMANITÁRIO
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SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Período da Vingança. 
2.2. Período Humanitário.
2.3. Período Científico.
3. CONCLUSÃO
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 “A justiça deve conhecer o homem”.
 Também conhecido como Período Criminológico.
 Caracteriza-se por um notável entusiasmo científico.
 Começa a partir do século XIX, por volta do ano de 1850 e estende-se até os nossos dias.
PERÍODO CIENTÍFICO
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 Inicia-se, neste período, a preocupação com o homem que delinque e a razão pela qual delinque.
 Puig Peña: “caracteriza-se pela irrupção das ciências penais no âmbito do Direito punitivo, e graças a ele se abandona o velho ponto de vista de considerar o delinquente como um tipo abstrato, imaginando sua personalidade”.
PERÍODO CIENTÍFICO
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 O notável médico italiano César Lombroso, revoluciona o campo penal na época. 
 Ferri e Garófalo também merecem destaque.
 além do Determinismo e da Escola Positivista que tiveram sua devida influência no Período Criminológico.
PERÍODO CIENTÍFICO
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O DETERMINISMO 
“Para cada fato, há razões que o determinaram”.
Durante o chamado Período Científico surge uma doutrina que vai repercutir no âmbito criminal: a Filosofia Determinista.
 Todos os fenômenos do universo, abrangendo a natureza, a sociedade e a história são subordinadas a leis e causas necessárias.
PERÍODO CIENTÍFICO
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 Laplace: “caráter de uma ordem de fatos na qual cada elemento depende de outros, de tal modo que se pode prevê-lo, provocá-lo ou controlá-lo segundo se conhece, provoque ou controle a ocorrência desses outros”.
 O delito, como fato jurídico, deveria também obedecer esta correlação determinista, já que por trás do crime haveria sempre razões suficientes que o determinaram.
PERÍODO CIENTÍFICO
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OS EVANGELISTAS
 César Lombroso - O Homem Delinquente, quem apontou os novos rumos do Direito Penal, através do estudo do delinquente e a explicação causal do delito.
 O delito como fenômeno biológico e o uso do método experimental para estudá-lo. 
 Foi o criador da “Antropologia Criminal”. 
PERÍODO CIENTÍFICO
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 Sua descrição do criminoso nato : 
	assimetria craniana, fronte fugida, zigomas salientes, face ampla e larga, cabelos abundantes e barba escassa. 
	o criminoso nato é insensível fisicamente, resistente ao traumatismo, canhoto ou ambidestro, moralmente impulsivo, insensível, vaidoso e preguiçoso.
 Cometeu alguns exageros mas a ideia de uma tendência para o crime não foi sepultada com Lombroso.
PERÍODO CIENTÍFICO
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Estudos recentes - elementos recebidos por herança biológica, não condicionam o homem em qualquer direção, mas influem no modo ser do indivíduo.
 Ferri, com a “Sociologia Criminal”, e Garófalo, no campo jurídico, com sua obra “Criminologia”.
 Os três são considerados os fundadores da Escola Positiva Penal.
PERÍODO CIENTÍFICO
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 Discípulo dissidente de Lombroso, Enrico Ferri, ressaltou a importância de um trinômio causal do delito: os fatores antropológicos, sociais e físicos. 
 Rafael Garófalo - fez estudos sobre o delito, o delinquente e a pena.
 A pena não tem um fim puramente retributivo, mas também uma finalidade de proteção social que se realiza através dos meios de correção, intimidação ou eliminação.
PERÍODO CIENTÍFICO
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SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Período da Vingança. 
2.2. Período Humanitário.
2.3. Período Científico.
3. CONCLUSÃO
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Para saber mais:
1. ROCHA JR., Francisco Monteiro. PACHECO FILHO, Vilmar Velho. Direito Penal. Curitiba : IESDE, 2009.
2. BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 19ª ed. vol. 1, p. 35 a 60 - São Paulo: Saraiva, 2013.
3. JESUS, Damásio E. de, Direito Penal. 34ª ed. vol. 1, p. 8 a 9 - São Paulo: Saraiva, 2013.
4. MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 28ª ed. vol. 1, p. 07 a 26 - São Paulo: Atlas, 2012.
5. TELES, Ney Moura. Direito Penal. 2ª ed. vol. 1, p. 19 a 34 - São Paulo: Atlas, 2006.
BIBLIOGRAFIA
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