Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Direito Penal I Aula 03 Prof. Carlos Mazza */62 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Período da Vingança. 2.2. Período Humanitário. 2.3. Período Científico. 3. CONCLUSÃO */62 OBJETIVOS DA AULA a. Conhecer o desenvolvimento histórico do Direito Penal; b. Identificar a periodização do Direito Penal; c. Conhecer as escolas penais e o Direito Penal Moderno. */62 NA AULA PASSADA A denominação: Direito Penal x Direito Criminal; A conceituação do Direito Penal; As suas características: Positivo; público; sancionador e constitutivo; ciência cultural, normativa, valorativa e finalista; objetivo e subjetivo; comum e especial. */62 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Período da Vingança. 2.2. Período Humanitário. 2.3. Período Científico. 3. CONCLUSÃO */62 Inquestionável a importância do estudo da história do Direito Penal. Análise do Direito repressivo de outros períodos da civilização. Facilita inclusive a sua interpretação, que necessita ser contextualizada. Com os primeiros ajuntamentos humanos adotando a forma de sociedades ainda bastante rudimentares – o crime e a pena. PERÍODO DA VINGANÇA */62 O crime era a agressão, logo um mal infringido e a pena a sua resposta, portanto, um mal para compensar o outro mal praticado. A necessária reação de defesa dos interesses dos indivíduos, e, mais tarde, também, da coletividade. Rogério Greco: “a primeira pena a ser aplicada na história da humanidade ocorreu ainda no paraíso” com Adão e Eva. PERÍODO DA VINGANÇA */62 Através dos tempos - “societas criminis”. Direito Penal - defender a coletividade e promover uma sociedade mais evoluída e pacífica. “Se houvesse a certeza de que se respeitaria os bens jurídicos do cidadão, seria desnecessária a existência de um acervo normativo punitivo, garantindo por um aparelho coercitivo capaz de pô-lo em prática”. PERÍODO DA VINGANÇA */62 Não haveria o “jus puniendi”, cujo titular exclusivo é o Estado. Por isso é que o Direito Penal tem evoluído junto com a humanidade, saindo dos primórdios até penetrar a sociedade moderna. Magalhães Noronha: “ele surge com o homem e o acompanha através dos tempos, isso porque o crime, qual sombra sinistra, nunca dele se afastou”. PERÍODO DA VINGANÇA */62 PERIODO DA VINGANÇA Até séc. XVIII PERÍODO HUMANITÁRIO Até sec. XIX PERÍODO CIENTÍFICO Até os dias atuais. PERÍODO DA VINGANÇA */62 PERÍODO DA VINGANÇA Dos tempos primitivos até o séc. XVIII. Nos tempos primitivos – não havia um sistema orgânico de princípios gerais, já que grupos sociais dessa época eram envoltos em ambientes mágicos e religiosos. Peste, a seca, e erupções vulcânicas eram considerados castigos divinos, pela prática de fatos que exigiam reparação. PERÍODO DA VINGANÇA */62 A título didático utilizar-se-á a divisão estabelecida por Noronha, que distingue as fases de vingança privada, vingança divina e vingança pública. Elas não se sucedem umas às outras com precisão matemática. Uma fase convive com a outra por largo período, até constituir orientação prevalente, para, em seguida, passar a conviver com a próxima. PERÍODO DA VINGANÇA */62 VINGANÇA PRIVADA Cometido um crime, ocorria a reação da vítima, dos parentes e até do grupo social (tribo). Agiam sem proporção contra a ofensa, atingindo não só o ofensor, como todo o seu grupo. Se notabilizou como período do “olho por olho, dente por dente”. A mais frequente forma de punição, adotada pelos povos primitivos. PERÍODO DA VINGANÇA */62 Constituía uma reação natural e instintiva - uma realidade sociológica - não uma instituição jurídica. Duas grandes regulamentações: o talião e a composição. Pena de talião (do latim talis: tal, igual), não era pena, mas um instrumento moderador da pena. Aplicar no delinquente ou ofensor o mal que ele causou ao ofendido, na mesma proporção. PERÍODO DA VINGANÇA */62 Código de Hamurabi: Art. 209 – Se alguém bate numa mulher livre e a faz abortar, deverá pagar dez siclos pelo feto. Art. 210 – Se essa mulher morre, então deverá matar o filho dele. Bíblia Sagrada: Levítico 24, 17 – Todo aquele que fere mortalmente um homem será morto. Lei das XII Tábuas. Tábua VII, 11 – Se alguém fere a outrem, que sofra a pena de Talião, salvo se houver acordo. PERÍODO DA VINGANÇA */62 O Talião foi um grande avanço, por limitar a abrangência da ação punitiva. Surge a composição - o ofensor comprava sua liberdade. Código de Hamurabi (Babilônia - 1700 a.C.), pelo Pentateuco (Hebreus - 950 a 500 a.C.) e pelo Código de Manu (Índia - séculos II a.C. e II d.C.). Direito Germânico, sendo a origem remota das indenizações cíveis e das multas penais. PERÍODO DA VINGANÇA */62 VINGANÇA DIVINA “A repressão ao crime é satisfação dos deuses”. A religião atinge influência decisiva na vida dos povos antigos. A repressão ao delinquente tinha por fim aplacar a “ira” da divindade ofendida pelo crime, bem como castigar ao infrator, os sacerdotes - mandatários dos deuses, encarregavam-se da justiça. PERÍODO DA VINGANÇA */62 As penas eram cruéis, severas e desumanas. A “vis corporalis” era usada como meio de intimidação. A religião confundia-se com o Direito, e, assim, os preceitos de cunho meramente religioso ou moral, tornavam-se leis em vigor. o Código de Manu, na Babilônia, no Egito (Cinco Livros), na China (Livro das Cinco Penas), na Pérsia (Avesta) e pelo povo de Israel. PERÍODO DA VINGANÇA */62 VINGANÇA PÚBLICA “Crimes ao Estado, à sociedade”. Com uma maior organização social, surgiu o chefe ou a assembleia. A pena perdeu sua índole sacra – passa a ser uma sanção imposta em nome de uma autoridade pública, representativa dos interesses comuns. A punição não era mais aplicada pelo ofendido ou pelos sacerdotes. O soberano (rei, príncipe, regente). PERÍODO DA VINGANÇA */62 Sua autoridade provinha de Deus e, como desde sempre, cometia inúmeras arbitrariedades. A pena de morte era uma sanção largamente difundida e banal. Usava-se mutilar o condenado, confiscar seus bens e extrapolar a pena até os familiares do infrator. Apesar do terror, verificou-se avanço no fato de a pena ser aplicada pelo Estado. PERÍODO DA VINGANÇA */62 DIREITO PENAL DOS HEBREUS Após a etapa da Legislação Mosaica, evoluiu o Direito Penal do Povo hebreu com o Talmude. Substituiu-se a pena de talião pela multa, prisão e imposição de gravames físicos. Foi praticamente extinta a pena de morte, aplicando-se em seu lugar a prisão perpétua sem trabalhos forçados. PERÍODO DA VINGANÇA */62 Os crimes: delitos contra a divindade e crimes contra o semelhante. O Talmude foi um formidável suavizador dos rigores da lei mosaica. Estabeleciam-se garantias rudimentares em favor do réu, contra os perigos da denunciação caluniosa e do falso testemunho. num sistema repressivo em que as testemunhas assumiam excepcional importância na pesquisa da verdade. PERÍODO DA VINGANÇA */62 DIREITO ROMANO Em Roma, evoluindo-se das fases de vingança, através do talião e da composição, bem como da vingança divina na época da realeza, Direito e Religião separaram-se. Dividiram-se os delitos em crimina publica (segurança da cidade, parricidium), ou crimes majestais, e delicta privata (infrações menos graves, reprimidas por particulares). PERÍODO DA VINGANÇA */62 Seguiu-se a eles a criação dos crimina extraordinaria (entre as outras duas categorias). A pena tornou-se, em regra, pública. As sanções foram mitigadas. Foi praticamente abolida a pena de morte - substituída pelo exílio e pela deportação (interdictio acquae et igni). PERÍODO DA VINGANÇA */62 Contribuiu o Direito Romano decisivamente para a evolução do Direito Penal com a criação de princípios penais tais como: erro, culpa (leve e lata), dolo (bonus e malus), imputabilidade, coação irresistível, agravantes e atenuantes, legítima defesa etc. PERÍODO DA VINGANÇA */62 DIREITO GERMÂNICO Não era composto de leis escritas, apenas pelo costume. Acentuadamente - vingança privada, sujeito à reação indiscriminada e à composição. Só muito mais tarde - o talião - Direito Romano e do cristianismo. Ausência de distinção entre dolo, culpa e caso fortuito - punição determinada pelo dano causado. PERÍODO DA VINGANÇA */62 No processo, vigoravam: as “ordálias” ou “juízos de Deus” (prova de água fervente, de ferro em brasa etc.) e os duelos judiciários, com os quais se decidiam os litígios, “pessoalmente ou através de lutadores profissionais”. PERÍODO DA VINGANÇA */62 DIREITO CANÔNICO Entre a época dos Direitos Romano e Germânico e o Direito moderno. O Direito Canônico ou Direito Penal da Igreja teve influência decisiva na legislação penal. Assimilando aspectos do Direito Romano e os adaptando às novas condições sociais, a Igreja contribuiu de maneira relevante para a humanização do Direito Penal. PERÍODO DA VINGANÇA */62 Critica – a sua luta metódica visava obter o predomínio do Papado sobre o poder temporal para proteger os interesses religiosos de dominação. Proclamou-se a igualdade de todos; Acentuou-se o aspecto subjetivo do crime e da responsabilidade penal ; Tentou-se banir as ordálias e os duelos judiciários; PERÍODO DA VINGANÇA */62 Promoveu-se a mitigação das penas Passaram a ter como fim não só a expiação - também a regeneração do criminoso - arrependimento e purgação da culpa (penitenciária); Paradoxo - excessos da Inquisição. A jurisdição penal eclesiástica, entretanto, era infensa à pena de morte, entregando-se o condenado ao poder civil para a execução. PERÍODO DA VINGANÇA */62 DIREITO MEDIEVAL Influências recíprocas dos Direitos Romano, Canônico e Germânico. O Direito Penal era pródigo na cominação da pena de morte, pelas formas mais cruéis (fogueira, afogamento, soterramento, enforcamento, crucificação etc.), visava-se especificamente à intimidação do gentio. PERÍODO DA VINGANÇA */62 As sanções penais eram desiguais Dependiam da condição social e política do réu, sendo comuns o confisco, a mutilação, os açoites, a tortura e as penas infamantes. Proscrita a composição, o caráter público passou a ser exclusivo, em defesa do Estado e da religião. O arbítrio criou em torno da justiça penal uma atmosfera de incerteza, insegurança e verdadeiro terror. PERÍODO DA VINGANÇA */62 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Período da Vingança. 2.2. Período Humanitário. 2.3. Período Científico. 3. CONCLUSÃO */62 Encerrado o Período da Vingança, em meados do séc. XVIII, sobrevieram fases de evolução crescente em matéria de Direito Penal. Sobrevieram os Períodos Humanitário e Científico a dominar o cenário de evolução do Direito Penal até os dias atuais. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 PERÍODO HUMANITÁRIO 1750 e 1850. “o homem deve conhecer a justiça”. Surgiu com o Iluminismo. Atuação de pensadores que contestavam os ideais absolutistas, pregando a reforma das leis e da administração da Justiça Penal. os povos estavam saturados de tanto barbarismo sob pretexto de aplicação da lei. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 Surge como reação à arbitrariedade da administração da Justiça Penal e contra o caráter atroz das penas. Montesquieu, Voltaire, Rousseau, D’Alembert e o Cristianismo foram de suma importância para o Humanismo - alicerce do mesmo. O pensamento predominante ia de encontro a qualquer crueldade e se rebelava contra qualquer arcaísmo do tipo: “Homens, resisti à dor, e sereis salvos” (Basileu Garcia). PERÍODO HUMANITÁRIO */62 O DIREITO PENAL E A “FILOSOFIA DAS LUZES” Os séculos XVII e XVIII foram marcados pela crescente importância da burguesia, classe social que comandava o desenvolvimento do capitalismo. Mas nem tudo era belo e tranquilo: havia um grave conflito de interesses entre os burgueses e a nobreza. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 Surgiu, então, um sistema de ideias que deu origem ao liberalismo burguês - o Iluminismo ou Filosofia das Luzes. Os iluministas defendiam uma ampla reforma do ensino, criticavam duramente a intervenção do Estado na economia e achincalhavam a Igreja e os poderosos. Nem mesmo Deus escapou às discussões da época. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 Os escritos dos iluministas prepararam o advento do humanismo e o início da radical transformação liberal e humanista do Direito Penal. Locke, filósofo inglês, considerado o pai do Iluminismo, escreveu o “Ensaio sobre o Entendimento Humano. Montesquieu, jurista francês, escreveu “O Espírito das Leis”, defendendo a separação dos três poderes do Estado. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 Voltaire, pensador francês, tornou-se famoso pelas críticas ao clero católico, à intolerância religiosa e à prepotência dos poderosos. Rousseau, filósofo francês, célebre defensor da pequena burguesia e inspirador dos ideais da revolução Francesa, foi autor de “O Contrato Social” e “Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 Diderot e D’Alembert - a “Enciclopédia”, obra que resumia os principais conhecimentos artísticos, científicos e filosóficas da época. Os iluministas fundamentaram uma nova ideologia, o pensamento moderno, que repercutiria até mesmo na aplicação da justiça. Os povos clamavam pelo fim de tanto barbarismo disfarçado. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 BECCARIA Em 1764, Cesar Bonesana, Marquês de Beccaria, faz publicar a obra “Dei Delitti e Delle Pene” – o “pequeno grande livro” - o símbolo da reação liberal ao desumano panorama penal. Os princípios básicos firmaram o alicerce do Direito Penal moderno, sendo adotados pela Declaração dos Direitos do Homem, da Revolução Francesa. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 Segundo ele, deveria ser vedado ao magistrado aplicar penas não previstas em lei. A lei seria obra exclusiva do legislador ordinário, que “representa toda a sociedade ligada por um contrato social”. Quanto à crueldade das penas afirmava que era de todo inútil, odiosa e contrária à justiça. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 Sobre as prisões de seu tempo dizia que “eram a horrível mansão do desespero e da fome”, faltando dentro delas a piedade e a humanidade. Não foi à toa que alguns autores o chamaram “Apóstolo do Direito”. O jovem marquês de Beccaria revolucionou o Direito Penal e sua obra significou um largo passo na evolução do regime punitivo. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 Romagnosi, um dos iniciadores da Escola Clássica, fundamentou sua obra, “Gênesis do Direito Penal”, concebendo o Direito Penal como um direito natural, imutável e anterior às convenções humanas. O Direito Natural tem sobrevivido e mostrado que não se trata de ideia metafísica ou princípio de fundo simplesmente religioso. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 ESCOLA CLÁSSICA Conjunto de escritores, pensadores, filósofos e doutrinadores que adotaram as teses ideológicas básicas do Iluminismo, que foram expostas magistralmente por Beccaria. O termo “Clássica” foi uma denominação pejorativa criada pelos positivistas que lhe sucederam. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 Gian Domenico Romagnosi, na Itália. Jeremias Bentham, na Inglaterra e Anselmo Von Feuerbach na Alemanha. Romagnosi concebe o Direito Penal como um direito natural, imutável e anterior às convenções humanas, que deve ser exercido mediante a punição dos delitos passados para impedir o perigo dos crimes futuros. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 Jeremias Bentham considerava que a pena se justificava por sua utilidade: impedir que o réu cometa novos crimes, emendá-lo, intimidá-lo, protegendo, assim a coletividade. Anselmo Von Feuerbach opina que o fim do Estado é a convivência dos homens conforme as leis jurídicas. A pena, segundo ele, coagiria física e psicologicamente para punir e evitar o crime. PERÍODO HUMANITÁRIO */62 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Período da Vingança. 2.2. Período Humanitário. 2.3. Período Científico. 3. CONCLUSÃO */62 “A justiça deve conhecer o homem”. Também conhecido como Período Criminológico. Caracteriza-se por um notável entusiasmo científico. Começa a partir do século XIX, por volta do ano de 1850 e estende-se até os nossos dias. PERÍODO CIENTÍFICO */62 Inicia-se, neste período, a preocupação com o homem que delinque e a razão pela qual delinque. Puig Peña: “caracteriza-se pela irrupção das ciências penais no âmbito do Direito punitivo, e graças a ele se abandona o velho ponto de vista de considerar o delinquente como um tipo abstrato, imaginando sua personalidade”. PERÍODO CIENTÍFICO */62 O notável médico italiano César Lombroso, revoluciona o campo penal na época. Ferri e Garófalo também merecem destaque. além do Determinismo e da Escola Positivista que tiveram sua devida influência no Período Criminológico. PERÍODO CIENTÍFICO */62 O DETERMINISMO “Para cada fato, há razões que o determinaram”. Durante o chamado Período Científico surge uma doutrina que vai repercutir no âmbito criminal: a Filosofia Determinista. Todos os fenômenos do universo, abrangendo a natureza, a sociedade e a história são subordinadas a leis e causas necessárias. PERÍODO CIENTÍFICO */62 Laplace: “caráter de uma ordem de fatos na qual cada elemento depende de outros, de tal modo que se pode prevê-lo, provocá-lo ou controlá-lo segundo se conhece, provoque ou controle a ocorrência desses outros”. O delito, como fato jurídico, deveria também obedecer esta correlação determinista, já que por trás do crime haveria sempre razões suficientes que o determinaram. PERÍODO CIENTÍFICO */62 OS EVANGELISTAS César Lombroso - O Homem Delinquente, quem apontou os novos rumos do Direito Penal, através do estudo do delinquente e a explicação causal do delito. O delito como fenômeno biológico e o uso do método experimental para estudá-lo. Foi o criador da “Antropologia Criminal”. PERÍODO CIENTÍFICO */62 Sua descrição do criminoso nato : assimetria craniana, fronte fugida, zigomas salientes, face ampla e larga, cabelos abundantes e barba escassa. o criminoso nato é insensível fisicamente, resistente ao traumatismo, canhoto ou ambidestro, moralmente impulsivo, insensível, vaidoso e preguiçoso. Cometeu alguns exageros mas a ideia de uma tendência para o crime não foi sepultada com Lombroso. PERÍODO CIENTÍFICO */62 Estudos recentes - elementos recebidos por herança biológica, não condicionam o homem em qualquer direção, mas influem no modo ser do indivíduo. Ferri, com a “Sociologia Criminal”, e Garófalo, no campo jurídico, com sua obra “Criminologia”. Os três são considerados os fundadores da Escola Positiva Penal. PERÍODO CIENTÍFICO */62 Discípulo dissidente de Lombroso, Enrico Ferri, ressaltou a importância de um trinômio causal do delito: os fatores antropológicos, sociais e físicos. Rafael Garófalo - fez estudos sobre o delito, o delinquente e a pena. A pena não tem um fim puramente retributivo, mas também uma finalidade de proteção social que se realiza através dos meios de correção, intimidação ou eliminação. PERÍODO CIENTÍFICO */62 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Período da Vingança. 2.2. Período Humanitário. 2.3. Período Científico. 3. CONCLUSÃO */62 Para saber mais: 1. ROCHA JR., Francisco Monteiro. PACHECO FILHO, Vilmar Velho. Direito Penal. Curitiba : IESDE, 2009. 2. BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 19ª ed. vol. 1, p. 35 a 60 - São Paulo: Saraiva, 2013. 3. JESUS, Damásio E. de, Direito Penal. 34ª ed. vol. 1, p. 8 a 9 - São Paulo: Saraiva, 2013. 4. MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 28ª ed. vol. 1, p. 07 a 26 - São Paulo: Atlas, 2012. 5. TELES, Ney Moura. Direito Penal. 2ª ed. vol. 1, p. 19 a 34 - São Paulo: Atlas, 2006. BIBLIOGRAFIA * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Compartilhar