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em geral simples, são de grande significação, para que os dados que se pretende obter, sejam a expressão mais fidedigna possível, da realidade global. Os passos são: - amostragem; - envio da amostra; - preparação da amostra para análise. Os alimentos podem existir em vários estados físicos: líquido, semi-sólido e sólido. Podem estar acondicionados nos mais variados tipos de embalagens, para a distribuição ao consumidor. As embalagens, também, podem apresentar-se em diferentes tamanhos: médio, grande e pequeno. Também pode acontecer que os alimentos sejam distribuídos a granel. Estas especificações referentes a estados físicos, tamanhos e formas, fazem com que as operações para a amostragem sejam relativamente muitas, porém simples. Não é incomum ouvir-se que a tomada da amostra para análise bromatológica tem que ser feita “com arte e ciência”. Devem prevalecer o bom censo e a experiência, em todos os passos, especialmente no tocante à quantidade e seleção da amostra. 2.1 DEFINIÇÕES Nas Normas Alimentares da FAO/OMS, conceitua-se a retirada da amostra como “o processo de tirar ou selecionar recipientes ou unidades de um conjunto de produção”. Como resultado destas operações, se obtém uma informação que permite avaliar a qualidade do conjunto (lote examinado) e, decidir se pode aceitar, se deve rejeitar ou negociar a mercadoria a que se refere. Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 8 2.2 AMOSTRA Define-se amostra como uma porção selecionada mínima, necessária para determinar as características de aptidão de uma quantidade maior de alimento ou matéria-prima alimentar. Esta deve ser representativa da totalidade. 2.3 AMOSTRAGEM Entende-se, por amostragem, o conjunto de operações necessárias para a tiragem da amostra. Aspectos fundamentais para a amostragem Na tomada da amostra para análise bromatológica, devem-se ter presentes alguns aspectos, que, por óbvia a sua observação, nós a chamamos de aspectos fundamentais (Figura 2). Figura 2. Aspectos fundamentais na tomada da amostra para análise bromatológica. ASPECTOS FUNDAMENTAIS A amostra para análise bromatológica tem que ser representativa da totalidade do alimento. A amostra para análise bromatológica não deve produzir prejuízo econômico sensível. A amostra para análise de contra-verificação tem que ser representativa da totalidade da amostra. 1° 2° 3° LEMBRE-SE TOTALIDADE DA AMOSTRA TOTALIDADE DO ALIMENTO Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 9 a) A amostra deve ser representativa da totalidade do alimento Quando se fala de representatividade da amostra, convém rever a definição, especialmente no que diz respeito à “porção selecionada” e “representatividade da totalidade”. Imaginemos, por exemplo, que num depósito temos 1000 unidades de embalagens de diferentes tamanhos de um determinado alimento ou matéria-prima alimentar, formando um conjunto de pilhas, onde as embalagens que as contêm estão uma em cima das outras, formando várias camadas. Pois bem, calculadas as quantidades de amostras necessárias, estas deverão ser retiradas de todos os cantos das pilhas e de todos os níveis, como também, da parte central do conjunto de pilhas. b) A amostra não deve causar prejuízo econômico significativo Sempre que são retiradas amostras para uma análise de controle bromatológico, há um prejuízo econômico, já que, por pouco que seja a quantidade tirada, esta tem um valor monetário. O que este princípio determina, é que esse valor monetário das amostras seja, no possível, o menor, sempre que não sejam descuidados os outros princípios. No exemplo anterior, calculadas as amostras a tirar, separar-se-á uma maior quantidade das amostras de menor tamanho, em favor das amostras de tamanho maior; por outro lado, o bom censo do pessoal encarregado de tirar as amostras deve prevalecer, não só para selecionar os lugares e as amostras, como também para fazer os cálculos que determinem a quantidade de amostra, se resultarem muito grandes. c) A parte da amostra a ser analisada numa análise de contraprova deve ser representativa da totalidade da amostra Deve ser tão representativa, que, numa análise de contra-prova, apresente os mesmos resultados que as outras análises. Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 10 Não podemos esquecer que esta parte da amostra fica em poder do responsável pelo alimento, portanto, será utilizada no caso de, as outras análises, delatem qualquer alteração e sejam declaradas como não aptas para o consumo. Neste caso, as autoridades, antes do descarte desses alimentos, terão que permitir a defesa do interessado, que, apresentando esta amostra far-se-á análises definitivas, que determinará o destino do alimento. Quando isto acontecer, responsável pelos alimentos poderá apresentar os seus próprios técnicos e até novas técnicas, sempre que estas sejam aprovadas ou de reconhecido uso para cobrir as necessidades analíticas. Não se deve esquecer que está em jogo uma partida de alimentos, que, grande ou pequena, significa um prejuízo econômico considerável, e lembrar, também, que a lei permite a defesa do interessado, em casos como este. É importante ressaltar que neste princípio, a representatividade é da quantidade total do alimento. 2.4 QUANTIDADE DE AMOSTRA A quantidade de amostra a ser colhida para análise bromatológica, dependerá da quantidade total de alimento a ser analisado. Esta quantidade será obtida por cálculos matemáticos, sem nos importar se o alimento apresenta-se com ou sem embalagem. Em todos os casos, sejam unidades de alimentos quando estes possuam embalagens, se não o possuírem serão calculados em quilogramas ou litros, as fórmulas matemáticas utilizadas são as mesmas, como também é o mesmo critério na escolha da amostra, sem esquecer que as quantidades de amostra a serem tiradas nunca poderão ser inferiores às quantidades mínimas necessárias para as análises bromatológicas de controle, de verificação e de contra-verificação, como se verá mais adiante. No caso de ser necessário fazer análises bacteriológicas, tirar uma quarta amostra, cuidando para proteger a amostra para que não sofra contaminação ou alteração das suas características. Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 11 2.5 ALIMENTOS COM EMBALAGENS Podem estar contidos nas mais variadas formas e tamanhos de embalagens, bem como em embalagens feitas dos mais variados materiais. A forma e o material utilizado na confecção da embalagem, não altera as regras da tomada da amostra, porém, não acontece com o tamanho da amostra, uma vez que dele depende o peso líquido do alimento que contém. O “Cordex Alimentarius” (Norma C.A. C/RM 42/69. FAO/OMS) considera os alimentos pré-envasados em relação ao seu tamanho e peso, e os divide em: a) Alimento com peso líquido igual ou inferior a 1 (um) Kg; b) Alimentos com peso líquido maior que 1 (um) Kg, mas não mais de 4,5 Kg; c) Alimentos com pesos líquidos superiores a 4,5 Kg. 2.5.1 EMBALAGENS PEQUENAS E MÉDIAS Quando as amostras se apresentam com embalagens de tamanho médio ou pequeno, a amostragem consistirá em tirar unidades fechadas (originais). Por embalagem original entende-se a embalagem tal qual se encontra no mercado para ser vendida: em garrafas, vidros, latas, caixas e outros tipos de embalagem. 2.5.2 EMBALAGENS GRANDES Quando o alimento se encontra em embalagem grande, procede-se como