Grátis
135 pág.

Denunciar
5 de 5 estrelas









8 avaliações

Enviado por
Anderson Farias
5 de 5 estrelas









8 avaliações

Enviado por
Anderson Farias
Pré-visualização | Página 7 de 28
com os alimentos sem embalagem. Transfere-se para vidros ou caixas de papelão, apropriados, tendo o cuidado de homogeneizá-los. Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 12 2.6 DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DE AMOSTRA A quantidade da amostra, para todos os casos, deverá ser calculada por fórmulas matemáticas: tira-se uma quantidade equivalente à raiz quadrada da totalidade do alimento. Se essa quantidade for grande demais, pode-se reduzi-la, dividindo-a por dois; se essa continuar uma quantidade muito grande, pode-se reduzir, utilizando a resultante da rias cúbica e, até, raiz cúbica sobre dois. Figura 3. Determinação da quantidade de amostra. QUANTIDADE DA AMOSTRA AMOSTRA APRESENTAM-SE COM EMBALAGEM PEQUENA MÉDIA GRANDE LÍQUIDA SEMI SÓLIDA SÓLIDA 3 2 3 SEM EMBALAGEM U N I D A D E Q U A N T I D A D E g kg ou ml l 2 Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 13 Não se deve esquecer de utilizar o critério da representatividade e prejuízo econômico. As quantidades de alimento poderão ser calculadas em cada caso, ou tiradas das tabelas especiais, como a Tabela 1, onde os cálculos foram feitos com base do “tamanho” do lote de alimentos. Tabela 1. Cálculos de alimentos com embalagens pequenas e médias. UNIDADES √ √ / 2 3√ 3√ / 2 Até 9 3 - - - 10 a 25 4 - - - 26 a 50 6 3 - - 51 a 75 8 4 4 - 76 a 100 9 5 5 - 101 a 150 11 6 5 - 151 a 200 13 7 6 3 201 a 250 15 8 6 3 251 a 300 17 9 7 4 301 a 350 18 9 7 4 351 a 400 19 10 7 4 401 a 450 21 11 7 4 451 a 500 22 11 8 4 501 a 600 23 12 8 4 601 a 700 26 13 9 5 701 a 800 27 14 9 5 801 a 900 29 15 10 5 901 a 1000 31 16 10 5 1001 a 1500 35 18 11 6 1501 a 2000 42 21 12 6 2001 a 2500 47 24 13 7 2501 a 3000 52 25 14 7 3001 a 4000 59 30 15 8 4001 a 5000 67 34 17 9 5001 a 6000 74 37 18 9 6001 a 7000 81 40 19 10 7001 a 8000 87 43 20 10 8001 a 9000 92 46 21 11 9001 a 10000 97 49 22 11 10001 a 12500 106 53 23 12 12501 a 15000 117 59 24 12 15001 a 17500 127 64 26 13 17501 a 20000 137 69 27 14 Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 14 2.7 ALIMENTOS SEM EMBALAGEM A técnica a ser utilizada vai depender do estado físico do alimento, sendo que as quantidades a tirar serão calculadas, utilizando o mesmo critério anterior, da raiz quadrada ou cúbica, em gramas (ou kg) ou em mL (ou litros), dependendo, se os alimentos sólidos, semi- sólidos ou líquidos (Tabela 1). O Manual Oficial para Análise Bromatológico de La Plata (B.A) (Argentina) distingue a amostragem de pequenas quantidades e de quantidades grandes de alimentos em relação a seu estado físico. 2.8 ALIMENTOS LÍQUIDOS São colocados em garrafas ou frascos de vidro de 50 mL a 1000 mL perfeitamente limpos e desengordurados e que possam ser fechados hermeticamente. Os recipientes de vidro são lavados e desengordurados com a mistura sulfocrômica (50 g de dicromato de potássio para 1,0 Kg de ácido sulfúrico) durante 12 horas a 24 horas. Depois deste banho oxidante são enxaguados e secados em estufa. Quando se torna necessária a análise bacteriológica do alimento, deve-se, além disso, autoclavar os fracos a 120°C por 20 minutos (Figura 4). As tampas dos fracos em que se colocam as amostras também devem estar limpas e esterilizadas. As tampas ideais são as de vidro esmerilhado. Mas podem ser utilizadas rolhas de plástico, borracha ou cortiça, contanto que assegure um vedamento hermético, que evite perdas da amostra, da ação do ar, da umidade ambiental e microbiológica etc. É importante homogeneizar os alimentos para que, quando a amostra é colhida, ela seja representativa do total; quando os alimentos do qual se colhe a amostra está contido em recipientes de 10 ou mais litros, deve-se agitá-lo; quando as embalagens são maiores ainda, deve-se encontrar um outro meio de homogeneizar, ou então colher a amostra em diferentes níveis, utilizando tubos de vidro ou metal compridos, semelhantes a pipetas, e indicar, no rótulo, o nível em que a amostra foi colhida. Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 15 Figura 4. Esquema para análise de alimentos líquidos. 2.9 ALIMENTOS SEMI-SÓLIDOS Coloca-se em vidros de boca larga a quantidade de alimentos semi-sólidos, estabelecida segundo as normas, obedecendo às mesmas recomendações dadas para alimentos líquidos. Quando se trata de pequenas quantidades de alimentos, o método recomendável é o do quarteio, que consiste em fazer dois cortes perpendiculares com uma faca de aço ALIMENTOS LÍQUIDOS SEM VIDROS OU GARRAFAS 50 mL - 1000 mL ANÁLISE BACTERIOLÓGICA ANÁLISE QUÍMICA AUTOCLAVE 120°C x 20’ ESTUFA 120°C x 2h TAMPAS LIMPAS DESENGORDURADAS Mistura sulfúrico-crômica LIMPAS ATÓXICAS INATACÁVEIS Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 16 inoxidável, separando uma das partes; se uma parte não for suficiente, tomem-se duas partes opostas (1 e 4 ou 2 e 3). Quando a quantidade de alimento for grande, podem-se tirar pequenas porções de cada uma delas, até completar a quantidade necessária. Pode-se utilizar, para isto, um aparelho especial, que perfura a amostra em diferentes pontos. Obtém-se, assim, uma amostra representativa. 2.10 ALIMENTOS SÓLIDOS Aplicam-se todas as normas conhecidas e adotadas para este tipo de alimento. As amostras podem ser colocadas em caixas, ou empacotadas. No empacotamento, utilizam-se folhas de papel impermeável, recobertas de papel grosso e amarradas com corda. Não se deve esquecer, no final, de que é necessário lacrar a corda, carimbar e assinar. Sem dúvida, estas normas para a amostragem de alimentos sem embalagens, são muito gerais, já que cada alimento tem sua própria técnica de extração e, em muitos casos, seus próprios elementos, como acontece com o perfurador de queijos ou o extrator de cereais. Embora as técnicas e utensílios de trabalho sejam muito importantes, para a grande maioria dos alimentos, as normas gerais acima explicitadas, resultam suficientes. Tabela 2. Cálculo de quantidade de amostra para alimentos sem embalagem. Cálculo de quantidades de amostras para alimentos sem embalagem Kg/1 kg UB em g ou mL Até 25 0,158 lll 26 a 50 0,182 lV 51 a 75 0,249 V 76 a 100 0,296 Vl 101 a 150 0,352 Vll 151 a 200 0,417 Vlll 201 a 250 0,479 X 251 a 300 0,524 Xl 301 a 400 0,590 Xll 401 a 500 0,665 Xlll 501 a 600 0,740 XV 601 a 700 0,805 XVl 701 a 800 0,865 XVlll 801 a 900 0,921 XlX 901 a 1000 0,974 XX Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 17 2.11 ENVIO DE AMOSTRAS AO LABORATÓRIO O envio da amostra deve ser efetuado de tal maneira que assegure uma total garantia de inviolabilidade, conservação e integridade (Figura 5). Não tendo estes cuidados, a amostra deixa de ser representativa e perde todo valor legal. Figura 5. Envio de amostras ao laboratório: inviolabilidade, conservação e integridade. 2.11.1 INVIOLABILIDADE Uma amostra pode ser uma arma legal que poderá decidir o destino dos alimentos em estudo, isto é, liberar ou condenar o alimento, sendo problemático nos dois casos. No primeiro caso, porque poderão ser liberados alimentos que estão aptos para o consumo, com as conseqüências imagináveis para o consumidor. No segundo