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caso, pela dupla perda, do alimento propriamente, e da perda econômica resultante. Esta norma de inviolabilidade deverá ser observada para evitar trocas ou substituições totais ou parciais da amostra, que poderão modificar os dados laboratoriais. Poder-se-ão acrescentar ou substituir substâncias próprias ou estranhas, com a finalidade de alterar os resultados das análises. ENVIO DA AMOSTRA - I - AMOSTRAGEM GARANTIA DE: INVIOLABILIDADE CONSERVAÇÃO INTEGRIDADE Para evitar trocas, substituições ou acréscimo de substâncias próprias e estranhas UNIDO AO CONCEITO DE NÃO ALTERAÇÃO UNIDO AO CONCEITO DE NÃO RUPTURA Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 18 2.11.2 CONSERVAÇÃO Os alimentos perecíveis, pelas próprias características, são possíveis de decompor-se ou deteriorar-se. Uma amostra que seja enviada para o laboratório e que sofra os ataques de fatores estranhos, não poderá refletir o verdadeiro estado do alimento, portanto, os resultados das análises serão duvidosos. A conservação vai unida ao conceito de não alteração, assim, deverá enviar-se ao laboratório, protegido de tal maneira, que não sofra deteriorações, sendo, o correto, acondicioná-la em caixas de isopor com alguma mistura refrigerante ou simplesmente com gelo. Também, nestes casos, é importante enviá-la rapidamente para o laboratório. 2.11.3 INTEGRIDADE Ao falar de integridade, devemos unir este conceito ao de não-ruptura da amostra. Considerando que qualquer alimento é passível de deteriorar-se pela ação da temperatura. Ar, umidade, etc., e que os alimentos com embalagens estariam protegidos dos fatores ambientais. Não é incomum que alimentos com embalagens de vidro cheguem, ao laboratório, estragados, invalidando as análises. Tão pouco é incomum, que garrafas ou vidros cheguem vazados, com perdas, por incorreto fechamento. Estas amostras, nestas condições, perdem todo o valor analítico e legal. 2.12 IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA Toda amostra deverá ser perfeitamente identificada. Não se pode esquecer que o destino dos alimentos dependerá dessa amostra e que uma confusão pode trazer graves conseqüências. A identificação da amostragem é a dois níveis: a) nas amostras propriamente ditas; b) nos pacotes, onde serão remetias (Figura 6). Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 19 Figura 6. Envio de amostras ao laboratório: identificação e amostragem. Aconselha-se colocar um rótulo em cada amostra, indicando claramente o tipo de produto a ser analisado, peso líquido, data, endereço da indústria ou fábrica, nome dos inspetores ou responsáveis pela amostragem, como também o nome de testemunhas. Se for necessário, deverão acrescentar-se outros dados que poderão orientar os analistas, como pode ser o estado de higiene local, as condições ambientais, se os alimentos provocaram algum tipo de intoxicação. Enfim, todos os dados que sirvam à pesquisa do laboratório, para, assim, obterem-se os melhores resultados. Não esquecer que, por regra geral, não se deverá acrescentar conservantes às amostras, porém, se por razões especiais é acrescentado algum conservante, deverá anotar-se qual a substância, como também as quantidades utilizadas. Nestas condições, as amostras são misturadas, separadas em três partes iguais e empacotadas com papel, caixas de papelão ou de maneira e acondicionadas de maneira, tal que não possam deteriorar-se. Os pacotes são amarrados cuidadosamente, restando, para ENVIO DA AMOSTRA – II - IDENTIFICAÇÃO AMOSTRAGEM DAS AMOSTRAS (rótulas) produto peso data endereço nome dos inspetores estemunhas outros dados DOS PACOTES (de papel, caixas de madeira ou de papelão) atar lacrar carimbar identificar assinar outros dados Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 20 completar os cuidados, lacrar, carimbar, identificar e colocar a assinatura dois responsáveis pela amostragem. As amostras assim acondicionadas são enviadas para o laboratório no menor período de tempo, especialmente quando são alimentos perecíveis. Neste caso, terá que ser substituída, a caixa de papelão ou madeira, pela geladeira de isopor. 2.13 DESTINO DAS AMOSTRAS Como foi dito, as amostras colhidas, são divididas em três partes, logo que forem perfeitamente misturadas. Cada uma destas partes vai cumprir funções diferentes (Figura 7). Das duas amostras que vão ao Laboratório Bromatológico, uma delas é para fazer a análise propriamente, sendo que a outra é reservada para fazer a retificação ou verificação dos dados anteriores, ou seja, para repetir as análises, em caso de dúvida. A terceira amostra fica em poder do comerciante, industrial, enfim, em poder do interessado, para fazer a contraprova ou contra-verificação da análise, caso seja necessário. A terceira parte em que foi dividida a amostra terá que ser cuidada e protegida pelo interessado. Nas outras duas partes, que vão para o laboratório, antes de serem abertas, são adotados os dados correspondentes à amostra e também as condições em que chegaram. 2.14 RESULTADOS DAS ANÁLISES BROMATOLÓGICAS Feitas as análises correspondentes, pode suceder que os alimentos sejam liberados (aptos para o consumo), ou que sejam condenados (não aptos para o consumo). No primeiro caso, é comunicado, ao interessado ou responsável pelos alimentos, que o lote foi liberado para o consumo. O segundo caso ocorre quando a primeira análise indica que a partida não é apta para o consumo. Repetem-se as análises com a segunda amostra (retificação ou verificação). Se são confirmados os resultados, deverá comunicar-se ao interessado que pode exigir uma contraprova ou contra-verificação, utilizando, para estas análises, a terceira amostra (que ficou em seu poder). Como se pode ver, são extremas as precauções para evitar riscos à saúde da população e liberar a venda de alimentos duvidosos. Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 21 Figura 7. Destino das amostras. 2.15 QUANTIDADE MÍNIMA DE AMOSTRA PARA ANÁLISE BROMATOLÓGICA É importante lembrar que as quantidades mínimas estabelecidas para uma análise de controle bromatológico são apenas suficientes para fazer uma análise, mas terão que ser tiradas, sempre, quantidades suficientes, para que, quando se faz a separação da amostra em três partes, cada uma delas, nunca, resulte em quantidade inferior à mínima necessária para cada análise. O Manual Oficial de Procedimentos de Inspetoria insiste na necessidade de tirar uma quarta amostra, nos casos em que se inclui a análise microbiológica, utilizando as mesmas técnicas de cálculos e procedimentos que a utilizada para tirar as amostras para análises químicas, só que terão que ser cuidados aspectos imprescindíveis, inerentes à esterilização, lavagem, etc., dos vidros ou garrafas, para alimentos sem embalagem e, fundamentalmente, sua remessa urgente e em condições adequadas, para o laboratório. DESTINO DAS AMOSTRAS AS AMOSTRAS TIRADAS COMA ARTE E CIÊNCIA SÃO MISTURADAS E DIVIDIDAS EM TRÊS PARTES 2ª P A R T E 1ª P A R T E 3ª P A R T E LABORATÓRIO PARA ANÁLISE BROMATOLÓGICA LABORATÓRIO PARA ANÁLISE DE VERIFICAÇÃO NO LOCAL PARA A ANÁLISE DE CONTRA-VERIFICAÇÃO Noções de análises físico-químicas de alimentos Dr. Victor Elias Mouchrek Filho 22 2.16 UNIDADES BÁSICAS DE AMOSTRAS Por razões de índole prática, estabelece-se um sistema de unidades básicas para as amostras de alimentos