Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CARACTERÍSTICAS GERAIS Biomoléculas de maior abundância na natureza Distribuída em todos os seres vivos Principal combustível metabólico para seres vivos Fonte de C na síntese de outros compostos celulares esqueleto de C de aminoácidos Podem ser reservados Amido: vegetais Glicogênio: animais e microrganismos Elementos estruturais das células e tecidos Celulose: vegetais Quitina: animais e fungos 2 ESTRUTURA Sinonímia: hidratos de C,oses, glicídeos, glúcides, açúcares, sacarídeos Fórmula geral = (CH2O)n, onde 3 n 8 Alguns carboidratos além de C, H e O, contêm N, P ou S 3 ESTRUTURA Poliidroxialdeídos (aldoses) ou poliidroxicetonas (cetoses), ou substância, que por hidrólise, libere estes compostos Aldoses: contêm carbonila (-CH=O) no C1 (Aldeído). Ex.: D-Glicose (dextrose), D-Manose Cetoses: contêm carbonila (-CH=O) no C2 (Cetona). Ex.: D-Frutose, D- Sorbose 4 5 Diidroxicetona (cetotriose) D-Gliceraldeído (aldotriose) C H O CHOH CH2OH CH2OH C=O CH2OH 1 2 3 ESTRUTURA =1 2 3 CLASSIFICAÇÃO Segundo o tamanho da cadeia Classes principais Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos 6 MONOSSACARÍDEOS Açúcares mais simples não hidrolisáveis Incluem compostos de 3 até 8 átomos de C Monossacarídeo mais abundante na natureza glicose Unidades formadoras dos oligo e polissacarídeos 7 MONOSSACARÍDEOS Esqueleto carbônico dos monossacarídeos Cadeia carbônica não ramificada, onde os átomos de C estão unidos por ligações covalentes simples Na cadeia aberta: um dos átomos de C forma ligação dupla com um átomo de O (formando o grupo funcional carbonila) C1 nas aldoses e C2 nas cetoses 8 MONOSSACARÍDEOS (ALDOSES) 9Galactos e MONOSSACARÍDEOS (CETOSES) 10 MONOSSACARÍDEOS De acordo com número de átomos de C: 11 Hexose (6C) Heptose (7C) Octose (8C) Triose (3C) Tetrose (4C) Pentose (5C) FórmulaNome C 3H6O3 C 4H8O4 C 5H1 0O5 C 6H1 2O6 C 7H1 4O7 C 8H1 6O8 MONOSSACARÍDEOS Esteroisomeria Todos os monossacarídeos, exceto a diidroxicetona, contêm um C assimétrico (quiral que pode sofrer rotação; penúltimo da cadeia), o que permite a existência de isômeros ópticos: Enantiômeros Epímeros Anômeros 12 MONOSSACARÍDEOS (ESTEROISOMERIA) 13 ENANTIÔMEROS CHO CH2OH OHH OHH CHO CH2OH HHO HHO CHO CH2OH HHO OHH CHO CH2OH OHH HHO D-Eritrose L-Eritrose D-Treose L-Treose Quando 2 isômeros ópticos são imagens especulares (D e L) um do outro, eles são chamados de enantiômeros 14 EPÍMEROS CHO CH2OH OHH HHO OHH OHH D-Glicose D-Galactose CHO CH2OH OHH HHO HHO OHH CHO CH2OH HHO HHO OHH OHH D-Manose 2 2 4 4 MONOSSACARÍDEOS (ESTEROISOMERIA) Quando 2 monossacarídeos diferem na configuração de um único átomo de C, eles são chamados de epímeros um do outro MONOSSACARÍDEOS - MUTARROTAÇÃO Mutarrotação ou ciclização Monossacarídeos com 5 ou mais átomos de C, ocorrem geralmente, em soluções aquosas como estruturas cíclica (anel) Representação linear didática Ligações entre os átomos de C da molécula não têm ângulos de 180º, mas muito menores Dobramentos da cadeia, aproximando uma das OH do grupo carbonila (-C=O) Resultando em uma estrutura cíclica Carbono Anomérico: novo centro quiral formado no -C=O após a ciclização 15 MONOSSACARÍDEOS 16 D-Glicose C H OH H HO H OH H CH2OH OH OH(a) H OH H HO H H OH H CH2OH O O H H H OH H HO H OH(b) OH H CH2OH O 5 5 5 5 CH=O CH2OH OHH HHO OHH ÖHH Carbono Anomérico b-D-Glicose Anômeros α-D-Glicose e b-D-Glicose são anômeros um do outro,se diferem na posição da OH ligada ao C anomérico b: –OH no C anomérico é cis (acima) em relação ao C terminal (-CH2OH); a: –OH é trans (abaixo). α-D-Glicose Ciclização de ALDOHEXOSES MONOSSACARÍDEOS 17 Ciclização ALDOPENTOSES CETOHEXOSES O OH( a ) H H HO OH H H O H OH( b ) H HO OH H H HOCH 2 HOCH 2 α-D-Ribose b-D-Ribose O OH( a ) CH2OH H H HO O CH2OH OH( b ) H H HOCH 2 HOCH 2 α-D-Frutose b-D-Frutose 5 5 1 1 2 2 6 6 Carbono Anomérico Carbono Anomérico HHO HO HO H 1 1 REAÇÕES DE MONOSSACARÍDEOS Oxidação-Redução REAÇÕES DE MONOSSACARÍDEOS Oxidação-Redução Papel-chave na bioquímica Oxidação de carboidratos fornece energia para que os microrganismos realizem seus processos vitais Máxima produção de energia a partir de carboidratos, ocorre quando açúcares são completamente oxidados Respiração Oposto da oxidação completa de açúcares é a redução de CO2 e H2) para formar açúcares Fotossíntese REAÇÕES DE MONOSSACARÍDEOS Formação de glicosídeos Ligação dos monossacarídeos para formar oligo e polissacarídeos Um grupo OH de um açúcar forma uma ligação com o grupo OH de outro açúcar (usualmente o C anomérico) Diferentes formas estereoquímicas são possíveis para as ligações glicosídicas, como consequência as substâncias formadas apresentam diferentes funções LIGAÇÃO GLICOSÍDICA hemiacetal álcool hemiacetalacetal α-D- glicose β-D-glicose Maltose hidrólise condensação MONOSSACARÍDEOS - DERIVADOS 22 Aminoaçúcares: Um grupo OH do carboidrato é substituído por um grupo amino (NH2) ou um de seus derivados MONOSSACARÍDEOS- DERIVADOS Ação Oxidante: A carbonila dos monossacarídeos pode ser reduzida a –OH, gerando polióis. 23 Ni + D-Glucitol (D-Sorbitol) D-Glicose H2 CHO CH2OH OHH HHO OHH OHH CH2OH CH2OH OHH HHO OHH OHH Redução MONOSSACARÍDEOS - DERIVADOS Ésteres fosfóricos 24 H H OH H HO H OH OH H CH2OH O b-D-Glicose -O-P-OPOPO-Adenosina O O- O- O O- O + + -OPOPO-Adenosina O- O O- O ATP H H OH H HO H OH OH H CH2OPO3 2- O β-D-Glicose-6-fosfato ADP Hexoquinase OLIGOSSACARÍDEOS Carboidratos formados por um pequeno número de monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas (2 a 10 monossacarídeos) Os oligossacarídeos são normalmente dissacarídeos (2 monossacarídeos unidos) DISSACARÍDEOS Sacarose Açúcar comumente extraído da cana-de-açúcar e da beterraba Formada por uma molécula de glicose e uma molécula de frutose unidas por uma ligação glicosídica α 1→2 Como os dois C anoméricos dos monossacarídeos estão envolvidos na ligação glicosídica, a sacarose não é um açúcar redutor O HO HO O OH CH2OH OH HO O CH2OH HOCH2 1 1 2 O HO OH OH CH2OH O OH HO O CH2OH HOCH2 1 2 1 D-Glicose D-Frutose Ligação α 1→2 DISSACARÍDEOS Lactose Açúcar do Leite (humano: de 5% a 8%; bovino: 4% a 5%). Galactose e glicose em ligação β 1→4 Redutor o C anomérico da porção glicose não está envolvido na ligação glicosídica livre para ser oxidado O HO HO OH O CH2OH O HO OH OH CH2OH OHO O HO OH CH2OH O OH OH OH CH2OH 1 1 4 4 D-Galactose D-Glicose Ligação β 1→4 Ligação β 1→4 1 1 Carbono anomérico livre DISSACARÍDEOS Maltose Açúcar do malte Glicose e glicose em ligação α 1→4 Pode ser obtida pela hidrólise do amido e glicogênio Redutor segunda molécula de glicose tem C anomérico livre Mamíferos digerem a maltose O HO HO OH OO HO OH OH CH2OH CH2OH O OH O OH HO O OH HO OH CH2OH HOCH2 1 4 1 4 Ligação α 1→4 1 1 DISSACARÍDEOS Celobiose Intermediário da hidrólise da celulose Semelhante à maltose (Glicose e glicose), diferindo-se apenas pela ligação glicosídica que é β 1→4 Mamíferos não digerem a celulose O O HO OH OH CH2OH O HO O HO OH CH2OH O OH OH OH CH2OH 1 1 4 4 D-Glicose D-Glicose Ligação β 1→4 Ligação β 1→4 1 1 OH O H O O H CH2OH POLISSACARÍDEOS Polímeros constituídos de centenas ou milhares de resíduos de monossacarídeos ligados através de ligações glicosídicas Homopolissacarídeos Polímeros de um único tipo de monossacarídeo Heteropolissacarídeos Polímeros de mais de um tipo de monossacarídeo POLISSACARÍDEOS Amido Reserva vegetal, nutrição humana Cadeias: Amilose: Polímero não ramificado de glicose em ligações α1→4 Contém de 50 a 5000 moléculas de glicose Amilopectina: Polímero de glicose em ligações α1→4 com ramificações α1→6 Cerca de 1000000 moléculas de glicose POLISSACARÍDEOS - AMILOSE Grânulos de amido de milhoCadeia não ramificada Ligações glicosídicas α 1,4 POLISSACARÍDEOS - AMILOPECTINA Ramificações, em média, a cada 24 moléculas de Glicose Ligações glicosídicas α 1,4 Ligações glicosídicas α 1,6 POLISSACARÍDEOS Glicogênio Reserva animal e fúngica Possui cadeia ramificada semelhante à amilopectina Polímero de glicose em ligações α1→4 com ramificações α1→6 Ramificações a cada 12 moléculas de Glicose Cerca de 50000 moléculas de glicose POLISSACARÍDEOS Amilopectina Glicogênio Ramificações α1→6 POLISSACARÍDEOS Celulose Mais abundante componente estrutural de plantas Polímero linear contendo cerca de 15000 D-Glicose ligadas através de ligações b 1→4 Estabilizada por pontes de H O organismo humano não a degrada O OH HO O O O OH HO O O OH HO HO-CH2 HO-CH2 HO-CH2 1 1 1 4 4 4 POLISSACARÍDEOS Quitina Principal componente do exoesqueleto de invertebrados. Presente também na parede celular de algas, fungos filamentosos e leveduras. Formado pela polimerização de unidades de N-acetil-b-D- glucosamina através de ligações glicosídicas b1→4. CHO CH2OH NH-CCH3H HHO HHO OHH O N-Acetil-D-glucosamina POLISSACARÍDEOS Inulina Polímero de frutose (cerca de 140 moléculas) em ligação β 1→2 Possui um resíduo de glicose terminal em ligação β 1→2 com a frutose. Usos: Prova de função renal (Clearance) Em substituição à glicose (diabéticos) POLISSACARÍDEOS Peptidoglucano Compõem parede celular bacterina e de outros microrganismos Heteropolímero formado de unidades repetitivas de NAG-NAM ligadas através de ligações glicosídicas b 1→4 As cadeias do polissacarídeo são interligadas através de oligopeptídeos, gerando estabilidade e proteção para a célula POLISSACARÍDEOS Peptidoglucano POLISSACARÍDEOS Estrutura e função de alguns polissacarídeos Dúvidas??? daniellevilela@ufgd.edu.br
Compartilhar