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O que é queratina

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O que é queratina?
O QUE É BIOLOGIA?
Entender melhor o que é queratina e conhecer sua estrutura ajuda-nos a compreender a importância dessa proteína para o corpo e como ela atua. Com certeza você já ouviu falar a respeito da queratina, não é mesmo? Muitos produtos, como cremes para o cabelo, destacam a presença dessa substância em sua composição. Mas, afinal, o que é a queratina? Para que ela serve?
→ O que é queratina?
A queratina é uma proteína fibrosa que apresenta como características a conformação rígida, elasticidade e impermeabilidade à água. Possui origem animal e é encontrada na epiderme dos vertebrados e em alguns anexos epidérmicos, como pelo, unha, cascos, penas e escamas. Essa proteína é produzida em células denominadas de queratinócitos, que são as mais abundantes da epiderme humana.
Como qualquer proteína, a queratina é formada por aminoácidos. Ela apresenta uma grande quantidade de resíduos de cisteína, que é responsável por 7% a 20% do total de aminoácidos presentes na queratina. Vale frisar que a cisteína está localizada principalmente na região terminal das cadeias da queratina.
Observa a estrutura da queratina, uma proteína estrutural
Na queratina, observa-se a formação de pontes dissulfeto, que são responsáveis por suas características, tais como a rigidez. Elas apresentam cadeias polipeptídicas que estão fortemente associadas de maneira paralela, formando uma matriz contínua após a sua secagem.
A queratina apresenta forma tridimensional de α-hélice ou de folhas-β-pregueadas. A forma de α-hélice é encontrada na α-queratina, a qual está presente em mamíferos. As folhas-β-pregueadas são encontradas na β-queratina, presente em répteis e aves.
A queratina produzida pelos queratinócitos pode ser classificada em flexível ou resistente. Na camada mais externa da epiderme, encontramos queratinas flexíveis; nos cabelos, unhas e penas, encontramos queratinas resistentes. As queratinas flexíveis são aquelas que apresentam baixo teor de pontes dissulfeto, e as resistentes possuem um alto teor dessas ligações.
→ Função da queratina
A queratina garante, principalmente, proteção aos organismos, criando, por exemplo, uma barreira mecânica graças à sua impermeabilidade à água. Essa característica é extremamente importante quando analisamos a pele, que, sem a queratina, poderia apresentar uma perda desnecessária de água. A queratina também pode ajudar a proteger contra choques mecânicos e micro-organismos. Por ser componente de unhas, garras e chifres, a queratina também ajuda na captura de presas e na proteção contra predadores.
http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-queratina.htm
Tecido conjuntivo adiposo
Nesse tecido a substância intracelular é reduzida, e as células, ricas em lipídios, são denominadas células adiposas. Ocorre principalmente sob a pele, exercendo funções de reserva de energia, proteção contra choques mecânicos e isolamento térmico. Ocorre também ao redor de alguns órgãos como os rins e o coração.
As células adiposas possuem um grande vacúolo central de gordura, que aumenta ou diminui, dependendo do metabolismo: se uma pessoa come pouco ou gasta muita energia, a gordura das células adiposas diminui; caso contrário, ela se acumula. O tecido adiposo atua como reserva de energia para momentos de necessidade.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio14.php
Leucócitos
 Histologia
Os leucócitos (também chamados de glóbulos brancos), assim como as hemácias, são elementos figurados do sangue. Essas células são formadas no adulto dentro dos ossos, na medula óssea vermelha. Existem cerca de 5 mil a 10 mil leucócitos por milímetro cúbico de sangue em um humano adulto.
Os leucócitos têm como principal função proteger nosso organismo contra patógenos e organismos estranhos. Eles atuam fagocitando as partículas invasoras ou produzindo substâncias que vão agir destruindo ou inativando essas partículas.
Podemos classificar os leucócitos de acordo com a presença de grânulos em granulócitos e agranulares. Os grânulos são, na verdade, lisossomos, organelas especializadas na digestão intracelular. Esses grânulos coram densamente quando submetidos à coloração hematológica tradicional.
Dentre os granulócitos, podemos citar os neutrófilos, que são os tipos mais numerosos. Exibem forma esférica e um núcleo geralmente trilobado. Essas células realizam fagocitose e possuem a capacidade de deixar os vasos sanguíneos e penetrar nos tecidos, exercendo assim a sua função de proteção do organismo. O processo pelo qual os leucócitos conseguem atravessar a parede do vaso sanguíneo e penetrar nos tecidos é chamado de diapedese.
Os eosinófilos são células que também possuem grânulos e estão relacionadas com a fagocitose dos complexos antígeno-anticorpo. Sua forma é esférica e o núcleo, bilobado. O número dessas células é aumentado durante respostas a infecções parasitárias e reações alérgicas.
Os basófilos, outro leucócito granulócito, atuam liberando histamina e heparina, substâncias que ajudam na dilatação dos vasos sanguíneos e na anticoagulação, respectivamente. Apresentam forma esférica e núcleo irregular.
Os linfócitos são células agranulares muito abundantes no sangue, só perdendo para os neutrófilos. Muito importantes no processo imunológico, essas células estão envolvidas com a produção de anticorpos. Sua forma é esférica e o núcleo é grande e também esférico. Os linfócitos podem ser divididos em dois tipos: linfócitos T e linfócitos B.
Os linfócitos T diferenciam-se dos linfócitos B em virtude do local onde ocorre a diferenciação. Os linfócitos T diferenciam-se no timo, enquanto o linfócito B diferencia-se na medula óssea.
Os linfócitos T são divididos em duas classes: linfócito T citotóxico ou CD8, que atua matando células infectadas, e o linfócito T auxiliar ou CD4, que atua coordenando a resposta imunitária e ativando células de defesa, como os Linfócitos B e macrófagos. Os linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos, que têm por função a produção de anticorpos.
Os monócitos possuem um núcleo redondo ou reniforme e grande citoplasma. Eles tornam-se macrófagos, células especializadas no processo de fagocitose de vírus, fungos e bactérias. Além disso, são responsáveis pela destruição de células mortas e danificadas no corpo.
O aumento ou diminuição de glóbulos brancos no sangue pode causar algumas doenças. Chamamos de leucocitose o aumento significativo de leucócitos no sangue. Já a leucopenia acontece quando ocorre uma diminuição nas taxas de leucócitos, sendo normalmente associada a doenças virais.
Uma doença relacionada com os leucócitos é a leucemia, um tipo de câncer em que há a produção descontrolada de leucócitos que não se diferenciam e não são funcionais. O tipo de leucemia está relacionado com o tipo de leucócito afetado.
https://biomania.com.br/artigo/leucocitos
Leucócitos - O que são e Valores de Referência
Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são as células responsáveis por defender o organismo contra infecções, doenças, alergias e resfriados, sendo parte da imunidade de cada pessoa.
Este tipo de células são transportadas no sangue para serem utilizados sempre que um vírus, uma bactéria, ou qualquer outro organismo estranho entra no corpo humano, eliminando-os e impedindo que provoquem problemas de saúde.
Valor de referência de leucócitos
O valor normal de leucócitos no sangue situa-se entre 3.800 a 9.800/mm3, porém, é possível apresentar valor alterado de leucócitos no exame de sangue devido a algumas causas, como infecção recente, estresse ou aids.
Causas de leucócitos altos
Os leucócitos aumentados, também conhecidos como leucocitose, são caracterizados por um valor superior a 11.000/mm3 no exame de sangue.
Possíveis causas: infecção ou doença recente, excesso de estresse, efeito colateral de um remédio, alergias, artrite reumatoide, mielofibrose ou leucemia, por exemplo;
Quais os sintomas: são raros, mas podem incluir febre acima de 38ºC, tonturas, dificuldade para respirar, formigamentonos braços e pernas e perda de apetite;
Nestes casos, deve-se consultar um clínico geral para diagnosticar a causa dos leucócitos aumentados, uma vez que pode ser necessário fazer algum tratamento específico com antibióticos ou corticoides.
Causas de leucócitos baixos
Os leucócitos baixos, também chamados de leucopenia, surgem quando existe menos de 4.000/mm3 leucócitos no exame de sangue.
Algumas causas: anemia, uso de antibióticos e diuréticos, má nutrição ou sistema imune fraco provocado por HIV, leucemia, lúpus ou quimioterapia, por exemplo;
Quais são os sintomas: cansaço excessivo, infecções e resfriados recorrentes, febre constante, dores de cabeça e dor abdominal;
Se isto acontecer, é recomendado ir ao clínico geral para diagnosticar a causa da doença. Porém, em alguns casos, é normal apresentar leucócitos baixos sem causa grave, devendo-se apenas ter cuidado para evitar gripes e resfriados, que podem acontecer mais facilmente.
Veja que sintomas podem indicar imunidade baixa.
O que pode ser leucócitos na urina
É normal apresentar leucócitos na urina, uma vez que, enquanto envelhecem ou são destruídos, os leucócitos são eliminados pela urina. Porém, durante infecções urinárias ou em situações de doenças mais graves, como câncer, os valores de leucócitos na urina normalmente aumentam muito.
Geralmente, os leucócitos na urina altos geram sinais e sintomas, como urina com espuma, febre, calafrios ou sangue na urina, por exemplo. Nestes casos deve-se consultar o clínico geral ou um nefrologista para diagnosticar a causa e iniciar o tratamento adequado.
Além disso, os leucócitos altos na urina também podem ser sinal de gravidez, especialmente quando acompanhados de aumento no número de proteínas na urina. Nestes casos deve-se fazer o teste de gravidez ou consultar o ginecologista para evitar falsos diagnósticos.
https://www.tuasaude.com/leucocitos/
Valores normais de hematócrito
Os valores normais de hematócrito - proporção entre as células sanguíneas e o plasma - se situam entre 40% e 52% nos homens e 36% e 47% entre as mulheres. Valores baixos de hematócrito no sangue podem indicar a presença de anemia. Hemorragias, gravidez, problemas na medula óssea, leucemia e hipertireoidismo também diminuem sua concentração no sangue. Por outro lado, valores elevados de hematócrito podem ser indício de problemas cardíacos, desidratação e doenças pulmonares crônicas. 
Valores normais de hemoglobina
A taxa de hemoglobina varia conforme a idade. Em um recém-nascido, os valores normais de hemoglobina ficam entre 13,5 e 19,5 gramas por decilitro de sangue. Aos três meses, os valores vão de 9,5 a 12,5 g/dl. Com um ano de idade, os parâmetros voltam a subir, situando-se entre 11 e 13 g/dl. Eles vão subindo progressivamente ao longo da infância e adolescência até que na vida adulta ele varia de 13 a 16 g/dl entre homens e 11,5 e 14,5 g/dl nas mulheres. 
Valores normais de leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos desempenham função de defesa do organismo perante agressões externas. Devido a esta função, um nível baixo de leucócitos aumenta os riscos do paciente sofrer com infecções. A avaliação da presença de leucócitos no sangue se divide pelos três tipos de glóbulos brancos do corpo: linfócitos, neutrófilos e eosinófilos. 
Valores normais de linfócitos
Os valores normais de linfócitos vão de 1.300 a 1.400 por mililitro de sangue. A linfocitose corresponde ao aumento da concentração de linfócitos. Ela indica processos infecciosos agudos ou crônicos, alergias farmacológicas e processos linfoproliferativos, como a leucemia. Por sua vez, a diminuição da taxa de linfócitos - a chamada linfopenia - é habitualmente encontrada em pessoas cujo sistema imunológico é deficiente ou estão sob tratamento imunossupressor. 
Valores normais de neutrófilos
Os valores normais de neutrófilos se situam entre 2.000 e 7.500 por mililitro de sangue. A neutrofilia, aumento da concentração de neutrófilos, surge em infecções, processos inflamatórios, queimaduras, hemorragias agudas, tabagismo e ondas de calor. Processos que ocasionam morte celular de algum tecido, como o infarto, também estão associados à neutrofilia. Já a redução dos neutrófilos, denominada neutropenia, faz com que o paciente fique vulnerável a infecções. 
Valores normais de eosinófilos
Os valores normais de eosinófilos ficam entre 50 e 500 por mililitro de sangue. A eosinofilia (aumento do número de eosinófilos) pode indicar alergias, asma e infecção parasitária. O crescimento também está ligada a condições intestinais como doença de Crohn e doença celíaca, assim como a doença de Loffler. Níveis baixos de eosinófilos é uma condição muito rara. 
Valores normais de plaquetas
As plaquetas são os menores elementos do sangue e são essenciais para a coagulação sanguínea. Seus níveis normais estão entre 150 mil e 400 mil por milímetro cúbico de sangue. A trombocitopenia, contagem de plaquetas abaixo da normal, se deve a um acúmulo anormal de plaquetas no baço ou disfunção da medula óssea, responsável pela produção das plaquetas. Em consequência, surgem problemas de coagulação. Por outro lado, o aumento da concentração de plaquetas - trombocitose - pode provocar trombos nas artérias. Suas causas são hemorragia aguda, algumas doenças e mau funcionamento da medula óssea. 
Valores normais de glicose
Um nível de glicose entre 70 e 100 miligramas por decilitro de sangue é considerado normal. Valores entre 100 e 125 mg/dl em jejum já é considerado pré-diabetes. Taxas mais elevadas quase sempre constituem caso de diabetes tipo 2. É importante a realização deste exame em jejum para se constatar o valor real da glicose, sem influência dos alimentos consumidos nas últimas horas, que podem elevar a taxa anormalmente. 
Valores normais de hemoglobina
A hemoglobina é o que confere a coloração vermelha do sangue e permite o transporte sanguíneo de oxigênio. A hemoglobina também se fixa nas células de açúcar, num processo chamado de glicação. Por isso, o aumento da taxa de glicose no sangue também eleva a quantidade de hemoglobina glicosilada. Por isso, esse tipo de hemoglobina é um dos meios mais confiáveis de acompanhar a diabetes. A taxa normal de hemoglobina glicosilada varia de 4% a 6%. 
Valores normais de creatinina
Em condições normais, a creatinina é transportada pelo sangue e eliminada na urina. Os valores normais de creatinina em mulheres vai de 7 a 11 miligramas por litro de sangue. Já nos homens, que têm maior musculatura corporal, a taxa varia de 9 a 12,5 mg/l. O aumento da creatinina no sangue indica diminuição da função renal. 
Valores normais de colesterol
O colesterol é transportado no sangue pelas lipoproteínas. Há duas classes de lipoproteínas: LDL (lipoproteínas de baixa densidade) e HDL (lipoproteínas de alta densidade). O LDL, popularmente chamado de colesterol ruim, se deposita nas paredes das artérias formando as placas de ateroma, que podem provocar entupimento. Já o HDL, o colesterol bom, limpa as artérias destes depósitos lipídicos de má qualidade. 
O colesterol pode ser medido de maneira integral ou separando as duas lipoproteínas. No total, o colesterol deve ser inferior a 200 miligramas por decilitro de sangue, não podendo ultrapassar 240 mg/dl. O LDL sozinho não pode ficar acima dos 160 mg/dl, mas o desejável é que varie de 100 a 130 mg/dl. Já o HDL deve ficar acima dos 60 mg/dl e nunca abaixo dos 40 mg/dl. http://saude.ccm.net/faq/8604-valores-normais-do-sangue
Mastócito
Os mastócitos são células de vida longa originados da linhagem hematopoética que, após a sua maturação, ainda mantêm sua capacidade proliferativa. Por serem intimamente ligados na ativação da resposta imune de linfócitos T, os mastócitos têm grande importância na defesa contra helmintos e bactérias.
Os mastócitos são encontrados no tecido conjuntivo e foram inicialmente descritos por Paul Ehrlich no final do século XIX. A sua quantidade está diretamente relacionada com as funções biológicas que exercem em determina dos locais. São encontrados em abundâncianos pulmões (4 mil/mm3), na pele (7 mil – 12 mil/mm3) e no trato gastrintestinal (20 mil/mm3) e de número reduzido no parênquima do fígado, rins e glândulas adrenais. Por se localizarem próximos ao exterior do corpo, este tipo celular geralmente é uma das primeiras células a entrar em contato com agentes patogênicos.
A forma dos mastócitos varia de acordo com o ambiente em que são encontrados, quando estão aderidos ao tecido conjuntivo eles apresentam-se na forma alongada, e quando estão isolados das cavidades, na forma arredondada. Assim como a forma, os mastócitos apresentam tamanhos variados de acordo com a sua localização, células encontradas na mucosa intestinal medem 5-10μm de diâmetro enquanto os mastócitos peritoneais podem medir entre 10 e 20μm. Seu citoplasma é repleto de grânulos que se coram de maneira metacromática quando são utilizados corantes básicos como o azul de toluidina. A metacromasia se dá quando um corante interage com elementos da célula dando uma coloração diferente da coloração esperada, no caso dos mastócitos a metacromasia de dá devido aos grupamentos sulfato da heparina encontrados nos grânulos deste tipo celular.
Quando são observados ao microscópio eletrônico de transmissão, os mastócitos apresentam uma grande quantidade de grânulos citoplasmáticos, poucas mitocôndrias, retículo endoplasmático e complexo de Golgi pouco desenvolvidos e núcleo central.
Por possuírem grânulos ricos em heparina (ação anticoagulante), histamina, condroitim, sulfatos e outros glicosaminiglicanos, os mastócitos são células intimamente ligadas em processos como a asma, alergia e inflamação.
A histamina tem função vasodilatadora e é um dos principais mediadores químicos envolvidos na resposta inflamatória anafilática e na resposta alérgica, sendo diretamente responsável está intimamente envolvida em processos como o aparecimento de edemas, vermelhidão e coceira. Ela é armazenada nos mastócitos e sua liberação ocorre diente de estimulação, como no caso da hipersensibilidade imediata e nas reações alérgicas pela interação do antígeno anticorpo na superfície dos mastócitos.
https://www.infoescola.com/citologia/mastocito/
Leucograma
Leucograma ENFERMAGEM
A análise da série branca no hemograma tem como principal objetivo fornecer os valores globais e diferenciais de leucócitos, bem como suas alterações qualitativas e quantitativas. Vale lembrar que os leucócitos (glóbulos brancos) são os responsáveis pelo sistema de defesa do organismo e se encontram aumentados principalmente em processos infecciosos bacterianos e parasitários, em algumas doenças autoimunes, destruição tecidual por doenças degenerativas e diminuídas em casos de infecção viral (NETO, 2004).
Os principais tipos de leucócitos são: os neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Quando é solicitado um hemograma completo a diferenciação dos leucócitos é feita além do valor global. Estes valores em separado servem de base para o clínico identificar processos patológicos mais específicos diante do aumento ou diminuição de cada leucócito. 
Leucócitos 
Refere-se à contagem global dos glóbulos brancos, na maioria das vezes encontra-se aumentado (leucocitose) em processos infecciosos agudos ou crônicos, reações alérgicas, leucemias, etc. Valores de Referência em Adulto: 3.100 a 11.000 mm³. A diferenciação do tipo de leucócito é feita por meio dos itens abaixo apresentados.
Monócitos
São células que se caracterizam por se movimentarem durante alguns dias na circulação sanguínea e depois a deixam, fixando-se nos tecidos, adquirindo aspecto de macrófagos. Tem como principal função a fagocitose e defesa do organismo. Apresentam-se em grande número nos processos infecciosos crônicos ou em fase final das infecções. Valores de Referência em Adulto: 2 a 10 % e 72 a 1.100/mm³.
Linfócitos 
Os linfócitos estão presentes de 20 a 30% na circulação, a maioria apresenta morfologia típica, por isso a denominação de linfócitos típicos. Quando apresentam tamanho maior, com núcleo pouco menos maduro e granulações citoplasmáticas, recebem o nome de linfócitos atípicos ou linfócitos leucocitoides. Denomina-se de linfocitose quando existe o aumento do número de linfócitos e linfopenia quando há carência do número de linfócitos, sendo que nesta última situação o indivíduo está com sua imunidade prejudicada. Valores de Referência em Adulto: 20 a 50% e 720 a 5.500 mm³. Não é considerado um hemograma normal a indicação de existência de Linfócitos Atípicos. 
Eosinófilos
Os eosinófilos correspondem a cerca de 2 a 4% dos leucócitos dos esfregaços. Apresentam-se aumentados (eosinofilia) em processos infecciosos (parasitas), doenças imunológicas e reações alérgicas ou de hipersensibilidade. Valores de Referência em Adulto: 1 a 7% e 36 a 770/mm³.
Basófilos
Os basófilos são células raras, correspondem a cerca de 0 a 1%. O aumento dos basófilos (basofilia) ocorre principalmente em processos infecciosos e imunológicos. Valores de Referência em Adulto: 0 a 3 % e 0 a 330/mm³. 
Neutrófilos Segmentados
São os leucócitos mais numerosos, cerca de 60 a 65%, se apresentam como células diferenciadas, com seus núcleos em forma segmentada, por isso a denominação de neutrófilos segmentados. Cerca de 2 a 5% das células têm núcleo não segmentado, como bastão, por este motivo são denominados bastonetes. Têm a função de realizar a fagocitose e encontram-se aumentados (neutrofilia) nos processos infecciosos e inflamatórios e valores diminuídos indicam a neutropenia. Valores de Referência em Adulto (Segmentados): 40 a 65% e 1.440 a 7.150/mm³. Valores de Referência em Adulto (Bastões): 1 a 5% e 36 a 550/mm³.
É normal na corrente circulatória encontrar células maduras, entretanto, quando há presença de células jovens, sejam de eritrócitos ou leucócitos, significa que existe juntamente um processo agudo acontecendo. Na presença de leucócitos jovens circulantes (mielócitos, pró-mielócitos, metamielócitos) há uma infecção aguda ou enfermidades que acometem a medula óssea. Desta forma, quando temos células jovens circulantes em número acima da referência denomina-se desvio à esquerda e na presença de células maduras, desvio à direita (NETO, 2004).
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Fibroblastos
Os fibroblastos são células de origem mesenquimática que tem como função a síntese de componentes fibrilares (colágeno e elastina) e não fibrilares (glicoproteínas e proteoglicanas) da matriz extracelular do tecido conjuntivo. Quando estão no estágio imaturo, ou também em estágios indiferenciados, esta célula tem a capacidade potencial de se diferenciar em células altamente diferenciadas como as células do tecido ósseo, cartilaginoso, adiposo e muscular liso.
Ao microscópio óptico os fibroblastos apresentam um núcleo grande e com forma elíptica e cromatina pouco condensada, podem ser observados no núcleo dos fibroblastos vários nucléolos. Quando estão em intensa atividade, os fibroblastos apresentam prolongamentos citoplasmáticos que se misturam as fibras recém-sintetizadas da matriz extracelular. Conforme vão diminuindo a sua atividade, estas células passam a apresentar um formato fusiforme, seus nucléolos apresentam-se de maneira condensada e o citoplasma torna-se acidófilo, sendo então chamadas de fibrócitos.
Por ser um tipo celular com alta atividade de síntese e baixa capacidade de reserva, os fibroblastos quando observados ao microscópio eletrônico possuem seu citoplasma rico em retículo endoplasmático rugoso, ribossomos, complexo de Golgi e mitocôndrias. De acordo com a atividade funcional, alterações na aparência do citoplasma podem ocorrer, em células com menor atividade há uma diminuição no tamanho do núcleo e no número de compartimentos citoplasmáticos.
Devido a sua capacidade de remodelar a matriz extracelular, os fibroblastos atuam diretamente na morfogênese dos organismos pluricelulares. Dependendo de sua localização, os fibroblastos organizam-se de diferentes formas, são eles que, no processode remodelação tecidual são responsáveis por ordenar a orientação dos elementos da matriz extracelular e composição da matriz. Quando localizados na derme reticular apresentam-se em tramas paralelas a superfície e possuem formas estreladas mantendo íntima relação com as células vizinhas conferindo resistência as forças mecânicas que atuam sobre a pele. Em tendões, os fibroblastos arranjam-se tridimensionalmente formando colunas que se sobrepõem. Nas vilosidades intestinais, eles se apresentam sob a forma de uma rede densa e elaborada. Nos tecidos ósseos e cartilaginosos, são responsáveis pela liberação da matriz extracelular que confere as características determinantes destes tecidos.
Diferentes fatores químicos, físicos e ambientais podem reduzir a capacidade proliferativa dos fibroblastos. A diminuição da oferta de oxigênio pode causar alterações morfológicas características de morte celular programada.
Durante o processo de recuperação de lesões, os fibroblastos migram para as áreas afetadas auxiliando na produção de matriz celular e cicatrização da lesão, em algumas situações os fibroblastos podem sofrer uma desregulação na atividade de síntese de matriz extracelular e aumentar a produção principalmente de colágeno, o que pode acarretar na deformação dos órgãos afetados, a este processo dá-se o nome de fibrose.
https://www.infoescola.com/citologia/fibroblastos/
Macrófagos
O macrófago é uma célula de defesa do organismo e que atua no sistema imunológico.
Os macrófagos são encontrados no tecido conjuntivo e se concentram em órgãos com a função de defesa do organismo.
Macrófago e microrganismos
As principais características dos macrófagos são:
Célula de formato irregular
Citoplasma abundante
Presença de pseudópodes
Função
A principal função dos macrófagos é realizar a fagocitose. O macrófago fagocita células danificadas e envelhecidas, restos celulares, agentes estranhos e partículas inertes.
As demais funções do macrófago variam conforme o local onde ele é encontrado e da denominação recebida. Porém, é importante ressaltar que todos os tipos realizam fagocitose.
	Denominação
	Local
	Função
	Macrófagos alveolares
	Pulmões
	Defesa contra microrganismos e agentes estranhos
	Células de Kupffer
	Fígado
	Remoção de células envelhecidas e destruição de bactérias
	Células mesangiais
	Rins
	Fagocitose de substâncias estranhas
	Micróglia
	Sistema Nervoso
	Fagocitose e defesa do sistema nervoso
	Histiócitos
	Tecido Conjuntivo
	Função fagocítica
	Monócitos
	Sangue
	Defesa
	Osteoclastos
	Tecido ósseo
	Remodelação dos ossos
Os macrófagos também são essenciais para o funcionamento da resposta imunitária. Eles produzem e liberam substâncias que induzem a produção de células envolvidas em processos inflamatórios e imunitários.
Assim, eles dão início ao processo de reação inflamatória. Como também realizam a limpeza dos locais inflamados removendo as células destruídas.
Outra característica do macrófago e que contribui na resposta imunitária é a presença de receptores de superfície, os quais reconhecem microrganismos e estímulos.
Dessa forma, os macrófagos alertam o sistema imunológico sobre a presença de um agente estranho no organismo.
Macrófagos e Monócitos
Os macrófagos originam-se dos monócitos, células sanguíneas formadas na medula óssea. Eles circulam pela corrente sanguínea até chegar aos locais de destino, onde sofrem diferenciação e passam a desempenhar funções específicas.
O monócito é um tipo de leucócito e representa a forma imatura do macrófago. A principal diferença ocorrida na transformação do monócito para macrófago é o aumento no número de lisossomos.
A maior quantidade de lisossomos aumenta a capacidade de realizar fagocitose.
Macrófagos e Neutrófilos
O neutrófilo representa um dos tipos de leucócitos, que também é envolvido na resposta inflamatória e no sistema imunológico.
Eles são abundantes e de vida curta, podem durar até seis horas no sangue e dois dias no tecido conjuntivo.
Assim como os macrófagos, os neutrófilos também apresentam capacidade de realizar fagocitose em locais de inflamação. Eles ingerem microrganismos e partículas estranhas.
Os neutrófilos são elementos essenciais na fase inicial da resposta inflamatória. Após realizarem a fagocitose, os neutrófilos morrem por apoptose.
https://www.todamateria.com.br/macrofagos/
Monócitos - O que são e Valores de Referência
Os monócitos são um grupo de células do sistema imunológico que tem a função de defender o organismo de corpos estranhos, como vírus e bactérias. Eles podem ser contabilizados através de exames de sangue chamados leucograma ou hemograma completo, que traz a quantidade de células de defesa no organismo.
Quando os monócitos saem do sangue e passam para os tecidos do corpo para combater os micro-organismos, eles são chamados de macrófagos e, dependendo do tecido onde estão localizados, recebem outros nomes, como: células de Kupffer, no fígado; microglia, no sistema nervoso e células de Langerhans, na epiderme.
Monócitos - O que são e Valores de Referência
Monócitos altos
Quando os valores de monócitos ficam altos, condição também chamada de monocitose, pode significar a presença de infecções crônicas como tuberculose e colite ulcerativa, e problemas no sangue como leucemia monocítica aguda.
Além disso, esse valores também podem aumentar nas doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatoide, e em alguns tipos de câncer, como mieloma múltiplo e Doença de Hodgkin.
Monócitos baixos
Quando os valores de monócitos estão baixos, condição chamada de monocitopenia, normalmente significa que o sistema imunológico está enfraquecido, como acontece em casos de infecções no sangue, tratamentos de quimioterapia e problemas na medula óssea, como anemia aplástica e leucemia. Além disso, casos de infecções na pele, uso de corticoides e infecção pelo HPV também podem causar diminuição do número de monócitos.
É raro o aparecimento de valores próximos a 0 de monócitos no sangue e, quando ocorre, pode significar a presença da Síndrome de monoMAC, que é causada pela presença de infecções, especialmente na pele, em pessoas com alterações genéticas que causam problemas na produção de monócitos na medula óssea. Nestes casos, o tratamento é feito com medicamentos para combater a infecção, como antibióticos, podendo ser necessário também fazer um transplante de medula para curar o problema genético.
Os valores de referência do monócito Valores de referência.
Os valores de referência dos monócitos são de 2 a 10% ou de 300 a 900 /mm3, o que pode ser verificado no exame de sangue.
Em geral, alterações no número dessas células não causam sintomas no paciente, que sente apenas os sintomas da doença que provoca o aumento ou diminuição dos monócitos. Além disso, em alguns casos o paciente também só descobre que existe alguma alteração ao fazer um exame de sangue de rotina.
https://www.tuasaude.com/monocitos/
Saiba o que significa neutrófilos altos ou baixos
Os neutrófilos fazem parte da porção do sangue responsável pela defesa e imunidade do organismo, os leucócitos. Eles são responsáveis por envolver as células doentes, eliminando-as a seguir, e são especializados no combate a bactérias e fungos.
Os neutrófilos são produzidos e armazenados na medula óssea e seus valores de referência são de: 40-80% ou, seja, 1800 a 8000/mm3. Assim, quando os neutrófilos estão alto isso normalmente indica que a pessoa possui alguma infecção bacteriana ou fúngica.
Por vezes o exame de sangue indica também a quantidade de bastões e neutrófilos segmentados. Os bastões são os neutrófilos que acabaram de ser produzidos para vencerem a infecção e os segmentados são os mais antigos e seus valores podem indicar há quanto tempo o corpo está lutando contra a infecção.
Saiba o que significa neutrófilos altos ou baixos
Possíveis alterações
Em relação aos neutrófilos, o hemograma ou o leucograma poderão indicar:
1. Neutrófilos altos
Os valor de neutrófilos alto, também conhecido como neutrofilia,pode surgir em caso de estresse, exercício físico exagerado, uso de medicamentos com adrenalina, mas especialmente em caso de situações como:
Infecções;
Desordens inflamatórias;
Diabetes;
Uremia;
Eclâmpsia na gravidez;
Necrose hepática;
Leucemia mielóide crônica;
Policitemia, pós-esplenectomia;
Anemia hemolítica;
Hemorragia;
Queimadura;
Choque elétrico;
Câncer.
Assim, caso o valor dos neutrófilos esteja elevado, o médico pode pedir outros exames de diagnóstico para identificar corretamente a causa e iniciar o tratamento adequado.
2. Neutrófilos baixos
A neutropenia, ou a baixa concentração de neutrófilos, ocorre quando existem situações como:
Anemia aplástica, megaloblástica ou ferropriva;
Leucemia;
Hipotiroidismo;
Cirrose.
Os bebês com menos de 3 meses de idade têm pouca quantidade de neutrófilos, por isso, em caso de infecções graves é possível que seu exame de sangue indique neutrófilos baixos ao invés de altos. Crianças com síndrome de Down também tendem a apresentar neutrófilos baixos sem que exista algum problema de saúde.
https://www.tuasaude.com/neutrofilos/
Vitamina D
Vitamina D nutriçãoA vitamina D pertence às vitaminas conhecidas como lipossolúveis, abaixo você encontrará todas as informações sobre esta vitamina.
NOMESNome em português: vitamina D (às vezes chamada de vitamina do sol). A forma ativa da vitamina D, tranformada no organismo, é chamada calcitriol (ver abaixo).Há duas formas principais de vitamina D não ativa: vitamina D3 (colecalciferol) de origem animal e a vitamina D2 (ergosterol) de origem vegetal.Nome científico: colecalciferol, calciferol (ver explicação abaixo)Diferenças entre as 2 formas não-ativas de vitamina D:
Um estudo de inglês publicado em julho de 2017 concluiu que a vitamina D3 (de origem animal) foi 2 vezes mais eficaz no aumento da concentração de vitamina D no organismo do que a vitamina D2 (de origem vegetal). De acordo com pesquisadores britânicos, isso é a prova de que a vitamina D2 não é igual à vitamina D3, como afirmam algumas instituições. De fato, as recomendações atuais de algumas organizações de saúde, como da renomada National Institute of Health, acreditam que as 2 formas de vitamina D são equivalentes e podem ser utilizadas com efeitos iguais. Pesquisadores ingleses acreditam que não, e que devemos dar preferência a alimentos com vitamina D3 do que com D2. Este estudo foi conduzido pela Universidade de Surrey no Reino Unido e publicado em 28 de março de 2017 na revista científica Proceedings of the Nutrition Society.Sol e síntese de vitamina DSob o efeito dos raios UVB do sol, uma molécula da pele chamada 7–DHC (derivada de colesterol) é convertida emcolecalciferol (vitamina D3).Transformação na forma ativa (vitamina D ou calcitriol)A vitamina D, como o colecalciferol e o ergosterol, adquiridos pela alimentação, por suplementos alimentares, assim como avitamina D sintetizada na pele pelo efeito da luz do sol (raios UVB), deve passar pelo fígado para ser transformado emvitamina D3 25OH (determina-se a dose deste hormônio para saber a quantidade de vitamina D no corpo, ver abaixo) e pelos rins ou outras células do corpo (próstata, mama, cólon …) para ser finalmente convertida na sua forma ativa, o calcitriol (1,25vitamina D, 1,25-di-hidroxicolecalciferol ou 1,25-di-hidroxivitamina D) ou vitamina D.ONDE PODEMOS ENCONTRAR A VITAMINA D?Nos alimentos
No óleo de fígado de bacalhau (1 colher de sopa de fígado de bacalhau contém 1.360 UI de vitamina D), peixes gordos, salmão, fígado de frango, margarina, gema de ovo, produtos lácteos integrais e semi-desnatados, cereais, etc.A luz solar (raios UVB)
A vitamina D pode ser sintetizada na pele por efeito dos raios UVB do sol (também os raios UVB de cabines de bronzeamento). Em muitos países é a principal fonte de vitamina D. Para a maioria das pessoas a síntese de vitamina D a partir da luz solar representa cerca de 80 a 100% da ingestão de vitamina D.Sabe-se que a aplicação de protetor solar com fator de proteção (FPS) 15 reduz em 98% a produção de vitamina D através da pele sob o efeito dos raios UV.É importante saber que a poluição encontrada no ar, como em Pequim (China), pode reduzir maciçamente a produção de vitamina D pela pele. Estas partículas de poluição do ar absorvem uma parte dos raios UVB.A produção de vitamina D através do sol em uma pessoa de 70 anos ao mais equivale a apenas 25% da quantidade produzida por uma pessoa de 20 anos exposta à mesma quantidade de sol (fonte: Am J Clin Nutr 2004;80:1678-1688).Suplemento alimentar
Pode-se encontrar a vitamina D em suplementos alimentares (cápsulas, gotas), consulte o farmacêutico.vitamina-D-como-obter-a-vitamina-DDOSE DIÁRIA RECOMENDADADose diária recomendada, também chamada de DDR para o aporte cotidiano recomendado:
1 UI = 0,00025mg = 0,025μg (1 milionésimo de grama)Quantidade recomendada por autoridades americanas
O Instituto de Medicina dos EUA recomenda:
– Adultos com idade inferior a 70 anos: 600 UI/dia (15 µg/dia)
– Adultos com idade superior a 70 anos: 800 UI/dia (20 µg/dia)
Os especialistas americanos não recomendam o consumo de mais de 4.000 UI por dia.
 
Quantidade recomendada por autoridades canadenses
A sociedade canadense de câncer recomenda:
– Para previnir o câncer em adultos: 1.000 UI/dia (25 µg/dia) de vitamina D no outono e no inverno. Em pessoas que estãoem risco de deficiência, consumir 1.000 UI/dia durante todo o ano.
Algumas pessoas estimam que no Canadá a dose diária deva ser de 2.000 UI a 4.000 UI por dia.
Em caso de exposição ao sol no verão entre 10h e 15h (antes e depois destes horários os raios solares contêm muito poucoUVB, apenas este tipo de UV pode sintetizar a vitamina D) por cerca de 10 a 20 minutos e sem uso de filtros solares, a doseexterna de vitamina D por suplementos dietéticos pode ser reduzida.
No Canadá, em geral as autoridades de saúde recomendam para adultos uma ingestão diária de vitamina D na forma de suplemento alimentar de 400 a 600 UI, conforme informado em uma entrevista ao Criasaude em março 2017 pelo Dr. Earl Bogoch de Universidade de Toronto.
No Canadá, as autoridades de saúde aconselham até mesmo para as pessoas que por diferentes razões têm quantidade suficiente de vitamina D (ex. por exposição à luz solar ou alimentos) para consumir suplementos alimentares de vitamina D ao longo do ano.Quantidade recomendada pelas autoridades do Reino Unido
Na Inglaterra, a instituição Public Health England recomenda consumir 400 UI por dia (10 μg / d) de vitamina D ao longo do ano para todas as pessoas com idade igual ou superior a 4 anos (dados de julho de 2017).
Outras recomendações para o uso de vitamina D
Algumas mídias e médicos recomendam:
– Até 1 ano: 400 a 1000 UI/dia de vitamina D.
– De 1 a 18 anos: 600 a 1000 UI/dia de vitamina D.
– A partir de 19 anos: 1.500 a 2.000 Ul/dia de vitamina D.Em uma carta publicada em março de 2015 na revista científica Nutrients, pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego (UC San Diego) e da Universidade de Creighton (Nebraska) afirmaram que a quantidade diária recomendada de vitamina D nos Estados Unidos em adultos não deve ser de 600-800 UI/dia, mas de 7.000 UI/dia, ou cerca de 10 vezes mais do que atualmente.De acordo com a IOM (Instituto de Medicina, EUA), a dose máxima diária de vitamina D considerada segura, ou seja, sem o risco de efeitos secundários, é de 10.000 UI/dia. (Fonte: Comunicado de imprensa da Universidade Creighton, 17 de março, 2015)INDICAÇÕES– Prevenção da osteoporose, manutenção do equilíbrio do cálcio, que contribui na formação de ossos e dentes (especialmente nas crianças), ajuda na coagulação, na redução de fraturas por queda (de acordocom um estudo publicado em 2009 no British Medical Journal, as preparações de vitamina D reduzem o risco geral de fratura em 14%, para fraturas de quadril a diminuição é de 9%).– Prevenção do câncer, como no livro “Câncer” de David Servan-Schreiber, particularmente o câncercolorretal. Também na prevenção do câncer de pele (possível efeito contrao câncer, os estudos são contraditórios).Nos Estados Unidos, o renomado Instituto médico Nacional Institutes of Health (NIH) não recomenda o uso de vitamina D na prevenção do câncer, por falta de provas, é estimado que não haja uma relação causa-efeito entre os baixos níveis de vitamina D, muitas vezes observado no tumor, e o desenvolvimento de um câncer.Todavia, em abril de 2016, um estudo realizado pelo professor Garland na Universidade da Califórnia, em San Diego (UCSD), mostrou que a incidência de câncer diminuía com o aumento no sangue dos índices de 25(OH)D, uma forma metabolizada da vitamina D. As mulheres com concentração igual a 25(OH)D de 40 ng/ml ou superior apresentavam 67% a menos de risco de terem câncer que as mulheres com concentração igual ou inferior a 20 ng/ml.
Segundo o professor Garland: “Esta pesquisa sugere que aumentar a concentração de vitamina D no sangue é uma ferramenta importante na prevenção do câncer”.– Um estudo publicado em novembro de 2016 na revista especializada JAMA Oncology mostrou que as mulheres com os níveis mais altos de vitamina D tiveram, em média, uma taxa de sobrevivência de câncer de mama 30% maior em comparação com as mulheres com baixos níveis de vitamina D. Mais de 1600 pessoas foram incluídas neste estudo entre 2006 e 2013. O estudo foi realizado pela Kaiser Permanente em Oakland na Califórnia e pelo Roswell Park Cancer Institute em Nova York.– Prevenção de doenças cardiovasculares (possível efeito, os estudos são contraditórios). Observação: um estudo mostrou que a vitamina D era inútil contra a hipertensão.– Lúpus e outras doenças autoimunes (possível efeito, os estudos são contraditórios).– Esclerose múltipla (possível efeito). Ler dicas de terapia e dicas de prevenção da esclerose múltipla para maiores informações.– Possível prevenção da doença de Alzheimer. De fato, foi observada uma correlação entre a deficiência de vitamina D e o Alzheimer, como mostram vários estudos, incluindo um estudo britânico publicado em agosto de 2014. De acordo com o estudo britânico, o risco de sofrer de Alzheimer aumentou em 69% nos participantes com deficiência moderada de vitamina D e foi até 122% nos participantes com deficiência grave. Note que esta é uma observação e não necessariamente um sinal de causa e efeito.– Possível prevenção da diabetes. Sabe-se que a vitamina D aumenta a secreção e a sensibilidade da insulina por provocar uma diminuição do número de receptores de insulina. A vitamina D teria, assim, um efeito contra a diabetes.Resumo de alergias– Prevenção possível da rinite alérgica em crianças, caso a mãe consuma alimentos ricos em vitamina D durante a gravidez. Segundo uma pesquisa publicada em fevereiro de 2016 na revista especializada The Journal of Allergy and Clinical Immunology, um consumo considerável de alimentos ricos em vitamina D durante a gravidez – mas sem complementos alimentares com vitamina D – esteve associado a um risco de rinite alérgica 20% inferior junto aos nascidos. Este estudo foi realizado pela Escola de Medecina Icahn, do Mount Sinai, em Nova Iorque.– Um estudo publicado em outubro de 2016 na Cochrane Review mostrou que a ingestão de vitamina D como um complemento alimentar em casos de pessoas asmáticas, em adição a um tratamento convencional contra asma, diminuiu significativamente o risco de crises graves de asma sem causar efeitos colaterais. A pesquisa que passou por um crivo de 9 estudos clínicos, foi realizada por um especialista em asma, o Prof. Adrian Martineau da Queen Mary Universitiy em Londres.EFEITOS– Aumenta a absorção e acumulação de cálcio em associação com o PTH (hormônio da paratireóide).
 
Estima-se que quase todas as células do organismo possuem receptores para a vitamina D, que é a razão pela qual se fala muitas vezes em hormônio ao se tratar dessa vitamina, também por seu papel como mensageiro.CARÊNCIASintomas da carência de vitamina D
– Problemas ósseos e dentários, osteoporose, raquitismo nas crianças, osteomalacia em adultos, agitação, fraqueza óssea, dores musculares, etc.Os médicos podem pedir a dosagem de vitamina D, em particular, um conhecido metabólito chamado vitamina D3 25OH, no sangue. Uma quantidade de vitamina D3 25OH é considerada normal entre 30 e 100 ng/ml, valor limite de 20 a 30 ng/ml, insuficiente para 10 a 20 ng/ml e deficiência importante para menos de 10 ng/ml. (fonte: Jornal Clinic EndocrinologyMetabolism, 2005).Possíveis causas de deficiência de vitamina D
– Má alimentação, falta de exposição ao sol, certos medicamentos como a cortisona e anti-epilépticos, pessoas que realizaram cirurgia bariátrica.EXCESSOS– Mais do que 1800 UI por dia, risco de toxicidade em crianças e nos adultos sintomas intestinais (diarreia), anorexia.No entanto, de acordo com o Prof. Michael Holick, um dos maiores especialistas em vitamina D da Universidade de Boston (EUA), a intoxicação por vitamina D pode ocorrer somente se um adulto consumir 10.000 UI de vitamina D por dia durante 6meses ou mais. O Prof. Holick escreveu um livro de sucesso com o título original “A Solução da vitamina D” sobre a vitamina D, ele é um fã do uso desta vitamina em doses elevadas para tratar e prevenir várias doenças, tais como câncer e doenças cardiovasculares.
É importante saber que a produção de vitamina D como resultado do efeito dos raios UVB do sol não pode levar a intoxicação, porque o corpo é autoregulável (regula a si mesmo). Entretanto, uma ingestão de vitamina D na forma de suplementos alimentares pode levar a intoxicação (especialmente de cálcio) em caso de consumo excessivo.Em relação à concentração de 25-hidroxivitamina D (25(OH)D) no sangue, efeitos colaterais podem ocorrer em concentrações de 25(OH)D superior a 125 ng/ml. [Fonte: Universidade da Califórnia, Campus de San Diego, em 8 de abril de 2016]Efeitos colaterais da vitamina D
Segundo um artigo do New York Times publicado em abril de 2017, a ingestão de complementos alimentares de vitamina D em excesso (ler acima) pode levar a efeitos colaterais como náuseas e vômitos, falta de apetite, fraqueza, micção frequente ou problemas renais.SÍNTESE DA VITAMINA D AO NÍVEL QUÍMICOSol e síntese de vitamina D
Sob o efeito dos raios UVB, uma molécula da pele chamada 7-dehidrocolesterol (um derivado do colesterol) é convertido para pré-vitamina D3 e em seguida para colecalciferol (vitamina D3).Transformação na sua forma ativa (vitamina D ou calcitriol)
O colecalciferol (vitamina D3), absorvido pela alimentação, por um suplemento alimentar ou sintetizado pela pele sob o efeito da luz do sol (UVB), passa através do fígado para ser transformado em 25OH vitamina D3 ou 25-hidroxivitamina D3 (este metabolito é dosado, como a 25OH vitamina D2, para verificar a quantidade de vitamina D do organismo, ver abaixo) e em seguida passa pelos rins ou por outras células do corpo (próstata, mama, cólon) para finalmente ser convertido na sua forma ativa, o calcitriol (1,25 vitamina D3, 1,25-di-hidroxicolecalciferol ou 1,25-di-hidroxivitamina D3).O ergosterol (vitamina D2) absorvido a partir de alimentos (vegetais) ou um suplemento alimentar, passa através do fígado para ser convertido em 25OH vitamina D2 ou 25-hidroxivitamina D2 (este metabólito também é dosado, assim como a 25OH vitamina D3, para saber a quantidade de vitamina D no corpo, leia abaixo).síntese de vitamina DNOTAS– As crianças pouco expostas ao sol podem desenvolver raquitismo.– É aconselhável se expor ao sol todos os dias por cerca de 20 minutos, especialmente no final da primavera e no verão, sem o uso de protetor solar (ler o artigo sobre o dilema da exposição ao sol), pois este absorve uma quantidade muito grande de UVB. Durante o uso de filtros solares, a síntese da vitamina D é muito baixa.No verão, estima-se que o organismo produza em 20 minutos cerca de 10.000 UI de vitamina D.Algumas fontes estimam que a exposição ao sol por 5 minutos 3 vezes por semana seria suficiente para sintetizar a vitamina D em quantidades necessárias.A duração desta exposição depende de vários fatores tais como o tipode pele, o período do ano e do dia, além da latitude. Pessoas com pele escura demoram mais tempo para sintetizar a vitamina D (cerca de 20-30 minutos) do que as pessoas com pele clara (cerca de 10 minutos).Sempre evitar exposição excessiva ao sol, um risco significativo de câncer de pele.Sabemos também que à medida que envelhecemos, a produção de vitamina D a partir do sol é menos eficaz, nesse caso é fortemente recomendado tomar a vitamina D como suplemento alimentar.Como a vitamina D é uma molécula solúvel em gordura, permanece armazenada no tecido adiposo e pode ser liberada depois de vários meses, especialmente no inverno. Em outras palavras, uma pessoa bem exposta ao sol no verão pode desfrutar de vários meses de vitamina em quantidade suficiente.Em relação à exposição solar, as regiões do corpo em que devemos preferir a exposição são as dos braços ou das pernas. A pele facial produz pouca vitamina D, além de ser muito sensível.– Estima-se que na França 70% a 80% das pessoas têm falta de vitamina D. Esta porcentagem sobem para 90% entre as mulheres com mais de 45 anos. Assim, é também importante à exposição ao sol por 20 minutos ou tomar suplementos alimentares que contêm vitamina D. Além disso, mais de 20% dos franceses estão em um estado de deficiência significativa de vitamina D.– Para as mulheres grávidas, lactantes e com crianças pequenas, o suplemento de vitamina D é necessário. Converse com seu médico para a dose recomendada. Leia acima também
– Vários estudos têm mostrado e mostrarão (ainda faltam estudos clínicos para confirmar 100% de eficiência) que a vitamina D consumida na dose certa (não exceder a dose diária) pode ter um efeito curativo ou preventivo contra diversas doenças crônicas, como o câncer, lúpus e outras doenças autoimunes. Isso faz com que a vitamina D seja uma das vitaminas mais interessantes e úteis em termos médicos.– No entanto, alguns especialistas são mais críticos e afirmam que a maioria das pessoas começa a sofrer de uma deficiência de vitamina D a partir da idade de 65 anos, ou seja, a falta de vitamina D é relativamente rara antes dos 65 anos. Esses especialistas criticam a ideia de pensar que a vitamina D seria uma cura milagrosa, no fim, poucos estudos científicos de referência e em grande escala mostraram os resultados de forma clara e evidente.– É impossível ter intoxicação por vitamina D em casos de exposição prolongada ao sol.– Se a administração de vitamina D for através de suplemento alimentar é possível consumi-lo antes, durante ou depois da refeição.
https://www.criasaude.com.br/N3032/vitamina-d.html
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
As feridas podem ser classificadas de três formas diferentes: de acordo com a maneira como foram produzidas, de acordo com o grau de contaminação e de acordo com o comprometimento tecidual. Quanto ao mecanismo de lesão as feridas podem ser descritas como incisas, contusas, lacerantes ou perfurantes. As feridas incisas ou cirúrgicas são aquelas produzidas por um instrumento cortante. As feridas limpas geralmente são fechadas por suturas. As feridas contusas são produzidas por objeto rombo e são caracterizadas por traumatismo das partes moles, hemorragia e edema. As feridas laceradas são aquelas com margens irregulares como as produzidas por vidro ou arame farpado. As feridas perfurantes são caracterizadas por pequenas aberturas na pele. Um exemplo são as feridas feitas por bala ou ponta de faca. Quanto ao grau de contaminação, as feridas podem ser limpas, limpo-contaminadas, contaminadas ou sujas e infectadas. Feridas limpas são aquelas que não apresentam inflamação e em que não são atingidos os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário. Feridas limpo-contaminadas são aquelas nas quais os tratos respiratório, alimentar ou urinário são atingidos, porém em condições controladas. As feridas contaminadas incluem feridas acidentais, recentes e abertas e cirurgias em que a técnica asséptica não foi respeitada devidamente. Feridas infectadas ou sujas são aquelas nas quais os microrganismos já estavam presentes antes da lesão. De acordo com o comprometimento tecidual as feridas são classificadas em quatro estágios.
Estágio I - caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com formação de eritema em pele íntegra e sem perda tecidual.
Estágio II - caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual e comprometimento da epiderme, derme ou ambas.
Estágio III - caracteriza-se por presença de úlcera profunda, com comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesão não se estende até a fáscia muscular.
Estágio IV - caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea ou muscular ou necrose tissular.
TÉCNICAS DE CURATIVOS, CICATRIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO
Um bom curativo começa com uma boa preparação do carro de curativos. Este deve ser completamente limpo. Deve-se verificar a validade de todo o material a ser utilizado. Quando houver suspeita sobre a esterilidade do material que deve ser estéril, este deve ser considerado não estéril e ser descartado. Deve verificar ainda se os pacotes estão bem lacrados e dobrados corretamente.
O próximo passo é um preparo adequado do paciente. Este deve ser avisado previamente que o curativo será trocado, sendo a troca um procedimento simples e que pode causar pequeno desconforto. Os curativos não devem ser trocados no horário das refeições. Se o paciente estiver numa enfermaria, deve-se usar cortinas para garantir a privacidade do paciente. Este deve ser informado da melhora da ferida. Esse métodos melhoram a colaboração do paciente durante a troca do curativo, que será mais rápida e eficiente.
A lavação das mãos com água e sabão, que deve ser feita antes e depois de cada curativo. O instrumental a ser utilizado deve ser esterilizado; deve ser composto de pelo menos uma pinça anatômica, duas hemostáticas e um pacote de gazina; e toda a manipulação deve ser feita através de pinças e gazes, evitando o contato direto e consequentemente menor risco de infecção.Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma solução que contenha sabão, para desengordurar a área, o que removerá alguns patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo à pele. A limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se movimentos de vaivém Nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da ferida.Deve-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida com soro fisiológico em jato, ou com PVPI aquoso (em feridas infectadas, quando houver sujidade e no local de inserção dos cateteres centrais); por fim fixar o curativo com atadura ou esparadrapo.Em certos locais o esparadrapo não deve ser utilizado, devido à motilidade (articulações), presença de pêlos (couro cabeludo) ou secreções. Nesses locais deve-se utilizar ataduras. Esta vede ser colocada de maneira que não afrouxe nem comprima em demasia. O enfaixamento dos membros deve iniciar-se da região dista para a proximal e não deve trazer nenhum tipo de desconforto ao paciente.O esparadrapo deve ser inicialmente colocado sobre o centro do curativo e, então, pressionando suavemente para baixo em ambas as direções. Com isso evita-se o tracionamento excessivo da pele e futuras lesões.O esparadrapo deve ser fixado sobre uma área limpa, isenta de pêlos, desengordurada e seca; deve-se pincelar a pele com tintura de benjoim antes de colocar o esparadrapo. As bordas do esparadrapo devem ultrapassar a borda livre do curativo em 3 a 5 cm; a aderência do curativo à pele deve ser completa e sem dobras. Nas articulações o esparadrapo deve ser colocado em ângulos retos, em direção ao movimento.Durante a execução do curativo, as pinças devem estar com as pontas para baixo, prevenindo a contaminação; deve-se usar cada gaze uma só vez e evitar conversar durante o procedimento técnico.Os procedimentos para realizaçãodo curativo, devem ser estabelecidos de acordo com a função do curativo e o grau de contaminação do local.
Obedecendo as características acima descritas, existem os seguintes tipos de curativos padronizados:
CURATIVO LIMPO
A) Ferida limpa e fechada
a) o curativo limpo e seco deve ser mantido oclusivo por 24 horas.
b) após este período, a incisão pode ser exposta e lavada com água e sabão.
c) utilizar PVP-I tópico somente para ablação dos pontos.
CURATIVO COM DRENO
a) O curativo do dreno deve ser realizado separado do da incisão e o primeiro a ser realizado será sempre o do local menos contaminado.
b) O curativo com drenos deve ser mantido limpo e seco. Isto significa que o número de trocas está diretamente relacionado com a quantidade de drenagem.
c) Se houver incisão limpa e fechada, o curativo deve ser mantido oclusivo por 24 horas e após este período poderá permanecer exposta e lavada com água e sabão.
d) Sistemas de drenagem aberta (p.e. penrose ou tubulares), devem ser mantidos ocluídos com bolsa estéril ou com gaze estéril por 72 horas. Após este período, a manutenção da bolsa estéril fica a critério médico.
e) Alfinetes não são indicados como meio de evitar mobilização dos drenos penrose, pois enferrujam facilmente e propiciam a colonização do local.
f) A mobilização do dreno fica a critério médico.
g) Os drenos de sistema aberto devem ser protegidos durante o banho.
CURATIVO CONTAMINADO
Estas normas são para feridas infectadas e feridas abertas ou com perda de substância, com ou sem infecção. Por estarem abertas, estas lesões são altamente susceptíveis à contaminação exógena.
a) O curativo deve ser oclusivo e mantido limpo e seco.
b) O número de trocas do curativo está diretamente relacionado à quantidade de drenagem, devendo ser trocado sempre que úmido para evitar colonização.
c) O curativo deve ser protegido durante o banho.
d) A limpeza da ferida deve ser mecânica com solução fisiológica estéril.
e) A anti-sepsia deve ser realizada com PVP-I tópico.
f) As soluções anti-sépticas degermantes são contra-indicadas em feridas abertas, pois os tensoativos afetam a permeabilidade das membranas celulares, produzem hemólise e são absorvidos pelas proteínas, interferindo prejudicialmente no processo cicatricial.
e) Gaze vaselinada estéril é recomendada nos casos em que há necessidade de prevenir aderência nos tecidos.
f) Em feridas com drenagem purulenta deve ser coletada cultura semanal (swab), para monitorização microbiológica.
http://www.angelfire.com/ma/pliniomaia/curativos2.html
http://www.angelfire.com/ma/pliniomaia/curativos6.html
ANATOMIA DA PELE A pele é um órgão complexo composto por diversos tecidos, tipos celulares e estruturas especializadas. Constitui a interface do corpo humano com o meio externo, exercendo funções cruciais para a vida, como termorregulação, vigilância imunológica, sensibilidade e proteção do indivíduo contra agressões exógenas, de natureza química, física ou biológica e contra a perda de água e de proteínas para o meio externo. Sua espessura é variável, dependendo da região anatômica, da idade e do sexo. É conhecida por ser o órgão dos sentidos (térmico, doloroso e tátil). (SAMPAIO, RIVTTI, 1998) É o maior órgão do corpo humano e representada por 15% do peso corpóreo, com variações estruturais ao longo de sua extensão, sendo composta por três camadas interdependentes: a epiderme (mais externa), a derme (intermediária) e a hipoderme ou panículo adiposo (conhecido anteriormente como subcutâneo). (CÂMARA, 2009) A epiderme é a camada mais externa, composta por três diferentes linhagens celulares: os queratinócitos, os melanócitos e as células de Langerhans. (ARNOLD,et al, 1994) 1. Queratinócitos: Células produzidas pela camada basal. Sintetizam a queratina e, à medida que migram para a superfície, transformam-se progressivamente, formando uma queratinizada, caracterizada por células com estruturas achatadas e rígidas de queratina. A queratina, proteína fibrosa filamentosa que promove firmeza à epiderme, garante a impermeabilização da camada externa e a protege da desidratação. A renovação total da epiderme se dá a cada 25 a 50 dias. 2. Melanócitos: Células especializadas, presentes, sobretudo na camada basal, que podem sintetizar um pigmento escuro, a melanina, cuja função é de proteger a pele contra os raios ultravioletas do sol. A exposição à luz solar provoca a produção de maiores quantidades de melanina. 3. Células de Langerhans: Células imunitárias gigantes, de forma estrelada que se estendem entre os queratinócitos. Elas são produzidas pela medula óssea e migram para a epiderme onde atuam como macrófagos e contribuem à ativação do sistema imunitário. São capazes de ingerir partículas estranhas e microrganismos e, em seguida saem da epiderme e passam para os gânglios linfáticos satélites onde apresentam os determinantes do antígeno aos linfócitos T. (UFRJ, 2006) FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO A cicatrização da ferida pode ser definida como o processo fisiológico através do qual o organismo restaura e restabelece os tecidos lesionados. Qualquer lesão que leva à interrupção da continuidade da pele pode ser chamada de ferida podendo atingir desde a epiderme até estruturas mais profundas como fáscia, músculos, aponeuroses e órgãos cavitários. (BATISTA, 2010). A cicatrização tem como finalidade mobilizar as diferentes células do organismo do portador da lesão encarregadas no combate à infecção, na limpeza da ferida e da sua reparação. FASES DA CICATRIZAÇÃO Quando há perda da integridade do tecido, resultando em uma lesão, imediatamente é iniciado o processo de cicatrização constituído de fases. Estas fases geralmente ocorrem em sequência, mas pode haver uma sobreposição das fases em diferentes localizações da ferida, bem como o tempo de duração de cada uma pode variar de acordo com múltiplos fatores. (AFONSO, et al 2014) Fase inflamatória A reposta inflamatória é uma reação local não-específica à lesão do tecido ou invasão bacteriana. É uma parte importante dos mecanismos de defesa do corpo essencial no processo de cicatrização. No caso das feridas crônicas ocorrem dois fenômenos: hemostase e inflamação. Nas feridas agudas ocorre apenas a inflamação. A fase inflamatória dura cerca de 4 a 5 dias, exigindo recursos energéticos e nutricionais. É vital para estimular as fases seguintes, daí a dificuldade de cicatrização nos imunodeprimidos. Nas feridas limpas esta fase pode durar cerca de 36 horas. Nas feridas com necrose, infectadas ou com presença de corpos estranhos esta resposta pode ser mais longa. (DEALEY, 2008) Fase proliferativa Esta fase inicia no 4º dia após a lesão com duração de até 15 dias. Os fibroblastos estimulam a produção de colágeno. A angiogênese promove a eliminação de coágulos de fibrina e a formação de uma neovascularização (capilares) devido à presença de enzimas específicas. O colágeno e a neovascularização resultantes produzem capilares (muito frágeis e facilmente danificáveis) resultando no tecido de granulação. Esta fase torna-se mais lenta com a idade. A vitamina C é essencial para a síntese de colágeno. (DEALEY, 2008; CAMPOS, et al, 2007) Fase de epitelização Nas feridas fechadas, a epitelização inicia-se no segundo dia. Nas feridas abertas, porém, é necessário que a cavidade seja preenchida com tecido de granulação antes que a epitelização comece. A duração deste estágio é bastante variável. (DEALEY, 2008) Nesta fase a ferida está coberta por células epiteliais. Os macrófagos liberam o fator de crescimento epidérmico (FCE), que estimula a proliferação e a migração das células epiteliais. Os queratinócitos, às margens da ferida e em volta dos folículos pilosos remanescentes, sintetizam a fibronectina, a qual forma uma matriz temporária ao longo da qual as células migram. Fase de maturação Nesse processo, o nível mais alto de atividade ocorre entre 14 e 21 dias. A característica mais relevante desta fase é a deposição de colágeno de maneira organizada. O colágeno produzido inicialmente é mais fino que o colágeno produzidona pele íntegra. Durante a maturação, a ferida fica menos vascularizada porque há redução da necessidade de levar células até o local da ferida. (CHERRY, et al, 2000; CAMPOS, et al, 2007) A divisão celular cessa quando as células se encontram devido à inibição por contato; a ferida contrai-se devido à capacidade contrátil dos microblastos e as margens da ferida se unem. (CAMPOS, et al, 2007) O tecido cicatricial presente é gradualmente remodelado e só se torna comparável ao tecido normal após um longo período. Isso pode levar até 01 ano nas feridas fechadas e muito mais tempo nas feridas abertas. (DEALEY, 2008) TIPOS DE CICATRIZAÇÃO O processo de cicatrização de uma ferida pode ocorrer de três formas: 1. Por primeira intenção: processo ocorre dentro do tempo fisiológico esperado, quando é possível fazer a junção dos bordos da lesão por meio de suturas ou qualquer outro tipo de aproximação; 2. Por segunda intenção: relacionado a ferimentos infectados e a lesões com perda acentuada de tecido, onde não é possível fazer a junção dos bordos; 3. Por terceira intenção: quando há fatores que retardam a cicatrização de uma lesão inicialmente submetida a um fechamento por primeira intenção. Ocorre quando a lesão é deixada aberta para drenagem de exsudato e posteriormente fechada. (MENEGHIN, VATTIMO, 2003) Fatores que influenciam no processo de cicatrização Nem sempre o processo fisiológico da cicatrização ocorre de forma satisfatória. A avaliação holística/sistêmica da ferida e do indivíduo leva à identificação de alterações existentes, sejam elas influenciadas por fatores sistêmicos ou fatores extrínsecos que podem retardar ou otimizar a cicatrização. (BATISTA, 2010) Fatores sistêmicos são aqueles relacionados às condições gerais do indivíduo, como: idade, estado nutricional, tabagismo, doenças crônicas de base, dor, insuficiências vasculares, utilização de alguns medicamentos tipo drogas imunossupressoras, corticosteroides, anti-inflamatórios e outros. Fatores extrínsecos são aqueles relacionados às condições da ferida. A manutenção da temperatura e umidade ideais, a pressão na cicatrização; quando uma ferida sofre uma pressão contínua e excessiva ela prejudica a irrigação sanguínea da rede, diminuindo o aporte sanguíneo para os tecidos ao redor da ferida, retardando assim a cicatrização. A incontinência, seja ela fecal e/ou urinária, também é um fator importante que altera a integridade da pele. (FRANCO, GONÇALVES, 2007) CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS De acordo com o tempo de existência as feridas podem ser classificadas em agudas ou crônicas. 1. Feridas Agudas: Decorrentes de cirurgias ou traumas, que respondem rapidamente ao tratamento e em geral cicatrizam sem complicações; (OLIVEIRA, CASTRO, ANDRADE, 2006) 2. Feridas Crônicas: Cicatrização lenta, de longa duração, que apresentaram complicações no processo e sequência ordenada da reparação tecidual, podendo ser recorrentes; (OLIVEIRA, CASTRO, ANDRADE, 2006) 3. Agente causal Lesões Cirúrgicas: produzidas por um instrumento cortante, limpas, com bordas ajustáveis e passíveis de reconstrução. (GOMES, COSTA, MARIANO, 2005) Lesões Traumáticas provocadas acidentalmente por diversos agentes, podendo ser: Mecânicos 1. Lacerantes: produzidas por tração - rasgo tecidual que resulta em pequena abertura da pele possuem margens irregulares e com mais de um ângulo; 2. Perfurantes: produzidas por objetos que levam a pequenas aberturas na pele. Há um predomínio da profundidade sobre o comprimento; 3. Contusas: produzidas por objeto rombo e caracterizadas por traumatismo das partes moles, hemorragia e edema. (TAZIMA, VICENTE, MORIYA, 2008) Químico (por iodo, cosméticos, ácido sulfúrico, etc.); Físico (frio, calor, radiação). Lesões Ulcerativas: Escavadas, circunscritas na pele, formadas pela morte e expulsão do tecido, resultantes de traumatismo ou doenças relacionadas com o impedimento do suprimento sanguíneo, podendo ser decorrentes de pressão, alterações vasculares e complicações do Diabetes Mellitus. (GOMES, COSTA, MARIANO, 2005) Grau de contaminação As feridas podem ser limpas, limpas-contaminadas, contaminadas e infectadas. 1. Limpas: não apresentam sinais de infecção e feitas em condições assépticas. Probabilidade de infecção é baixa, em torno de 1 a 5 %. Exemplo: feridas produzidas em ambiente cirúrgico; 2. Limpas-contaminadas: apresentam contaminação grosseira, como em casos de acidente doméstico ou em situações cirúrgicas em que houve contato com o trato genital, por exemplo, porém a situação ainda é controlada. O risco de infecção nestes casos é de aproximadamente 10%. 3. Contaminadas: Feridas acidentais com mais de 6 horas de trauma, onde a ferida entrou em contato com fezes ou urina, por exemplo. No ambiente cirúrgico, uma ferida é considerada contaminada quando a técnica asséptica não foi devidamente respeitada. Os níveis de infecção podem atingir de 20 a 30% nestes casos. 4. Infectadas: são aquelas que apresentam sinais nítidos de infecção como edema, calor, rubor e dor. (TAZIMA, VICENTE, MORIYA, 2008) COMPROMETIMENTO TECIDUAL A avaliação do tamanho de uma ferida pode fornecer valores que se alteram durante o processo de cicatrização. No estágio inicial, à medida que se remove os tecidos desvitalizados, a ferida parece aumentar de tamanho e profundidade. Isso ocorre por que a real extensão da ferida estava mascarada pelo tecido necrótico ou esfacelo. Na pratica diária muitas vezes deparamos com lesões que acarretam perda tecidual, mas que não decorrem por pressão, sendo classificadas como: vasculares, traumáticas, neuropáticas ou dermatológicas, além das dermatites associadas à incontinência (DAI) e lesões de pele ocasionadas por adesivos (NPUAP, 2016). Estas lesões são classificadas de modo diferente ao estadiamento de lesões por pressão, ou seja, são definidas a partir da perda tecidual, sendo: Feridas com perda parcial de tecido (superficiais) são aquelas que acometem a epiderme e uma parte da derme permanece, ocorrendo o processo de regeneração, com proliferação epitelial e migração, sem ocorrer perda da função. Ferida com perda total de tecido (profundas) ocorre destruição completa da epiderme e derme, podendo inclusive envolver as camadas mais profundas assim como o subcutâneo, fáscia, músculos e ossos. (BATISTA, 2010) AVALIAÇÃO DE FERIDAS Para a escolha da cobertura adequada no tratamento de uma ferida é essencial que previamente ocorra uma avaliação criteriosa. A análise da lesão deve incluir, além das condições físicas e sistêmicas, a localização anatômica da ferida e suas características, como: forma, tamanho, profundidade, margens, pele perilesional, tipo e quantidade de tecido e presença e características do exsudato na ferida. Após essa avaliação é feita a escolha da cobertura ideal. (ODA, SALOTTI, GUIMARÃES, 2011) Tipos de tecido O leito de uma lesão e o tipo de tecido presente, são geralmente indicativos da fase da cicatrização, bem como evolução e eficácia do tratamento quando já instituído. (AFONSO C, et al, 2014) 1. Tecido viável: Tecido formado no processo de cicatrização, com objetivo de reconstituição da área lesada, apresentando tecido vermelho vivo (tecido de granulação) característico de tecido conjuntivo altamente vascularizado. (MANUAL DE CURATIVOS UNIMED CURITIBA, 2011) 2. Tecido inviável: Tecido desvitalizado, geralmente composto por necrose ou esfacelo, relacionado aos diferentes níveis de morte tecidual. (MANUAL DE CURATIVOS UNIMED CURITIBA, 2011) Principais tecidos presentes no leito da lesão: 1. Necrose: Geralmente de coloração enegrecida e que pode ter consistência dura (necrose seca/escara) ou mole (necrose úmida); 2. Esfacelo: Tecido necrosado de consistência delgada, de coloração amarela ou acastanhada, podendo estar aderida ao leito e margens da ferida ou frouxamente ligada ao leito; 3. Granulação: Tecido avermelhado umedecido e firme, indicativo de boa evolução do processo cicatricial; 4. Epitelização: tecido de cor rosada, indicativo de encerramento da ferida, geralmente surge a partir das margens. 5. Hipergranulação:Excesso de tecido de granulação, que se forma para além do nível do leito da ferida, gerando tensão nos bordos. Impede a migração das células epiteliais basais e consequentemente a cicatrização (VUOLO, 2010). Margens e pele perilesional: As condições da pele perilesional são tão importantes quanto o aspecto do seu leito. Uma pele íntegra favorece a epitelização precoce, bem como peles com alterações prejudicam o processo cicatricial. A visualização de alterações é crucial já que podem ser indicativos de alterações no processo cicatricial (por exemplo, infecção), tratamento local inadequado ou cuidados adicionais inexistentes (por exemplo, alívio de pressão). (AFONSO C, et al, 2014) Principais alterações: 1. Maceração: Resultado de umidade excessiva (exsudato) nas superfícies epiteliais, conferindo ao tecido perilesional aspecto esbranquiçado e intumescido. (MANUAL DE CURATIVOS UNIMED CURITIBA, 2011) 2. Inflamação: Sinais evidentes de dor, calor e rubor na pele adjacente à ferida; 3. Hiperqueratose: Espessamento excessivo da pele causado por atrito frequente, geralmente em torno de lesões neuropáticas. Este espessamento contribui diretamente no aumento do leito da lesão se não removido. MENSURAÇÃO DA LESÃO A mensuração é um aspecto fundamental na avaliação de feridas, pois fornece de maneira objetiva os parâmetros que indicam a evolução cicatricial. (Eberhardta TD, et al, 2015) Uma das técnicas utilizadas para mensuração das feridas é com uso de papel transparente estéril, onde será feito o contorno da lesão, seguindo suas margens. Medir-se-ão as maiores extensões, na vertical e horizontal, cujo encontro das retas, deverá formar um ângulo de 90 graus. Há também a possibilidade da mensuração com régua em centímetros, da maior extensão na vertical e maior extensão na horizontal, sempre mantendo a régua em ângulo reto. Cálculo da área Fonte: Google Cálculo da área Para quantificar a profundidade é indicado inserir uma seringa de insulina estéril, sem agulha, no ponto mais fundo da ferida ou uma pinça estéril, efetuandose uma marca na seringa ou pinça no nível da margem da ferida, para posteriormente ser comparada à régua (as feridas no primeiro dia deverão ser fotografadas). Utilizar a sonda uretral nº10 para mensuração de solapamento em locais que se façam necessário a utilização de material maleável e de maior extensão que a seringa. Efetuar, posteriormente, o registro do solapamento no impresso de mensuração; usando como referência, os ponteiros do relógio imaginário. Outra técnica não invasiva a ser utilizada é uso de fotografias. Esse método, desde que autorizado pelo paciente/responsável facilita o monitoramento da evolução do tratamento de maneira detalhada sem causar desconforto físico ao paciente, além disso, é um registro permanente de evolução da lesão. O registro fotográfico deve ser realizado de um ponto fixo, evidenciando as mudanças no processo de cicatrização, ou seja, deve-se padronizar a zona a ser fotografada, de modo a se obter o tamanho relativo da lesão, sua cor e condições da pele ao redor. Mensuração de profundidade Fonte: Google Técnica de Mensuração do Solapamento da Ferida Fonte: Hess, 2002 TRATAMENTO DE FERIDAS A escolha da terapia adequada para o tratamento de feridas consiste em um processo sequencial com fatores intimamente interligados. Para que o tratamento de uma lesão ocorra de maneira efetiva, devem-se seguir os itens descritos, após a avaliação da lesão. Limpeza: 1. A manipulação adequada da ferida consiste na limpeza cuidadosa e rigorosa em toda sua extensão e profundidade. 2. A técnica de limpeza indicada para o leito das lesões compreende a irrigação com jatos de soro fisiológico a 0,9% ou água destilada aquecidos, que serão suficientes para remover os corpos estranhos e os tecidos frouxamente aderidos, além de preservar tecido de granulação. 3. Evitar o agressivo esfregaço da pele íntegra ao redor da área para não traumatizá-la; 4. Na técnica limpa, utilizar água corrente e gaze não estéril. As luvas são para proteção do indivíduo executor da técnica. Está recomendada para o uso em domicílio, onde a microbiota representa menor patogenicidade; 5. A técnica estéril é recomendada para o uso no ambiente hospitalar, uma vez que a existência de microrganismos patogênicos e a possibilidade de infecção cruzada são maiores. (MS/INCA 2009) Desbridamento: 1. Autolítico – Auto-degradação do tecido necrótico por meio de um ambiente úmido. A temperatura mínima ideal deve ser de 37°C, pois a autólise requer enzimas e células. É indicado o uso de coberturas que retenham a umidade no leito da lesão. 2. Químico – Remoção do tecido necrótico por meio de enzimas proteolíticas que degradam o colágeno. 3. Mecânico – Remoção do tecido desvitalizado do leito da ferida com o uso de força física empregada por meio de fricção. (MS/INCA 2009) 4. Instrumental – Remoção do tecido inviável com uso de lâmina de bisturi, pinças e tesoura. É um método rápido, seletivo e que pode ser associado a outros tipos de desbridamento (enzimático ou autolítico). Método não recomendado em pacientes com risco de hemorragia (coagulopatias ou anticoagulantes) e em lesões com insuficiência arterial. (AFONSO, et al, 2014) 5. Cirúrgico - Remoção completa do tecido necrótico, realizado em contexto de bloco operatório sob anestesia. Método não recomendado em pacientes com risco de hemorragia (coagulopatias ou anticoagulantes) e em lesões com insuficiência arterial. (AFONSO, et al, 2014) Escolha da cobertura: A indicação de uma cobertura deve estar ancorada nos seguintes objetivos: 1. Eliminar tecido não-viável; 2. Minimizar o risco de infecção; 3. Atender às características da ferida; 4. Atender às metas da terapia para o paciente e família; 5. Ser prático para o paciente e família; 6. Ter boa relação custo/benefício; 7. Estar disponível; (MS/INCA, 2009) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA INDICAÇÃO DE COBERTURAS As coberturas especiais são uma forma de tratamento das feridas e sua escolha depende de fatores intrínsecos como a idade, a imobilidade, o estado nutricional, as doenças associadas e o uso de medicamentos contínuos, principalmente drogas imunossupressoras. Dependem também de fatores extrínsecos como a localização anatômica da ferida, a presença de infecção e de tecido desvitalizado. O tratamento das feridas é dinâmico e depende, a cada momento, da evolução das fases de cicatrização e das características da lesão. A avaliação de benefícios e custos são alguns dos aspectos a serem considerados no momento da escolha do tipo de cobertura, que devem ser adequados conforme o mecanismo de ação das coberturas e recomendações quanto à frequência de trocas. Além disso, as coberturas devem ser oclusivas para garantir a temperatura, umidade e impermeabilidade contra microrganismos, bem como proporcionar hemostasia, amenizar dor e odor, ser confortável e preencher espaço morto. (PEREIRA, et al, 2006; FRANCO, GONÇALVES, 2007). A seguir serão discutidos os principais grupos de coberturas especiais existentes no mercado, incluindo suas respectivas classificações, indicações, contraindicações, ação destes produtos, frequência de troca, vantagens e desvantagens na escolha da cobertura, modo de uso e dicas de utilização.
PARA TECIDOS INVIÁVEIS NECROSE SECA NECROSE ÚMIDA ESFACELOS OBJETIVOS: - DEBRIDAMENTO - AUMENTO DA UMIDADE NO LEITO DA LESÃO; OBJETIVOS: - DEBRIDAMENTO; - CONTROLE DE UMIDADE; - MANEJO DE CARGA BACTERIANA; - CONTROLE DO ODOR. OBJETIVOS: - DEBRIDAMENTO; - CONTROLE DE UMIDADE; - MANEJO DE CARGA BACTERIANA; - CONTROLE DO ODOR. Coberturas Possíveis: - Hidrogéis associados à cobertura não aderente; - Debridantes químico (Colagenase) ou enzimático (Papaína) associados à cobertura não aderente; Coberturas Possíveis: - Hidrogéis, debridantes químico e enzimático associados à cobertura não aderente; - Hidrofibra com prata para manejo da carga bacteriana e controle da umidade; - Alginato de cálcio e sódio para controle da umidade e preenchimento do leito da lesão. - Carvão ativado para controle do odor; Coberturas Possíveis:

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