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SÍNDROME CÓLICA POR COMPACTAÇÃO-CLINICA DE EQUINOS

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CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DIOGINES PAIM
IURI SEVERO 
KELWIS DENER
LUIZ CARLOS JR.
ROBERTO BERGMAN
 RODRIGO VAZ
SÍNDROME CÓLICA POR COMPACTAÇÂO
ALEGRETE
ABRIL DE 2017
UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA- CAMPUS ALEGRETE
CURSO MEDICINA VETERINÁRIA
DIOGINES PAIM
IURI SEVERO 
KELWIS DENER
LUIZ CARLOS JR.
ROBERTO BERGMAN
 RODRIGO VAZ
SÍNDROME CÓLICA POR COMPACTAÇÃO
Trabalho de pesquisa apresentado ao curso de Medicina Veterinária da Universidade da Região da Campanha campus de Alegrete-RS, como requisito avaliativo da disciplina de Clínica de Equinos sob a orientação da Profa Marcelo Porciuncula.
ALEGRETE
ABRIL DE 2017
SUMARIO
1.	Introdução	4
2.	EPIDEMIOLOGIA	5
3.	ETIOLOGIA	5
4.	PATOGENIA	5
5.	SINAIS CLÍNICOS	6
6.	DIAGNÓSTICO	6
7.	EXAMES COMPLEMENTARES	6
8.	ACHADOS NA NECROPSIA	7
9.	TRATAMENTO	7
9.1	Tratamento Clínico	7
9.1.1	Doses Recomendadas	7
9.2	Tratamento Cirúrgico	8
9.2.1	Técnica Cirúrgica	8
9.2.2	Cuidados, pós-operatório	8
9.2.3	Complicações Pós-cirúrgicas	9
10.	PROFILAXIA	9
11.	CONCLUSÃO	10
12.	REFERENCIAS	11
Introdução
A síndrome cólica é considerada uma das principais enfermidades que acometem os equinos, e consiste em um conjunto de sinais clínicos que suscitam intensa dor abdominal.
Devido a particularidades anatômicas como a pequena capacidade gástrica, a incapacidade dos equinos em regurgitar, o longo mesentério associado ao jejuno, que favorece as torções, e a diminuição brusca do lúmen intestinal, como a flexura pélvica, que favorece o acúmulo de conteúdo, predispõe aos distúrbios gastrointestinais. 
Dentre as várias causas da síndrome cólica, estão as compactações intestinais, que são os acúmulos de fezes que se ressecam, podendo ocorrer em qualquer segmento do cólon maior, resultando em uma obstrução total do livre trânsito intestinal. 
Assim como nas demais cólicas, cabe ao médico veterinário instituir a terapia medicamentosa, ou cirúrgica.
Teve-se como objetivo deste trabalho abordar as principais causas, métodos de diagnóstico e tratamento das cólicas provenientes de compactação de cólon maior.
EPIDEMIOLOGIA
As compactações de cólon podem ocorrer igualmente em todos os equinos, a idade é considerada um fator de risco, os cavalos com idade de 2 a 10 anos são mais propensas as cólicas por compactação, devido ao consumo de concentrado, fornecido em maior quantidade para esses animais por estarem em constantes atividades físicas. 
Animais mantidos estabulados por mais de 12 horas por dia, tem maior chance de apresentarem sinais de cólica. Sendo que 40% dos casos desta síndrome tem-se como causa a obstrução do cólon maior sem estrangulamento vascular (THOMASSIAN, 1995). 
ETIOLOGIA
As etiologias da cólica são as mais diversas, sendo o mais importante a qualidade do alimento volumoso e da água disponível. Entre outras etiologias podem-se citar as mudanças na alimentação, o trabalho excessivo e irregular, a escassez e a qualidade da água, as altas temperaturas, e também os problemas dentários deixando o animal incapaz de mastigar corretamente. 
Alimentação com concentrados ou com forragens de baixa qualidade são consideradas como causadoras primárias da síndrome cólica (RADOSTITS et al., 2012). A escassez de água dificulta o trânsito no intestino grosso e com isso a água é absorvida do trato gastrointestinal para compensar a deficiência, o conteúdo se concentra ocasionando assim episódios de cólica. Qualquer evento que interfira no fluxo sanguíneo, como aneurisma e trombose, parasitismo intestinal severo, estresse em geral, são circunstâncias primárias fundamentais na formação de uma compactação (THOMASSIAN, 1995). 
Alterações na motilidade progressiva causadas por verminose ou por drogas (amitraz e sedativos) podem induzir a compactações.
PATOGENIA
A compactação pode ocorrer devido à natureza do alimento, ou secundaria a baixa motilidade intestinal causando atraso na passagem dos alimentos pelo intestino, resultando em condensação excessiva do material fecal de forma que o movimento da massa pelo peristaltismo torne-se prejudicado. Se o processo for prolongado, o cólon se torna insensível aos estímulos causados pela distensão, que normalmente provocariam a defecação, levando a um quadro crônico. O acúmulo de material fecal ocorre gradativamente, ate que a distensão cause dor. 
SINAIS CLÍNICOS
Os sinais clínicos associados com uma cólica são os mais diversos. Entre os mais comuns incluem pisoteio repetidos, olhar para o flanco, levantamento do lábio superior e arqueamento do pescoço, coices no abdome, deitar-se, rolar-se, sudorese, estender-se como se fosse urinar, tenesmo, distensão abdominal, perda de apetite.
A frequência cardíaca pode estar discretamente elevada durante os episódios de dor.
DIAGNÓSTICO
A rapidez e precisão do diagnóstico são fundamentais para a sobrevivência do paciente. O diagnóstico da compactação baseado na palpação retal ocorre através da localização de massa em segmento de cólon, porém, em alguns casos o material compactado pode não ser encontrado devido a sua localização. Avaliação hematológica pode revelar hemoconcentração, devido a desidratação do organismo na tentativa de desfazer a compactação. 
Outra forma de diagnóstico é atreves de exame ultrassonográfico, as compactações são caracterizadas por vísceras redondas distendidas, sem saculações visíveis. Compactações aparecem como uma linha hiperecóica, formando uma sombra acústica; em contrapartida, quando visibilizam-se pequenas partículas hiperecóicas, pode-se dizer que o achado é compatível com compactações por areia.
EXAMES COMPLEMENTARES
No exame hematológico poderá ser encontrada leucopenia, também no hematócrito se encontra as proteínas elevadas, proporcionalmente ao grau de desidratação. Porém no caso de peritonite, os níveis de proteína tornam-se baixos.
Os exames de líquido peritoneal não costumam demonstrar resultados anormais, exceto um pequeno aumento do número de leucócitos e proteína (THOMASSIAN, 1995).
E também através da ultrassonografia pode se observar presença areia e enterolólitos no trato digestivo.
ACHADOS NA NECROPSIA
No caso da compactação encontrasse o intestino grosso cheio de material fecal duro e seco. Podendo se ter ruptura ou não. (BLOOD et al, 1991).
TRATAMENTO
Tratamento Clínico
No tratamento o primeiro procedimento que deve ser tomado é a sondagem nasogastrica, objetivando a evacuação de gás ou refluxo, impedindo a possibilidade de ruptura do estômago.
No caso da trocarização pode ser feito no intuito de realizar um alivio para o animal pela retirada dos gases, sendo sempre feito a tricotomia e antissepsia da região (THOMASSIAN, 2000).
A fluídoterapia deve ser empregada para que não ocorra absorção de liquido evitando o manter a massa ressecada e para manutenção da volemia.
No controle da dor, as drogas antiinflamatórias não esteroidais, como o flunixinmeglumini (Banamine® ou Flunixina® ) e a fenilbutazona (Equipalazone® ou Fenilbutazona OF® ), são as de eleição. (THOMASSIAN, 2005).
Os laxantes podem ser utilizados para aumentar o teor de água e maciez da ingesta facilitando, assim, o transito intestinal na compactação primaria.
Os medicamentos colinérgicos e o cálcio intravenoso ajudam nos movimentos peristálticos, que eventualmente possam estar inibidos. Pode-se associar antiespasmódicos ao tratamento geral (THOMASSIAN, 2005).
Doses Recomendadas
FlunixinmeglumineBanamine®/ Flunixina® 1,1 mg/kg IV ou IM BID ou TID
FenilbutazonaEquipalazone®/ Fenilbutazona OF® 2,2 a 4,4 mg/kg IV SID
Xilazina 10% Sedomin® 0,1 a 0,3 mg/kg IV Reação dependente 
DetomidinaDetomidin® 0,005 a 0,02 mg/kg IV Reação dependente
ButorfanolTorbugesic® 0,02 A 0,08 mg/kg IV Reação dependente.
Tratamento Cirúrgico
O tratamento cirúrgico é indicado para os casos refratários, quando a compactação não é desfeita com o tratamento clínico ou quando há dor abdominal incontrolável.O tratamento constitui-se na realização de enterotomia, com posterior enterorrafia. Tal procedimento baseia-se na tração do segmento intestinal compactado para fora do abdômen e seu isolamento.
 A parede intestinal é então incisada longitudinalmente, no lado antimesentério. Pela abertura intestinal realiza-se a massagem e drenagem da compactação, com auxílio de água corrente (RADOSTITS et al., 2012).
Técnica Cirúrgica
Para intervenção cirúrgica, deve-se realizar tricotomia ampla (desde a área do púbis nas fêmeas ou desde o prepúcio no caso dos machos até o processo xifoide). Após indução anestésica, posiciona-se o equino em decúbito dorsal. A enterotomia, para resolução da causa base, é realizada preferencialmente, proximal a compactação, em casos de compactação de flexura pélvica, a incisão deve ser realizada sobre a compactação devido este ser o melhor local de acesso a compactação. Através da abertura, coloca-se uma mangueira (preferencialmente com água morna) no lúmen intestinal, e simultaneamente realiza-se massagem para desfazer a compactação. A técnica de enterorrafia dependerá da preferência do cirurgião. O local da enterotomia é lavado com solução fisiológica estéril antes, durante e após seu fechamento (MORA, 2009). 
Após a enterorrafia realiza-se a sutura abdominal, geralmente, em três ou quatro camadas. 
Cuidados, pós-operatório
Consiste, principalmente, em antibiótico terapia, analgesia, limpeza da sutura, reintrodução gradual da alimentação e gradual retorno ao trabalho (MORA, 2009). 
Como analgésico e anti-inflamatório, administrou-se flunixin emeglumine (dose de 0,5mg/kg, IV, a cada 12 horas, durante três dias). A reposição hidroeletrolítica por infusão contínua de solução de ringer com lactato, por via endovenosa, deve ser administrada nos primeiros dias pós-cirúrgicos. 
A quantidade administrada deve ser aumentada quando está presente diarreia, refluxo ou outra causa de perda de fluidos. Pode combinar-se a fluido terapia com lidocaína, um benéfico analgésico e pró-cinético intestinal (MORA, 2009). 
Complicações Pós-cirúrgicas
 São várias as complicações após a intervenção cirúrgica, tais como: complicações na linha de incisão, íleo pós-cirúrgico, desenvolvimento de aderência ou peritonite, recidiva da lesão inicial, endotoxemia, enterite e/ou colite, desenvolvimento de coagulação intravascular disseminada (CID), tromboses das veias jugulares, laminite (MORA, 2009).
PROFILAXIA
A profilaxia consiste em manejo alimentar adequado, sendo fornecido capim de boa qualidade, não picado. Além disso, pouco ou excesso de movimentação, excitação, estresse, parasitismo, intoxicações, infecções podem levar ao aparecimento da síndrome cólica, portanto devem ser cuidadosamente controlados na propriedade.
CONCLUSÃO
A síndrome cólica possui diversas origens, sendo uma delas a compactação, abordada neste trabalho. Tendo em vista a etiopatogenia da cólica por compactação, a cuidados com alimentação, são essências para a prevenção.
Após a doença instalada, o tratamento terapêutico é através de fluido terapia e analgésicos, para melhor conforto do animal, além de lavagem gástrica na tentativa de desobstrução. O tratamento cirúrgico e preconizado em casos refratários, ou quando a dor abdominal é incontrolável.
REFERENCIAS
THOMASSIAN, A., Enfermidade dos cavalos, editora varela, 3 edições, são Paulo, 1997.
MORA, S. C. F.; Resolução Cirúrgica de Cólicas em Equinos. Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa, 2009.
RADOSTITS, M; Clínica Veterinária – Um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. Ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 9 ed, 2012.
THOMASSIAN, A.; Enfermidades dos Cavalos. 4 ed. São Paulo: Livraria Varela, 2005.
BLOOD, D. C.; clínica veterinária, editora Guanabara Koogan, 7 edições, 1991, RJ.

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