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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DESEMBARGADOR (A) PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
Mandado de Segurança n° (...).
MAGNÓLIA, já qualificada nos autos do mandado de segurança em epígrafe, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, com base nos artigo 1.027, Código de Processo Civil, inciso II, alínea “a” e artigo 105 da Constituição Federal, inciso II, alínea “b”, interpor:
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL EM MANDADO DE SEGURANÇA C/C TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA EM CARÁTER ANTECEDENTE.
Contra decisão que denegou a ordem no mandado de segurança impetrado contra ESTADO DO CEARÁ por o ato coator praticado pelo SECRETÁRIO ESTADUAL DE SAÚDE, na pessoa de (...), também já qualificado, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor. 
Pugna-se pelo recebimento do presente recurso ordinário e, após a intimação do Recorrido para apresentar as contrarrazões, conforme o § 2º do artigo 1.027, solicito o seu encaminhamento para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a fim de que seja reformada a decisão que negou a segurança do presente mandamus.
Respeitosamente, pede deferimento.
Local, (...) de dezembro de 2017.
_____________________________
OAB/SP
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA,
COLENDA TURMA
EMINENTES MINISTROS
I-DA COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO JULGADOR
Compete ao STJ, conforme CF, Art. 105, inciso II, alínea “b”.
II-RECORRENTE: Magnólia
III-RECORRIDO: Estado do Ceará
IV-DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Requer os benefícios da Justiça Gratuita por ser pobre na forma da lei, conforme comprovante de hipossuficiência anexado e comprovante de renda não podendo, portanto, arcar com as despesas das custas processuais, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, com fulcro na Lei 1.060/50, acrescida das alterações estabelecidas pela Lei 7.115/83 e Lei 10.317/01, tudo em consonância com o artigo 5o, LXXIV, da Constituição Federal.
V-DA TEMPESTIVIDADE
O defensor tomou conhecimento da referida decisão, por meio de intimação pessoal, em 20/12/2017. A Lei 8.038/90, em seu Art. 33 diz o presente recurso será interposto no prazo de 15 dias, portanto tempestivo é o recurso.
VI-DOS FATOS
A Impetrante foi diagnosticada recentemente como portadora de uma doença com baixa frequência de diagnóstico semelhante (CID...), em decorrência disso, foi prescrevido um medicamento de uso regular e contínuo, de alto custo conforme cópia do prontuário médico anexo. Tal medicamento compõe a lista de remédios a serem fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde – SUS e ainda consta na relação de medicamentos excepcionais elaborada pelo Estado do Ceará.
Por ser uma pessoa humilde, sem recursos financeiros, não podendo arcar com o pagamento do medicamento, a Impetrante procurou a central de distribuição estadual de medicamentos localizada no município de Caicó, no dia 10/10/2017, e foi informada que o fornecimento de medicamentos de alto custo, mesmo os constantes na lista do SUS e do Governo Estadual, estavam suspensos por prazo indeterminado, por ordem da Secretaria Estadual de Saúde.
No dia 11/10/2017, protocolou o requerimento do medicamento, junto á Secretaria Estadual de Saúde. No dia 15/101/2017, obteve formalmente a resposta que todos os medicamentos estavam suspensos por tempo indeterminado. Diante da extrema necessidade de fazer uso do medicamento e da frustração de obtê- lo, restou a Srª Magnólia recorrer ao judiciário para valer o seu direito, por meio de Mandado de Segurança.
Em 20/12/2018, o defensor tomou conhecimento, via intimação pessoal, da decisão denegatória do Mandado de Segurança proferida pela Egrégia Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, que alegou no acórdão que o Estado do Ceará possui poder discricionário de decidir sobre o fornecimento de medicamentos, de acordo com sua conveniência e disponibilidade financeira, não podendo o Poder Judiciário obrigá- lo.
VII-DO DIREITO E DAS RAZÕES DA REFORMA DA DECISÃO
A decisão proferida pelo MM Juíz “a quo” não poderá prevalecer, visto os motivos abaixo:
A Recorrente, assim como todos,tem direito à saúde a qual está inserida nos direitos sociais garantidos pela Carta Magna, é um direito universal, indisponível, é ainda um direito público subjetivo à generalidade das pessoas, é um direito fundamental do ser humano, conforme mostra a C.F de 88:
Art. 196. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
O Estado não pode negar acesso à saúde pública a Recorrente sob o 
argumento de que este possui poder discricionário, ora, como o próprio Art. 196 mostra, é um dever do Estado, não compete a ele escolher quando ou a quem deve garantir tal direito e sim garantir a todos, de modo universal e igualitário.
Quando o Art. 196 da CF atribui dever de saúde ao Estado, refere-se a todos entes da federação, ou seja, a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal. A própria Constituição defini no seu inciso II do art. 23, que é de competência comum da União Federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cuidar da saúde e assistência pública e da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. No caso da Srª Magnólia, o ente federado acionado judicialmente é o estado.
O conceito de saúde, segundo Hoffmann Monteiro Castro, a saúde (2005), por Mariana Pretel:
“Corresponde a um conjunto de preceitos higiênicos referentes aos cuidados em relação às funções orgânicas e à prevenção das doenças. "Em outras palavras, saúde significa estado normal e funcionamento correto de todos os órgãos do corpo humano", sendo os medicamentos os responsáveis pelo restabelecimento das funções de um organismo eventualmente debilitado”
Para melhor compreender a amplitude do direito à saúde, direito esse assegurado a Sr Magnólia e a todos, vai além do direito a medicina, assim explica Magalhães:
“ À saúde não implica somente direito de acesso à medicina. Quando se fala em direito à saúde, refere-se à saúde física e mental, que começa com a medicina preventiva, com o esclarecimento e a educação da população, higiene, saneamento básico, condições dignas de moradia e trabalho, lazer, alimentação saudável na quantidade necessária, campanhas de vacinação, dentre outras coisas” (200, p.6).
Por derradeiro, é mister destacar a teoria do mínimo existencial de dignidade humana:
“...onde nem mesmo os mendigos, os indigentes, os inválidos e os desfavorecidos podem ser afastados, de modo que fazem jus, ao menos, aos direitos considerados mais básicos ao ser humano, como o direito à vida, à saúde e à liberdade,  o direito a saúde é um direito de todos não se distingue de cor, raça, se é pobre ou rico”. 
VIII-DA TUTELA RECURSAL ANTECIPADA
O NCPC elege a situação como urgência em seu Art. 300, pois o “Periculum in Mora” pode ocasionar danos irreparáveis ou de difícil reparação à saúde da Sr.ª Magnólia, no caso de demora na concessão da tutela, uma vez que esta é portadora de Lúpus e necessita continuar seu tratamento.
Concernente ao “Fumus boni iuris”, tem como base o direito à saúde da Recorrente. O conjunto probatório, seu inquestionável direito à saúde – inalienável e irrenunciável – e a obrigação imposta constitucional e legalmente ao Poder Público de custeio de seu tratamento, restaram demonstrados pelas razões de fato e de direito expostas, tornando o alegado verossímil.
Diante do exposto, estão presentes os requisitos para a concessão da tutela antecipada de urgência em caráter antecedente.
IX-DO PEDIDO
Diante do exposto requer:
a- deferimento da LIMINAR inaudita altera parte, do recurso pleiteado, ordenando à autoridade coatora que tome as providências necessárias no sentido de proceder ao fornecimento imediato, com contratação no regime deurgência, com dispensa de licitação, nos termos do art.24, IV da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, da medicação indicada e posteriormente dado provimento para fins de reforma.
b- concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro na Lei 1.060/50, acrescida das alterações estabelecidas pela Lei 7.115/83 e Lei 10.317/01, tudo em consonância com o artigo 5o, LXXIV, da Constituição Federal.
c- a notificação da autoridade coatora, para que, querendo, preste as informações que achar pertinentes, no prazo da lei, bem como se dê ciência do feito ao órgão de representação da pessoa jurídica interessada para que, querendo, ingresse no feito;
d- a intimação do representante do Ministério Público.
X-DO VALOR DA CAUSA
Dá se a causa o valor de R$ (...)
PEDE DEFERIMENTO
Local, (...) de dezembro de 2017.
 _________________________________
OAB/SP (...)

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