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Introdução ao Direito Administrativo

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Direito Administrativo
Material de Estudo 
1ª Prova
Carlos Diego Apoitia Miranda
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
Fontes do Direito Administrativo
✓No Brasil o direito administrativo não se
encontra codificado (CF e leis esparsas);
✓Fontes formais – as que constituem
propriamente o direito aplicável (CF, lei, atos
da administração e parcialmente a
jurisprudência);
✓Fontes materiais – as que promovem ou dão
origem ao direito aplicável (doutrina, a
jurisprudência, o costume e os princípios
gerais de direito);
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ a) Constituição
✓ Fonte primeira do Direito Administrativo (regras sobre
desapropriação, tombamento, licitação, organização da
administração pública);
✓ b) Lei (em sentido amplo):
✓ Todas as espécies normativas (Art. 59, I a V, da CF);
✓ “Estrutura escalonada ou hierarquizada, guardando uma
relação de compatibilidade vertical”;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ c) Jurisprudência
✓ Resultado de julgamentos reiterados em um mesmo sentido;
✓ Fonte material, pois indica, orienta as decisões futuras do
judiciário e da adm. pública;
✓ATENÇÃO: Súmulas Vinculantes – art. 103-A, do STF;
✓ Representam uma forma de economia processual ao
resolver de maneira mais célere grandes
controvérsias;
✓ Fonte formal, pois integra o direito a ser aplicado
pelos juízes e pela adm. pública;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ d) Doutrina
✓ Base de fundamentação e de orientação para as
decisões administrativas;
✓ e) Costume
✓ Prática habitual, com a crença da obrigatoriedade; não
cria nem exime obrigação;
✓ f) Princípios Gerais do Direito
✓ Desempenham papel relevante na interpretação das leis
e na busca do equilíbrio entre as prerrogativas do poder
público e os direitos do cidadão;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
Critérios de definição do Direito Administrativo
✓ 1) Teoria Legalista ou Exegética
✓O Direito Administrativo consiste na disciplina jurídica
responsável pelo estudo das normas administrativas
(leis, decretos, regulamentos) de um determinado
país;
✓Um estudo puro e simples de “lei seca”;
✓Não é aplicada no Brasil, pois no DA estudam-se
também os Princípios;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ 2) Teoria/Escola do Serviço Público
✓O Direito Administrativo estuda o Serviço Público;
✓ Serviço Público = toda atividade do Estado
(administrativa, empresarial, industrial); se o Estado
prestou o serviço é Direito Administrativo;
✓Não foi aceita pela doutrina brasileira, pois, assim,
todos os ramos do Direito seriam Direito
Administrativo (é amplo demais).
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ 3) Critério do Poder Executivo
✓ Direito Administrativo como a disciplina jurídica das
atividades do Poder Executivo.
✓ Noção insuficiente haja vista que a função
administrativa também é exercida pelos Poderes
Legislativo e Judiciário, de forma atípica;
✓ O Poder Executivo, além das funções administrativas,
exerce as funções de governo, que não são objeto de
estudo do Direito Administrativo.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ 4) Critério das relações jurídicas
✓ Direito Administrativo como o conjunto de normas que
regem as relações jurídicas entre a Administração e os
administrados;
✓ O critério é insuficiente pois existem outras disciplinas
jurídicas que também têm esse mesmo objetivo
(constitucional e tributário);
✓ Critério muito abrangente e, por isso, não foi aceito no
Brasil.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ 5) Critério Teleológico (finalístico)
✓ Oswaldo Aranha Bandeira de Mello;
✓ Direito Administrativo como o conjunto de normas que
disciplinam a atuação concreta do Estado para consecução
de seus fins (fins públicos);
✓ Peca pela imprecisão da expressão “fins do Estado” e,
principalmente, pelo fato de que o Estado é meio e não
fim em si mesmo;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ 6) Critério Residual ou Negativo
✓ O DA tem por objeto as normas que disciplinam as
atividades desenvolvidas para a consecução dos fins
públicos, excluídas a atividade legislativa e a jurisdicional,
além das atividades patrimoniais, regidas pelo direito
privado;
✓ O Direito Administrativo é estabelecido por exclusão;
✓ Critério aceito, mas que demanda um complemento de
saber o que sobra.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ 7) Critério da Administração Pública (Hely Lopes
Meirelles)
✓ Direito Administrativo corresponde ao conjunto de
princípios e normas que regem a Administração Pública;
✓ Conceito de Hely Lopes Meirelles:
✓ “O Direito Administrativo é um conjunto
harmônico de Princípios e Regras, que regem os
órgãos públicos, os agentes públicos e a atividade
administrativa do Estado, não importando qual o
Poder (Executivo, Legislativo ou Judiciário) exerça
esta atividade, realizando de forma direta,
concreta e imediata os fins desejados pelo
Estado”.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ Realização direta: independe de provocação do
interessado;
✓ Realização concreta: não se preocupa com a atuação
abstrata do Estado (Função Legislativa);
✓ Realização imediata:
✓ Atenção:
✓O Direito Administrativo não estabelece os fins do
Estado, mas executa os objetivos definidos pelo
Direito Constitucional.
✓ Regime Jurídico Administrativo = Conjunto harmônico de
princípios e regras.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
SISTEMAS ADMINISTRATIVOS 
(Mecanismos de Controle)
✓a) Sistema Francês (dualidade de jurisdição):
✓ Proíbe o conhecimento, pelo Poder Judiciário, de atos
ilícitos praticados pela Administração Pública;
✓ Excepcionalmente, o Judiciário pode rever o ato, em
situações que envolvam capacidade de pessoas, repressão
penal e litígios que envolvam a propriedade privada, por
exemplo;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ Jurisdição especial do contencioso administrativo,
formada por tribunais de natureza administrativa
(Conselhos de Estado);
✓ Desta forma, na França temos:
✓ a jurisdição administrativa (formada pelos tribunais de
natureza administrativa, com plena jurisdição em matéria
administrativa) e;
✓ a jurisdição comum (formada pelos órgãos do P. Judiciário,
com a competência de resolver os demais litígios).
✓ Não se admite o controle judicial dos atos da
Administração Pública;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓b) Sistema Inglês (jurisdição única):
✓ Sempre foi o sistema adotado no Brasil;
✓ Todos os litígios, sejam eles administrativos ou privados,
podem ser levados ao Poder Judiciário;
✓ Quem decide em última instância é o Poder Judiciário;
✓ A Administração também pode julgar (formação da coisa
julgada administrativa), mas suas decisões serão revisáveis
pelo Judiciário;
✓ O que é Coisa Julgada Administrativa?
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
Sistema administrativo brasileiro
✓Desde a instauração da República foi adotado o
sistema inglês;
✓Os litígios podem ser resolvidos pelo judiciário ao qual
é atribuído a função de dizer, com formação de coisa
julgada, o direito aplicável à espécie;
✓ Sempre que o administrado entender que houve lesão
a direito seu, poderá recorrer ao P. Judiciário, antes ou
depois de esgotada a via administrativa;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ O BRASIL ADOTOU O SISTEMA DE JURISDIÇÃO
ÚNICA;
✓ CF, art. 5°, XXXV: “a lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”;
✓ IMPORTANTE!!!
✓ Existem pelo menos três hipóteses em nosso
ordenamentojurídico nas quais se exige o
exaurimento, ou a utilização inicial da via
administrativa, como condição para acesso ao P.
Judiciário;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ a) Ações relativas à disciplina e às competições
desportivas (art. 217, §1º, CF);
✓ b) Ato adm., ou omissão da adm. pública, que
contrarie Súmula Vinculante, somente poder ser alvo
de reclamação no STF depois de esgotadas as vias
administrativas (art. 7, §1º, Lei nº. 11.471/06);
✓ c) Prévio indeferimento do pedido de informações de
dados pessoas por parte da administração para
ensejar o interesse de agir no Habeas Data
(jurisprudência do STF);
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
✓ Conjunto formado por todos os princípios e normas
pertencentes ao Direito Administrativo;
✓ Supraprincípios do Direito Administrativo:
✓ CABM: são os princípios centrais dos quais derivam todos os
demais princípios e normas do DA;
✓ a) supremacia do interesse público sobre o privado;
✓ b) indisponibilidade do interesse público;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ a) Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse
Particular:
✓ Princípio indispensável para o convívio social;
✓ Sobreposição do interesse público em face do
interesse individual;
✓ Ex.: o direito de propriedade (interesse individual)
pode se submeter à desapropriação (interesse
público); os contratos administrativos podem ter
cláusulas exorbitantes;
✓ Obs.: a Supremacia do Interesse Público é princípio
implícito no texto constitucional (não está expresso na
CF/88);
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ Em nome da supremacia do interesse público os atos
administrativos são auto-executáveis;
✓ Ex.: boate que emite sons em nível não adequado a
Administração pode fechar a boate sem necessidade
de decisão judicial;
✓ A supremacia do interesse público significa
prerrogativas, mas também significa algumas
obrigações; (licitação, concurso público);
✓ O administrador pode muito, mas não pode tudo;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ b) Indisponibilidade do Interesse Público:
✓ Limita o princípio da supremacia, pois o administrador
não pode abrir mão do interesse público;
✓ Decorre do fato do administrador exercer função
pública, em nome e no interesse do povo;
✓ Ex: se o administrador não se utiliza da licitação,
abrindo mão de escolher a proposta mais vantajosa,
viola tal princípio;
✓ Ex: se a administração não faz concurso público,
abusando dos cargos temporários e comissionados
também viola o princípio da indisponibilidade;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ C) CF, art. 37, caput (alterado pela EC 19/98) –
L.I.M.P.E.
✓ O art. 37, caput, da CF/88 traz cinco princípios que a
Administração Pública, direta e indireta das três esferas do
Estado, deve obedecer;
✓ São chamados de princípios mínimos da Administração
Pública;
✓ Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓C.1. Legalidade
✓ Art. 5º (direito fundamental);
✓ Art. 37, caput (Administração Pública);
✓ Art. 84, IV (regulamentos no limite da lei);
✓ Art. 150, I (não há tributo sem lei anterior
que o defina);
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ O princípio da legalidade tem 2 enfoques distintos:
✓ a) Legalidade para o particular: pode tudo o que não
é proibido pela lei; (critério de não-contradição à lei).
✓ b) Legalidade para a Administração: pode tudo o que
está previsto em lei; (critério de subordinação à lei);
✓ O princípio da legalidade não se confunde com o
princípio da reserva legal;
✓ Princípio da Reserva Legal: a CF reserva determinada
matéria a uma espécie normativa específica (ex.: para
a matéria X, Lei Complementar); significa escolha da
espécie normativa.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ C.2. Impessoalidade
✓ O administrador não pode buscar interesses pessoais,
ou seja, deve agir com ausência de subjetividade.
✓ Concurso público e licitação;
✓ Os atos administrativos são impessoais, são atos da
Administração Pública;
✓ Art. 37, § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de
direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
✓ Para CABM: “Impessoalidade significa tratar a todos os
administrados sem discriminações, benéficas ou
detrimentosas, sem favoritismos ou perseguições”
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ Agir com impessoalidade também leva a agir com isonomia;
conceito que se aproxima mais de isonomia;
✓ A Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou
beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o
interesse público que tem que nortear seu comportamento.
Ex.: Precatórios, artigo 100, CF;
✓ Nepotismo
✓ STF – Súmula Vinculante nº 13
✓ Crítica: em razão dessa amplitude exagerada, que busca
abranger as mais variadas situações, tal súmula acaba por se
tornar inaplicável, inviável na prática! Não há como fiscalizar
todos os casos de forma eficaz.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ C.3. Moralidade
✓ Relaciona-se com a ideia de HONESTIDADE, de BOA
CONDUTA, de obediência aos princípios éticos e normas
morais, à correção de atitude, à boa-fé;
✓ Não há conceito fechado de moralidade; cláusula
indeterminada;
✓ A moralidade administrativa é mais rigorosa que a
moralidade comum;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ C.4. Publicidade
✓ Dever de TRANSPARÊNCIA; significa dar ciência, dar
conhecimento;
✓ O administrador exerce função pública, lida com o interesse
público, logo os titulares do interesse público devem ter acesso
à informação;
✓ Publicidade significa:
✓ a) produção de efeitos, condição de eficácia – o ato
administrativo produz efeitos a partir do momento em que se
dá conhecimento (ex. o contrato só produz efeitos a partir de
sua publicação);
✓ b) início de contagem de prazo (ex. prazo para defesa de multa
por infração de trânsito);
✓ c) significa mecanismo de controle, de fiscalização (ex.
publicidade das contas públicas).
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ O ADMINISTRADOR TEM O DEVER DE PUBLICAR SEUS
ATOS:
✓ CF, art. 37 - dever de informar
✓ CF, art. 5º, XXXIII - direito à informação
✓ CF, art. 5º, LXXII - habeas data (garantia de informação);
✓ CF, art. 5º, XXXIV - direito de certidão
✓ EXCEÇÕES à publicidade:
✓ CF, art. 5º, XXXIII, in fine - quando o sigilo for
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
✓ CF, art. 5º, X - inviolabilidade da intimidade, da vida
privada, da honra e da imagem da pessoa;
✓ CF, art. 5º, LX - segredo de justiça; a lei pode restringir a
publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ Há, portanto, LIMITAÇÕES:
✓ CF, art. 37, §1º. A publicidade dos atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.
✓ Ex.: Prefeito em exercício manda dar seu nome ao prédio
da Procuradoria do Município - promoção pessoal -
improbidade.
✓ Fazer promoção pessoal implica violaçãonão só à
publicidade, mas também à legalidade, impessoalidade e
moralidade; ex.: Governador de Estado promoveu
publicidade sobre a realização de obra pública vinculada a
seu nome;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ C.5. Eficiência
✓ Princípio expresso na CF apenas com a EC nº. 19/98;
✓ Eficiência significa presteza, agilidade, ausência de desperdício,
não podendo o administrador eficiente desperdiçar dinheiro
público.
✓ Regra da estabilidade do servidor público; art. 41, da CF;
✓ Racionalização da máquina administrativa; art. 169 da CF; a
administração tem limite para gastos; limite estabelecido no art.
19, da Lei Complementar nº. 101/00 (Lei de Responsabilidade
Fiscal);
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ Só pode gastar com folha de pagamento até o limite de:
✓ União: 50%
✓ Estados e Municípios: 60%
✓ Se já estiver acima dos limites dispostos no art. 19 da LRF, o
administrador tem que reduzir na seguinte ordem (art. 169, §
3º da CF/88):
✓ 1º) Cargo em comissão e função de confiança (mínimo de 20%
de redução); se quiser reduzir mais do que este percentual é
atitude discricionária do administrador;
✓ 2º) Servidores não-estáveis; quantos forem necessários (pode
ser até 100%), de acordo com a necessidade;
✓ 3º) Servidores estáveis
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ OBS: só se pode passar a cortar cargos de uma
categoria para a seguinte se já tiver esgotado a
hipótese legal de “enxugamento” da categoria
anterior;
✓ Atenção: Se o administrador justificar a exoneração na
racionalização da máquina administrativa, o cargo será
extinto e só poderá ser recriado (com funções
idênticas ou assemelhadas) 4 anos depois (art. 169,
§6º, CF);
✓ Por fim, quanto à eficiência, deve-se gastar o menor
valor possível para obter o melhor resultado possível
(gastar pouco e obter bom resultado);
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ D) ISONOMIA
✓ Fórmula genérica de que os iguais devem ser tratados de forma
igual, ao passo que os desiguais devem ser tratados
desigualmente, na medida de sua desigualdade;
✓ Exemplos:
✓ Limite mínimo de altura e polícia de SP; fere o princípio da isonomia
✓ Limite de idade em concurso público; não viola o princípio da
isonomia, desde que compatível com as atribuições do cargo e
previsto na lei da carreira;
✓ Concurso para gari e quantidade de dentes; viola a isonomia;
✓ Exame psicotécnico e concurso público; só se estiver previsto na lei da
carreira + se a prova for objetiva (critério objetivo).
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ E) CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA – CF, art. 5º, LV
✓ Contraditório – dar à parte ciência da existência do processo,
com a possibilidade de participação;
✓ Ampla defesa – dar à parte a oportunidade de se defender;
✓ Desdobramentos da ampla defesa:
✓ a) Defesa prévia: a parte tem que se defender antes da
aplicação da sanção final; para que a defesa prévia seja efetiva
é necessário:
✓ • Pena pré-determinada
✓ • Procedimento pré-determinado
✓ b) Garantia de informação: segundo o STJ a parte não tem
direito a cópias do processo administrativo, mas a
administração tem que viabilizar tal reprodução;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ c) Produção de provas: a parte tem que poder produzir
prova que vai participar da formação de juízo do
administrador;
✓ d) Defesa técnica:
✓ A Lei nº. 8.112/90 fala que a presença do advogado é
facultativa (art. 156);
✓ Súmula 343 do STJ: É obrigatória a presença de advogado
em todas as fases do processo administrativo disciplinar.
✓ STF: Súmula Vinculante nº 5: A FALTA DE DEFESA TÉCNICA
POR ADVOGADO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR NÃO OFENDE A CONSTITUIÇÃO.
✓ Decisão de cunho econômico/político e não jurídico;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ e) Direito de recurso: o recurso administrativo pode ser
impetrado independentemente de previsão específica;
✓ Exemplos:
✓ 1) edital de concurso que afirma que de alguma das fases
não cabe recurso ofende a ampla defesa;
✓ 2) o espelho de prova é indispensável para a impetração
do recurso sob pena de ofender a ampla defesa;
✓ 3) o STF e STJ entendem que a exigência de depósito
prévio para recorrer ofende a ampla defesa, sendo
inconstitucional;
✓ STF: Súmula Vinculante 21 - É inconstitucional a
exigência de depósito ou arrolamento prévios de
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso
administrativo.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ F) RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
✓ Maioria da doutrina brasileira afirma que o princípio da
proporcionalidade está embutido no princípio da razoabilidade.
✓ Razoabilidade significa lógica, coerência, ou seja, o
administrador tem que agir de forma coerente, com bom
senso;
✓ Proporcionalidade significa equilíbrio; o administrador tem que
agir de forma equilibrada.
✓ Os benefícios e os prejuízos (mais benefício do que prejuízo);
ex.: lixão à beira-mar (desproporcional);
✓ Os atos e medidas inerentes a estes atos; ex.: greve de
servidores e passeata que causa tumulto (o Administrador
pode, no exercício do poder de polícia, dissolver esta passeata,
mas não pode matar os participantes);
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ A utilização da palavra razoável no art. 5º, LXXVIII da CRFB/88
(com a EC 45/04) denota respeito à celeridade do processo e
não é relativo ao princípio da razoabilidade.
✓ Tais princípios estão expressos na lei ordinária (Lei nº. 9.784/99,
art. 2º)
✓ Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros,
aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e
eficiência.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ G) CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
✓ O serviço público tem de ser prestado de forma contínua,
ininterrupta, sem cortes, sem interrupção;
✓ Excepcionalmente, é possível a interrupção:
✓ a) SERVIÇO ESSENCIAL – com fundamento no art. 6º, § 3º, da Lei
nº. 8987/95:
✓ 1 - Em caso de urgência (independentemente de comunicação
prévia);
✓ 2 - Dependendo de comunicação prévia:
✓ Desobediência das normas técnicas que comprometam o serviço.
✓ Em nome da segurança das instalações
✓ Em caso de inadimplemento do usuário, guardado o interesse da
coletividade;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ O corte do serviço do inadimplente é, na verdade, preservação ao princípio
da continuidade;
✓ O inadimplente e o adimplente são desiguais, devendo ser tratados
desigualmente sob pena de ferir o princípio da isonomia;
✓ Exceção: o inadimplente que depende da energia para sobreviver (máquina
respiratória); caso a Administração não pague a energia poderá ter sua
energia cortada, salvo nos logradouros públicos, hospitais etc.
✓ b) GREVE – o servidor público tem direito de greve, na forma da lei (CF, art.
37, VII);
✓ Norma de eficácia limitada; o direito estava previsto na CF, mas não podia ser
exercido sem a lei;
✓ STF: Mandados de Injunção nº. 670, 708 e 712, entendeu pela POSSIBILIDADE
DE O SERVIDOR EXERCER O DIREITO DE GREVE COM BASE NA LEI nº. 7.783/89
até que seja editada lei própria para os servidores públicos;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ c) Exceptio non adimpleti contractus – “exceção do contrato
não cumprido”;
✓ É aplicável aos contratos administrativos?
✓ SIM, mas não se aplica de imediato;
✓ Em nome do princípio da continuidade, a empresa contratada
pode suspender a prestação do serviço se, após 90 dias, a
Administração não pagar (Lei nº 8666/93, art. 78, XV).
✓ Art. 78. Constituem motivo pararescisão do contrato:
✓ XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela
Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou
parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra,
assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ H) AUTOTUTELA
✓ Permite que a Administração faça a revisão de seus próprios
atos.
✓ Se os atos são ilegais, a Administração pode ANULÁ-LOS.
✓ Se os atos são inconvenientes, pode REVOGÁ-LOS.
✓ Súmulas 346 e 473 do STF:
✓ STF, Súmula 346. A Administração Pública pode declarar a nulidade
dos seus próprios atos.
✓ STF, Súmula 473. A Administração pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
✓ I) ESPECIALIDADE
✓ As pessoas jurídicas da Administração Direta (entes
políticos – U/E/M/DF) CRIAM as pessoas jurídicas da
Administração indireta (autarquias, fundações públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista) por
meio de LEI;
✓ Quando a lei cria ou autoriza a criação da Administração
indireta deve ser ESPECÍFICA - aqui está o PRINCÍPIO DA
ESPECIALIDADE: TODAS AS PJS DA ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA TÊM UMA FINALIDADE ESPECÍFICA DEFINIDA NA
LEI QUE AS CRIOU OU QUE AUTORIZOU A SUA CRIAÇÃO.
✓ Se foi a LEI que determinou a finalidade específica, SÓ A
LEI pode modificá-la (o administrador não pode fazê-lo);
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✓ J) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
✓ Leia-se: presunção de LEGITIMIDADE + LEGALIDADE +
VERACIDADE.
✓ a) Presunção de legitimidade - obediência às regras morais
✓ b) Presunção de legalidade - obediência à lei
✓ c) Presunção de veracidade - compatibilidade com a realidade,
com a verdade
✓ Trata-se de presunção RELATIVA, juris tantum, sendo que o
ônus da prova cabe ao administrado.
✓ O ato é aplicável desde logo, imediatamente (a aplicação é
desde já); eventual discussão sobre a sua legitimidade vem
depois.
✓ A presunção de legitimidade não afasta o CONTROLE PELO
JUDICIÁRIO.
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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
✓ É a estruturação das entidades e órgãos que irão
desempenhar as funções, através de agentes públicos.
O fundamento legal é o Decreto-Lei 200/67 e a CF/88.
✓ Estrutura administrativa do Estado:
✓ Separação dos poderes
✓ Funções típicas e atípicas
✓ Preponderância do Poder executivo no exercício da
função administrativa;
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✓Organização da Administração:
✓ Entidades políticas e entidades administrativas
✓ Entidades políticas – PJ que compõem a Federação (U, E, M, DF);
✓ Autonomia política; capacidade de auto-organização;
✓ Possibilidade de legislar;
✓ Entidades administrativas – PJ que integram a administração
pública;
✓ Não possuem autonomia política;
✓ Não possuem capacidade de legislar;
✓ Executam as leis;
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✓Adm. Direta e Adm. Indireta:
✓Adm. Direta – conjunto de órgãos que integram
as pessoas políticas do Estado; atuação
centralizada; (U, E, M, DF);
✓Adm. Indireta – conjunto de PJ que, vinculadas à
Adm. Direta, possuem competência para o
exercício, de forma descentralizada, das
atividades administrativas;
✓Art. 4º, do Decreto-Lei 200/1967;
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✓Formas de prestação da atividade
administrativa:
✓O Poder Público quando presta a atividade
administrativa pode fazê-lo de três maneiras diferentes:
✓ 1) Forma Centralizada ou Administração Centralizada;
✓ Prestação realizada pelo próprio Estado, ou seja, é a
Administração Direta (entes políticos: União, Estados,
DF e Municípios).
✓ Exemplos: Saúde, Educação, Segurança Pública;
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✓ 2) Forma Descentralizada ou Administração Descentralizada:
✓ A prestação do serviço é deslocada para outras entidades, que
podem receber a atividade: Autarquias, Fundações Públicas,
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (entes da
Administração Indireta);
✓ 3) Forma Desconcentrada ou Administração Desconcentrada:
✓ A prestação é distribuída dentro do mesmo núcleo central da
Administração, com o desmembramento em órgãos;
✓ EXEMPLO: transferência de uma Secretaria para outra, ou de um
Ministério para outro.
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✓A descentralização pressupõe pessoas jurídicas
distintas, entre as quais não há hierarquia ou
subordinação, mas apenas um poder de controle (ou
tutela) pelo qual a administração central pode influir
na pessoa descentralizada.
✓ Já a desconcentração, que ocorre dentro de uma só
pessoa, é uma distribuição de competências, sem
perder-se o vínculo da hierarquia;
✓ Exemplo: quando o Ministério da Educação e Cultura foi
desmembrado em Ministério da Educação e Ministério da
Cultura;
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DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Distribuir dentro da própria pessoa
jurídica, ou seja, desmembra em
órgãos, com melhora na
organização interna.
Distribuição para outras pessoas:
jurídicas da administração,
particulares ou entes políticos
Mesma pessoa jurídica; Nova pessoa jurídica;
Há hierarquia;
Não há hierarquia; o que existe é
controle e fiscalização;
Relação de subordinação; Relação de vinculação;
✓ Instrumentos (institutos) pelos quais a Administração
perfaz a descentralização:
✓ 1) Outorga:
✓ Transferência da titularidade e da execução do serviço;
✓ Transferir titularidade significa transferir a propriedade do
serviço;
✓ A outorga de serviço público deve ser feita por intermédio de
lei;
✓ A outorga só pode ser feita para a administração indireta;
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✓ 2) Delegação
✓ A administração transfere só a execução do serviço;
✓ A Administração mantém a titularidade;
✓ A delegação pode ser:
✓ a) Legal:
✓ Feita por lei às pessoas da administração indireta de direito
privado;
✓ Ex: Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista e
Fundações Públicas de direito privado;
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✓ b) Contratual (contrato administrativo):
✓ É realizada ao particular; exemplo: Concessão e Permissão de
serviço público;
✓ Art. 2º, da Lei nº. 8987/95
✓ Concessão: a delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência;
✓ Permissão: a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos;
✓ Ex.: serviços de comunicação de TV, telefonia, radiofonia, internet;
estradas, entre outros;
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✓ c) Delegação por ato administrativo (unilateral)
✓ Realizada diretamente ao particular;
✓ Exemplo: Autorização;
✓ Autorização: é a transferência ao particular, de serviço
público de fácil execução, sendo de regra sem remuneração
ou remunerado através de tarifas.
✓ Ex.: Despachantes; a manutenção de canteiros e jardins em
troca de placas de publicidade; serviço de táxi;
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ÓRGÃOS PÚBLICOS
✓ Teorias sobre a natureza jurídica da relação entre o Estado
e os agentes por meio dos quais atua:✓ 1) Teoria do Mandato
✓ Estado e agente celebram contrato de mandato;
✓ O poder do agente decorre do contrato de mandato entre
o agente e o Estado;
✓ Tem como principal crítica a impossibilidade lógica de o
Estado, que não possui vontade própria, outorgar
mandato.
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✓ 2) Teoria da representação
✓ Toda relação Estado x agente ocorre como na tutela e na
curatela;
✓ O representante pratica os atos em nome do incapaz;
✓ Não pode ser aplicada, pois o Estado não pode ser
concebido como sujeito incapaz;
✓ 3) Teoria do órgão ou da imputação
✓ A vontade do Estado está nas mãos do agente e o agente
representa a vontade do Estado porque a lei reputou a ele
este poder;
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✓ A relação entre Estado e Agente decorre de determinação
legal;
✓ Quando o agente manifesta, no exercício do serviço
público, sua vontade, está manifestando a vontade do
Estado;
✓ A vontade do Estado é a vontade do agente, ou seja,
ambas formam uma única vontade;
✓ É por isso que o Estado responde pelos atos de seus
agentes no exercício da função pública;
✓ É a teoria adotada no Brasil.
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✓ Conceito de Órgão Público:
✓ São unidades integrantes da estrutura de uma mesma
pessoa jurídica nas quais são agrupadas competências
a serem exercidas por meio de agentes públicos.
✓ A Lei 9.784/99 define órgão como “a unidade de atuação
integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta”.
✓ Na administração direta federal, somente a União possui
personalidade jurídica;
✓ Então, os ministérios, por exemplo, são centros de competências
despersonalizados;
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✓ Características:
✓ A principal característica dos órgãos é a ausência de
personalidade jurídica;
✓ Integram a estrutura de uma pessoa política (U, E, M, DF), no
caso dos órgãos da administração direta, ou de uma pessoa
jurídica administrativa (autarquia, FP, EP ou SEM), no caso dos
órgãos da administração indireta;
✓ Não tem aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações;
(ex.: não pode ser parte, celebrar contrato);
✓ O órgão faz a licitação do contrato, porém quem celebra o
contrato é o Estado;
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✓Possuem CNPJ, mas com a finalidade de fiscalização
orçamentária;
✓Em regra, por não ter personalidade jurídica, o órgão
público não pode ir a juízo;
✓Excepcionalmente pode ir a juízo em busca de
prerrogativas institucionais (em busca de direitos
ligados a sua função);
✓Não possuem patrimônio próprio (a criação formal de
órgãos depende de lei (CF, art. 48, XI, art. 61, §1º, II,
“e”);
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Classificação dos órgãos públicos
✓ 1) Quanto à posição estatal:
✓ a) Órgãos independentes
✓ São aqueles que estão no topo da estrutura estatal;
✓ Gozam de independência;
✓ Possui total liberdade, não sofre qualquer relação de
subordinação;
✓ Ex: Presidência da República; Casas legislativas; Tribunais e
juízos monocráticos.
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✓ b) Órgãos autônomos
✓ São aqueles que gozam de autonomia;
✓ Tem grande autonomia, mas estão subordinados aos
órgãos independentes;
✓Gozam de autonomia administrativa, financeira e
técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos de
planejamento.
✓ Ex: Ministérios; secretarias estaduais; secretarias
municipais.
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✓ c) Órgãos superiores
✓ São aqueles que tem poder de decisão restrito, subordinado aos
órgãos autônomos e aos órgãos independentes;
✓ Não têm independência e não têm autonomia, mas ainda têm
poder de decisão;
✓ Ex: Gabinete da presidência, Gabinete dos Ministros,
Procuradorias.
✓ d) Órgãos subalternos
✓ São órgãos de execução, sem poder de decisão;
✓ Ex.: almoxarifado; Departamento de RH; zeladoria;
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✓ 2) Quanto à estrutura
✓ a) Órgão simples
✓ É aquele que não tem ramificação, não tem outros órgãos
agregados à sua estrutura; (ex.: gabinetes);
✓ b) Órgão composto
✓ É aquele que tem ramificações, tendo outros órgãos
agregados à sua estrutura;
✓ Ex.: Delegacia de Ensino e as escolas vinculadas àquela
delegacia; hospital e posto de saúde.
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✓ 3) Quanto à atuação funcional (agentes que compõem
o órgão)
✓ a) Órgão singular/Unipessoal
✓ A tomada de decisão é feita por um único agente.
✓ Ex: Presidência da República; juízo monocrático.
✓ b) Órgão Colegiado
✓ A tomada de decisão é feita por mais de um agente.
✓ Ex: casas legislativas; tribunais.
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✓ 4) Quanto ao território
✓ a) centrais – atingem todo o território da pessoa jurídica. Ex.:
Presidência da República.
✓ b) locais – têm uma atribuição restrita a um determinado local
do território da pessoa política. Ex.: Delegacias de Polícia.
✓ 5) Quanto ao objeto
✓ a) ativos – prestam uma atividade, efetivamente prestam um
serviço. Ex.: escola, hospital.
✓ b) consultivos – de mera consulta. Ex.: Procuradorias;
✓ c) de controle – exercem controle, fiscalizam. Ex.: Tribunal de
Contas;
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