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Faculdade Estácio de Sá 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão Bibliográfica e digital sobre: 
 O Direito No Extremo Oriente (China e Índia) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Grande – MS 
2018 
 
Faculdade Estácio de Sá 
 
 
 
 
 
 
Trabalho avaliativo da disciplina: História do Direito do Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Direito na Índia 
Antes de analisar a historia do direito na índia, devemos analisar a cultura indiana, 
pois sendo “direito” fruto de normas sociais estão devem ser observadas para uma melhor 
compreensão sobre o tema. 
O sistema de castas 
Há mais de 2500 a. C., a região do vale do rio Indo era ocupada por uma civilização 
de relativa cultura. Aproximadamente em 1500 a. C., um povo de origem ariana dominou 
esses povos e implantou um sistema de direito e religião. Este sistema de casta dividia as 
pessoas em classes sociais específicas, não existindo mobilidade social, e foi imposto pelos 
arianos para dominar o povo local e garantir sua soberania. 
A divisão social 
A menção sobre a divisão da sociedade em castas, aparece em um livro sagrado 
hindu, as Leis de Manou, possivelmente escrito entre 600 a. C. e 250 a. C. “definindo casta 
como um grupo social hereditário, onde as pessoas só podem casar-se com pessoas do próprio 
grupo, e que determina também sua profissão, hábitos alimentares, vestuários e outras coisas, 
induzindo a formação de uma sociedade sem mobilidade social”. Com o tempo, 
estabeleceram-se quatro castas principais: 
 Brâmanes: O casta no alto da pirâmide social indiana formada por sacerdotes, 
magos, religiosos e filósofos – as pessoas encarregadas de realizar os sacrifícios e rituais 
sagrados. 
Kshatriyas: A segunda Casta de maior prestígio era a dos guerreiros, que reunia 
pessoas com atribuições judiciárias, policiais e militares. 
Vaiçya: Respondia pelo conjunto de atividades econômicas, incluindo funções 
agrícolas, artesanais, comerciais e financeiras. 
Sudras: A casta inferior era formada por servos, trabalhadores braçais e empregados 
domésticos. 
Parias: Abaixo das castas e fora da pirâmide social, os parias ou “intocáveis” faziam 
trabalhos tidos como indignos, pois eram nascidos de miscigenação de castas ou expulso de 
sua casta. 
A explicação para essa divisão da sociedade é a aversão dos arianos contra a mistura 
de raças e a explicação religiosa de que se o homem melhorasse espiritualmente em vida, ele 
nasceriam e castas superiores em outra vida. 
Dentre as leis indianas pode-se destacar 
Código de Manou: 
Foi dividido em 12 livros com 2.567 artigos, que se ocupa de toda espécie de 
assuntos. 
Livro Oitavo: Parte Geral: 
I – Da Administração da Justiça – Dos Ofícios dos Juízes; 
II – Dos Meios de Provas 
XV – Das Ofensas Físicas; 
XVI – Dos Furtos; 
XVII – Do Roubo; 
XVIII – Do Adultério; 
- Livro Nono: 
XIX – Dos Deveres do Marido e da Mulher; 
XX – Da Sucessão Hereditária 
A deformação sofrida pelo direito hindu 
O direito hindu aplicado pelos ingleses sofreu muitas alterações, devido 
principalmente à falta de conhecimento verdadeiro do significado do dharma e a falta de 
conhecimento no idioma, que foi traduzido para o inglês com muitas imperfeições. Muitas 
regras que haviam caído em desuso, por exemplo, foram sancionadas. Em outras situações os 
juristas ingleses modificavam as leis conscientemente por achá-las absurdas, sem levar em 
conta a cultura local. 
Estas deformações reduziram uma série de costumes locais, mas por outro lado 
causou uma reforma que modernizou o direito hindu, que para muitos foi vista como algo 
benéfico, e também uma limitou o direito hindu. 
O Direito indiano 
Neste sentido, o atual direito indiano é, antes de tudo, um sistema jurídico de origem 
estatal que extrapola as diversas etnias e comunidades religiosas que formam a Índia 
contemporânea para ser um Direito supra-étnico e desvinculado desta ou daquela fé religiosa. 
Os indianos podem ter utilizado a técnica da codificação para reformar o seu direito, 
porém os seus códigos são códigos de common law, que os juristas da Índia utilizam da 
mesma maneira como são utilizados estes materiais legislativos nos paises de common law. 
Está ainda mais ligada a esta pela concepção que ai existe da função judiciária, pela 
importância que ai se atribui à administração da justiça e ao processo e pela idéia que ai se faz 
da supremacia do direito (rule of law). 
 
O Direito na China 
Contexto histórico e confucionismo: 
Durante muito tempo a China viveu sobre períodos de instabilidade político-
econômica com a formação de diversas dinastias como a Han, Chi´n, Táng, Ming. Não existia 
como um país unificado. Diante disso, Confúcio, que viveu durante o período de 551-479 a. 
C., propôs meios de instalar a ordem, regras aos indivíduos para ordenar a coletividade. Funda 
o Confucionismo, que tem como base fundamental o Li (aperfeiçoamento do homem até 
atingir um alto nível de disciplina). Nessa concepção de sociedade ideal, os mais novos 
deveriam respeitar os mais velhos, a mulher se submeter ao homem e os governados devem 
obedecer ao governante. Todos deveriam respeitar a categoria social ocupada, agir segundo o 
Li, ou seja, exemplarmente. 
Essa filosofia foi ganhando espaço com decorrer do tempo. Transferiu-se de 
comportamento social para a esfera espiritual. Hoje são cerca de 600 milhões de 
confucionistas no mundo. 
A China Comunista 
Em 19 de outubro de 1949, houve a vitória de Mao-Tsé-Tung e do Partido 
Comunista, transformando a China em República Popular Chinesa. 
Diferente dos países da União Soviética e das outras Repúblicas populares da 
Europa, repudia-se o princípio de legalidade, aderindo ao dogma marxista-leninista. 
Acreditavam na preeminência à formação moral e à educação cívica dos cidadãos sobre a 
coerção. 
 
Tentativa pela via Soviética 
Em 1949, pelo projeto chamado “Programa Comum”, houve a abolição de leis, 
tribunais e decretos. 
Após a abolição, tornou-se urgente reconstruir; mesmo a contragosto, a China iria 
reconhecer o primado do direito e da lei, já que parecia o meio mais eficaz de preparar a 
sociedade para o advento do comunismo, a exemplo da União Soviética. 
Com a criação das Leis Orgânicas, tentaram realizar a reorganização segundo o 
modelo soviético. Assim, muitas mudanças ocorreram, tais como: 
Supremo Tribunal Popular: orientava o trabalho de todas as novas jurisdições; 
Grandes leis a partir de 1950 (casamento, reforma agrária, sindicatos) e 1951. 
Constitui-se uma comissão de codificação para a redação dos códigos 
Porém, a China teve muitas dificuldades para instalar o princípio de legalidade. Não 
havia juristas suficientemente seguros, dada a falta de tradição dessa prática; os órgãos têm 
dificuldade de discernir o que fazer na ausência de leis em determinados casos; muitos 
ataques são dirigidos ao princípio de legalidade. 
Diante disso, em 1954, é elaborada uma Constituição. Calcada sobre a Constituição 
Soviética, confirma efetivamente a tendência de triunfo do princípio de legalidade. A 
normalização faz progressos, criando-se tribunais populares e reorganizando-se os órgãos pré-
existentes. 
Repúdio ao Princípio de legalidade 
Com a vontade de construir uma nova sociedade, a China assiste uma volta à 
tradição: a paz social deve ser conseguida através da educação; é preciso o acordo de todos 
para estabelecer-se a nova ordem; Nesse intuito, estabelecem-se os “Pactos Patrióticos”: 
cidadãos se comprometem a observar as leis e a disciplina social. 
O princípio de legalidade continua e é cada vez mais repudiado: o trabalho de 
codificaçãoé abandonado, as diretivas do partido substituem-se à Lei, e os tribunais vêem-se 
com atividade restringida e subordinados aos sovietes dos diversos escalões. 
A maior validade é a do princípio de Conciliação, tendo o Direito uma função apenas 
subordinada. Mao-Tsé-Tung pregava que o direito não era para todos, pois era uma ditadura, e 
somente bom para os bárbaros (na época, os contra-revolucionários). Assim, os cidadãos não 
deveriam sofrer dessa ditadura que ele exerce, poupando-lhes da degradação e da vergonha de 
serem pronunciados criminalmente. 
Acreditavam na educação e persuasão no lugar de sanções: se um cidadão cometeu a 
falta, certamente não tinha consciência do que fez, devendo ser, portanto, sujeito a uma obra 
de educação e persuasão, em vez de uma condenação indigna. 
China atual 
Hoje em dia prevalece o nível pré-judiciário nas discussões dos delitos, raramente 
chegando ao nível de processos. Procura-se levar os cidadãos a reconhecerem seus erros e a 
corrigirem-se. Os processos intervêm apenas contra os chamados “inimigos do povo”: os 
incorrigíveis e depravados. 
Usam o direito como última solução: apenas se todos os outros métodos estiverem 
falhando, pois não se deve aplicar sanções àqueles que, apesar das faltas, continuam sendo 
bons cidadãos. 
Até 1978 havia poucas leis, além de uma ausência de jurisprudência e doutrina, pois 
poucos acórdãos do Supremo Tribunal tinham sido publicados e a noção de precedentes 
obrigatórios era desconhecida. A partir desse ano, com a criação de uma nova Constituição, o 
movimento legislativo toma novo rumo: foram votadas uma lei eleitoral, uma lei orgânica dos 
tribunais, uma lei que regulamentava os investimentos de capitais chineses e estrangeiros e 
uma lei sobre o casamento; os códigos penal e de processo penal são adotados porque os 
dirigentes atuais sentiram a necessidade de tranqüilidade dos chineses, e pensaram que a 
existência de textos normativos poderia ser um obstáculo às injustiças. Com o código penal, 
pretenderam combatera crescente criminalidade, pois um conjunto de regras poderia ter um 
efeito dissuasivo. 
Apesar de tudo, as mentalidades continuam hostis à rigidez das leis, o que torna 
difícil o princípio de legalidade assumir na China o papel que tem nos países ocidentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia. 
Livros 
MACIEL, José Fábio Rodrigues; AGUIAR, Renan. História do Direito. 2 ed. São 
Paulo: Saraiva, 2008 
KLABIN, Aracy Augusta Leme. História geral do direito. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2004 
Sites 
https://herreraalemao.jusbrasil.com.br/artigos/188561767direito-na-india-e-china 
http://revistaeletronicardfd.unibrasil.com.br/index.php/article/viewFile/220/213

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