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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Conforme Lemes Júnior, Rigo e Cherobin (2005, p.4) A Administração Financeira objetiva maximizar a riqueza dos acionistas da empresa, sendo o administrador financeiro o principal responsável pela criação de valor da empresa. Dentre as inúmeras atividades desempenhadas por esta função, pode-se elencar as decisões estratégicas, como a seleção de alternativas de investimentos e as decisões de financiamento de longo prazo, além das operações de curto prazo, como a gestão do caixa, gerenciamento de risco, entre outros. PLANEJAMENTO DE CAIXA A administração de caixa começa com o planejamento de caixa, atividade que consiste em estimar a evolução dos saldos de caixa da empresa. Essas informações são fundamentais para a tomada de decisões. FLUXO DE CAIXA O fluxo de caixa é o instrumento capaz de traduzir em valores e datas os diversos dados gerados pelos demais sistemas de informação da empresa. Finalidade do Fluxo de Caixa As projeções de caixa da empresa têm várias finalidades. A principal delas é informar a capacidade que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e longo prazo. Outras finalidades do fluxo de caixa: - Planejar a contratação de empréstimos e financiamentos - Maximizar o rendimento das aplicações das sobras de caixa - Avaliar o impacto financeiro de aumento das vendas Objetivos do Fluxo de Caixa “ O fluxo de caixa tem como objetivo básico, a projeção das entradas e das saídas de recursos financeiros para determinado período, visando detectar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa”. ZDANOWICZ (1991:24). ADMINISTRAÇÃO E NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO Importante para o equilibrio financeiro da empresa Influencia na liquidez e rentabilidade da empresa A importância e o volume do capital de giro, são determinado pelo volume de vendas, sazonalidade dos negócios, fatores da economia, tecnologia, politica dos negócios. VARIÁVEIS QUE IMPACTAM NO CAPITAL DE GIRO Prazo obtido e fornecedores Prazo concedido a clientes Volume de estoques Necessidade de ajustar estas três variáveis CONSIDERAÇÕES FEITAS NA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO Niveis de estoque adequados Investimentos em creditos a clientes Gerenciamento de caixa Estrutura dos Passivos ADMINISTRAÇÃO DO DISPONÍVEL O administrador financeiro, para determinar o nível ideal das disponibilidades, deve sempre considerar os custos envolvidos em cada decisão. As estratégias mais comumente utilizadas na administração do saldo de caixa são basicamente medidas que tem como finalidade buscar um equilíbrio entre o custo e risco e, estão sempre relacionadas aos prazos médios que compõe o ciclo operacional. Administração do Estoque Administração de Duplicatas a Receber Para se ter uma boa avaliação da estrutura econômica, financeira e patrimonial da empresa é importante a análise dos Indicadores de Rotatividade/Atividade: Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) e Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV). Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) O indicador (PMRE) possibilita que o administrador saiba quanto tempo uma mercadoria fica estocada, desde a sua industrialização até a sua venda ou desde a sua compra até a sua venda PMRE = Estoque ou Estoque Médio (ou média dos períodos) x DP CMV Estoque em X1: 1.000.246 Estoque em X2: 963.982 Dias do Período (DP): 360 Custo da Mercadoria Vendida (CMV): 4.741.311 PMRE = (1.000.246 + 963.982)/2 x 360 = 75 dias 4.741.311 Análise Alto índice de rotação: - Perda de vendas; - Redução de lucros; Menor custo na armazenagem (área de estocagem, mão-de-obra e seguro). Baixo índice de Rotação - Alto ou excessivo investimento em estoque; - Aumento de custos; - Perdas (Deterioração, obsolescência). Índice de Giro dos Estoques (IGE) Este índice demonstra quantas vezes o estoque foi renovado no período de um ano em função das vendas. IGE = Custo dos Produtos Vendidos Estoque Médio Estoque em X1: 1.000.246 Estoque em X2: 963.982 Dias do Período (DP): 360 Custo da Mercadoria Vendida (CMV): 4.741.311 Administração de Duplicatas a Receber Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) Este indicador permite analisar o tempo decorrido para uma empresa receber suas vendas. Resultado este decorrente do volume quantitativo de vendas, relacionadas aos prazos concedidos nas duplicatas a receber. PMRV = Duplicatas Receber (ou média dos períodos) x DP Receita Líquida de Vendas Duplicatas a Receber em X1: 888.905 Duplicatas a Receber em X2: 1.173.926 Dias do Período (DP): 360 Receita líquida de Vendas: 6.975.090 PMRV = 888.905+1.173.929/2 x 360 = 53 dias 6.975.090 Análise: Maior prazo para recebimento: - Ruim para a empresa dependendo do prazo de rotação dos estoques e das obrigações como o pagamento das compras, além da assiduidade dos recebimentos; - Concessão de créditos; - Setor de cobrança. Menor prazo para recebimento: - Garantia de entradas de caixa. Índice de Giro de Clientes (IGC) Este índice demonstra quantas vezes a conta clientes foi renovada no período de um ano, o dinamismo empresarial é refletido por um maior giro. Capital Próprio e Capital de Terceiros Toda empresa necessita de recursos materiais e financeiros para utilizá-los em suas atividades. Esses recursos são originários de Fontes Internas e/ou Externas, onde as Origens Internas representam o Capital dos Proprietários da empresa; e as Origens Externas são as obrigações assumidas pela empresa junto a terceiros. Quadro – Estrutura de Capital ATIVO Bens e Direitos PASSIVO Obrigações PL Capital e variações APLICAÇÕES DE RECURSOS ORIGENS DE RECURSOS DE TERCEIROS ORIGENS DE RECURSOS DE PRÓPRIOS Alavancagem Financeira Em finanças, alavancagem é palavra genérica para qualquer técnica aplicada para multiplicar a rentabilidade através de endividamento. Formas comuns de conseguir alavancagem são: tomar dinheiro emprestado, comprar ativos fixos e usar derivativos. Alavancagem Financeira Alavancagem financeira diz respeito a prática de usar títulos de dívida para financiar investimentos e consiste na relação entre o LAJIR (lucro antes do juro e do imposto de renda) e do LPA (lucro por ação). Quando a obrigação é emitida, a empresa compromete-se a pagar os juros e liquidar o principal em alguma data futura. Em virtude de os juros serem despesas dedutíveis do imposto de renda, uma maior parcela do lucro operacional sobra para os acionistas. Entretanto, quanto mais dívidas uma empresa tiver em sua estrutura de capital, maior seu risco financeiro. Alavancagem Financeira Para ilustrar, vejamos a tabela a seguir, com o seguinte cenário projetado num período de dois anos: Empresa A - não alavancada - com índice D/C (índice de endividamento) igual a 0; Empresa B - alavancada - com índice D/C igual a 50%; Ambas, possuem um capital total de R$ 200.000,00, onde a Empresa A tem um capital total de R$ 200.000,00 representado por 10.000 ações ordinárias emitidas, enquanto a Empresa B tem o mesmo capital total, porém, representado por R$ 100.000,00 financiado por dívidas e R$ 100.000,00 correspondente a 5.000 ações ordinárias emitidas. Alavancagem Financeira Empresa A - não alavancada Empresa B - alavancada D/C = 0 2010 2011 D/C = 50% 2010 2011 LAJIR 100.000 140.000 100.000 140.000 Juros da dívida (10%) 0 0 10.000 10.000 LAIR (Lucros Antes do IR) 100.000 140.000 90.000 130.000 Imposto de Renda (40%) 40.000 56.000 36.000 52.000 Lucro líquido 60.000 84.000 54.000 78.000 Ações existentes 10 mil 10 mil 5 mil 5 mil LPA (lucro por ação) 6,0 8,40 10,80 15,60 Alavancagem Financeira Através da Tabela 1, podemos veros efeitos da alavancagem financeira. Dados essas condições e o fato de que cada empresa possui o mesmo LAJIR em 2010, a grosso modo, um aumento no índice D/C de 0 para 50% produziu um aumento no LPA de R$ 6,00 para R$ 10,00. Daí, podemos prontamente que o grau de alavancagem financeira pode ser expresso da seguinte forma: Grau de Alavancagem Financeira (GAF) = LAJIR / LAIR Alavancagem Financeira Usando os dados da tabela, obtemos em 2010 um GAF na Empresa A e na Empresa B respectivamente de 1,0 e 1,11. Baseando-se ainda na Tabela no ano de 2010, podemos dizer que qualquer mudança no LAJIR da Empresa B, faz o seu lucro líquido variar 1,11 vezes, para mais ou para menos. Na Empresa A, uma mudança no LAJIR produz uma mesma mudança no lucro, pois a empresa não possui dívidas. A medida do grau de alavancagem financeira de uma empresa é um importante indicador do grau de risco a que empresa está submetida. Se existe a presença de capital de terceiros de longo prazo na estrutura de capital, a empresa estará "alavancada", ou seja, corre risco financeiro. Obrigado…
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