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Aula 14 Administração Financeira

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Conforme Lemes Júnior, Rigo e Cherobin (2005, p.4) A Administração Financeira objetiva maximizar a riqueza dos acionistas da empresa, sendo o administrador financeiro o principal responsável pela criação de valor da empresa. Dentre as inúmeras atividades desempenhadas por esta função, pode-se elencar as decisões estratégicas, como a seleção de alternativas de investimentos e as decisões de financiamento de longo prazo, além das operações de curto prazo, como a gestão do caixa, gerenciamento de risco, entre outros. 
PLANEJAMENTO DE CAIXA
A administração de caixa começa com o planejamento de caixa, atividade que consiste em estimar a evolução dos saldos de caixa da empresa. Essas informações são fundamentais para a tomada de decisões.
FLUXO DE CAIXA
O fluxo de caixa é o instrumento capaz de traduzir em valores e datas os diversos dados gerados pelos demais sistemas de informação da empresa.
Finalidade do Fluxo de Caixa
As projeções de caixa da empresa têm várias finalidades. A principal delas é informar a capacidade que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e longo prazo.
Outras finalidades do fluxo de caixa:
- Planejar a contratação de empréstimos e financiamentos
- Maximizar o rendimento das aplicações das sobras de caixa
- Avaliar o impacto financeiro de aumento das vendas
Objetivos do Fluxo de Caixa
“ O fluxo de caixa tem como objetivo básico, a projeção das entradas e das saídas de recursos financeiros para determinado período, visando detectar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa”. ZDANOWICZ (1991:24).
ADMINISTRAÇÃO E NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO
Importante para o equilibrio financeiro da empresa
Influencia na liquidez e rentabilidade da empresa
A importância e o volume do capital de giro, são determinado pelo volume de vendas, sazonalidade dos negócios, fatores da economia, tecnologia, politica dos negócios. 
VARIÁVEIS QUE IMPACTAM NO CAPITAL DE GIRO
Prazo obtido e fornecedores 
Prazo concedido a clientes
Volume de estoques 
Necessidade de ajustar estas três variáveis
CONSIDERAÇÕES FEITAS NA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
Niveis de estoque adequados
Investimentos em creditos a clientes
Gerenciamento de caixa 
Estrutura dos Passivos
ADMINISTRAÇÃO DO DISPONÍVEL
O administrador financeiro, para determinar o nível ideal das disponibilidades, deve sempre considerar os custos envolvidos em cada decisão. As estratégias mais comumente utilizadas na administração do saldo de caixa são basicamente medidas que tem como finalidade buscar um equilíbrio entre o custo e risco e, estão sempre relacionadas aos prazos médios que compõe o ciclo operacional.
Administração do Estoque
Administração de Duplicatas a Receber
Para se ter uma boa avaliação da estrutura econômica, financeira e patrimonial da empresa é importante a análise dos Indicadores de Rotatividade/Atividade: Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) e Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV).
Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE)
 
O indicador (PMRE) possibilita que o administrador saiba quanto tempo uma mercadoria fica estocada, desde a sua industrialização até a sua venda ou desde a sua compra até a sua venda
PMRE = Estoque ou Estoque Médio (ou média dos períodos) x DP
				CMV
Estoque em X1: 1.000.246
Estoque em X2: 963.982
Dias do Período (DP): 360
Custo da Mercadoria Vendida (CMV): 4.741.311
PMRE = (1.000.246 + 963.982)/2 x 360 = 75 dias
		4.741.311
Análise
Alto índice de rotação:
- Perda de vendas;
- Redução de lucros;
Menor custo na armazenagem (área de estocagem, mão-de-obra e seguro).
Baixo índice de Rotação
- Alto ou excessivo investimento em estoque;
- Aumento de custos;
- Perdas (Deterioração, obsolescência).
Índice de Giro dos Estoques (IGE)
 
Este índice demonstra quantas vezes o estoque foi renovado no período de um ano em função das vendas.
IGE = Custo dos Produtos Vendidos
 Estoque Médio
 
Estoque em X1: 1.000.246
Estoque em X2: 963.982
Dias do Período (DP): 360
Custo da Mercadoria Vendida (CMV): 4.741.311
Administração de Duplicatas a Receber
Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV)
Este indicador permite analisar o tempo decorrido para uma empresa receber suas vendas. Resultado este decorrente do volume quantitativo de vendas, relacionadas aos prazos concedidos nas duplicatas a receber.
PMRV = Duplicatas Receber (ou média dos períodos) x DP
 Receita Líquida de Vendas
	Duplicatas a Receber em X1: 888.905
	Duplicatas a Receber em X2: 1.173.926
	Dias do Período (DP): 360
	Receita líquida de Vendas: 6.975.090 
 
	PMRV = 888.905+1.173.929/2 x 360 = 53 dias
 	 6.975.090
Análise: 
Maior prazo para recebimento:
- Ruim para a empresa dependendo do prazo de rotação dos estoques e das obrigações como o pagamento das compras, além da assiduidade dos recebimentos;
- Concessão de créditos;
- Setor de cobrança.
Menor prazo para recebimento:
- Garantia de entradas de caixa.
Índice de Giro de Clientes (IGC)
 
Este índice demonstra quantas vezes a conta clientes foi renovada no período de um ano, o dinamismo empresarial é refletido por um maior giro.
Capital Próprio e Capital de Terceiros
Toda empresa necessita de recursos materiais e financeiros para utilizá-los em suas atividades.
Esses recursos são originários de Fontes Internas e/ou Externas, onde as Origens Internas representam o Capital dos Proprietários da empresa; e as Origens Externas são as obrigações assumidas pela empresa junto a terceiros.
Quadro – Estrutura de Capital
 
 ATIVO
 Bens e
 Direitos
 
 PASSIVO
 Obrigações
 
PL
 Capital e
 variações
APLICAÇÕES 
DE
RECURSOS
ORIGENS DE RECURSOS DE TERCEIROS
ORIGENS DE RECURSOS DE PRÓPRIOS
Alavancagem Financeira
Em finanças, alavancagem é palavra genérica para qualquer técnica aplicada para multiplicar a rentabilidade através de endividamento. 
Formas comuns de conseguir alavancagem são: tomar dinheiro emprestado, comprar ativos fixos e usar derivativos.
Alavancagem Financeira
Alavancagem financeira diz respeito a prática de usar títulos de dívida para financiar investimentos e consiste na relação entre o LAJIR (lucro antes do juro e do imposto de renda) e do LPA (lucro por ação). 
Quando a obrigação é emitida, a empresa compromete-se a pagar os juros e liquidar o principal em alguma data futura. Em virtude de os juros serem despesas dedutíveis do imposto de renda, uma maior parcela do lucro operacional sobra para os acionistas.
Entretanto, quanto mais dívidas uma empresa tiver em sua estrutura de capital, maior seu risco financeiro.
Alavancagem Financeira
Para ilustrar, vejamos a tabela a seguir, com o seguinte cenário projetado num período de dois anos:
Empresa A - não alavancada - com índice D/C (índice de endividamento) igual a 0;
Empresa B - alavancada - com índice D/C igual a 50%;
Ambas, possuem um capital total de R$ 200.000,00, onde a Empresa A tem um capital total de R$ 200.000,00 representado por 10.000 ações ordinárias emitidas, enquanto a Empresa B tem o mesmo capital total, porém, representado por R$ 100.000,00 financiado por dívidas e R$ 100.000,00 correspondente a 5.000 ações ordinárias emitidas.
Alavancagem Financeira
 
 
 
 
Empresa A -
não alavancada
Empresa B - alavancada
D/C = 0
2010
2011
D/C = 50%
2010
2011
LAJIR
100.000
140.000
100.000
140.000
Juros da dívida (10%)
0
0
10.000
10.000
LAIR (Lucros Antes do IR)
100.000
140.000
90.000
130.000
Imposto de Renda (40%)
40.000
56.000
36.000
52.000
Lucro líquido
60.000
84.000
54.000
78.000
Ações existentes
10 mil
10 mil
5 mil
5 mil
LPA (lucro por ação)
6,0
8,40
10,80
15,60
Alavancagem Financeira
Através da Tabela 1, podemos veros efeitos da alavancagem financeira. Dados essas condições e o fato de que cada empresa possui o mesmo LAJIR em 2010, a grosso modo, um aumento no índice D/C de 0 para 50% produziu um aumento no LPA de R$ 6,00 para R$ 10,00.
Daí, podemos prontamente que o grau de alavancagem financeira pode ser expresso da seguinte forma:
	
Grau de Alavancagem Financeira (GAF) = LAJIR / LAIR
Alavancagem Financeira
Usando os dados da tabela, obtemos em 2010 um GAF na Empresa A e na Empresa B respectivamente de 1,0 e 1,11.
Baseando-se ainda na Tabela no ano de 2010, podemos dizer que qualquer mudança no LAJIR da Empresa B, faz o seu lucro líquido variar 1,11 vezes, para mais ou para menos. Na Empresa A, uma mudança no LAJIR produz uma mesma mudança no lucro, pois a empresa não possui dívidas.
A medida do grau de alavancagem financeira de uma empresa é um importante indicador do grau de risco a que empresa está submetida. Se existe a presença de capital de terceiros de longo prazo na estrutura de capital, a empresa estará "alavancada", ou seja, corre risco financeiro.
Obrigado…

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