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Empreendedorismo Bem-vindos(as) à nossa disciplina que objetiva compreender e desenvolver os processos necessários para estruturação do planejamento, controle e direção, com uma visão gerencial sobre sua importância, usando-o como ferramenta competitiva para as tomadas de decisões das empresas (Empreendedorismo). Para que seu estudo se torne proveitoso e prazeroso, esta disciplina foi organizada em oito aulas, com temas e subtemas que, por sua vez, são subdivididos em seções (tópicos), atendendo aos objetivos do processo de ensino-aprendizagem. É objetivo, também, de nossa disciplina, refletir acerca da sustentabilidade para a organização, por meio da reflexão acerca da necessidade de haver uma gestão criativa e sistêmica com base nas tendências empresariais. Desejo a todos vocês uma boa leitura e um ótimo aprendizado. E que a cada dia possamos juntos aprender mais. Para tanto, a metodologia das aulas serão transcorridas da seguinte maneira: - Atendimento personalizado individual, de orientação e esclarecimentos de dúvidas no acompanhamento das atividades; - Atividades mediadas pelo professor no Ambiente de Aprendizagem Virtual (doravante AVA) em grupo e/ ou individual, a serem encaminhadas via plataforma; - Aulas dialogadas, tendo como apoio o AVA da UNIGRANET com a utilização de ferramentas como Fóruns, Chats, Vídeos e Quadro de avisos; - Pesquisas orientadas fazendo uso de bibliotecas existentes nos polos ou parcerias/convênios e virtuais; - Devolutiva das atividades corrigidas e devidamente avaliadas segundo os critérios de avaliação (notas); - Encontros presenciais a serem realizados nos dias das provas. No decorrer das aulas, se encontrarem alguma dificuldade no conteúdo, não hesitem em recorrer ao professor que estará sempre à disposição para esclarecê- las. Sejam bem-vindos(as)! Abraços “Se conhecer a ti e a teu concorrente também, é certo que, em qualquer batalha, não correrás perigo” (Sun Tzu, A arte da guerra). Conversa Inicial 1ºAula Conhecendo as organizações e os antecedentes históricos das empresas Objetivos de aprendizagem Esperamos que, ao término desta aula, vocês serão capazes de: • conhecer os antecedentes históricos das empresas; • aprender e analisar o funcionamento das Organizações Na introdução desta matéria estudaremos um pouco da história da Administração. É necessário conhecermos como ela surgiu e sua evolução até os dias de hoje, conhecer também alguns gurus que estudaram, tanto a organização como um todo, como o comportamento das pessoas que trabalhavam nessas organizações. Para começarmos nossas aulas iremos conhecer um pouco o significado de “Organização” e “Administração”. Bons estudos! Empreendedorismo 6 Seções de estudo 1 - Antecedentes históricos das empresas 1 – Antecedentes históricos das empresas 2 – Conhecendo as organizações Bem pessoal, nesta sessão vamos estudar a história e incipiente preocupação com a Administração desde a Antiguidade até o século passado, vamos também alinhar a influência dos filósofos, da organização eclesiástica, da organização militar e dos economistas liberais no pensamento administrativo e nas formas de organização e Administração existentes no passado. Daremos ainda, uma noção da influência da Revolução Industrial e como ajudou na construção da Administração e também a influencia dos pioneiros industriais e dos empreendedores cujo esforço individual criou as grandes empresas de hoje. Então, em toda a sua longa história até o inicio do século XX, a Administração desenvolveu-se com uma lentidão impressionante. Somente a partir do inicio do século passado até hoje passou por fases de desenvolvimento de notável pujança e inovação. Nos dias de hoje, a sociedade da maioria dos paises desenvolvidos é uma sociedade pluralista de organizações, em que a maior parte das obrigações sociais (como a produção, a prestação de um serviço especializado de educação ou de atendimento hospitalar, a garantia da defesa nacional ou a preservação do meio ambiente) é confiada a organizações (como indústria, universidade e escolas, hospitais, exército, organizações de serviços públicos) que são administrado por grupos diretivos próprios para se tornarem mais eficazes. Há 80 anos, as organizações eram poucas e pequenas: predominavam as pequenas oficinas, os artesãos independentes, as pequenas escolas, os profissionais autônomos (como os médicos, os advogados que trabalhavam por conta própria), o lavrador, o armazém da esquina, etc. Apesar de sempre ter existido o trabalho na história da humanidade, a história das organizações e da sua administração é um capítulo que teve início há pouco tempo. INFLUÊNCIA DOS FILÓSOFOS A Administração recebeu enorme influência da Filosofia, desde os tempos da Antiguidade. Já antes de Cristo, o filósofo grego Sócrates (470 AC.–399.AC.), expõe o seu ponto de vista sobre Administração como uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência. Platão (429.AC.-347.AC), também filosofo grego, discípulo de Sócrates, preocupou-se profundamente com os problemas políticos. Em sua obra “A República”, expõe o seu ponto de vista sobre a forma democrática de governo e de administração dos negócios públicos. Aristóteles (384.AC.-322.AC.) outro filósofo grego, discípulo de Platão, do qual bastante divergiu, deu enorme impulso à Filosofia, principalmente Cosmologia, à Metafísica, às Ciências Naturais, abrindo as perspectivas do conhecimento humano na sua época. Foi o criador da Lógica. No seu livro “Política”, estuda a organização do Estado e distingue três formas de Administração pública, a saber: 1. Monarquia ou governo de um só (que pode redundar em tirania) 2. Aristocracia ou governo de uma elite (que pode descambar em oligarquia). 3. Democracia ou governo do povo (que pode degenerar em anarquia). Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês, considerado o fundador da Lógica Moderna, baseada no método experimental e indutivo. Bacon antecipou-se ao principio conhecido em Administração como “princípio da prevalência do principal sobre o acessório”. René Descartes (1596-1650),Um dos maiores expoentes da época, um filósofo, matemático e físico francês, considerado o fundador da Filosofia Moderna. As famosas coordenadas cartesianas foram criadas por Descartes e foi muito valioso o impulso que deu à Matemática e a Geometria da época. Tomas Hobbes (1588-1679), desenvolveu uma teoria da origem contratualista do Estado, segundo o qual o homem primitivo, vivendo em estado selvagem, passou lentamente à vida social, através de um pacto entre todos. Todavia, “o homem é lobo do próprio homem” - um ser anti-social, vivendo em guerra permanente com o próximo. O Estado viria a ser, portanto, a inevitável resultante da questão, impondo ordem e organizando a vida social. Jean-Jacques-Rousseau (1712-1778) desenvolveu a teoria do Contrato Social: o Estado surge de um acordo de vontades. Ele imagina uma convivência individualista, vivendo os homens cordial e pacificamente, sem atritos com seus semelhantes. Porém, se o homem é por natureza boa e afável a vida em sociedade o deturpa e o corrompe. Kark Marx (1818-1883) e seu parceiro Friedrich Engels (1820-1895) propõem uma teoria da origem econômica do Estado. O surgimento do poder político e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação econômica do Homem pelo Homem. O Estado vem a se uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora. No Manifesto Comunista, eles afirmam que a história da humanidade sempre foi a história da luta de classes. Homens livres e escravos, patrícios e plebeus, nobres e servos, mestres e artesãos, numa palavra, exploradores e explorados, sempre mantiveram uma luta, às vezes patente.Marx afirma que todos os fenômenos históricos são o produto das relações econômicas entre os homens. Com o surgimento da Filosofia Moderna, deixa a Administração de receber contribuições e influências uma vez que o campo de estudo filosófico afasta-se enormemente dos problemas organizacionais. INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA Através dos séculos, as normas administrativas e princípios de organização pública foram-se transferindo das instituições 7 dos Estados (como era o caso de Atenas, Roma etc.) para as instituições da nascente Igreja Católica e para as organizações militares. Essa transferência fez-se de modo lento, mas efetivo. Ao longo dos séculos, a Igreja Católica foi estruturando sua organização, sua hierarquia de autoridade, seu estado-maior (assessoria) e sua coordenação funcional. Hoje, a igreja tem uma organização hierárquica tão simples e eficiente que a sua enorme organização mundial pode operar satisfatoriamente sob o comando de uma só cabeça executiva, o Papa. De qualquer forma, a estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo para muitas organizações. INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO MILITAR A organização militar tem influenciado enormemente o desenvolvimento das teorias da Administração ao longo do tempo. A organização linear, por exemplo, tem suas origens na organização militar dos exércitos da Antiguidade e da época medieval. O princípio da unidade de comando (pelo qual cada subordinado só pode ter um superior) – fundamental para a função de DIREÇÃO – é o núcleo central de todas as organizações militares daquelas épocas. A escala hierárquica, ou seja, a escala de níveis de comando de acordo com o grau de autoridade e responsabilidade correspondente é tipicamente um aspecto da organização militar utilizado em outras organizações. Surgiu também, com o crescimento da organização, a necessidade de delegar a níveis mais baixos dentro da organização militar. Ainda na época de Napoleão (1769-1821), o general, ao chefiar o seu exército, tinha a responsabilidade de vigiar a totalidade do campo de batalha. Porém com batalhas de maior alcance, inclusive de âmbito continental, o comando das operações de guerra exigiu não somente novos princípios de organização, mas a extensão dos princípios então utilizados, conduzindo assim a um planejamento e controle centralizados em paralelo a operações descentralizadas, ou seja, passou-se à centralização do comando e à descentralização da execução. Outra contribuição da organização militar é o principio de direção, através do qual todo soldado deve saber perfeitamente o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer. No inicio do século XIX, Carl von Clausewitz (1780-1831), general prussiano, escreveu um Tratado sobre a Guerra e os Princípio de Guerra, sugerindo como administrar os exércitos em períodos de guerra. Foi o grande inspirador de muitos teóricos da Administração que posteriormente se basearam na organização e estratégia militar para adaptá-las à organização e estratégia industriais. Para ele, toda organização requer um cuidadoso planejamento, no qual as decisões devem ser científicas e não simplesmente intuitivas. As decisões devem basear-se na probabilidade e não apenas na necessidade lógica. O Administrador deve aceitar a incerteza e planejar de maneira a poder minimizar essa incerteza. INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A partir de 1776, com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e a sua posterior aplicação à produção, uma nova concepção de trabalho modificou completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política, social que, num lapso de aproximadamente um século, foram maiores do que as mudanças havidas no milênio anterior. É o período chamado Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e rapidamente se alastrou por todo o mundo civilizado. Ela pode ser dividida em duas épocas bem distintas: • 1780 a 1860: 1a. Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro. • 1860 a 1914: 2a. Revolução Industrial ou revolução do aço e da eletricidade. A Revolução Industrial pode ser dividida em quatro fases, cujas características são: 1a fase: a mecanização da indústria e a agricultura. (aparece a maquina de fiar, tear hidráulico, tear mecânico, descaroçador de algodão) 2a fase: a aplicação da força motriz à indústria. (aparece a máquina a vapor) 3a fase: o desenvolvimento do sistema fabril.(diminui o artesanato e dão lugar ao operário nas fábricas e nas usinas, baseadas na divisão do trabalho). 4a fase: um espetacular aceleramento dos transportes e das comunicações. (Surge a navegação a vapor, a locomotiva a vapor, a estrada de ferro, o telégrafo elétrico, surge o selo postal, o telefone). Com todos esses aspectos, define-se cada vez, mais um considerável controle capitalista sobre quase todos os ramos da atividade econômica. A partir de 1860, a Revolução Industrial entrou em uma nova fase, profundamente diferente da 1a. Revolução Industrial. È a chamada 2a. Revolução Industrial, provocada por três acontecimentos importantes: • Desenvolvimento de novo processo de fabricação de aço (1856); • Aperfeiçoamento do dínamo (1873); • Invenção do motor de combustão interna (1873) por Daimler. A 2a Revolução Industrial apresenta as seguintes características: 1. A substituição do ferro pelo aço como material industrial. 2. A substituição do vapor pela eletricidade e pelos derivados de petróleo como principais fontes de energia. 3. O desenvolvimento da maquinaria automática e um alto grau de especialização do trabalho. 4. O crescente domínio da indústria pela ciência. 5. Transformações radicais nos transportes e nas comunicações. As ferrovias são melhoradas e ampliadas. A partir 1880, Daimler e Benz constroem automóveis na Alemanha, Dunlop aperfeiçoa o pneumático em 1888 e Henry Ford inicia a produção do seu modelo T em 1908, nos Estados Unidos. Em 1906, Santos Dumont faz a primeira experiência com o avião. 6. O desenvolvimento de novas formas de organização capitalista. As firmas de sócios solidários, formas típicas de organização comercial, cujo capital provinha de lucros auferidos (capitalismo industrial), Empreendedorismo 8 e que tomavam parte ativa na direção dos negócios, deram lugar ao chamado capitalismo financeiro. 7. A expansão da industrialização até a Europa Central e Oriental, e até o Extremo Oriente. Para a Teoria Geral da Administração, a principal conseqüência disto tudo é que a organização e a empresa moderna nasceram com a Revolução Industrial, graças a uma série de fatores, dentre os quais podemos destacar principalmente: a. A ruptura das estruturas corporativas da Idade Média; b. O avanço tecnológico, graças às aplicações dos progressos científicos à produção, com a descoberta de novas formas de energia e a possibilidade de uma enorme ampliação de mercados; c. A substituição do tipo artesanal por um tipo industrial de produção. INFLUÊCIA DOS ECONOMISTAS LIBERAIS A partir do século XVII, desenvolveu-se principalmente na Europa e paralelamente às diversas correntes filosóficas, uma grande quantidade de teorias econômicas concentradas na explicação dos fenômenos empresariais (microeconômicos) e baseadas inicialmente em dados empíricos, ou seja, na simples experiência corrente e nas tradições do comércio da época. Ao término do século XVIII, os economistas clássicos liberais conseguem grande aceitação de suas teorias. Essa reação para o liberalismo culmina com a ocorrência da Revolução Francesa. As idéias liberais decorrem do direito natural: a ordem natural é a ordem mais perfeita. Os bens naturais, sociais e econômicos são inalienáveis e existe uma harmonia preestabelecidaem toda a coletividade de indivíduos. INFLUÊNCIA DOS PIONEIROS E EMPREENDEDORES O século XIX assistiu a uma monumental parada de inovações e mudanças no cenário empresarial. O mundo estava mudando. As empresas também. E as condições para o aparecimento da teoria administrativa estavam consolidando- se gradativamente. Nos Estados Unidos, as grandes obras do Canal de Erie entre 1820 e 1830 deram origem à engenharia de grandes construções e aos negócios de transportes. Depois dessas obras, o empreendimento empresarial de maior vulto, foram as estradas de ferro. As ferrovias americanas foram fruto do núcleo de investimentos e de toda uma classe de investidores. Foram essas ferrovias que desbravaram o território americano e provocou o fenômeno da rápida urbanização, que criou novas necessidades de habitação, alimento, roupa, luz e aquecimento, o que traduziu num rápido crescimento das empresas voltadas para o consumo direto. As empresas nessa época eram administradas pelos familiares, nunca um administrador de fora estava presente nas empresas. Após 1850, os grandes troncos ferroviários estavam praticamente completados e cobriam completamente o mercado americano do Este urbano e do Oeste agrícola. O desenvolvimento ferroviário e a construção urbana criaram o mercado do ferro e aço. Em 1871, a Inglaterra era a maior potência econômica mundial. Já no Estados Unidos, em 1865, John D. Rockfeloler (1839-1937) funda a Standard Oil. Em 1890,. Carnegie funda o truste do aço, ultrapassando rapidamente a produção de toda a Inglaterra. Swift e Armour formam o truste das conservas. Guggenheim forma o truste do cobre e Mello, o truste do alumínio. Apesar da enorme dispersão geográfica, teve início a integração vertical nas empresas. Os criadores de impérios passaram a comprar e integrar rapidamente o maior número de concorrentes, fornecedores ou distribuidores para garantir a defesa de seus interesses. Juntamente com as empresa e instalações, vinham também os antigos donos e os respectivos empregados. Surgiram os primitivos impérios industriais, verdadeiros aglomerados de empresas que se tornaram grandes demais para serem dirigidos pelos pequenos grupos familiares. Logo apareceram os gerentes profissionais. Na década de 1880, a Westinghouse e a General Eletric dominavam o ramo de bens duráveis e tecnicamente complexos e criaram organizações próprias de vendas com vendedores altamente treinados, dando início ao que hoje denominamos “marketing”. Ambas assumiram a organização do tipo funcional que seria adotada pela maioria das empresas americanas. 2 - Conhecendo as Organizações Todas as instituições que compões a sociedade moderna não vivem ao acaso. Elas precisam ser administradas. Essas instituições são chamadas ORGANIZAÇÕES. Todas as organizações são constituídas de recursos humanos (pessoas) e de recursos não humanos (físicos e materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos, etc.). Vejamos os itens abaixo na organização: • Toda a produção de bens (produtos) e de serviços (atividades especializadas) é realizada dentro de organizações. • As organizações são extremamente heterogêneas e diversificadas, de tamanhos diferentes. De estruturas diferentes, de objetivos diferentes. Não existem duas organizações semelhantes. E uma mesma organização nunca é igual ao longo do tempo. • Existem organizações lucrativas (chamadas empresas) e organizações não-lucrativas (como o exército, a igreja, os serviços públicos, as entidades filantrópicas etc.). • A sociedade moderna repousa sobre as organizações: ela é basicamente uma sociedade de organizações. • Para que as organizações possam ser administradas, elas precisam ser estudadas, analisadas e conhecidas. Daí o fato de que a Teoria das Organizações (TO) sempre caminhou à frente da Teoria da Administração (TA), dando-lhes as bases teóricas de suporte. • No fundo, a Teoria da Administração é uma decorrência das conclusões extraídas da Teoria das Organizações. Muitos conceitos e temas da teoria administrativa são extraídos da teoria organizacional. • A Teoria das Organizações (TO) é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo das 9 organizações em geral. • A Teoria Geral da Administração (TGA) é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo da administração em geral. • A TGA trata do estudo da administração das organizações. • A TGA proporciona a orientação teórica imprescindível à prática administrativa, ao mesmo tempo em que é também enriquecida com os resultados desta. A teoria deve balizar a prática, pois a prática sem uma orientação teórica descamba para o Figura extraída do livro de Administração da Produção de Nigel Slack et.al. Editora Atlas, 2002. empirismo rudimentar e para a falta de racionalidade. A figura abaixo mostra as funções principais de uma Organização, observem que cada círculo mostra uma função, são os departamentos que compões essa estrutura. Conforme o tamanho da Organização ela pode ser dividida ou não, pois muitas vezes em pequenas estruturas organizacionais os departamentos de juntam e são administrados por uma única pessoa. As funções principais de uma Organização departamentalização. Empreendedorismo 10 Esta fi gura foi extraída do livro de Administração da Produção, Nigel Slack, et.al., Ed. Atlas, 2002. Os departamentos da Organização e suas funções básicas. ADMINISTRAÇÃO Bem pessoal o texto abaixo dará uma breve noção do que é Administração, também as funções do Administrador e suas habilidades necessárias para um bom desenvolvimento do negócio. A Administração revela-se nos dias de hoje como uma das áreas do conhecimento humano mais impregnado de complexidade e de desafios. O profissional que utiliza a Administração como um meio de vida pode trabalhar nos mais variados níveis de uma organização: desde o nível hierárquico e supervisão elementar até o nível de dirigente máximo da organização. Em cada nível e em cada especialização da Administração, as situações são altamente diversificadas. Por outro lado, as organizações são também extremamente diversificadas e diferenciadas. Não há duas organizações iguais, assim como não existem duas pessoas idênticas. Cada organização tem seus objetivos, seu ramo de atividades seus dirigentes, seu pessoal, seus problemas internos e externos, seu mercado, sua situação financeira, sua tecnologia, seus recursos básicos, sua ideologia e política de negócios, etc. FUNÇÃO DO ADMINISTRADOR NA ORGANIZAÇÃO: • Na organização o administrador: • Soluciona problemas, • Dimensiona recursos, • Planeja sua aplicação, • Desenvolve estratégias, • Efetua diagnósticos de situações, Olha a situação da colega que está acumulando departamentos. 11 • Está sempre atento ao mercado, • Sempre de olho na concorrência, • Tem visão globalizada, • Busca qualidade em seus produtos e serviços, • Atento às novas tecnologias, e principalmente, • Com “foco” no cliente. E quando você for procurar emprego ou montar um negocio, veja estas dicas: Um administrador bem-sucedido em uma organização pode não sê-lo na outra, pois aquela máxima que diz: “O homem certo no lugar certo”, é muito importante. Acreditem. Também é bom lembrar que, toda vez que uma organização pretende admitir um executivo em seus quadros administrativos, os candidatos são submetidos a uma infinidade de testes e de entrevistas que procura investigar em profundidade seus conhecimentos, suas características de personalidade, seu passado profissional, sua formação escolar, seus antecedentes morais, seu sucesso ou fracasso em outras atividades. E para finalizar esta aula, vejam como estão conceituadas as HABILIDADES do administrador. Três habilidades são necessáriaspara que o administrador possa executar eficazmente o processo administrativo: • Habilidades técnicas: consistem em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para a realização de suas tarefas específicas, através de suas instruções, experiências e educação. • Habilidades humanas: consiste na capacidade e no discernimento para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz. • Habilidade conceitual: consiste na habilidade para compreender as complexidades da organização global e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da organização. Esta habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu grupo imediato. Retomando a aula Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar nossa primeira aula, vamos recordar: 1 - Antecedentes históricos das empresas Na Seção 1, estudamos a história e incipiente preocupação com a Administração desde a Antiguidade até o século passado, também alinhamos a influência dos filósofos, da organização eclesiástica, da organização militar e dos economistas liberais no pensamento administrativo e nas formas de organização e Administração existentes no passado. Ainda, estudadmos uma noção da influência da Revolução Industrial e como ajudou na construção da Administração e também a influencia dos pioneiros industriais e dos empreendedores cujo esforço individual criou as grandes empresas de hoje. 2 - Conhecendo as organizações Dando prosseguimento, na Seção 2, verificamos que todas as instituições que compões a sociedade moderna não vivem ao acaso. Elas precisam ser administradas. Essas instituições são chamadas Organizações, observamos que estas organizações são constituídas de recursos humanos (pessoas) e de recursos não humanos (físicos e materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos, etc.). CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processos e prática. 3ª ed. São Paulo: Makron Books, 2002. DOLABELA, F. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura, 2000 . Reune – Rede Universitária de Ensino do Empreendedorismo. São Paulo: Cultura, 2001. FILLION, L. Boa ideia e agora. São Paulo: Cultura, 2000. Charlie Chaplin- Tempos Modernos-Dublado- Versão Brasileira Herbert Richers Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=CozWvOb3A6E>. Acesso em: 24 Nov 2017. Funcionamento da Empresa. Disponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=WdtnNQLeVO8>. Acesso em: 24 Nov 2017. Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar Minhas anotações 2ºAula Fundamentos e características do Empreendedorismo Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • conceituar “empreendedorismo”; • reconhecer as principais características dos profissionais empreendedores. Caros alunos, nesta Aula vamos construir conhecimentos sobre os fundamentos DO Empreendedorismo, e quais são suas principais características e motivações das pessoas empreendedoras. Bons estudos! Empreendedorismo 14 1 - Conceito e definições de Empreendedorismo 2 - Características do empreendedor Bom, nesta seção, teremos uma introdução ao empreendedorismo. Iniciaremos pela diferença entre empreendedor e empresário que é um assunto que confundem muitos. Diferença entre empreendedor e empresário: Existe uma confusão social muito grande entre o “empreendedor” e o “empresário”. Empreendedor, para muitos (muitas vezes pessoas importantes e formadores de opinião), é simplesmente aquela pessoa que abre um negócio. Já para outros, este é o empresário. Na verdade, o empreendedor é muito mais do que isso, mas, muitas vezes, nem precisa ser isso. De um modo geral, considera- se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. O empreendedor não precisa abrir seu próprio negócio. Ele pode participar do negócio de outras pessoas, mas de uma forma pró-ativa e, antes de tudo, deve sentir-se realizado por assim proceder. Os fatores que motivam um empreendedor: O empreendedor, em geral, é motivado pela auto- realização e pelo desejo de assumir responsabilidades e ser independente. Ele considera irresistíveis os novos empreendimentos e propõe sempre idéias criativas, seguidas de ação. Ninguém nasce empreendedor: Na verdade ninguém nasce empreendedor. O contato com família, escola, amigos, trabalho, sociedade vai favorecendo o desenvolvimento de alguns talentos e características de personalidade e bloqueando ou enfraquecendo outros. Isso acontece ao longo da vida, muitas vezes ao acaso, pelas diversas circunstâncias enfrentadas. O empreendedor é um ser social, e assim sendo é fruto da relação constante entre os talentos e características individuais e o meio em que vive. Ser empreendedor não é fruto do nascimento ou de herança genética, mas resultado de trabalho, talento e reserva econômica. O que leva alguém a ter o próprio negócio: Em geral, as pessoas que sonham em ter o seu próprio negócio são movidas pela ambição de ganhar muito dinheiro e ser independentes. A simples idéia de estarem subordinadas a alguém as apavora. Algumas pessoas são levadas a abrir o seu próprio negócio por motivos que, muitas vezes, são alheios às suas vontades. Tais situações abrangem exemplos de profissionais que saíram de grandes organizações com Seções de estudo 1 - Sistema fi nanceiro recursos econômicos significativos e que resolveram montar o seu próprio negócio; aqueles que deixaram seus empregos para se tornarem empresários e aqueles que, sem a maior pretensão, herdaram algum negócio da família. Na realidade, ser o próprio patrão implica estar exposto a constantes mudanças, assumir responsabilidades e sofrer pressões da sociedade, dos órgãos governamentais e dos empregados. A dedicação ao trabalho aumenta significativamente: muitas vezes trabalha-se mais de 8 horas por dia, sem um salário fixo garantido no final do mês, e sem férias integrais. Ser um grande executivo de uma empresa não significa ser um grande empresário. Veja como é um empreendedor bem sucedido: O empreendedor bem-sucedido é uma pessoa com características de personalidade e talento que preenchem um padrão determinado, o que o leva a agir de tal forma que alcança o sucesso, realiza os seus sonhos e atinge os seus objetivos. Dessa forma podemos definir o que é empreendedorismo. O que é empreendedorismo? Empreendedorismo é a capacidade de transformar uma idéia em realidade, seja ela inovadora ou não. Ser empreendedor é ser capaz de identificar oportunidades, desenvolver uma visão do ambiente; ser capaz de contagiar pessoas com suas idéias; é estar pronto para assumir riscos e aprender com os erros; é ser um profundo conhecedor do todo e não só de algumas partes; é, dentre outras atribuições, ser capaz de utilizar essas informações para seu próprio aperfeiçoamento. O significado do termo empreendedorismo: É uma livre tradução que se faz da palavra entrepreneurship. Designa uma área de grande abrangência e trata de outros temas além da criação de empresas: • geração do auto-emprego (trabalhador autônomo); • empreendedorismo comunitário (como as comunidades empreendem); • intra-empreendedorismo (o empregado empreendedor); • políticas públicas (políticas governamentais para o setor); Alguns exemplos do que seja um empreendedor: Aquele indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela; Aquela pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir ou de fazer propaganda dos seus produtos e/ou serviços, agregando novos valores; empregado que introduzinovações em uma organização, provocando o surgimento de valores adicionais. Não se considera, contudo, empreendedor uma pessoa que, por exemplo, adquira uma empresa e não introduza qualquer inovação (seja na forma de vender, de produzir, de tratar os clientes), mas somente gerencie o negócio. O estudo dos conceitos: São eles o ponto de partida dos pesquisadores para o 15 estudo das condições que levam o empreendedor ao sucesso. É através desse entendimento que é possível ensinar-se a alguém a ser empreendedor. Por isso, o estudo do perfil de empreendedores é o tema central das pesquisas e tem sido de grande valia para a educação na área. Os empreendedores podem ser voluntários (que têm motivação para empreender) ou involuntários (que são forçados a empreender por motivos alheios à sua vontade: desempregados, imigrantes etc.). Como identificar um empreendedor e sua definição: Ser empreendedor é ser capaz de identificar oportunidades, desenvolver uma visão do ambiente, ser capaz de contagiar pessoas com sua idéia, é estar pronto para assumir riscos e aprender com erros, é ser um profundo conhecedor do todo e não só de algumas partes, é dentre outras atribuições, ser capaz de obter feedback e utilizar essas informações para seu próprio aprimoramento. Numa visão mais simplista, podemos entender como empreendedor aquele que inicia algo novo, que vê o que ninguém vê, enfim, aquele que realiza antes, aquele que sai da área do sonho, do desejo, e parte para a ação. Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões, e acima de tudo, é um realizador que produz novas idéias através da congruência entre criatividade e imaginação. Vamos conhecer outra defi nições sobre empreendedorismo... Empreendedorismo é prática; visão de mercado; evolução. O trabalho específi co do empreendedor numa empresa de negócios é fazer os negócios de hoje serem capazes de fazer o presente e o futuro, transformando-se em um negócio diferente e bem sucedido, portanto, empreendedorismo não é nem ciência, nem arte, mas uma prática que está em constante movimento para atualização da organização. (Drucker,1974). Qualquer tentativa de criação de um novo negócio ou novo empreendimento, como por exemplo uma atividade autônoma, uma nova empresa, ou a expansão de um empreendimento existente, por um indivíduo, grupos de indivíduos ou por empresas já existentes. (GEM, 2003, p. 5) O mundo do trabalho tem passado por varias transformações, principalmente no século XX, quando foi criada a maioria das invenções que revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Geralmente essas invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar coisas já existentes, mas que ninguém anteriormente ousou olhar de outra maneira. (DORNELAS, 2001). Segundo FILION (2000:17) os pesquisadores do empreendedorismo concordam em dizer que a origem do conceito está nas obras de Cantillon, que era banqueiro no século XVIII e que defi nia o empreendedor como aquele que comprava a matéria-prima por um preço certo para revendê-la a preço incerto. Ele entendia, que se o empreendedor lucrava além do esperado, isso ocorria porque ele havia inovado: fi zera algo de novo e de diferente. Existem duas correntes: • As dos pioneiros do campo: os economistas que associaram o empreendedor a inovação; • E os comportamentalistas, que enfatizaram aspectos atitudinais, como a criatividade a a intuição. Segundo DOLABELA o termo “empreendedorismo” é uma livre tradução da palavra entrepreneurship, utilizado para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades e o seu universo de atuação. O termo designa uma área de grande abrangência, além da criação de empresas: a geração do auto-emprego, empreendedorismo comunitário, e funcional. SEXTON & KASARDA (1992) Define EMPREENDEDORISMO desta maneira: “o processo de descobrir ou desenvolver uma oportunidade para então, gerar valores através da inovação e, agarrando tal oportunidade sem levar em conta um ou outro recurso (humano e capital), como também, sem levar em consideração a posição do empreendedor dentro da nova ou já existente empresa”. Joseph A. Schumpeter(1949) É o agente de “destruição criativa”, que é o impulso fundamental da economia capitalista, pela criação de : • Novos produtos • Novos métodos de produção • Novos mercados Peter Drucker, São empreendedores aqueles que criam algo novo, algo diferente; eles mudam ou transformam valores. O espírito empreendedor é uma característica distinta, seja de um indivíduo, ou de uma instituição. Não é um traço de personalidade, mas sim um comportamento e suas bases são o conceito e a teoria, e não a intuição. Percebe-se que para se definir empreendedor não basta apenas abrir ou comprar um negócio. Mais do que isso é necessário identificar novas oportunidades, e assim estabelecer novos valores, melhorando e/ou modificando conceitos/ produtos e concepções. Nota-se também que nos diversos conceitos de empreendedorismo, se destacam a inovação, a busca de oportunidades, a mudança e a iniciativa. São, portanto, esses conceitos que nortearão o desenvolvimento do trabalho empreendedor. Sendo assim: Fonte: “Aprender a empreender” (Cap. 01) Percebemos que um profissional Empreendedor, é muito mais que ter a vontade de chegar ao topo de uma montanha; é conhecer a montanha e o tamanho do desafio; Empreendedorismo 16 planejar cada detalhe da subida, saber o que você precisa levar e que ferramentas utilizar; encontrar a melhor trilha, estar comprometido com o resultado, ser persistente, calcular os riscos, preparar-se fisicamente; acreditar na sua própria capacidade e começar a escalada. 2 - Características do empreendedor Fonte: “Aprender a empreender” (Cap. 01) O perfil do empreendedor é baseado num conjunto de fatores de comportamentos e atitudes que contribuem para o sucesso. Estes conjuntos podem variar de lugar para lugar. E a identificação do perfil do empreendedor de sucesso é feita para que se possa aprender a agir, adotando comportamentos e atitudes adequadas. Mas é importante termos consciência de que ainda não se pode estabelecer uma relação absoluta de causa e efeito. Ou seja, se uma pessoa tiver tais características, certamente vai ter sucesso. O que se pode dizer é que, se determinada pessoa tem as características e aptidões mais comumente encontradas nos empreendedores, mais chances terá de ser bem sucedida. Veja as principais características que ajudam a traçar o perfil do empreendedor: • Ter um “modelo” pessoa como referência; • Ter iniciativa, autonomia, confiança, otimismo, necessidade de realização; • Trabalha sozinho. O processo visionário é individual; • Tem perseverança e tenacidade para vencer obstáculos; • Considera o fracasso um resultado como outro qualquer; • É capaz de se dedicar imensamente ao trabalho para alcançar resultados; • Fixa metas, luta contra padrões impostos, diferencia- se; • Tem a capacidade de descobrir nichos; • Tem forte intuição; • Tem sempre alto comprometimento, acredita no que faz; • Cria situações para obter feedback sobre seu comportamento; • Busca e controla os recursos; • Cria um estilo de relação com os empregados; • Aceita o dinheiro como uma das medidas de seu desempenho; • Conhece muito bem o ramo em que atua; • É um visionário. Requisitos do trabalho do empreendedor Atividades Características Competências Aprendizagem Descobre oportunidades Faro, intuição Pragmatismo, bom senso, capacidade de reconhecer o que é útil e dá resultados Análise setorial, conhece as características do setor, os cliente e concorrentes Concepção de visões Imaginação, independência,paixão Concepção do pensamento sistêmico Avaliação de todos os recursos necessários e dos respectivos custos Tomada de decisões Julgamento, prudência Visão Obter informações, saber minimizar o risco Realização de visões Diligência, constância de propósito Ação Saber obter informações para realizar ajustes contínuos, retroalimentação Utilização de equipamentos (tecnologia) Destreza Polivalência (no começo ele faz tudo) Técnica Compras Acuidade Negociação, sabe conter-se em seus limites, tem fl exibilidade Diagnóstico do setor Projeto e colocação do produto/ serviço no mercado Diferenciação, originalidade Coordenação de múltiplas atividades: hábitos de consumo do cliente, publicidade, promoção Marketing, Gestão Vendas Flexibilidade para ajustar-se aos clientes e circunstâncias, buscar feedback Adaptação às pessoas e circunstâncias Conhecimento do cliente. Retomando a aula Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar nossa primeira aula, vamos recordar: 1 – Conceito e definições de Empreendedorismo Na Seção 1, conceituamos o termo empreendedorismo 17 e tivemos a oportunidade de mostrar que o espírito empreendedor significa estar disposto a assumir o processo de iniciar um negócio, organizar os recursos necessários e assumir seus respectivos riscos e recompensas. Vimos ainda que o empreendedor é uma pessoa que cria novo negócio, mesmo sob risco e incerteza, com o propósito de conseguir lucro e crescimento mediante identificação de oportunidade de mercado e agrupamento dos recursos necessários para capitalizar sobre essas oportunidades. 2 – Principais características dos Empreendedores Para finalizar, na Seção 2, dentre outros conhecimentos, estudamos algumas das principais características dos empreendedores, tais como: disposição para trabalhar duro, autoconfiança, otimismo, determinação, alto nível de energia, elevada necessidade de realização, forte crença na capacidade de controlar seu próprio destino e o desejo de correr riscos apenas moderados; dentre outros temas correlacionados. CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processos e prática. 3ª ed. São Paulo: Makron Books, 2002. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2006. DOLABELA, F. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura, 2000. CASOS DE SUCESSO. Caso de sucesso: Sadia. Disponível em: <http://www.casodesucesso. com/?conteudoId=67>. Acesso em: 15 jul. 2011. E-COMMERCE. Empreendedorismo. Disponível em: <http://www.e-commerce.org.br/ empreendedorismo.php >. Acesso em: 15 jul. 2011. LEITE, E. Empreendedorismo. Disponível em: <http:// emanueleite.blogspot.com/2010/10/ definicao-de- empreendedorismo.html>. Acesso em: 15 jul. 2011. O GERENTE. O espírito empreendedor nas organizações. Disponível em: <http://www.ogerente. com.br/novo/colunas_ler.php?canal=6&canalloca l=27&canalsub2=86&id=309>. Acesso em: 15 jul. 2011. MEMORIAL ATÍLIO SANTANA. Pelo ar para seu lar. Disponível em: <http://www. memorialattiliofontana.com. br/historia_attilio8. php>. Acesso em: 15 jul. 2011. SUA PESQUISA. Empreendedorismo. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/o_que_e/ empreendedorismo.htm>. Acesso em: 15 jul. 2011. WEB ARTIGOS. Conceito empreendedorismo. Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar YOUTUBE. A pipoca do Valdir. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=kDR91pz637U>. Acesso em: 25 nov. 2017. Vale a pena assistir Disponível em: <http:// www. webar t i g os. com/ ar t i c l es/ 31549 / 1 / Conceito-de-Empreendedorismo/pagina1. html#ixzz1YRqdGogg>. Acesso em: 15 jul. 2011. Minhas anotações 3ºAula Estrutura e elaboração plano de negocios Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • conhecer a finalidade e aplicabilidade do Plano de Negocio; • aprender e analisar as Normas e diretrizes para a elaboração do seu Plano de Negócios Prezados alunos, iremos avançar na nossa produção de conhecimento, tratando agora da estrutura do plano de negócios. Ela é composta por várias seções que se relacionam e permitem um entendimento geral do negócio. Pense nisso e faça da pesquisa mais uma aliada de sua aprendizagem durante o estudo desta Aula. Boa aula! Bons estudos! Empreendedorismo 20 1 – Colocando as ideias e planos no ` `papel``- conhecendo o plano de negócios 2 – Normas e diretrizes para a elaboração do seu plano de negócios A diferença entre Idéia e oportunidade: Há uma grande diferença entre idéia e oportunidade, e isso são uma das grandes causas de insucesso. A confusão é muito comum entre os empreendedores iniciantes. Identificar e agarrar uma oportunidade são, por excelência, a grande virtude do empreendedor de sucesso. É necessário que o pré-empreendedor desenvolva essa capacidade, praticando sempre. Atrás de uma oportunidade sempre existe uma idéia, mas somente um estudo de viabilidade, que pode ser feito através do Plano de Negócios, indicará seu potencial de transformar-se em um bom negócio. Algumas fontes de idéias: • Negócios existentes: Pode haver excelentes oportunidades em negócios em falência. É lógico que os bons negócios são adquiridos por pessoas próximas (empregados, diretores, clientes, fornecedores). • Franquias e Patentes. • Licença de produtos: Uma fonte de boas idéias é assinar revistas da área. Corporações, universidades e institutos de pesquisa não-lucrativos podem ser fontes de idéias. • Feiras e exposições • Empregos anteriores: Grande número de negócios é iniciado por produtos ou serviços baseados em tecnologia e idéias desenvolvidas por empreendedores enquanto eram empregados de outros. • Contatos profissionais: Advogados de patentes, contadores, bancos, associações de empreendedores. • Consultoria: Dar consultoria pode ser uma fonte de idéias. • Pesquisa universitária • A observação do que se passa em volta, nas ruas. • Idéias que deram certo em outros lugares. • Experiência enquanto consumidores. • Mudanças demográficas e sociais, mudanças nas circunstâncias de mercado. • Caos econômico, crises, atrasos (quando há estabilidade, as oportunidades são mais raras). • Uso das capacidades e habilidades pessoais. • Imitação • Dar vida à uma visão. • Transformar um problema em oportunidade. Seções de estudo 1 - Colocando as ideias e planos no “papel” - conhecendo o plano de negócios Sobre a oportunidade: • Ela deve se ajustar ao empreendedor. Algo que é uma oportunidade para uma pessoa pode não ser para outra, por vários motivos (know-how, perfil individual, motivação, relações, etc.). • É um alvo móvel. Se alguém a vê, ainda a tempo de aproveitá-la. • Um empreendedor habilidoso dá forma a uma oportunidade onde outros nada vêem, ou vêem muito cedo ou tarde. • Idéias não são necessariamente oportunidades (embora no âmago de uma oportunidade exista uma idéia). • A oportunidade é a fagulha que detona a explosão do empreendedorismo. • Há idéias em maior quantidade do que boas oportunidades de negócios. • Características da oportunidade: é atraente, durável, tem uma hora certa, ancora-se em um produto ou serviço que cria, ou adiciona valor para o seu comprador. • Apresenta um desafio: reconhecer uma oportunidade enterrada em dados contraditórios, sinais, inconsistências, lacunas de informação e outros vácuos, atrasos e avanços, barulho e caos do mercado (quanto mais imperfeito o mercado, mais abundantes são as oportunidades). • Reconhecer e agarrar oportunidades não são uma questão de usar técnicas, checklists e outros métodos de identificar e avaliar; não há receita de bolo(a literatura tem mais de 200 métodos), mas depende da capacidade do empreendedor. Os fatores para os quais o novo empreendedor deve estar sempre atento: O novo empreendedor precisa estar atento aos seguintes aspectos: • Saber o que será o negócio: O novo empreendedor deverá ser capaz de definir sua idéia em um Plano de Negócios, onde precisará delinear o que é e como deve funcionar o novo empreendimento, definindo quem serão seus clientes, quais serão seus produtos e/ou serviços, quem serão os seus fornecedores e principalmente quem serão os seus concorrentes. Sendo assim, o que seria um Plano de Negócio? Um Plano de Negócio é um documento que descreve os objetivos de um negócio e quais os passos que devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas para o empreendedor, empresa ou investidores. http://www.rs4e.com/plano-de-negocios/ “O planejamento proporciona uma visão mais clara e consistente sobre o desenvolvimento da empresa em metas alcançáveis. Esses dados devem ser discutidos na consultoria de viabilidade. No plano de negócio ficam registrados o conceito do negócio, os riscos, os concorrentes, o perfil da clientela, as estratégias de marketing e o plano financeiro que viabilizará a nova empresa. E lembre-se que o plano de negócio não é um 21 documento fechado em uma gaveta, mas um projeto vivo que você deve manter sempre atualizado” (SEBRAE, 2013). O plano de negócio nada mais é do que um instrumento para auxiliar o empreendedor no processo de tomada de decisão, na organização de suas ideias. Também conhecido como “plano empresarial” é o melhor instrumento para traçar um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor. Desenvolvê-lo é sinal de maturidade e planejamento. Para Pizo (2004) apud Fialho et al (2007) o plano de negócios é uma linguagem para descrever de forma completa o que é ou o que pretende ser uma empresa, cujo conteúdo deve essencialmente contribuir para: • Gerar um instrumento de controle gerencial para acompanhamento, avaliação e controle das fases do projeto da empresa, pois deixa transparente a forma de pensar sobre o futuro do negócio: aonde ir, como ir mais rapidamente, o que fazer durante o caminho para diminuir incertezas e riscos; • Ser a descrição de um negócio: o motivo da existência da oportunidade de negócio como o empreendedor pretende agarrá-la e como buscar e gerenciar os recursos para aproveita - lá. Não deve ser confundido com a empresa e nem é o negócio e sim sua descrição. • O fato de ser um documento único que reflete na íntegra a empresa, o torna um instrumento de comunicação eficiente entre os envolvidos na operação e de negociação interna e externa para administrar a interdependência com os sócios, empregados, financiadores, incubadoras, clientes, fornecedores, bancos etc. Apesar de ser um instrumento tão importante para gerenciar as ações de uma empresa, pesquisas comprovam que o Plano de Negócios ainda é pouco utilizado pelas empresas brasileiras, ao contrário da Europa, e especialmente do Canadá e dos Estados Unidos, onde é habitualmente utilizado, tanto por empreendedores novos, como antigos. Na minha concepção, esta é uma questão cultural, visto que no Brasil, a grande maioria costuma agir da forma como acha que é o correto, e assim o faz, sem se preocupar com questões básicas, como o planejamento de suas ações, sem contar os que nem ao menos possuem a noção do rendimento de seu negócio, nem ao menos sabem se seu negócio está ou não sendo rentável. A falta de planejamento está entre as principais causas que fazem com que muitas empresas “quebrem” antes mesmo de completar 3 anos de existência. A importância do Plano de Negócios é extremamente providencial, pois ele é um instrumento pelo qual a empresa representa o seu negócio a fim de buscar o apoio externo que todo empreendimento necessita especialmente no início. Para que a abertura de um novo negócio não se torne uma aventura, é fundamental que antes de começar a colocar em prática os passos necessários para a sua legalização, é preciso que o futuro empresário tenha uma série de conhecimentos fundamentais, como: • Conhecer o ramo de atividade onde vai atuar; • O mercado; • Fazer um planejamento do que vai ser colocado em prática; • Estabelecer os objetivos que se pretende atingir, aonde chegar e como chegar, entre outros. Abrir uma empresa, assim como construir uma casa, organizar uma festa, sair de férias com a família, enfim, é necessário fazer um minucioso planejamento. Embora qualquer negócio ofereça riscos e esteja suscetível ao fracasso é preciso se prevenir contra eles, estando assim constantemente de olhos fixos nas tendências do mercado. E, atenção! Por mais que os ramos de atuação sejam inúmeros, há fatores que descartam a implantação de um determinado ramo e os que favorecem a implantação de outros. E lembre-se sempre de que seu empreendimento deve ter uma característica inovadora, ser pioneiro na oferta do produto/serviço ou na forma de oferecê-lo, ter o seu diferencial que o destacará da concorrência. Segundo Dolabela (1999), para elaborar o Plano de Negócios exige-se conhecimentos sobre o ramo em que se deseja atuar e do contexto mercadológico, assim como ter percepção e habilidades gerenciais para lidar com assuntos técnicos e legais, e em vencer barreiras no relacionamento interpessoal. É necessário que as ideias estejam claras e que todos os envolvidos estejam de acordo. De acordo com Chiavenato (2006) apud Koche (2009), em primeiro lugar é preciso identificar oportunidades. Uma vez que elas existem em todos os lugares, possíveis e imagináveis, precisam ser localizadas, identificadas e exploradas. Porém, nem todas as oportunidades são “boas” para todos, visto que elas devem ser compatíveis com as características e com o foco de cada empreendedor. No entanto, quando uma oportunidade for detectada, é importante que seja feita uma auto avaliação, no sentido de ver se as oportunidades de negócio são compatíveis com o mercado e, acima de tudo, com suas próprias características. Embora todo empreendimento envolva riscos, está sujeito ao fracasso. Ademais, tais riscos se multiplicam quando se desconhece a estrutura do terreno onde pisa. Em segundo lugar, Chiavenato (2006) destaca que o empreendedor deve ter um objetivo maior em mente. Precisa trabalhar com uma visão de futuro, ou seja, com um quadro mental de onde se pretende chegar, tendo-o como referência. Contudo, esta visão de futuro é algo que deve ser continuamente revisada e atualizada de acordo com as adequações aos novos conceitos que forem surgindo e também mediante com os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo, ajustando-se às novas dimensões continuadamente alcançadas. Chiavenato ainda compara a visão de futuro a uma bússola, a qual irá ajudá-lo, a saber, onde está, e apontará os passos para se seguir adiante, viabilizando o seu futuro. Ela é um plano de vida. E, por fim, seguindo ainda o pensamento do autor, em terceiro lugar, ele destaca que a decisão de abrir um novo negócio deve ser a consequência e não a causa desse futuro idealizado. A escolha de seu negócio deve ser uma decisão que tenha partido de algo maior, ou seja, a sua visão de futuro, a qual Empreendedorismo 22 deverá abrigar essa e outras decisões ao longo do tempo, de forma que não tenha que ajustar toda a sua vida em torno do negócio escolhido. Chiavenato (2006) apud Koche (2009), afirma que a decisão de abrir um empreendimento é muito mais do que uma análise de viabilidade econômica, mercadológica ou financeira. É a busca de compatibilidade entre você – empreendedor – e sua ideia de empreender. Destaca-setambém algo muito importante ainda não mencionado: antes de iniciar o Plano propriamente dito, é extremamente importante que seja feita uma pesquisa de mercado. A pesquisa de mercado deve ser realizada em forma de questionários que devem ser aplicados ao público-alvo relacionado ao seu negócio. O ideal é que sejam realizados no mínimo três questionários, um para os clientes, outro de concorrentes e, por fim, um de fornecedores. • Clientes: o questionário de clientes deverá conter perguntas com o objetivo de traçar o perfil de seus clientes. Essas informações lhe ajudarão a traçar a linha de ação, direcionar seu produto/serviço de acordo com o perfil identificado. • Concorrentes: visa a identificar quem são, quantos são, onde estão, como funcionam suas estratégias, qual a forma de produção, venda, preços, formas de atender os clientes, enfim, irá ajudar você a definir seu diferencial e tirar “proveito” em cima dos pontos fracos detectados na concorrência. • Fornecedores: conhecer os possíveis fornecedores, quem são, quantos são, onde estão, preços adotados, formas de pagamento, dentre outros. É importante se ter de antemão essas informações, e realizar contatos mesmo antes de iniciar seu negócio, isso porque a lista de seus futuros fornecedores em mãos e o conhecimento de seus preços e formas de pagamento, dentre outros fatores, lhe ajudarão a planejar de forma mais clara. A partir da pesquisa de mercado, da análise e tabulação dos dados coletados já se têm informações importantíssimas que serão à base de seu negócio, pois neste ponto, já dá para ter uma real noção de como será seu negócio. Dentre os inúmeros esclarecimentos que se deram por meio da pesquisa de mercado, destacamos os principais: saber se o negócio é viável ou não, se será rentável, como satisfazer seus clientes, enfim, são as principais rédeas de conduta de seu futuro empreendimento. Segundo Dobrochinski (2013), o Sucesso de um negócio está diretamente relacionado a um bom planejamento. As informações obtidas no planejamento servirão de alicerce para o desenvolvimento do empreendimento, direcionando as ações, e auxiliando no acompanhamento do atingimento de metas para a longevidade e crescimento da empresa. Ter e saber oferecer um diferencial inovador é, nos dias de hoje, uma necessidade básica para organizações e profissionais. Como linha de frente, as Instituições de Ensino Superior devem ter seus diferenciais competitivos para se destacarem e serem exemplos como organizações e, consequentemente, oferecer tal caminho em seus currículos para que os acadêmicos possam vir a desenvolver seus próprios diferenciais. No ambiente cada vez mais rigoroso de exigências que é o mercado, faz-se primordial, ter uma postura proativa, desenvolvendo a consciência crítica, a capacidade de se posicionar como parceiro, uma postura gerencial diferenciada e inovadora. “O planejamento não é uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento é um instrumento para raciocinar agora, sobre que trabalhos e ações serão necessários hoje, para merecermos um futuro. O produto final do planejamento não é a informação: é sempre o trabalho.” Peter Drucker. 2 - Normas e diretrizes para a elaboração do seu Plano de Negócios O Plano de Negócios, adotado em nossa disciplina, é um modelo simplifi cado, visto o tempo que terão para realizá-lo, que é mínimo, para uma tarefa que exige dedicação e muita atenção a detalhes. Figura 8.1 Plano de negócios. Fonte: BLOG PLANILHAS EXCEL. Plano de negócio. Disponível em: <http:// blog. planilhasexcel.com/2010/01/ modelo-de-plano-de-negocios-sebraepr. html>. Acesso em: 21 jan. 2013. A estrutura a seguir é a que será utilizada por vocês na elaboração do Plano de Negócios da disciplina: Estrutura Itens a serem inseridos Pré-Textuais Capa (Modelo UNIGRANET) Folha de Rosto (Modelo UNIGRANET) Epígrafe (Opcional) Dedicatória (Opcional) Agradecimentos (Opcional) Sumário Lista de Figuras / Tabelas / Quadros / Símbolos / Abreviaturas/ Siglas e Anexos (Se houverem) Resumo Textuais 1. Introdução (um apanhado geral do que é a empresa) 2. Revisão Bibliográfica (deveserincluída afundamentação teórica, com os argumentos dos principais autores que falam sobre o assunto principal (tema) do projeto). 3. Aspectos de Produção 4. Aspectos de Planejamento Estratégico 5. Organograma Estrutural 6. Aspectos de Recursos Humanos – RH 7. Aspectos de Mercado 8. Plano de Marketing 9. Plano Financeiro 10. Considerações Finais (descrever se a implantação da empresa é viável ou não, justifi cando o porque.) 11. Referências Bibliográficas Anexos (se houverem.) 23 Fique antenado! Com os conhecimentos que está adquirindo, cada vez mais você se torna capaz de superar o senso comum sobre as informações disponibilizadas nos diferentes meios de comunicação e utilizá-las como fontes de pesquisa, sempre que considerar que se tratam de conhecimentos úteis! Ah, lembre-se de que esse hábito será fundamental no dia a dia de sua profi ssão! Depois de concluído o plano de negócios e concretizada a idéia inicial é necessária a manutenção da empresa. A manutenção está relacionada com a satisfação de seus clientes. Produtos ou serviços só podem ser lançados de forma eficiente se tiverem de acordo com as expectativas do público-alvo. Para identificar as expectativas do cliente ou consumidor é preciso identificar seus valores e suas preferências, enfim, suas características de compra ou de contratação de serviço. Só é possível obter prosperidade no negócio se o empreendedor for capaz de enxergar oportunidades e ameaças no ambiente externo e conciliá-los com seus pontos fortes e pontos fracos 2.1 - Descrição dos componentes do Plano de Negocio A seguir é feita uma descrição geral de cada componente visando auxiliá-los na elaboração do plano de vocês. 2.1.1 - Aspectos de produção 2.1.1.2 - Localização Deve conter o nome da empresa, sua localização e a justificativa do por que da localização. 2.1.1.3 - Fotos do local do empreendimento Não se deve “poluir” o Plano com muitas fotos, porém as mesmas devem ser bem focadas visando demonstrar bem o ambiente da empresa. 2.1.2 - Aspectos de planejamento estratégico Para Hitt (2005), Planejamento Estratégico é a metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela empresa visando maior grau de interações com o ambiente. 2.2 - Oportunidades e ameaças Ambas são variáveis de ambiente externo. Observe: Oportunidades As oportunidades surgem por fatores externos, pode-se dizer que é o ambiente que as cria e o empreendedor as enxerga. Descreva qual foi a oportunidade encontrada e o que justifica a área de atuação escolhida. Ameaças As ameaças são os fatos que o empreendedor não controla, está fora de suas mãos, como mudanças na economia, na política, nos concorrentes, etc. Descrever as possíveis ameaças externas que podem prejudicar a sua empresa. 2.3 - Forças e fraquezas Ambas são variáveis de ambiente interno. Vejamos: Forças As forças são os potenciais que a empresa possui, como por exemplo, funcionários treinados e qualificados, produtos/ serviços diferenciados, tecnologias, preços etc. Fraquezas Citam-se as fraquezas que a empresa possui ou que possam surgir, como falta de capital, falta de estrutura, falta de matéria- prima para a produção, perda de clientes e fornecedores etc. 2.4 - Vantagens competitivas São as vantagens que a empresa possui em relação à concorrência, como produtos/serviços diferenciados ou exclusivos, melhores preços, etc. 2.5 - Missão Deve destacar a razão de ser da empresa, qual seu objetivo principal e o que ela oferece. Geralmente é uma missão curta em um pequenoparágrafo, não devendo se estender muito. Exemplo: oferecer um serviço diferenciado e com qualidade no que diz respeito à edição de imagens e impressão, garantindo um bom atendimento e disposição para auxilio até mesmo depois da entrega. 2.6 - Organograma estrutural Um organograma é a representação gráfica da hierarquia de uma empresa. A seguir, um exemplo de organograma: Hierarquia de uma empresa Fonte: Acervo pessoal. 2.7 - Aspectos de Recursos Humanos - RH Para Gil (2000), administração de recursos humanos é o ramo especializado da ciência da administração que envolve todas as ações que tem como objetivo a integração do trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade. É, pois, a área que trata de recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento, manutenção, controle a avaliação de pessoal. Empreendedorismo 24 2.7.1 - Equipe de trabalho Apresenta-se uma breve descrição dos funcionários. Quantos são, qual o perfil e a descrição do cargo exercido por cada um. Não é necessário citar nomes. 2.7.2 - Formas de contratação, recrutamento e seleção Apresentar de forma resumida a forma de recrutamento e seleção de seus funcionários, ou seja, se ocorre por concurso público, análise de currículos, entrevista pessoal, etc. 2.8 - Aspectos de mercado Segundo Filion e Dolabela (2000), a análise de mercado é voltada para o conhecimento de seus clientes, concorrentes, fornecedores e do ambiente em que a empresa vai atuar, tendo por objetivo saber se o negócio é realmente viável. 2.9 - Definição do serviço Nada mais é que a descrição do serviço oferecido. Qual é o serviço oferecido? 2.10 - Definição do público-alvo O público-alvo são os clientes que irão consumir seus produtos/serviços. Deve conter uma breve descrição do público- alvo da empresa. Quem são, onde estão e qual o seu perfil. 2.11 - Avaliação da concorrência Os concorrentes são aqueles que irão competir/disputar espaço no mercado com você. Cite os concorrentes diretos ao empreendimento. Quem são, onde estão e qual é a ferramenta competitiva deles, o diferencial. 2.12 - Fornecedores Os fornecedores são os parceiros que fornecem os produtos finais para a venda ou consumo interno da empresa, ou ainda a matéria-prima para a criação do seu produto. Cite seus possíveis fornecedores, assim como sua localização, contato para facilitar sua vida diária. É interessante especificar também o que cada um lhe oferece. 2.13 - Preço básico e concessão de crédito Vejamos um preço básico e concessão de crédito: • Preço • Definir o que servirá de base na estipulação dos preços de seu produto/serviço. Qual o preço unitário dos produtos? • Concessão de crédito • Citar as formas de pagamento imposta aos seus clientes (à vista, prestações, financiamento, etc.) 2.14 - Logomarca Logomarca designa logotipo, símbolo ou a marca da empresa. Toda empresa deve ter a sua logomarca, de modo que ela por si só se torne referência à empresa. 2.15 - Plano de marketing Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros (KOTLER; ARMSTRONG, 1998). 2.16 - Diferenciação, posicionamento e imagem do produto Descrição do diferencial que seu produto/serviço apresenta em relação ao produto da concorrência. Como será a conduta de atuação? 2.17 - Segmentação Visa definir o segmento da empresa, se será no ramo de prestação de serviços, produção, educação, dentre outras. 2.18 - Estratégia de mercado A Estratégia é forma de atuação da empresa. Como ela atenderá os clientes? 2.19 - Divulgação e propaganda Apresentar uma breve descrição de como será feita a propaganda da empresa (rádio, TV, internet, panfleto, cartões de visita). 2.20 - Plano financeiro A parte financeira consiste em um conjunto de informações, planilhas de cálculos que compõem as previsões referentes à operação e servem como ferramentas gerenciais para o planejamento financeiro da Empresa (FILION; DOLABELA, 2000). Ressalva-se que quando forem desenvolver um Plano real e o colocarem em prática, há inúmeros outros itens, além dos que são citados a seguir, com os quais deverão se preocupar. Como exemplo, alíquota, contribuições e outras inúmeras deduções que deverão ser incluídos nos cálculos. Além de terem de identificar o ponto de equilíbrio, fluxo de caixa, receitas e no final realizar todo o processo de DRE (Demonstração dos Resultados do Exercício), estes pontos não serão aqui abordados e não irão realizá-los, devido ao fato deste não ser o foco da disciplina, para isso teriam que ter noções de Matemática Financeira e Contabilidade para desenvolvê-lo tal como deveria ser. Quanto a projeção das receitas de despesas e lucros, o ideal é fazê-la para no mínimo 5 anos. Porém, aqui, para fins de aprendizados, iremos realizar a projeção para apenas 1 ano (doze meses). 2.21 - Investimentos Deve-se especificar todo o investimento inicial necessário para que a abertura da empresa se torne realidade. Englobam todos os gastos, como máquinas de produção, materiais de escritório, produtos que irão compor o estoque, veículos, etc. 25 FILION, Louis Jacques; DOLABELA, Fernando. i São Paulo: Cultura, 2000. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing.7. ed. Rio de Janeiro: Prentice-All, 1998. BLOG PLANILHAS EXCEL. Plano de negócio. Disponível em: <http://blog.planilhasexcel.com/2010/01/ modelo-de-plano-de-negocios-sebraepr.html>. Acesso em: 21 jan. 2013. Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar YOU TUBE. Sebrae-SP: Direto ao Ponto - Versão Completa - Plano de Negócios. Disponível em: <http:// www.youtube. com/watch?v=GlmiDoZy0B0>. Acesso em: 31 jan. 2013. Disponivel em: <http://www.youtube.com/ watch?v=dfrW3D_5Egk&feature=fvwrel>. Acesso em: 31 jan. 2013. Como elaborar um plano de negócio: estrutura da empresa. Disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=VzbTUUqmwp0&feature=fvwrel>. Acesso em: 31 jan. 2013. Vale a pena assistir 2.22 - Entrada e saída Refere-se às despesas e receitas do mês, incluindo as deduções de impostos e alíquotas. 2.23 - Payback Payback é o prazo de retorno do investimento. Seu cálculo pode ser feito de forma simples pela razão entre investimento inicial e receitas anuais. Payback = investimento inicial / entrada/saída Ao final, destas etapas estará realizado um bom plano de negócios e vocês poderão sentir como é a realidade de um plano de negócios, bem como estarão prontos para desenvolver vários outros. Bom trabalho a todos! 1 - Colocando as ideias e Planos no “papel” - Conhecendo o Plano de Negócios Na Seção 1 você teve a oportunidade de compreender a estrutura utilizada para elaboração do Plano de Negócios da disciplina. Desse modo, o Plano de Negócios, aqui adotado, foi um modelo simplificado, visto o tempo que temos para realizá- lo, que é mínimo, para uma tarefa que exige tempo, dedicação e muita atenção a detalhes. 2 - Normas e diretrizes para a elaboração do seu Plano de Negócios Para finalizar nossa disciplina, na Seção 2, tivemos as informações necessárias para a elaboração completa de um Plano de Negócio. Mas, acima de tudo, não fique apenas com os conteúdos apresentados aqui, faça da pesquisa um hábito e amplie seus conhecimentos. Retomando a aula É hora de relembrarmos os pontos estudados nesta aula. Vamos lá! Minhas anotações 4ºAula Gestão do comportamento Organizacional e práticas de liderança Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • compreender o comportamento organizacional de forma abrangente; • entender quais os processos e tipos de liderança. Nesta aula serão discutidasquestões primordiais de comportamento e liderança, buscando compreender qual a postura dentro dos processos grupais. É nesse sentido que os acadêmicos devem ser orientados em identificar que o comportamento organizacional pode ser subdividido em: micro, meso e macro organizacional. Neste contexto é importante compreender que cada aspecto dessa subdivisão deriva de um processo que estuda o comportamento do ser humano e está relacionado às caracterizações desse comportamento. Ainda será abordada a questão da liderança que procede do ser humano nas diferentes visões de autores renomados. O líder é capaz de ter qualidades que evidenciam na sua forma de lidar com o outro, bem como a possibilidade de possuir características participativas, permissivas, autocrática e paternalista, entre outras. O importante desta aula é apresentar quais as diferenças entre as várias capacidades de lideranças e alguns indivíduos tem uma liderança nata, porém é preciso desenvolver habilidades para saber utilizar e assim conhecermos estas características que compões profissionais empreendedores. Bons estudos! Empreendedorismo 28 1 – Comportamento Organizacional 2 – Competitividade ... A organização aprende através dos indivíduos que aprendem. O aprendizado do colaborador não garante o aprendizado organizacional. Uma organização só é capaz de aprender quando passa a criar, adquirir, interpretar, transformar e reter o conhecimento... (Peter Senge, 1990). De acordo Wagner III e Hollenbeck (1999), o comportamento organizacional é o conjunto de ações voltadas a prever, explicar, compreender e modificar o comportamento humano no contexto das empresas. Os comportamentos podem ser caracterizados como: • observação de indivíduos; • membros de unidades sociais maiores; • processos grupais ou organizacionais. Os processos grupais ou organizacionais não somente pelo indivíduo, mas também por sua dinâmica e contextos próprios. Estes são subdivididos em microorganizacional; mesoorganizacional e macroorganizacional. Segundo Hollembeck e Wagner III (2002), o comportamento pode ser dividido em três áreas distintas das ciências sociais, entretanto entendida como microorganizacional, que deriva da psicologia comportamental, mesoorganizacional da psicologia social e sociologia interacionista e a macroorganizacional da economia, sociologia estrutural antropologia cultural e ciências políticas. O comportamento microorganizacional está relacionado a observação do sujeito no trabalho individual, orientação psicológica, motivação, estresse, personalidade e desempenho. E, para administrar as diferenças individuais e variáveis, é possível entender que se todos fossem semelhantes, a administração seria uma tarefa fácil, entretanto não é possível que as diferenças individuais desapareçam, porém o êxito empresarial é capitalizar as diferenças de modo a aumentar a competitividade e para capitalizar o processo é preciso: treinamento de pessoal, seleção adequada e reengenharia de cargo. Outro detalhe importante é aptidão física: Força muscular, resistência cardiovascular e Qualidade do movimento. Enquanto a aptidão cognitiva se respalda na: compreensão verbal, habilidade quantitativa, capacidade de raciocínio e visualização espacial. Mas, para a personalidade é preciso considerar a: extroversão/introversão, ajustamento emocional, afabilidade (simpatia), senso de responsabilidade e interesse. Comportamenton Mesoorganizacional o comportamento das pessoas que trabalham em equipes e em grupos devem ser orientado pela sociologia, psicologia social, comunicação, socialização, liderança e produtividade. Seções de estudo 1 - Comportamento organizacional 2 - Competitividade: Liderança; Aprendizagem Tendo em vista que para que haja eficiência no comportamento mesoorganizacional é preciso planejamento do trabalho sobre a variedade de habilidades, identificação e importância de tarefas, autonomia e feedback dos resultados. Portanto, é possível perceber como seu trabalho afeta o comportamento do colega e da equipe, compreender formas para tomar decisão em alguma parte da atividade a ser desenvolvida, capacidade de aprendizagem contínua e ter o reconhecido pelo trabalho realizado. Ainda segundo Hollembeck e Wagner III (2002), o comportamento macroorganizacional está relacionado à compreensão dos comportamentos de empresas na sua totalidade. As origens do comportamento macroorganizacional estão situadas em quatro disciplinas principais: a sociologia, com suas teorias sobre estrutura, status social e relações institucionais; a ciência política, com suas teorias sobre poder, conflito, negociação e controle; a antropologia, com suas teorias sobre simbolismo, influência cultural e análise comparativa; e a economia, com suas teorias sobre competição e eficiência. Portanto, o conflito ocorre em um processo de oposição e confronto que pode ocorrer entre pessoas ou grupos nas organizações conforme descrito na aula 5, quando as partes exercem poder na busca dos objetivos a serem atingidos. Conflito é um processo que leva tempo para se desenrolar e não um evento que ocorre num determinado instante e depois desaparece. Na medida em que a obstrução progride, tende a ameaçar a eficácia e o desempenho, a definição implica que o conflito é um problema que os gerentes precisam saber controlar. Mas o poder está relacionado à dependência entre pessoa, estrutura, estratégias e objetivos, e sempre harmônica entre si. O exercício parte de um líder com motivação interpessoal, conceituando valores, definições de estratégias e metas para alcançar objetivos. O poder, inicialmente, encontra- se centrado na figura do proprietário e tem como objetivos organizacionais na forma de: • explorar as oportunidades; • arriscar seu próprio capital; • ação de acordo com a sociedade; • obtenção e desenvolvimento tecnológico. Vale ressaltar a importância do homem reconhecer seu próprio comportamento e perceber o comportamento da sociedade na qual está inserido, tendo em vista que a teoria é dinâmica, assim como o homem e suas relações com o ambiente organizacional. Liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Proximidade física ou temporal não é importante no processo. Líderes religiosos são capazes de influenciar adeptos que estão longe e que têm pouquíssima chance de vê-los pessoalmente. (Maximiano, 2005, p. 283) Liderança é uma questão de inteligência, confiança, 29 humanidade, coragem e severidade, Sun Tzu, A Arte da Guerra – (300 a.c.). Segundo Max Weber: Habilidade é uma capacidade adquirida, por isso, podemos aprender a ser líderes, enquanto influenciar pessoas está ligado a poder e autoridade. Poder – É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. Autoridade – É a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal. IMPORTANTE: Paul Hersey, cientista comportamental americano, fundador do Center For Leadership Studies (CLA) da Califórnia, Estados Unidos e um dos mais renomados especialistas em sua área. Qual é a diferença entre chefe e líder? Vamos entender durante a leitura e compreensão da seção 2 da aula 6 ! Segundo o consultor João Alfredo Biscaia, existe uma diferença significativa e de suma importância entre líder e chefe, inclusive para discutir dentro dos parâmetros que busca conscientizar os liderados e chefiados: Chefiar é fazer com que as pessoas façam o que é preciso, enquanto liderar é fazer com que as pessoas queiram fazer o que é preciso. • Chefe: tem um cargo, poder e subordinados.
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