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Decreto 130 de 2007

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Decreto 130 
de 20 de abril de 2007 
 
DISPÕE SOBRE A AVALIAÇÃO DE 
DESEMPENHO DOS SERVIDORES EM ESTÁGIO 
PROBATÓRIO NA ADMINISTRAÇÃO DIRETA. 
 
NEWTON LIMA NETO, Prefeito Municipal de São 
Carlos, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, em especial o disposto no 
artigo 41, § 4º, da Constituição Federal e, tendo em vista o que consta do processo 
protocolado sob o nº 1.474/07, 
 
DECRETA: 
 
Capítulo I 
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 
 
Art. 1º. Fica instituído, no âmbito da Administração 
Direta o Sistema de Avaliação de Desempenho dos Servidores Públicos Municipais, que tem 
por finalidade estabelecer critérios de acompanhamento, orientação e avaliação dos 
servidores em estágio probatório, objetivando a aquisição da estabilidade no serviço público. 
 
Art. 2º. Para fins deste Decreto considera-se: 
I - Desempenho: atuação do servidor em sua 
unidade organizacional, considerando as atribuições do emprego, bem como normas, 
orientações, competências, conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao 
desempenho da função pública; 
II - Avaliação: verificação formal e periódica do 
desempenho, nos aspectos acima mencionados, tendo como parâmetro as normas, 
diretrizes e as especificidades da unidade organizacional em que permanece lotado; 
III - Comissão de Avaliação de Desempenho de 
Servidor em Estágio Probatório: comissão designada por portaria, para emitir parecer sobre 
a estabilidade dos servidores públicos municipais, composta por doze membros, 
representantes de diversas Secretarias, sendo seis titulares e seis suplentes. 
 
Art. 3º. Compete à Comissão de Avaliação de 
Desempenho de Servidor em Estágio Probatório, as seguintes atribuições: 
I - acompanhar as avaliações de desempenho dos 
servidores em estágio probatório, encaminhados pela Secretaria Municipal de Administração 
de Pessoal para apreciação da Comissão; 
II - atuar como instância complementar na análise 
dos resultados das avaliações periódicas; 
III - emitir parecer conclusivo sobre as avaliações 
apreciadas, encaminhando-o à Secretaria Municipal de Administração de Pessoal; 
IV - encaminhar relatório no caso de desligamento 
de servidor por insuficiência do seu desempenho; 
 
 
V - propor alterações ao disposto neste Decreto e 
demais legislações pertinentes. 
 
Seção I 
Dos Objetivos e Implantação do Sistema de Avaliação de Desempenho 
 
Art. 4º. O Sistema de Avaliação de Desempenho 
tem como objetivo: 
 
I - acompanhar e avaliar sistematicamente o 
desempenho do servidor durante o período do estágio probatório; 
II - promover ações para a adaptação do servidor 
às atribuições do seu emprego efetivo, bem como para o alcance dos objetivos 
organizacionais, através de programas de capacitação e treinamento e outras medidas 
cabíveis; 
III - fornecer subsídios ao processo de estabilidade 
do servidor no emprego, ou, quando for o caso, de seu desligamento. 
 
Art. 5º. O Sistema será implantado pela Secretaria 
Municipal de Administração de Pessoal, que terá a função de administrar e garantir a 
continuidade do processo de avaliação de desempenho. 
 
Seção II 
Do Efetivo Exercício 
 
Art. 6º. Para fins de contagem de tempo de efetivo 
exercício, serão computados os dias efetivamente trabalhados, além dos períodos previstos 
na Consolidação das Leis Trabalhistas - Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e 
alterações posteriores. 
§ 1º. O servidor em estágio probatório que for 
designado para o exercício de cargos em comissão ou função gratificada, será avaliado de 
acordo com esta norma. 
§ 2º. O servidor aprovado em concurso público para 
outro emprego estará sujeito ao estágio probatório relativo a nova contratação. 
 
Seção III 
Dos Fatores e das Etapas de Avaliação 
 
Art. 7º. O servidor em estágio probatório será 
avaliado segundo os seguintes fatores: 
I - Adaptação a função; 
II - Aproveitamento em treinamentos e cursos de 
capacitação; 
III - Atendimento ao público; 
IV - Atendimento de prazo; 
 
V - Comprometimento; 
VI - Condicionamento físico; 
VII - Conhecimento do trabalho; 
VIII - Disciplina; 
IX - Iniciativa; 
X - Pontualidade; 
XI - Procedimentos de segurança; 
XII - Produtividade e eficiência; 
XIII - Relacionamento interpessoal; 
XIV - Responsabilidade; 
XV - Uso de equipamentos de proteção; 
XVI - Zelo com materiais e equipamentos; 
XVII - outros de acordo com a especificidade de 
cada emprego. 
Parágrafo Único Os fatores de avaliação poderão 
ser alterados à critério da Secretaria Municipal de Administração de Pessoal. 
 
Art. 8º. Cada um dos fatores mencionados no artigo 
7º será avaliado em uma escala de zero a vinte, sendo distribuídos em cinco graus, com 
pontuação de 0 (zero), 5 (cinco), 10 (dez), 15 (quinze) e 20 (vinte). 
 
Parágrafo único. Para a avaliação de um 
determinado emprego a Secretaria deverá escolher 15 (quinze) fatores, podendo o servidor 
atingir pontuação máxima de 300 (trezentos) pontos. 
 
Art. 9º. Da pontuação obtida na Avaliação de 
Desempenho do Servidor, serão descontados pontos para as ocorrências abaixo, no 
período correspondente ao da Avaliação: 
I - Absenteísmo: 
a) registro de atraso superior a 5 (cinco) minutos 
diários ou 30 (trinta) mensais, não compensados: 0,2 pontos por ocorrência; 
b) ausência justificada: 0,5 pontos por ocorrência; 
c) ausência injustificada: 3 pontos por ocorrência. 
II - Problemas de conduta: 
a) orientação formal: 5 pontos por ocorrência; 
b) advertência: 20 pontos por ocorrência; 
c) repreensão: 30 pontos por ocorrência; 
d) suspensão de até 5 dias: 50 pontos por 
ocorrência; 
e) suspensão de 6 a 10 dias: 70 pontos por 
ocorrência; 
f) por suspensão acima de 10 dias: 85 pontos por 
ocorrência. 
Parágrafo único. Das avaliações previstas no § 1º 
do artigo 10 e artigo 15 serão computados os pontos positivos e negativos referentes ao 
período avaliado. 
 
Art. 10. O desempenho dos servidores será 
acompanhado durante todo o estágio probatório, fazendo-se a avaliação em quatro etapas, 
a serem realizadas ao término dos seguintes meses, contados do exercício inicial no 
emprego: 
I - 6º (sexto) mês; 
II - 14º (décimo quarto) mês; 
III - 22º (vigésimo segundo) mês; 
IV - 32º (trigésimo segundo) mês. 
§ 1º. A qualquer tempo, por solicitação do superior 
imediato poderão ser realizadas outras avaliações, que serão consideradas na consolidação 
final das avaliações. 
 § 2º. O servidor deverá obter em cada uma das 
avaliações periódicas e na consolidação final, nota de no mínimo 70% (setenta por cento) da 
pontuação total. 
 
Art. 11. Ao final da última etapa de avaliação, 
atribuir-se-á pontuação final ao servidor avaliado, que resultará da média dos pontos obtidos 
em todas as avaliações realizadas. 
Parágrafo único Será considerado aprovado no 
estágio probatório o servidor que obtiver resultado final de, no mínimo, 70% (setenta por 
cento) da pontuação máxima possível. 
 
Art. 12. A instrução do processo de avaliação, bem 
como a consolidação dos dados será realizada pela Secretaria Municipal de Administração 
de Pessoal, e encaminhada à Comissão de Avaliação de Servidores em Estágio Probatório. 
Parágrafo único. O resultado final da avaliação 
será encaminhado ao Prefeito Municipal para deliberação, com antecedência de dois meses 
antes de findo o período do estágio. 
 
Art. 13. O servidor reprovado no período de estágio 
probatório será desligado do emprego por insuficiência de desempenho. 
 
Parágrafo único. O desligamento previsto no caput 
deste artigo poderá ser efetuado a qualquer tempo, caso seja caracterizada a insuficiência 
de desempenho para o emprego, independente da conclusão das avaliações previstas no 
artigo 10 deste Decreto. 
 
Subseção I 
Dos Avaliadores 
 
Art. 14. O servidorem estágio probatório será 
avaliado pelo seu chefe imediato ou, nos casos de impedimento, pela autoridade 
imediatamente superior. 
 
Art. 15. Nos casos de transferência do servidor o 
chefe imediato deverá encaminhar avaliação de desempenho junto com a deliberação da 
transferência, independente do prazo previsto no artigo 10 deste Decreto. 
 
Art. 16. Os avaliadores deverão encaminhar a 
Ficha de Avaliação de Desempenho à Secretaria Municipal de Administração de Pessoal, no 
prazo de cinco dias, após o término de cada etapa de avaliação. 
§ 1º. O Avaliador deverá, obrigatoriamente, dar 
ciência ao servidor do resultado de cada uma das etapas de avaliação. 
§ 2º. Caso o servidor avaliado se recuse a tomar 
ciência do resultado de qualquer das etapas de avaliação, será lançado termo na Ficha de 
Avaliação de Desempenho, com assinatura de duas testemunhas e do avaliador. 
§ 3º. O Secretário da pasta onde o servidor estiver 
lotado deverá dar ciência em cada uma das avaliações realizadas. 
 
Subseção II 
Dos Recursos 
 
Art. 17. O servidor que não alcançar a pontuação 
mínima estabelecida nas avaliações e discordar da avaliação, poderá interpor recurso 
escrito, acompanhado dos documentos que julgar pertinente, dirigido à Secretaria Municipal 
de Administração de Pessoal, no prazo de cinco dias, a contar da ciência. 
 
Art. 18. A Secretaria Municipal de Administração de 
Pessoal encaminhará imediatamente o recurso do servidor à respectiva Secretaria, que 
deverá manifestar-se no prazo de cinco dias, a contar do seu recebimento. 
Parágrafo único. A Secretaria Municipal de 
Administração de Pessoal deverá analisar a decisão da Secretaria, e caso verifique 
insuficiência no desempenho do servidor, encaminhará os autos à Comissão de Avaliação 
de Servidores em Estágio Probatório para manifestação no prazo de trinta dias. 
 
Art. 19. Na contagem dos prazos, exclui-se o dia do 
começo e inclui-se o do vencimento, considerando-se prorrogado o prazo até o primeiro dia 
útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver expediente. 
 
Art. 20. A Secretaria Municipal de Administração de 
Pessoal deverá notificar o servidor quanto ao resultado final da Avaliação de Desempenho. 
Parágrafo único. A notificação poderá ser efetuada 
por termo nos autos, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio 
que assegure a certeza da ciência do servidor. 
 
Art. 21. Será indeferido o recurso interposto fora 
do prazo previsto no artigo 17 deste Decreto. 
 
Capítulo II 
 
DAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES NO PROCESSO 
 
Art. 22. A chefia tem as seguintes 
responsabilidades no processo de gerenciamento do desempenho de sua equipe: 
I - participar dos treinamentos, palestras e conhecer 
o Sistema de Avaliação de Desempenho em Estágio Probatório; 
II - preencher o formulário de Avaliação, citando 
possíveis dificuldades para melhoria do desempenho; 
III - encaminhar o instrumento corretamente 
preenchido e dentro do prazo estabelecido pela Secretaria Municipal de Administração de 
Pessoal; 
IV - dar ciência formal ao servidor avaliado, sobre 
sua avaliação, logo após realizá-la. 
 
Art. 23. Compete à Secretaria Municipal de 
Administração de Pessoal, por meio do Departamento de Gestão de Pessoas: 
I - manter os membros da Comissão de Avaliação 
de Desempenho dos Servidores em Estágio Probatório informados quanto aos Instrumentos 
utilizados para avaliação de desempenho; 
II - encaminhar às unidades organizacionais 
avaliadoras os formulários específicos para cada servidor em estágio probatório, observado 
os prazos previstos neste Decreto; 
III - elaborar todos os atos relativos a pessoal que 
auxiliem no controle necessário à aplicação e ao acompanhamento do processo de 
avaliação periódica do desempenho; 
IV - capacitar as chefias imediatas sobre a 
utilização de todos os instrumentos do processo de avaliação, bem como no 
desenvolvimento dos pré-requisitos para o pleno funcionamento do sistema de avaliação de 
desempenho; 
V - desenvolver seminário para os avaliadores, 
visando habilitá-los a preencher corretamente a Ficha de Avaliação de Desempenho, 
sensibilizando-os sobre a postura correta e adequada no ato da avaliação, de modo a 
propiciar entrevistas assertivas entre eles e seus profissionais. 
 
Capítulo III 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
 
Art. 24. As avaliações realizadas até a publicação 
deste Decreto serão consideradas para efeito de verificação das condições para aquisição 
de estabilidade, ficando sujeitos à avaliação nas etapas restantes na forma deste Decreto. 
 
Parágrafo único. Os servidores enquadrados no 
caput deste artigo serão considerados aprovados no estágio probatório, se obtiverem 
resultado final de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do total máximo de pontos 
correspondente às etapas de avaliação a que forem submetidos. 
 
Art. 25. Os atos de homologação da avaliação de 
desempenho sobre a aprovação ou reprovação do estágio probatório serão lançados nos 
assentamentos funcionais do servidor. 
 
Art. 26. Compete à Comissão de Avaliação de 
Desempenho de Servidores em Estágio Probatório resolver os casos omissos, expedir 
instruções complementares ao sistema previsto no artigo 1º deste Decreto. 
 
Art. 27. Aplica-se o disposto neste Decreto à 
Administração Indireta na ausência de regulamentação própria, devendo as avaliações 
 
serem acompanhadas pelas respectivas Comissões de Avaliação de Desempenho de 
Servidores em Estágio Probatório. 
 
Art. 28. Este Decreto entra em vigor na data de sua 
publicação. 
São Carlos, 20 de abril de 2007. 
 
NEWTON LIMA NETO 
Prefeito Municipal 
 
Este texto não substitui o publicado no Jornal "Primeira Página" de 21/04/07

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