Buscar

gestão em academia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

67
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
Unidade III
7 AS ACADEMIAS DE GINÁSTICA 
Desde seu início, a academia de ginástica passou por muitas transformações, que vão desde a parte 
estrutural até as aulas ofertadas. Veremos todas essas mudanças. O perfil dos atuais frequentadores, 
quais as novas exigências do mercado desse segmento bem como as tendências recentes, enfim, assuntos 
pertinentes às academias do século XXI.
7.1 História da ginástica
Todos nós sabemos do impacto que a prática dos exercícios regulares causa em nossa saúde e 
também em nossas vidas. Já na Pré-História sua realização era vital, ajudando o homem a sobreviver 
frente às ameaças naturais. Nos rituais, os agradecimentos e pedidos eram feitos aos deuses através das 
danças e dos exercícios físicos naturais. 
Na Antiguidade, a ginástica apresentou grande importância, sobretudo na Grécia. Fatores relacionados 
à estética e à preparação militar foram as principais vertentes para a prática de exercícios físicos da 
época, fortalecendo o corpo e a mente de seus praticantes.
Muitos dos utensílios usados na preparação física dos gregos deram origem a equipamentos como 
medicine ball e halteres para saltos (MALTA, 1998).
Na idade contemporânea (início do século XIX), a ginástica teve forte influência em países como Alemanha, 
Suécia e França tanto na prática como na elaboração de artefatos. Tal evolução persiste até hoje.
A calistenia (método de se exercitar sem o uso de aparelhos, utilizando apenas os movimentos e 
peso do próprio corpo) surgiu no Brasil em 1893 com a Associação Cristã de Moços (ACM), motivando 
diretamente o trabalho de ginástica localizada. Os objetivos de sua prática eram o desenvolvimento da 
eficiência mecânica e a coordenação neuromuscular (algo semelhante com os treinamentos funcionais 
feitos atualmente), além de propor uma correta postura corporal (hoje temos o pilates).
Perceberam a similaridade dos exercícios calistênicos e as atuais propostas de exercícios?
 Lembrete
A calistenia é uma prática iniciada na década de 1970. Nenhum 
equipamento é usado, somente as possibilidades de movimentos corporais 
e o próprio peso corporal.
68
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
7.2 Breve histórico das academias de ginástica
O Conselho Federal de Educação Física (Confef) aponta que o número de academias no Brasil 
aumentou em 21 vezes. Em 2000 existiam 769 registradas, já em 2010 esse número subiu para 16 mil, 
segundo o Confef. Entre 2007 e 2012, havia 21.700 (CONFEF, 2015).
Em outro levantamento feito pelo Sebrae (2014), o Brasil segue rapidamente para alcançar o primeiro 
lugar. Hoje perde apenas para os Estados Unidos, que apresenta 29.960 empreendimentos – contra 
21.760 do Brasil. Porém, enquanto no Brasil a porcentagem do número de academias subiu 29% entre 
2009 e 2012, nos Estados Unidos, são praticamente estáveis no mesmo período (CONFEF, 2015).
Décadas atrás, as academias de ginástica eram frequentadas massivamente pelos homens. Os 
centros de treinamento ofereciam quase que exclusivamente práticas de musculação, ou, como se 
denominava na época, halterofilismo. As mulheres praticavam outras modalidades separadamente. 
Os locais eram chamados de instituto de modelação física, centros de fisiculturismo, clubes de 
calistenia, entre outros. No início dos anos 1980, esses locais vieram a se chamar academias de 
ginástica (FURTADO, 2009).
Figura 14 
Vamos fazer uma breve passagem pelas principais referências pelas quais sofreu a academia de 
ginástica até os dias atuais?
Na década de 1970, o Dr. Kenneth Cooper desenvolveu uma forma de medir o condicionamento 
cardiovascular dos militares, que era conhecido como Teste de 12 minutos ou Teste de Cooper. 
Iniciava-se a prática do cooper.
Nas academias, as mulheres praticavam a ginástica rítmica e a calistenia, já os homens faziam o 
levantamento de peso (halterofilismo). 
Apenas no início da década de 1980 as salas de ginástica começaram a ser frequentadas por homens 
e mulheres. Um dos motivos foi o surgimento das aulas de aeróbica. Segundo a Aerobic and Fitness 
Association of American (Afaa), é um tipo de treinamento que exige a movimentação dos membros 
69
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
superiores e inferiores, com deslocamentos, saltos, chutes, entre outros, a fim de aumentar a sobrecarga 
do sistema cardiovascular. A estrutura das aulas apresentava:
• Parte inicial: dispunha de 5 a 10 minutos de movimentos sem deslocamentos para elevar a 
frequência cardíaca inicial, bem como alguns exercícios de alongamento.
• Parte principal: saltos, saltitos, polichinelos, deslocamentos por todo o espaço físico da sala, chutes, 
entre outros, eles deixavam as aulas motivadoras e intensas. As músicas alegres tinham repertório 
antigo e atual. Os professores eram um show à parte. Incentivavam os alunos com orientações 
verbais e visuais. As combinações de movimentos indicadas formavam uma coreografia, que, no 
fim, era executada com grande energia.
• Parte final: composta de movimentos mais leves, em um ritmo mais lento, com o intuito de baixar 
a frequência cardíaca. Depois são feitos alongamentos de membros inferiores e superiores.
Vastos eram os benefícios das aulas de aeróbica, entre eles, podemos destacar:
• Fisiológicos:
— diminuição do percentual de gordura;
— melhoria e prevenção de problemas no sistema cardiovascular e cardiorrespiratório;
— promoção de bem-estar e saúde;
— aperfeiçoamento das capacidades físicas.
• Motores:
— avanço nas capacidades motoras (coordenação, agilidade etc.);
— prevenção de problemas e vícios posturais;
— ampliação do domínio espacial;
— avanço das habilidades motoras específicas;
— aumento da percepção e do reflexo.
• Socioafetivos:
— estimular a convivência em grupo;
— incrementar a relação professor-aluno;
— adquirir novos valores sociais.
70
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
• Psicológicos:
— aumento da autoestima;
— combate ao estresse;
— adquirir hábitos de higiene e saúde;
— benefícios no desempenho sexual;
— maior percepção do corpo.
A aeróbica começou a sofrer grande perda de frequentadores nas aulas devido ao alto número 
de lesões de seus praticantes. Suas aulas apresentavam, na grande maioria, forte grau de impacto. 
Mesmo aquelas que eram compostas de baixo impacto (chamadas de low impact) não conseguiram 
manter muitos alunos. Além disso, novas aulas que surgiram na época tiveram a preferência pelos 
frequentadores, que aos poucos abandonavam as aulas de aeróbica.
Nesse período, as mulheres passam a frequentar as salas de levantamento de peso, hoje designadas 
como salas de musculação.
Nos anos 1990 as aulas de step eram as preferidas nas academias, e elas substituíram as de aeróbica. 
Conversaremos mais sobre a prática do step a seguir.
Outra modalidade que surgiu nessa época e que permanece forte foi o spinning, também conhecida 
como bike class ou ciclismo indoor. 
 Observação
A década de 1990 também ficou notabilizada pelo aparecimento de 
uma nova tendência para o mercado: o treinamento personalizado.
 Entre o término da década de 1990 e o início dos anos 2000, as academias de ginástica tiveram a 
introdução das chamadas aulas pré-coreografadas. 
A Body Systems e a Radical Fitness são as grandespioneiras dessa proposta, que ainda hoje se 
mantém no universo das academias.
A Body Systems Latin America, sediada na cidade de São Paulo, é uma empresa 
franqueadora que comercializa no Brasil e América Latina programas de ginástica 
em grupo produzidos e distribuídos no mercado mundial de academias pela Les 
Mills Internacional [...] Tendo definido os programas a serem implantados, passo a 
passo, o franqueado deve escolher os professores que serão treinados, apresentar 
o sistema em reunião com os funcionários, entrar em contato via Central de 
71
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
Atendimento para agendar o treinamento inicial e divulgar o programa junto 
a sua clientela. Com avaliação e acompanhamento de todo o processo de 
implantação da franquia, a Body Systems promete às academias mão de obra 
qualificada, além de rentabilidade e segurança de investimento (GOMES; 
CHAGAS; MASCARENHAS, 2010, p. 172-174). 
Veja o texto a seguir:
Os fundadores e diretores da Radical Fitness, empresa Argentina, são Gabriela 
Leivas e Nathaniel Leivas, dois profissionais amplamente conhecidos na 
indústria mundial de fitness, não somente por seus êxitos técnicos, mas 
também por serem executivos de primeira linha em empresas muito 
destacadas do setor. No Brasil, a empresa é representada por Cida Conti, 
educadora física com mais de 30 anos de fitness, conhecida pelos mais de 
950 cursos ministrados em todo mundo e pela criação do primeiro programa 
de trampolim em todo mundo – o jump fit (QUEM..., 2016).
Assim, as academias de ginástica sofreram muitas transformações. O aumento da demanda pelos 
serviços prestados por elas cresceu. Tornaram-se um grande negócio, impulsionando outras capitais do 
País, que antes investiam em outras áreas, e estas passaram a arrojar-se no ramo. 
A exigências em se atualizar dentro de visões mais contemporâneas foram vitais para esse segmento. 
Com os estudos recentes, o novo perfil dos frequentadores e as novas situações relacionadas à saúde, 
enfim, houve grande necessidade de se adequar às particularidades do mercado. 
7.3 Atividade física versus exercício físico
Atividade 
física Exercícios
físicos
Figura 15 
A maior parte da população, e infelizmente também alguns professores, aplicam os termos atividade 
física e exercícios físicos como sinônimos, mas não são.
Afinal, o que se faz na academia? Atividade física ou exercício físico?
Você sabe?
Atividade física refere-se a todo movimento corporal produzido por músculos esqueléticos, 
provocando gasto de energia.
72
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
Assim, podemos pensar em atividades simples do cotidiano, por exemplo:
• levar o cachorro para passear;
• executar trabalhos de jardinagem;
• lavar o carro e a calçada;
• fazer uma faxina;
• subir escadas, preterindo o elevador;
• ir a pé ao trabalho em vez de ir de carro, entre outras ações.
Figura 16 
Já os exercícios físicos representam uma sequência planejada de movimentos repetidos 
sistematicamente, com o objetivo de elevar o rendimento do homem. 
Entre as diversas aulas, citamos: corrida, musculação, bike indoor, natação, pilates etc.
Figura 17 
73
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
Então, na academia, são praticados exercícios físicos, e não atividade física.
É crucial ressaltar a importância da prática dos exercícios físicos não apenas para o domínio físico, 
mas também para o domínio cognitivo. Existem benefícios para a área intelectual, pois o sistema nervoso 
central sempre será solicitado para a prática das atividades. A melhora na técnica ou a aquisição de um 
novo gesto possibilita ao cérebro e suas propriedades maior desenvolvimento.
Figura 18 
Cérebro
Bulbo
Nervos
Cerebelo
Medula 
espinhal
Figura 19 
 Observação
Todo exercício físico é uma atividade física, mas nem toda atividade 
física é um exercício físico.
74
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
7.4 Perfis atuais dos frequentadores de academia
A figura a seguir apresenta nova proposta quanto aos frequentadores de academia de ginástica.
Fatores 
estéticos
Academia
Qualidade 
de vida Socialização
Figura 20 
As academias de ginástica são os centros de atividades físicas onde se presta um serviço de avaliação, 
prescrição e orientação de exercícios físicos, sob supervisão direta de profissionais de Educação Física 
(TOSCANO, 2001).
Como vimos, o público que atualmente busca se exercitar nas dependências de uma academia de 
ginástica pode ter diversos objetivos.
A imensa preocupação em manter ou adquirir saúde física, mental e social, vem da atual realidade 
que assola nossa época. Quadros de sedentarismo cada vez maiores contribuem para o aparecimento de 
doenças crônicas como obesidade, diabetes, depressão e hipertensão.
Figura 21 Figura 22 
Fica claro que a academia de ginástica passou a ser um centro para aplicação de uma ação primária 
de saúde, ou seja, a prevenção de quadros relacionados a doenças crônicas. Destaca-se, ainda, que os 
frequentadores também buscam por estética e maior socialização nesses locais. 
É importante que os profissionais que atuam nessas organizações saibam identificar o real objetivo 
que trouxe o cliente/aluno até lá. 
75
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
7.5 Fitness versus wellness
As academias de ginástica, ao escolherem seu modelo de gestão, optam por aqueles mais voltados 
ao fitness (a expressão mais completa é physical fitness), wellness ou um equilíbrio entre os dois.
Vamos entender esses dois modelos?
Fitness representa aptidão, welness, bem-estar.
O modelo fitness busca atingir ganhos associados a fatores estéticos fixados pela sociedade. 
Também tenta obter melhorias referentes às capacidades físicas em geral (força, resistência, velocidade, 
entre outras). Segundo Tahara, Schwartz, Silva (2003), a mídia (programas de televisão, revistas) parece 
contribuir para uma maior preocupação com as questões estéticas, pois a todo momento mostra corpos 
ditos como perfeitos e esculturais.
Já o modelo wellness está relacionado a um tipo de gestão voltado para o bem-estar e a saúde, 
estabelecendo uma atenção secundária aos fatores estéticos. 
Como relatamos, os propósitos dos frequentadores de academia ultrapassam fatores estéticos. A 
questão a ser analisada é a seguinte: a cada dez alunos que almejam a estética nesse local, um ou dois 
obtêm êxito. Esse “fracasso” pode levar seus alunos à desistência da prática e ocasionar rotatividade, 
fenômeno comum nesse ramo.
Apesar de o conceito de bem-estar já existir há algumas décadas, muitas 
academias insistem em aplicar o fitness como filosofia de seu negócio. Vendem 
ideais estéticos: emagrecer, ficar forte e definido. Tal modelo privilegia esses 
aspectos performáticos, e esse é um dos motivos que mais promovem a 
rotatividade. [...] Fica difícil manter os clientes se, de cada dez, nove vão embora 
infelizes. Quem vende um produto predominantemente estético cria um vínculo 
com essas características. Se a expectativa não for atendida, de preferência o 
quanto antes, ocorre o abandono. Portanto, academias que se limitama vender 
modelos estéticos promovem a rotatividade, já que poucas pessoas conseguem 
esse resultado num curto espaço de tempo (SABA, 2012, p. 42).
Fitness
Wellness
Figura 23 
Os dois modelos merecem atenção. Entretanto, é vital esclarecer ao aluno que busca os 
fatores estéticos como principal objetivo que o processo é, para muitos, bem difícil e demanda 
muita paciência. 
76
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
A figura a seguir representa a inserção do modelo fitness no wellness, ou seja, quando se almeja 
primariamente a saúde, fatalmente os fatores estéticos poderão ser alcançados (claro que dentro das 
características genéticas do aluno). Todavia, quando se busca como meta os modelos relacionados a 
ganhos estéticos ou performáticos, não necessariamente esses ganhos serão conquistados junto a 
benefícios de saúde.
Fitness
Wellness
Figura 24 
Infelizmente, algumas estratégias empregadas para atingir os objetivos estéticos fogem às linhas 
éticas quanto à conduta e à saúde. O uso de anabolizantes para acelerar os limites genéticos é muito 
comum. Estimulantes que diminuem a sensação de fadiga, melhorando o grau de alerta, podem 
aumentar a competitividade e a hostilidade. Exemplos: efedrina, anfetaminas, cafeína etc. Tudo pelo 
preço de alcançar resultados estéticos em curto prazo.
Hoje, no panorama internacional, o consumo de esteroides anabólicos androgênicos (EAA) sem 
prescrição médica chegou a proporções alarmantes, atingindo outros segmentos da população, inclusive 
estudantes de Ensino Médio (SILVA; MOREAU, 2003).
7.6 Qualidade de vida
Para muitas academias, será preciso uma mudança de filosofia, pois há grande necessidade em elas 
se adequarem aos objetivos dos atuais frequentadores. Na mídia, o surgimento de diversos programas 
sobre qualidade de vida impulsiona o indivíduo a buscar esse quesito nesses locais. O modo como 
vivemos contribui para uma baixa qualidade de vida populacional. Enfrentamos diversas condições 
facilitadoras para o estresse, temos uma alimentação inadequada, somos sedentários e nos falta tempo 
livre para dedicação à saúde. 
Para entender e gerenciar o bem-estar das pessoas, foi criado e publicado o Pentáculo do Bem-Estar. 
Essa estratégia ajuda a academia a centralizar a filosofia da empresa nessa questão. 
Saba (2012, p. 43) cita a estrela de cinco pontas representando estratégias para desenvolver o 
bem-estar. Foi elaborada pelo professor doutor Markus Vinicius Nahas em 2000.
77
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
Primeira: atividade física
Segunda: nutrição
Terceira: controle do estresseQuarta: comportamentos 
preventivos
Quinta: relacionamentos 
interpessoais
Figura 25 
7.7 Exercícios em jejum
Fazer exercício em jejum é bom? Auxiliará o indivíduo a perder mais peso? Parece que não.
Para fazer exercício por longo tempo, ou com alta intensidade, é preciso que nossos estoques de 
energia estejam altos. Se tivermos a preocupação de nos exercitar um tempo após ingerir alimentos 
ricos em carboidrato, o exercício será mais duradouro e assim a gordura poderá ser utilizada como fonte 
de energia durante ou após algum tempo do treinamento. Não é aconselhável ficar em jejum, pois os 
estoques de glicogênio muscular estarão baixos. Por conseguinte, a duração em especial a intensidade 
do exercício serão baixos, diminuindo os benefícios da atividade para subtrair a gordura corporal.
 Saiba mais
Os artigos a seguir destacam os efeitos de se exercitar em jejum:
SCHOENFELD, B. J. et al. Body composition changes associated with 
fasted versus non-fasted aerobic exercise. Journal of the International 
Society of Sports Nutrition, Londres, 11:54, 2014.
GILLEN, J. B. et al. Interval training in the fed or fasted state improves 
body composition and muscle oxidative capacity in overweight women. 
Obesity, Eua, v. 21, n. 11, nov. 2013.
7.8 Ética comportamental na academia de ginástica
Ética é um código de conduta social que visa ao bem. Alguns desses princípios dizem respeito a toda 
comunidade, por exemplo, não jogar lixo nas ruas. Outros são específicos para o segmento de academia 
de ginástica, entre eles, não vender bebidas alcoólicas nas lanchonetes, não vender ou incentivar o uso 
de anabolizantes, além de outras condutas associadas ao comportamento nas dependências do local.
78
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
Infelizmente, muitos frequentadores apresentam atitudes inadequadas, dificultando a convivência 
geral, tanto entre alunos como entre os funcionários.
Existe um padrão de ética desse público-alvo. Para manter boa imagem e bom relacionamento, 
deve-se respeitá-lo. Destacamos a seguir algumas considerações:
• Cumprimentar as pessoas: não é preciso ficar conversando, mas cumprimentar, chamar o aluno 
pelo nome, pois isso mantém um laço natural de confiança e alto-astral no ambiente.
• Utensílios suados: quando suar bastante na aula, deve-se levar uma toalha ou higienizar os 
aparelhos com álcool após o uso. Oriente seus alunos para tal exigência.
• Guardar as anilhas e pesos após o uso: você não estudou boa parte da vida em uma universidade 
para ser guardador de peso de alunos mal-educados. Informe a todos que é obrigatório organizar 
o que foi utilizado.
• “Alugar” o equipamento: fazer revezamento do aparelho é necessário, sobretudo quando a 
academia tem poucos aparatos. Esclareça isso aos alunos.
7.9 Classificação do aluno quanto sua treinabilidade
Os professores devem identificar o nível de condicionamento do aluno. Essa divisão, segundo 
Evangelista e Macedo (2015, p. 39-40), ressalta a seguinte ordem quanto às características:
• Iniciantes: como apresentam baixo nível de condicionamento físico, pequenos estímulos serão 
suficientes para provocar os processos de adaptação. Recomenda-se uma frequência de duas a 
três vezes por semana, entre 20 e 60 minutos de duração da sessão de treino. Grande atenção 
para não haver sobrecarga no treino.
• Intermediários: têm mais experiência na execução dos exercícios quando comparados aos alunos 
iniciantes. Estão prontos para estímulos mais desafiadores quanto à sobrecarga e à complexidade 
de execução de determinadas práticas. A frequência mínima deverá ser pelo menos de três vezes 
por semana, com duração das sessões entre 30 e 60 minutos.
• Avançados: possuem muito conhecimento sobre os exercícios mais complexos. Um detalhe importante 
nessa fase é quanto ao grau de adaptação, que é bem lento. Para o aluno avançado, serão necessários 
maiores diversidades na aplicação dos exercícios e sobrecargas para gerar maior nível de adaptação. A 
frequência poderá ser diária e as sessões de treino ficarão entre 45 a 60 minutos.
7.10 Princípios do treinamento aplicado ao aluno
Entre os diversos princípios de treinamento existentes, daremos maior atenção a três 
deles, o princípio da individualidade biológica, da adaptação e da sobrecarga (EVANGELISTA; 
MACEDO, 2015).
79
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
7.10.1 Princípio da individualidade biológica
O genótipo (características genéticas) e o fenótipo (influências externas) devem ser analisados. 
O planejamento dos exercícios devem respeitar as peculiaridades do indivíduo. É preciso verificar a 
classificação do indivíduo quanto ao nível de condicionamento físico, possíveispresenças de doenças 
crônicas, desvios posturais ou limitações funcionais.
7.10.2 Princípio da adaptação
Os estímulos promovidos pelos exercícios estimulam adaptações fisiológicas no organismo. Alteram 
o equilíbrio homeostático, gerando as adaptações agudas e as adaptações crônicas.
7.10.3 Princípio da sobrecarga 
As cargas de treinamento devem ser aplicadas de forma progressiva, respeitando a melhora 
constante da aptidão física do aluno. As variáveis que compõem a sessão de treino (volume, série, 
repetições, entre outras) devem ser analisadas pelo professor, que vai agregá-las ou retirá-las nos 
momentos adequados, promovendo ganhos e evitando lesões. 
 Observação
As adaptações agudas referem-se às adequações ocorridas durante 
a sessão. Já as adaptações crônicas estão associadas aos ganhos com o 
passar do tempo.
7.11 Estrutura física da academia de ginástica
A etrutura das academias tradicionais costuma ser dividida em sala 
de musculação e treinamento cardiovascular, salas de aulas coletivas, 
conjunto aquático, quadras esportivas, setor de avaliação física e médica, 
que faz parte dos serviços de apoio, assim como orientação nutricional, se 
houver. Além disso, há as áreas comuns: recepção, vestiários para alunos, 
sala de manutenção, banheiro e vestiário para professores e funcionários, 
lanchonete ou restaurante (quanto mais temático, melhor) e, às vezes, uma 
sala de recepção para crianças. Alguns desses locais merecem uma análise 
mais detalhada (SABA, 2012, p. 85).
Ao planejar o espaço, o ideal é que essa função seja feita por profissionais competentes e 
que estejam familiarizados com a realidade de uma academia. Por exemplo, quando na estrutura 
opta-se em ter muitas paredes de vidro em vez de paredes de concreto para separar as dependências 
das salas de aulas coletivas. Essa exposição pode ser um fator de constrangimento para muitos 
alunos iniciantes, que executam os exercícios de modo incorreto. 
80
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
7.11.1 Sala de musculação
A prática da musculação é considerada o carro-chefe das academias. Então, cuidado com os 
equipamentos. Estes devem ter qualidade, beleza e marca, atraindo os clientes. Sem dúvida, isso pode 
ser decisivo.
A divisão de uma sala de musculação normalmente respeita a seguinte ordem: o local de pesos livres, 
a área de maquinário e o ambiente cardiovascular.
Mais atualmente, pequenos espaços destinados aos exercícios funcionais são montados nas salas de 
musculação, pois muitas possuem áreas inutilizadas, e essa proposta pode ser bem-vinda.
Cuidados com o piso no local de pesos livres. Pisos não adequados podem trincar e quebrar com a 
queda ou frequente contato com os halteres e anilhas. A ventilação e a iluminação são vitais, sobretudo 
em estações mais quentes. 
A entrada de crianças na sala de musculação deve ser proibida. O risco de acidentes com pesos e 
nas máquinas é alto, além de existir grande risco de elas se chocarem com outros alunos executando 
os exercícios.
Deve-se criar uma cultura de organização e limpeza. Alunos que transpiram muito devem usar uma 
toalha e limpar os aparelhos após o uso. Como vimos, cabe ao professor do setor criar a política de 
comportamento para que todos sigam tal medida.
Música e aparelhos de TV são estratégias fantásticas e necessárias ao setor, principalmente as TVs 
no setor cardiovascular, mas é preciso ter cuidado com o volume alto. Outro detalhe ocorre quanto ao 
gosto musical. Determine os estilos musicais clássicos de academia, não tente agradar a todos. Será 
praticamente impossível.
Destacamos a seguir os erros mais comuns:
• Cuidado com o leiaute dos aparelhos. A distribuição dos utensílios deve ocorrer de forma a não 
constranger seus praticantes. Por exemplo, a cadeira flexora de frente para o espelho expondo 
regiões íntimas.
• Os espaços entre os aparelhos não devem ser muito pequenos para evitar o choque dos 
alunos durante o deslocamento pela sala. Joelhos e canelas sofrem em espaços entre os 
aparelhos inadequados.
• As distâncias entre os equipamentos cardiovasculares também não podem ser muito estreitas. 
Durante a prática, o suor de um aluno pode ser bem desagradável para quem está usando os 
aparelhos ao lado.
81
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
7.11.2 Personal trainer
O setor de personal trainer poderá utilizar a sala de musculação ou, se possível, e mais recomendável, 
ter uma sala própria para os clientes que pagam por essa modalidade.
Em geral a sala é alugada ao professor. Os valores são estipulados pela academia, não podendo 
ter diferenciação entre um profissional e outro. Cabe ao responsável da área e à equipe de personal 
estipularem um teto máximo que será cobrado, não interferindo no valor do aluguel da sala. 
O uniforme deve ser diferenciado. É interessante haver um modelo ou cores diferentes nos trajes dos 
professores que atendem no espaço de musculação, assim será fácil para o cliente identificar quais são 
os profissionais que estão atuando naquele momento lá. Lembre-se de que você não poderá dar atenção 
a outros alunos, apenas ao seu aluno de personal. 
7.11.3 Piscina
As atividades aquáticas são bem valorizadas, mas não é toda academia que possui esse setor. Por ser 
uma prática extremamente benéfica à saúde, possuir piscinas é um grande diferencial.
Segundo Saba (2012), é fundamental que os cuidados com esse setor sejam constantes. 
Tradicionalmente, as piscinas são feitas de alvenaria e suas dimensões são de 12,5 m por 25 m (medida 
semiolímpica). Contudo, muitas piscinas possuem tamanhos diversos deste.
Quando se pensa em aprendizado na natação, a profundidade é vital. Se for muito grande, 
interfere no exercício de crianças. O ideal é que sua dimensão varie entre 1,35 m e 1,50 m para aulas 
de hidroginástica. Caso o piso tenha declínio, a orientação é variar o piso entre 1,55 m e 1,65 m, 
aumentando a profundidade no local onde ficam os blocos de largada.
A filtragem e o aquecimento também devem ser planejados. As filtragens existentes no mercado 
utilizam cloro, sal marinho ou ionização. O filtro pode ser um aspirador ou do tipo que fica ligado 24 
horas. Todos os sistemas existentes possuem prós e contras.
A temperatura das piscinas apresentam recomendações conforme a prática e a faixa etária dos 
alunos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda:
• para bebês: 32 °C;
• hidroginástica: entre 28 a 30 °C;
• natação: 27 a 28 °C.
É imperioso haver pisos antiderrapantes nas dependências das piscinas e nos vestiários. Caso os pisos 
não sejam desse modelo, deve haver estruturas plásticas sobre os pisos, ideais para áreas de piscina.
82
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
O trajeto entre a piscina e os vestiários deve ser direto. Se a academia não possuir tal armação, o 
risco de desistência pela prática em tempos frios será alto.
A acessibilidade deve ser excelente. A clássica escadinha não resolve esse critério. Corrimões, rampas 
de acesso e até elevadores são desejáveis, de acordo com o público. O meio líquido é uma prática muito 
procurada por boa parte do público-alvo.
Cobrir a piscina quando ela não for utilizada ou de um dia para outro é uma estratégia para manter 
a temperatura e reduzir os gastos. 
 Entre os erros mais comuns, acentuamos:
• piscina suja;
• piso no local da piscina não ser antiderrapante;
• caminho entre a piscina e os vestiários ser aberto.
7.11.4 Salas de aulas coletivasGrande parte das academias de ginástica não apresenta mais do que duas salas para as aulas 
coletivas. Na maioria delas, os utensílios de várias modalidades ficam guardados nos cantos ou laterais 
das salas. Na hora da aula, deslocam-se os materiais para o centro da sala. 
O mais indicado seria que cada tipo de aula tivesse seu espaço (sala de lutas, setor funcional, sala de 
personal, de bike class, de dança etc.), realidade presente apenas em lugares de grande porte. 
É necessário que a sala tenha estrutura para guardar de forma organizada os equipamentos 
(pesos, colchonetes, plataformas, elásticos etc.). Aparelhos largados dão a impressão de 
desorganização e falta de limpeza. Infelizmente esse é um erro muito comum em grande parte 
das salas de ginástica.
O aparelho de som é outro utensílio importante. A dica é que ele seja do tipo profissional, com mesa 
amplificadora, entrada para USB, microfone, entrada auxiliar, entre outras ferramentas mais modernas. 
Os aparelhos domésticos, empregados em especial nas pequenas academias, geram muitos problemas 
de manutenção. Outro empecilho é a falta de cuidado dos professores e funcionários da equipe de 
limpeza ao manuseá-los. 
É constrangedor para o professor atrasar uma aula devido a um som danificado. Após seu uso, ele 
deve verificar o aparelho, certificando-se de que está apto a ser utilizado novamente. 
O sistema de ventilação deverá ser adequado. Podem ser fixados ventiladores, exaustores, 
ar-condicionado etc.
83
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
O piso da sala deve ser apropriado. Da mesma forma que no setor de pesos livres na musculação, é 
preciso ser resistente, evitando danos com a queda de utensílios no chão.
Espelhos são essenciais nas salas de aulas coletivas. Aproveite o máximo possível das paredes laterais. 
Os espelhos garantem uma boa visualização aos alunos quando estiverem fazendo os exercícios, e o 
professor poderá corrigir algum movimento errado. Além disso, dão uma sensação de maior espaço do 
ambiente, contribuindo para a estética do local.
Um palco na sala de aula deixa o ambiente mais propício à correção feita pelo professor, promovendo 
maior visibilidade. É um item que merece ser pensado.
A manutenção, higienização e limpeza dos aparelhos devem ser feitas nos intervalos das aulas. Há muitos 
posicionamentos de exercícios próximos ao solo. Um chão sujo certamente provocará reclamações.
Erros mais comuns:
• volume da música muito alto;
• sala desarrumada e sem estrutura para guardar os equipamentos de ginástica;
• controle de som inadequado ou muito distante do palco onde fica o professor;
• limpeza ruim ou feita em momentos inapropriados.
7.11.5 Área cardiovascular
Figura 26 
Esteiras, bicicletas estacionárias, simuladores de escadas e elípticos são alguns dos utensílios mais 
procurados nesse setor em academias.
Como muitos utilizam essa área, é uma das que apresenta mais adversidades, principalmente se 
existem poucos maquinários. Algumas dicas são fundamentais para evitar problemas:
84
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
• Não deixar essa área abandonada: como em grande parte das academias essa setor se encontra 
próximo ao espaço de musculação, os professores sempre devem verificar quem está nos 
equipamentos, se necessitam de ajuda para utilização, quanto tempo estão lá etc.;
• Quesito higienização: deve ser impecável. Determine horários estratégicos para a limpeza. Como 
citamos, existem alunos que transpiram, e muito. Pequenas toalhas para secarem-se são essenciais. 
• Quanto à disposição dos aparelhos: o espaço adequado entre eles deixa o ambiente confortável 
para os alunos praticarem os exercícios. Se ficarem muito próximos, geram transtornos na 
movimentação pela sala, dificultam o auxílio do professor aos alunos e ainda há o inconveniente 
de respingos de suor nas pessoas.
• Televisão e som ambiente: esse é um setor estratégico, principalmente para a televisão. É preciso 
ter cuidado com o tipo de programação exibida e o tipo de som. Agradar a todos é impossível.
• Tempo de uso do equipamento: caso a quantidade dos utensílios seja menor do que a de alunos, 
algumas estratégias são necessárias. Por exemplo: 
— em horários de pico, fixar um tempo de uso de 30 minutos;
— oferecer, nos horários de pico, aulas coletivas que tenham propostas mais aeróbias, desafogando 
os utensílios do setor cardiovascular;
— disponibilizar aulas de corrida e caminhada em área externa (parques, espaços abertos) próxima 
à academia.
7.11.6 Equipamentos
É óbvio que todo proprietário de uma academia de ginástica quer comprar os melhores e mais 
avançados artigos do mercado fitness. Porém, a realidade pode ser outra, e, na hora da escolha, o preço 
poderá pesar mais do que a qualidade do produto.
Em curto prazo pode parecer uma vantagem, mas a máxima “o barato sai caro” é totalmente 
verdadeira. Não podemos nos esquecer de que o uso desses equipamentos é constante, e em médio ou 
longo prazo isso pode pesar no bolso. 
Antes de decidir, é preciso observar as dimensões dos artigos (largura, 
comprimento e altura), os programas que oferecem, a resistência, o nível 
de esforço, a voltagem, o peso total do equipamento, a facilidade de 
manuseio do display, os sistemas de segurança e a ergonomia: nenhum 
aparelho deve causar prejuízo por má postura. [...] De modo geral, os centros 
esportivos oferecem máquinas de musculação, aparelhos cardiovasculares 
e, eventualmente, spinning e pilates, que estão conquistando cada vez mais 
uma legião crescente de praticantes (SABA, 2012, p. 95).
85
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
7.11.7 Vestiários
O vestiário deve possuir um espaço confortável, pois é um local onde a intimidade será exposta. Além 
do conforto, os frequentadores devem se sentir seguros, por isso armários rotativos são necessários. Uma 
opção interessante é alugar armários. Oriente aos alunos a levar cadeados, caso a academia não forneça.
Locais reservados com boxe, bancadas, tomadas, secadores de cabelos, balança e espelhos facilitam 
as coisas para o cliente, pois muitos vão para o trabalho após o treino. Sauna e serviço de toalhas são 
propostas geralmente para as grandes instituições. 
7.11.8 Setor de limpeza
Independentemente do tipo de público que a academia apresenta, todos procuram duas coisas em 
especial: ser bem atendido e um lugar limpo.
Os colaboradores do setor de limpeza devem exercer suas funções nos momentos adequados e com 
alta qualidade. Segundo Marynês (2005), seus integrantes devem:
• executar a limpeza geral do local;
• informar os superiores sobre as necessidades de materiais apropriados;
• exercer outras atividades correlatas;
• ter conhecimento sobre técnicas da área de limpeza;
• ter educação, ser persistentes, detalhistas e cuidadosos.
7.11.9 Recepção
Esse setor deve ser bem planejado para promover conforto ao potencial cliente que busca informações 
sobre sua academia. A dica é que exista um balcão inicial para atendimento do cliente, e outro local, este 
mais reservado, com mesas e cadeiras, para fazer a negociação. 
As pessoas não têm chance de causar uma boa impressão duas vezes. Os atendentes precisam superar 
as expectativas do cliente. Uma impressão negativa mandará o indivíduo embora, e nunca mais desejará 
retornar. Uma impressão que não agrega nada, ou seja, nula, também não é interessante. Entretanto, se 
o local superar as expectativas,você cria encantamento. É o cartão de visita da academia.
Em muitos locais a recepção tem dupla função, recepcionar e vender. Por isso, na hora de vender, 
é vital que o colaborador fique atento às pequenas informações dadas pelos visitantes. Fazer muitas 
perguntas para obter informações claras é uma boa estratégia, para depois oferecer algo. Ser proativo é 
fundamental. Não basta ser eficiente, é preciso ser eficaz.
86
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
Por fim, deve-se ter cuidado com a organização. Papéis e pastas espalhadas pela bancada dão uma 
conotação ruim e falta de comprometimento com os serviços prestados. A ordenação do local contribui 
para a sensação de bem-estar tanto para os clientes como para os colaboradores que trabalham no local.
7.12 Modelo integrado de atendimento
Manter a qualidade requer um conjunto de características de desempenho de um serviço prestado. 
Devem-se atingir as expectativas dos clientes e muitas vezes superá-las. 
Para isso, é necessário que todos os setores de recepção da academia funcionem como se fossem 
apenas um. Chamamos isso de modelo integrado de atendimento.
7.12.1 Situações negativas para a permanência do aluno na academia
Pequenas situações podem, aos poucos, ir minando o interesse do aluno em permanecer na academia. 
Detalhes têm um reflexo muito grande para o aluno. Um ambiente com desrespeito, desorganização e 
falta de comprometimento causam a desistência do aluno, gerando rotatividade no local.
Segundo Pereira (2005, p. 185-186), essas situações podem aparecer de diversas formas:
• “Você esqueceu a senha de novo?” (recepção para o aluno).
• “Você vive atrasado...”. (professor para o aluno tímido ou ditador).
• “Oi, Mary. Desculpe... Lúcia!” (esquecer o nome do cliente).
• “O som quebrou de novo.” (professor para o aluno).
• “Esqueci o CD da aula.” (professor para o aluno).
• “Desculpe o atraso.” (várias vezes – o professor para o aluno).
• Rolos de cabelo pela sala.
• Colchonetes sujos.
• “Você não entendeu o que expliquei?” (chefe chamando a atenção do colaborador na frente 
do cliente).
• “São normas da academia.” (recepção para o aluno).
• “Não posso agora, estou ocupado.” (professor para o aluno).
• Cliente cumprimenta e ninguém responde.
87
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
• Chuveiros que não esquentam com frequência.
• Professor sempre atrasado ou que falta muito. 
A evolução dos exercícios continua. Estudaremos as antigas, mais ainda muito praticadas, e as novas 
tendências de exercícios propostos pelas academias de ginástica. 
 Observação
O mau atendimento é o principal motivo que leva o aluno a sair de uma 
academia de ginástica.
7.12.2 Ações para obtenção de resultados
Saba (2012) classifica quatro ações (chamadas pelo autor de pilares) para que a academia de ginástica 
obtenha resultados satisfatórios quanto aos resultados.
• atendimento;
• venda;
• liderança;
• primeiras e segundas intenções do cliente.
No atendimento, a maior preocupação do recepcionista quando um visitante deseja conhecer a 
academia é que ele feche um plano oferecido, tornando-se aluno. A partir daí, ocorre um clássico erro 
por parte da grande maioria desses espaços. O aluno se torna apenas mais um.
Mesmo após o aluno se matricular, o atendimento oferecido deverá ter a mesma qualidade. Tal ação 
não cabe somente ao setor de recepção, todos devem ser cordiais, inclusive o proprietário do local.
No quesito vendas, duas coisas são necessárias para entender esse conceito. Primeiro é que todos da 
academia participem da venda. Apesar de a recepção e dos consultores de vendas serem os responsáveis 
diretos por esse processo, todos os colaboradores participam efetivamente. Manter o encantamento 
criado inicialmente é missão diária da equipe. 
De acordo com Saba (2012), frequentemente, o cliente faz comparações positivas e negativas 
quanto a alguns serviços oferecidos pela instituição. Por exemplo, se estaciona o carro facilmente. Se 
sim, ponto positivo. Encontrar o vestiário limpo. Se não, ponto negativo. Ao fim do dia, essa somatória 
precisa ter mais pontos positivos do que negativos. Contudo, esses e vários outros aspectos podem 
pesar mais para uns do que para outros. O autor ainda destaca que um ponto negativo muitas vezes 
pode supera dez positivos.
88
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
A liderança tem papel fundamental para alcançar os objetivos propostos. O sucesso do negócio 
depende da habilidade do proprietário em influenciar pessoas, fazendo com que trabalhem com 
entusiasmo e promovendo o bem comum. Muitos pesquisadores dizem que delegar é manter o poder de 
decisão o mais próximo possível da ação. Para tal, o profissional deve ter requisitos técnicos e condições 
emocionais. De pequeno, médio ou grande porte, cada academia classifica o líder segundo uma escala 
hierárquica: encarregado, líder de turma, líder de time, mestre, supervisor, gerente. Enfim, seja qual for 
o título atribuído pela academia àquele que lidera, ele nada mais é do que um colaborador que recebe 
delegação de autoridade para atingir um time, sendo responsável pelos trabalhos dessa equipe. O papel 
do líder é de extrema importância, pois ele, ou o supervisor, além de dar ordens e comandar um time, é 
o representante dos funcionários perante a chefia (PEREIRA, 2005).
Na qualidade de atendimento, é necessário liderança para mudança. O líder deve fazer com que 
todos trabalhem juntos e focados para atingirem as metas fixadas. 
Você, líder, é um ótimo exemplo para as pessoas que trabalham para você? Você deve ser exemplo, 
cada vez mais dedicado e determinado. 
É pontual? Como cobrar a pontualidade dos professores e colaboradores se você não é pontual nas 
reuniões e horário de seu trabalho?
 Saiba mais
Os filmes a seguir abordam o tema liderança: 
SOCIEDADE dos poetas mortos. Dir. Peter Weir. EUA: Touchstone Pictures, 
1989. 128 minutos. 
COACH carter – treino para a vida. Dir. Thomas Carter. EUA: Couch 
Carter, 2005. 136 minutos.
Sobre as primeiras e segundas intenções do cliente, destacamos que o setor de vendas deve 
fazer um diagnóstico para identificar quais são os objetivos do cliente (não só este setor, mas todos 
os espaços). 
Por que realmente as pessoas iniciam a prática de exercícios físicos e o que as estimula a continuar? 
Como acentuamos, as intenções dos clientes podem ser resumidas em três: saúde, estética e fatores 
socioafetivos, e normalmente uma delas acaba se sobressaindo. 
Se, por exemplo, a meta de quem entra na academia for a estética, essa busca está diretamente 
ligada à aceitação da sociedade, que cobra um perfil corporal dito ideal por grande parte das pessoas. 
Quando alguém almeja melhorar a saúde, encontra indivíduos com a mesma proposta lá. Os ganhos nas 
questões associadas ao ciclo de amizades são também alcançados.
89
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
As academias são um grande centro de relacionamentos, e, de forma geral, muitos buscam algo 
em comum. A partir do momento em que são identificadas as reais expectativas dos alunos, essas 
informações ajudam o gestor a optar por ações de manutenção e aquisição de seus clientes.
7.13 Marketing
Representa uma série planejada de ações que têm por objetivo “despertar e manter o interessedas 
pessoas pelos seus serviços”, estando associado à emoção da compra ou à emoção de venda. É um plano 
estratégico que visa realizar uma meta. Como vender mais, utilizando muita imaginação e criatividade. 
É necessário grande quantidade de “ações” de marketing (PEREIRA, 2005, p. 85).
Como o marketing está vinculado a questões emocionais, suas propostas têm o intuito de fazer com 
que os pensamentos criem sentimentos que promovam comportamentos.
Duas importantes linhas de raciocínio quanto ao marketing são gerar o marketing de aquisição e o 
de aderência.
• Marketing de aquisição: a meta é conquistar novos alunos à academia. Exemplo: eventos, aulas 
especiais nas quais será possível trazer convidados, aulas abertas etc.
• Marketing de aderência: o objetivo é sempre causar encantamento nos alunos já matriculados. 
Exemplo: utilizar nosso vasto calendário nacional, cheio de datas comemorativas para fazer aulas 
temáticas, criar brindes, aulas especiais etc.
7.14 Aderência versus retenção 
Para muitos, essas palavras são consideradas sinônimos. Contudo, para o ramo de academias, temos 
de entender que possuem significados diferentes. 
Inicialmente, temos a aderência como uma linha de estudo. Os primeiros estudos tentavam 
assimilar por que os alunos entram, continuam e saem das academias. Nessas pesquisas, identificou-se 
que os indivíduos que permanecerem pelo menos seis meses na prática de exercícios físicos estarão 
aderidos à prática de exercícios. O motivo são os benefícios biológicos e fisiológicos alcançados. O risco 
de desistência pela prática passa a ser menor.
Já a retenção simboliza as ferramentas e as ações que colaboram em promover a aderência 
dos alunos nesses locais. São inúmeras: atendimento, limpeza, preço, local, estacionamento, 
infraestrutura etc.
7.15 Retenção versus rotatividade
Qual seria a proposta de sua academia?
Há duas filosofias possíveis para se trabalhar. As instituições que almejam a retenção deverão se 
preocupar com vários fatores, em especial com a infraestrutura e o atendimento.
90
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
Quanto à infraestrutura, é essencial fazer um bom projeto, bem como ter equipamentos 
e locais adequados. No tocante ao atendimento, é importante entendermos que a academia 
trabalha com serviço, ou seja, com pessoas. Então, deve-se promover o encantamento todos os 
dias em nossos clientes. 
Quando a filosofia de trabalho é a rotatividade, a academia não tem como objetivo a manutenção 
do aluno, mais sim renovações frequentes de clientes. 
 Observação
A rotatividade é um fenômeno no qual a saída de clientes é proporcional 
ou maior que a entrada de clientes. Assim, para quem opta por uma filosofia 
de trabalho de retenção, o fenômeno da rotatividade deve ser evitado. 
7.15.1 Desistência 
A desistência pela prática de exercícios pode apresentar múltiplos fatores, e há três entre os principais.
O primeiro relaciona-se a questões pessoais. Dependendo do histórico do cliente, ele não possui 
muita afinidade pela prática de exercícios. Por mais que sejam bem definidas as propostas e aplicações 
das aulas, isso nem sempre será um diferencial.
Outro quesito é o fator ambiental: como é o local onde são atribuídos os serviços prestados? A 
academia é adequada ao público? O atendimento é apropriado?
Por fim, temos o tipo de atividade física: será que a pratica é adequada ao aluno? Será que ele gosta 
de exercícios fortes demais? Muitas desistências ocorrem pela não afinidade com a prática escolhida. 
Exemplo: todos dizem que fazer o treinamento funcional é muito bom para emagrecer. Todavia, ele não 
gosta de sentir dor no dia seguinte. A tendência é interromper a prática.
8 OS PRODUTOS DA ACADEMIA DE GINÁSTICA
8.1 Aulas coletivas
As aulas coletivas apresentam estrutura única, independentemente da aula. Há três partes: inicial, 
principal e final.
A parte inicial promove um aquecimento corporal ao praticante, deixando-o pronto para os estímulos 
que ocorrem na parte principal da aula e previne lesões. Requer movimentos de diferentes amplitudes e 
de baixa complexidade. Exigem, ainda, o uso de aparelhos. Por exemplo, se a aula for de step, é preciso 
usar a plataforma nessa etapa. Sua duração, em uma aula de 1h, varia de 5 a 10 minutos. Você pode 
tocar uma música específica para o aquecimento.
91
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
A parte principal da aula é o corpo da aula. É momento no qual os estímulos para gerar as adaptações 
ocorrem. Cada tipo deve respeitar sua estrutura e utilizar estratégias diversas. A duração dessa fase, em 
uma aula de 1h, varia entre 40 e 45 minutos.
Já a parte final também é conhecida como “volta à calma”. Entre seus objetivos está baixar a 
frequência cardíaca, relaxar a musculatura, enfim, propor ao corpo e à mente um retorno à situação 
próxima ao início da atividade. Inclui movimentos leves, solturas e alongamentos. Utilize, se possível, os 
materiais para promover a volta à calma. Disponha músicas adequadas para essa etapa. A duração dessa 
parte, em uma aula de 1h, varia entre 5 a 10 minutos.
8.1.1 Elementos das aulas coletivas
Os elementos-chaves em aulas coletivas promovem maior autoestima e confiança aos praticantes, 
dos iniciantes aos mais avançados. 
Utilizar essas técnicas de ensino durante as aulas de sala ajudam o profissional a ter maior controle. 
Para os alunos, traz um maior entendimento sobre o que deve ser feito. É peça fundamental para gerar 
bons resultados, deixando suas aulas cada vez mais motivadoras.
Além de trabalhar com a musicalidade, potencializando a aula, tais itens ajudam a minimizar possíveis 
erros em trabalhos unilaterais, por exemplo, fazer mais repetições de um exercício com um dos lados.
Os elementos-chaves para aulas coletivas são:
• pré-coreografia;
• técnica;
• coaching;
• conexão;
• entretenimento.
Em relação à pré-coreografia, toda aula de ginástica deve ser pensada e repensada antes de ser 
executada. O planejamento deve ser elaborado com sugestões, opções de intensidade e variações de 
exercícios para os alunos iniciantes, exercícios que possam ser feitos pela maioria dos alunos, ou seja, o 
uso do bom senso do professor em sala de aula de ginástica é vital.
Na técnica, o professor deve ser exímio ao executar determinado movimento para que o aluno 
também o faça do mesmo modo. É fundamental que o professor, fora de suas aulas, treine o que aplicar. 
Efetuar um exercício de forma incorreta é péssimo para ele mesmo, pois poderá se machucar. Além 
disso, o aluno perde a confiança em seu instrutor.
92
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
No quesito coaching, deve-se estimular a criatividade em sala de aula a fim de evitar a monotonia. 
Treinar os comandos visuais e verbais é essencial. Como comando visual, deve-se cumprir o movimento 
de forma clara e perfeita, mudando de posição (ângulo) para que os alunos possam ver detalhes da ação 
ou gesticular para indicar um deslocamento por vir, com expressões faciais e corporais. No comando 
verbal, o professor deve ter voz clara e forte. Precisa descrever o movimento, dar dicas de segurança etc. 
Outro fator crucial é a antecipação do movimento, que pode ser feita por meio de comandos visuais ou 
verbais. Antecipar o que deve ser feito ajuda muito os iniciantes. 
Já o elemento conexão almeja aproximar o professor dos alunos positivamente. Destaca-se que o 
instrutor deve sempre olhar para os alunos, chamando-ospelo nome e mantendo um contato contínuo 
com eles. Isso facilita a comunicação entre ambos. 
O entretenimento é outro item que ajuda a aproximar o professor de seu aluno. Cantar e interpretar 
a música motiva bastante. Independentemente do tempo em que ele está praticando aquela modalidade, 
tem vontade de ficar até o fim e voltar sempre.
8.1.2 Musicalidade em aulas coletivas
A linguagem musical destaca elementos de forte relação com a linguagem corporal. Na prática de 
exercícios físicos, a vibração animada da música estimula o movimento a ser executado.
Você consegue imaginar, nos dias atuais, uma aula de exercícios sem um fundo musical? [...] Kate 
Gfeller, professora da Universidade de Iowa, realizou um estudo que examinou o comportamento 
de jovens adultos (entre 18 e 30 anos) com relação às suas atitudes e preferências musicais quando 
usadas em conjunto com atividades aeróbias. Seu estudo mostrou que 97% disseram que a música fazia 
diferença no desempenho apresentado. [...] Outras descobertas de seu estudo indicam que a música 
beneficia a atividade, seja aumentando a motivação, seja ajudando a manter o ritmo do exercício; o uso 
de musicas preferidas é essencial, pois o casamento entre a música e o gosto pessoal tende a facilitar a 
concentração ativa na atividade; a música escolhida deve favorecer o ritmo apropriado para coordenar 
os movimentos exigidos pela atividade; a música deve evocar associações extramusicais agradáveis, 
como as imagens vistas nos filmes Rocky ou Fama, nos quais os personagens superam as adversidades 
(ORTIZ, 1998, p. 222-223).
A música é expressa através do som, já o ritmo é a matéria-prima da música, apresentando força 
e energia, ora forte, ora fraca, entre os tempos que se seguem. O ritmo é a combinação de valores 
que se encontram em determinada ordem e que definem o gênero da música. Como proposta de 
interação entre as pessoas, a música é praticada conforme a cultura e geração específica de cada 
povo, sendo considerada como forma de comunicação que valoriza o ato criativo e a natural 
expressão do indivíduo. 
93
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
Figura 27 
 Observação
Há muitos relatos de que o som inicial da 5a sinfonia de Beethowen foi 
influenciado com a batida à porta de seu quarto no seguinte ritmo “pam, 
pam, pam, pam”.
Orienta-se que o professor deve utilizar a música de forma correta em suas aulas de ginástica. 
O uso da música em suas frases e blocos nas aulas coletivas pretende tornar as rotinas (sequências) 
mais agradáveis, dando a impressão ao aluno de que ele está interagindo com o som.
Precisamos fazer a contagem musical ao elaborar coreografias em aulas coletivas. Como exemplo, 
citamos um tipo de movimento – o agachamento, muito aplicado em academias, e a ação a ser executada 
pelo professor. 
• 1/1: são usados quatro tempos da música para execução de um movimento completo. Assim, em 
uma frase, você fará dois movimentos completos. Professor diz: “Direto! Sobe, desce”.
• 2/2: oito tempos da música. Em uma frase musical, você efetuará um movimento completo. Nesse 
modelo, a fase inicial (descida) do agachamento é executada em quatro tempos, a fase final (subida), em 
quatro. Professor diz: “Desce em dois (quatro tempos) e sobe em dois (quatro tempos)”.
• 3/1: quatro tempos da música. Em uma frase musical, você efetivará dois movimentos completos. 
A etapa inicial é feita em três tempos, a fase final, em um. Professor diz: “Desce em três e sobe 
em um”.
• 1/3: quatro tempos da música. Em uma frase musical, você fará dois movimentos completos. O 
estágio inicial é executado em um tempo, a fase final, em três. Professor diz: “Desce em um e sobe 
em três”. 
• 4/4: 16 tempos da música. Nesse modelo a etapa inicial é executada em oito tempos, a fase final, 
em oito. Professor diz: “Desce muito, muito lento”.
94
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
É preciso destacar que o modelo acentuado não é obrigatório, cada professor pode agir como 
lhe aprouver. 
Assim, as possíveis formas de execução da música nas aulas coletivas são três:
• uso de frases musicais e blocos musicais;
• emprego de pulsos musicais;
• aplicação de elementos da música (fundo).
8.1.3 Mapeamento musical
Você já tentou montar uma sequência de movimentos utilizando uma música para uma aula e se 
sentiu perdido?
O mapeamento musical é uma excelente ferramenta para você compreender como uma música 
foi organizada. Com certeza vai ajudá-lo na preparação de uma sequência de movimentos. Na área de 
dança, ela é mais conhecida como coreografia.
Basicamente, o mapeamento trabalha com a divisão dos compassos (quaternário, ternário e binário), 
quantos compassos existem na música, que outros elementos podemos encontrar na estrutura musical, 
por exemplo, pausas, acentos etc. É como se pudéssemos pegar a música e transferi-la para uma folha, 
enxergando como ela foi feita.
Para que você entenda melhor como elaborar um mapeamento musical, destacaremos uma música 
formada com compassos quaternários, pois a grande maioria das músicas que tocamos em aulas coletivas 
possui essa estrutura. Vamos determinar o seguinte: a cada oito tempos (ou pulsos), completando uma 
frase musical, haverá a representação de um traço. 
Exemplo: 
I = 8
Figura 28 
Assim, quando formarmos quatro oitos (ou quatro frases), formaremos um bloco musical. 
Veja a estrutura: 
I I I I = 4 x 8
Figura 29 
95
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
Portanto, faremos estratégias para elaborar um mapeamento musical.
Primeiramente, ouça a música escolhida para a elaboração da coreografia e comece a marcar um 
traço a cada oito tempos. Veja quantos traços você marcará em toda a música. Depois, escute novamente 
a música e comece a separação dos blocos musicais. A cada formação de um bloco, faça um traço, 
conforme a separação do modelo a seguir:
I I I I - I I I I -I I I I
I I I I - I I I I -I I I I
Figura 30 
Essa é uma etapa vital e exigirá maior atenção. Na fase anterior era preciso marcar apenas as 
frases da música. Caso necessite, repita essa fase a fim de que não passe despercebido nenhuma 
quebra da música.
Feito isso, você precisa nomear cada bloco considerando a representatividade de cada um. Por 
exemplo, os primeiros blocos anotados simbolizam a introdução da música. 
I I I I - I I I I
Introdução Introdução
Figura 31 
Deve-se avaliar os movimentos (caminhadas, rolamentos utilizando o solo) e possibilidades 
para você montar a introdução. Essa introdução possui sons fortes ou mais suaves? Quais 
movimentos combinariam?
Vamos pegar outro exemplo: o refrão da música. 
I I I I - I I I I - I I I I - I I I I
Refrão Refrão Refrão Refrão
Figura 32 
Você pode colocar movimentos de destaque no refrão, pois quase sempre ele é considerado a parte 
mais forte da música. 
É importante lembrar que nem todas as composições musicais apresentam o mesmo padrão. Quando 
a música respeita essa formação completa de blocos, dizemos que ela é redonda. 
96
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
Exemplo de música redonda: 
I I I I - I I I I - I I I I - I I I I
Figura 33 
Quando a música possui uma formação incompleta, por exemplo, um bloco com três frases em um 
bloco, dizemos que a música tem uma quebra em sua composição.Exemplo de música quebrada: 
I I I I - I I I - I I I I - I I
Figura 34 
Então, ao escutar a música, é essencial fazer a separação dos blocos percebendo se existe ou não 
alguma quebra.
Assim que você tiver nomeado todos os blocos da música, é só começar a montar os movimentos 
sobre cada um deles. 
Com o tempo você saberá interpretar a música mais facilmente ao escutá-la. Desse modo, poderá 
montar toda uma movimentação sobre os blocos, por exemplo, em uma aula de step, de minitrampolim 
ou em uma aula de ritmos. 
 Observação
Um dos requisitos básicos ao elaborar um mapeamento musical e 
montar uma coreografia é escutar muitas vezes a música. É vital saber onde 
começam e terminam as partes fortes e fracas da música.
Não são todas as academias que podem promover suas aulas de acordo com a classificação dos 
alunos. Em uma mesma aula de ginástica, há alunos iniciantes, intermediários e avançados. Como 
produzir uma aula de forma eficaz e segura e que agrade e respeite a todos?
Seguem algumas sugestões:
• Trabalhar sempre com o auxílio de um professor ou um estagiário para corrigir e orientar, sobretudo 
os alunos novos.
97
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
• Estabelecer horários específicos para os iniciantes para que possam tomar conhecimento das 
técnicas dos exercícios.
• Fazer orientações periódicas sobre posições posturais e execução de movimentos minutos antes 
do início da aula, principalmente se existir algum exercício mais complexo e desafiador.
O posicionamento do professor na sala durante a aula requer alguns lembretes.
É importante começar a aula de frente para os alunos e dar as boas-vindas. Ficar de costas logo no 
início passa má impressão, em especial aos novos. Preserve sempre a conexão com todos da sala.
Caso você ainda não saiba dar aula de frente, utilize o aquecimento para treinar essa situação. 
 Lembrete
Entenda que, de frente, você é o espelho do aluno. Inicie o movimento 
sempre com seu lado esquerdo. 
Nada impede que você fique de costas durante alguns momentos, mas procure dar aula sempre de 
frente. Essa situação tem várias vantagens, por exemplo, as orientações para correções ficam “olho no 
olho”. É bem difícil para o aluno saber se a correção que o professor está fazendo pelo espelho é para 
ele em uma sala lotada.
Utilize a visão periférica. Você tem vários alunos em uma sala e sua atenção precisa ser dividida. Não 
foque em um aluno, mesmo nas correções, mantenha sempre ativa sua visão periférica.
Tocar o aluno para correções é fundamental, mesmo que não haja tanta necessidade. Ao tocá-lo, 
fazendo determinada orientação quanto à correção, ele tem a sensação de que está sendo cuidado. 
Contudo, cautela com essa ação. A arte do toque corretivo promove informações para ajustes nos 
movimentos, e essa é a intenção. Cuidado com excessos. 
Respeite as regras impostas pela academia, por exemplo, início e término das aulas. Atrasos causam 
muitas reclamações. Terminar a aula após o horário também é ruim, principalmente se houver uma aula 
logo depois. 
O ideal é que o professor chegue antes do horário da aula, ao menos 15 minutos, para preparar todo 
material, ajeitar as músicas, os equipamentos, o microfone, dar atenção a alunos novos etc.
Algumas aulas que surgiram na década de 1970, 1980 e 1990 ainda fazem parte do quadro de aulas 
em grande parte das academias. Claro que passaram por transformações e adaptações para manter o 
interesse por sua prática. 
98
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
8.2 Step 
Ironicamente, seu início ocorreu na década de 1990 durante um tratamento de reabilitação de joelho. 
Sua criadora é Gin Miller. Após se lesionar, em 1986, ela foi encaminhada à fisioterapia. Recebeu 
orientação para subir e descer de um banquinho de madeira a fim de fortalecer a musculatura da coxa. 
Essa proposta simularia uma ação diária: subir e descer escadas.
Entretanto, subir e descer aquele banquinho passou a ser muito monótono. Então, Miller começou a 
criar movimentos com os braços e pequenas mudanças na forma de subir e descer o degrau, unindo os 
movimentos dos membros superiores e inferiores com variações diversas.
No início dos anos 1990, a prática chamou a atenção pelo seu dinamismo e por apresentar respostas 
positivas no condicionamento cardiovascular e muscular, entre outros benefícios.
A aula de step é uma proposta aeróbia que promove alto gasto calórico, baixo impacto articular e 
um trabalho de resistência muscular de alta eficácia. De forma constante, há intensa requisição dos 
músculos dos membros inferiores. Para manter equilíbrio e coordenação dos movimentos e postura 
correta, exige-se muito da musculatura dos membros superiores. 
A princípio, a plataforma utilizada para subir e descer era feita de madeira. Tinha aproximadamente 
1,10 m de comprimento e sua altura variava de 10 a 30 cm. As plataformas de madeira tinham um 
problema, eram escorregadias, o que ocasionava acidentes.
Atualmente já podem ser encontrados diferentes tipos de step, feitos em 
plásticos injetados, à venda no mercado. No entanto, sua funcionalidade 
pouco difere do step tradicional. Acredita-se que a forma mais evoluída seja 
a do life step, pois neste tipo de banco existem adaptadores para encaixes 
de borrachas. Com isso há possibilidades de se fazer o trabalho localizado de 
membros superiores e inferiores (MALTA, 1998, p.19).
As aulas de step possuem vários movimentos. Um deles é estratégico e é considerado essencial na 
estrutura da aula, é o chamado “movimento básico”.
O movimento de step consiste em subir e descer de uma plataforma variável, 
geralmente entre 10 e 30 cm. É sincronizado com uma cadência musical e 
é caracterizado como uma modalidade de ginástica de baixo impacto por 
haver o contato constante de um dos pés com o solo, na maioria de seus 
movimentos. São vários os movimentos realizados numa aula de step, os 
quais compõem uma coreografia. Dentre eles, está o movimento básico, 
que é o mais comum e é utilizado em todas as aulas de step (WIECZOREK; 
DUARTE; AMADIO, 1997).
99
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
P1 P1
P1P1
P2
step
step step
step
step
step step
step
P2
P2P2
4 1
23
Figura 35 – Movimento básico do step
A figura anterior apresenta a forma correta de execução do passo básico, que é formado por 
quatro fases:
• Fase 1: de frente para a plataforma, a perna direita avança sobre a plataforma (pisando com toda 
a planta do pé).
• Fase 2: avanço da perna esquerda, mantendo a mesma pisada, deixando-a paralela à perna direita.
• Fase 3: retorno da perna direita, executando o contato ao solo com a ponta do pé, a planta e o calcanhar.
• Fase 4: retorno da perna esquerda ao lado da perna direita, efetuando o mesmo movimento de 
amortecimento feito com a perna direita.
 Observação
São várias as estratégias para elaborar uma aula de step. Uma delas é a 
utilização de duas plataformas em L. Assim, as possibilidades em diversificar 
os movimentos, sem necessariamente dificultá-los, são maiores.
100
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
Segundo Malta (1998), a estrutura da aula de step training segue os padrões de toda aula de 
ginástica, porém, para a parte principal, a proposta apresenta duas fases. A duração da aula pode variarentre 45 e 60 minutos. Sua distribuição ocorre da seguinte forma:
• parte inicial: aquecimento (de 5 a 10 minutos);
• parte principal: é dividida em duas partes:
— aeróbia contínua: trabalha-se a coreografia ou rotina do sobe e desce da plataforma; 
— trabalho localizado: com tornozeleiras e halteres.
• parte final: com volta à calma e alongamentos (em geral nos 5 minutos finas da aula).
 Observação
É importante que a plataforma seja utilizada em todas as partes da aula 
(inicial, principal e final). Recomenda-se tal procedimento para manter a 
configuração da aula.
Zazá, Menzel e Chagas (2010) destacam os objetivos da aula de step training:
• melhora do trabalho cardiovascular;
• evolução da coordenação motora;
• aumento da resistência muscular;
• diminuição da composição corporal (gordura corporal).
Pode-se trabalhar a intensidade de uma aula de step através de duas variáveis: a altura da plataforma 
e o bpm musical.
Em uma plataforma com 15 cm de altura, o joelho apresenta um ângulo de aproximadamente 135 
graus, com 30 cm, por volta de 135 graus. Alunos com histórico de dor nas articulações do joelho não 
deverão utilizar plataformas que projetem uma flexão de joelhos em ângulos menores do que 120 graus.
Os alunos iniciantes devem optar por plataformas de menor altura, os mais avançados, de 
maior estatura. 
Avaliando dados da Reebok Instructor News, Vidal (1999) relata que parece existir forte relação do 
gasto calórico que ocorre na aula com a altura da plataforma.
101
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
Tabela 1 
Altura do step Calorias/min. Calorias/10 min. Calorias/30 min.
10,24 cm 4,5 45 135
15,36 cm 5,5 55 165
20,48 cm 6,4 64 192
25,6 cm 7,2 72 216
Fonte: Vidal (1999, p. 7).
O andamento (velocidade) musical utilizado em uma aula de step deverá respeitar o nível dos 
alunos. Uma música com 120 bpm é indicada a iniciantes. Com alunos intermediários e avançados, o 
bpm musical poderá flutuar entre 125 a 133 bpm.
O trabalho tem longa duração, e a intensidade, como acentuamos, dependerá da altura da plataforma 
e da velocidade da música. A aula elaborada pelo professor deverá respeitar as características dos alunos. 
Quanto à intensidade, temos:
Tabela 2 – Iniciantes
Trabalho (intensidade) Frequência cardíaca (Fc) VO2 máx
Baixa 50% 65%
Média 65% 75%
Alta 75% 85%
Fonte: Malta (1998, p. 45).
Tabela 3 – Avançados
Trabalho (intensidade) Frequência cardíaca (Fc) VO2 máx
Baixa 60% 75%
Média 75% 85%
Alta 85% 95 a 100%
Fonte: Malta (1998, p. 45).
Alguns fatores associados à segurança devem ser explicados e aplicados aos alunos, a fim de criar 
adaptação à prática e à segurança. Vejamos quais ações precisam ser executadas:
• antes de iniciar a aula, montar e ajustar a plataforma;
• joelhos ficam ligeiramente flexionados, evitando sobrecarga em suas articulações;
• apoiar toda a planta dos pés com firmeza sobre a plataforma;
• não se deve subir de costas para o step;
102
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
• é vital ter maior atenção com alunos iniciantes;
• ao subir, o aluno deverá rolar o pé, ou seja, pisar primeiro com o calcanhar, depois com a parte 
anterior do pé;
• manter contato visual com o step;
• ter alinhamento corporal correto;
• pé apoiado no solo, mais próximo do step;
• evitar movimentos de giro para iniciantes, e sua aplicação para os demais também deve ser restrita;
• a altura do step deve estar sempre de acordo com o nível do aluno;
• usar tênis adequado para a prática. 
 Observação
Um ritmo musical superior a 130 bpm leva à perda do controle dos 
movimentos, elevando o risco de lesões.
8.3 Ginástica localizada
A ginástica localizada recebeu muita influência da calistenia nos anos 1960 e 1970. É uma proposta 
que possibilita ao seu praticante maior resistência e força muscular. Os movimentos dessa aula geralmente 
são feitos com a utilização de equipamentos ou com o uso apenas do peso do corpo de forma rítmica. 
Conforme Fernandes, Novaes e Dantas (2004), o treinamento de força se torna mais popular a cada dia. 
A manutenção e o aprimoramento da força e da endurance muscular ajuda na execução de tarefas do 
dia a dia, reduzindo o estresse fisiológico e preservando a funcionalidade de movimentos naturais. Tais 
ações evitam riscos de lesões músculo-articulares. 
Ao longo dos anos, pesquisas evidenciam os benefícios do treinamento de força 
(TF) e mostram novas perspectivas em relação à aptidão física e à qualidade de 
vida. Esses achados têm importantes implicações para o estado de saúde da 
população que frequenta academias de ginástica e/ou indivíduos que precisam 
de cuidados especiais, como portadores de doenças cardiovasculares, como, 
câncer, artrites, diabetes, obesidade etc. [...]. Entre os benefícios decorrentes do TF, 
destacam-se a expansão da força máxima, da potência e da resistência muscular, 
da coordenação, da velocidade, da agilidade e do equilíbrio e a prevenção de 
lesões. Também já foram estabelecidos os benefícios em outros parâmetros 
fisiológicos, que incluem a melhora do sistema cardiovascular e endócrino, do 
perfil lipídico, da composição corporal e do estresse fisiológico e o aumento da 
densidade mineral óssea, além do controle da taxa metabólica de repouso e da 
pressão arterial (PRESTES et al., 2016).
103
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
GESTÃO E TENDÊNCIAS EM ACADEMIAS
Apesar de hoje a realidade ser bem diferente quando comparada a décadas anteriores, ainda existe 
um mito de que a ginástica localizada é uma aula apenas para o público feminino. Esse pensamento 
ocorre devido à postura adotada em alguns exercícios, que, por questões culturais, podem gerar 
constrangimento para muitos homens.
Utilizando músicas estimulantes e fazendo sua contagem musical, o professor desenvolve os 
exercícios de acordo com o objetivo de uma aula em especial.
Aumento da 
força
muscular
Aumento do 
equilíbrio
Aumento da 
velocidade
Aumento da 
coordenação
Aumento da 
potência
Aumento 
da resistência 
muscular
Aumento da 
prevenção
Ginástica 
localizada
Figura 36 
Melhoria 
do sistema 
cardiovascular 
Melhora 
do estresse 
fisiológico 
Melhoras do 
perfil lipídico
Melhor 
controle de 
pressão 
arterial
Melhor 
controle de taxa 
metabólica de 
repouso
Melhora da 
composição 
corporal
Aumento 
da densidade 
mineral óssea
Melhora 
do sistema 
endócrino
Ginástica 
localizada
Figura 37 
104
Re
vi
sã
o:
 N
om
e 
do
 re
vi
so
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: N
om
e 
do
 d
ia
gr
am
ad
or
 -
 d
at
a
Unidade III
As estratégias de uma aula localizada podem apresentar as seguintes formatações:
• método alternado por segmento;
• método agonista/antagonista;
• método pré-exaustão;
• método simultâneo;
• método bombeado direto.
Os planejamentos das aulas devem conter respostas aos seguintes questionamentos:
• Quais grupamentos musculares serão trabalhados naquela aula? Exemplo: para membros 
superiores, peito, ombros e tríceps; em membros inferiores, serão priorizados os glúteos.
• Que capacidades físicas deverão ser desenvolvidas? Exemplo: força de resistência, resistência de 
força, resistência etc.
• Que materiais serão usados durante a sessão? Exemplo: plataformas, tornozeleiras, pesos de mão 
de 2 kg e 5 kg, colchonetes etc.
• Qual o ritmo

Outros materiais