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Atletismo unidade 3

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Unidade III
Unidade III
5 SALTOS HORIZONTAIS
Os saltos representam um dos grupos de provas de campo que fazem parte do atletismo – saltos 
horizontais (distância e triplo) e saltos verticais (em altura e com vara).
O ensino de cada de cada uma dessas provas envolve o conhecimento da técnica e seus respectivos 
estilos, bem como as regras básicas de competição e os processos pedagógicos utilizados pelo professor 
ou técnico no ensino, desenvolvimento e treinamento para competições.
Quando se estuda a técnica, é preciso conhecer cada movimento que ela possui. Para isso, divide‑se 
o salto em fases e cada uma delas é estudada separadamente, e no fim todas são unidas. Teremos, assim, 
a técnica completa.
Cabe lembrar que uma mesma técnica pode ser realizada de maneira particular por cada saltador, o 
que identifica um estilo próprio para saltar.
A técnica ou mecânica dos saltos é composta de quatro fases comuns, que devem ser analisadas 
isoladamente:
•	 corrida de impulso;
•	 impulsão;
•	 fase aérea (elevação, suspensão ou flutuação);
•	 queda ou aterrissagem.
O conhecimento de cada fase permitirá que o professor ou técnico observe possíveis defeitos e 
virtudes na execução dos saltos nas competições, auxiliando‑o na escolha dos exercícios para correção 
e aperfeiçoamento.
A aprendizagem da técnica pode ser feita através da prática repetitiva do salto completo usando 
o método global, ou pela aprendizagem de cada uma das fases separadamente, através de exercícios 
educativos específicos, para unidos formarem o salto como um todo.
Essas diferentes maneiras de ensinar caracterizam a metodologia utilizada pelo professor, que são os 
métodos conhecidos universalmente como global e analítico.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Inicialmente avaliaremos o salto em distância, que é a prova mais praticada nas competições 
escolares. Todas as técnicas analisadas serão descritas para saltadores que usam o pé esquerdo 
para impulsão.
5.1 Salto em distância
Para conhecer e identificar a técnica do salto, precisamos analisar cada uma das fases que compõem 
o salto completo.
5.1.1 Corrida de impulso
A técnica do salto em distância começa com a execução de uma corrida preparatória, conhecida 
como corrida de impulsão, que tem como objetivo buscar a velocidade ótima e acumular força para 
fazer a impulsão.
É realizada no corredor de saltos e deve ser suficientemente longa para que o saltador alcance 
a velocidade ideal para chegar com bastante energia na tábua de impulsão (FERNANDES, 2003, p. 80).
Dependendo da capacidade do atleta em atingir sua velocidade ótima para fazer o impulso, a 
corrida poderá variar de 30 a 45 metros, aproximadamente 100 a 150 pés, que é a maneira prática de 
os saltadores medirem a distância total da sua corrida para marcar onde ela deve começar. Em resumo, 
ela deve ter a menor distância que o saltador necessita para atingir sua velocidade máxima e deve ser 
aproveitada no momento da impulsão.
Conforme a regra, o saltador não pode ultrapassar a tábua de impulso de 20 cm de largura para não 
cometer uma falta. Deve usar o máximo dessa medida, pois é a partir da borda da frente dessa tábua 
que é feita a medição do salto.
Para definir a distância ideal da corrida, considerando todos esses fatores, são utilizados três métodos: 
das tentativas, da corrida inversa e o método matemático, conforme Fernandes (2003, p. 80).
5.1.1.1 Método das tentativas
Nesse método, a distância da corrida é detectada com a realização de várias tentativas da corrida, 
partindo de uma marca aleatória além de 30 metros. Essa marca inicial é ajustada a cada corrida, até que 
seja identificado o ponto inicial que permita fazer o saltador chegar à tábua na velocidade ideal com o 
seu pé de impulso e sem cometer falta. É um método utilizado mais por iniciantes.
5.1.1.2 Método da corrida inversa
Como o próprio nome sugere, para encontrar a distância da sua corrida de impulso, o saltador faz 
a corrida no sentido contrário partindo da tábua de impulsão. Então, no ponto em que atinge a maior 
velocidade, marca‑se o toque do pé de impulso no chão.
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Unidade III
Após várias execuções para confirmar essa marca, é medida a distância, que passa a ser a definitiva. 
Em seguida é feita a corrida no sentido normal. Se necessário, devem ser efetuados ajustes para frente 
ou para trás e assim definir a distância da corrida.
5.1.1.3 Método matemático
Aplicado por atletas mais experientes, porque exige uma técnica precisa para correr mantendo a 
uniformidade das passadas.
Para encontrar a medida da corrida, pede‑se para o saltador, partindo em pé, executar a corrida 
na reta da pista de atletismo. Normalmente o ritmo da corrida é crescente até chegar ao ponto de 
estabilidade, quando se atinge sua velocidade máxima, por volta dos 25/30 metros.
Quando isso ocorre, as passadas se tornam uniformes e com sua máxima frequência. Nesse 
momento, marca‑se a pisada do pé de impulso no chão considerando a quarta ou quinta passada 
(FERNANDES, 2003, p. 81). Em seguida, mede‑se a distância do início da corrida até essa marca, e depois 
ela é transferida para o corredor de saltos a partir da tábua de impulsão. Então, tem‑se a distância que 
o saltador vai utilizar para saltar.
Embora esse método seja o mais eficiente, não se pode garantir que alguma falha não possa ocorrer, 
pois há fatores que podem influenciar, como clima, questões psicológicas e os próprios torcedores. 
Também é preciso revisar periodicamente essa distância a fim de corrigir possíveis alterações necessárias.
5.1.2 Impulsão
A impulsão ocorre quando o saltador chega à tábua de impulso com seu pé de impulso. Nesse 
momento toda a força acumulada durante a corrida de impulso é transferida para a perna de impulsão, 
enquanto a perna livre é lançada para cima e para frente.
O propósito dessa ação é projetar o centro de gravidade para cima e para frente ao mesmo tempo. 
Para isso, a distância da última passada deve ser um pouco menor que as anteriores para facilitar a saída 
do saltador do chão sem perda aparente de energias.
No instante em que o saltador se desprende do chão, o corpo começa a se elevar, iniciando‑se a fase 
aérea do salto.
5.1.3 Fase aérea
Assim que o pé de impulso perde o contato com o chão, é inaugurada a fase aérea ou fase do voo.
A trajetória do corpo ou do seu centro de gravidade é composta de um momento de elevação para 
ganhar a máxima altura, depois há a flutuação, que deve ser mantida o maior tempo possível para que 
o atleta caia o mais distante que puder.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Os movimentos do corpo no ar ajudam a dar equilíbrio e favorecem o voo do corpo. Os movimentos 
feitos pelo saltador nesse momento caracterizam o estilo de salto usado por ele, que pode ser: salto 
grupado, carpado, em arco e passadas no ar.
•	 Salto grupado
Nesse estilo, que é o mais natural entre todos, o corpo se coloca em uma posição na qual as 
pernas se elevam flexionadas no momento da flutuação, e o tronco se aproxima delas, adquirindo 
uma posição grupada, que é mantida até a aterrissagem.
•	 Salto carpado
Contrariamente ao salto grupado, aqui as pernas se elevam estendidas no ar e o tronco se flexiona 
sobre elas. Isso é feito para que as pernas se mantenham à frente da cabeça até a chegada à areia 
da caixa de saltos. Essa posição possibilitaque os pés retardem sua chegada ao solo, promovendo 
uma queda mais distante.
•	 Salto em arco
Nessa forma de salto, ao fazer a elevação do corpo após a impulsão, o saltador faz uma extensão 
completa do corpo no ar, adquirindo uma posição arqueada, até terminar a flutuação. Quando 
começa a se aproximar da queda, as pernas se elevam e o tronco se flexiona sobre elas – posição 
carpada –, como se o atleta estivesse sentado no ar. É preciso se manter nessa posição até chegar 
à areia.
a b c d e
Figura 48 – Salto em distância, fase aérea do estilo em arco
•	 Salto com passadas no ar
É o salto mais complexo e só é eficiente quando se consegue saltar muito longe. É utilizado apenas 
por saltadores de nível elevado, pois eles possuem uma fase aérea mais longa, o que possibilita 
a movimentação das pernas como se o saltador estivesse caminhando no ar. Assim, quanto mais 
tempo ele permanecer no ar, mais passadas se consegue fazer, normalmente uma e meia a duas 
passadas e meia.
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5.1.4 Queda ou aterrissagem
Após a flutuação do corpo no ar durante a fase aérea, inicia‑se a fase descendente da trajetória que 
o corpo descreve no ar, momento em que os pés devem buscar a areia e finalizar o salto.
Nesse instante, quanto mais tempo ou mais alto forem mantidos os pés, mais longe eles 
deverão atingir o solo. Para isso, usando a força abdominal, as pernas se mantêm estendidas em 
elevação, enquanto o tronco se flexiona à frente, posicionando a cabeça entre os joelhos e os 
braços para frente. Nessa posição, quando os pés chegarem ao chão, o primeiro contato deve ser 
pelos calcanhares para em seguida flexionar as pernas, para que os glúteos sejam projetados à 
frente sobre os calcanhares.
Caso contrário, se as pernas não forem mantidas elevadas durante o maior tempo possível, a descida 
dos pés na areia é antecipada, tornando a queda prematura, o que diminui a medida final alcançada 
com o salto.
A) B) C)
Figura 49 – Posição correta para a aterrissagem (A); erros mais comuns cometidos pelos praticantes iniciantes (B, C)
Essa ação faz com que todo o corpo seja projetado à frente, adiante da marca que os 
calcanhares deixaram na areia da caixa de saltos, e é lá que será o ponto de medida da distância 
atingida pelo saltador.
Alguns saltadores, quando os calcanhares tocam o chão, imediatamente flexionam apenas uma 
das pernas, o que provoca uma rotação lateral, projetando o corpo todo para o lado. Então, o salto 
finaliza com o saltador deitado lateralmente adiante da marca no primeiro contato com os pés na 
areia.
Ao término, o saltador deve sair da caixa de areia, pela frente ou pela lateral, adiante da marca de 
sua queda, que ficou na areia, como exige a regra.
5.2 Metodologia para o ensino da técnica
Para os saltos horizontais, na etapa de iniciação multilateral, a criança deve executar atividades que 
envolvam todos os tipos de experiências relacionadas com saltos, principalmente empreendidas em 
recreação e desafios.
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Citamos alguns exemplos:
•	 Fixar no local da aula vários tipos de obstáculos, como cones deitados, bastões, bolas medicinais, 
gavetas de plinto etc. e pedir para que os alunos saltem todos os obstáculos com impulso em 
apenas um dos pés.
•	 Desenhar no chão uma linha e, paralelamente a ela, dois alunos seguram uma corda elevada a 
30 cm do chão. Então, as crianças realizam uma curta corrida, devendo tomar impulso antes da 
linha e saltar sobre a corda elevada que está colocada a 1 m de distância (figura a seguir).
Figura 50 – Exercício para iniciação ao salto em distância e triplo
•	 Colocar no chão a parte de cima de um plinto e pedir para que os alunos façam uma corrida de 
três passadas, de forma que a última seja com o pé sobre o plinto, para fazer a impulsão e saltar 
para longe, com queda em colchões colocados adiante (figura a seguir).
Figura 51 – Exercício para iniciação ao salto em distância e triplo
•	 Mesmo exemplo que o anterior, mas aqui adiante do plinto deve ser colocada uma corda suspensa 
em um ponto mais alto para que, ao saltar, o aluno o faça por cima desse obstáculo, a fim de 
ganhar altura para cair mais longe.
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Nesses exercícios, o professor deve pedir às crianças que percebam com qual pé elas conseguem 
impulsionar melhor para que cada uma descubra qual será sua perna de impulsão.
Os exercícios que destacaremos (resumidamente) a seguir têm como finalidade ressaltar como se 
pode ensinar a técnica do salto em distância e seus respectivos estilos, que devem ser estimulados a 
partir dos 12 anos de idade.
A sequência é desenvolvida através da aplicação de exercícios educativos realizados com dificuldade 
técnica progressiva.
Acentuamos a sequência pedagógica para aprendizagem da técnica com seus respectivos exercícios:
•	 Aluno de frente para dois plintos, sendo o primeiro com duas partes e o outro com três, separados 
com 1,0 m de distância.
— Execução: fazer uma corrida prévia de cinco passadas, sendo as três primeiras antes do plinto, 
a quarta sobre o primeiro e a quinta sobre o segundo, que deve ser feita com o pé de impulso 
(perna forte), para realizar o salto para cima e para frente com queda na caixa de areia ou 
colchões colocados no chão.
Figura 52 – Exercício de iniciação ao salto em distância e triplo
•	 Exercício igual ao anterior, mas neste é preciso retirar uma das partes dos plintos. O professor se 
coloca adiante do segundo plinto, segurando um bastão posicionado mais alto para que o aluno 
salte por cima e realize a aterrissagem na caixa de areia ou colchão.
•	 De modo similar, agora vai tirando gradativamente as partes do plinto até que a impulsão passe 
a ser feita no chão.
•	 Continuando de forma similar, aqui a impulsão deve ser feita sobre a tábua de impulso.
À medida que as partes do plinto vão sendo retiradas, devem ser acrescidas mais duas passadas na corrida.
A fase aérea do salto em cada um dos exercícios deve ser realizada inicialmente com o corpo grupado, 
depois na posição carpado e termina fazendo o arco.
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Após o domínio na efetivação desses exercícios, começam a ser feitos os movimentos mais 
complexos para a aprendizagem do salto com passadas no ar. Para tal, deve ser executada a 
mesma série de exercícios utilizados na sequência anterior e com mudanças na fase aérea da 
seguinte maneira:
•	 Feita a impulsão, a perna contrária deve ser lançada para frente e nessa posição o corpo 
deve permanecer até a aterrissagem, que deve ser feita com essa perna à frente e a de 
impulso atrás.
•	 Mesmo exercício, só que as pernas são trocadas de posição no ar para que a aterrissagem seja 
feita com a perna de impulsão à frente e a outra atrás.
•	 De modo equivalente, aqui devem ser feitas duas trocas da perna que vai adiante, e a aterrissagem 
deve ser executada com as pernas unidas.
•	 Exercício igual, só que agora a corrida prévia é aumentada gradativamente para ganhar velocidade 
até o corredor chegar à distância definitiva, que será utilizada para fazer o salto completo em 
todas as suas fases.
 Lembrete
Os saltos em distância e triplo são identificados como saltos horizontais.
5.3 Regras básicas de competição
Como vimos, o salto em distância é realizado em uma área especial, composta de um 
corredor de 40 m de comprimentopor 1,22 m de largura. Esse corredor de saltos termina 
em uma caixa de areia denominada área de queda, com 2,75/3,00 m de largura por 10 m de 
comprimento, no mínimo.
No fim do corredor, está localizada a tábua de impulsão, que fica enterrada no chão ao nível 
do terreno, a 10 cm de profundidade. Deve ser retangular, pintada de branco, com 1,22 m de 
comprimento por 20 cm de largura e 10 cm de profundidade. A borda mais próxima da área de queda 
é denominada linha de impulsão, que é o limite máximo permitido para a execução do impulso 
e local da medição do salto. Logo adiante dessa borda da tábua, há uma faixa de plasticina macia, 
que auxilia o árbitro acusando qualquer toque do pé do saltador adiante da linha de impulsão, o 
que anula o salto.
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Figura 53 – Tábua de impulsão e a plasticina
Na competição, o salto é anulado se o atleta cometer as seguintes falhas:
•	 Passar correndo pela tábua de impulsão sem saltar.
•	 Realizar o impulso fora da tábua de impulsão, à frente ou atrás do prolongamento da linha de medição.
•	 Após a queda na areia, ao sair, tocar o solo em um ponto mais próximo da linha de medição da 
tábua de impulsão em relação à marca de sua queda deixada na areia. É obrigado a sair adiante 
da marca mais próxima da linha de medição.
•	 Utilizar qualquer tipo de salto mortal durante a corrida ou ao saltar.
Ao finalizar a tentativa, o árbitro indicará com uma bandeira branca a validade do salto ou com uma 
bandeira vermelha se a tentativa for falha.
Os saltos devem ser medidos a partir da marca mais próxima do setor de queda feita por qualquer 
parte do seu corpo até a linha de medição.
Quando participarem mais de oito concorrentes, cada atleta terá direito a três tentativas. Então, 
são classificados os oito melhores saltadores. Subsequentemente, eles têm direito a mais três tentativas 
adicionais (para que seja definido o vencedor), valendo a melhor das seis tentativas realizadas.
Quando participarem até oito concorrentes, todos terão direito a seis tentativas, já válidas como 
uma avaliação final.
Tábua de impulsão
Corredor de saltos
Caixa de areia
3,0m x 20,0m
40,0m
1,22m
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
5.4 Salto triplo
É considerado uma das provas mais complexas do atletismo por exigir uma sucessão de ações com 
características próprias, porém interdependentes entre si, que requerem uma combinação de força, 
velocidade, agilidade e flexibilidade para a realização dos três saltos sucessivos que compõem a técnica, 
bem como a relativa importância que se dá a cada um deles.
No início da sua trajetória, apresentou um domínio dos saltadores norte‑americanos, em seguida 
se destacaram os atletas do norte da Europa e, por fim, os competidores japoneses eralizaram grandes 
conquistas nesta modalidade.
Para os brasileiros, é uma prova que marcou fortemente nossa história no atletismo. Isso ocorreu 
porque despontaram talentos que marcaram de forma contundente seus nomes na galeria de campeões 
nas mais diversas e importantes competições mundiais do gênero.
Trata‑se, inicialmente, de Adhemar Ferreira da Silva, tricampeão mundial (1950, 1951, 1952) e 
campeão olímpico nos Jogos de Helsinque (1952) e no Pan‑Americano da Cidade do México (1955).
Mais tarde, nos Jogos Olímpicos do México (1968), Nelson Prudêncio coloca o Brasil no pódio 
novamente. Depois, João Carlos de Oliveira (João do Pulo) estabeleceu um novo recorde, que perdurou 
por dez anos, quando foi superado pelo norte‑americano Willie Banks, com a marca de 17,97 metros.
Essas conquistas destacam bem o sucesso que esta prova representa para o atletismo brasileiro.
5.4.1 Técnica de salto
Para a realização correta de um salto, é preciso levar em consideração uma série de aspectos básicos, 
como:
•	 completa continuidade de todas as ações do salto, sem descuidar de uma fase em proveito da 
outra, para não prejudicar o conjunto final.
•	 no segundo salto, denominado passo, é crucial ganhar altura em sua execução.
•	 entre todas as provas de campo, o salto triplo é uma das que mais exige um elevado grau de 
relaxamento e muita elasticidade em cada uma das aterrissagens.
Analisando a técnica do salto, consideramos as seguintes fases:
•	 corrida de impulso
Tem as mesmas características que o salto em distância. Para determinar sua distância, usam‑se 
marcas auxiliares, a descontração e o acúmulo de força para realizar a impulsão e manutenção do 
ímpeto da corrida nas últimas passadas antes de o atleta chegar à tábua de impulso.
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Unidade III
•	 impulsão
Para fazer o salto completo, são necessárias três impulsões consecutivas, visto que é uma prova 
em que são executados três saltos consecutivos, cada um com características próprias, o que exige 
cuidados especiais para cada um dos impulsos.
•	 primeiro salto (hop)
A impulsão para esse salto é feita sobre a tábua de impulsão, de maneira semelhante 
àquela que se faz no salto em distância, com uma pequena diferença relacionada à posição 
do tronco, que deve ser posicionado mais na vertical para não perder o ímpeto para os 
saltos subsequentes.
O impulso deve ser realizado sobre a perna mais forte, que, no momento da batida, se flexiona 
ligeiramente, para depois se estender e impulsionar o corpo para cima e para frente.
Ao perder o contato com a tábua, o corpo inicia a sua fase aérea. Pouco antes de a perna de 
impulso terminar a sua ação, a outra perna é lançada à frente, estendida e com muita força para 
no ar trocar de posição com a perna de impulso, que passa à frente, ou seja, as pernas fazem um 
movimento de “tesoura” no ar, para que o pé da perna de impulso faça a aterrissagem, porque 
a impulsão ao segundo salto deve ser feita com o mesmo pé usado no primeiro salto. Assim, a 
aterrissagem do primeiro salto é feita em apenas um pé.
•	 segundo salto (step)
Inicia‑se no local onde aconteceu a aterrissagem do primeiro e sobre o mesmo pé que tinha feito 
o impulso anterior. Portanto, lá é realizada a impulsão para o segundo salto, que é semelhante a 
uma ampla passada de corrida efetuada no ar.
O movimento das pernas executado dessa maneira na fase aérea tem por objetivo preparar o 
corpo para finalizar a queda seguinte, que obrigatoriamente deve ser feita com o pé contrário.
•	 terceiro salto (jump)
O último dos três saltos tem semelhança com o salto em distância normal em todos os sentidos, 
porém é realizado com impulso mais reduzido, haja vista a energia gasta na execução dos dois 
saltos anteriores.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
A)
I)
B)
F)
J)
C)
G)
K)
D)
H)
E)
L)
Figura 55 – Sequência das ações técnicas do salto triplo: 
1º salto (hop) A, B, C, D, E; 2º salto (step) F, G, H; 3º salto (jump) I, J, K, L
5.4.2 Metodologia para o ensino da técnica do salto
Todos os exercícios vistos neste livro‑texto para a etapa de iniciação ao salto em distância servem 
igualmente ao salto triplo, porém os exercícios para impulsão devem ser feitos não apenas com a perna 
forte, mas também com a outra. É preciso desenvolver a capacidade de impulsão de ambas as pernas, 
pois a efetivação da técnica do salto envolve impulsos realizados alternadamente com as duas pernas.
 Observação
Para a escolha e programação dos exercícios para o ensino e 
treinamento, devem ser selecionadas atividades que exijamimpulsões no 
sentido horizontal.
De uma forma resumida, a sequência pedagógica que será apresentada a seguir pode ser utilizada 
para a aprendizagem do salto. Deve ser feita de modo fragmentado, sempre buscando começar pelos 
exercícios mais simples e depois dificultar gradativamente, à medida que cada ação seja executada com 
segurança de aprendizado.
Primeiro, deve‑se traçar uma longa linha reta e pedir ao aluno para realizar uma série de saltos de 
duas impulsões sucessivas em cada perna. Ao trocar a perna de impulso, deve‑se observar que a ação da 
mudança deve ser feita através de um salto, e não simplesmente com um pequeno passo.
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Depois, do mesmo modo, fixam‑se cordas ou bastões ao longo do trajeto para que as impulsões 
sejam realizadas no espaço entre eles. Então, igualmente, substituindo os bastões por cones deitados 
para obrigar que cada salto seja mais alto. Ainda de forma igual, os impulsos devem ser feitos em 
sequência de dois (um com a perna forte e o outro com a perna mais fraca), e assim sucessivamente.
Subsequentemente, colocam‑se três aros alinhados no chão e um colchão de ginástica de solo 
adiante. O intervalo entre esses objetos deve ser separado de acordo com a capacidade de impulsão 
dos executantes.
Em relação à execução, é preciso fazer uma corrida prévia de cinco ou sete passadas. O pé da 
primeira impulsão deve ser colocado no interior do aro, e o atleta deve saltar e aterrissar no aro seguinte 
com o mesmo pé que fez a impulsão; realiza novo impulso nesse segundo aro para aterrissar no outro 
com o pé trocado; nova impulsão nesse pé e queda com ambos os pés no colchão. Então, se a perna 
forte for a esquerda, a sequência será: E, E, D e DE sobre o colchão.
Continuando no mesmo exercício, deve‑se substituir o terceiro aro pela parte de cima de um plinto 
para que a queda do pé trocado e o último impulso sejam feitos sobre o cone para o competidor 
aterrissar com os dois pés no colchão.
Por fim, retiraram‑se os objetos utilizados e no lugar do primeiro aro desenha‑se a tábua de impulsão. 
Isso é feito para que a corrida preparatória seja ajustada de forma que o pé de impulso para o primeiro 
salto toque sobre ela e seja feito o salto completo, sendo finalizado sobre o colchão. Caso exista uma 
pista com a área de salto, esse exercício deve ser feito nesse local.
À medida que o salto completo já estiver sendo empreendido com desembaraço, o ajuste seguinte 
deve ser feito com a corrida de impulso, até que ela seja realizada na sua totalidade, e assim a técnica 
do salto estará concluída.
 Saiba mais
Você poderá encontrar uma grande quantidade de exercícios de salto 
em distância e triplo no livro Atletismo: os saltos, de Fernandes (2003b).
5.4.3 Regras básicas de competição
As regras básicas de competição do salto triplo são praticamente as mesmas do salto em distância, 
somente sendo acrescentadas algumas particularidades.
O corredor de saltos e a área de queda são as mesmas, apenas a tábua de impulsão está colocada a 
13 m (para os homens) e 11 m (para mulheres) de distância da área de queda.
O salto deve ser feito com impulso em um só pé, uma passada e mais um salto.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Em competições, o salto triplo deverá ser executado de forma que a queda do primeiro salto seja 
realizada sobre o mesmo pé que fez a impulsão inicial; o segundo, com impulso no mesmo pé do 
primeiro salto e queda no contrário e, por fim, o impulso final usando o mesmo pé que fez a queda do 
segundo salto.
O salto é anulado se o atleta cometer as seguintes falhas:
•	 Passar correndo pela tábua de impulsão sem saltar.
•	 Executar o impulso fora da tábua de impulsão, à frente ou atrás do prolongamento da linha de medição.
•	 Após a queda na areia, ao sair, tocar o solo em um ponto mais próximo da linha de medição da 
tábua de impulsão em relação à marca de sua queda deixada na areia. É obrigado a sair adiante 
da marca mais próxima da linha de medição.
•	 Utilizar qualquer tipo de salto mortal durante a corrida ou ao saltar.
Ao finalizar a tentativa, o árbitro indicará com uma bandeira branca a validade do salto ou com uma 
bandeira vermelha se a tentativa for falha.
Os saltos devem ser medidos a partir da marca mais próxima do setor de queda feita por qualquer 
parte do seu corpo até a linha de medição.
Quando participarem mais de oito concorrentes, cada atleta terá direito a três tentativas. 
Então, são classificados os oito melhores saltadores. Subsequentemente, eles têm direito a 
mais três tentativas adicionais (para que seja definido o vencedor), valendo a melhor das seis 
tentativas realizadas.
Quando participarem até oito concorrentes, todos terão direito a seis tentativas, já válidas como 
uma avaliação final.
6 SALTOS VERTICAIS
6.1 Salto em altura
O salto em altura, prova muito praticada nas aulas de educação física escolar, é uma especialidade 
do atletismo que passou por constantes evoluções técnicas, principalmente a partir do ano de 1895, 
quando surgiu o chamado estilo do leste, usado pelo norte‑americano Michael Sweeney, que alcançou 
a marca de 1,97 metros realizando uma corrida de frente para o sarrafo.
Foi o início de uma história da modalidade, que passou por várias modificações em sua técnica e estilo.
Em 1917, o também norte‑americano Larson ampliou o recorde para 2,07 metros, seguido por 
seu compatriota George Spitz, em 1933, com o novo estilo – cortado, saltando 2,03 metros. Nesse 
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mesmo período, muitos estilos surgiram, mas sem que seus praticantes conseguissem melhorar 
os recordes. Todavia, obtendo marcas expressivas com as novidades apresentadas, como o estilo a 
cavalo a partir de 1930, que foi sendo aperfeiçoado e utilizado por muitos anos até surgir o estilo 
cravado a cavalo, com o qual o soviético Yuri Stepanov fixou um novo recorde mundial em 1957, 
com 2,16 metros. Esse estilo passou a ser exercido por muitos saltadores, que atingiram excelentes 
resultados com o nova forma.
Pouco depois, com pequenas modificações do novo estilo, que passou a ser chamado de tesoura, o 
soviético Valery Brumel conquistou novo recorde mundial com a fantástica marca de 2,28 metros em 
1963, que durou até 1971.
Nesse meio tempo, surge uma técnica revolucionária nas Olimpíadas do México (1968) que 
surpreendeu o mundo do atletismo. Foi aplicada pelo norte‑americano Richard Fosbury, que realizou 
uma corrida de impulsão para saltar de forma circular, elevando o corpo em rotação para se colocar de 
costas para o sarrafo e nessa posição efetuar a passagem do aparelho.
Esse novo e surpreendente estilo passou a ser chamado de Fosbury Flop, apenas flop ou estilo de 
costas.
A partir daí os recordes passaram a ser batidos constantemente, e os principais destaques 
ficaram por conta do alemão Gerd Wessig, com 2,36 metros – recorde olímpico e mundial; em 
seguida, no ano de 1988, o ucraniano Gennadi Avdeyenko, com 2,38 metros – Jogos de Seul. 
Entretanto, o grande nome dessa prova ainda é o cubano Javier Sotomayor, que desde 1993 detém 
a marca histórica de 2,45 metros.
Tabela 11 – Quadro da evolução das principais marcas e estilos do salto em altura
Ano Melhormarca Atleta País Estilo
1897 1,97 m Michael Sweeney Eua estilo do leste
1917 2,07 m Larson Eua estilo do leste
1933 2,03 m George Spitz Eua estilo cortado
1912 2,00 m George Horme Eua rolo californiano
1957 2,16 m Yuri Stepanov União Soviética cravado a cavalo
1963 2,28 m Valery Brumel União Soviética roloventral
1968 2,24 m Richard Fosbury Eua flop
1980 2,36 m Gerd Wessig Alemanha flop
1988 2,38 m Gennadi Avdeyenko Ucrânia flop
1993 2,45 m Javier Sotomayor Cuba flop
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6.1.1 Técnica de salto
Para entender a técnica de salto em altura, analisaremos as duas técnicas hoje praticadas, que são o 
estilo rolo ventral e o flop.
A) B)
Figura 56 – Estilo rolo ventral (A) e flop (B)
O rolo ventral é aplicado nas escolas, já o flop é usado em diversos locais.
Começamos pelo rolo ventral, analisando cada fase que compõe esse estilo. Usaremos como exemplo 
a figura a seguir, com suas respectivas letras quanto às posições dos atletas.
Para melhor entender a técnica, devemos dividi‑la em fases, com suas características particulares, 
que se unem como um todo para realizar o salto.
•	 Corrida de impulso (a, b, c, d, e, f, g, h, i, j)
Para que a corrida seja bem executada, devem ser observados alguns fatores importantes, como 
velocidade, direção e extensão.
A corrida de impulso é feita em linha reta no sentido diagonal em relação ao sarrafo, com 7 a 11 
passadas. Qualquer que seja a extensão e a velocidade empregada, é indispensável muita técnica 
e ritmo para efetivá‑la.
Em seu início, deve ser feita uma marca que permita ao saltador chegar próximo da barra 
no melhor ponto para fazer a impulsão. Alguns saltadores costumam partir com 3 a 4 
passadas preliminares antes de tocar a marca inicial, para assim conseguirem desenvolvê‑la 
com mais exatidão.
O ângulo ou direção da corrida é pessoal, variando de 30 a 40 graus. Quanto mais se aproxima 
da linha perpendicular do sarrafo, mais fácil se torna saltar verticalmente, porém isso dificulta 
a impulsão, porque a perna contrária se eleva estendida nesse estilo, o que pode fazer com que 
toque e derrube o sarrafo. Ao contrário, se o ângulo for mais aberto – com o saltador correndo 
mais paralelamente ao sarrafo –, será possível fazer uma impulsão mais distante, facilitando o 
chute, mas a impulsão vertical será executada com mais dificuldades.
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Quanto maior for a altura a ser ultrapassada, maior será a força a ser acumulada durante a corrida, 
o que reveste de importância essa fase. Quando não for realizada de forma ideal, prejudicará as 
fases seguintes.
•	 Impulsão (l, m, n, o)
Determina a direção e a força ascendente do salto, combinando o ímpeto horizontal com a 
ascensão do corpo à vertical.
Para isso, as três últimas passadas da corrida devem ser suaves e rápidas e cada vez mais amplas 
para provocar uma ligeira inclinação do corpo para trás e aproximar o centro de gravidade do 
chão, para que o pé de impulso se apoie à frente do corpo, colocando‑o em uma posição favorável 
ao chute da outra perna na direção vertical.
Feito o apoio do pé de impulso, começa a ação do chute da perna contrária, que deve ser lançada 
para cima, estendida e com muita explosão. Quanto mais estendida ela estiver, maior será a 
energia transmitida para o impulso e elevação ascendente do corpo.
•	 Elevação (p, q, r, s)
Corresponde à subida do corpo em direção ao sarrafo.
Após o chute da perna livre, a perna de impulso se estende vigorosamente e assim o pé de 
impulso deixa o chão. Nesse momento se inicia a fase aérea do salto, com o corpo se elevando 
verticalmente na direção da barra (sarrafo). Todos os movimentos executados nessa fase têm sua 
origem ainda no solo.
Desse modo, a perna de chute se mantém em extensão até sua chegada acima da barra, enquanto a 
perna de impulso vai se flexionando e afastando o joelho para fora, o que provoca um giro do corpo em 
torno do seu eixo longitudinal. O braço correspondente à perna de chute deve ser projetado juntamente 
com ela para o outro lado do sarrafo, enquanto o corpo vai se posicionando paralelamente a ele e, nessa 
posição, quando a perna de chute já estiver totalmente do outro lado da barra, termina a elevação com o 
corpo posicionado com o ventre e o peito voltado para ela. Assim, finaliza‑se a fase da elevação.
•	 Suspensão (t)
Concluída a fase da elevação, o corpo se encontra sobre a barra. Esse é o momento exato em que 
o corpo terminou a sua elevação e, como se estivesse parado no ar, começa a girar em torno do 
seu eixo longitudinal, que está paralelo ao sarrafo, iniciando a transposição.
•	 Passagem sobre a barra (u, v, x, z)
Com o corpo sobre e de frente para o sarrafo, com a perna de chute estendida e a de impulsão 
flexionada, começa o giro em torno do seu eixo longitudinal, que é provocado pelo afastamento 
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
do joelho da perna de impulsão para fora, o que faz o corpo girar para o outro lado da barra como 
se estivesse rolando para o outro lado. Daí o nome rolo ventral, que identifica esse estilo de salto.
•	 Queda (z)
Assim que o corpo contorna completamente a barra (v, x), com a barra ultrapassada, está encerrado 
o salto. O corpo, completamente relaxado, deixa‑se cair naturalmente em direção ao colchão e 
finaliza a tentativa.
A) B) C) D) E) F)
G)
M)
R)
H)
N)
S)
I)
O)
T)
J)
P)
U)
X)
L)
Q)
V)
Z)
Figura 57 – Fases do salto completo no estilo rolo ventral
•	 Fosbury (flop)
A figura a seguir apresenta a sequência completa das fases do salto. Faremos sua análise de modo 
similar ao salto anterior, destacando as respectivas letras da figura.
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A)
B)
C)
D)
E)
F)
Figura 58 – Técnica de salto em altura no estilo flop
•	 Corrida de impulso (A)
A corrida de impulso nesse estilo de salto é particular, diferente de todos os outros estilos de salto 
em altura.
Feita com 9 a 13 passadas, a corrida é realizada em curva para aproveitar a força centrífuga para 
projetar o corpo ao outro lado do sarrafo. O fim da corrida é o momento mais importante porque 
ocorre a preparação para a impulsão. Para isso, há um aumento da velocidade no fim das três 
últimas passadas, momento em que a curva é mais fechada do que no início da corrida.
Alguns saltadores, para melhorar a velocidade inicial, fazem a partida em linha reta para terminar 
em curva, enquanto outros já iniciam em uma curva de raio maior para finalizar na curva de raio 
menor na preparação para a impulsão, momento em que ocorre uma acentuada inclinação do 
corpo para o centro do círculo.
•	 Impulsão (B)
Especialistas em biomecânica consideram que a impulsão é a fase mais importante do salto. 
Devido à forma circular em que é realizada a corrida, a impulsão é feita nas proximidades do poste 
de suporte do sarrafo em um ponto situado a 1 m de distância do aparelho.
A perna de impulso é a externa em relação à barra, portanto, se o saltador usa a perna esquerda 
para a impulsão, deve fazer a corrida no lado direito da pista.
Diferentemente do salto rolo ventral, no momento da impulsão – no flop, a perna não se flexiona 
tanto, permanece quase que estendida para uma melhor transformação da velocidade horizontal 
da corrida e velocidade vertical, o que proporciona um impulso superior.
Em seguida, o corpo se posiciona verticalmente e o tronco começa a elevar‑se com ajuda dos 
braços, que são projetados para cima. Nesse mesmo instante, a perna livre se flexiona em 90º e 
projeta o joelho para o alto simultaneamente com o tronco e os braços, e se move em direção 
do centro do círculo em movimento contrárioao da cabeça, que permanece voltada com o olhar 
dirigido para a barra.
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A partir da combinação dessas ações, o corpo inicia sua trajetória aérea na direção da barra a ser 
ultrapassada.
•	 Elevação (B, C)
Quando o pé de impulso perde o contato com o chão, o corpo começa a se elevar verticalmente.
Com uma rotação criada com o pé ainda no solo, o joelho da perna contrária, que foi projetado 
energicamente para cima no momento da impulsão, gira para o centro do círculo utilizado na 
corrida. Essa ação provoca uma rotação de todo o corpo em torno do seu eixo longitudinal, 
ajudado pela projeção enérgica do braço contrário à perna de impulso, o que faz com que as 
costas do saltador se coloquem voltadas para a barra.
Todas essas ações, realizadas conjuntamente durante a elevação do corpo, preparam o saltador para se 
posicionar de costas sobre a barra, quando termina a elevação e inicia a transposição da barra (sarrafo).
•	 Passagem sobre o sarrafo ou barra (D, E)
Terminada a elevação do corpo, que é proporcional à força de impulso aplicada, o tronco do 
saltador, em total descontração, está posicionado de costas sobre a barra como se estivesse 
suspenso no ar, e então começa a manobra para a superação do sarrafo.
A passagem sobre a barra começa pela cabeça e pelo braço contrário à perna de impulso. Assim que 
estiverem do outro lado, os quadris chegam sobre a barra e são projetados para cima, enquanto as 
pernas se mantêm relaxadas e o corpo adquire uma posição em arco ou ponte.
Logo que os quadris ultrapassam a barra, essa posição arqueada deve ser desmanchada rapidamente. 
Isso se faz através da flexão da cabeça sobre o peito juntamente com as pernas, que são projetadas para 
cima, o que faz com que o corpo passe totalmente para o outro lado da barra e conclua a passagem.
•	 Queda ou aterrissagem (F)
Concluída a passagem, o corpo está na trajetória descendente em direção ao colchão, que 
amortecerá a queda.
Para não correr o risco de as pernas tocarem na barra durante a descida do corpo, as pernas devem 
se manter afastadas (estendidas na vertical) e ser lançadas para trás da cabeça, provocando um 
ligeiro rolamento para trás.
O primeiro contato no colchão é feito pelos braços, que ficam afastados lateralmente para absorver 
o primeiro impacto, seguido dos ombros e da nuca.
Todos esses procedimentos eliminam qualquer risco de contusão provocada pela queda, 
concluindo‑se com sucesso o salto.
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6.1.2 Metodologia para o ensino da técnica do salto
Dentre os métodos utilizados para o ensino da técnica, os mais aplicados são o analítico (passo a 
passo ou das partes) e o global (aprendizagem através da repetição do salto completo).
Destacaremos um exemplo resumido, uma sequência pedagógica para a aprendizagem da técnica 
do salto no estilo flop para que você possa entender o método e como essa técnica pode ser ensinada 
através do método analítico.
Todos os exercícios acentuados aqui devem ser realizados para aqueles que usam o pé esquerdo 
de impulso.
•	 Executar corridas em volta de um círculo de vários tamanhos, com raios variados entre 5 a 10 
metros.
•	 Mesmo exercício. Ouvindo um sinal do professor, o aluno salta para cima com impulso no pé 
esquerdo, elevando o joelho da perna direita flexionado. Deve manter esse joelho elevado até 
voltar para o chão apoiando‑se no mesmo pé que fez o impulso (esquerdo).
•	 Mesmo exercício. Contudo, ao elevar‑se, deve ser feito um giro de 90 graus no ar e a queda no 
mesmo pé que fez o impulso.
•	 Em duplas (um de frente para o outro). Na execução, um dos alunos fica em pé voltado para seu 
companheiro, com o braço direito elevado lateralmente à horizontal. O parceiro faz uma corrida 
de três passadas para tomar impulso, elevando o joelho flexionado da perna contrária para tentar 
atingir a mão do companheiro com esse joelho.
•	 Exercícios para adaptação à queda de costas: em pé sobre um plinto com quatro partes, colocado 
à frente do colchão de quedas, com as costas voltadas para o colchão. Sem tomar impulso, o aluno 
deixa o corpo cair para trás, soltado as costas no colchão. Os braços devem apoiar‑se lateralmente 
na queda.
•	 Mesmo exercício. Agora ocorre uma pequena impulsão para cima e para trás, para cair sobre os 
ombros com os braços afastados do corpo, a fim de evitar a queda sobre eles.
•	 Mesmo exercício, mas com a barra ou sarrafo colocado nos postes na altura dos quadris do 
aluno. Na execução, o aluno deve saltar por cima da barra tomando cuidando para não tocar os 
quadris ou outra parte do corpo na barra e assim derrubá‑la dos postes. Finaliza‑se com as pernas 
elevadas à vertical.
•	 Repete‑se o exercício anterior. Retira‑se, gradativamente, uma parte do plinto, para que seja 
aumentada a distância entre o ponto de impulsão e a barra, até que o impulso passe a ser realizado 
do chão.
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•	 Executa‑se uma corrida em curva com três passadas para fazer a impulsão no pé esquerdo 
logo após o poste do lado direito. Quando o corpo sair do chão elevando‑se à vertical, deve ser 
produzido um giro de 90º para o lado esquerdo, colocando‑se as costas voltadas para o colchão. 
Não se deve saltar a barra e, ao voltar ao chão, o contato deve ser com o mesmo pé que fez o 
impulso, para em seguida fazer uma corrida para o centro do círculo.
•	 Mesmo exercício, mas aqui se deve saltar realizando a passagem da barra utilizando a técnica de 
passagem da forma que foi treinada nos exercícios anteriores.
•	 Mesmo exercício. Aumenta‑se gradativamente a distância da corrida para 5, 7, 9 até 11 ou 13 
passadas, saltando com a técnica final do estilo flop ou salto de costas.
 Observação
Para a escolha e programação dos exercícios para o ensino e treinamento, 
dos saltos em altura e com vara, devem ser selecionadas atividades que 
exijam impulsões no sentido vertical.
Essa sequência de exercícios pode ser aumentada conforme as necessidades ou cada movimento 
ser treinado isoladamente, através de exercícios educativos, para corrigir ou melhorar as ações 
técnicas do salto.
A seguir citamos sete exemplos para o condicionamento físico específico para o saltador:
•	 Em decúbito dorsal, fazer a ponte: elevar o quadril mantendo o apoio dos pés e das mãos no chão 
por cima dos ombros.
•	 Saltos à vertical: elevando o joelho da perna livre flexionada e tentando colocar a cabeça em uma 
bola suspensa no ar.
•	 Saltos no mesmo lugar com pequenos halteres nas mãos, usando apenas a perna forte para fazer 
a impulsão. A perna livre se eleva flexionada.
•	 Saltos em progressão para cima e para frente, alternando o pé de impulso.
•	 Ficar em pé, com halteres nos ombros e a ponta dos pés apoiada em um plano elevado. Na 
execução, elevar o corpo impulsionado pela extensão dos pés, subir e voltar.
•	 Meio agachamento com halteres nos ombros.
•	 Com halteres nos ombros, fazer a posição a fundo alternando a perna, que se afasta para frente.
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Todos os exercícios utilizados para desenvolvimento da força explosiva das pernas podem ser 
acrescentados na preparação do saltador.
 Lembrete
Os saltos em altura e com vara são identificados como saltos verticais.
6.1.3 Regras básicas de competição
A ordem em que os saltadores farão suas tentativas será definida por um sorteio ouconforme 
regulamento da competição.
Para começar a prova, o árbitro anuncia a altura inicial e as alturas subsequentes nas quais a barra 
(sarrafo) será elevada.
Cada saltador terá direito a três tentativas no local em que a barra estiver colocada, e ele poderá 
iniciar suas tentativas em qualquer altura em que a barra estiver fixada.
Independentemente da altura em que estiver saltando ou das falhas que cometer, o saltador 
não poderá ter mais de três falhas consecutivas. Dessa forma, após ter falhado uma vez em uma 
determinada altura, ele poderá deixar de saltar os demais saltos a que tem direito para usar as 
tentativas restantes na próxima altura.
Mesmo depois que todos os demais atletas já tenham terminado suas participações, um único 
saltador tem direito a continuar suas tentativas até perder o direito a continuar saltando, isto é, após 
três falhas consecutivas.
As alturas nas quais a barra será elevada nunca deverão ser inferiores a dois centímetros, e a impulsão 
para o salto deverá ser feita em apenas um pé.
Será considerada falha se o saltador, de alguma forma, derrubar a barra ao realizar sua tentativa 
ou tocar o solo além do plano dos postes, incluindo a área de queda, antes de ter feito o salto. Se a 
barra for derrubada por algum fator externo, vento, por exemplo, a tentativa não será classificada 
como falha.
A distância entre os postes de suporte da barra não deverá ser inferior a 4 metros.
Será vencedor o saltador que ultrapassar a maior altura. Em caso de empate, devem ser adotados 
alguns procedimentos. Será considerado vencedor o saltador que:
•	 1º – Tiver o menor número de saltos realizados na altura em que ocorreu o empate.
•	 2º – Tiver o menor número de saltos falhos em toda a competição.
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•	 3º – Se ainda persistir o empate, devem permanecer na mesma colocação, a não ser quando se 
trata do primeiro colocado. Neste caso, a barra será elevada ou abaixada, com direito a apenas 
uma tentativa, até que alguém falhe.
Exemplo:
Tabela 12 
Atleta 1,80 m 1,85 m 1,90 m 1,95 m 2,00 m 2,05 m Classificação
C 0 0 0 XX0 XX0 XXX 3º
D ‑ 0 XX0 XX0 X0 XXX 1º
A 0 X0 XX0 XX0 X0 XXX 2º
E 0 X0 XX0 XX0 XX0 XXX 4º
B ‑ 0 X0 XXX 5º
 O = ultrapassou X = falhou ‑ = não saltou
Os atletas C, D, A, E (tabela anterior) terminaram empatados, com 2,00 m ultrapassados. Aplicando os 
critérios de desempate, chegamos à classificação final. Pelo primeiro critério de desempate, o competidor 
D e A continuam empatados, já o C e o E na mesma altura falharam duas vezes. Aplicando o segundo 
critério, o D vence o A por ter menor número de falhas em toda a competição, sendo o vencedor, e o A 
fica em segundo.
No terceiro lugar houve empate entre C e E em 2,00 m, porém o C fica em terceiro porque tem 
menos falhas que E em toda a competição.
Finalmente, o saltador B ficou em último lugar porque saltou menos que os demais.
6.2 Salto com vara
Assim como outras disciplinas do atletismo, o salto com vara não apresenta uma origem exata, 
pois acaba se confundindo com diversos movimentos usados para a sobrevivência de muitos povos na 
Antiguidade (FREITAS, 2009).
Os primeiros relatos sobre o salto com vara provêm de várias partes do mundo, tendo funções e 
objetivos específicos, mas é na Grécia Antiga que são registradas as primeiras provas em que se utilizava 
uma vara para a execução de um salto em competições.
Na Espanha destaca‑se uma atividade muito semelhante aos saltos praticados pelos gregos. Todavia, 
em vez de cavalos, são realizados saltos sobre touros. Há informações de que são praticados desde o 
século XVIII e XIX, como podemos notar na imagem a seguir (FREITAS, 2009).
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Unidade III
Figura 59 – Salto de la Garrocha, de Francisco de Goya y Lucientes
Esse tipo de exibição ainda ocorre no festival de San Firmin (São Firmino), juntamente com as 
touradas, em que os competidores saltam sobre os touros com auxilio ou não de uma vara. Além do 
intento esportivo ou para atividades como travessia de rios e lagos, o salto com vara era utilizado para 
fins militares (FREITAS, 2009).
Segundo o autor, na Antiguidade o salto com vara poderia ser agrupado com as seguintes 
características e objetivos:
•	 Primeiros relatos com os povos gregos e celtas como prática esportiva.
•	 Com o fito de aspecto utilitário – para transpor obstáculos naturais como valas e rios.
•	 Usados como forma de defesa ao ataque de animais ferozes ou em uma perseguição, além de 
exibição acrobática com animais.
•	 Treinamento de jovens gregos, que utilizavam as próprias lanças como implemento para o salto – 
para ser usado com recurso em batalhas, tanto em fugas como em ataques.
•	 Fazia parte de rituais religiosos do povo celta.
•	 Aplicado pelos irlandeses para vencer distâncias como altura.
Seguindo para a Idade Moderna, na Holanda havia um esporte chamado de fierljeppen, que 
pode ser considerado uma evolução do uso diário da vara para saltar lagos, muros e rios. Neste 
esporte, o objetivo é saltar sobre um canal com água, atingindo a maior distância possível 
(FREITAS, 2009).
O atleta faz uma corrida sobre uma plataforma de madeira, sem a vara ou o implemento, que estava 
no fim da plataforma, já com sua ponta apoiada dentro da água. Então, com o impulso da corrida, o 
saltador tinha que tentar chegar até a outra margem. Eles poderiam alcançar distâncias de mais de 20 
metros (FREITAS, 2009).
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Figura 60 – Holandês saltando um charco com a utilização de uma vara, em 1938
Figura 61 – Saltador realizando seu salto na modalidade fierljeppen
 Saiba mais
Para saber mais sobre a história do salto com vara, leia a dissertação de 
mestrado de Fernando Paulo Rosa de Freitas, O salto com vara na escola: 
subsídios para o seu ensino a partir de uma perspectiva histórica (2009).
As primeiras menções ao salto com vara como uma prática esportiva mais organizada advêm da 
Grã‑Bretanha e Escócia, no século XIX. As varas utilizadas por eles eram feitas de madeira, freixo ou de 
nogueira, o que tornava o artefato muito pesado, além de ter um suporte feito de metal na ponta para 
a fixação da vara no solo (FREITAS, 2009).
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Unidade III
A técnica inglesa era um pouco diferente do que conhecemos hoje, o atleta se deslocava em baixa 
velocidade, e quando apoiava o implemento no solo, ele o escalava até transportar o sarrafo (obstáculo) 
por completo e jogava a vara para trás (FREITAS, 2009).
Inicialmente as varas eram de madeira, o que as tornava muito pesadas, e carregá‑las tornava‑se 
um trabalho com muita dificuldade. Esse tipo de vara foi utilizado somente na primeira edição de Jogos 
Olímpicos (1896), pois nos Jogos de Paris (1900) passaram a ser de bambu (FREITAS, 2009).
Na década de 1950, as varas de metal foram aplicadas. Não apresentavam uma melhora significativa 
nos resultados obtidos em comparação à vara de bambu, mas promoviam maior acessibilidade ao 
implemento aos atletas.
Os materiais sintéticos surgem como opção para a substituição do metal nas varas, principalmente 
a fibra de carbono, fibra de vidro, epóxi ou uma combinação dessas substâncias, que começaram a ser 
usadas pelos americanos em 1956.
Longitude carbon fibres / epoxy
Glass‑fibre / epoxy
rings of 
glass fibres
Figura 62 – Composição da vara, como fibra de carbono e epóxi,fibra de vidro e anéis de fibra de vidro
Esse material assegurou uma nova fase à disciplina. Observou‑se que não era necessário que 
somente atletas altos e velozes participassem da prova, pois o utensílio possuía flexão extraordinária, 
proporcionando uma espécie de efeito de estilingue, o que é explicado pela utilização da energia cinética 
produzida pelo movimento da vara.
A) B)
Figura 63 – Padrão do movimento do salto com vara rígida, feita de metal 
ou bambu (A) e com vara flexível, de metal ou sintética (B)
A mudança de material, juntamente com algumas alterações técnicas, viabilizaram alterações 
significativas nos resultados alcançados. Isso pode ser observado no estudo realizado por Froes e Haake 
(2001), que analisaram as marcas de 1896 até 1996.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
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6.5
Madeira Bambu Alumínio Compósito de fibra de vidro
Figura 64 – Evolução dos resultados dos atletas masculinos vencedores da 
modalidade de salto com vara nos Jogos Olímpicos de 1896 a 1996
6.2.1 Técnica de salto
O salto com vara é uma modalidade do atletismo que possui técnica muito complexa, que é composta 
de várias fases e subfases que se interligam e apresentam uma estrutura rítmica (PEREIRA, 2002).
Além do aspecto rítmico, o salto exige um conjunto de habilidades motoras e capacidades físicas, o 
que requer um equilíbrio entre tais faculdades e aptidões no mesmo indivíduo, que deve ter uma boa 
estrutura psicológica (MARTINS, 2007).
Muitas vezes a disciplina de salto com vara é comparada às atividades desenvolvidas pela ginástica, 
ou seja, uma atividade gímnica, o que ocorre por conta das características do movimento que acontecem 
principalmente na fase aérea (MARTINS, 2007; FREITAS, 2009).
De acordo com a literatura, não há um consenso a respeito de uma nomenclatura uniforme ou 
padronizada para essas fases.
Quadro 3 
Autor Fases do salto com vara
Houvion (1976)
1) Corrida de aproximação e impulsão
2) Penetração e inversão
3) Rotação e transposição da barra
Ecker (1985)
1) Corrida de aproximação e apresentação da vara
2) Chamada e pêndulo
3) Puxar, rodar, repulsão da vara
4) Chamada
5) Balanço e rotação
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Unidade III
Petrov (1985)
1) Agarre e transporte da vara
2) Corrida de aproximação e apresentação da vara
3) Introdução da vara
4) Chamada
5) Balanço e rotação
Railsback (1987)
1) Corrida de aproximação
2) Apresentação da vara
3) Chamada
4) Balanço e rotação
Woicik (1988)
1) Corrida de aproximação
2) Transição (preparação para apresentação da vara)
3) Apresentação da vara
4) Chamada
5) Pêndulo longo
6) Pêndulo curto (grupar)
7) Extensão
8) Puxar e rodar
9) Repulsão da vara
10) Transposição da barra
Tidow (1991)
1) Corrida de aproximação
2) Preparação da apresentação e apresentação da vara
3) Apresentação da vara e chamada
4) Penetração e pêndulo
5) Puxar, rodar, repulsão da vara e transposição da barra
Giménez (1992)
1) Agarre e transposição da vara
2) Corrida de aproximação e aferição
3) Apresentação e introdução da vara
4) Chamada
5) Penetração, pêndulo e grupar
6) Extensão
7) Transposição da barra.
Sainz (1994)
– 1º parte (realizada no solo):
1) Agarre da vara
2) Corrida de aproximação
3) Transporte da vara
4) Apresentação da vara
5) Introdução da vara e chamada
– 2º parte (fase aérea com apoio):
6) Penetração
7) Pêndulo largo
8) Grupar
9) Extensão e rotação
– 3º parte (fase aérea sem apoio):
10) Transposição da barra, queda e recepção
Adaptado de: Martins (2007).
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Além da complexidade do movimento, a diferença entre a vara rígida e a flexível provoca alterações 
técnicas no movimento, por isso vamos descrever as técnicas para ambas. Apesar de a vara flexível ser 
usada em competições de alto rendimento, nem todos os locais terão acesso a ela. Isso ocorre devido ao 
seu alto custo, por isso muitos optam pela vara rígida.
Matthiesen (2014) considera que as fases do salto com vara são: empunhadura, corrida, preparação 
para o encaixe e o salto, que envolve as fases de impulsão, elevação, giro e transposição e, por último, 
a fase da queda.
•	 Empunhadura: é preciso manter a vara na posição horizontal, com a ponta em ligeira elevação. O 
braço que está à frente deve estar em um ângulo de 90º, quase que paralelo ao solo, sendo que 
a mão apanha a vara por cima, principalmente utilizando o polegar e indicador (com a palma da 
mão voltada para baixo). O outro braço que estará atrás também apresenta uma flexão de 90º, 
com o cotovelo para cima, e segura firmemente bem próximo à extremidade da vara. A posição de 
mão de trás pode variar de acordo com o aluno ou atleta, e o ideal é que a palma da mão esteja 
voltada para cima.
•	 Corrida: deve ter uma velocidade progressiva, e, quanto maior for a velocidade final, com maior 
altura será o salto. Contudo, mais difícil será o controle da impulsão. Com a vara posicionada do 
lado contrário à perna de impulsão, com a ponta da vara elevada, ela é abaixada à medida que vai 
se aproximando do encaixe para realizar esta próxima fase.
•	 Preparação para encaixe: durante a corrida, ocorre a troca da posição da vara. Nos últimos três 
passos, a vara começa a ser abaixada suavemente em direção à área de encaixe. Um detalhe 
relevante é que a velocidade de corrida não pode ser diminuída nem haver nenhum tipo de 
frenagem, e sim o preparo para a impulsão.
•	 Encaixe, impulsão e elevação: em relação ao encaixe, o principal é ter uma boa colocação da vara, 
com coordenação da movimentação de braços, deslocamento do peso do corpo e a velocidade 
sendo transferida para a vara com a menor desaceleração possível. Com a execução do encaixe, 
neste instante é realizada a elevação. Esta ação deverá ser feita de modo suave: a perna contrária 
da mão que está à frente deverá elevar o joelho, ou seja, a perna de impulsão é a que está do 
mesmo lado da mão que vai à frente.
Se todas as fases anteriores forem bem executadas, a elevação, principalmente em direção ao sarrafo, 
vai produzir um bom salto. O trabalho dos membros inferiores é essencial nesta fase. A vara estará ao 
lado dos ombros, com a impressão de que o corpo está enrolado, ou seja, em uma posição grupada. À 
medida que ocorre a elevação, as pernas são estendidas, ficando praticamente paralelas à vara e junto 
ao corpo. Então, há uma inversão do corpo: as pernas ficam estendidas para cima e a cabeça para baixo. 
A diferença entre a vara rígida e a vara flexível é que, devido às forças que atuam na vara flexível, este 
trabalho de elevação é muito mais intenso.
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Unidade III
 A) B) C)
Figura 65 – Sequência de movimentos na fase de impulsão (A, B), seguindo para a fase do giro (C)
•	 Giro: vai ocorrer no fim da fase de impulsão, na qual o corpo executa uma rotação em 180º 
cruzando uma perna sobre a outra, não realizando nenhum tipo de movimento lateral. Com esse 
giro, é efetuado o último impulso para conseguir fazer a transposição da barra, estendendoos 
braços e dando um empurrão para cima.
•	 Transposição: quando se solta a vara. Se todos os movimentos anteriores forem bem executados, 
o soltar a vara é simples e natural, empurrando‑a na direção contrária ao salto para que ela não 
derrube a barra. Lembrando que a transposição é uma consequência da fase de giro, anteriormente 
descrita. Poderá ser feita de uma maneira lateral ou ventral (sobre o abdome).
•	 Queda: operada após a transposição da barra, hoje é feita sobre um colchão, com isso os atletas 
caem de costas nele. No início da modalidade, a queda era feita em pé, pois não havia um colchão 
para cair, mas sim uma caixa de areia fofa.
Figura 66 – Salto com vara realizado em 1911, na Suécia. Observe a área de queda, que não tem colchão
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Figura 67 – Fases do salto com vara
Como discorrido até o momento, o salto com vara é um conjunto de movimentos inserido em 
diversas fases. Atualmente os recordes são:
Tabela 13 
Provas indoor Provas outdoor
Masculino Mundial R. Lavillenie (2014) – 6,16 m Sergey Bubka (1994) – 6,14 m
Feminino Mundial Jennifer Suhr (2013) – 5,03 m Yelena Isinbaeva (2009) – 5,06 m
O atleta brasileiro de destaque nesta disciplina é Tiago Braz, que conquistou a inédita medalha de 
ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (2016), atingindo a marca de 6,03 metros.
6.2.2 Metodologia para o ensino e desenvolvimento da técnica
O ensino da técnica do salto com vara, mesmo apresentando uma complexidade elevada, pode e 
deve ser ensinado a crianças.
O ideal é primeiro usar a vara rígida e em seguida realizar a transição para a vara flexível. O 
ensino com a vara rígida ocorre pela facilidade a materiais como cabos de vassoura e bambus com 
tamanhos menores.
É necessário ter atenção com a integridade do aluno para não haver acidentes nas quedas. Assim, é 
essencial fazer a correta adaptação no uso do material e destacar bem os aspectos técnicos.
O primeiro ponto a ser trabalhado é o conhecimento do aluno sobre a vara, pois ele deve criar 
consciência de que é um instrumento que deve ser manipulado com confiança e, se bem utilizado, 
vai ajudá‑lo a desenvolver a disciplina. Recomenda‑se deixar o aluno manipular a vara de diversas 
formas possíveis.
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Unidade III
Destacaremos a seguir dez exercícios.
•	 1º exercício: para iniciação desta manipulação, já com introdução do salto, o aluno deve colocar a 
vara apoiada no chão na vertical, mantendo um braço estendido mais alto que a cabeça ou o braço 
flexionado à frente do queixo. Depois, faz uma rápida elevação (impulsão) de joelho contrário ao 
braço que está à frente do queixo, e assim faz um salto sem soltar a vara. A aterrissagem se dá 
com os pés unidos.
•	 2º exercício: ainda com pensamento de manipulação do implemento, os alunos agora devem 
efetuar o deslocamento com a vara. Eles correm com ela ao lado do corpo em direção a um cone, 
depois o contornam e voltam correndo.
•	 3º exercício: a mesma ideia de deslocamento do exercício anterior, porém com atenção para a 
execução correta da empunhadura.
•	 4º exercício: uma junção dos três exercícios anteriores, em que o aluno vai realizar o deslocamento. 
Já com a empunhadura correta, o aluno deve operar o encaixe em um local determinado e fazer 
um salto em distância. Para tal, precisa fazer a elevação do joelho para execução de uma impulsão 
vertical e cair com as pernas unidas.
•	 5º exercício: nesta etapa o aluno já está familiarizado com o utensílio e com a mecânica do 
movimento, então é necessário tratar da questão da altura, que muitas vezes pode gerar medos 
e apreensão no aluno. Este exercício é semelhante ao 1º: parado, o aluno faz um salto para 
frente realizando a impulsão do joelho, mas nesta etapa esse salto será efetuado em uma altura 
mais elevada – sobre plintos ou sobre um degrau superior ao plano em que a vara está apoiada. 
Portanto, o aluno deverá posicionar a vara sobre seu ombro (com a mão que está mais alta na 
vara), inclinar seu corpo à frente, fazer o movimento com o joelho contrário à mão que está acima 
e realizar o salto caindo com as duas pernas unidas.
•	 6º exercício: o mesmo exercício anterior, porém na queda o aluno irá executar o giro, ou seja, 
anteriormente o aluno fazia a queda caindo de costas para onde ele tinha saltado. Assim, deverá 
efetuar um giro passando uma perna sobre a outra e cair de frente, olhando para onde ele saltou.
•	 7º exercício: agora com deslocamento, será necessário saltar uma área determinada. Dependendo 
da idade do aluno, essa atividade pode ser chamada saltar o rio ou saltar a água. O aluno deve 
correr com a empunhadura correta e empreender o salto sobre esta área onde ele não pode cair, 
ou seja, deve cair depois dela.
•	 8º exercício: nesse instante, é preciso fazer os exercícios 5 e 6 (nesta ordem), porém com 
deslocamento, tendo atenção para a empunhadura, o encaixe, a elevação e a impulsão.
•	 9º exercício: com auxílio do professor, deve‑se processar o salto sobre o sarrafo. Para tal, o aluno 
faz o encaixe vindo em deslocamento, e o professor auxilia na impulsão, tracionando a vara 
enquanto o aluno realiza a elevação, impulsão, transposição e queda.
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•	 10º exercício: compreende a efetivação do salto com vara completo. Caso não haja colchão 
ou material para queda, deverá ser operada com os pés, com as duas pernas realizando o 
amortecimento. Caso tenha o material para queda, deve‑se executá‑la sobre as costas.
Segundo Matthiesen (2014), os erros mais comuns são:
Quadro 4
Erros Correções
Inversão da perna de impulsão no momento do 
encaixe
Repetir a corrida de aproximação realizando, caso necessário, 
uma marca de controle para orientação do saltador
Dificuldade no momento de elevação das pernas e 
do giro
Fazer movimentos no solo com alterações em movimentação 
vertical. Pode‑se fazer movimentos em suspensão.
Diminuição da velocidade no momento do encaixe
O saltador tem que criar consciência de que a velocidade 
tem que ser transferida para a verticalização do movimento. 
Executar diferentes repetições, como alterações de 
velocidade e distância de deslocamento, com o objetivo de 
conquistar a harmonia entre esses movimentos.
Alternância das mãos Efetuar exercícios com empunhadura, tendo ou não corrida, e antecedendo a fase de encaixe, elevação e impulsão.
6.2.3 Regras básicas de competição
A dinâmica da prova de salto com vara é simples. O atleta tem de percorrer certa distância já com seu 
implemento em mãos e saltar com o auxílio dele o mais alto possível, tentando ultrapassar a vara ou sarrafo.
A área de corrida que o competidor tem disponível para tentar atingir a maior velocidade possível 
será uma espécie de corredor, tendo no mínimo 40 metros de comprimento. O ideal são 45 metros, com 
uma largura máxima de 1,22 metros. Isso é estabelecido pela regra 183.6 e 183.7 (CBAT, 2015).
40.00 (min.)
3
41
0,
05
0,
05
1.
22
 (±
0.
01
)
A
1 2
2.00 min. 6.00 min.
6.
00
 m
in
.
Figura 68 – Vista do corredor para o salto juntamente com a área de queda
A área em que a disciplina do salto com vara é desenvolvida possui o encaixe, o suporte para barra, 
a área de queda e, por fim, a vara.
A área de encaixe tem como função ser o ponto de apoio para o atleta encaixar seu artefato e assim 
obter a impulsão para a realização do salto. O material deve ser confeccionado para que o competidor 
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Unidade III
adquira estabilidade e não enfrente percalços durante as fases do salto nas quais não há contato com 
o solo. A determinação para provas oficiais de como esta área e o aparelho de encaixe devem ser 
confeccionados está descrito na regra 183.8 da CBAt.
60
cm
80cm
Área de encaixe em aço 40
,8
cm
15
cm
120º
Vista geral
Nível do corredor
20
cm
22
,4c
m
1.080m
1.00m
Linha “0”
1.048m
Apro
xima
dam
ente
 
20cm
30º
105
º
Figura 69 – Encaixe da vara: vista aérea e lateral
Após o atleta utilizar o encaixe para a impulsão, deve ultrapassar a barra que está apoiada em um 
suporte, que também leva o nome de poste. Os postes devem ser rígidos e suas partes mais baixas devem 
ser cobertas por um material acolchoado para sua segurança no momento da queda.
A barra que os esportistas devem ultrapassar sem derrubá‑la deve estar apoiada em um suporte. Se 
houver qualquer tipo de toque do saltador, ela deverá cair com facilidade em direção à área de queda.
Antes do início da prova, o atleta pode solicitar a alteração da altura da barra, mas deve fazê‑lo 
comunicando o árbitro responsável. Quando se inicia o tempo de contagem para o salto, a altura da 
barra não poderá ser alterada.
1
2
1
3
35
m
m
 ‑
 4
0m
m
1 ‑ Poste
2 ‑ Suporte
3 ‑ Apoio da barra
2 3
13mm max.
55
m
m
 m
ax
.
Figura 70 – Encaixe da barra: suporte da barra (sarrafo)
A barra transversal que deverá ser ultrapassada será feita de fibra de vidro ou material similar, jamais 
de metal. Deve ter comprimento de 4,50 metros e pesar no máximo 2,25 kg.
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O último instrumento que está presente na área do salto com vara é a área de queda, que deve ter 
no mínimo 6 metros de comprimento e 6 metros de largura, mais a proteção das regiões laterais da área 
de encaixe.
A área de queda tem como função o amortecimento da queda do atleta após a transposição da 
barra, sendo ela superada ou não. Está área deve ser coberta por um colchão com 80 cm de espessura 
para evitar que o indivíduo se machuque no momento da queda.
Proteção Linha 0
2.00m min. 6.00m min.
6.
00
m
 m
in
.
45
º
45º
45
º
80cm
0.
80
m
 m
in
.
Figura 71 – Encaixe da vara (área de queda): vista aérea e lateral
A regra para a confecção da vara (183.11) não determina que tipo de material possa ser aplicado e 
ainda abre a possibilidade de combinação de materiais. Como vimos, pode haver uma combinação entre 
fibra de vidro, fibra de carbono e epóxi.
O diâmetro e comprimento da vara também não são fixados pela regra, pois o atleta pode alterar a 
vara a ser usada para cada altura que saltar.
O competidor ainda pode cobrir a vara com fitas adesivas para proteção da mão e proteção da 
vara, desde que este revestimento não provoque alterações bruscas do diâmetro do utensílio em 
alguma região. Ele deve usar suas varas, só podendo utilizar as varas de outros competidores com o 
consentimento deles.
Nesse contexto, é imprescindível conhecer as regras que compreendem as ações durante a prova. A 
regra 181 dispõe as condições gerais para as provas de saltos verticais, ou seja, salto em altura e salto 
com vara.
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Unidade III
O atleta tem até três tentativas para conclusão correta do salto, ou seja, deve ultrapassar a barra sem 
cair do suporte, com a altura estabelecida antes dos saltos. Independentemente da altura nas quais as 
falhas ocorram, ele é desclassificado da prova com três falhas consecutivas.
O esportista que concluiu o salto em determinada altura não poderá saltar novamente naquela 
altura. A altura da barra no salto com vara poderá ser elevada a cada 5 cm.
Vence aquele que ultrapassar a maior altura da barra. Caso houver empate, os procedimentos a 
serem adotados são (regra 181.8):
•	 Vence o atleta com o menor número de saltos na altura na qual ocorreu o empate.
•	 Caso o empate persista na condição anterior, será considerado vencedor o atleta que tiver a 
menor quantidade de saltos falhos, incluindo a última altura ultrapassada pelos competidores.
A tabela de pontuação deve exibir todos os saltos realizados pelos atletas, mesmo os que foram 
considerados falhos.
Tabela 14 
Atletas
Alturas
3,00 m 3,05 m 3,10 m 3,15 m 3,20 m 3,25 m 3,30 m Clas.
A O XO O XO X‑ XO XXX 2
B ‑ XO ‑ XO ‑ ‑ XXO 1
C ‑ O XO XO ‑ XXX 3
D ‑ XO XO XO XXX 4
 O = ultrapassou X = falhou ‑ = não saltou
Avaliando os dados, o atleta B obteve o primeiro lugar, pois foi o único a atingir a altura de 3,30 m. 
O competidor A também saltou na mesma altura, mas cometeu três falhas consecutivas e ficou em 2º 
lugar. O atleta D, apesar de ter atingido a altura de 3,20 m, falhou nas três tentativas, tendo seu êxito 
com 3,15m.
Exemplo de aplicação
A técnica dos saltos horizontais e verticais exige ótima capacidade de impulsão. Os métodos de 
treinamento utilizados são baseados em uma diversidade muito grande de saltos, o que poderá contribuir 
sobremaneira no enriquecimento das aulas no Ensino Fundamental e Médio e para o treinamento de 
outras modalidades esportivas que envolvam saltos em sua prática.
Faça um levantamento de outros esportes que também requerem excelente capacidade para saltar e 
pense de que forma os exercícios usados no atletismo podem contribuir no preparo dos esportistas das 
mais variadas modalidades.
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ATLETISMO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
 Resumo
Fizemos um estudo sobre as provas dos saltos através da análise técnica 
de cada um deles. Para tal, avaliamos os processos metodológicos para o 
ensino dessas técnicas e destacamos as regras básicas de competição, que 
são exigidas para qualquer pessoa que deseja participar de alguma forma 
de competição, em nível escolar ou profissional.
Houve uma abordagem histórica dos saltos horizontais, as suas origens 
e evolução da técnica, bem como as principais conquistas e recordes. 
Acentuamos, ainda, os atletas renomados dos saltos em distância e triplo.
Nesta unidade também pesquisamos os saltos verticais representados 
pelos saltos em altura e salto com vara, que são os saltos em que o praticante 
busca, através de uma técnica correta e condicionamento físico adequado, 
conseguir saltar o mais alto possível.
Vimos que todos os saltos possuem fases em comum. Examinamos a 
corrida de impulso, a impulsão, a fase aérea e a queda ou aterrissagem. Na 
análise individual, essas fases possuem características próprias para serem 
executadas.
No salto em distância, mostramos estilos como o salto grupado, o 
carpado, em “arco” e com passadas no ar. Para o salto em altura, analisamos 
os estilos rolo ventral e o flop. Todos os estilos estudados neste livro‑texto 
representam os mais usados por crianças, jovens e adultos.
Para a abordagem metodológica, relatamos um processo didático que 
possui os métodos de ensino aplicados universalmente no ensino dessas 
modalidades, em que são descritos exercícios educativos para ensino e 
desenvolvimento das técnicas dos saltos, bem como exercícios formativos 
utilizados no condicionamento físico do praticante.
Finalmente, completamos o estudo dos saltos com uma amostra das 
regras básicas de competição, seus significados, sua aplicação prática com 
as faltas e incorreções comuns nas competições, regras as quais todos os 
alunos e atletas precisam conhecer.

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