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Breve Histórico da Cidade de Campos dos Goytacazes

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TRABALHO DE SOCIOLOGIA
TEMA: A CULTURA CAMPISTA
ALUNO: JOÃO VITOR FERNANDES NUNES
1° ANO
TURMA: 1001
PROFESSOR: AVELINO
Breve Histórico da Cidade de Campos dos Goytacazes-Rj
Situado ao norte do Estado do Rio de Janeiro, o município de Campos foi fundado em 28 de março de 1835, mas sua história pode ser contada desde meados do século 16, quando Dom João III doou a Pero Góis da Silveira a capitania de São Tomé, cujo nome, posteriormente, passou a Paraíba do Sul.
Com a chegada dos portugueses na região, começou a luta com grupos indígenas da etnia goitacá, que habitavam as aldeias lacustres, porém não se desenvolveu um processo ocupacional. Em 1627, por ordem da Coroa Portuguesa, a Capitania de São Tomé foi dividida em glebas, doadas a sete capitães portugueses, alguns deles donos de engenho na região da Guanabara, efetivando a ocupação.
Em 1650 foi implantado o primeiro engenho em solo campista. Visconde d’Asseca funda a vila de São Salvador dos Campos dos Goytacazes em 1677, dominando a região por quase um século. Neste período há grande expansão pecuária. Em 1750 ocorre a queda dos Assecas e a partir daí a expansão da cana-de-açúcar, possível pela divisão dos grandes latifúndios. A Vila de São Salvador dos Campos foi elevada à categoria de cidade em 28 de março de 1835.
Informações geográficas
 Campos é o maior município em extensão territorial do Estado do Rio de Janeiro, com uma área de 4.469km2 na zona fisiográfica da Baixada Campista;
 Localizado ao Norte do Estado do Rio de Janeiro, a 234 km da capital, o território de Campos é cortado pelo Rio Paraíba do Sul e afluentes;
 Sua topografia é formada por baixada (altitude de 5 a 14 m), por tabuleiros bem ondulados (30 a 70 m), correspondendo a 31% da área do município, e por uma região serrana (pico mais alto São Mateus: 1.605 m de altitude), correspondente à metade da área regional.
A história de Campos é rica, fascinante e cheia dos mais diversos e importantes acontecimentos. A Guerra do Paraguai, por exemplo, com a partida dos primeiros voluntários, em 28 de janeiro de 1865, pelo vapor Ceres. O movimento do abolicionismo também encontrou eco em Campos. A campanha abolicionista teve seu ponto alto em 17 de julho de 1881, com a fundação da Sociedade Campista Emancipadora, que propagava a luta pela emancipação dos negros, tendo, na pessoa do jornalista Luiz Carlos de Lacerda, o seu maior expoente. Não se falando do grande vulto José Carlos do Patrocínio, conhecido como Tigre da Abolição.
As visitas do imperador D. Pedro II e a luta republicana foram outro marcos da história de Campos, assim como o início da indústria do açúcar e a descoberta de petróleo na bacia sedimentar campista, a 80 quilômetros da costa. O surgimento, em 1652, da agroindústria açucareira, com a instalação do primeiro engenho em Campos, hoje em fase difícil, dava início ao progresso na nossa região. Mas a descoberta oficial do petróleo veio reativar o desenvolvimento do município.
A introdução do primeiro engenho a vapor na região, em 1830, trouxe grande transformação no processo de produção de açúcar. E o aparecimento da ferrovia, em 1837, com a inauguração do trecho Campos-Goitacazes; e posteriormente em direção ao trecho Norte-Sul, facilitou a circulação, transformando o município em centro ferroviário da região. O cultivo da cana-de-açúcar – hoje um dos principais produtos da região – teve início, provavelmente, no final do século XVII. No século XVIII, os engenhos da área se especializaram na produção de aguardente.
PRINCIPAIS TRAÇOS DA CULTURA CAMPISTA
A Baixada Campista é uma região cultural que segue o eixo da RJ-216, entre Campos dos Goytacazes e o Farol de São Tomé. Serão abordados os principais elementos constituintes dessa paisagem cultural, sua formação histórica, ligada às atividades econômicas do açúcar e da cerâmica, bem como à influência da Igreja, exemplificada pelo Colégio dos Jesuítas, o Mosteiro de São Bento e a festa de Santo Amaro.
Elementos materiais e imateriais
SOLAR DOS AIRIZES
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1940, o Solar dos Airizes foi residência de Alberto Lamego, um dos nomes mais conhecidos de Campos dos Goytacazes.
 Construído no século XIX, o casarão está fechado para visitas e ocupação, mas a prefeitura tem projetos para instalar um museu do Açúcar ou da Cultura Popular no local.
IGREJA NOSSA SENHORA DA LAPA
Em 1861, o conjunto foi entregue à Santa Casa de Misericórdia de Campos, e permanece sob sua administração até os dias atuais. Em 1864, funcionava como asilo para meninas abandonadas na Roda dos Expostos da Santa Casa.
A construção original contava com duas torres, sendo que apenas uma delas foi mantida. Hoje, tanto a Igreja quanto o casarão anexo passaram por reformas, e abrigam nas suas dependências o Instituto Profissional Nossa Senhora da Lapa, em substituição ao antigo asilo.
Circula na cidade a lenda de que um Ururau, jacaré de papo amarelo, vivia em frente à Igreja espantando canoeiros e pescadores? "um bicho papão", segundo os índios Goytacazes que habitavam a região à época, no século XVIII. Conta-se que o animal ainda habita o local, escondido em um sino naufragado que seria levado para a igreja vindo de Portugal. Ainda segundo a lenda, o jacaré seria um jovem travestido no bicho, jogado no rio a mando do pai descontente com o romance entre sua filha e o jovem.
CHUVISCO
O chuvisco já foi tema de teses e pesquisas em universidades campistas. Em 2011, foi tombado como patrimônio imaterial da cidade pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal (Coppam). O doce é parte da culinária portuguesa e chegou ao Rio com a vinda da Família Real, em 1808. Diz-se que os portugueses utilizavam claras de ovos para engomar as roupas e, para aproveitar as gemas, faziam o chuvisco. 
A receita foi parar em Campos mais de cem anos depois, pelas mãos de Nilze Teixeira de Vasconcellos, a Mulata Teixeira. Conta-se que os ex-presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek teriam saboreado a guloseima da Mulata Teixeira quando visitavam Campos. 
Cristalizado, caramelado, em calda, com nozes, passas ou chocolate, ele é produzido em larga escala por fábricas do município e também de forma artesanal por pequenas docerias. 
A Doces Caseiros Boas Novas vende desde 1983 chuviscos fresquinhos, preparados na cozinha ao lado da loja. É mantida por Leda Marins, nascida em 1933, e o marido Geraldo, três anos mais velho. Leda trabalhou na fábrica de melados do avô e diz ter feito os chuviscos do próprio casamento, em 1957. É ela quem comanda os tachos com ajuda de uma funcionária. 
As gemas são batidas pelo menos cem vezes até a massa engrossar. De cholherinha em colherinha, o doce é frito na calda de açúcar três vezes. "Passo o chuvisco no primeiro tacho pra ressecar. No segundo, pra incorporar o açúcar. E no terceiro, para ficar molhadinho", ensina Leda. A doceria vende outras guloseimas típicas de Campos. Mas os chuviscos são o carro-chefe. Recentemente Leda enviou chuviscos para um cliente campista que mora no Japão. Saudades da terrinha.
QUILOMBOS DA PLANÍCIE GOITACÁ
Fragmentos de um importante período histórico de Campos e do país, os quilombos da planície goitacá abrigam mais de quatro mil afrodescendentes nas regiões rurais de Conceição do Imbé, Aleluia, Batatau, Cambucá e Carunkango, algumas delas ainda em processo de reconhecimento. Poucos deles preservam as tradições e cultura de seu país de origem e não estão abertos à visitação. Em 2011, a prefeitura municipal incluiu nas políticas públicas a comunidade de Carobinha, a mais isolada de Conceição do Imbé. Ali, cerca de 70 quilombolas com laços de parentesco sobrevivem da agricultura familiar e da pesca em rios; cozinham em fogão à lenha e não têm eletricidade.
Em 2013, o fotógrafo do jornal Folha da Manhã, Antônio Cruz, registrou o cotidiano dos quilombolas em coletânea de fotos exibidas na Casa de Cultura José Cândido de Carvalho.  Em2014, as fotos dos quilombos seguem para escolas do município.
 
 
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Fontes: Anuário Estatístico
POR GEOHISTORICA | 27/10/2014 · 
http://mapadecultura.rj.gov.br

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