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Sistema Nervoso - morfologia, anatomia, fisiologia

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1 – Caracterize a síndrome de burnout
Reação de estresse excessivo ao próprio ambiente profissional ou ocupacional. Manifesta-se por sensações de exaustão, de desgaste emocional e físico associados a uma sensação de frustração e fracasso.
Essa síndrome tem maior incidência em profissionais com maior contato interpessoal tais como médicos, psicanalistas, assistentes sociais, professores, atendentes públicos, enfermeiros e bombeiros.
Sintomas físicos: Fadiga constante e progressiva (sensação de falta de energia, de vaio interno – sem animo); Dores musculares ou osteomusculares (dores na nuca e ombros, dores na coluna - cervicais e lombares); Distúrbios de sono (apesar do cansaço e da sensação de peso nas pálpebras, a pessoa não consegue conciliar o sono ou dorme imediatamente, acordando poucas horas depois. Sono agitado, pesadelos); Cefaleias, enxaquecas; Perturbações gastrointestinais (desde uma “queimação” estomacal, gastrite, podendo evoluir até mesmo a uma úlcera. Náuseas, diarreias e vômitos); Imunodeficiência (diminuição da capacidade de resistência física); Transtornos cardiovasculares (desde hipertensão arterial, palpitações, insuficiência cardiorrespiratória, até mesmo infartos e embolias); Distúrbios do sistema respiratório (dificuldade para respirar, suspiros profundos, bronquite, asma); Disfunções sexuais (diminuição da libido, dores nas relações e anorgasmia e ejaculação precoce ou impotência); Alterações menstruais.
Sintomas psicológicos: Falta de atenção, de concentração; Alterações de memória (tanto evocativa como de fixação; lapsos de memória); Sentimento de alienação, de solidão e de impotência; Impaciência; Baixa autoestima; Astenia, desanimo e depressão; paranoia.
Sintomas comportamentais: Negligência ou escrúpulo excessivo; Irritabilidade e agressividade; Aumento do consumo de substâncias (nicotina, café, drogas, etc etc); Suicídio; Tendência ao isolamento; Ironia, cinismo.
2 – Descreva a fisiologia do SN Autônomo
Sist. Nervoso 	Sist. Nervoso Central
	Sist. Nervoso Periférico Somático Aferente 	 
	Visceral	Eferente = SNA Simpático 
 Parassimpático 
O sistema nervoso visceral é responsável pela inervação das estruturas viscerais, sendo importante no sentido da manutenção da constância do meio interno (homeostase). No SNV o componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em visceroreceptores a áreas especificas do SNC, enquanto o componente eferente (SNA) traz impulsos de centros nervosos ate as estruturas viscerais (ex – músculos lisos, cardíaco, glândulas).
De modo geral o sistema simpático tem ação antagônica à do parassimpático, vide algumas exceções como nas glândulas salivares, onde ambos os sistemas estimulam a secreção. Vale ressaltar que os sistemas atuam em harmonia e equilíbrio na coordenação da atividade visceral, adequando o organismo as situações a que é submetido.
Uma das diferenças fisiológicas dos sistemas é que o parassimpático tem ações localizadas a um órgão ou setor do organismo, enquanto o simpático apesar de poder ser localizado, tende a ser mais difuso, atingindo vários órgãos.Reação de alarme
 AG = ação cetogenica 
Glicogenolise e gliconeogenese
Sist. Simpático – reação de alarme (preparado p/ luta ou fuga): a medula suprarrenal age como gânglio, na medida que possui inervação simpática pré-ganglionar, e acaba por lançar adrenalina no sangue. Em situações na quais o sist. simpático é ativado há maior transformação de glicogênio em glicose que é lançada no sangue, aumentando as possibilidades de consumo de energia, há também aumento no suprimento sanguíneo nos músculos estriados esqueléticos (+ glicose e O2 e remoção do CO2). 
Funkestein descobriu que a raiva dirigida para fora estava associada à secreção de noradrenalina, enquanto a depressão e a ansiedade associava-se a uma secreção de adrenalina.
3 – Caracterize o Sist. Límbico e como se relaciona com o estresse (como é ativada e o que ela faz)
Está relacionado tanto com a integração superior de informações (visceral, olfatória e somática) como com as respostas homeostáticas, que incluem os comportamentos fundamentais de sobrevivência (alimentação, acasalamento, emoção).
As emoções desencadeiam manifestações fisiológicas e estão relacionadas com áreas especificas do cérebro, que em conjunto, constituem o sist. Límbico.
Sist. Límbico 	Memória
	Emoções 	Áreas corticais 
	Áreas subcorticais
A amígdala é a principal responsável pelo processamento das emoções e desencadeadora do comportamento emocional, bem como pelo reconhecimento e coordenação de respostas apropriadas à ameaça e ao perigo. A informação visual, auditiva é levada ao tálamo e daí a áreas visuais primarias e secundarias, de lá a informação segue uma ia direta e uma indireta. Na via direta a info é processada na amigdala basolateral, passando à central que dispara o alarme (sist. simpático), enquanto na via indireta, a informação passa pelo córtex pré-frontal (analise) e depois à amigdala. 
O estresse é essencialmente um grau de desgaste no corpo e da mente, que pode atingir níveis degenerativos. Impressões de estar nervoso, agitado, neurastênico ou debilitado podem ser percepções de aspectos subjetivos de estresse. Esse produz certas modificações na estrutura e na composição química do corpo, algumas são manifestações das reações de adaptação do corpo (mecanismo de defesa contra o estressor); outras já são sintomas de lesão.
4 – Descreva a fisiologia do hormônio cortisol (eixo hormonal; efeitos fisiológicos; regulação; estímulos hormonais; composição química; tipos de receptores) 
CRH
CRH - Hormônio liberador de corticotrofina
ACTH - Hormônio adrenocorticotrófico – produção estimulada por qualquer tipo de estresse
RG - Receptores de glicocorticoides – situados no citoplasma
RM - Receptores de mineralocorticoides
Glândula Pituitária – adeno hipófise 
Eixo HHA – regulado pelo Hipocampo
*exposição crônica ao cortisol pode levar a disfunção e morte de neurônios hipocampais = resposta mais acentuada ao estresse ( cortisol) e então maior lesão do hipocampo
O cortisol, hormônio esteroide derivado do colesterol (lipossolúvel), é o principal glicocorticoide secretado pelo córtex suprarrenal. 
Efeitos fisiológicos: Regulação do metabolismo energético (estimulação da gliconeogenese) – o cortisol aumenta as enzimas necessárias para a conversão de aas em glicose pelas células hepáticas, além de provocar a mobilização de aas em tecidos extra-hepáticos, principalmente dos músculos, e ainda diminui a velocidade do consumo da glicose pelas células (reduz a oxidação do NADH) *** DIABETES ADRENAL; Reduz as proteínas celulares – redução da síntese de proteínas, assim como aumento do catabolismo (exceto no fígado); Aumenta as concentrações de proteínas plasmáticas (produzidas no tecido hepático) e no fígado; Mobilização de ác. graxos do tecido adiposo; Anti-inflamatório – bloqueio dos estágios iniciais da inflamação (estabiliza as membranas dos lisossomos; reduz a migração de leucócitos e a fagocitose das células lesadas; reduz a reprodução dos linfócitos; atenua a febre), e aumento da velocidade da regeneração.
** o excesso de cortisol pode causar obesidade – deposição excessiva de gordura no tórax e na cabeça (“giba de búfalo” e “face em lua cheia”), causada muito provavelmente pelo estimulo excessivo a ingestão alimentar.
RGs e RMs: Os glicocorticoides mediam suas ações, incluindo a regulação do feedback do eixo HHA, por meio de dois subtipos distintos de receptores de corticosteroide intracelular, RM e RG. Ao contrário dos receptores dos hormônios proteicos, que estão localizados na membrana celular, estes estão localizados no citoplasma (inativos). O RM tem alta afinidade pelos corticosteroides endógenos (GC) e considera-se que desempenhem
um papel na regulação das flutuações circadianas desses hormônios (especialmente na secreção de ACTH durante a queda progressiva diurna na secreção do cortisol). Enquanto o RG possui uma alta afinidade pelo DEX (dexametasona - glicocorticoide sintético). Portanto, acredita-se que o RG seja mais importante na regulação da resposta ao estresse quando os níveis endógenos de glicocorticoides estão altos. Enquanto se considera que os RMs possam estar envolvidos na atividade inibitória tônica no eixo HPA, os RGs parecem “desligar” a produção de cortisol em períodos de estresse.
5- Compare adrenalina e cortisol
A adrenalina, ou epinefrina, é sintetizada na medula adrenal que está sob o controle do sist. nervoso simpático, e é uma catecolamina (composto orgânico que tem um grupo benzenodiol e uma cadeia lateral de amina – hidrossolúvel). A adrenalina é sintetizada em situações de luta ou fuga e age como um neurotransmissor, podendo armazenar-se nos grânulos de secreção. As catecolaminas são liberadas por exocitose. Seus efeitos fisiológicos estão relacionados ao sistema nervoso simpático (na regulação do metabolismo intermediário e respostas ao estresse agudo) e seus receptores (adrenérgicos) podem ser de dois tipos: α e β. Os receptores α são mediadores de ações estimulatórias de adrenalina e noradrenalina sobre a musculatura lisa. São divididos em α1 e α2. Já os receptores β têm ação inibitória sobre a mesma musculatura e também se dividem: β1 e β2.
6- Descrever o impulso nervoso (potencial de ação), as sinapses e os neurotransmissores
As células nervosas transmitem informações umas as outras por meio de impulsos elétricos denominados potenciais de ação (PA) – variação súbita do potencial de membrana. Podem ser de fora do SNC em direção e ele (aferente) ou do SNC para fora dele (eferente), tornando a comunicação dos neurônios similar a uma rede de circuitos elétricos. 
Em repouso o potencial elétrico encontra-se negativo no interior da célula (alta concentração celular de íons K+ - membrana mais permeável). Em virtude dessa diferença de [] e pelo efeito denominado equilíbrio de Gibbs-Donnan, a membrana celular mantém-se polarizada. O PA ocorre iniciado pela entrada abrupta do Na⁺ no MIC, em virtude da diferença de concentração com o MEC, tornando o interior carregado mais positivamente – Despolarização. E termina com a saída do K⁺ e a consequente repolarização da célula – Jogo de permeabilidade. O PA é originário nas extremidades dos axônios e segue para as porções terminais do corpo celular, nos dendritos. 
Há diferentes tipos de ativação do PA, como: mecânica (toque, vibração sonora), química (paladar, olfato), térmica (frio, calor), luminoso, doloroso...
A fibra nervosa é classificada em função de seu diâmetro e velocidade – diâmetro = velocidade.
** neurônios mielinizados (membrana lipídica no ext da célula – mielina) = velocidade – pois a despolarização só ocorre nos nódulos de Ranvier, onde não há revestimento, que atua como isolante fazendo com que os impulsos saltem.
Sinapses: podem ser consideradas junções funcionais, onde tem-se transmissão química, através da liberação de neurotransmissores (acetilcolina, noradrenalina, adrenalina, ac glutâmico, encefalinas, etc). quando o PA chega ao final do axônio ocorre um influxo de Ca2+ que causa a fusão das vesículas de neurotransmissores com a membrana pré-sináptica. Ao ocorrer a fusão as moléculas, neurotransmissores são libertas na fenda sináptica, na qual são difundidas e aderidas aos seus receptores específicos na membrana pós-sináptica.
** na sinapse elétrica, há uma junção comunicante entre os neurônios.
Neurotransmissores - são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, que podem enviar informações a outras células através das sinapses
Neuro-hormonio – são os liberadores de hormônios
 
7- Descrever o ciclo circadiano e o sono (área e hormônio – melatonina)
A melatonina (MEL) ou N-acetil-5-metoxitriptamina, é o principal hormônio sintetizado a partir da serotonina pela glândula pineal (glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro). Sua secreção ocorre exclusivamente à noite, iniciando-se cerca de 2h antes do horário habitual de dormir e atingindo níveis plasmáticos máximos entre 3 e 4h, variando de pessoa para pessoa. Depois de secretada, se distribui por vários tecidos corporais e não é estocada. Apresenta alta solubilidade em lipídeos, o que facilita sua passagem através das membranas celulares, inclusive a barreira hematoencefálica - até 70% da MEL sanguínea se encontra ligada à albumina. 
A luz é o fator ambiental mais importante para a regulação da síntese de MEL (“tradutor neuroendócrino” do ciclo claro-escuro) e responsável pelo ritmo circadiano de sua secreção, ela tem ação inibitória sobre a pineal - núcleo supraquiasmático ativo. A exposição à luz durante a fase escura inibe a produção de MEL de forma aguda, mas a escuridão por sua vez não estimula a sua produção.

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