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Universidade Agostinho Neto Faculdade De Economia Departamento De Ciências Sociais Polo II- Kikuxi Trabalho de Demografia Taxa de fecundidade em Angola Turma: H/ manhã Ano: 2ª Docente NLandu Mila Luanda, 11/2017 Universidade Agostinho Neto Faculdade de Economia Polo II- Kikuxi Trabalho de Demografia Taxa de fecundidade em Angola Luanda, 11/2017 Nº de matrícula Nome dos integrantes 109208 Angelina Mendes Epalanga 109250 Belarmino Tonho Manuel Bandeira 109312 Danilo Aires dos Santos Silva 109781 Samuela Linda Á todos estimados colegas Da sala H da Faculdade de Economia Da Universidade Agostinho Neto Pelo companheirismo e a todos professores Pela dedicação no processo de ensino AGRADECIMENTO Primordialmente agradecemos a Deus pela dádiva de vida e pela capacidade que nos forneceu para a realização deste trabalho. Sem retrair o Professor pela disponibilidade em transmitir-nos os seus conhecimentos de uma maneira coesa e sistemática, pelo tema proposto que é de valor imensurável na academia e no universo económico. Finalizando, agradecemos também a todos quantos nos ajudaram directa ou indirectamente na elaboração deste trabalho. Página | 5 Índice Dedicatória Agradecimento Introdução, 6 CAPITULO I: Taxa De Fecundidade, 7 I.1. Fecundidade Actual, 7 I.2. Filhos nascidos vivos e sobrevividos, 8 I.3. Intervalo entre nascimento, 9 I.4. Insusceptibilidade À Gravidez, 9 1.5. Idade no primeiro parto, 10 I.6. Gravidez e maternidade na adolescência, 11 CAPITULO II: Preferências De Fecundidade, 12 II.1. Desejo de ter outro filho e limitar número de filhos, 12 II.2. Tamanho da família ideal, 12 II.3. Planeamento dos nascimentos, 13 II.4. Taxa de fecundidade desejada, 14 Conclusão, 15 Bibliografia, 16 Página | 6 Introdução O nosso trabalho tem como tema principal “A Taxa De Fecundidade Em Angola”. Ele está dividido em dois capítulos que encontram-se subdivididos em subcapítulos. No primeiro capítulo falaremos sobre a Fecundidade, onde descreveremos o actual nível de fecundidade no nosso país e alguns dos seus determinantes principais. Apresentaremos informações sobre a taxa global de fecundidade, intervalos entre nascimentos, gravidez e maternidade na adolescência. No segundo capítulo falaremos sobre a Preferência De Fecundidade onde poderemos apresentar informações sobre preferência de fecundidade, tamanho da família ideal, planificação de fecundidade e taxa de fecundidade desejada. Será que o nível académico influencia na taxa de fecundidade de um país? Sim, o nível académico influencia muito na taxa de fecundidade de um determinado país! Objectivo geral: Dar a conhecer o estado actual da taxa de fecundidade do pais. Objectivo específico: Apresentar as principais determinantes da taxa de fecundidade; Obejctivo especifico : Mostrar as diferentes taxas de fecundidade segundo o quintil socioeconomico. Materias usados: Máquina fotográfica Pc portátil Pendriv Tipos de pesquisas Pesquisas feita por entrevista e pela internet. Página | 7 Capitulo I: Taxa De Fecundidade Fecundidade é a Qualidade daquele ou daquilo que é fecundo, que se reproduz. Separação das Silabas: fe-cun-di-da-de Etimologia: Lat. Fecunditas A taxa de fecundidade é uma estimativa da quantidade de filhos que uma mulher teria ao longo de sua vida reprodutiva. É geralmente expressa como o número de nascimentos por 1.000 mulheres em idade fértil. Em Angola, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a idade fértil da mulher está na faixa dos 15 a 49 anos. Os governos acompanham as taxas de fecundidade para analisar se a sua população vai crescer, encolher ou ficar do mesmo tamanho. Esses dados são importantes para guiar políticas públicas, ações governamentais e até para antecipar um mercado consumidor. Por meio da taxa de fecundidade, é possível avaliar a quantidade de alimento que deve ser produzida, que tipo de transporte público será mais útil e que ações devem ser tomadas nas áreas de saúde, previdência e educação. I.1. Fecundidade Actual A taxa global de fecundidade (TGF): As taxa especificas e as taxas global de fecundidade foram calculadas apartir do hitorial de nascimentos. O somatorio da taxa especifica de fecundidade, é conhecida como a taxa global de fecundidade, é uma medida que resume o nivel o fecundidade no país. Equivale ao número médio de filhos nascidos por mulher ao fim da sua vida reprodutiva, se for considerada conforme as taxas de fecundidade por idade num periodo do inquerito. As taxas de fecundidade especificas por idade forarm calculadas para os três anos anteriores ao inquerito e baseam-se em historial de nascimentos pormenorizados, fornecidos pelas mulheres. Numa amostra de mulher dos 15 aos 49 anos. Os dados recolhidos sobre a fecundidade no IIMS (Inquerito dos indicadores multiplos de saúde) 2015-2016 permitem medir os niveis e as tendencias da fecundidade e destacar os diferenciares entre alguns grupos sociodemograficos. É importante salientar o papele que a fecundidade desempenha no crescimento da população e na transição demografica de um país. A taxa global de fecundidade em angola é de 6,2 por mulher, sendo mais elevada nas áreas rurais (8,2) do que nas áreas urbanas (5,3), ou seja, em média as mulheres nas áreas rurais têm mais 3 filhos do que as mulheres nas áreas urbanas( quadro .1) Padrões segundo as caracteristicas seleccionadas: As taxas de fecundidade por grupos quinquenais de idade mostram que a fecundidade nas áreas rurais tendem a ser mais elevadas do que nas áreas urbanas para todas faxas etarias. (grafico 1.1) 132 224 243 210 164 81 15 163 261 277 245 186 90 21 295 485 520 455 350 171 36 0 200 400 600 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 Grafico: 1.1 taxa especifica de fecundidade por faza etaria e área de residencia Urbano Rural Tolal Página | 8 As taxas global da fecundidade varia de 4,5 filhos em luanda e 8,6 no bié. A taxa de fecundidade diminue a medida que o nivel de fecundidade aumenta( De 7 à 8 filhos entre as sem escolaridade para 4 à 5 filhos entre as mulheres com nivel de escolaridade secundaria ou superior). O mesmo comportamento se verifica em relação ao quintil socioeconomico. Em média as mulheres do primeiro uintil socioeconomico têm mais do dobro de filhos do que as mulheres do 5ª quintil( 8,5 contra 4 filhos). segundo o quintil socio economico, a média total de filhos por mulher é de 6,6. I.2. Filhos Nascidos Vivos E Sobrevividos O IIMS 2015- 2016 recolheu igualmente dados sobre o número nascidos vivos e onúmero de filhos sobreviventes entre as mulheres de 15-49 anos. A média nacional de filhos vivos é de 2,9 entre todas as mulheres e 4 entre mulheres casadas ou em união de factos. Por outro lado a média de filhos sobreviventes é de 2,5 entre todas as mulheres e 3,5 entre as mulheres actualmente casadas ou em união de facto. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Primeiro quintil Segundo quintil terceiro quintil quarto quintil Quinto quintil Média 9 8 7 5 4 6 Gráfico 1.1.1 Taxa global de fecundidade por quintil socioeconomico Mais pobres pobres Classe média Rico Muito rico Média Página | 9 I.3. Intervalo Entre Nascimento O intervalo mediano entre o nascimento é o número de meses desde o nascimento anterior apôs o qual nasce a metade as crianças. As informações sobre o intevalo de nascimentos são importantes pelo efeito que tem sobre os riscos de saúde das crianças e das mães. Um intervalo entre inferior a dois anos pode influenciar a saúde da mãe e a saúde de criança. Em angola um intervalo mediano entre nascimento é de 30,8 meses. 25% de todos os nascimentos ocorrem 24 meses após o nascimento anterior. Padrõres segundo caracteristicas seleccionadas O intevalo mediano entre nasciomentos aumenta acentuadamente com a idade, de 24,9 meses entre as mães de 15-19 anos para 36,1 meses entre as de 40-49 anos. O intervalo mediano entre o nascimento é de 4,1 meses mais longo nas areas urbanas do que nas areas rurais ( 32,8 meses contra 28,7 meses ). O intervalo mediano entre o nascimentos é maior quando o irmão anterior está vivo( 31.2 meses), do que quando o irmão anterior morreu( 24,9 meses). O intervalo mediano entre o nascimentos varia entre as províncias, sendo de 37,3 meses em Cabinda e 28,5 meses em Lunda-Sul. O intervalo mediano entre o nascimento é de 11.5 meses maior nas mulheres do 5º quintil- socioeconómico do que nas mulheres do primeiro quintil socioeconómico( 39,9 e 28.4 meses respetivamente) . I.4. Insusceptibilidade À Gravidez A maioria das mulheres não é susceptivel a gravidez nos 1ºs dois meses após o parto. A continuação da amenorreia pós parto e a abstinência de relações sexuais que pode alargar o periódo de proteção contra a gravidez. Em Angola, a duração mediano da menorreia pós-parto é de 11,7 meses e as mulheres abstêm-se de relações sexuais numa mediana de 3,6 meses após-parto. As mulheres Angolanas 10% 15% 37% 19% 8% 11% Gráfico I.2. Intervalo entre nascidos Distribuição Percentual De Nascimentos Não Primogénitos Nos 5 Anos Anteriores Ao Inquerito, Por Número De Meses Desde O Nascimento Anterior 7-17 18-23 24-35 38-47 48-59 60+ Página | 10 não são susceptiveis a gravidez pós-parto( quer devido a menorreia, quer por abstinência sexual após-parto) numa mediana de 13,3 meses. Padrões segundo as caracteristicas selecionadas: As mulheres nas áreas rurais permanecem com a Amenorreia após-parto por um periódo mais longo, do que as mulheres nas áreas urbanas( duranção duma mediana de 13,8 e 10 meses respectivamente). Também as mulheres das áreas rurais têm uma duração mediana de insusceptibilidade mais longa do que as mulheres nas urbanas( 14,8 e 11,9 meses respectivamente). Aroz xc A duração mediana de insusceptibilidade pós-parto varia entre 10,1 meses nas mulheres do Kuanza-Norte à 22,9 meses nas mulheres de Moxico. A duração mediana da Amenorreia diminui em 5,8 meses entre as mulheres sem qualquer nível de escolaridade em comparação com as mulheres de nível secundário ou superior. O mesmo acontece com a Insusceptibilidade, sendo a diferença de 6,5 meses. A duração mediana da Amenorreia tem uma relação inversa com o quintil socioeconómico da mulher, ou seja, entre as mulheres do 1º quintil, a duração mediana é de 14, 3 meses e entre as mulheres do 5º quintil, a duração mediana é de 7,7 meses. O mesmo se verifica em relação ao nível de escolaridade da mulher. 1.5. Idade No Primeiro Parto Em Angola, entre mulheres de 25-29 anos, a idade mediaana no primeiro parto é de 19,5 anos. Uma em cada 3 (33%) destas mulheres teve o primeiro parto dos 18 anos e mais da metade(55%) teve o primeiro parto antes dos 20 anos. Padrões segundo características seleccionadas As mulheres com nível de escolaridade secundaria tendem a ter o primeiro parto mais tarde ( idade media 20,5 anos) do que as mulheres sem escolaridade (idade mediana 19,4 anos) ou com nível de escolaridade prímario (Idademediana 18,9 anos) . A idade mediana no parto varia de 18,5 anos no Bié a 21,3 anos no moxico; A idade mediana no primeiro parto varia ligeiramente com o quintil socioeconomico, sendo maior nos extremos: 19,7 anos no primeiro quintil e 20,5 no quinto quintil socioeconomico. 19 19 21 20 Nenhum primario secundario/superior Média Gráfico 1.3. Idade média do primeiro parto segundo O nível de escolaridade Idade mediana no primeiro parto entre as mulheres de 20-49 E de 25-49, por caracteristicas seleccionadas Página | 11 I.6. Gravidez E Maternidade Na Adolescência A bastante tempo que a gravidez precoce tem merecido uma atenção especial or parte do governo angolano. Assim, tanto a gravidez precoce como os abortos (frequêntemente associados à gravidez indesejada) acarretam graves consequências sociais. Em angola, cerca de um terço(33,3%) das adolescentes dos 15-19 anos já iniciou a sua vida reprodutiva, ou seja, já tiveram ou mais filhos (Nascidos vivos) ou encontravam-se grávidas pela primeira vez no momento da entrevista. Destas, 29% já tiveram um filho nascido vivo e 6% estavam gravidas pela primeira vez no memento da entrevista Padrões segundo caracteristicas seleccionadas. Cerca de uma mulher em cada 3 mulheres de 15-19 anos já iniciou a vida reprodutiva. Está proporção é de 10% entre as mulheres de 15 anos e sobe para 59% entre as mulheres de 19-20 anos. As adolescentes que residem nas áreas rurais começam a vida reprodutia mais cedo do que as adolescentes da área urbana( respecticamente, 49% e 29% já iniciaram a vida reprodutiva). A precentagem de adolescentes que já iniciaram a vida reprodutiva é maior entre as adolescentes do primeiro e segundo quintil ( 48% e 58%, respectivamente) do que as adolescentes do quinto quintil socioeconomico (16%). ----------------------------------------------------------------------------------- Quadro 1.1 Taxa especifica por idade e taxa global de fecundidade, taxa geral de fecundidade e taxa bruta de natalidade para os três anos anteriores à entrevista, por área de residência , Angola IIMS 2015-2016 Residência Grupo de Idades Urbano Rural total 15-19 132 239 371 20-24 224 358 582 25-29 243 361 604 30-34 210 321 531 35-39 164 232 396 40-44 81 105 186 45-49 15 31 46 Total 1069 1647 2716 Taxa global de fecundidade(15-49) 5,3 8,2 6,2 Página | 12 Capitulo II: Preferências De Fecundidade As informaçõs sobre as preferencias de fecundidade podem ajudar os fornecedores de programas de planeamento familiar a avaliar o desejo de ter filhos, a extensão das gravidez são planeadas e indesejadas e a procura de contraceptivos para espaçar ou limitar os nascimentos. Estás informações podem sugerir a direcção que os padrões de fecundidade seguirão no futuro. II.1. Desejo De Ter OutroFilho E Limitar Número De Filhos Metade das mulheres actualmente casadas em angola gostaria de ter outro filho. Entre as mulheres que desejam ter outro filho, 16% querem ter um filho em menos de dois anos, 26% preferem esperar 2 ou mais anos antes de terem o próximo filho e 8% desejam ter outros filhos mas estãom indecisas quanto à altura certa. 3 em cada 10 mulheres(31%)actualmente casadas não querem mais filhos e 5% declaram-se infecundas. Portanto, mais de metade (57%) pretende adiar o próximo nascimento ( para dois anos ou mais) ou não ter nenhum filho(Incluindo exterelização). Padrões segundo características seleccionadas O desejo de ter mais filhos diminui como um aumento no número de filhos sobreviventes. 57% das mulheres actualmente casadas e sem filhos desejam ter um filho dentro de 2 anos,enquanto menos de uma em dez mulheres(7%) com seis ou mais filhos querem ter outro filho em menos de dois anos. 72% dos homens sem filhos querem ter 1 filho em menos de 2 anos O Desejo de limitar o número de filhos é maior entre as mulheres das áreas urbanas(33%) do que nas áreas rurais(28%). O mesmo se verifica nos homens, com uma diferença de 18 porcentos (53% nas áreas urbanas e 17% nas áreas rurais). A província do namibe possui a maior percentagem de mulheres actualmente casadas que não querem ter mais filhos(46%) e o bengo possui a menor percentagem(17%). Nos homens, a percentagem é maior no namibe(40%) e menor no cuanza norte(3%). A percentagem de homens que não desejam ter mais filhos aumenta consoante o nível de escolaridade, passando de 19% para aqueles sem qualquer nível de escolaridade para 28% entre os com nível de escolaridade primario e 31% para os que têm o nível secundario ou superior. 32 19 35 2825 31 0 20 40 Mulheres Homens Gráfico 2.1 Desejo De Limitar O Nascimento De Filhos Percentagem de homens e mulheres actualmente casados que já não querem ter mais filhos Nenhum Primario Secundario/superior Página | 13 II.2. Tamanho Da Família Ideal Se as mulheres pudessem escolher o tamanho ideal de suas familias, teriam em média 4,9 filhos, enquanto os homens teriam 5,9 filhos. A média do número ideal de filhos é maior entre a população actual casada( 5,5 filhos para as mulheres actualmente casadas e 7 filhos para os homens actualmente casados) Padrões segundo caracteristicas selecioadas O tamanho ideal de filhos para todas as mulheres de 15-49 anos aumenta consoante o número de crianças sobreviventes, passando de uma médida de 3,8 filhos entre as que não têm filhos sobreviventes para 7 filhos entre as que têm 6 ou mais filhos sobreviventes. A média do número ideal de filhos aumnetam com a idade da mulher, existindo uma diferença de 3,1 filhos entre a faixa etaria de 15-19 anos e a dos 45-49 anos( respectivamente 3,9 e 7 filhos) As mulheres das áreas rurais querem ter mais filhos (6 filhos) do que as mulheres das áreas urbanas(4,5 filhos). O número ideal de filhos varia consoante a província, sendo menor entre as mulheres em cabinda (3,9 filhos) e maior no bié(6,5 filhos). 4,9 5,9 5,5 6,8 MULHERES HOMENS Gráfico 2.2 média de número ideal de filhos A média ideal de filhos para homens e mulheres Total Actualmente casados 3,8 4 4,5 5,1 5,5 6,2 7 4,8 5 5,4 6 6,7 7,2 8,8 0 1 2 3 4 5 6+ Gráfico 2.2.1 Tamanho Da Família Ideal L Por Número De Número De Crianças Sobreviventes A média do número ideal de crianças Mulheres Homens Página | 14 O tamanho da familia ideal diminui com o aumento do nível de escolaridae e do quartil socioeconomico. Assim, a médida do número ideal de filhos para as mulheres sem escolaridade é 5,9 enquanto a média de filhos para as mulheres com nível de escolaridade secundario ou superior é de 4,6. II.3. Planeamento dos nascimentos Dos nascimentos ocorridos nos cinco anos anteriores ao inquerito, dois terços (66%) foram planeados para aquele momento e 3 em 10(29%) foram planeados para mais tarde. 5% dos nascimentos não forma desejados. Padrões segundo caracteristicas seleccionadas A percentagem de nascimentos desejados para mais tarde diminui consoante a ordem: 38% dos nascimentos do primeiro filho e 25% dos nascimentos do quarto filho(ou seguintes) são desejados para mais tarde. A proporção de nascimentos desejados para mais tarde diminui com a idade da mãe, variando de 40% dos nascimentos para mulheres com menos de 20 anos à 10% dos partos nas mulheres de 45-49 anos. Quanto maior for a idade da mãe, maior é a proporção de nascimentos não deejados. Entre as mulheres com menos de 20 anos, 3% dos nascimentos não foram desejados e entre as mulheres de 40-44 anos é de 19%. 5% 66% 29% Gráfico 2.3 Situação de planeamento dos nascimentos Entre as mulheres de 15-49 anos, a distribuição percentual de nascimentos nos cinco anos anteriores ao inquérito (Incluindo gravidezes actuais) por situação de planeamento de fecundidade Não desejado Queria nesse momento Queria para mais tarde 38 28 28 25 0 5 10 15 20 25 30 35 40 1 2 3 4 Ordem de nascimento Gráfico 2.3.1 Planeamento dos nascimentos por ordem de nascimento Percentagem de partos desejados para mais tarde por ordem de nascimento Página | 15 II.4. Taxa De Fecundidade Desejada A taxa de fecundidade desejada mostra o nível de fecundidade que resultaria se pudessem prevenir todos os nascimentos indesejados. A taxa de fecundidade desejada (5,2) é inferior a taxa global de fecundidade (6,2 filhos), o que significa que as mulheres angolanas têm em média 1 filho acima do desejado. Padrões segundo caracteristicas seleccionados A taxa de fecundidade desejada é consistentemente menor do que a taxa global de fecundidade. No entanto, a magnitude da diferença varia por caracteristicas da mulher. A diferença entre a taxa global de fecundidade e a taxa de fecundidade desejada é maior nas áreas rurais( 8,2-7,1=1,1) do que nas áreas urbanas (5,3-4,4=0,9). As mulheres do cuanza sul apresentam a maior diferença entre a taxa global de fecundidade e a taxa de fecundidade desejada (1,6 filhos) e as mulheres do huambo têm a menor diferença (0,4 filhos). As mulheres com nivel de escolaridade secundario ou superior têm maior probabilidade de atingir a sua fecundidade desejada(4,5 - 4,0= 0,5) em comparação com as mulheres sem esclaridade(7,8 -6,5= 1,3 filhos). A taxa global de fecundidade desejada e a taxa global de fecundidade diminuem com o quintil socioeconomico, passando de 7,4 filhos e 8,5 filhos respectivamente, entre mulheres do primeiro quintil para 3,3 e 4,0 respectivamente entre as mulheres di quinto quintil. 7,8 1,3 6,57,2 1,1 6,1 4,5 0,5 4 0 5 10 Taxa global de fecundidade Diferença Taxa de Fecundidade desejada Gráfico 2.4. Fecundidade Actual E Desejada Por Nivel De Escolaridade Número De Filhos Actuais E Desejada Por Mulheres Nenhum Primario Secundario/Superior Página | 16 Conclusão As taxas de fecundidade tendem a ser menores nos países desenvolvidos, como a França, Itália, Alemanha e Islandia, e maior nos países subdesenvolvidos, como é o caso de Angola. Embora não seja regra, há diversas razões para isso. Como vimos, O número de filhos que uma mulher tem depende de muitos factores, incluindo a idade que começa a procriar, o tempo que se esperaentre os nascimentos, a sua fecundidade, Nível de escolaridade, entre outros. As mulheres têm, nos países desenvolvidos, maior acesso a serviços de planejamento familiar e a métodos contraceptivos e vivem mais nas áreas urbanas. Além disso, têm mais acesso à educação e ao desenvolvimento profissional. Muitas mulheres optam por estudar ou investir na carreira profissional em vez de ter filhos. Muitos casais também optam por não ter filhos. Isso reduz a taxa de Fecundidade nos países industrializados. Adiar os primeiros nascimentos e alargar o intervalo entre os partos contribuem para a redução dos niveis de fecundidade em muitos países. Em contra partida os intervalos curtos entre os partos( menos de 24 meses) podem conduzir a grave consequências para as mães e os recem- nascidos, tais como partos prematuros, peso a baixo a nascencia e a morte. A procriação em tenra idade está igualmente associado a riscos e ao aumento e complicação durante a gravidez e no parto, o que perfaz a taxas mais elevadas de mortalidade neonatal. Página | 17 Bibliografia INE. Inquerito De Indicadores Multiplos De Saúde De 2015-2016: Fecundidade, 1ªed., Luanda, 2017.
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