Buscar

PRODUÇÃO GRÁFICA Apostila

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Prof. Augusto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 2 
 
ÍNDICE 
 
1 -INTRODUÇÃO............................................................................................................................................4 
2 -HISTÓRICO................................................................................................................................................5 
Breve História da Imprensa............................................................................................................5 
Prensa.............................................................................................................................................6 
Impressora Rotativa........................................................................................................................7 
Fotocomposição.............................................................................................................................7 
3 -SISTEMAS DE IMPRESSÃO.........................................................................................................................8 
Tipografia........................................................................................................................................8 
Rotogravura....................................................................................................................................8 
Flexografia......................................................................................................................................9 
Serigrafia.........................................................................................................................................9 
Offset............................................................................................................................................10 
Impressão Digital..........................................................................................................................11 
4 -PAPEL......................................................................................................................................................12 
Histórico........................................................................................................................................12 
Principais Características dos Papéis............................................................................................13 
Formatos de Papel........................................................................................................................13 
5 - O FLUXO PRODUTIVO GRÁFICO.............................................................................................................15 
Pré-impressão...............................................................................................................................15 
Fontes...........................................................................................................................................15 
Cores.............................................................................................................................................16 
Formas de Composição das Cores................................................................................................18 
Faca Especial.................................................................................................................................19 
Conversão do Texto em Curvas e Sangrias...................................................................................20 
Visualizando um Arquivo Fechado................................................................................................21 
Arquivos Abertos X Arquivos Fechados........................................................................................22 
Do Computador Para a Impressora (fotolito e chapa)..................................................................23 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 3 
 
ÍNDICE 
 
Impressão.....................................................................................................................................24 
Tintas............................................................................................................................................24 
Pantones.......................................................................................................................................24 
Pós-Impressão..............................................................................................................................25 
Acabamento.................................................................................................................................25 
Aplicação de Verniz......................................................................................................................25 
Corte.............................................................................................................................................25 
Dobra............................................................................................................................................25 
Montagem....................................................................................................................................26 
Alceamento..................................................................................................................................26 
Costura/grampo...........................................................................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 4 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
A maioria das pessoas ao aprender apenas as ferramentas de computação 
gráfica, enfrentam diversos problemas ao enviar seus arquivos para serem impressos 
numa gráfica. Devido à falta de um grau maior de conhecimento não sabem, por 
exemplo, qual prova escolher, ou qual o tipo de papel a ser usado na impressão, como 
será o acabamento e etc. O que pode acarretar na falta de aproveitamento dos 
diversos recursos gráficos que uma gráfica pode oferecer. 
A matéria de produção gráfica tem como principal objetivo o de transmitir ao 
aluno um abrangente conhecimento dos processos de produção gráfica. De modo a 
prepará-lo ao cotidiano informacional, capacitando-o a melhor elaborar e definir a 
forma de seus projetos. 
Em primeiro lugar, veremos um breve histórico da imprensa e os sistemas que 
foram utilizados no princípio de seu exercício. Feito isso, buscaremos apontar os mais 
importantes sistemas de impressão. Em seguida, partiremos a observar amplamente o 
papel. Desde a sua descoberta, até as definições de seus formatos que muito 
facilitaram o processo gráfico. Para então, finalmente, observarmos o fluxo produtivo 
gráfico. O qual pode ser dividido entre pré-impressão, impressão e pós-impressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 5 
 
2 - HISTÓRICO 
Breve História da Imprensa 
 
Desde as épocas mais remotas de sua história, o homem sente a necessidade de 
transmitir o conhecimento que adquire para outros. De modo a preservar assim, seus 
sentimentos e ideias. 
No princípio, as paredes de grutas e cavernas eram escolhidas para registrar 
informações referentes à caça. Essas pinturas rupestres foram o princípio da 
comunicação entre os homens até o desenvolvimento do alfabeto fonético pelosfenícios em 2.000 AC. Quando se deu o início da palavra escrita pela civilização 
ocidental. 
Ao contrário dos alfabetos da época, que eram baseados em ideogramas que 
continham mais de 40.000 caracteres, o alfabeto fonético representou a redução da 
linguagem em apenas 26 símbolos. 
Após a instituição do alfabeto fonético, não demorou muito para surgirem os 
primeiros livros manuscritos da história. Os quais contavam com uma rica carga 
estética, baseada em um aperfeiçoamento da caligrafia por parte daqueles que os 
escrevia e com divinas ilustrações. 
A grande produção dos livros manuscritos ocorreu durante a idade média, onde os 
documentos históricos eram traduzidos do grego para o latim, pelos monges cristãos. 
Os quais faziam dos mosteiros, verdadeiras bibliotecas. No entanto, tal sistema logo 
entrou em declínio, uma vez que cada livro demorava a ser feito e seu exemplar era 
único. Fator que também dificultava a publicação das obras. 
Dinheiro felicidade 
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVXWYZ 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 6 
 
 
Prensa 
 
Em 1440, o alemão Johannes Gutenberg, observando uma prensa de uvas para fazer 
vinho, tem a brilhante ideia de utilizar essa tecnologia sobre caracteres moveis com as 
letras do alfabeto, gravadas em blocos de madeira ou chumbo. As quais serviam para 
formar palavras e/ou frases de um texto por completo. E desenvolve assim a imprensa. 
O processo inventado por Gutenberg consistia em dispor os inúmeros caracteres 
móveis encaixados de modo invertido e em conjunto, num suporte de madeira. Uma 
espécie de caixa onde se delimitava a formatação do texto. Após isso, eram levemente 
umedecidos com tinta preta. Sobre este suporte, utilizava a prensa adaptada com as 
páginas em branco para que estas, ao serem prensadas junto aos caracteres, eram 
marcadas com o texto já padronizado. Funcionando como uma espécie de carimbo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 7 
 
 
A Impressora Rotativa 
 
Durante pouco mais de quatro séculos, o sistema de impressão foi o inventado por 
Gutenberg. Quando, por volta de 1850, surgiram as impressoras rotativas de metal que 
substituíram as prensas planas de madeira. 
O desenvolvimento do sistema de impressão através do atrito entre enormes cilindros 
favoreceu às gráficas na produção de impressos em larga escala, e também a 
atenderem a uma demanda muito maior. 
 
Fotocomposição 
Em 1944, surgem as primeiras máquinas que possibilitam a inserção de textos no papel 
sem a necessidade dos caracteres. No sistema de Fotocomposição, cada caractere do 
alfabeto era gravado em vazado num disco opaco. Quando o operador digitava 
determinada letra o disco era acionado e girava até o ponto em que aquela letra 
estava gravada. 
Uma luz era usada para refletir a sombra vazada da letra numa das várias lentes que 
ficavam em um segundo disco. O tamanho da lente determinava o tamanho da fonte. 
Sendo refletiva por um objeto e projetada em um papel fotossensível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 8 
 
3 - SISTEMAS DE IMPRESSÃO 
Tipografia - 1440 
 
O sistema tipográfico de impressão é o que mais se aproxima da prensa criada por 
Gutenberg em 1440, pois consiste na montagem de uma matriz em alto relevo. A qual 
é banhada de tinta por um sistema de distribuição entre vários rolos. 
A tinta é posta no tinteiro, que por sua vez banha o rolo principal. Este irriga outros 
dois rolos menores colocados em um trilho. Quando a prensa com a matriz levanta, o 
trilho desliza por debaixo dela, e os rolos lhe transferem a tinta. Quando esta abaixa, 
carimba o papel corrente efetuando a impressão. 
 
Rotogravura - 1860 
 
A formação da imagem no sistema de Rotogravura (de 1860, acompanhando o 
advento da imprensa rotativa em 1850) é obtida por intermédio de baixos relevos 
gravados em um cilindro revestido de cromo. 
Tais relevos (também chamados de alvéolos ou células) são uma espécie de pequenos 
sulcos onde a tinta é depositada conforme o cilindro passa pelo tinteiro. 
Por ser imerso no tinteiro, o cilindro acaba ficando com excesso de tinta. O qual é 
retirado com auxílio de uma lâmina raspadeira. Deixando no cilindro apenas a carga de 
tinta depositada nos alvéolos. 
O processo de imersão na tinta permite ao sistema de rotogravura trabalhar com 
tintas de maior fluidez. Ideal para a impressão sobre superfícies plásticas e tecidos. 
Ideal na confecção de embalagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 9 
 
Flexografia - 1860 
 
A Flexografia também surgiu em 1860 como opção de imprensa rotativa. E assim como 
na Tipografia, este sistema também possui uma matriz em alto relevo, porém, feita 
com um material emborrachado de fotopolímeros chamado clichê. 
Este clichê é fixado com uma fita dupla-face em um cilindro central. O qual gira 
transferindo tinta à sua superfície e também, simultaneamente, o pressiona sobre o 
material a ser impresso. 
Efetuando assim, a impressão. 
 
Serigrafia - 1900 
 
Também conhecido como sistema de Silk Screen, a Serigrafia consiste na utilização de 
uma tela (screen) revestida com um tecido muito fino e resistente. O qual é 
extremamente esticado e preso às bordas desta. 
A imagem é definida por um processo de gravação onde passa-se em ambos os lados 
da tela uma emulsão colorida. Ao secar, a tela é levada a uma sala fechada, onde será 
colocada em uma mesa de luz, juntamente com o negativo da matriz da arte, chamado 
fotolito. A luz servirá para queimar toda a emulsão da tela, tornando-a impermeável. 
Entretanto, o negativo da matriz servirá para evitar que a luz queime a emulsão em 
sua área correspondente na tela. Após este processo, a tela é lavada. A água então, 
retira a emulsão apenas desta área, deixando-a permeável. E assim, como podemos 
ver na figura ao lado, revelar o espaço correspondente à área de impressão. 
No sistema serigráfico, a impressão ocorre da seguinte maneira: 
1. A tinta (pastosa) é depositada no canto superior da tela levantada. 
2. Coloca-se o papel a ser impresso encaixado em um registro preso sobre a 
mesa. 
3. Deita-se a tela sobre a mesa e, com auxilio de uma lâmina emborrachada 
(rodo), espalhe a tinta de maneira uniforme por sobre toda a área de impressão. 
4. Levanta-se a tela, retirando do registro o impresso pronto e deixe secar. 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 10 
 
Offset - 1904 
 
O sistema de impressão Offset é baseado na repulsão natural entre a água e 
substâncias gordurosas (no caso a tinta). 
A imagem é gravada numa chapa em um sistema semelhante ao da tela serigráfica. No 
entanto, sua área de impressão é preparada para receber a tinta, ao passo que as 
demais áreas são preparadas para receber a água e repelir a tinta. 
A chapa com a área de impressão definida é fixada em um cilindro próprio. O qual, ao 
girar, banha esta com água e tinta. Sob certo grau controlado de pressão, apenas a 
área de impressão na chapa é coberta de tinta. 
Desse modo, este irá marcar a imagem em um segundo cilindro revestido de borracha, 
chamado Caucho ou blanqueta. O qual transferirá os dados nele marcados para o 
papel. Efetuando a impressão. Por isso, o sistema Offset é conhecido como modo de 
impressão indireta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 11 
 
Impressão Digital- 1985 
 
O sistema de impressão Digital é o mais atual e rápido meio de imprimir determinada 
imagem ou material gráfico. Isto porque o modo de produção da imagem ocorre a 
partir do envio de dados digitais do computador direto para a impressora. 
Além disso, o sistema digital permite trabalhar com diversos tamanhos de impressão. 
O que favorece a produção de imagens com um altíssimo nível de resolução. Só para 
se ter uma ideia da diferença em sua qualidade, para que uma imagem seja depositada 
na internet sem ficar muito pesada e difícil de ser carregada, deve conter uma média 
de 72 dpi (dots per inches = pontos por polegadas) em sua resolução. 
Já um impresso que é produzido em sistema Offset trabalha tendo como resolução 
ideal a quantia de 300 dpi. No entanto, uma impressora digital que permita trabalha 
com grandes formatos, pode oferecer resoluções de até 2.400 dpi. 
Como podemos notar nas imagens ao lado, tais valores são praticamente 
imensuráveis. Entretanto estes garantem um impresso sem áreas serrilhadas, de cores 
extremamente vivas e brilhante. 
 
Dados Comparativos Entre os Sistemas de Impressão 
Comparando-se os sistemas de impressão, temos: 
 Sistema Tipos de Impressão 
 Secagem da Tinta 
 Velocidade da Impressão 
 Resistência da Matriz na Tiragem 
 Qualidade da Impressão Colorida 
 Tipografia Direta Lenta Lenta Baixa Baixa 
 Rotogravura Direta Rápida Rápida Altíssima Boa 
 Flexografia Direta Rápida Rápida Alta Boa 
 Serigrafia Direta Lenta Lenta Baixa Baixa 
 Offset Indireta Rápida Rápida Alta Alta 
 Digital Direta Rápida Rápida Não Precisa Altíssima 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 12 
 
4 - PAPEL 
 
O papel é uma das principais preocupações do designer gráfico, pois, entre a infinita 
variedade de tipos disponíveis, deve-se saber escolher adequadamente o papel para a 
produção de seus projetos. 
Esta seleção pode ser mais fácil quando se conhecem todas as propriedades e 
características dos tipos de papeis. E é exatamente isto que veremos a partir de agora. 
 
Histórico 
 
A origem da palavra ‘‘papel’’vem do termo grego papyrus, que significa junco. Os 
gregos assim denominaram o primeiro suporte para escrita inventado pelos egípcios, 
devido a utilização de plantas aquáticas em sua composição. 
Por volta de 300 a.C., os egípcios produziam os papiros entrelaçando as fibras dos 
juncos extraídos no rio Nilo. Após esse minucioso trabalho, eles o ensopavam na água 
e batiam no chão para dar a liga necessária à escrita. No entanto, o papiro egípcio 
também levou povos do antigo oriente a elaborar seu próprio sistema de escrita, nos 
séculos que antecederam a Era Cristã. Dentre os quais a China se destacou por sua 
intensa dedicação na produção e no aprimoramento do sistema de escrita. Em 
princípio, os chineses adotaram o mesmo sistema egípcio, onde entrelaçavam finas 
tiras de bambu para a confecção de seu suporte. 
O resultado, entretanto, era um material fino, porém pouco flexível. Até que por volta 
do ano 105 d.C. eles passaram a reaproveitar os desperdícios texteis (trapos) em sua 
produção. Onde eram misturados com as tiras, molhados, e em seguida batidos por 
um longo tempo, até formarem uma pasta. Essa composição era depositada em 
peneiras quadradas para que a água pudesse escoar. Secando até virar uma folha de 
papel. 
Esse sistema de produção foi extremamente significativo para a produção de suportes 
da escrita, pois, alterou a união das fibras, que antes eram entrelaçadas uma à outra 
(união física), para o entrelaçamento de modo hidrogênio (união química). Resultando 
na folha de papel, tal como conhecemos hoje. Um material extremamente fino, leve, 
flexível e totalmente impermeável. 
Totalmente apropriado para a escrita. 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 13 
 
Principais Características dos Papéis: 
 
Gramatura: o peso de uma folha de papel é determinado de acordo com a extensão de 
sua superfície em metro quadrado. Sendo expresso em gramas por metro quadrado 
(g/m²). 
Resma: é o nome dado a certa quantidade junta de papel. No mercado gráfico, a 
resma é formada por 500 folhas e serve para facilitar a comercialização do papel. 
Podendo ser dividida em dois (pacote c/ 250 folhas) ou quatro (pacote c/ 125 folhas). 
Peso: como o peso do papel é praticamente imensurável, este só pode ser 
determinado se relacionados a gramatura da folha com o peso de sua resma. Assim, se 
uma resma de 500 folhas pesar 2 quilos (2.000g), então cada folha terá 
aproximadamente 4 gramas. 
 
Formatos de Papel: 
 
Com a invensão da imprensa e a expansão do setor gráfico em nível mundial, os 
produtores de papel viram a necessidade de padronizar sua produção. De modo a 
facilitar a comercialização, atendendo a todo tipo de demanda. 
Foi criado então um sistema mundial com medidas pré-definidas, onde grandes folhas 
uniformemente produzidas eram cortadas em vários formatos proporcionalmente 
menores. Os quais cada um receberia uma denominação específica, para auxiliar em 
sua distribuição aos comerciantes. E também na identificação feita pelos consumidores 
do tamanho ideal de papel a ser comprado de acordo com suas necessidades. 
Ao longo dos tempos, existiram diversos padrões de medidas que auxiliaram no 
aprimoramento deste sistema, no entanto hoje há basicamente dois padrões em vigor: 
o popularmente conhecido sistema internacional (do formato A4 e seus derivados) que 
foi adotado na maioria dos países do mundo, e o sistema U.S. Standard. Com formatos 
como o Letter, por exemplo, utilizados por Estados Unidos e Canadá 
Como podemos observar no esquema acima do atual sistema internacional vigente, 
esse agrupamento de vários formatos dentro de um maior, funciona na seguinte 
proporção crescente: A) a altura do tamanho atual passa a ser a largura do próximo 
tamanho, e B) a altura do próximo tamanho é o dobro da largura do tamanho atual. 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 14 
 
Tabela dos Principais Formatos e suas Medidas 
SÉRIE A Formato 
mm 
SÉRIE B Formato 
mm 
SÉRIE C Formato 
mm 
A 0 841 x 1189 B 0 1000 x 1414 C 0 917 x 1297 
A 1 594 x 841 B 1 707 x 1000 C 1 648 x 917 
A 2 420 x 594 B 2 500 x 707 C 2 458 x 648 
A 3 297 x 420 B 3 353 x 500 C 3 324 x 458 
A 4 210 x 297 B 4 250 x 353 C 4 229 x 324 
A 5 148 x 210 B 5 176 x 250 C 5 162 x 229 
A 6 105 x 148 B 6 125 x 176 C 6 114 x 162 
A 7 74 x 105 B 7 88 x 125 C 7 81 x 114 
A 8 52 x 74 B 8 62 x 88 C 8 57 x 81 
A 9 37 x 52 B 9 44 x 62 C 9 40 x 57 
A 1 0 26 x 37 B 1 0 31 x 44 C 1 0 28 x 40 
A 11 18 x 26 B 11 22 x 31 C 11 20 x 28 
A 1 2 13 x 18 B 1 2 15 x 22 C 1 2 14 x 20 
 
Tabela de Cortes Para o Papel em Folha Formato BB 
No padrão gráfico, o formato da folha BB, que corresponde às medidas 66x69 cm, é o 
mais utilizado em gráficas brasileiras. A tabela abaixo, ilustra o porque desta 
preferência, dadas as várias opções para montagem e distribuição das imagens dentro 
deste formato. 
 Formato 66x96 Formato 48x66 Formato 32x66 Formato 33x48 Formato 32x34 
o 1 Pedaço 2 Pedaços 3 Pedaços 4 Pedaços 5 Pedaços 
 Formato 33x32 Formato 42x24 Formato 22x48 Formato 37x22 Formato 33x24 
o 6 Pedaços 6 Pedaços 6 Pedaços 7 Pedaços 8 Pedaços 
 Formato 16,5x48 Formato 22x32 Formato 33x19,2 Formato 22x26 Formato 25x21 
o 8 Pedaços 9 Pedaços 10 Pedaços 10 Pedaços 11 Pedaços 
 Formato 36x16 
o 12 Pedaços 
 Formato 22x24 
o 12 Pedaços 
 Formato 23,4x19,2 
o 14 Pedaços 
 Formato 22x19,2 
o 15 Pedaços 
 Formato 16,5x24 
o 16 Pedaços 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃOGRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 15 
 
5 - O FLUXO PRODUTIVO GRÁFICO 
 
Pré-Impressão: 
É a fase produtiva responsável pela concretização das ideias de um artista gráfico, em 
um arquivo digital que possa ser reproduzido em sistemas de impressão, em escala 
industrial. É neste processo que a definição de todas as características do impresso 
serão definidas, tais como suas fontes, cores, imagens e até mesmo seu formato. 
Fontes: 
As fontes são conjuntos de caracteres e símbolos desenvolvidos em um mesmo 
desenho. Esse desenho de letra ou caractere é chamado de tipo. 
Atualmente, na área de editoração eletrônica, utilizamos as fontes redimensionáveis, 
ou seja, que podem ser ampliadas e reduzidas sem que percam a qualidade (vetoriais). 
Existem, atualmente duas principais tecnologias de fontes para a área de editoração 
eletrônica: o padrão Adobe e o padrão True Type. 
Fontes Adobe 
Também chamadas de fontes 1 ou de PostScript, foram desenvolvidas pela Adobe 
Systems para serem absolutamente compatíveis na linguagem PostScript. Em outras 
palavras, são totalmente adequadas para se trabalhar nos vários softwares gráficos 
como os próprios da Adobe (Photoshop, Illustrator, InDesign) e o CorelDRAW. 
Fontes True Type 
Foram desenvolvidas pela Apple e Microsoft e incluídas como fontes de sistema tanto 
no Windows como no Mac OS. Por não serem diretamente compatíveis com a 
linguagem PostScript, têm de ser convertidas no padrão Adobe no momento da 
impressão em uma impressora profissional. 
 
Onde obter fontes 
Gratuitamente, as fontes estão disponíveis nos CDs do Corel Draw (cerca de 1200) e 
nos CDs que acompanham o PageMaker e Adobe Illustrator. Elas também podem ser 
adquiridas por meio do Adobe Font Folio e Adobe Type and Call. Pela Internet você 
encontrará uma listagem das principais fontes no site My Fonts (www.myfonts.com). 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 16 
 
Cores 
 
A cor é um fenômeno ocorrido entre a interação de três elementos: fonte luminosa, 
objeto e observador. Sem a presença de um destes três elementos não podemos falar 
sobre o fenômeno cor. 
 
Assim, a primeira conclusão a que podemos chegar é que a cor é um fenômeno 
subjetivo, ou seja, que depende do observador. Mudando-se o observador a cor 
também será percebida de uma maneira diferente pois cada pessoa possui uma 
sensibilidade cromática diferente. 
 
Podemos definir a luz como uma forma de energia que se propaga em ondas 
eletromagnéticas. Quando o olho humano recebe uma onda com comprimento de 1 
metro nada ocorre, porém ao receber ondas compreendidas entre 400 e 700 nm 
(nanômetros, 1nm = 10 metro = 0,000000001) temos a sensação das cores. 
 
Esta parte eletromagnética, entre 400 e 700 nm é chamada de Espectro. A qual ao ser 
visível em três partes proporcionais teremos a predominância de três cores: Vermelho, 
Verde e Azul Violeta que traduzidas para o inglês serão: Red, Green and Blue, ou seja, 
RGB. A luz branca é luz formada pela adição destas três luzes coloridas RGB, no sistema 
conhecido como Síntese Aditiva que pode ser observado em qualquer monitor de 
computador ou televisão que possui somente pontos destas três cores em suas 
polegadas. 
 
Pode-se criar cores através da mistura de pigmentos coloridos (Síntese subtrativa), e a 
maneira mais conhecida em Artes Gráficas, é a utilização das cores (Cyan, Magenta e 
Yellow) somadas ao pigmento Preto (Black) formando o também conhecido CMYK. 
Através da mistura em diferentes proporções de CMYK nós podemos formar todas as 
cores visualizadas em um material impresso. 
 
O simples nome da cor não é suficiente para informarmos ao impressor que cor 
desejamos obter no trabalho impresso, se fazendo necessária a determinação 
numérica da cor para que possamos predizer o resultado desejado. 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 17 
 
Então podemos determinar a cor por meio da combinação numérica do sistema RGB 
ou do sistema CMYK, também chamados espaços de cor. Por exemplo, uma cor pode 
ser informada da seguinte forma no espaço CMYK: 0% de ciano, 100% de magenta, 
100% de amarelo e 0% de preto, ou no espaço RGB: 182 vermelho, 0 verde e 38 no 
azul. Desta maneira podemos informar as cores desejadas de maneira precisa. 
 
Determinando Valores Para as Cores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 18 
 
Formas de Composição das Cores 
 
Existem sistemas menos complexos para determinação das cores, que apresentam 
certas limitações, mas podem ser de grande valia na ausência de sistemas informática. 
Talvez o sistema mais largamente conhecido seja a escala de cores Pantone, onde 
podemos especificar uma cor escolhendo-a em uma tabela impressa que possui a 
“fórmula” para sua confecção. 
O sistema Pantone possui várias escalas de cor, sendo as mais conhecidas aquelas que 
se utilizam da mistura na composição das tintas (Formula Guide) e a que se utiliza da 
mistura de porcentagens de ponto das tintas CMYK (Color Process), ambas utilizando 
as tintas próprias da Pantone. 
As escalas de cores Pantone já possuem aplicações digitais onde as cores são 
escolhidas e aplicadas diretamente no computador através do programa Pantone 
Color Drive, disponível tanto para Macintosh quanto para Windows. 
Cores Pantone são cores especiais, para cada uma usada é necessário um filme e uma 
chapa pois as elas não podem ser diluídas no processo CMYK. As paletas Pantone (que 
são vendidas no mercado gráfico) indicam os percentuais para se atingir aquela cor 
específica. Quando a gráfica recebe de um cliente um arquivo com uma cor dessa 
paleta, ela é obrigada a gerar seus fotolitos, inclusive um especial para aquela cor 
Pantone, gravar as chapas e antes de imprimir misturar as tintas que compões tal cor. 
Utilizando, portanto, uma quinta cor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 19 
 
Faca Especial 
 
Para que um impresso seja modificado em seu formato (podendo virar uma atrativa 
embalagem encrementada) é necessário também que se defina antes da impressão a 
área a ser aproveitada da impressão. Uma vez com tais definições de como aquela 
embalagem/impresso ficará, deve-se também desenhar a faca especial. 
Assim como o material a ser impresso, o desenho da faca especial deverá constar no 
arquivo a ser enviado para o bureau ou gráfica. Afim de que este também seja filmado. 
A lâmina de fotolito deste deverá ser encaminhada a um profissional que construirá 
uma boca (ou várias dependendo o tamanho) delimitada por uma superfície fina e 
cortante. A qual terá por suporte um pedaço de madeira. Esta peça será colocada em 
uma máquina de corte e vinco (cuja o sistema utilizado é similar ao da prensa de 
Gutenberg) aonde o material impresso será colocado e refilado e vincado de acordo 
com a pressão sobre as áreas pré-determinadas pelo artista gráfico na faca especial. 
Demarcando assim, seu formato e suas áreas de dobras, para que seja colado, preso 
ou montado em uma embalagem ou peça gráfica (calendário, bloco de notas, etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 20 
 
Conversão do Texto em Curvas e Sangrias 
 
Na hora de encaminhar um impresso a uma gráfica ou bureau, é necessário se 
certificar de duas coisas: a primeira é se o texto utilizado em sua produção será, ou 
não, convertido em curvas. Tudo dependerá se o arquivo irá aberto (para possibilitar a 
gráficade efetuar qualquer correção neste) ou fechado (apenas para a impressão). 
Em caso apenas de impressão, um texto deve ser convertido pois, dependendo da 
fonte trabalhada, a gráfica/bureau pode não tê-la. De modo que, ao abrirem o arquivo, 
este pedirá as fontes utilizadas. Se não tiver estas em seu sistema, o software gráfico 
buscará substituí-las por fontes parecidas. Processo que altera a identidade visual 
criada pelo artista gráfico. 
Ao converter um texto em curva, os caracteres que até então são editáveis em 
formato de texto passam para imagens vetorizadas conjuntas, permanecendo apenas 
com os formatos anteriores. Cada uma passa a ter sua área definida por nós, os quais 
podem ser manipulados, possibilitando sua edição. 
Uma vez convertida em imagem vetorizada, a fonte não causará problemas de 
reconhecimento para o software gráfico na hora em que for abrir o arquivo. 
A segunda coisa a ser feita ao fechar um arquivo é certificar-se de que este esta com as 
devidas marcas de corte e com as respectivas áreas de sangria. 
Como podemos notar no exemplo ao lado, as marcas do corte são colocadas no 
arquivo para delimitar a área a ser refilada do impresso. Aqui vemos duas imagens de 
um mesmo adesivo de duas cores em pantone: azul e laranja. O branco que seria a 
terceira cor não é necessário pois as outras duas serão impressas sobre o papel 
branco. 
A necessidade da sangria é para evitar que, ao ser refilado, o material impresso 
apresente um encaixe apropriado para a guilhotina sem apresentar áreas de 
desnivelamento brancas. Para isso, é necessário que se deixe de 2 à 3 mm de sangria 
nas áreas em volta do impresso que excedem seu espaço. Nesse caso, o artista gráfico 
elaborou o adesivo de modo que a única cor a ser sangrada é o laranja. 
Pantone Pantone 
2935 1655 
 
 
] 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 21 
 
Visualizando um Arquivo Fechado 
 
Até pouco tempo atrás, não havia como visualizar o arquivo fechado. Ele era enviado 
para a gráfica ou bureau e lá, então, conferido. Caso houvesse algum erro, era 
necessário seu reenvio. Hoje temos como visualizar um arquivo fechado, diminuindo 
dessa maneira um provável reenvio. Usaremos para isso dois programas: Adobe 
Acrobat Distiller e Adobe Acrobat Reader . 
O Distiller é usado para converter o arquivo postscript (.ps) em arquivo com tecnologia 
PDF (Portable Document Format), que é um formato de arquivo criado pela Adobe e 
permite o envio de documentos formatados para que sejam vistos ou impressos em 
outro lugar, sem a presença do aplicativo que o gerou. O pdf foi concebido para 
distribuição eletrônica pois é um arquivo muito leve, logo depois criada uma 
compatibilidade com impressoras profissionais como image setters, por exemplo, 
passou a ser usado para substituir os arquivos ps na impressão profissional; com uma 
grande vantagem: o tamanho do arquivo é bem menor. 
O uso do Distiller é muito simples. Ao abrir o arquivo com extensão ps, ele 
automaticamente entra na tela “Salvar como” para que salvemos em pdf. O Acrobat 
Reader, é um programa gratuito que vem junto com quase todos os programas hoje 
em dia, podendo também ser “baixado” pela Internet. Sua função é única e 
exclusivamente a de ler arquivos em pdf. Dessa maneira, podemos fechar o nosso 
arquivo normalmente, usar o Distiller para convertê-lo em pdf e depois abri-lo no 
Reader para conferir. Estando ok, há uma grande possibilidade que na gráfica tudo 
ocorra bem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 22 
 
Arquivos Abertos x Arquivos Fechados 
 
O arquivo aberto é o arquivo criado pelo profissional (.cdr / .ps / .ai / .qxd) que pode 
ser aberto em qualquer computador que tenha o aplicativo que o gerou. Dessa 
maneira é necessário que se envie, na mesma pasta, o arquivo original, todas as fontes 
utilizadas e todos os vínculos. Esse sistema é mais demorado, pois na gráfica todos os 
vínculos serão checados, fontes instaladas e o original fechado. Essa demora gera um 
custo maior e, o que é pior, uma falta de segurança, pois o arquivo pode ser 
manipulado. 
Um arquivo fechado nada mais é que um arquivo de impressão que ao invés de ser 
enviado para a impressora é gravado em disco. Esse arquivo é escrito na linguagem 
PostScript, que foi desenvolvida pela Adobe Systems e tem a finalidade de descrever 
às impressoras como os tipos (Fontes e letras) e as ilustrações devem ser posicionados 
na página a ser impressa. Inclui também informações sobre os ângulos e lineaturas das 
retículas. 
Quando o usuário fecha um arquivo, ele está usando os parâmetros e fontes de sua 
própria máquina (diminui o risco de troca de fontes), torna a impressão do filme muito 
mais rápida e evita ter de pagar taxas adicionais que são cobradas quando o cliente 
envia o arquivo aberto. Sem contar na total segurança, pois na gráfica o arquivo só 
poderá ser visualizado e impresso. 
A vantagem de enviar arquivos abertos é que ele permite correções de última hora. Ao 
encaminhá-lo no regime fechado o cliente conta com menor prazo de entrega, 
descontos maiores, uso de fontes e vínculos do seu próprio equipamento e acima de 
tudo segurança. 
Apesar disso, estima-se que apenas 20% dos arquivos entregues para a impressão nos 
bureaus estejam no regime fechado. Vários fatores ajudam essa estatística, como por 
exemplo: falta de conhecimento para gerar arquivo fechado, expectativa que o bureau 
corrija eventuais erros na construção do arquivo, tamanho do arquivo fechado que por 
ser maior dá mais trabalho para transportar e principalmente por não querer assumir 
responsabilidade. 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 23 
 
Do Computador Para a Impressora (fotolito e chapa) 
 
Certificadas as especificações do arquivo, é hora de preparar a chapa com a área de 
nosso impresso. Para preparar nossa matriz, entretanto, devemos primeiro gravar um 
filme (fotolito) que represente o negativo da imagem do impresso em questão. 
Na pré-impressão convencional o original chegava impresso (arte-final) e era levado 
para a câmara escura, onde era fotografado (filme negativo) e revelado (revelador, 
fixador e água). Quando o negativo secava seguia diretamente para a mesa de luz onde 
seria retocado e as fotos seriam montadas (as fotos eram fotografadas e reveladas 
separadamente das páginas impressas). Com o negativo pronto gerava-se um filme 
positivo através duma exposição de luz ultra violeta numa expositora “vaccum 
printer”, o filme positivo (fotolito) era então revelado e secado. 
Na pré-impressão digital, o arquivo é enviado diretamente do computador para o 
image-setter que grava a laser no filme positivo (perceba que já foi cortado o uso do 
filme negativo). Depois de gravado o filme é enviado para a processadora (ou 
reveladora) onde é revelado e secado. O fotolito já está então pronto para gravar a 
chapa, ou sendo mais precavido para realizar um prova contratual. O fluxo baseado em 
filme requer controle muito refinado dos processos de gravação de filme pelo image 
setter , revelação química dos filmes, cópia e revelação de chapas. 
Agora vejamos o processo de gravação das chapas. Nessa possibilidade do processo 
produtivo a image setter , equipamento responsável pela confecção de filme é 
substituída por outro equipamento, a plate setter, que grava diretamente em chapas 
de impressão. Há também a possibilidade de se usar um duo setter, capaz de gravar 
tanto chapas quanto filmes. 
Se a tecnologia de confecção de fotolitos já eliminava gravação e revelação de filmes 
negativos e positivos, podemos perceber que nesse processonão se tem contato com 
produto químico, pois, eliminamos também a cópia e revelação de chapas. 
Porém, devemos lembrar que a necessidade do controle digital da fase de preparação 
do trabalho a ser enviado para a chapa deve ser ainda maior, visto que o custo das 
chapas é muito maior que o custo do filme. Trata-se de uma tecnologia com alto custo 
e sofisticação e seu funcionamento consiste nos seguintes passos: revelação, retoque, 
lavagem, endurecimento e armazenagem. 
 
 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 24 
 
Impressão: 
 
É a fase produtiva onde a arte elaborada pelo artista gráfico ganha vida. Pode ser 
realizada por diversos processos (offset, rotogravura, serigrafia, flexografia e etc.) onde 
se transfere para um suporte (papel, plástico, metal...) a imagem do trabalho gráfico 
através da aplicação de pigmentos de diversas naturezas (tintas, verniz, e etc.). Para 
nós, entretanto, devemos nos atentar em duas informações: a tinta e os pantones. 
 
Tintas: 
 
Este nome indica toda substância aplicada sobre um suporte para produzir uma 
imagem da matriz. Estas substâncias passam da matriz ao suporte sob o qual são 
fixados, originando o impresso. As tintas devem servir a uma larga variedade de 
necessidades de impressão: tipografia, rotogravura, offset, flexografia e para citar 
algumas. Elas devem também ser capazes de imprimir em diversas superfícies, como 
papel, cartão, plástico, folhas metálicas, vidro, têxteis, metal e etc. Embora não seja de 
responsabilidade do produtor gráfico preparação das tintas de impressão, será de 
muita valia entender suas características e os processos: 
 Boa cobertura por densidade 
 Opacidade por espessura 
 Transparência 
 Secatividade 
 Aderência 
 
Pantones: 
 
Para a reprodução de cores especiais que requerem tintas misturadas para uma cor 
específica, pode-se recorrer ao Guia Pantone. Trata-se de um catálogo, 
internacionalmente aceito, cuidadosamente elaborado contendo cores impressas em 
papel couchê e offset, as quais são obtidas através de misturas. Vantagens da 
utilização do Guia Pantone: 
 Uso internacional 
 Ampla gama de cores disponíveis 
 Precisão e facilidade na obtenção das tonalidades 
 Rapidez na obtenção de misturas ou encomendas de tintas 
 Evita desperdícios em misturas de tintas, pois as proporções já estão indicadas 
no guia 
 Custo reduzido na adquisição de tintas, pois por serem todas de linha 
dispensam fabricação de tonalidades especiais. 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 25 
 
Pós-Impressão: 
Também conhecida como Acabamento, essa fase de finalização do trabalho possibilita 
desde um simples corte final do impresso até finalizações mais complexas como 
dobras, relevos, vinco, verniz e etc... 
Assim a Indústria gráfica pode ser visualizada por seus principais processos, porém, 
sem nos esquecermos de que novas tecnologias podem tornar essa divisão teórica 
menos lógica. Veremos alguns processos que podem encurtar o fluxo produtivo, 
aproximando cada vez mais o criador do produto final. 
 
Acabamento: 
Trata-se da finalização da produção industrial gráfica, onde o impresso receberá sua 
forma definitiva. O acabamento é o agrupamento das folhas em forma de cadernos, 
livros, revistas, catálogos, etc. A escolha de um acabamento em particular é baseada 
em uma variedade de fatores: praticabilidade, durabilidade e, talvez o mais 
importante, custo. A esta lista o planejador pode querer adicionar a estética. 
 
Aplicação de Verniz e Plastificação: 
Tratamento da superfície dos impressos como cartões de visita e panfletos em geral. 
Com a finalidade de aumentar seu brilho e/ou protegê-lo em sua manipulação. 
 
Corte: 
É realizado em guilhotinas lineares. Alguns modelos dispõem programações 
eletrônicas que permite a automatização de cortes repetitivos. Possuem também 
dispositivos de segurança que evitam acidentes. O processo de refile consiste em 
aparar o papel, colocando-o no formato para a dobradeira ou então simplesmente 
refilando para a entrega ao cliente. 
 
Dobra: 
A folha, depois de impressa, é dobrada. Esta operação é feita normalmente em uma 
máquina dobradeira, capaz de fazer dobras simples ou múltiplas. Algumas máquinas, 
além de dobrar, podem executar outros serviços, tais como: colagem, picote, vinco e 
refile. Como existem diversos modelos de dobra e as dobradeiras podem ser ajustadas, 
é importante consultar o catálogo de dobras a fim de se verificar a dobra ideal para 
determinado trabalho, isto determinará a maneira como o produto será montado e 
impresso. 
 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA 
Produção Gráfica - Prof. Augusto 26 
 
Montagem: 
 
A montagem é o arranjo das páginas em uma folha impressa de tal forma que elas 
fiquem na seqüência correta quando as folhas forem dobradas e refiladas. Uma folha 
completa é impressa normalmente em unidades de 4,8,16 e 32 páginas. Depois de 
dobradas, essas unidades são chamadas cadernos. 
 
Alceamento: 
Disposição dos cadernos impressos a fim formarem o volume final 
 
Costura/grampo: 
Destina-se a unir os caderno com um grampo ou linha.

Outros materiais