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Resumo curso direito previdenciario e seguridade social

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Curso Gratuito Direito 
Previdenciário e 
Seguridade Social 
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Conteúdo Programático: 
 
 
Introdução 
 
Dos objetivos constitucionais da seguridade social 
 
Legislação correspondente 
 
Direito previdenciário: conceitos básicos 
 
Tipos de segurados do regime geral de previdência social 
 
Da filiação e inscrição no RGPS 
 
Dos dependentes 
 
Relação jurídica de seguro social e seguridade social 
 
Salário de contribuição e salário benefício 
 
Carência e perda da qualidade de segurado 
 
Principais benefícios em espécie 
 
Processo e procedimentos envolvendo ações previdenciárias 
 
Informações Básicas acerca da desaposentação 
 
Bibliografia 
 
 
Introdução 
 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO E SEGURIDADE SOCIAL 
 
1. PRINCÍPIOS E OBJETIVOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
A Constituição da República Federativa do Brasil é um conjunto 
de leis maiores que regem o ordenamento jurídico brasileiro. 
É na constituição federal que estão reunidos todos os direitos e 
garantias fundamentais dos cidadãos brasileiros, sejam eles 
natos ou naturalizados. 
A Carta Magna Brasileira (Constituição Federal) é considerada 
uma constituição com as seguintes características principais: 
promulgada, escrita, analítica, formal, eclética, dogmática e 
rígida. 
Por conta dessas características, nela estão inseridos princípios 
básicos reguladores da vida em sociedade e ainda, como 
consequência, reguladores das atividades que envolvem a 
seguridade social, ou seja, o direito previdenciário em si. 
Os princípios constitucionais estão discriminados na Lei Suprema 
de 1988 em seu artigo 1º e são eles: a) soberania; b) cidadania; 
c) a dignidade da pessoa humana; d) os valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa; e) o pluralismo político. 
Ademais a Constituição da República traz em seu artigo 5º os 
direitos e garantias fundamentais dos cidadãos, enumeradas em 
tantos incisos. 
Por seguridade social entende-se o conjunto integrado de ações 
de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e a 
assistência social. (art. 194 CF) 
Como a seguridade social é um direito dos cidadãos brasileiros 
disciplinada pela própria Lei Suprema, citam-se alguns dos 
princípios e direitos fundamentais que a norteiam e estão 
presentes na constituição: igualdade; solidariedade; contraditório 
e ampla defesa; direito de petição; da inafastabilidade da justiça e 
do direito adquirido. 
Isso sem contar nos objetivos constitucionais da seguridade 
social, os quais sejam: a) Universalidade de Cobertura e 
Atendimento; b) uniformidade e equivalência dos benefícios e 
serviços às populações urbanas e rurais; c) seletividade e 
distributividade na prestação dos benefícios e serviços; d) 
irredutibilidade do valor dos benefícios; e) equidade na forma de 
participação no custeio; f) diversidade na base de financiamento 
e g) gestão democrática descentralizada. 
 
1.1 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
 
1.1.1 DA SOBERANIA 
Conforme exposto acima, tem-se a soberania como princípio 
fundamental da constituição o qual consiste em: um dos 
elementos do Estado, significa a supremacia do Estado brasileiro, 
na ordem política interna e a independência da ordem externa. 
 
1.1 DA CIDADANIA 
 A cidadania como fundamento da Constituição abrange a 
titularidade de direitos políticos e civis. 
 
1.1.2 DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
 Por esse fundamento tem-se o absoluto respeito aos direitos 
fundamentais de todo o ser humano, devendo ser assegurado a 
todos condições dignas de sobrevivência. 
 
1.1.3 VALORES SOCIAIS DA LIVRE INICIATIVA E DO TRABALHO 
 Fundamento do modo de produção vigente, ou seja, o 
capitalismo, regido pela Constituição Federal. 
 
 
 
1.1.4 PLURALISMO POLÍTICO 
Significa o respeito à livre formação política no país, vedando-se 
em regra qualquer limitação aos partidos políticos e 
manifestações, salvo o que a própria constituição limita. 
 
1.2 SEGURIDADE SOCIAL E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
 
1.2.1 DA IGUALDADE 
Está regulada no art. 5º, caput da Constituição Federal e constitui 
um dos direitos fundamentais básicos do cidadão. O que significa 
dizer em linhas tênues que a igualdade nada mais é que o fato de 
todos serem iguais perante a lei, sem distinções de qualquer 
espécie, impede-se que a lei trate de maneira desigual pessoas 
que se encontrem em igual situação. 
Um exemplo de igualdade para a previdência social seria o fato 
de que todos os que contribuem para a previdência terão direito 
ao recebimento de um dos seus benefícios na medida de suas 
contribuições. (tratar de forma igual os desiguais). 
 
1.2.2 DA SOLIDARIEDADE 
Com propriedade pode-se dizer que a solidariedade social é o 
princípio constitucional que dá toda a sustentação à previdência 
social, isso porque, segundo os ensinamentos de BOLLMANN, 
Vilian, em Hipótese de Incidência Previdenciária e temas 
Conexos, São Paulo: editora LTr, ano 2005, p. 22: 
“Se a principal finalidade da Previdência Social é a proteção à dignidade da pessoa, 
não é menos verdadeiro que a solidariedade social é verdadeiro princípio fundamental 
do Direito Previdenciário, caracterizando-se pela cotização coletiva em prol daqueles 
que, num futuro incerto, ou mesmo no presente, necessitem de prestações retiradas 
desse fundo comum”. 
 
1.2.3 DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA 
 Direito fundamental previsto no artigo 5º, inciso LV da 
Constituição Federal. 
Consiste em assegurar aos litigantes (partes interessadas), em 
processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, o 
contraditório e a ampla defesa (o direito de rebater os fatos e de 
defender-se), com meios e recursos a ela inerentes. 
 
1.2.4 DO DIREITO DE PETIÇÃO 
 Este disciplinado também pelo artigo 5º da CF, no inciso XXXIV, 
no qual assegura-se a todos, independente do pagamento de 
taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de 
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. Isso quer dizer 
que a todos é garantido o direito de manifestar-se perante órgãos 
públicos. 
 
1.2.5 DA INAFASTABILIDADE DA JUSTIÇA 
Garantia constitucional utilizada amplamente pela seguridade 
social, consiste no fato de que a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. (art. 5º, inciso XXXV, 
CF). 
 
1.2.6 DO DIREITO ADQUIRIDO 
Também disciplinado no artigo 5º da Carta Magna, significa dizer 
que a lei não prejudicará direito adquirido, o ato jurídico perfeito e 
a coisa julgada, ou seja, se cidadão “A” adquiriu benefício 
previdenciário, dentro da legalidade, e após isso, acontecer 
mudança na lei por exemplo, que venha a mudar também o seu 
direito adquirido, o mesmo não poderá ser prejudicado por tal 
mudança. 
 
Dos Objetivos Constitucionais da Seguridade Social 
 
Vale registrar que os objetivos da seguridade social estão 
dispostos na Constituição Federal Brasileira, no seu artigo 194, 
parágrafo único, os quais já foram relacionados nos parágrafos 
anteriores. 
 
1.1 DA UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO 
 Por esse objetivo entende-se a “entrega das ações, prestações e 
serviços de seguridade social a todos os que necessitem, tanto 
em termos de previdência social – obedecido o princípio 
contributivo – como no caso da saúde e da assistência social”. 
(CASTRO, C.A.P de., LAZZARI, J.B. Manual de Direito 
Previdenciário. 15ª edição. Editora Forense, 2013). 
 
2.1.2 UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIADOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ÀS 
POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS 
Por esse objetivo tem-se o fato de serem tratados de forma 
igualitária trabalhadores urbanos e rurais, havendo assim 
idênticos benefícios e serviços (uniformidade), para os mesmos 
eventos cobertos pelo sistema (equivalência). O que não significa 
que o valor dos benefícios serão iguais. Ex: o salário maternidade 
de uma trabalhadora urbana não será o mesmo que o de uma 
trabalhadora rural, enquadrada como segurada especial. 
 
2.1.3 SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS 
Por esse objetivo a previdência social utiliza-se de critérios para 
fixação e concessão dos vários benefícios de que dispõe, 
analisando os que realmente necessitem e qual o benefício que 
efetivamente se enquadra ao caso. Exemplo: para aquele que se 
encontre temporariamente incapaz para o trabalho, não será 
concedida aposentadoria por invalidez, mas sim o auxílio-doença. 
 
2.1.4 IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS 
Significa dizer que o benefício uma vez concedido pela 
Previdência Social não pode ter seu valor nominal reduzido, não 
podendo ser objeto de desconto, salvo exceções legais ou 
judiciais. 
 
 
 2.1.5 EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO 
“Com esse princípio, busca-se garantir que aos hipossuficientes 
seja garantida proteção social, exigindo-se dos mesmos, quando 
possível, contribuição equivalente a seu poder aquisitivo, 
enquanto a contribuição empresarial tende a ter maior 
importância em termos de valores e percentuais na receita da 
seguridade social, por ter a classe empregadora maior 
capacidade contributiva (...)”. (CASTRO, C.A.P de., LAZZARI, 
J.B. Manual de Direito Previdenciário. 15ª edição. Editora 
Forense, 2013). 
 
2.1.6 DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO 
Entende-se por esse princípio que a previdência social tem várias 
maneiras de arrecadação, ou seja, várias fontes pagadoras, não 
dependendo somente de empregados, empregadores e Poder 
Público. 
 
2.1.7 CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO 
O caráter democrático e descentralizado da administração, 
mediante gestão quadripartite, com participação dos 
trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do 
Governo nos órgãos colegiados, significa dizer que todas as 
ações, serviços, planos e programas da previdência social devem 
ser discutidos em sociedade, por meio de conselhos já 
existentes. 
 
Legislação Correspondente 
 
Para uma compreensão aprofundada dos tópicos acima, sugere-
se a leitura dos seguintes artigos de lei: 
- Constituição Federal, artigos: 1º, 3º, 5º, 6º, 7º, 194 e seguintes 
(seguridade social), 201 (previdência social) até 202. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm 
 
 CAPÍTULO II 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à 
saúde, à previdência e à assistência social. 
 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade 
social, com base nos seguintes objetivos: 
 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e 
rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - equidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento; 
VII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a 
participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e 
aposentados. 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão 
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições 
sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro; 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
II - dos trabalhadores; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998) 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à 
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento 
da União. 
 
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada 
pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo 
em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
 
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como 
estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. (Vide Medida Provisória nº 526, de 2011) (Vide Lei nº 
12.453, de 2011) 
 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou 
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
 
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou 
estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
 
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após 
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
 
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes 
de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro e o pescador 
artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em 
regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a 
seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da 
comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, 
bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de 
economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade 
social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da 
produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 9° As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo poderão ter alíquotas ou 
bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização 
intensiva de mão-de-obra. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter 
alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da 
utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do 
mercado de trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) 
 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de 
saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida 
de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que 
tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado 
em lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições 
incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total 
ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a 
receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
 
SEÇÃO III 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Art. 201. Os planos de previdência social, mediante contribuição, atenderão, nos 
termos da lei, a: 
 I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte, incluídos os resultantes de 
acidentes do trabalho, velhice e reclusão; 
 II - ajuda à manutenção dos dependentes dos segurados de baixa renda; 
 III - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
 IV - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
 V - pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro 
e dependentes, obedecido o disposto no § 5º e no art. 202. 
 § 1º Qualquer pessoa poderá participar dos benefícios da previdência social, 
mediante contribuição na forma dos planos previdenciários. 
 § 2º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter 
permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. 
 § 3º Todos os salários de contribuição considerados no cálculo de benefício serão 
corrigidos monetariamente. 
 § 4º Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao 
salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em 
benefícios, nos casos e na forma da lei. 
 § 5º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do 
trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 
 § 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor 
dos proventos do mês de dezembro de cada ano. 
 § 7º A previdência social manterá seguro coletivo, de caráter complementar e 
facultativo, custeado por contribuições adicionais. 
 § 8º -É vedado subvenção ou auxílio do Poder Público às entidades de previdência 
privada com fins lucrativos. 
 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa 
renda; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes, observado o disposto no § 2º. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os 
casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os 
casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos 
termos definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
47, de 2005) (Regulamento) (Vigência) 
 
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do 
trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão 
devidamente atualizados, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter 
permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de 
segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de 
previdência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos 
proventos do mês de dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da 
lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998) 
 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se 
mulher; (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, 
reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e 
para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes 
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Incluído dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em 
cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício 
das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e 
médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é asseguradaa contagem recíproca do tempo de 
contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese 
em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, 
segundo critérios estabelecidos em lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998) 
 
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida 
concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor 
privado. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao 
salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em 
benefícios, nos casos e na forma da lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998) 
 
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para trabalhadores 
de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-
mínimo, exceto aposentadoria por tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a 
trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem 
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que 
pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor 
igual a um salário-mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 
2005) 
 
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo 
terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime 
geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) 
 
 Art. 202. É assegurada aposentadoria, nos termos da lei, calculando-se o benefício 
sobre a média dos trinta e seis últimos salários de contribuição, corrigidos 
monetariamente mês a mês, e comprovada a regularidade dos reajustes dos salários 
de contribuição de modo a preservar seus valores reais e obedecidas as seguintes 
condições: 
 
 I - aos sessenta e cinco anos de idade, para o homem, e aos sessenta, para a 
mulher, reduzido em cinco anos o limite de idade para os trabalhadores rurais de 
ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia 
familiar, neste incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal; 
 II - após trinta e cinco anos de trabalho, ao homem, e, após trinta, à mulher, ou em 
tempo inferior, se sujeitos a trabalho sob condições especiais, que prejudiquem a 
saúde ou a integridade física, definidas em lei; 
 III - após trinta anos, ao professor, e, após vinte e cinco, à professora, por efetivo 
exercício de função de magistério. 
 § 1º - É facultada aposentadoria proporcional, após trinta anos de trabalho, ao 
homem, e, após vinte e cinco, à mulher. 
 § 2º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo 
de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, 
hipótese em que os diversos sistemas de previdência social se compensarão 
financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. 
 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de 
forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, 
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado 
por lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 
1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos 
de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações 
relativas à gestão de seus respectivos planos. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais 
previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de 
previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim 
como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos 
participantes, nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998) 
 
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na 
qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição 
normal poderá exceder a do segurado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal 
ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e 
empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades 
fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de 
previdência privada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, 
às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços 
públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência 
privada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos 
para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência 
privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de 
decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
 
Direito Previdenciário: Conceitos Básicos 
 
 
4.1 PREVIDÊNCIA SOCIAL, SEGURIDADE SOCIAL E DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 Conforme exposto nos parágrafos anteriores, viu-se que a 
constituição federal tem um importante papel ao descrever as 
diretrizes da previdência social, tanto é que a considera um 
direito social do cidadão. 
Art. 6º CF: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e a 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. 
 
(ANGHER, A.J. Vademecum Universitário de Direito Rideel, 16ª 
edição, ano: 2014. Editora: Rideel). 
 
Entretanto, a previdência social, a seguridade social e o direito 
previdenciário, apesar de interligados entre si, apresentam 
peculiaridades, as quais passa-se a descrever: 
- Previdência Social: “é o sistema pelo qual, mediante 
contribuição, as pessoas vinculadas a algum tipo de atividade 
laborativa e seus dependentes ficam resguardadas quanto a 
eventos de infortunística (morte, invalidez, idade avançada, 
doença, acidente de trabalho, desemprego involuntário) ou outros 
que a lei considera que exijam um amparo financeiro ao indivíduo 
(maternidade, prole, reclusão), mediante prestações pecuniárias 
(benefícios previdenciários) ou serviços”. (CASTRO, C.A.P de., 
LAZZARI, J.B. Manual de Direito Previdenciário. 15ª edição. 
Editora Forense, 2013). 
 
Pela constituição federal de 1988, temos que a previdência social 
será organizada sob a forma de regime geral (para todos), de 
caráter contributivo e de filiação obrigatória (segurança 
decorrente da filiação), observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá nos termos da lei, 
várias coberturas,as quais serão descritas oportunamente. 
- Seguridade Social: “abrange tanto a Previdência Social quanto 
a Assistência Social (prestações pecuniárias ou serviços 
prestados a pessoas alijadas de qualquer atividade laborativa), e 
a Saúde Pública (fornecimento de assistência médico-hospitalar, 
tratamento e medicação), estes dois últimos sendo prestações do 
Estado devidas independentemente de contribuições”. (CASTRO, 
C.A.P de., LAZZARI, J.B. Manual de Direito Previdenciário. 15ª 
edição. Editora Forense, 2013). 
Lei 8.212/91 – dispõe sobre a organização da seguridade social, 
institui Plano de Custeio, e dá outras providências. 
Lei 8.213/91 – dispõe sobre os planos de benefícios da 
previdência social e dá outras providências. 
- Direito Previdenciário: “ramo do Direito Público, tem por objeto 
estudar, analisar e interpretar os princípios e as normas 
constitucionais, legais e regulamentares que se referem ao 
custeio da Previdência Social – que, no caso do ordenamento 
estatal vigente, também serve como financiamento das demais 
vertentes da Seguridade Social, ou seja, Assistência Social e 
Saúde -, bem como os princípios e normas que tratam das 
prestações previdenciárias devidas a seus beneficiários”. 
(CASTRO, C.A.P de., LAZZARI, J.B. Manual de Direito 
Previdenciário. 15ª edição. Editora Forense, 2013). 
 
PREVIDENCIA SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Sistema de contribuição Previdência social + 
Assistência Social 
Análise, estudo e interpretação 
da Seguridade social 
 
4.2 REGIMES PREVIDENCIÁRIOS 
Regime previdenciário é a forma de adesão do indivíduo à 
seguridade social, ou seja, é aquele que assegura mediante 
normas disciplinadoras, uma coletividade de pessoas que tem 
vinculação com a previdência social por terem relação de 
trabalho ou categoria profissional e que está submetida, 
justamente pela vinculação aos benefícios de todo o sistema de 
seguro social – aposentadoria e pensão por falecimento do 
segurado. 
A previdência social está dividida em regimes previdenciários em 
espécie, senão vejamos: 
 
4.2.1 O Regime Geral de Previdência Social – RGPS 
O principal regime da previdência social é o regime geral pelo 
qual estão vinculados a grande maioria dos cidadãos, 
abrangendo todos os trabalhadores da iniciativa privada dentre 
outros. 
É regido pela Lei 8.213/91 “Plano de Benefícios da Previdência 
Social” e sua gestão é realizada pelo INSS – Instituto Nacional do 
Seguro Social, autarquia federal responsável pela concessão de 
benefícios e serviços do RGPS. 
Vale lembrar que a maioria dos termos desse curso versarão 
sobre o RGPS, por ser o regime de maior abrangência, além dos 
regimes próprios terem regras particulares, regidos pelos próprios 
estatutos de cada instituição. 
 
4.2.2 Regimes Próprios 
4.2.2.1 Regime dos Servidores Públicos: também regulado pela 
Constituição Federal é o regime de previdência utilizado por 
funcionários públicos, ocupantes de cargos efetivos, da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como das 
autarquias e fundações públicas, o qual terá regulamento próprio. 
Destaca-se que se o segurado exercer atividade na iniciativa 
privada além da atividade no setor público terá direito aos dois 
regimes. (RP e RGPS). 
 
4.2.2.2 Regime Previdenciário Complementar: regime 
complementar privado, que tem por prestadoras de benefícios 
previdenciários as entidades de previdência complementar. 
 
4.2.2.3 Regime dos Militares das Forças Armadas: esses 
profissionais têm tratamento diferenciado, inclusive no que se 
trata ao regime de previdência social, regulado pela própria 
constituição federal e leis esparsas. 
 
 
Tipos de Segurados do Regime Geral de Previdência 
Social 
 
Pelo artigo 9º do Decreto Lei 3.048/99, tem-se como segurado da 
previdência social de forma compulsória a pessoa física que 
exerce atividade remunerada, efetiva ou eventual, de natureza 
urbana ou rural, com ou sem vínculo de emprego, a título precário 
ou não, bem como aquele que a lei define como tal, observadas, 
quando for o caso, as exceções previstas no texto legal, ou 
exerceu atividade remunerada no período imediatamente anterior 
ao chamado “período de graça”. 
Não se pode esquecer aquele que se filia de forma facultativa e 
espontaneamente a Previdência Social, contribuindo para o 
custeio das prestações sem estar vinculado obrigatoriamente ao 
RGPS ou a outro regime previdenciário qualquer. 
 Diante disso, conclui-se que existem dois tipos de segurados: 
OBRIGATÓRIOS E FACULTATIVOS. 
 Os segurados obrigatórios: são aqueles que devem contribuir 
compulsoriamente (ou seja de forma obrigada) para a Seguridade 
Social, com direito aos benefícios pecuniários previstos para a 
sua categoria e aos serviços a encargo da Previdência Social e 
dividem-se da seguinte forma: 
 
- empregado 
- contribuinte individual 
- segurado especial 
 - empregado doméstico 
- trabalhador avulso 
 
5.1 DAS ESPÉCIES DE SEGURADOS OBRIGATÓRIOS 
5.1.1 EMPREGADO 
 
Empregado é toda pessoa física que presta serviço de natureza 
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante 
salário. (art. 3º CLT). 
Entretanto o RGPS abrange tantos os empregados urbanos 
quanto os rurais. 
Assim são requisitos essenciais para caracterizar o empregado 
como segurado obrigatório no RGPS: 
REQUISITOS PARA SER CONSIDERADO EMPREGADO – RGPS 
 
- ser pessoa física e realizar trabalho de modo personalíssimo (não delegar para outra 
pessoa – ex: o empregado é o pai, mas esse mandou o filho trabalhar em seu lugar, 
situação proibida que descaracteriza a qualidade de empregado) 
- prestar serviço de natureza não eventual: habitualidade 
- receber salário pelo serviço prestado ao empregador 
- trabalhar sob dependência do empregador: subordinação 
 
Segundo o art. 12, inciso I da Lei 8212/91 e decreto 3048/99 art. 
9º inciso I, os empregados, para fins do RGPS são: 
“a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a 
empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e 
mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; 
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, 
por prazo não superior a três meses, prorrogável, presta serviço 
para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal 
regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de 
outras empresas, na forma da legislação própria; 
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil 
para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou 
agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que 
tenha sede e administração no País; 
d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil 
para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no 
exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa 
constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e 
administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter 
permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas 
físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito 
público interno; 
e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a 
repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas 
subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, 
excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e 
o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da 
respectiva missão diplomática ou repartição consular; 
 f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em 
organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro 
efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado 
por regime próprio de previdência social; 
g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior,em 
repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e 
contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 
da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de 
proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário 
local; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 
 
h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em 
desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008; (Redação dada 
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 
 
i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, 
incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, 
exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração; 
j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como 
o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo 
efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por 
regime próprio de previdência social; 
l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou 
Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, 
por tempo determinado, para atender a necessidade temporária 
de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da 
Constituição Federal; 
 
m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, 
incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego 
público; 
 o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços 
notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem 
como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, 
em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994; e 
 
p) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, 
desde que não vinculado a regime próprio de previdência 
social; (Redação dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005) 
 
q) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro 
em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime 
próprio de previdência social; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999)) 
 
 r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, 
na forma do art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o 
exercício de atividades de natureza temporária por prazo não 
superior a dois meses dentro do período de um ano; (Incluído pelo 
Decreto nº 6.722, de 2008)”. 
 
Como dito acima os empregados prestam serviços para outras 
pessoas, e são elas que fazem as devidas contribuições ao 
RGPS, pois exigem o trabalho naquelas condições, e para tal 
efeitos são consideradas como empregadores ou empresas em 
geral. 
A idade mínima para filiação no RGPS como empregado é de 16 
(dezesseis) anos, como aprendiz a partir dos 14 (quatorze) anos. 
 
5.1.2 CONTRIBUINTE INDIVIDUAL 
 Os contribuintes individuais são os segurados empresário, 
autônomo e equiparado a autônomo. 
 Diante da lei, decreto 3048/99, art. 9º, inciso V, são eles: 
 “V - como contribuinte individual: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 
1999)) 
 
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade 
agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou 
temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a quatro 
módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a quatro 
módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio 
de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas 
hipóteses dos §§ 8o e 23 deste artigo; (Redação dada pelo Decreto nº 
6.722, de 2008). 
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de 
extração mineral - garimpo -, em caráter permanente ou 
temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou 
sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda 
que de forma não contínua; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) 
 
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de 
vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; (Redação 
dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002) 
 
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial 
internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá 
domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime 
próprio de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 
1999) 
 
e) o titular de firma individual urbana ou rural; (Redação dada pelo 
Decreto nº 3.265, de 1999) 
 
f) o diretor não empregado e o membro de conselho de 
administração na sociedade anônima; (Redação dada pelo Decreto nº 
3.265, de 1999) 
 
 g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de 
capital e indústria; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) 
 
h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração 
decorrente de seu trabalho e o administrador não empregado na 
sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou 
rural; (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003) 
 
i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, 
associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem 
como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de 
direção condominial, desde que recebam remuneração; (Incluída 
pelo Decreto nº 3.265, de 1999) 
 
j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter 
eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de 
emprego; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) 
l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade 
econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou 
não; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) 
 
m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado 
magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho, na forma 
dos incisos II do § 1º do art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo único do art. 
116 da Constituição Federal, ou nomeado magistrado da Justiça 
Eleitoral, na forma dos incisos II do art. 119 ou III do § 1ºdo art. 120 da 
Constituição Federal; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) 
 
n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, 
presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração 
ajustada ao trabalho executado; e (Incluída pelo Decreto nº 4.032, de 2001) 
 
p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 
18-A e 18-C da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte 
pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo 
Simples Nacional em valores fixos mensais; 
 
Ou seja, contribuinte individual é basicamente aquele que 
trabalha por conta própria, devendo contribuir para o RGPS na 
medida de seus ganhos. Ex: advogados. 
 
5.3 SEGURADO ESPECIAL 
São aqueles que trabalham por conta própria em regime de 
economia familiar, realizam pequena produção, com a qual 
retiram sua subsistência. 
Segundo a lei 8212/91, art. 12, inciso VII é segurado especial: “a 
pessoa física residente no imóvel rural ou aglomerado urbano ou 
rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de 
economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros 
a título de mútua colaboração, na condição de”: 
a) “Produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, 
assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou 
arrendatário rurais, que explore atividade: 
1. Agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou 
2. De seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso 
XII do caput do art. 2º da Lei 9.985/2000, e faça dessas atividades o principal meio de 
vida; 
 
 
b) Pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da 
pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e 
c) Cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 
(dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de 
que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, 
trabalhem com o grupo familiar respectivo”.Informação importante que merece ser compartilhada é o fato de 
que o segurado especial, mesmo que não contribua, terá direito 
aos benefícios previdenciários, desde que comprove o tempo de 
serviço em atividade rural. 
 
5.4 EMPREGADO DOMÉSTICO 
Empregado doméstico é aquele que presta serviço de natureza 
contínua à pessoa ou família no âmbito residencial desta, em 
atividades sem fins lucrativos. (art. 12, II, da Lei n. 8212/91). 
Vale lembrar que os requisitos essenciais para o trabalhador ser 
considerado empregado doméstico são: - natureza contínua; - a 
finalidade não lucrativa; - caráter não econômico da atividade; - 
serviço prestado em âmbito residencial (não se limitando ao 
espaço físico). Ex.: vamos ter que A cozinheira, de uma família B; 
se B vier a comercializar os produtos feitos por A (cozinheira) a 
mesma deixa de ser empregada doméstica para ser funcionária 
regida pelas leis trabalhistas (CLT). 
 
Oportuno frisar que NÃO SÃO empregados domésticos: 
- aquele que exerce serviços domésticos ao cônjuge ou 
companheiro ou para membros da família sejam eles pais ou 
filhos; 
- trabalhador que exerce serviço de natureza não contínua a 
outra pessoa. Ex.: pintores, eletricistas e etc. 
 
5.5 TRABALHADOR AVULSO 
É a pessoa que presta serviço de natureza urbana ou rural a 
diversas empresas, sem vínculo empregatício com qualquer 
delas, com intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de 
obra, nos termos da Lei 8.630/93. 
 
 Pelo decreto 3048/99, são considerados trabalhadores avulsos: 
a) O trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, 
estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação 
e bloco; 
b) O trabalhador de estiva de qualquer natureza, inclusive 
carvão e minério; 
c) O trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e 
descarga de navios); 
d) O amarrador de embarcação; 
e) O ensacador de café, cacau, sal e similares; 
f) O trabalhador na indústria de extração de sal; 
g) O carregador de bagagem em porto; 
h) O prático de barra em porto; 
i) O guindasteiro; e 
j) O classificador, o movimentador e o empacotador de 
mercadorias em portos. 
 
Como descrito anteriormente existem duas espécies de 
segurados: os obrigatórios relacionados nos parágrafos acima e 
o: 
 
 Segurado facultativo: é qualquer pessoa maior de 16 (dezesseis) 
anos de idade, que não exerça uma atividade remunerada e que 
não esteja enquadrado como segurado obrigatório da previdência 
social e que decida contribuir com a previdência social ou manter 
a qualidade de segurado. 
 
Lembre-se não podem figurar como segurados facultativos os 
que já participam de algum regime próprio de previdência. 
 
Da Filiação e Inscrição no RGPS 
 
6.1 FILIAÇÃO 
Segundo o jurista Alfredo Ruprecht, a filiação se inicia: “no exato 
momento em que o indivíduo entra no campo da seguridade 
social e perdura por todo o tempo em que este – que preenche as 
condições pertinentes – mantém-se como segurado”. E, mais que 
“a circunstância de haver perdido o caráter de filiado não impede, 
superada a causa da cessão da filiação, sua recuperação”, para 
concluir que “o objeto da filiação é determinar quais são os 
indivíduos que, tendo satisfeito as disposições respectivas, estão 
em condições de obter os benefícios da seguridade social, ou 
seja, liga a pessoa a esta. É também o de controlar as variações 
que, com o passar do tempo, podem ser produzidas na situação 
de cada filiado”. (RUPRECHT, Alfredo J. Direito da Seguridade 
Social. São Paulo: Ltr, 1996). 
Ou seja, conclui-se que a filiação é o vínculo jurídico da pessoa 
no RGPS, nascendo direito e obrigações de ambos. 
 Entenda como acontece a filiação das espécies de segurados ao 
RGPS: 
a) SEGURADOS OBRIGATÓRIOS: para esses tipos de 
segurados, no exercício de atividade remunerada, a filiação 
ocorre de forma automática, não existindo qualquer ato formal 
para sua formalização. 
 
Provas para filiar-se ao RGPS: 
- trabalhador empregado: existindo contrato de trabalho e ou, o 
vínculo empregatício provado em ação trabalhista, realizado pelo 
empregador; 
- trabalhador avulso: conter o registro no gestor de mão de obras, 
realizado pelo órgão gestor de mão de obra ou sindicato; 
- trabalhador doméstico: ter a prova da relação de emprego. A 
inscrição pode ser realizada pelo próprio, devendo levar ao INSS 
o NIT, PIS ou PASEP; 
- contribuinte individual: ter a prova de condição de autônomo. A 
inscrição pode ser realizada pelo próprio, devendo levar ao INSS 
o NIT, PIS ou PASEP; 
- segurado especial: ter a prova que demonstre a atividade 
rurícola, pesqueira ou atividade equiparada. A inscrição pode ser 
realizada pelo próprio, devendo levar ao INSS o NIT, PIS ou 
PASEP. 
 
b) SEGURADOS FACULTATIVOS: para esse tipo de 
segurado a filiação acontece com a inscrição formalizada com o 
pagamento da primeira contribuição. Ademais para a pessoa se 
inscrever no RGPS como segurado facultativo, a mesma não 
pode estar amparada quando de sua filiação por nenhum regime 
próprio de previdência social. 
 
Provas para o segurado facultativo inscrever-se no RGPS: é 
necessário levar a identidade e uma declaração informando que 
não exerce qualquer atividade que se enquadre na categoria de 
segurado obrigatório, e a filiação ocorre com o pagamento da 
primeira contribuição, momento em que fica formalizada e 
ratificada a inscrição. 
 
6.2 INSCRIÇÃO 
Segundo os dizeres de Carlos Alberto Pereira de Castro e João 
Batista Lazzari em: Manual de Direito Previdenciário, Editora 
Forense, ano 2013: 
“Inscrição é o ato pelo qual o segurado e o dependente são 
cadastrados no RGPS, mediante comprovação dos dados 
pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua 
caracterização. É ato nitidamente administrativo e formal, 
documentado, de iniciativa da pessoa interessada e homologado 
pelo órgão gestor da Previdência Social. É também instrumento 
pessoal de qualificação que autoriza a utilização dos serviços ou 
a percepção de benefícios em dinheiro postos a sua disposição”. 
 
Para efeitos de previdência social a inscrição é o ato pelo qual a 
pessoa física é cadastrada no Cadastro Nacional de 
Informações Sociais, o CNIS, mediante informações prestadas 
dos seus dados pessoais, e de outros elementos necessários a 
sua caracterização. 
A inscrição no regime também poderá ser feita por dependente, 
ou seja, a qual será promovida quando do requerimento do 
benefício a que tiver direito, mediante a apresentação de alguns 
documentos que comprovem a qualidade de dependência do 
segurado inscrito. 
 
Dos Dependentes 
 
Dependentes são aqueles que mesmo não contribuindo para a 
Seguridade Social, a Lei de benefícios elenca como possíveis 
beneficiários do RGPS, fazendo jus às seguintes prestações: 
pensão por morte, auxílio-reclusão, serviço social e reabilitação 
profissional. 
A lei 8213/91, no art. 16 divide os dependentes em 3 classes, as 
quais são: 
- classe 1: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não 
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) 
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental 
que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado 
judicialmente; * relação homoafetiva: possibilidade de 
reconhecimento de companheiro, com status de união estável, 
inclusive para fins previdenciários. 
- classe 2: os pais; 
- classe 3: o irmão não emancipado, de qualquer condição, 
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha 
deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou 
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. 
 
*FIQUE ATENTO: em meio as alterações trazidas com a Lei 
13.135/15, o inciso III do artigo 16da Lei 8213/91 também sofreu 
alteração. “dentre os beneficiários do RGPS, também fora 
assegurada condição de dependente do segurado a pessoa 
portadora de deficiência grave”. 
 
 
Relação Jurídica de Seguro Social e Seguridade Social 
 
8.1 RELAÇÃO JURIDICA DE SEGURO SOCIAL 
Por previdência social, tem-se a ação do Estado na efetiva 
proteção do indivíduo que se encaixa na condição de filiado ao 
regime e dos que são tidos como dependentes, com a concessão 
dos benefícios e serviços que caracteriza as prestações 
previdenciárias. 
Já a relação jurídica de seguro social é aquela em que o credor é 
o indivíduo filiado ao regime de previdência ou seus 
dependentes, e devedor o Estado, por meio da entidade cuja 
atribuição é a concessão de benefícios e serviços. 
A relação jurídica de seguro social se baseia no fato que gerou a 
prestação previdenciária devida ao filiado ou ao dependente. Por 
exemplo, se A, empregada, filiada ao RGPS, ganha um bebê, e 
requer o salário maternidade por conta do parto do filho. 
Tal relação significa dizer que está diante de direito indisponível 
do indivíduo, de maneira que, mesmo não tendo interesse na 
proteção social conferida pelo regime, mas estando enquadrado 
numa das hipóteses legais, a pessoa será considerada, pelo ente 
previdenciário, como segurado ou dependente, logo, beneficiário 
do regime. 
 
 
 
8.2 SEGURIDADE SOCIAL 
Seguridade social compreende um conjunto integrado de ações 
de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade nas áreas de 
saúde, previdência e assistência social conforme previsto na 
Constituição Federal. 
A seguridade social tem sua estrutura administrativa que tem a 
atribuição de executar as políticas no âmbito da segurança social: 
a) ministérios da previdência social e previdência complementar; 
b) ministérios da saúde e seus desmembramentos, ex.: ministério 
da política nacional de saúde e c) ministério do desenvolvimento 
social e combate à fome, ex.: ministério da política nacional de 
desenvolvimento social. 
 
8.2.1 INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL 
 O Instituto Nacional de Seguro Social – INSS faz parte da 
estrutura da seguridade social, e é a autarquia federal destinada 
a cuidar da previdência social brasileira. 
As suas atribuições são regulamentadas pela Lei 8029/90, as 
quais são: 
- conceder e manter os benefícios e serviços previdenciários; 
- emitir certidões relativas a tempo de contribuição perante o 
RGPS; 
- gerir os recursos do Fundo do Regime Geral de Previdência 
Social; e 
- calcular o montante das contribuições incidentes sobre a 
remuneração e demais rendimentos dos trabalhadores, devidas 
por estes, pelos empregadores domésticos e pelas empresas 
com vistas à concessão ou revisão de benefício requerido. 
Resumindo o INSS é o órgão que dedica às atividades de 
prestação de serviços aos beneficiários da Previdência Social, 
concentrando seus esforços na melhoria do atendimento ao 
cidadão e aperfeiçoamento do sistema de concessão, 
manutenção e pagamento de benefícios. 
 
8.2.2 OUTROS ÓRGÃOS QUE FAZEM PARTE DA SEGURIDADE SOCIAL 
Conselho Nacional da Seguridade Social (CNSS), Conselho 
Nacional de Previdência Social (CNPS), Conselhos de 
Previdência Social (CPS), Conselho Nacional de Assistência 
Social (CNAS), Conselho Nacional de Previdência Complementar 
(CNPC), Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS) e 
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. 
 
Salário de Contribuição e Salário Benefício 
 
Num primeiro momento vale esclarecer que o sistema da 
seguridade social é baseado em contribuições, ou seja, sistema 
contributivo, depende da verba que entra para a seguridade o 
que se chama de contribuições sociais. 
Em se tratando de Regime Geral de Previdência Social – RGPS, 
nesse momento se falará sobre o salário de contribuição. 
 Nos dizeres de Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista 
Lazzari em: Manual de Direito Previdenciário, Editora Forense, 
ano 2013: 
“O salário de contribuição é o valor que serve de base de cálculo 
para a incidência das alíquotas das contribuições previdenciárias 
dos segurados, à exceção do segurado especial. É um dos 
elementos de cálculo da contribuição previdenciária; é medida do 
valor com a qual, aplicando-se a alíquota de contribuição, obtém-
se o montante da contribuição dos segurados empregados, 
incluindo os domésticos, trabalhadores avulsos, contribuintes 
individuais e, por extensão, os segurados facultativos”. 
Para que seja apurado adequadamente é preciso que se conheça 
com clareza a época em que o mesmo foi pago pelo tomador do 
serviço do segurado, de modo que este possa receber o valor 
devido a título de benefício previdenciário. 
Outro ponto que merece destaque é que tal salário de 
contribuição possui limite mínimo: para os segurados 
contribuintes individual e facultativo, ao salário mínimo e para os 
segurados empregados, inclusive o doméstico, e o trabalhador 
avulso, ao piso salarial legal ou normativo da categoria ou, 
inexistindo este, ao salário mínimo. (Tudo de acordo com a lei 
8.212/91, par. 3º art. 28). 
Diferente do salário benefício que é a média aritmética simples 
dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80 por 
cento de todo período contributivo. 
 O cálculo do SB é feito assim: 
1. a contribuição é de 180 meses (por exemplo); 
2. tomam-se as 144 maiores contribuições mensais; 
3. somam-se seus valores; 
4. divide-se o resultado por 144. 
 
A fim de que fique estabelecida a diferença entre ambos salários 
segue tabela explicativa: 
 
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO SALÁRIO DE BENEFÍCIO 
 
Salário de Contribuição é o valor utilizado 
como base para se calcular o valor da 
CONTRIBUIÇÃO previdenciária que será 
paga pelos segurados da previdência 
social. 
 
Salário de benefício é o valor utilizado 
como base para se calcular a renda 
mensal dos BENEFÍCIOS. O valor que 
efetivamente será pago ao segurado. 
 
 
Carência e Perda da Qualidade de Segurado 
 
Antes de adentrar no instituto da carência e da perda da 
qualidade de segurado importante destacar a manutenção da 
qualidade de segurado. 
A manutenção da qualidade de segurado trata do período em que 
o indivíduo continua filiado ao Regime Geral de Previdência 
Social – RGPS, por estar no chamado período de graça, nesse 
período o segurado continua amparado pelo regime, aliás tanto o 
segurado quanto os seus dependentes. 
A qualidade de segurado é mantida mesmo sem contribuição, 
conservando todos os direitos perante a previdência social, nos 
prazos previstos no art. 15 da Lei nº 8.213/91, quais sejam: 
- sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; 
- Até 12 meses após cessar o benefício por incapacidade ou o 
pagamento das contribuições mensais em virtude de desemprego 
ou interrupção da atividade laboral; 
- Até 12 meses após cessar a segregação, para o segurado 
acometido de doença de segregação compulsória; 
- até 12 meses após o livramento, para o segurado preso; 
- até três meses após o licenciamento, para o segurado 
incorporado às Forças Armadas; 
- até seis meses após interrompido o pagamento, para o 
segurado facultativo. 
 
10.1 CARÊNCIA 
Por carência entende-se o número de contribuições mensais 
necessárias para a efetivação do direito a um benefício. 
A carência está disciplinada nos artigos 24 a 27 da LBPS (Lei 
8213/91): 
“Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições 
mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao 
benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos 
meses de suas competências. Parágrafo único. Havendo perda 
da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa 
data só serão computadas para efeito de carência depois que o 
segurado contar, apartir da nova filiação à Previdência Social, 
com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições 
exigidas para o cumprimento da carência definida para o 
benefício a ser requerido. (Vide Medida Provisória nº 242, de 
2005)”. 
Alguns dos benefícios previdenciários dependem de carência, e 
tal período está disciplinado no art. 25 da Lei 8213/91: 
“Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral 
de Previdência Social depende dos seguintes períodos de 
carência, ressalvado o disposto no art. 26: I - auxílio-doença e 
aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais; II - 
aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço, 
aposentadoria especial e abono de permanência em serviço: 180 
(cento e oitenta) contribuições mensais. II - aposentadoria por 
idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria 
especial: 180 contribuições mensais. (Redação dada pela Lei nº 
8.870, de 1994); III - salário-maternidade para as seguradas de 
que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez 
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único 
do art. 39 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 
26.11.99). Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período 
de carência a que se refere o inciso III será reduzido em número 
de contribuições equivalente ao número de meses em que o 
parto foi antecipado. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) “. 
 
Entretanto, tem alguns benefícios que não dependem de 
carência, e os mesmos estão disciplinados no art. 26 da Lei 
8.212/91, vejamos: 
“Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes 
prestações: I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família, 
salário-maternidade, auxílio-acidente e pecúlios I - pensão por 
morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; 
(Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) II - auxílio-doença 
e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer 
natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem 
como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral 
de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e 
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da 
Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, 
de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, 
deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e 
gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Vide Medida 
Provisória nº 664, de 2014) (Vigência) II - auxílio-doença e 
aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer 
natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem 
como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral 
de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e 
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da 
Saúde e da Previdência Social, de acordo com os critérios de 
estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe 
confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento 
particularizado; (Redação dada pela Medida Provisória nº 664, de 
2014) (Vigência) II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez 
nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de 
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de 
segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma 
das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos 
Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 
(três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, 
mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade 
e gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Redação 
dada pela Lei nº 13.135, de 2015) III - os benefícios concedidos 
na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos 
no inciso VII do art. 11 desta Lei; IV - serviço social; V - 
reabilitação profissional. VI - salário-maternidade para as 
seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada 
doméstica. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)”. 
 
A contagem do período de carência se dá da seguinte maneira, e 
também vem disciplinada pela Lei 8.212/91: 
“Art. 27. Para cômputo do período de carência, 
serão consideradas as contribuições: (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 150, de 2015) I - referentes ao período a partir 
da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social 
(RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os 
domésticos, e dos trabalhadores avulsos; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 150, de 2015) II - realizadas a contar da data de 
efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não 
sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas 
com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos 
segurados contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, 
respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)”. 
 
10.2 PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
A perda da qualidade de segurado, em tese, segundo a regra 
insculpida no parágrafo 4º do art. 15 da Lei nº 8213/91, ocorrerá 
no dia seguinte a do término do prazo fixado no Plano de Custeio 
da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente 
ao mês imediatamente posterior ao final dos referidos prazos 
referidos acima. 
O que acontece é o seguinte: durante o período de graça, 
descrito no art. 15 da lei de benefícios, o segurado não está 
efetuando contribuições. Se o segurado tem a sua atividade 
laborativa assegurada ao final do período, por exemplo: A, 
segurado empregado, após retornar do auxílio-doença, a 
contribuição se presume realizada tão logo este retorne ao posto 
de trabalho, não cabendo falar em perda da qualidade de 
segurado nessas circunstâncias. 
 A perda da qualidade de segurado importa a caducidade dos 
direitos inerentes a essa qualidade. 
Ademais quanto há perda da qualidade de segurado, as 
contribuições anteriores a essa data só serão computadas para 
efeito de carência depois que o segurado contar, a partir de uma 
nova filiação à Previdência Social (pela assunção de nova 
atividade laborativa ou pela filiação como segurado facultativo), 
com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas 
para o cumprimento da carência relativa o benefício a ser 
requerido (art. 24, par. Único, da Lei 8.213/91). 
 
Principais Benefícios em Espécie 
 
- Aposentadoria 
- Auxílio-Doença 
- Pensão por Morte 
- auxílio- reclusão 
- salário-maternidade 
- LOAS (benefício assistencial) 
- Auxílio-Acidente 
- salário família 
 
 
11.1.1 APOSENTADORIA NO RGPS 
 A aposentadoria é um dos principais benefícios da Previdência 
Social, ela substitui, em caráter permanente, os rendimentos do 
segurado, e asseguram sua subsistência. 
No ordenamento jurídico brasileiro existem três modalidades de 
aposentadorias: a) por idade; b) por tempo de contribuição e c) 
aposentadoria especial. 
A prestação do benefício da aposentadoria está regulamentada 
pela Constituição Federal no art. 201, parágrafo 7º: 
“Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de 
regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, 
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e 
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998): ... § 7º É assegurada 
aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos 
da lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998); I - trinta e cinco anos de 
contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; 
(Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998); II - 
sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de 
idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limitepara os 
trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam 
suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos 
o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Incluído 
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)” 
 
 
11.1.2 APOSENTADORIA POR IDADE 
A aposentadoria por idade é devida ao segurado que, cumprida a 
carência exigida, completar 65 anos de idade se homem, ou 60 
anos de idade se mulher, esses períodos são reduzidos em 5 
(cinco) anos para trabalhadores rurais de ambos os sexos e para 
os que exercem suas atividades em regime de economia familiar. 
Para ter direito à aposentadoria por idade, o 
trabalhador/segurado deve possuir os seguintes requisitos: 
 
 Idade mínima 
o de 65 anos (homem) ou 60 anos (mulher) se for trabalhador urbano; 
o de 60 anos (homem) ou 55 anos (mulher) se for “segurado especial” (agricultor 
familiar, pescador artesanal, indígena etc); 
 
 Tempo mínimo trabalhado (carência) 
o 180 meses 
 
Entretanto é entendimento dos tribunais que os requisitos de 
idade mínima e carência não precisam ser simultâneos: 
“PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE 
URBANA. PREENCHIMENTO SIMULTÂNEO DOS REQUISITOS ETÁRIO E 
CARÊNCIA. INEXIGIBILIDADE. 1. É pacífico o entendimento de que, para concessão 
do benefício de aposentadoria por idade urbana, não é necessária a concomitância do 
implemento do requisito etário e da carência. 2. Precedentes desta TNU e do STJ. 3. 
Incidente conhecido e provido. (TNU. PEDIDO 200872650011307, JUIZ FEDERAL 
PAULO RICARDO ARENA FILHO, DOU 30.08.2011). 
 
Observação para o segurado especial (agricultor familiar, pescador artesanal, 
indígena): Para requerer a aposentadoria por idade na condição de 
segurado especial e ser beneficiado com a redução de idade, o 
trabalhador deve estar exercendo atividade nesta condição no 
momento da solicitação do benefício. 
Para requerer a aposentadoria por idade em qualquer agência do 
INSS o segurado deve apresentar um documento de identificação 
com foto e o número do CPF além de documentos que 
comprovem os seus períodos de trabalho, como carteira 
profissional, carnês de contribuição e outros comprovantes de 
pagamento ao INSS. 
Caso o segurado esteja solicitando a inclusão de períodos de 
atividade como segurado especial (agricultor familiar, pescador 
artesanal, indígena, etc), deve apresentar também os 
documentos que comprovem esta situação, como a declaração 
do sindicato, contratos de arrendamento, documentos da época 
onde conste a sua ocupação, qualquer documento que comprove 
a situação de segurado especial, tudo dependerá do caso 
concreto para concessão ou não do benefício pretendido. 
- data de início do benefício: a aposentadoria por idade é devido 
ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir da data 
do desligamento do emprego ou da data do requerimento. Para 
os demais segurados, tem-se como devida desde a data da 
entrada do requerimento. 
- renda mensal inicial: o valor da aposentadoria por idade será 
proporcional ao tempo de contribuição, consistindo numa renda 
mensal correspondente a 70% do salário de benefício, mais 1% 
por grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 100% 
do salário de benefício, podendo haver multiplicação pelo fator 
previdenciário, caso este, uma vez aplicado, caracterize condição 
mais benéfica para o segurado. 
Exemplo 1: o cidadão homem possui 30 anos de contribuição e 65 
anos de idade 
“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00 
Fator previdenciário = 0,896 (não foi aplicado por não ser 
vantajoso) 
Multiplicação pela alíquota de 0,70 + 0,30 (30 anos completos de 
trabalho) = R$ 2.000,00 x 1,00 
Renda Mensal Inicial = R$ 2.000,00 
- informações colhidas do site da previdência 
social: www.previdencia.gov.br 
 
11.1.3 APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
No início do ano de 2015 o Congresso Nacional apresentou uma 
proposta de mudança nas regras para aposentadoria por tempo 
de contribuição, propuseram que a aposentadoria por tempo de 
contribuição fosse feita por meio de uma somatória de idade com 
o tempo de contribuição. Tal mudança não foi sancionada pela 
presidente da República, que propôs o seguinte projeto (o qual 
precisa ser votado e aprovado para transformar-se em lei, ou 
seja, essa nova regra é uma opção ao segurado que quiser 
aposentar-se sem a incidência do fator previdenciário no cálculo 
de sua aposentadoria por tempo de contribuição, vejamos a 
possível nova regra: 
Vale ainda o mínimo de 35 anos de contribuição para o homem e 
30 anos para a mulher. 
 No entanto, para ter direito à aposentadoria integral, além desse 
tempo, será acrescida a idade do beneficiário. 
Para mulheres, a soma da idade terá de ser, no mínimo, 85, ao 
passo que para os homens a soma mínima é de 95. Essa 
pontuação mínima vai ganhar um ponto, de forma progressiva, 
nos anos de 2017, 2019, 2020, 2021 e 2022. 
Assim, a alteração possibilita que o beneficiário do INSS que 
preencher o requisito para se aposentar por tempo de 
contribuição pode abrir mão do fator previdenciário e optar pela 
fórmula 85/95, mas terá acréscimo em 1 ponto em diferentes 
datas, a partir de 2017, o que atrasa um pouco mais o acesso ao 
benefício. O objetivo da medida é retardar as aposentadorias 
para evitar um déficit nos recursos da Previdência. 
Vale esclarecer que o valor de 85 e 95 não SÃO AS IDADES EM 
QUE O SEGURADO DEVERÁ TER PARA APOSENTAR-SE, 
MAS SIM A SOMA DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO COM A 
SUA ATUAL IDADE, ou seja, 85 e 95 é o número de pontos que 
eles deverão atingir para se aposentarem integralmente. 
O número de pontos é igual à idade da pessoa mais o tempo de 
contribuição com o INSS. (ex: uma mulher de 55 anos que tiver 
trabalhado por 30 anos já pode receber aposentadoria integral. O 
mesmo vale para um homem de 60 que tiver trabalhador por 35 
anos). Esses números serão gradualmente aumentados até 
2022, quando chegarão a 90 pontos para as mulheres e 100 para 
os homens. 
Até dezembro de 2016, mulheres passam a poder se aposentar 
de forma integral quando a soma de sua idade com os anos pelos 
quais pagou sua contribuição ao INSS for igual a 85. No caso dos 
homens, quando for igual a 95. A partir de janeiro de 2017 o 
número de pontos necessários para a aposentadoria integral será 
elevado gradualmente até chegar a 90 para as mulheres e 100 
para os homens. 
Entenda as mudanças na aposentadoria: 
MULHERES HOMENS 
Idade + tempo de contribuição = 85 Idade + tempo de contribuição = 95 
2015 – 85 2015 – 95 
2016 – 85 2016 – 95 
2017 – 85+1 = 86 2017 – 95+1 = 96 
2018 – 85+1 = 86 2018 – 95+1 = 96 
2019 – 85+2 = 87 2019 – 95+2 = 97 
2020 – 85+3 = 88 2020 – 95+3 = 98 
2021 – 85+4 = 89 2021 – 95+4 = 99 
2022 – 85+5 = 90 2022 – 95+5 = 100 
 
Na prática, uma mulher que completar 85 pontos em 2017 (51 
anos de idade e 34 de contribuição, por exemplo) precisará de 
um ponto a mais para se aposentar, seja em idade ou por tempo 
de contribuição. Para se aposentar em 2019, vai precisar de mais 
um ponto, além dos 96 necessários pelo cálculo. 
Não obstante a isso, as regras para uma aposentadoria por 
tempo de contribuição são: 
Conforme já explicado anteriormente a aposentadoria por tempo 
de contribuição é aquela que consiste no benefício concedido ao 
cidadão segurado que contribuiu com a previdência social por 35 
(trinta e cinco) anos se contribuinte homem e 30 (trinta) anos se 
contribuinte mulher, desse período de tempo contributivo são 
necessárias 180 (cento e oitenta) contribuições – período de 
carência, para que o segurado faça jus ao benefício. 
Ressalta-se que nessa modalidade de aposentadoria, ao calcular 
a renda mensal inicial, há a incidência do fator previdenciário, que 
na maioria dos casos, faz com que tal renda apresente

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