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Resumo Direito Civil IV - Adimplemento e Extinção das Obrigações

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Resumo da matéria de Direito Civil IV – 1º bimestre.
I. ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
1. DAÇÃO EM PAGAMENTO
1.1. Conceito: é um acordo de vontades entre o credor e do devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo, prestação diversa da que lhe é devida, para exonerá-lo da dívida.
1.2. Natureza jurídica: forma de pagamento indireto. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
1.3. Requisitos: existencia de débito vencido, animus solvendi, diversidade do objeto oferecido, em ralação ao devido, consentimento do credor na substituição.
1.4. Exemplos: substituição em dinheiro por bens móvel ou imóvel, de coisa por outra, de uma coisa pela prestação de um fato, de dinheiro por título de crédito, de coisa por obrigação de fazer. 
1.5. Disposições legais:
Art. 357, do CC: assim que determinado o preço da coisa dada em pagamento, a relação entre as partes serão reguladas pelas normas do contrato de compra em venda. 
Art. 358, do CC: se for título de crédito (cheque, nota promissória, duplicata) a coisa dada em pagamento, a transferência importara em cessão. Art. 359, do CC: caso o credor for evicto (recebeu coisa alienada), reestabelecera a obrigação primitiva. 
2. NOVAÇÃO EM PAGAMENTO
2.1. Conceito: criação de uma nova obrigação para extinguir uma anterior, é a substituição de uma divida por outra.
2.2. Requisitos: existencia de uma obrigação jurídica anterior, constituição de uma nova obrigação, intenção de novar.
2.3. Especies:
Novação objetiva: quando a nova dívida substitui a anterior, permanecendo as mesmas partes;
Novação subjetiva: pode ser ela: 
a) passiva: com substituição do devedor, podendo ainda ser (ex. Pai pode substituir o filho na dívida por esta contraída, com o sem o consentimento deste): 
a1. Expromissão: sem o consentimento deste;
a2. Delegação: com o consentimento deste.
b) Ativa: com substituição do credor, ficando o devedor quite com este.
Novação mista: fusão das duas primeiras, ocorrem, simultaneamente, na nova obrigação mudança do objeto e substituição das partes. 
3. COMPENSAÇÃO
3.1. Conceito: é o meio de extinção de obrigações entre pessoas que são, ao mesmo tempo, credor e devedor uma da outra. Acarreta a extinção de duas obrigações cujos credores são, simultaneamente, devedores um do outro.
3.2. Especies:
a) Total: quando as duas dívidas têm o mesmo valor; 
b) Parcial: quando os valores são diversos, podendo ser ainda: 
c) legal: opera-se automaticamente, o juiz apenas reconhecera e declarará a sua configuração; 
d) convencional: acordo de vontades, mesmo em hipóteses que não se enquadrem nas compensações legais, as partes de comum acordo passam a aceitá-la; 
e) judicial: determinada pelo juiz, ocorre em casos que o autor e o réu também são réu e autores, o valor das condenações são compensadas, condenados se for ao caso o pagamento da diferença; 
3.3. Requisitos: 
a) reciprocidade das obrigações: tem que existir 2 obrigações, entre as mesmas partes; 
b) liquidez e exigibilidade da dívida: o valor deve ser certo e determinado, as dívidas necessitam ser vencidas; 
c) fungibilidade das prestações: prestações da mesma natureza e devem ser fungíveis entre si. 
3.4. Diversidade de causa: em regra não impede a compensação das dívidas, somente se:
a) for de origem ilícita;
b) se originar de comodato, deposito ou alimentos;
c) se for coisa não suscetível de penhora.
4. CONFUSÃO
4.1. Conceito: na confusão esta reunida as duas qualidades, de credor e devedor, ocasionando a extinção da dívida;
4.2. Especies:
a) Confusão total ou própria: caso se verifique a respeito de toda a dívida; 
b) confusão parcial ou impropria: caso se efetive apenas em relação a uma parte do débito ou crédito, neste caso o credor não recebe a totalidade da dívida por não ser o único herdeiro do devedor. 
4.3. Efeitos da confusão:
a) ela extingue não só a obrigação principal, como também os acessórios ( ex. Fiança), mas a recíproca não em o mesmo valor.
b) cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior. Ex. No caso de sucessão provisoria, em razão da declaração de ausência e posterior aparecimento do presumidamente morto.
5. REMISSÃO DE DIVIDA
5.1 Conceito: é liberalidade efetuada pelo credor, consiste em exonerar o devedor do cumprimento da obrigação – perdão da dívida.
5.6 Natureza jurídica: embora seja do gênero renuncia, que é unilateral, a remissão se reveste de caráter convencional porque depende de aceitação. O remitido pode recusar o perdão e consignar o pagamento – é portanto, negocio jurídico bilateral.
5.7 Especies:
a) Quanto ao seu objeto: 
a1)Total: dívida total
a2) Parcial: parte da dívida
b) Quanto a sua forma: 
b1) Expressa: declaração do credor, em instrumento publico ou particular, por ato intervivo ou mortis causa. 
b2) Tácita: decorre do comportamento do credor, incompatível com sua qualidade de credor por traduzir, inequivocadamente, intenção liberatória. 
b3) Presumida: aquela derivada da previsão legal, por condição (suspensiva) ou a termo inicial. 
II. COMPROMISSO E ARBITRAGEM
6. COMPROMISSO
6.1 Conceito: é o acordo de vontade por meio do qual as partes, preferindo não se submeterem a decisão judicial, confiam a árbitros a solução de seus conflitos de interesse. 
6.2 Natureza juridica: compromisso e acordo bilateral – negocio jurídico bilateral, natureza juridica contendo um misto de contratos e de pagamentos, as partes escolhem os árbitros, deverão acatar a decisão arbitral.
6.3 Pressupostos:
a) Subjetivos: capacidade de se comprometer, capacidade para atos da vida civil, possibilidade dos contratantes de dispor de seus direitos;
b) Objetivos: matérias deverão estar expressamente previstas pelas partes, na cláusula de compromisso deve conter: nome, sobrenome, domicílio, profissão e estado civil dos sujeitos, assim como seus substitutos, características e valores dos bens do litígio e local onde será proferida a sentença. 
6.4 Especies:
a) Judicial: celebrando-se por termo nos autos, perante o juízo ou tribunal por onde correr a demanda;
b) Extrajudicial: quando ainda não houver demanda ajuizada, celebrando-se o compromisso por escritura pública ou particular, assinada por ambas as partes e testemunhada. 
6.5 Efeitos: irrecorribilidade ao juízo e obediência das partes.
6.6 Requisitos legais – devem constar no compromisso arbitral:
a) Obrigatórios: conter o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes; nome, profissão e domicílio do arbitro (ou árbitros); matéria que será objeto da arbitragem, o lugar em que será proferida a sentença arbitral; 
b) Facultativa: local ou locais onde se desenvolvera a arbitragem, autorização para que o arbitro julgue por equidade (se for convencionado), prazo para apresentação da sentença, indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis a arbitragem. 
III. OBRIGAÇÕES EXTRACONTRATUAIS
7. ATOS UNILATERAIS
Fontes das obrigações: fato gerador da obrigação, no Direito Romano as fontes das obrigações eram: contrato (convenções firmadas entre 2 partes), quase contrato (assemelhada aos contratos, gestão de negócios), delito (ato ilícito), quase delito (ato ilícito casado por culpa, negligencia, imprudência e imperícia). 
Fontes gerais das obrigações: lei (resultante da vontade do Estado), Vontade humana (atos jurídicos negociais e não negociais), atos ilícitos (reparar o prejuízo causado a terceiro). 
Fontes das obrigações no Direito Brasileiro: Contrato, Declaração unilateral de vontade e ato ilícito. 
7.1 Atos unilaterais: são divididos em:
Promessa de recompensa: 
1. Conceito: é ato obrigacional de alguém que, por anúncio publico, se compromete a recompensar, ou gratificar, pessoa que preencha certa condição ou desempenhe um serviço.2. Requisitos:
	a) Publicidade do anúncio: , é pressuposto, meio de propagação irrelevante, deve ser dirigido a pessoas indeterminadas ou grupo determinado, mínimo de 2 destinatários; 
	b) Especificação do objeto da promessa: ação ou omissão (ex. Oferecer prêmio ao melhor aluno); 
	c) Indicação da recompensa: elemento essencial, não precisa ser monetário, constitui uma obrigação de dar, fazer ou não fazer.
3. Recompensa: dever de recompensar aquele que executou o serviço, o inadimplemento da ensejo ao direito de cobrança, caso duas pessoas pratiquem o ato, o primeiro a informar será recompensado, caso 2 cheguem juntos, um sera premiado, porém tera que dividir com o outro.
4. Revogabilidade: desde que a condição ou o sérvio não tenha sido executado, é necessario dar a mesma publicidade que foi dada ao anúncio da promessa, se houver prazo, durante o mesmo não pode ser revogado.
5. Promessa formulada em concurso publico: monografia da OAB, concurso proposta específica. 
Gestão de negócio: 
1. Conceito: é a atuação de uma pessoa que, espontaneamente e sem mandato, administra negócio alheio, presumindo o interesse do próximo. O gestor não tem autorização e nem obrigação de agir, mas deve fazê-lo por solidariedade, garantindo a lei o reembolso das despesas feitas. O gestor age de improviso numa emergência por puro altruísmo, sendo equiparado a um mandatário sem procuração. Trata-se de conduta unilateral do gestor com reflexos no patrimônio do dono do negócio (no exemplo, o vizinho). É considerado unilateral porque o gestor age sem combinar com o dono do negócio, não havendo o acordo de vontades (consenso) que caracteriza os contratos. A gestão é gratuita (= altruísmo), mas o gestor pode ser processado caso não exerça bem sua tarefa. 
2. Exemplos: providenciar um guincho para remover o carro de alguém estacionado na frente de uma casa em chamas; um advogado paga com seu dinheiro um imposto devido pelo cliente; pagar alimentos quando o devedor da pensão está ausente (então quem sustenta filhos dos outros pode exigir indenização dos pais); também é gestão de negócios pagar as despesas do funeral de alguém, em um condomínio, o condômino que age em proveito da comunhão é gestor do negócio de todos, podendo exigir compensação financeira dos demais beneficiários (Ex.: é gestor de negócio alheio o morador de um edifício que arromba a porta do vizinho para fechar torneira que ficou aberta enquanto o vizinho saiu em viagem; então o gestor fecha a torneira, enxuga o apartamento, manda secar os tapetes e troca a fechadura arrombada, devendo o vizinho indenizá-lo pelas despesas).
Pagamento indevido: 
1. Conceito: modalidade de enriquecimento sem causa, pagamento realizado por erro (dívida inexistente ou pessoa errada), todo aquele que recebeu o que não lhe é devido, fica obrigado a restituir; 
2. Especies: 
a) Indébito objetivo: se o solvens paga dívida inexistente, ou existente mas que já foi extinta;
b) Indébito subjetivo: se ha uma dívida que é paga por quem não é devedor ou a quem não é credor. 
Enriquecimento sem causa: base juridica, aumento patrimonial de uma parte e respectivo empobrecimento de outra, sem base juridica que o legitime, deve o recebedor restituir, feita a atualização dos valores monetários; 
Títulos de crédito: 
1. Conceito: consiste na manifestação unilateral de vontade do agente, materializada em um instrumento, pela qual ele se obriga a uma prestação determinada, independentemente de qualquer ato de aceitação emanado do outro agente;
2. Especies: 
a) Títulos normativos: emitido em favor de pessoa cujo nome conste em registro do emitente;
b) Títulos a ordem: é a que identifica o título de crédito e é transferível por endosso; 
c) Títulos ao portador: título ao portador é o documento pelo qual seu emitente se obriga a uma prestação a quem lhe apresentar como detentor.
IV. INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES: mora, juros, cláusula penal e arras. 
8. ARRAS (OU SINAL)
8.1 Conceito: é a quantia ou coisa entregue por um dos contraentes ao outro, como confirmação doo acordo de vontades e princípio do pagamento; 
8.2 Natureza juridica: elas pode ser 
	a) Natureza acessória: não existe por si, depende do processo principal; 
	b) Caráter real: só se aperfeiçoam com a estrega do dinheiro ou de coisa fungível por um dos contraentes ao outro. 
8.3 Especies:
	a) Confirmatórias: a principal função da arras é confirmar o contrato, que se torna obrigatório após a sua entrega. Estas, provam o acordo de vontades, não mais sendo possível qualquer dos contratantes rescindi-lo unilateralmente; 
	b) penitenciais: podem as partes convencionar o direito de arrependimento, neste caso a arras penitenciais atuam como pena convencional, como sanção a parte que se vale dessa faculdade. Acordado o arrependimento, o contrato torna-se resolúvel, respondendo o que se arrepender pelas perdas e danos prefixados na lei: perda do sinal dado ou sua restituição em dobro. A duplicação ocorre para que inadimplente devolva o que recebeu e perca outro tanto. 
8.4 Função:
	a) Confirmar o contrato;
	b) servir de prefixação das perdas e danos quando convencionado o direito de 	arrependimento 
	c) aturar como começo de pagamento (principio de pagamento), ou seja, quando a coisa 	entregue é parte ou parcela do objeto do contrato, pode ser do mesmo gênero do restante a 	ser entregue.
9. CLÁUSULA PENAL ( PENA CONVENCIONAL OU MULTA CONTRATUAL)
9.1 Conceito: é a obrigação acessória pela qual se estipula pena ou multa destinada a evitar o inadimplemento da principal ou o retardamento de seu cumprimento. Ela consiste em previsão, sempre adjeta de um contrato, de natureza acessória, estabelecida como reforço ao pacto obrigacional, com a finalidade de fixar previamente a liquidação de eventuais perdas e danos devidas por quem descumpri-lo.
9.2 Natureza juridica: tem natureza de pacto secundário e acessório, pois a sua existencia e eficacia dependem da obrigação principal. Ex.: a invalidade da obrigação principal importa a da cláusula penal, mas a desta não induz a daquela, resolvida a obrigação principal, sem culpa do devedor, resolve-se a clausula penal.
9.3 Funções da cláusula penal: ela tem dupla função
	a) Função principal: da cláusula penal é atuar como meio de coerção (intimidação), para 	compelir o devedor a cumprir com a obrigação;
	b) Função secundaria: servir de prefixação das perdas e danos devidos em razão do 	inadimplemento do contrato. 
9.4 Objetivo:
	a) Finalidade indenizatória: diante de eventual descumprimento da obrigação, será o 	devedor obrigado a responder pela multa convencional; ou pagar as perdas e danos, 	possuindo assim um carácter de sanção – Pré liquidação
	b) Finalidade compulsória: constrange o devedor ao cumprimento da obrigação, sendo este 	compelidos a efetuar o pagamento da clausula penal – Intimidadora
9.5 Valor da Cláusula Penal: a simples alegação que a cláusula penal é elevada não autoriza o juiz a reduzi-la, salvo se:
	a) Ultrapassar o limite legal: o limite legal da clausula penal, mesmo sendo compensatória, 	é o valor da obrigação principal, que não pode ser excedido pelo que foi estipulado naquela. 	Se tal acontecer, o juiz determinara a sua redução, não declarando a ineficácia da clausula, 	as somente o excesso. 
	b) Nas hipóteses do art. 413 do estatuto civil: 
	b1)Obrigação tiver sido satisfeita em parte, dando ao devedor que assim procede 	tratamento diferente do conferido aquele que desde o inicio nada cumpriu, 
	b2) Ao mesmo tempo impôs ao juiz o dever de reprimir abusos, se a penalidade 	convencionada for manifestamente excessiva, desproporcional a natureza e a finalidade do 	negocio. 
9.6 Especies/ Classificação:
	a) Compensatória: “Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total 	inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a beneficio do credor.”. O 	dispositivo proíbe a cumulação de pedidos. 
	b) Moratória:“Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou e segurança 	especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena 	cominada, juntamente como o desempenho da obrigação principal”.
9.7 Caraterísticas:
	a) Acessoriedade: pode ser fixada em conjunto com a obrigação principal ou por ato 	posterior, mas sempre antes do inadimplemento da obrigação principal; a sua nulidade não 	atinge a obrigação principal; 
	b) Exigibilidade imediata sem a prova do prejuízo; 
	c) Nulidade da obrigação principal, anula a multa.
10. JUROS LEGAIS: 
10.1 Conceito: juros são os rendimentos do capital, considerados frutos civis da coisa (Ex. Alugueis). Representam o pagamento pela utilização de capital alheio e integram a classe das coisas acessórias. Juro é o preço do uso do capital, por um tempo remunera o credor por ficar privado de seu capita e paga-lhe o risco em que incorre de não recebê-lo de volta.
10.2 Especies:
	a) Compensatório: ou remuneratório, ou juros frutos: são os devidos como compensação 	pela utilização de capital pertencente a outrem. Resultam da utilização consentida de capital 	alheio;
	b) Moratório: são os incidentes em caso de retardamento em sua restituição ou de 	descumprimento de obrigação. Podem ser convencionais ou legais; 
	c) Simples: são sempre calculados sobre o capital inicial;
	d) Compostos: são capitalizados anualmente, calculando-se os juros sobre juros.
11. MORA
11.1 Conceito: é o retardamento ou o cumprimento imperfeito da obrigação. Configura-se não só quando ha atraso no cumprimento da obrigação, mas também quando este se dá na data estipulada, porem de modo imperfeito, ou seja, em lugar ou forma diversa da convencional.
11.2 Diferença entre mora e inadimplemento absoluto:
	a) mora: quando a obrigação não foi cumprida no tempo, lugar e forma convencionados, 	mas ainda poderá sê-lo, com proveito para o credor. Ainda interessa a este receber a 	prestação com os acréscimos legais; 
	b) Inadimplemento absoluto: se a prestação torna-se inútil ao credor, ele poderá enjeitá-la a 	exigir perdas e danos. 
	c) Em ambos os casos o devedor responde por perdas e danos.
11.3 Especies de mora:
	a) Mora do devedor: quando se da o descumprimento ou cumprimento imperfeito da 	obrigação por parte do devedor, por causa a ele imputável; 
	b) Mora do credor: quando o credor se recusa a receber o pagamento no tempo e lugar 	indicados no título constitutivo da obrigação, exigindo-o por forma diferente ou pretendendo 	que a obrigação se cumpra de modo diverso, ou seja, pela falta de cooperação com o 	devedor. 
	c) Mora de ambos os contraentes: quando simultaneamente, uma elimina a outra, pela 	compensação. Se ambas as partes nela incidem, nenhuma pode exigir da outra perdas e 	danos. Quando sucessivas, permanecem os efeitos pretéritos de cada uma, os danos que a 	mora de cada uma das partes haja causado não se cancelam pela mora superveniente da 	outra.
11.4 Purgação de mora: é a neutralização de seus efeitos, aquele que nela incidiu corrige , sana sua falta, adimplindo a obrigação já descumprida e ressarcindo os prejuízos causados a outra parte, a purgação só produz efeitos futuros. 
11.5 Cessão da mora: decorre da extinção da obrigação, por anistia ou perdão e não de um comportamento ativo do contratante moroso, destinado a sanar sua falta ou omissão. Produz efeito pretérito, ou seja, o devedor não terá de pagar a divida vencida.

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