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Capitulo 1 INTRODUÇÃO AO DIRITO 1-Conceito de Direito, 2-Distinção entre Direito e Moral, 3-Direito Positivo e direito natural, 4-Direito Objetivo e direito subjetivo, 5-Direito publico e direito privado, 6- Direito nacional e direito internacional, 7- Ramos do direito, 8- Fontes do direito, 9-Integraçao da norma jurídica: analogia, costumes, equidade e princípios gerais do direito. 10-Clausulas gerais, 11-Processo legislativo, 12-Atos normativos administrativos, 13-Hierarquia das Leis, 14-Vigência das leis, 15-Tratados e convenções internacionais, 16-Cessação da obrigatoriedade das leis, 17-Irretroatividade das leis, 18-Ultratividade da lei anterior, 19-Interpretaçao das leis: 19.1-Interpretação conforme a Constituição, 20-Divisões do Direito Civil. Conceito de LEI Direito é regra de conduta, com força coativa. Ou – para os que negam pertencer a coação à essência do Direito – regra de conduta que permite a coação, em certas circunstancias, a ser exercida pelo poder competente. A palavra Direito vem do latim, directum, e designava, na sua origem, aquilo que é reto. Num sentido figurado, passou a designar o que estava de acordo com a Lei. As leis físicas indicam aquilo que, na natureza, necessariamente é. As leis jurídicas, ao contrario, indicam apenas aquilo que na sociedade deve ser. Por isso, diz-se que o Direito é a ciência do dever ser. O Direito nasceu junto com a sociedade. Sua historia é a historia da própria vida. Por mais que mergulhemos no passado, sempre vamos encontrar o Direito, ainda que rudimentar, a regular as relações humanas. Onde está o homem, está o Direito, ubi homo, ibi jus. Distinção entre DIREITO e MORAL MORAL e DIREITO, sendo ambos normas de conduta, apresentam um campo comum. Ex.: interessa tanto ao Direito como à Moral. DIREITO e MORAL: 1- a Moral tem um campo de ação mais amplo que o Direito. 2- a Moral preocupa-se com o foro intimo do individuo, enquanto ao Direito interessa apenas a ação exterior do homem. 3- o Direito, em regra, estabelece sanções mais concretas e imediatas. Direito POSITIVO e Direito NATURAL DIREITO POSITIVO é o conjunto de regras jurídicas em vigor num determinado país e numa determinada época. DIREITO NATURAL é a ideia abstrata do Direito, ou seja, aquilo que corresponde ao sentimento de justiça da comunidade. Ex.: Direito Positivo não obriga ao pagamento de duplicada prescrita, ao passo que para o Direito Natural, esse pagamento seria devida e correta. Direito OBJETIVO e Direito SUBJETIVO DIREITO OBJETIVO é a mesma do direito positivo, ou seja, de direito posto ou imposto pelo Estado e dirigido a todos, como norma geral de agir (norma agendi). DIREITO SUBJETIVO indica-se a possibilidade ou a faculdade individual de agir de acordo com o direito (facultas agendi), isto é, a faculdade de agir dentro das regras da lei. Direito PUBLICO e Direito PRIVADO DIREITO PUBLICO é o direito composto, inteira ou predominantemente, por normas de ordem publica. -NORMAS DE ORDEM PUBLICA: são normas imperativas, de obrigatoriedade infestável. DIREITO PRIVADO é o composto, inteira ou predominantemente, por normas privados. -NORMAS DE ORDEM PRIVADA: são normas de caráter supletivo, que vigoram apenas enquanto a vontade dos interessados não dispuser de modo diferente do previto pelo legislador. 6- Direito NACIONAL e Direito INTERNACIONAL DIREITO NACIONAL é o existente dentro das fronteiras de um País. DIREITO INTERNACIONAL costuma ser dividido em internacional publico e internacional privado. -DIREITO INTENACIONAL PUBLICO: é o conjunto de normas que regulam as relações entre os Estados membros da comunidade internacional e organismos análogos, bem quanto aos indivíduos. -DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO: é o conjunto de normas internas de casa País, instituídas especialmente para definir se a um determinado caso se aplicara a lei local u a lei de um outro país. A matéria regula o conflito de leis no espaço e tem relação com particulares que tenham interesse em mais de um país. 7- Ramos do DIREITO Classificam-se como DIREITO PUBLICO: constitucional, administrativo, eleitoral, penal, tributário, ambiental e processual. Classificam-se como DIREITO PRIVADO: civil e empresarial ou comercial. 8- Fontes do DIREITO Fontes do Direito são os meios pelos quais se formam as regras jurídicas. As fontes diretas são a LEI e o COSTUME. As fontes indiretas são as DOUTRINAS e JURISPRUDENCIA. LEI é a norma formulada pelo Legislativo objetivando o disciplinador os comportamentos das pessoas em sociedade. A lei pode ser entendida como a principal fonte formal do Direito, ou seja, como fonte do conhecimento. COSTUME pode ser entendido como os usos sócios que por apresentarem valor, significado, utilidade para o direito são transmitidos de geração a geração pela tradição. O direito costumeiro também pode se chamar Direito consuetudinário. DOUTRINA é a interpretação da lei feita pelos estudiosos da matéria em comentários. Embora a doutrina não obrigue na mas as vezes orienta, critica, influencia o legislador para elaboração das leis. JURISPRUDENCIA é a interpretação da lei feita pelos juízes e tribunais nas suas decisões, Diz-se que a jurisprudência está firmada quando uma questão é julgada e decidida reiteradamente do mesmo modo. 9- Integração da NORMA JURÍDICA: analogia, costumes, equidade e princípios de Direito. Chama-se interação da NORMA JURÍDICA o recurso a certos critérios suplementares, para a solução de eventuais dúvidas ou omissões da lei. ANALOGIA é a aplicação, a um caso não previsto, de regra que rege a hipótese semelhante. COSTUMES além de ser considerada fonte direta o Direito, o costume serve também como critério complementar de integração da norma jurídica. EQUIDADE é a adaptação razoável da lei ao caso concreto (bom senso), ou a criação de uma solução própria para uma hipótese em que a lei é omissa. PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO são critérios maiores, as vezes até não escritos, existentes em cada ramo do Direito e percebidos por indução. Assim, no direito do trabalho, um principio geral é a proteção do trabalhador. 10- Cláusulas GERAIS Denomina-se “cláusula gerias” certos textos de lei atribuem ao juiz um campo mais amplo para a integração de norma jurídica. Tais textos apresentam conceitos vagos ou indeterminados, que devem ser completados pelo prudente arbítrio do juiz. Equivalem aos “tipos abertos” do Direito Penal, ou aos elementos normativos do tipo, que existem uma avaliação de seu significado, como os conceitos de boa-fé ou de justa causa. Exemplos de cláusulas gerais, no Direito Civil, são á função social do contrato, ou da propriedade, ou, ainda, o significa de abuso de direito. 11- Processo LEGISLATIVO É o conjunto de regras que informam a elaboração da lei. O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. EMENDAS E CONSTITUIÇÃO são leis constitucionais que modificam parcialmente a Constituição. A proposta de emenda deve ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada de obtiver, em ambos, três quintos dos votos respectivos membros. LEIS COMPLEMENTARES são leis cuja elaboração já vem indicada ou sugerida no próprio texto da Constituição, para complementação ou regulamentação de certos assuntos. Para serem aprovadas, as leis complementares exigem maioria absoluta, como o voto favorável de mais da metade dos membros das duas Casas do Congresso Nacional. LEIS ORDINARIA são as leis comuns. São formuladas pelo Congresso Nacional, ou pela Assembleia Legislativa, ou pela Câmara de Vereadores. Na sua elaboração, a lei ordinária para pelas seguintes fases: iniciativa, aprovação,sanção, promulgação e publicação. Iniciativa: na área federal, cabe aos membros ou às Comissões do Poder Legislativo, ao Presidente da Republica, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da Republica e também aos cidadãos. A fase de aprovação consiste nos estudos, debates, emendas e votação do projeto. A aprovação final dá-se por maioria simples ou relativa, abrangendo apenas os parlamentares presentes à votação. A sanção é o ato qual o chefe do Executivo manifesta sua concordância com o projeto de lei aprovado pelo Legislativo. A sanção pode ser expressa ou tácita. Será tácita quando não houver manifestação no prazo de 15 dias, contando do recebimento do projeto. A promulgação decorre da sanção e tem significado de proclamação. Sanção e promulgação se dão ao mesmo tempo, com a assinatura do Presidente da Republica. A publicação no “diário oficial” é a ultima fase. Com a publicação da lei se presume conhecida de todos, tornando-se obrigatória na data indicada para sua vigência. Se for omitida a data da vigência, a lei se torna obrigatória em 45 dias após a publicação, dentro do território nacional, ou 3 meses, fora dele. LEIS DELEGADAS são leis equiparadas às leis ordinárias. Diferem destas apenas na forma de elaboração. O Congresso Nacional, em certos casos, pode encarregar o Presidente da Republica, a pedido deste, de elaborar uma lei, que receberá então a designação de lei delegada. DECRETOS LEGISLATIVOS são normas promulgadas pelo Poder Legislativo sobre assuntos de sua competência, como a autorização de referendo ou a convocação de plebiscito. RESOLUÇÕES são normas espedidas pelo Poder Legislativo, destinadas a regular matéria de sua competência, de caráter administrativo ou politico. MEDIDAS PROVISORIAS são normas com força de lei baixadas pelo Presidente da Republica em caso de relevância e urgência. Devem se submetidas de imediato ao Congresso Nacional. 12- ATOS Administrativos NORMATIVOS São aqueles que contêm em comando geral do Executivo, visando à correta aplicação da lei. Entre estes atos, de regulamentação ou de aplicação da lei, estão os decretos, os regulamentos, os regimentos, as resoluções administrativas e as deliberações. E numa função ainda mais detalhada temos as instruções, as circulares, as portarias, as ordens de serviço etc. DECRETO são atos administrativos da alçada dos chefes do Executivo. REGULAMENTOS são regras disciplinadoras de certos assuntos, baixadas por decreto. REGIMENTO são normas de organização internas. RESOLUÇÕES na área administrativa, são comandos da alçada de autoridades superiores. DELIBERAÇÕES são determinações de órgãos coletivos. INSTRUÇÕES, CIRCULARES, PORTARIAS E ORDENS DE SERVIÇO são determinações administrativas semelhantes, que visam à ordenação dos serviços. 13- HIERARQUIA da Lei Pela ordem de importância, classificam-se as normas da seguinte forma: Constituição Emendas à Constituição Leis complementares Leis ordinárias Medidas provisórias Decretos reguladores Outras normas de hierarquia inferior Quando às leis ordinárias em geral (federal, estaduais, municipais), não mantem elas propriamente uma hierarquia entre si. Porque cada esfera legislativa tem seu campo de atuação. LEIS ATOS ADMINISTRATIVOS NORMATIVOS Constituição Federal Decretos Constituição Estadual Regulamentos Emendas às Constituições Regimentos Leis complementares Resoluções administrativas Leis ordinárias Deliberações Leis delegadas Atos Medidas provisórias Instruções Decretos legislativos Circulares Resoluções do Legislativo Portarias Ordens de serviço etc. 14- Da VIGÊNCIA e da VACÂNCIA da Leis. VIGÊNCIA: A lei é levada ao conhecimento de todos por meio de sua publicação no Diário Oficial. Publicada a lei, ninguém se escusa de cumpri-la alegando que não a conhece. Sua forma obrigatória, todavia, está condicionada à sua vigência, ou seja, ao dia em que começa a vigorar. As próprias leis costumam indicar a data em que entrarão em vigor. Mas se uma lei nada dispuser do respeito, entrara ela em vigor, no território nacional, 45 dias após a publicação. Fora do País, o prazo é de 3 meses. VACÂNCIA: O espaço de tempo compreendido entre a publicação da lei e sua entrada em vigor denomina-se vacatio legis (a “vacância da lei”). Serve que ara todos se adaptem à nova lei, sendo que esse período varia de acordo com a vontade do legislador. No prazo da vacatio legis inclui-se a data da publicação e o ultimo dia de prazo, entrando a norma em vigor no dia subsequente à consumação integral do lapso. 15- Cessação da OBRIGATORIEDADE da Lei (ab-rogação – derrogação) Não se destinando a vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou renove. A revogação TOTAL denomina-se ab-rogação. A revogação PARCIAL denomina-se derrogação. A revogação é expressa quando a lei nova diz quais são os textos revogados. A revogação é tácita quando a lei nova é incompatível com a lei anterior, ou quando regula inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Como vimos, a medida provisória, se não convertida em lei ordinária, suspende mas não revoga a lei anterior. 16- IRRETROATIVIDADE da Lei Em principio, a lei não deve ser retroativa. Não deve alcançar fatos do passado, mas regula situações presentes e futuras, a partir de sua vigência. Mas se, por EXCEÇÂO, uma lei nova pretende regular fatos passados, terá de respeitar sempre o direito adquirido (situação definitivamente constituída no regime da lei anterior), o ato jurídico (já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou) e a coisa julgada (decisão judicial de que já não caiba recurso). Art. 5°, XXXVI, da CF; 6° da LINDB. 17- ULTRATIVIDADE da Lei Anterior Em certos casos, a lei revogada sobrevive, continuamente a ser aplicada às situações acorridas ai tempo de sua vigência, Assim, o ato jurídico perfeito será avaliado e julgado de acordo com a lei existente à época de sua conclusão. 18- INTERPRETAÇÃO das Leis Podem ser, autênticas, doutrinarias, jurisprudencial, gramatical, logica, histórica, sistemática, de direito comparado, extensivo, restritivo, teleológica ou social. 20- Divisão do DIREITO CIVIL O Direito Civil regula as relações jurídicas das pessoas. DIREITO DE FAMILA disciplina as relações pessoais e patrimoniais da família, como o casamento, o poder familiar. DIREITO DAS COISAS trata do vinculo que se estabelece as pessoas e os bens, como a propriedade e o usufruto. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES trata do vinculo pessoal entre o credor e o devedor, tendo por abjeto uma prestação patrimonial. DIREITO DAS SECESSÕES regula a transmissão dos bens dos falecidos. Além desse quadro-padrão, existem setores que se tornaram um direito civil especial, como o direito autoral, o direito agrário ou o direito imobiliário. DIREITO CIVIL PARTE GERAL PARTE ESPECIAL Pessoas naturais ou jurídicas Obrigações e contratos Bens Títulos de crédito Fatos, atos e negócios Jurídicos Direito de empresa Sociedade simples e empresarias Direito das Coisas Direito de Família Tutela e Curatela Direito das Sucessões
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