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LAJES - DEFINIÇÕES E APLICAÇÕES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO TECNOLÓGICO 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
ARQ-5661 – TECNOLOGIA DA EDIFICAÇÃO I 
PROFESSOR: Anderson Claro 
 
 
 
 
LAJES: 
Definições, 
 Aplicações e 
Técnicas Construtivas 
 
 
 
 
 
 
Equipe: 
Camila Martins Concer 
Daniela Ferronatto da Silva 
Khiusha Kiener Uaila 
Lis Moreira Cavalcante 
Talita Micheleti Honorato da Silva 
 
 
01 de Julho de 2008 
 
 
 
2
1- Apresentação: 
A laje é um dos mais conhecidos elementos estruturais assim como a viga e o 
pilar. Ela está presente nas construções desde a antiguidade, mas vem sofrendo um 
grande processo evolutivo ao longo desse período. 
Atualmente, arquitetos e engenheiros possuem um enorme leque de opções de 
lajes, que podem adaptar-se às mais variadas necessidades. Dos maiores aos 
menores vãos, das ortogonais às curvas, pré-moldadas ou fabricadas em loco, 
translúcidas ou maciças, plissadas ou nervuradas. 
Apresentaremos nesse site as definições sobre esse elemento estrutural e um 
apanhado dos mais interessantes, utilizados ou inovadores tipos de lajes, assim como 
suas aplicações na arquitetura. 
 
 
 
Educatorium, Holanda, Utrecht. 
FONTE: www.oma.eu 
 
 
 
 
 
 
 
3
2- As primeiras Lajes: 
A laje é um dos elementos estruturais que mais nos remete à antiguidade. 
Apesar de em muitos casos não ser a mesma que conhecemos hoje, certamente ela é 
muito facilmente relacionada com estruturas utilizadas no passado. 
Desde o surgimento do Homem, este procurou um local protegido das 
intempéries climáticas para abrigar-se, esses locais, normalmente cavernas, nos 
remetem à idéia conceitual inicial das lajes, uma estrutura com finalidade de 
resistência e isolamento. Das cavernas também podemos relacionar a utilização das 
pedras como material de construção de lajes. 
Uma das mais antigas lajes registradas é datada de 2575 a 2134 a.C e foi 
utilizada na pirâmide de Kéfren no Egito. Ela cobria uma das câmaras da pirâmide e 
possuía rasgos horizontais para iluminação e ventilação, além disso, ainda no 
complexo das pirâmides lajes calcárias serviram de cobertura para covas para botes. 
 
 
Pirâmide de Kéfren 
FONTE: http://k53.pbase.com/o5/57/657957/1/69387894.3Tz0iSdn.PiramidedeKefren.jpg 
 
Outra referência de longa data à utilização de lajes são os Jardins Suspensos 
da Babilônia. Construídos entre 605 a.C e 562 a.C os jardins em formatos de torres já 
apresentam a laje como elemento de separação entre pavimentos. 
 
 
4
 
Um outro historiador grego, Diodorus Siculus, escreveu que os jardins 
ficavam sobre lajes de pedra, um material de construção raro e caro 
usado somente em dois edifícios babilônicos. Estas lajes de pedra 
eram, por sua vez, cobertas por junco, asfalto e ladrilhos. Ele nos diz 
que o jardim media 400 pés por 400 pés e com mais de 80 pés de 
altura. 1 
 
 
Esta gravura, pintada à mão pelo artista holandês Maerten van Heemskerck, no 
século XVI, representa os jardins suspensos da Babilônia, uma das "sete maravilhas do 
mundo" antigo, criadas pelo rei Nabucodonosor II por volta de 600 a.C. 
FONTE: www.historiadomundo.com.br/babilonia/babilonia-cidade 
 
Esses são apenas dois de muitos outros exemplos que ilustram a importância 
das lajes e sua utilização desde a antiguidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1Nabuco e os Jardins Suspensos da Babilônia. Disponível em: < http://archive.operainfo.org/>. 
Acesso em: 20 de Maio de 2008. 
 
 
5
3- Definição: 
3.1- Definição estrutural: 
Segundo a ABNT NBR 6118:2003, item 14.4.2.1 as lajes ou placas são 
“elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações normais a seu plano. 
As placas de concreto são usualmente denominadas lajes”. 
Segundo o Prof. Dr. João Eduardo Di Pietro: 
(...) lajes ou placas são os elementos planos das edificações 
(horizontais ou inclinados), de estrutura monolítica e de altura 
relativamente pequena e que são caracterizadas por duas dimensões: 
sua largura e seu comprimento, predominantes em relação à sua altura 
e servem para separar os diversos pisos de um edifício. 
 
3.2- Definição projetual: 
Entende-se por definição projetual de uma laje a concepção do espaço, este 
definido por um plano de apoio – a laje – sobre o qual iremos construir e elaborar este 
espaço. 
É começando por um desenho apropriado dos pavimentos que 
podemos erigir os planos, intervalos e distâncias sendo desenhados 
sobre eles e representados com as proporções requeridas. 2 
 
 
Maison À Bordeaux, França, Bordeaux. 
FONTE: www.oma.eu 
 
 
 
2 FERRO, Sérgio. O canteiro e o Desenho, 2ª edição. São Paulo. Projeto Editores. Associados. 1982. 
 
 
6
4- Tipos de Lajes: 
4.1- Lajes Plissadas: 
As lajes plissadas são estruturas resistentes pela própria forma 
empregadas normalmente em coberturas, podendo adquirir os mais 
diversos formatos, inclusive circulares. Sua utilização na execução de 
muros de arrimo também é muito grande, pois sua forma permite 
resistir, com eficiência, às cargas horizontais (empuxo), provenientes 
das ações dos aterros ou da água. 3 
 
 
 
 
 
Catedral de Cascavel 
FONTE: www.skyscrapercity.com. 2008 
 
 
 
 
 
 
 
3 DI PIETRO, João Eduardo. O conhecimento qualitativo das estruturas das edificações na formação do 
arquiteto e do engenheiro. Tese de Doutorado - UFSC. 2000. 
 
 
 
7
4.1.1- Método Construtivo: 
Não existe um método construtivo pré definido para as lajes plissadas. Na 
grande parte do tempo elas são fabricadas com a utilização de fôrmas que podem 
assumir diversos formatos, relacionados à amplitude do vão, material e estética. 
Segundo Engel (1981), a criação de uma forma adequada para esse tipo de estrutura 
é uma forma de arte, tão vasta são as possibilidades que podem ser empregadas. 
 
 
Catedral de Cascavel- PR 
FONTE: www.pr.gov.br. 2008 
 
 
 
 
Catedral de Cascavel 
FONTE: www.arquicascavel.org.br. 2008 
 
 
 
 
 
 
8
4.1.2- Aplicações Usuais: 
Esse tipo de laje é comumente empregado para a cobertura de grandes vãos. 
Segundo Engel (1981), possui uma ação portante tripla por apresentar um efeito de 
laje, de placa e de treliça. Apresenta certas vantagens em comparado com uma laje 
nervurada, entre elas: 
1. A redução do vão de influência de uma laje em função de cada 
dobra servir como um apoio; 
2. Maior resistência a cargas em função de sua forma sem 
necessidade de aumento da quantidade de material; 
3. Normalmente apresentam maior comprimento na direção 
longitudinal, mesma direção das nervuras de uma laje nervurada, o que 
proporciona a eliminação das nervuras já que nesse sentido ela atua 
semelhantemente a uma viga; 
4. Aumento na altura da cobertura o que explica seu emprego em 
grandes espaços. 
Pela classificação de Engel esse tipo de estrutura é de superfície-ativa, ou seja, 
sua forma deve ser pensada como elemento estrutural, e pode assumir os mais 
variados formatos. 
Nas estruturas de superfície-ativa, é fundamental uma forma 
adequada que reoriente as forças atuantes, distribuindo-as, em 
pequenos esforços unitários, sobre a superfície. O 
desenvolvimento de uma forma adequada para a superfície – 
desde os pontos de vista estrutural, utilitário e estético – é um 
ato criativo: arte. (ENGEL, 1981, pp. 149) 
 
 
Clube Curitibano, Curitiba – PR, 1966. 
FONTE: www.vitruvius.com.br. 2008 
 
 
 
9
 
Palácio das Convenções, ParqueAnhembi, São Paulo – SP 
FONTE: www.anhembi.com.br. 2008 
 
 
Hall Nobre, Palácio nas Convenções. 
FONTE: www.anhembi.com.br. 2008 
 
 
 
10
 
Grande auditório, Palácio da Convenções. 
FONTE: www.anhembi.com.br. 2008 
 
 
 
Grande Auditório, Palácio das Convenções. 
FONTE: www.anhembi.com.br. 2008 
 
 
 
 
11
Museu Oscar Niemeyer 
FONTE: www.pr.gov.br, 2008 
 
 
 
Museu Oscar Niemeyer 
FONTE: www.pr.gov.br, 2008 
 
 
 
4.2- Laje Protendida 
 
As lajes protendidas possuem características que as fazem com que o uso 
desse tipo de laje se torne cada vez mais presente em obras, até mesmo de 
residências. Segundo PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0115543/CA as lajes 
protendidas apresentam: 
1. Deformações menores do que outras lajes; 
2. Estruturas mais econômica devido ao emprego de aços de maior resistência; 
3. Retirada antecipada do escoramento e das fôrmas; 
4. A ausência de vigas oferece vantagens evidentes para execução da obra 
quanto à economia, tanto de material quanto de tempo; 
É possível também a realização de grandes vãos e balanços, o que facilita 
muito a execução de algumas obras, como por exemplos as do arquiteto Oscar 
Niemeyer. Que utiliza o sistema de protensão para a realização de algumas obras: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12
Laje protdida alveolar. 
FONTE: www.munte.com.br, 2008. 
Colocação de laje protendida alveolar. 
FONTE: www.r4tecno.com.br, 2008. 
Colocação de laje protendida alveolar, 
com ajuda de guindastes. 
FONTE: www.lajeal.com.br, 2008. 
As lajes protendidas alveolares são exemplos da aplicação da protensão na 
construção. São elementos pré-moldados, os alvéolos reduzem o peso da estrutura e, 
em combinação com a protensão, são capazes de cobrir grandes vãos. São 
especialmente projetados para resistir ao cisalhamento e ao momento fletor. 
(Cadernos de Engenharia de Estruturas, 2006). 
 
 
 
4.2.1- Método construtivo 
 As lajes protendidas alveolares são estruturas pré-fabricadas, são 
transportadas prontas até a obra e ali, são montadas conforme projeto, com o auxilio 
de guindastes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13
Centro Empresarial Laís Peretti, Curitiba, 
utilização de laje protendida. 
FONTE: Arcoweb, 2007. 
4.2.2-Aplicações usuais 
 Em sua grande maioria as lajes protendidas são utilizadas em grandes obras, 
onde necessita a criação de grandes vãos e/ou grandes balanços. 
Devido a estas características essas lajem também tem ido utilizadas em 
construções de residências. 
Com a pré-fabricação desses elementos, como exemplo, as lajes alveolares 
protendidas, esse tipo de estrutura horizontal também é bastante utilizada em obras 
com elementos pré-fabricados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14
Laboratório médico, Belém-Aplicação de laje 
Protendida. 
FONTE: Arcoweb, 2006. 
Laboratório médico, Belém-laje Protendida para 
liberar vão da garagem. 
FONTE: Arcoweb, 2006. 
O sistema construtivo com laje protendida facilitou a criação dos balanços que 
originaram as varandas no sétimo e no 14º pavimentos e, no embasamento, permitiu a 
testada de 25 metros, com cinco metros em projeção. A utilização desse tipo de laje, 
além de possibilitar vãos e balanços maiores, considerou questões funcionais, com a 
redução do número de pilares. Sua espessura reduzida (25 centímetros) resultou em 
ganho de mais dois andares, respeitando a limitação de altura máxima da edificação 
(cota de 1.010 metros), definida pela Aeronáutica. (ARCOWEB, 2007) 
 
 
 
 
 
 
 
 Neste caso a utilização da laje 
protendida permitiu que o vão da 
garagem não apresentasse 
nenhum pilar, deixando-o livre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15
Utilização de laje protendida, como alta tecnologia, para a execução de 
grandes empreendimentos. 
 
 
 
 
 
Evolution Tower, empreendimento do ramo hoteleiro- Curitiba, PR. 
FONTE: Arcoweb, 2005. 
 
 
16
4.3- Laje Pré-fabricada: 
São denominadas lajes pré-fabricadas todas aquelas cujas partes constituintes 
são fabricadas em larga escala por indústrias. Existem diversos tipos, sendo as mais 
usadas as lajes com vigotas treliçadas e as com vigotas de concreto armado. Podem 
ainda ser classificadas como unidirecionais (nervuras principais em uma única 
direção), bidirecionais (nervuras em duas direções). 
 
Montagem de painéis pré-fabricados de laje alveolar 
FONTE: www.r4tecno.com.br 
 
4.3.1- Método construtivo 
Como anteriormente mencionado, as lajes pré-fabricadas possuem partes 
feitas por indústrias, que na obra serão montadas igual partes de um quebra-cabeça. 
Se a laje a ser montada na obra, tiver como partes pré-fabricadas as vigotas cabe aos 
operários realizar o alinhamento das vigotas, colocarem os blocos de enchimento e 
fazer o capeamento de concreto. Já se a laje for composta por painéis pré-fabricados, 
esses só precisam ser apoiados nas vigotas, dispensando o capeamento. 
 
 
17
 
 
 
 
Montagem de laje pré-fabricadas, com painéis pré-fabricados 
FONTE: www.areanet.com.pt 
 
4.3.2- Aplicações usuais: 
As lajes pré-fabricadas são utilizadas tanto em obras grandes, como edifícios, 
shoppings, quanto em obras menores, como a construção de método construtivo e 
“não necessidade” de utilização de fôrmas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18
4.4- Laje Nervurada: 
O sistema de laje nervurada tem sua origem em 1854, quando William 
Boutland Wilkinson patenteou um sistema em concreto armado de pequenas vigas 
regularmente espaçadas, onde os vazios entre as nervuras foram obtidos pela 
colocação de moldes de gesso, sendo uma fina capa de concreto executada como 
plano de piso. 
 
 
Livraria da Travessa, Rio de Janeiro -RJ. 
FONTE:www.arcoweb.com.br. 
 
TIPOS: 
Lajes nervuradas com vigotas pré-fabricadas: aquelas construídas com elementos pré-
fabricados, normalmente produzidos fora do canteiro de obras, industrialmente. 
Lajes nervuradas moldadas no local de concreto armado: aquelas construídas 
integralmente na própria obra. 
Lajes nervuradas protendidas: são executadas com vigas ou vigotas protendidas de 
fábrica. 
Lajes nervuradas treliçadas: as lajes treliçadas pré-moldadas têm como vantagem a 
redução da quantidade de fôrmas. Hoje, utiliza-se o sistema treliçado com nervuras 
pré-moldadas, executadas com armaduras treliçadas. 
Observação: Os dois sistemas de nervurada (protendida e treliçada) devem ser 
caracterizados como laje executada com elementos pré-moldados, já que parte dela é 
moldada in-loco. 
 
 
 
 
 
19
4.4.1- Método construtivo 
1. A construção de lajes nervuradas com vigotas pré-fabricadas envolve a 
utilização de vigotas unidirecionais pré-fabricadas, elementos leves de 
enchimento posicionados entre as vigotas, concreto moldado no local, aço para 
concreto armado, cimbramento e mão-de-obra, sendo dispensadas as fôrmas. 
2. A construção de lajes moldadas no local de concreto armado 
basicamente envolve a utilização de concreto, aço para concreto armado, 
fôrmas, materiais de enchimento, cimbramento e mão-de-obra. 
3. Para a execução das nervuras são empregadas fôrmas reutilizáveis ou 
não, confeccionadas normalmente em material plástico, polipropileno ou 
poliestireno expandido. 
4. Pode-se simular o comportamento de uma laje nervurada com laje pré-
fabricada, colocando-se blocos de isopor junto à camada superior. Este tipo de 
solução oferece uma grande vantagem quanto à dispensa da estrutura de 
cimbramento. 
5. Devido à grande concentraçãode tensões na região de encontro da laje 
nervurada com o pilar, deve-se criar uma região maciça para absorver os 
momentos decorrentes do efeito da punção. 
6. O pré-dimensionamento destas estruturas protendidas, para a 
determinação da altura da laje, fica determinado pela seguinte equação: h= l/23 
a l/28, sendo h =altura da laje nervurada e l = distância entre os apoios 
(pilares), em cm. Podem chegar a vãos da ordem de 20m. 
 
 
 
PASSO A PASSO 
 
 
20
Lajes nervuradas com cubas plásticas 
1. Após a montagem do escoramento metálico e do vigamento, dá-se 
início à instalação das cubetas plásticas; 
2. Em seguida, inicia-se a montagem da chapa de apoio das cubetas 
(tablado de madeira) sobre as escoras; 
3. Distribuir as fôrmas sobre os painéis; 
4. Alinhar as fôrmas plásticas com o auxílio de um sarrafo de madeira. Em 
seguida, prender uma faixa de madeirite na beirada da laje; 
5. Colocação das armaduras; 
6. Prender os vergalhões e os estribos; 
7. Concretar a laje; 
8. Sarrafear e nivelar a laje; 
9. Retirar o escoramento e o tablado de apoio das cubetas, deixando o 
reescoramento a cada 1,5m²; 
10. Retirar as cubetas; 
11. Esperar a cura completa do concreto, retirar o reescoramento. A laje 
está pronta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
21
4.4.2- Aplicações usuais 
As lajes nervuradas são empregadas quando se deseja vencer grandes vãos 
e/ou grandes sobrecargas. O aumento do desempenho estrutural é obtido em 
decorrência da ausência de concreto entre as nervuras, que possibilita um alívio de 
peso não comprometendo sua inércia. 
No sistema nervurado tem-se, além do alívio do peso próprio da estrutura, um 
aproveitamento mais eficiente dos materiais, aço e concreto. 
A mesa de concreto resiste aos esforços de compressão, a armadura,os de 
tração e a nervura de concreto, faz a ligação mesa-alma. Os vazios são obtidos com 
moldes plásticos removíveis ou então pela colocação de material inerte perdido, como 
por exemplo o isopor ou peças cerâmicas. 
Podem-se ter, para as lajes nervuradas, painéis apoiados em vigas mais 
rígidas que as nervuras, num sistema chamado de convencional. Contudo, também é 
aplicada em pisos de lajes sem vigas, gerando assim um teto de espessura única, sem 
elementos abaixo da linha inferior das nervuras, o que é vantajoso na determinação 
das alturas livres internas dos compartimentos de uma edificação. Nesse caso tem-se 
o apoio diretamente no pilar, sendo necessário que a região em torno dos pilares seja 
maciça para absorver os momentos negativos que surgem no entorno dos pilares 
internos e resistir ao efeito de puncionamento, que é a tendência à perfuração da laje 
pelo pilar, que ocorre nessas regiões. 
 
 
 
Lajes nervuradas protendidas. Hotel Bourbon Atibaia. Atibaia-SP. 
FONTE: www.engetecprot.com.br. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22
 
 
 
 
Edifício Ipiranga. São Paulo-SP. 
FONTE: www.atex.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edifício Comercial. Itabira-MG 
FONTE: www.atex.com.br. 
 
 
 
23
 
 
Edifício poliesportivo da PUC/RS, Porto Alegre-RS. 
FONTE:www.arcoweb.com.br. 
 
 
 
Obra Beiramar Norte- Florianópolis- SC, Laje Nervurada. 
FONTE: Autor, 2008. 
 
 
24
 
 
 
Cubas Plásticas para execução de Laje Nervurada 
FONTE: Autor, 2008. 
 
 
 
 
 
 
Montagem de Laje Nervurada. 
FONTE: Autor, 2008. 
 
 
 
 
25
4.5- Laje Treliçada 
 
4.5.1- Conceito 
São lajes formadas por nervuras pré-moldados (treliça), lajotas (normalmente 
cerâmicas) e uma “capa de concreto” moldada no local. A armação treliçada é aquela 
formada por armadura de aço pronta, pré-fabricada, constituída por dois fios de aço 
paralelos na base, denominados de banzos inferiores e um fio de aço no topo, 
denominado de banzo superior, interligados aos dois fios de aço diagonais, 
denominados de sinusóides, com espaçamento regular (passo). 
Podem ser compostas com blocos de diversos materiais, mas os mais 
utilizados são os de concreto e, principalmente, os cerâmicos (lajotas). 
 
 
Treliças. 
FONTE: www.abcp.org.br 
 
4.5.2- Processo construtivo 
 
• Projeto: 
“Os parâmetros que definem a seção transversal da laje treliçada são: Altura total da 
laje, espessura da capa de concreto, intereixo de nervuras, espessura das nervuras e 
altura da treliça.” 
 
a) Altura total da laje (H): 
A altura da laje é função dos esforços que atuam sobre seus elementos e das 
limitações de deslocamentos. Normalmente, escolhe-se a altura em função do vão, 
baseando-se na experiência do engenheiro. No dimensionamento final pode se 
comprovar a necessidade ou não de aumentar esta altura. 
 
b) Espessura da capa de concreto (Hf): 
A espessura da capa, também denominada de mesa de compressão, é função 
geralmente da altura da laje. Normalmente se usam valores de 4 ou 5 cm, sendo o 
primeiro para alturas de laje até 24 cm e o segundo para valores acima deste. A 
 
 
26
espessura da capa de concreto igual a 3 cm só é permitida para lajes com altura total 
igual a 10 cm. 
c) Intereixo de nervuras (bf): 
O intereixo de nervuras é função do tipo de material de enchimento a ser utilizado. 
Quanto maior o intereixo adotado, menor será o consumo de concreto da laje. Por 
outro lado maior será a armadura em cada nervura. De qualquer forma, maiores 
intereixos levam, via de regra, a lajes mais econômicas. Na realidade, dificilmente se 
adota intereixos maiores do que 60 cm. Valores maiores podem levar a grande 
concentração de armaduras nas nervuras, obrigando o alargamento das mesmas, 
aumentando o consumo de concreto. 
 
d) Espessura das nervuras (bw): 
A largura das nervuras é o parâmetro que menos sofre variação no projeto de lajes 
pré-moldadas. No caso de lajes treliçadas este é igual a largura da sapata de 
concreto, geralmente 12 cm, descontando-se um valor de cada lado para apoio dos 
blocos de enchimento, geralmente 1,5 cm. Com isto tem-se, geralmente, nervuras com 
largura de 9 cm. Valores maiores só se justificam quando a densidade de armadura é 
muito grande, ou o esforço cortante na nervura é muito alto. 
 
e) Altura da treliça (HT): 
Para definição da altura da treliça duas situações distintas devem ser distinguidas: a 
primeira corresponde à situação em que não é necessária armadura de cisalhamento 
para as nervuras e a segunda corresponde ao caso contrário. 
 
e.1) Quando as nervuras necessitam de armadura de cisalhamento: 
Neste caso a altura da treliça passa a depender da altura da laje. Como a armadura de 
cisalhamento será formada pela armadura lateral da treliça (sinusóide) é importante 
que a barra superior da treliça seja ancorada na zona de compressão da mesa. 
O ideal é que o ferro negativo da treliça fique na mesma posição da armadura negativa 
da laje, cerca de 1,0 centímetro abaixo da face superior da laje. No caso das nervuras 
necessitarem de armadura de cisalhamento, e não se puder tirar partido da armadura 
lateral da treliça para combater este efeito, recomenda-se a adoção de estribos 
suplementares como pôde ser visto em 2.9. 
 
e.2) Quando as nervuras não necessitam de armadura de cisalhamento. 
Neste caso a altura da treliça não fica vinculada à altura da laje. A altura escolhida 
definirá tão somente a capacidade portante da vigota treliçada durante a fase de 
 
 
27
montagem da laje. Alturas de treliça maiores permitirão adotar um espaçamento maior 
entre linhas de escora. Normalmente se adota nestas situações o valor mínimo que é 
de 8 cm.”4 
 
4.5.3- Vantagens da laje treliçada 
• Capacidade de vencer grandes vãos livres e suportar altas cargas;• Capacidade de suportar paredes apoiadas diretamente sobre a laje, fazendo-
se previamente as considerações necessárias; 
• Possibilidade de redução da quantidade de vigas e conseqüentemente de 
pilares e fundações do sistema estrutural de qualquer edificação. Com a 
redução da quantidade de pilares, ganha-se espaço interno; 
• Redução do custo final da estrutura, entre economia de aço, concreto, fôrma e 
mão-de-obra; 
• Menor peso próprio com conseqüente alívio das cargas em vigas, pilares e 
fundações; 
• Redução do escoramento, devido ao baixo peso próprio; 
• Eliminação do uso de fôrma para a execução das lajes; Facilidade de 
transporte horizontal e vertical, e maior agilidade na montagem; 
• Dimensionamento uni ou bidirecional, dependendo da necessidade da 
estrutura; 
• Eliminação da possibilidade de trincas e fissuras, pela condição de total 
aderência entre as nervuras e o concreto de capeamento. Esta total aderência 
é oferecida principalmente pela existência dos sinusóides (armadura diagonal 
que liga o ferro superior aos inferiores), e também pela superfície rugosa em 
contato com o concreto de capeamento; 
• Perfeita condição de monoliticidade da estrutura, possibilitando ser utilizada em 
qualquer tipo de obra, seja horizontal ou vertical com altura elevada; 
• Baixo índice de desperdício; 
• Melhoria das características térmicas e acústicas, quando a laje é executada 
com blocos de EPS. 
 
 
 
4 Dados retirados: TRELIART. Disponível em: www.treliart.com.br. Acessado em: 03/06/2008. 
RESPOSTA TÉCNICA. Disponível em: http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt5960.pdf?PHPSESSID 
=eacfd0394bf9cff61879b31265f473ef. Acesso em: 20/07/2008. 
 
 
 
 
28
 
 
 
Laje Treliçada com cerâmica 
Fonte: www.valecorrea.com.br 
 
 
 
Laje Treliçada com enchimento em EPS 
FONTE:www.lajessaotome.com.br 
 
 
 
 
 
29
 
 
Laje treliçada- detalhe 
FONTE:bp0.blogger.com. 
 
 
 
4.6- Laje Translúcida 
 As lajes translúcidas estão classificadas segundo DI PIETRO (2000) como lajes 
mistas. Como nesse tipo de laje não é necessária a colocação do capeamento tornou-
se possível a utilização de blocos de vidros entre as nervuras, gerando um efeito 
estético diferenciado. 
 
4.6.1- Método construtivo 
 A construção das lajes mistas segue os moldes da laje nervurada, porém sem 
a colocação do capeamento. Este, por sua vez, não é necessário “pois os esforços de 
compressão são absorvidos pelas nervuras e pelos blocos intercalados entre as 
mesmas.” 
 
 
 
30
4.6.2- Aplicações usuais: 
 Elas não são utilizadas com muita freqüência. Seu emprego se dá para fins 
estéticos, não havendo a necessidade de sua aplicação em toda a extensão da laje. 
São mais encontradas em shoppings, escadas e edifícios comercias, não excluindo 
seu uso em áreas residenciais. 
 
4.6.3- Galeria de fotos: 
 
 
 
Academia Competition Paulista, São Paulo-SP 
FONTE: www.arcoweb.com.br 
 
 
 
31
 
 
Salvador Shopping, Salvador 
FONTE: www.arcoweb.com.br 
 
 
 
 
 
Salvador Shopping, Salvador 
FONTE: www.arcoweb.com.br 
 
 
 
 
32
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador Shopping, Salvador 
FONTE: www.arcoweb.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patio Villa, Rotterdam, Holanda, 1988 
FONTE: www.oma.eu 
 
 
 
33
 
 
Embaixada dos Países Baixos, Alemanha, Berlin, 2003 
FONTE: www.oma.eu 
 
 
 
 
 
 
Embaixada dos Países Baixos, Alemanha, Berlin, 2003 
FONTE: www.oma.eu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34
5- Referências bibliográficas: 
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19/05/2008. 
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Acesso em: 23/05/2008. 
ARQUIDIOCESE DE CASCAVEL. Disponível em: 
<http://www.arquicascavel.org.br/?system=news&action=read&id=142&eid=16> 
Acesso em: 18/05/2008. 
ÁREA NET. Disponível em: < http://www.areanet.com.pt/>. Acesso em: 1/05/2008. 
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CONCRETO. Disponível em: <http://www.comunidadedaconstrucao.com.br>. Acesso 
em: 12/05/2008. 
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<http://www.batalhaosuez.com.br/HistoriaVerdadesdasPiramedesKefren2.htm>. 
acesso em: 19/05/2008. 
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DI PIETRO, João Eduardo. O conhecimento qualitativo das estruturas das edificações 
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1981. 
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35
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<http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/Sistemas%20Estruturais/Sistemas2.pdf>. Acesso 
em: 10/05/2008.

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