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Recursos AJAA STJ 2018

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIAPROFESSOR LEANDRO 
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Recursos AJAA - STJ 2018 
Administração Financeira e Orçamentária (AFO) 
 
 
Bom, pessoal! Que provinha hein! Pior do que a prova foi o gabarito! Chuva de recursos. 
Vamos lá? Lembro a vocês para tomarem cuidado com o envio de recursos idênticos. Irei 
fundamentar aqui conforme a Legislação para não haver dúvida quanto ao recurso, tá? 
98. Se determinado órgão público elaborar um plano que envolva apenas sua área de 
atuação, esse plano deverá ser submetido ao sistema de planejamento e de orçamento 
federal. 
Gabarito preliminar: ERRADO 
Gabarito preliminar CESPE: CERTO 
 
Vamos entender a questão e tomar como base a própria Lei nº 10.180/2001, a seguir: 
Conforme a Lei 10.180/01: 
FINALIDADES 
Conforme a Lei no 10.180, de 6 de fevereiro de 2001: 
Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade: 
I - formular o planejamento estratégico nacional; 
II - formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento 
econômico e social; 
III - formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos 
anuais; 
IV - gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal; 
V - promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
visando a compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, 
nos planos federal, estadual, distrital e municipal. 
Art. 3º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal compreende as 
atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas 
e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas sócio-econômicas. 
Art. 4º Integram o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal: 
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I - o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão central; 
II - órgãos setoriais; 
III - órgãos específicos. 
§ 1o Os órgãos setoriais são as unidades de planejamento e orçamento dos 
Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil 
da Presidência da República. 
§ 2o Os órgãos específicos são aqueles vinculados ou subordinados ao órgão 
central do Sistema, cuja missão está voltada para as atividades de 
planejamento e orçamento. 
§ 3o Os órgãos setoriais e específicos ficam sujeitos à orientação normativa e à 
supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação 
ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados. 
§ 4o As unidades de planejamento e orçamento das entidades vinculadas ou 
subordinadas aos Ministérios e órgãos setoriais ficam sujeitas à orientação 
normativa e à supervisão técnica do órgão central e também, no que couber, 
do respectivo órgão setorial. 
§ 5o O órgão setorial da Casa Civil da Presidência da República tem como área 
de atuação todos os órgãos integrantes da Presidência da República, 
ressalvados outros determinados em legislação específica. 
Art. 5o Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros 
Poderes, as unidades responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à 
orientação normativa do órgão central do Sistema. 
Art. 6o Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros 
Poderes e órgãos da Administração Pública Federal, os órgãos integrantes do 
Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal e as unidades responsáveis 
pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão o 
acompanhamento e a avaliação dos planos e programas respectivos. 
 Portanto, caso o programa abranja apenas a sua área de atuação, este não deverá ser 
submetido ao SPOF. Em nenhum momento a Lei afirmou que um plano que verse apenas na 
sua área de atuação deva ser submetido ao SPOF. O fato de os órgãos setoriais e específicos 
ficarem sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central do Sistema, 
sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados, 
não significa que tal plano (que não é nem nacional, regional ou setorial) seja submetido ao 
Sistema. Solicita-se, dessa forma, alteração de gabarito. O gabarito deveria ser ERRADO. 
 
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111. A dívida fundada deve ser registrada no passivo financeiro. 
Gabarito preliminar: ERRADO 
Gabarito preliminar da CESPE: CERTO 
 
 Aqui não cabe nem falar demais! A própria Lei 4320/64 trata do assunto de forma 
expressa. Pelamordi, neh, CESPE! Não dá pra te defender, amigan! 
A dívida fundada é registrada no passivo permanente, dívida de longo prazo. 
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará: 
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras 
que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. 
Solicita-se, portanto, a alteração de gabarito. O gabarito deveria ser ERRADO. 
113. Os créditos classificáveis na dívida ativa devem ser registrados no ativo de longo prazo 
até o seu recebimento ou cancelamento. 
Gabarito preliminar: CERTO 
 
Gabarito preliminar CESPE: ERRADO 
 
 Essa foi foda! Primeiro que extrapola o conteúdo do edital, uma vez que esse conceito 
foi tratado na Portaria nº 564/2004 da Secretaria do Tesouro Nacional, publicada em 
08/11/2004. Vejamos a seguir: 8.4 DÍVIDA ATIVA DE CURTO PRAZO 
8.4.1 Em observância aos dispositivos legais pertinentes, os 
créditos classificáveis em Dívida Ativa devem ser inicialmente 
registrados no Ativo de Longo Prazo, considerando a incerteza 
intrínseca de sua condição. 
 Segundo o MCASP 7ª edição (pág.68), o registro das receitas orçamentárias oriundas 
do recebimento da dívida ativa deve ser discriminado em contas contábeis de acordo com a 
natureza do crédito original. Também devem ser classificados em classificações específicas os 
recebimentos referentes a multas, juros e outros encargos. Vejamos: 
Lançamentos: 
Seguem os registros contábeis da baixa por recebimento do principal no órgão competente 
para inscrição: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 
C 1.2.1.1.x.xx.xx Créditos a Longo Prazo (P) 
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 Além disso, a Dívida Ativa, regulamentada a partir da legislação pertinente, abrange os 
créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido 
efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de 
caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo 
contabilmente alocada no Ativo. Em observância aos dispositivos legais pertinentes, mais uma 
vez repito, os créditos classificáveis em Dívida Ativa devem ser inicialmente registrados no 
Ativo de Longo Prazo, considerando a incerteza intrínseca de sua condição. 
Solicita-se, portanto, a alteração de gabarito. O gabarito deveria ser CERTO. 
114. É vedada a utilização de recursos de finalidade distinta da especificada pelo código de 
fonte de recursos. 
Gabarito preliminar: ERRADO 
 
Gabarito preliminar CESPE: CERTO 
 
 A classificação quanto à fonte/destinação de recursos cumpre o que determina o art. 
8º, parágrafo único da LRF, ou seja, os recursos legalmente vinculados a finalidade específica 
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em 
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. Uma Receita Vinculada é a receita 
arrecadada com destinação específica estabelecida em dispositivos legais. A vinculação da 
receita torna a programação financeira menos flexível, reservando parte dos recursos 
disponíveis para determinada destinação.Receita vinculada é a receita arrecadada que, em 
função da legislação, tem sua destinação estabelecida. Essas receitas não poderão ser 
utilizadas para outro objeto, conforme o parágrafo único do art. 8º da LRF: "Os recursos 
legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao 
objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o 
ingresso".Dessa forma, uma mesma atividade estatal pode ser financiada por recursos de 
diferentes receitas, tornando necessário, portanto, agrupar e catalogar, sob o mesmo código 
comum, as diferentes origens de receita que porventura devam ser aplicadas da mesma forma, 
no financiamento da mesma atividade estatal.Assim, a Fonte/Destinação de Recursos 
contribui para o atendimento do parágrafo único do art. 8º, parágrafo único, e do art. 50, 
inciso I, da LRF: 
Art. 8o [...] 
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica 
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, 
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. [...] 
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a 
escrituração das contas públicas observará as seguintes: 
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I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os 
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados 
e escriturados de forma individualizada. 
 Entretanto, a doutrina elenca dois tipos de vinculação. Em linhas gerais, pode-se dizer 
que há destinações vinculadas e não vinculadas: 
 
a) destinação vinculada: processo de vinculação entre a origem e a aplicação de 
recursos,ematendimentoàsfinalidadesespecíficasestabelecidaspelanorma. 
b) destinação não vinculada (ou ordinária): é o processo de alocação livre entre 
a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades, 
desde que dentro do âmbito das competências de atuação do órgão ou 
entidade. (aqui está o nosso principal ponto para 
elaboração do recurso e alteração de gabarito!!!) 
O gabarito deveria ser ERRADO. 
115. A descentralização ou movimentação de créditos orçamentários integra a etapa de 
fixação da despesa pública. 
Gabarito preliminar: ERRADO 
 
Gabarito preliminar CESPE: CERTO 
 
Conforme o MCASP, 7ª edição, pág.98, a fase de Planejamento é: 
 
A etapa do planejamento abrange, de modo geral, toda a análise para a formulação do 
plano e ações governamentais que servirão de base para a fixação da despesa 
orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária 
e financeira, e o processo de licitação e contratação. 
 
Dessa forma, a descentralização faz parte da fase de planejamento, dividida em 4 etapas: 
 fixação, 
 descentralização, 
 programação e 
 licitação. 
 
O gabarito deveria ser ERRADO. 
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117. Se determinado ente da federação emitir títulos para pagamento do principal da dívida 
mobiliária acrescido de atualização monetária, o montante da emissão integrará 
obrigatoriamente a dívida consolidada do ente. 
Gabarito preliminar: cabe anulação 
 
Gabarito preliminar CESPE: ERRADO 
 
Questão literal da LRF. Segundo ela, a dívida mobiliária e o refinanciamento 
da dívida mobiliária são espécies de dívida consolidada. Vejamos o que diz a 
LRF: 
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as 
seguintes definições: 
 I - dívida pública consolidada ou fundada: montante 
total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras 
do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, 
contratos, convênios ou tratados e da realização de 
operações de crédito, para amortização em prazo superior a 
doze meses; 
 II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por 
títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do 
Brasil, Estados e Municípios; 
 III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido 
em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de 
título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de 
valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, 
arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, 
inclusive com o uso de derivativos financeiros; 
 IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de 
obrigação financeira ou contratual assumida por ente da 
Federação ou entidade a ele vinculada; 
 V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de 
títulos para pagamento do principal acrescido da atualização 
monetária. 
 § 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção, o 
reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da 
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Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 
15 e 16. 
 § 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a 
relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco 
Central do Brasil. 
 § 3o Também integram a dívida pública consolidada as 
operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas 
receitas tenham constado do orçamento. 
 De acordo com o Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF) da STN, a DCL representa o 
montante da Dívida Consolidada (DC) deduzido o saldo relativo aos haveres financeiros 
(disponibilidade de caixa e demais haveres financeiros). Caso o valor dos haveres financeiros 
seja inferior aos Restos a Pagar processados (exceto precatórios), não haverá deduções na DC, 
e logo a Dívida Consolidada Líquida(DCL) será igual à Dívida Consolidada. Por sua vez, a Dívida 
Consolidada (DC) ou fundada, para fins fiscais, corresponde ao montante total das obrigações 
financeiras, apurado sem duplicidade (excluídas as obrigações entre órgãos da administração 
direta e entre estes e as entidades da administração indireta), assumidas: 
a) pela realização de operações de crédito com a emissão de títulos 
públicos, para amortização em prazo superior a 12 (doze) meses (dívida 
mobiliária); 
b) pela realização de operações de crédito em virtude de leis, contratos 
(dívida contratual), convênios ou tratados, para amortização em prazo 
superior a 12 (doze) meses; 
c) com os precatórios judiciais emitidos a partir de 5 de maio de 2000 e 
não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido 
incluídos; 
d) pela realização de operações de crédito de prazo inferior a 12 (doze) 
meses, que tenham constado como receitas no orçamento. 
A questão não deixou claro se tal operação terá prazo superior ou inferior a 12 meses, logo, 
solicita-se a anulação deste item. 
 
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